AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS FÍSICOQUÍMICOS COMO DETERMINANTES NA MATURAÇÃO DE MEL Alencar, AO1, Pereira, DC1, Agostini, GLS1, Azevedo LG1, Silva EM1, 2 1Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Curso de Ciências Biológicas, Dourados/MS 2Dourados/MS, [email protected], fax(67)3902-2683 INTRODUÇÃO E OBJETIVO O mel é produto natural resultante do néctar de flores coletado e processado por abelhas melíferas. Embora os méis variem em composição segundo fatores como fonte do néctar, características da região de coleta, período do ano, devem se enquadrar em padrões de qualidade. Neste trabalho foram avaliados alguns parâmetros físico-químicos de méis de Apis mellifera. MATERIAL E MÉTODOS As amostras de mel silvestre, de eucalipto e de laranjeira eram produtos inspecionados e comercializados dentro dos prazos de validade (Tabela 1). Foram obtidos valores de umidade a partir do índice de refração a 589,3nm e 20 graus Celsius, com uso de refratômetro digital (Abbemat HP 80394419, marca Anton Paar), e determinados os açúcares redutores (método A) g/100g, a sacarose aparente (método A) g/100g e a reação de Lund que indica a presença de albuminóides (ml), de acordo com métodos oficialmente aceitos. Tabela 1. Amostras de mel Florada predominante silvestre silvestre silvestre Município Jardim Dourados Colheita 5/10/2012 11/2013 silvestre silvestre silvestre silvestre eucalipto laranjeira Ponta Porã Itaporã Fátima do Sul Dourados Dourados São Paulo São Paulo 13/12/2013 7/2/2013 19/2/2014 2/2014 1/2014 12/9/2013 15/5/2013 RESULTADOS E DISCUSSÃO Cinco amostras de mel silvestre e uma amostra de mel de laranjeira apresentaram variações de umidade de 17,9-20,0%, açúcares redutores 65,2-66,7 g/100g, sacarose aparente 0,0-2,6 g/100g e substâncias albuminóides 0,7-1,7 ml, se enquadrando no estabelecido pela Instrução Normativa 11/2000. Duas amostras de mel (silvestre/Fátima do Sul; eucalipto/São Paulo) tiveram índices de 23,7 e 20,2% de umidade, respectivamente. Elevados níveis de umidade favorecem a hidrólise da sacarose, resultando na produção de glicose e na cristalização do mel, favorecendo o desenvolvimento de microrganismos fermentativos. Umidade % 23,7 18,4 18,7 19,8 19,6 20 17,9 20,2 17,9 20 Mel/Município Figura 1. Valores percentuais de umidade em amostras de mel de Apis mellifera. As duas amostras com índices de umidade acima de 20% apresentaram fermentação e cristalização. E uma amostra (silvestre/Itaporã) teve teor em açúcares redutores de 62,7 g/100g. 6 2,57 1,21 0,91 0,1 0,68 0,04 0,02 0,19 0,06 Mel/Município Açúcares redutores g/100g mel Sacarose aparente g/100g mel Umidade mais elevada e teor de sacarose diminuído podem ser indicativos da imaturidade do mel. 66,2 65,15 66,42 66,62 66,56 66,67 65,6 65,47 65 62,7 Mel/Município Figura 2. (à esquerda) Valores percentuais de sacarose aparente e de (à direita) açúcares redutores em amostras de mel de Apis mellifera. CONCLUSÃO Considerando os padrões da legislação brasileira sobre a qualidade do mel destinado ao consumo humano concluiu-se que 6 (66,7%) amostras estiveram dentro dos limites estabelecidos pela legislação brasileira. Apoio f inanceirro: UEMS