FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DE RECURSOS VIVOS NA ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA – FUNDAÇÃO PROZEE SECRETARIA ESPECIAL DE PESCA E AQUICULTURA DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - SEAP/PR INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA RELATÓRIO TÉCNICO DO PROJETO DE CADASTRAMENTO DAS EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS NO LITORAL DAS REGIÕES NORTE E NORDESTE DO BRASIL Convênio SEAP/IBAMA/PROZEE Nº 111/2004 (Processo nº00350.000.747/2004-74) Brasília - novembro de 2005 ENTIDADE ORGANIZADORA PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DE RECURSOS VIVOS NA ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA – FUNDAÇÃO PROZEE NATALINO MATSUI SECRETÁRIO GERAL JOSÉ SEVERINO DE VASCONCELOS GERENTE DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS JOSÉ DEMÉTRIO DOS SANTOS EQUIPE DE APOIO SECRETÁRIA ANTÔNIO PAULINO SILVA SETOR DE INFORMÁTICA EUDES RODRIGUES FILHO CONTABILIDADE FABIANE DA SILVA CORDEIRO VERÔNICA CARMEN NUNES DE LIMA ENTIDADE PATROCINADORA SECRETÁRIO DA SECRETARIA ESPECIAL DE PESCA E AQUICULTURA DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA – SEAP/PR. JOSE FRITSCH DIRETOR DE ORDENAMENTO, CONTROLE, ESTATÍSTICA E INFORMAÇÃO - DICAP FRANCISCO CHAGAS MACHADO FILHO COORDENADOR GERAL DE ESTATÍSTICA E INFORMAÇÃO JOÃO STAUB NETO COORDENADOR DE CONVÊNIOS SEAP/PROZEE/IBAMA MAURO DE SOUSA MOURA ENTIDADE EXECUTORA MINISTRA DO MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA MARIA OSMARINA MARINA DA SILVA VAZ DE LIMA PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA MARCUS LUÍS BARROSO BARROS DIRETOR DA DIRETORIA DE FAUNA E RECURSOS PESQUEIROS RÔMULO JOSÉ FERNANDES BARRETO MELLO COORDENADOR DA COORDENADORIA-GERAL RECURSOS PESQUEIROS JOSÉ DIAS NETO DE GESTÃO DOS CHEFE DO CENTRO DE PESQUISA E GESTÃO DOS RECURSOS PESQUEIROS DO LITORAL NORTE – CEPNOR ÍTALO JOSÉ ARARUNA VIEIRA CHEFE DO CENTRO DE PESQUISA E GESTÃO DOS RECURSOS PESQUEIROS DO LITORAL NORDESTE - CEPENE ANTÔNIO CLERTON DE PAULA PONTES GERENTES EXECUTIVOS DO IBAMA Amapá – Edivan Barros de Andrade Pará – Marcílio de Abreu Monteiro Maranhão – Marluze do Socorro Pastor Santos Piauí – Romildo Macedo Masra Ceará – Raimudo Bonfim Braga Rio Grande do Norte – Solon Mauro Sales Fagundes Paraíba – Erasmo Rocha Lucena Pernambuco – João Arnaldo Novaes Junior Alagoas – Osvaldo Antônio Pinho Sarmento Sergipe – Márcio Costa Macedo Bahia – Júlio César de Sá Rocha PROJETO TAMAR Coordenador Nacional do TAMAR Pesca – Gilberto Sales ENTIDADES PARCEIRAS BAHIA PESCA S.A. AGÊNCIA DE PESCA DO AMAPÁ – PESCAP EQUIPE DO PROJETO DE CADASTRAMENTO COORDENAÇÃO GERAL Joaquim Benedito da Silva Filho Samuel Nélio Bezerra Sônia Maria Martins de Castro e Silva Carlos Tassito Corrêa Ivo EQUIPE TÉCNICA Amapá Pará Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Alcilene da Silva Barreto Geraldo Roberto Barbosa Bezerra Pinto Ivan Furtado Junior Jovino Ferreira Luiz Carlos del Castilo Raiol Carla Suzy Freire de Brito Francisco José da Silva José Maria dos Santos Gadelha Raimundo Otávio da Silva Mendes Zulmira Costa da Silva Ana Clara Morais Chaves André Sousa Moura Ivanildo Bezerra de Farias Pedro Leão da Cunha Soares Filho Rosalina Raimunda Correa Menezes Zilmar Aires de Carvalho Junior Raimundo Ivan Mota Silmara Erthal Abigail Guimarães Forte Cláudio Roberto de Carvalho Ferreira Janieire Silva Abintes Luiz Vandemberg de Sousa Milton Moreira de Azevedo Filho Cleide Vasconcelos Massa José Airton de Vasconcelos Sílvia Maria de Oliveira José Limeira de Albuquerque Paulo Marinari Sandra Maria Gueiros Silva de Carvalho Sidney Ypiranga de Araújo Cícero Benício de Oliveira Filho Dalva Lúcia Araújo Fabiano Pimentel Ribeiro Pedro Monteiro de Melo Rodrigues José Paulino Moraes Jorgeval Mario Lisboa Santos Luiz Omena de Lucena Maria de Fátima Brandão de Oliveira Roberto Manoel da Silva Sônia Maria Coelho Oliveira Sergipe Bahia Antônio Fernandes da Cruz Fernando José dos Santos José Carlos Costa Salustiano Marques dos Santos Bartira Guerra Santos Dílson Rocha Martins Geraldo Machado Pereira Ironildes Santos Bahia Joaquim Moura Costa Sampaio José Armando Duarte Magalhães José Carneiro Bruzaca Paulo Roberto Reis de Sousa Pedro Augusto Macedo Lins Sandra Serra de Miranda REDE DE CADASTRADORES Amapá Pará Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia TOTAL 7 18 24 7 25 35 10 12 16 16 42 212 RELATÓRIO FINAL DO PROJETO DE CADASTRAMENTO DAS EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS, NO LITORAL DAS REGIÕES NORTE E NORDESTE DO BRASIL 1) APRESENTAÇÃO O conhecimento da frota pesqueira de uma comunidade, de um município, de um estado ou de um país, é condição indispensável ao planejamento e/ou desenvolvimento de projetos de pesca, tanto pela iniciativa pública quanto privada. A necessidade de instalação, bem como o dimensionamento de unidades frigoríficas, de fábricas de gelo, de entrepostos de pescado ou de qualquer outra estrutura que venha a apoiar a atividade pesqueira, dependem do conhecimento da frota existente, não só no que tange ao seu aspecto qualitativo, mas, sobretudo quantitativo. Até 1990, cadastramentos de embarcações pesqueiras no Brasil eram pontuais e, geralmente, relacionados à identificação do potencial de captura das principais espécies explotadas. A partir de então, com o advento da implantação do Projeto de Estatística Pesqueira – ESTATPESCA, no Estado do Ceará, levantamento sobre as embarcações pesqueiras constitui-se uma das etapas de implantação do projeto e, nos estados onde o mesmo vem sendo executado, sistematicamente os cadastros são atualizados. No entanto, apesar do Projeto ESTATPESCA prever uma atualização cadastral periódica, a dinâmica das embarcações e o crescimento acelerado da frota pesqueira em todo o país, dificultam o acompanhamento quali-quantitativo das embarcações, exigindo que no mínimo de 5 em 5 anos, a frota seja recadastrada. O último cadastramento de embarcações pesqueiras no Brasil ocorreu na Região Nordeste, no ano de 1994 e assim, face à defasagem dos dados disponíveis e à necessidade de ampliar os conhecimentos sobre a frota pesqueira das regiões Norte e Nordeste, a Secretaria Especial de Pesca e Aqüicultura – SEAP (Órgão de fomento da atividade pesqueira no País), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA e a Fundação de Amparo à Pesquisa de Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva – Fundação PROZEE, uniram esforços e, no período de março a junho de 2005, promoveram amplo levantamento cadastral das embarcações pesqueiras no litoral dessas regiões, compreendendo 2 estados da Região Norte: Amapá e Pará e os 9 estados da Região Nordeste: Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Espera-se com isso dimensionar o universo da frota pesqueira marinha dessas regiões, em função da importância do conhecimento desta informação, tanto para o ordenamento da atividade pesqueira, quanto no sentido de vir a subsidiar políticas públicas para o setor. O presente relatório apresenta os resultados finais do cadastramento das embarcações do litoral das regiões norte e nordeste do Brasil, lembrando que, tendo em vista a variabilidade das características das embarcações em função de seu comprimento, estas foram estratificadas em faixas de comprimento e os dados aqui apresentados são referentes a cada estrato. 2) OBJETIVOS 2.1) Geral O Projeto de Cadastramento das Embarcações Pesqueiras teve como objetivo principal realizar um levantamento censitário das embarcações pesqueiras que operam nas comunidades litorâneas dos estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, visando dimensionar quantitativa e qualitativamente as características da frota pesqueira marinha das regiões norte e nordeste do Brasil. 2.2) Específicos ¾ Cadastrar as embarcações pesqueiras das regiões norte e nordeste, em formulário apropriado, contemplando principalmente o nome do proprietário e da embarcação (caso tenha), as características da embarcação (tipo, comprimento etc.), local habitual de desembarque, permissão de pesca (caso exista); ¾ Identificar e descrever as principais pescarias, petrechos de pesca e frota pesqueira; ¾ Subsidiar as áreas das políticas públicas que venham dinamizar a atividade pesqueira. 3) INTRODUÇÃO A pesca extrativista marinha nas Regiões Norte e Nordeste do Brasil é desenvolvida do Amapá a Bahia, envolvendo 11 estados, e realizada principalmente no mar territorial brasileiro e em parte da Zona Econômica Exclusiva (ZEE). As pescarias caracterizam-se por explorar um grande número de espécies, empregando diversos tipos de embarcação e variados métodos de pesca, que vão desde a coleta manual de crustáceos nos manguezais, até o emprego de métodos avançados de captura, tais como o espinhel “long-line” na pesca de atuns e afins. A pesca industrial concentra-se nos estados do Pará, voltada principalmente para a captura de camarões, no Ceará para a captura de pargo e lagostas e nos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba, onde se destacam as pescarias de atuns e afins. Nos demais estados a pesca é exclusivamente artesanal. Em conseqüência da baixa produtividade primária dos ambientes marinhos a Região Nordeste tem como característica a inexistência de grandes cardumes, entretanto nesta região há a ocorrência de espécies nobres de grande aceitação nos mercados internacionais, como as lagostas e os peixes vermelhos (Lutjanídeos). A Estatística da Pesca Nacional de 2004 aponta para as regiões uma produção marinha de 243.153,5 toneladas de pescado, destacando-se o Pará como o maior produtor com 88.980,0 toneladas (IBAMA, 2005). Dentre as espécies de pescado desembarcadas nessas regiões, destacam-se em volume e valor da produção, a piramutaba, os camarões, os caranguejos, a pescada-amarela, a gurijuba, a serra, o pargo e os tubarões, no litoral dos estados da Região Norte; e as lagostas, guaiúba, cavala, serra, pargo, sirigado e caranguejos na Região Nordeste. Economicamente, os camarões, as lagostas, o pargo e a piramutaba são os principais recursos pesqueiros explotados pelas embarcações industriais (embarcações com casco de ferro). A pesca do camarão-rosa na costa norte do Brasil constitui-se numa das mais importantes atividades pesqueiras do país, gerando cerca de 2 mil empregos diretos. A produção é direcionada, principalmente, para o mercado externo e, historicamente, gira em torno de 4 mil toneladas, enquanto que as exportações anuais geram divisas na ordem de 40 milhões de dólares. A principal área da pesca camaroeira está localizada entre a foz do Rio Parnaíba e a foz do Rio Oiapoque, na fronteira com a Guiana Francesa, compreendendo a costa dos estados do Maranhão, Pará e Amapá. Em Belém, no Estado do Pará, situa-se o principal porto de desembarque e a base da indústria camaroeira da região. As pescarias desse crustáceo são conduzidas por embarcações artesanais, de pequena escala e industriais, sendo o camarão-rosa, o camarão-branco e o camarão-sete barbas, em ordem de importância, as principais espécies capturadas. As pescarias artesanais de camarão são realizadas em estuários e águas rasas, com a ajuda de pequenas embarcações ou por pescadores desembarcados, em geral com o uso de artes de pesca operadas manualmente. Os arrasteiros industriais são, a maioria, do tipo que opera no golfo do México, com casco de aço e comprimento variando entre 19 e 25 metros, atuam, basicamente, na captura do camarão-rosa. A pesca da lagosta no Norte do Brasil é exercida na área compreendida entre as latitudes 01°30´N, (Estado do Pará), e 03°50´N, (Estado do Amapá), em pesqueiros a mais de 100 milhas náuticas da costa, onde operam tanto embarcações artesanais quanto industriais. No Nordeste, essa atividade se desenvolve desde o Estado do Maranhão até a Bahia, estendendo-se pelo litoral do Estado do Espírito Santo, na Região Sudeste. O banco situado na costa paraense se localiza a cerca de 140 milhas náuticas do porto de Bragança e a uma profundidade que varia entre 60m e 80m. Na costa do Estado do Amapá as lagostas são encontradas a aproximadamente 115 milhas náuticas do Cabo Norte e em profundidades de 80m a 100m. No Nordeste, esse crustáceo é capturado a partir da linha da costa até profundidades que chegam a atingir 100m a 120m. Tendo em vista a queda registrada na produtividade das pescarias, especialmente das embarcações de grande porte, a exploração lagosteira vem sendo exercida mais intensamente por embarcações movidas a vela e a remo, normalmente em áreas de crescimento da espécie, o que vem contribuindo para a depleção dos estoques desse crustáceo e a inviabilidade econômica da exploração desse importante recurso pesqueiro, em especial no Nordeste. No Pará (segundo maior produtor de lagostas do Brasil, com 22,9% das lagostas desembarcadas no litoral brasileiro) os principais pontos de desembarque de lagosta situam-se nos municípios de Bragança e Augusto Corrêa. Apesar de existir um banco lagosteiro na costa do Estado do Amapá, não se tem registro de desembarques de lagostas nesse estado. No Nordeste, o Estado do Ceará destaca-se dos demais, contribuindo com 35,7% da produção de lagostas desembarcada no País, seguido do Rio Grande do Norte, com 15,9% e da Bahia, que participou com 9,8% do total produzido na região, no ano de 2004 (IBAMA, 2005). A espécie mais abundante é a Panulirus argus, denominada pelos pescadores de “lagosta-vermelha”, seguida da Panulirus laevicauda, conhecida como lagosta cabo-verde ou samango. Vale salientar que raramente ocorrem desembarques dessa última espécie no litoral norte do Brasil. . Outro importante recurso pesqueiro explotado no Norte e Nordeste do Brasil é o pargo. As pescarias industriais de pargo nessas regiões tiveram início no ano de 1962, passando o Pará a liderar, em volume de produção desembarcada, a partir de 1981, com as pescarias concentrando-se ao longo do litoral daquele estado. Em meados da década de 90, a pesca do pargo voltou a ser exercida industrialmente, principalmente na costa norte do País. Concomitantemente, foi introduzida uma nova forma de pesca com covos, já experimentada sem sucesso em passado remoto. As pescarias com linha pargueira também foram retomadas e o mercado voltou a crescer com a demanda por peixes de pequeno tamanho. O número de embarcações que atualmente opera na pesca do pargo supera os 400 barcos de pequeno, médio e grande porte, já sendo superior ao número existente em fins da década de 80, quando a pesca foi praticamente suspensa, devido, principalmente, à baixa produtividade das pescarias. Em 2004, foram produzidas cerca de 5.998,5 toneladas de pargo, para uma frota de cerca de 445 embarcações, cujo produto é exportado, principalmente, para o mercado americano. Além da explotação das espécies já citadas, no Nordeste vem crescendo o parque industrial voltado à captura de atuns e afins, exercida por embarcações arrendadas e nacionais, o que tem contribuído para o desenvolvimento do setor pesqueiro dos estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba (OLIVEIRA, 2005). 4) MATERIAL E MÉTODO A princípio, a metodologia de execução do Projeto de Cadastramento das Embarcações Pesqueiras tinha como base a aplicação do modelo de cadastro adotado pelo Projeto ESTATPESCA (Anexo 1). Dentro dessa realidade e visando equacionar os custos com o tempo de trabalho de campo, previa-se que em cada estado seriam formadas duas equipes compostas por um técnico (supervisor), dois estudantes universitários (recenseadores) e por coletores de dados do Projeto ESTATPESCA, os quais atuariam apenas em sua área de trabalho, ou seja, à proporção que o cadastramento iniciasse em um município ou área, o coletor daquele município passaria a integrar a equipe. Assim sendo, de acordo com o estado, o tempo previsto de aplicação dos cadastros variaria entre quinze e sessenta dias e para conclusão dos trabalhos, isto é, desde o seu planejamento até o processamento e análise final dos dados, em torno de quatro meses. Entretanto, considerando o interesse da SEAP em obter diversas outras informações não contempladas no cadastro do ESTATPESCA, o formulário foi adaptado com dados adicionais relativos à embarcação, ao proprietário e às artes de pesca utilizadas (Anexo 2), o que resultou em um dispêndio de recursos e de tempo muito maior do que o previsto para a execução do projeto, principalmente em virtude da necessidade de contato direto com o proprietário das embarcações para obtenção de dados pessoais como, número da identidade, do CPF, endereço etc., e da embarcação. Dentro dessa nova realidade, o primeiro passo foi definir a metodologia de trabalho e os formulários a serem aplicados. Dois modelos de cadastro foram adotados: um emitido pelo programa ESTATPESCA, previamente preenchido com as informações cadastrais disponíveis no banco de dados do projeto, o que para tanto foram necessárias mudanças no programa; e um outro modelo impresso, este destinado às embarcações ainda não cadastradas no ESTATPESCA, ambos contendo informações sobre as características das embarcações, dados sobre os proprietários, situação legal das embarcações junto à Capitania dos Portos e ao Registro Geral da Pesca, atividades desenvolvidas e métodos de pesca utilizados. No primeiro tipo de formulário, os cadastradores apenas checaram as informações existentes e complementaram as demais. O Ceará foi escolhido estado piloto, onde as metodologias de divulgação e de aplicação dos formulários foram testadas, bem como o material utilizado. A experiência do Ceará foi levada aos demais estados envolvidos, nas viagens de planejamento realizadas pela equipe de coordenação do projeto. Na oportunidade também foram definidos a equipe responsável pelo cadastramento, o total de cadastradores necessário e os custos de execução do projeto, levando-se em consideração a extensão do litoral de cada estado, o número de localidades e a estimativa do total de embarcações pesqueiras existentes. Para viabilizar e agilizar o desenvolvimento dos trabalhos, o litoral dos estados foi dividido em áreas, ficando cada área sob a coordenação de um técnico, e estes por sua vez sob uma coordenação estadual. A metodologia de aplicação dos cadastros variou de acordo com o local. No Ceará, foram utilizados estudantes e profissionais de Engenharia de Pesca recém-formados, dada a existência em Fortaleza do Curso de Engenharia de Pesca da UFC; no Piauí os próprios coletores de dados do IBAMA se responsabilizaram pela atualização cadastral das embarcações; nos demais estados, as equipes de cadastradores foram constituídas de coletores do IBAMA (quando existiam), coletores contratados pela PROZEE e de colaboradores (pessoas não pertencentes ao quadro do ESTATPESCA e que participaram do cadastramento como prestadores de serviço). Os cadastradores foram selecionados pelos Presidentes de Colônia, lideranças locais e, em muitos municípios, pelas próprias equipes de coordenação do projeto. Em seguida receberam treinamento, ministrado pelos coordenadores de área durante as viagens de implantação e de divulgação do cdastramento, quando também foi distribuído o material a ser utilizado (cadastros emitidos pelo programa ESTATPESCA, cadastros impressos, camisas, bonés, prancheta, pasta, lápis, borracha, apontador e fita métrica). Entre técnicos e cadastradores participaram diretamente do cadastramento 404 pessoas, destacando-se os estados do Maranhão e Bahia com 77 cada (Tabela 1). Tabela 1 – Total de pessoas envolvidas com o Projeto de Cadastramento das Embarcações Pesqueiras nas regiões norte e nordeste do Brasil, por estado e condição de envolvimento. Estados Amapá Pará REGIÃO NORTE Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia REGIÃO NORDESTE TOTAL Coordenação Supervisão Cadastradores Colaboradores TOTAL 1 2 3 2 1 1 1 1 1 1 1 1 10 13 4 4 8 4 1 4 2 2 3 5 3 10 34 42 7 18 25 24 7 25 35 10 12 16 16 42 187 212 0 18 18 47 0 22 9 6 7 0 4 24 119 137 12 42 54 77 9 52 47 19 23 22 24 77 350 404 A divulgação do projeto se deu através da veiculação de SPOT nas rádios locais, com informações básicas sobre o cadastramento; da fixação de cartazes nos pontos de maior movimentação de pescadores e proprietários de embarcações; e da exposição de faixas e out-doors patrocinados pelas Prefeituras de alguns municípios. Também foram realizadas: reuniões com pescadores e proprietários de embarcações, quando foram prestados os devidos esclarecimentos sobre o projeto; além de mantido contatos com as colônias de pescadores e diversas Instituições na busca de parcerias. O projeto contou com o apoio direto das Instituições relacionadas na Tabela 2, as quais participaram efetivamente do processo sob as mais diversas formas: cadastrando as embarcações, contratando cadastradores, hospedando e transportando cadastradores, produzindo material de divulgação, dentre outras. As embarcações foram cadastradas em entrevistas diretas junto aos respectivos proprietários. Em algumas localidades parte das informações foi obtida de documentação disponível nas colônias de pescadores e na SEAP; nestes casos, os proprietários forneceram somente os dados relativos aos métodos de pesca. Tabela 2 – Instituições parceiras do Projeto de Cadastramento das Embarcações Pesqueiras, nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, por estado. Estados Amapá Pará Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia IBAMA SEAP UFRA x x x x x x x x x x x x x x x x x x Instituições BAHIA PESCAP PREFEITURAS COLÔNIAS PESCA x x x x x x x x x x x x x x x x Periodicamente, viagens de supervisão foram realizadas aos diversos estados pela equipe de coordenação do projeto, e às localidades pesqueiras, pelos coordenadores estaduais e coordenadores de áreas, avaliando-se os cadastros preenchidos e observando o desempenho dos cadastradores. Quando necessária, procedia-se uma reorientação ou substituição dos mesmos. Concluído o cadastramento, os cadastros foram recolhidos e conferidos pelas equipes de coordenação, devolvidos os incompletos e/ou incorretos aos cadastradores, para correção e, posteriormente, encaminhados à Coordenação Estadual do projeto para digitação. Programa de entrada de dados, compatível com o ESTATPESCA foi desenvolvido, de modo que à medida que as informações dos cadastros eram lançadas, automaticamente era atualizado o cadastro do ESTATPESCA, viabilizando a emissão de relatórios atuais das embarcações, com vistas atender as necessidades do projeto de monitoramento. Uma vez digitados os dados, estes foram agrupados em tabelas contendo as principais informações sobre o cadastro, e em seguida analisados. 5) RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1. CADASTRAMENTO DAS EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS NO ESTADO DO AMAPÁ O Estado do Amapá possui 698 km de costa, banhada pelo oceano Atlântico (PNMA, 1995) e uma área aproximada de rede hidrográfica de 1200 km2 (PROVAM, 1990). Considerando a importância e extensão do ambiente aquático na região, é evidente que a pesca é uma atividade de grande importância para o estado, mesmo que o verdadeiro valor e dimensionamento desta ainda sejam pouco conhecidos. Um número elevado de espécies de peixes e de crustáceos de origem marinha, estuarina e de água doce é capturado, envolvendo particularmente os moradores da faixa litorânea e de estuário, na região da costa do canal do Rio Amazonas. Os organismos aquáticos são utilizados para o consumo familiar, comercializados nas feiras regionais, distribuídos no mercado interno, como também beneficiados para outros estados do Brasil e exterior (ISAAC; ARAÚJO; SANTANA, 1997). A pesca no Estado do Amapá pode ser dividida de acordo com a sua finalidade econômica e grau de tecnologia empregado. Assim, distingue-se: i) pesca de subsistência sem fins comerciais, ii) pesca artesanal de pequena escala, iii) pesca artesanal, de maior escala e iv) pesca industrial. A pesca de subsistência ocorre de maneira difusa em todo o estado, nos locais onde há disponibilidade de corpos d`água. A pesca artesanal tem finalidade comercial e ocorre com diferente intensidade em todo o litoral, bem como dentro do estuário do Rio Amazonas. As frotas de maior poder de pesca são, na sua quase totalidade, de origem paraense, quando desembarcam no estado dirigem-se preferencialmente para Santana e Calçoene. Apesar de estar constituída de barcos de madeira, pelo volume de produção, número de pescadores por barco e tamanho das embarcações, esta pesca pode ser considerada dentro da categoria ”pesca artesanal de maior escala”. Nos demais locais (Macapá, Amapá, Oiapoque etc.) existem frotas locais de pequeno porte, que desembarcam e comercializam a produção de forma mais ou menos localizada. Muitos dos pescadores desta frota possuem outras atividades (agricultura, extrativismo etc.) complementares à renda familiar. A pesca industrial tem como principal finalidade a exportação de produtos para o mercado externo. Concentra-se na captura de piramutaba e de camarão marinho e é efetuada por barcos arrasteiros de ferro que aportam no Pará (Belém, Vigia) ou em Santana. Uma grande quantidade de peixes (fauna acompanhante) ocorre também nas capturas. As características das pescarias, no que diz respeito às espécies alvo, tipo de embarcação, duração, artes de pesca e rendimento, estão também relacionadas com o ambiente onde a captura tem lugar (lago, rio, estuário, costa, mar aberto etc.). A principal atividade pesqueira profissional ocorre em ambientes estuarinos e marinhos localizados na costa, no litoral ou plataforma continental do estado. Pesca no estuário A pesca artesanal que ocorre no estuário do Rio Amazonas caracteriza-se pela influência da sazonalidade do ciclo das chuvas, tendo como alvo: i) espécies de origem marinha (pescada amarela, gurijuba etc.), durante a estação seca e ii) espécies da bacia amazônica (dourada, filhote, surubim etc.), durante a estação chuvosa. Os pesqueiros se localizam próximo às ilhas, na desembocadura do canal norte do Rio Amazonas. As embarcações são pequenas, com capacidade máxima de até 10 toneladas. As redes de espera utilizadas para a captura são mais curtas que aquelas utilizadas no litoral norte do estado (ex. 4m de altura x 500m de comprimento). Os barcos levam de 3 a 5 pescadores, obtendo uma produção média de 2 toneladas de pescado, após aproximadamente 15 dias de trabalho. Pesca Costeira Considerando o aporte de sedimentos do Rio Amazonas e a quantidade de nutrientes exportada pelos manguezais, não é de estranhar que os ambientes marinhos e estuarinos mais produtivos do litoral do Amapá encontrem-se localizados na coluna d`água, próximos do fundo. Por este motivo, a atividade pesqueira se concentra particularmente na exploração da fauna de organismos demersais, que habitam sobre ou próximo do sedimento, como é o caso do camarão e dos bagres Na costa ocorrem pescarias em embarcações de madeira de pequeno porte, que podem variar desde 1 tonelada a 12 toneladas de capacidade de carga. A duração das viagens e a distância da costa dos pesqueiros dependem do tamanho do barco, da quantidade de gelo levada e das facilidades para as comercializações existentes nos locais de desembarque. Contudo, em média, estas pescarias têm duração de 5 dias, ocupam de 4 a 5 pescadores e podem trazer uma produção entre 0,5 tonelada e 2 toneladas de peixes. Utilizam redes de emalhar e espinhéis, e capturam espécies marinhas e de água doce. Dentre as espécies alvo destacam-se: gurijuba, bagres, uritinga, pescada amarela, dourada, filhote e piramutaba. O desembarque ocorre nas principais cidades da região, tais como Santana, Macapá, Calçoene, Amapá e Oiapoque. Em Santana a produção é desembarcada, estocada e beneficiada nas empresas ali instaladas. Nas demais localidades, quando possível, a produção é desembarcada e transportada por caminhões até as empresas beneficiadoras ou para o mercado consumidor. De forma alternativa, devido à falta de infraestrutura de desembarque e à inexistência de vias de transporte (ex. Bailique e Sucuriju), ou simplesmente para reduzir os custos, a produção é transferida diretamente dos barcos de pesca para barcos “geleiras”, que transportam o pescado para os grandes centros urbanos (Santana, Macapá e Belém). Na região de Sucuriju ocorre a captura do caranguejo, a qual é mais intensa entre fevereiro e maio, aproveitando o comportamento destes organismos durante o acasalamento (“andança”). Mensalmente cada pescador recolhe aproximadamente 4000 mil indivíduos, numa excursão que dura em média três dias. A produção é levada por barco até Macapá, onde os caranguejos são comercializados vivos. De acordo com dados obtidos em Macapá em 1996 pela SEAF, nos meses de safra são comercializados entre 10.000 e 20.000 unidades/mês, no entanto acredita-se que estes valores devam estar subestimados, uma vez que a comercialização é dispersa em vários pontos da cidade, onde nem sempre atuam os coletores de dados. Atualmente a pesca do caranguejo para fins comerciais no Estado no Amapá está suspensa por 10 anos, de 2000 a 2010. Resultados do Cadatramento Segundo Pinto (1989), no final da década de 80 existiam registradas no estado 1.329 embarcações, divididas em cinco diferentes categorias. Quase 800 montarias, construídas de madeira e movidas a remo, representavam as unidades de pesca mais abundantes. Os barcos de transporte de carga e pescado, denominados de batelões ou reboques e movidos a motor e/ou à vela, somavam 220 unidades. Lanchas motorizadas totalizavam 204 unidades. Por último, constavam 70 canoas motorizadas e apenas 42 barcos de pesca. Na década de 90, com os incentivos instituídos pelos programas do FNO (federal) e do FRAP (estadual), ocorreu um incremento significativo no número de barcos de pesca. O Amapá foi transformado em estado em 1988 e após a promulgação da nova Constituição passou a viver uma nova realidade, com prerrogativas que lhe possibilitou agir com maior autonomia na administração dos seus interesses econômicos e financeiros, objetivando fomentar o desenvolvimento dos municípios e o progresso do estado. O Estado do Amapá é constituído de 16 Municípios, estando os pescadores organizados em 01 Federação, 14 colônias e 07 capatazias, distribuídas desde o Município de Oiapoque, ao Norte (CARDOSO, 2003). De acordo com informações da FEPAP (1997), o total de Pescadores cadastrados é de 5000. Estima-se que aproximadamente 8000 pescadores atuem em todo o estado, porém apenas 5000 estão cadastrados em suas respectivas colônias ou registrados no setor de pesca do IBAMA/AP. Aproximadamente 30.000 pessoas dependem direta ou indiretamente do setor pesqueiro no Amapá. Para efeito de cadastramento das embarcações, o litoral foi dividido em três áreas, onde ocorrem as principais atividades pesqueiras: Oiapoque - Área 01 (Figura 01), Calçoene - Área 02 (Figura 02), Macapá - Área 03 - Continente (Figura 03) e Macapá - Área 03 - Arquipélago de Bailique (Figura 04). Figura 1 – Imagem de satélite da Área 01 - Oiapoque Figura 2 – Imagem de satélite da Área 02 - Calçoene Figura 3 – Imagem de saltélite da Área 03 - Macapá - Continente Figura 4 – Imagem de satélite da Área 03 - Macapá - Arquipélago de Bailique O projeto de cadastramento das embarcações pesqueiras foi executado em 5 municípios litorâneos (Calçoene, Amapá, Cutias, Santana e Macapá) e em 16 localidades, onde foram cadastradas 352 embarcações (Tabela 1), representando um crescimento de 39 embarcações, quando comparado a 2004. A classificação da frota foi realizada de acordo com a propulsão e o tamanho da embarcação. Foram identificados seis tipos de embarcações sendo eles: (1) montaria – MON embarcação de pequeno porte, com capacidade para até 0,5 tonelada, casco de madeira, movida a remo, tripulação de 1 a 4 pescadores, sem conservação do pescado a bordo ou conservado em pequenas caixas isotérmicas com gelo. Em geral, nas pescarias utilizam-se pequenas redes de emalhar (gozeira), rede de tapagem, puçá, laço/caranguejo, matapi, espinhel bagre, linha e anzol, tarrafa. Este tipo de embarcação também é usado como apoio na despesca de currais de pesca e como transporte na coleta manual de caranguejo. É conhecida vulgarmente como bote a remo, casquinho, reboque, reboquinho ou montarilha, (2) canoa a vela - CAN embarcação com capacidade para até 3 toneladas, casco de madeira, sem convés ou com convés semi-fechado, com ou sem casaria, com quilha, movida a vela ou a remo e a vela, tripulação de 1 a 6 pescadores, sem conservação do pescado a bordo ou conservação em pequenas caixas isotérmicas com gelo. Em geral, nas pescarias são utilizadas as mesmas artes de pesca das montarias, com dimensões proporcionais ao comprimento da embarcação. Vulgarmente é conhecida como canoa, bateira a vela, bote a vela, curicaca, rebocão, biana ou batelão, (3) canoa motorizada - CAM embarcação com capacidade para até 5 toneladas, casco de madeira, com ou sem convés, com ou sem casaria, comprimento menor que 8,0m, movida a motor, com potência de 11 Hp a 22 Hp, ou a motor e a vela, tripulação de 2 a 6 pescadores, conservação do pescado em caixas ou em urnas isotérmicas com gelo, autonomia de até 5 dias de mar. Em geral, empregam-se as mesmas artes de pesca das montarias, com dimensões proporcionais ao comprimento da embarcação. Também são usadas as redes serreira, pescadeira e zangaria. Esse tipo de embarcação é conhecido vulgarmente como igarité, bote motorizado, bastardo ou lancha, (4) barco de pequeno porte – BPP embarcação com capacidade para até 8 toneladas, casco de madeira, convés fechado ou semi-fechado, com ou sem casaria, comprimento entre 8,0m e 11,9m, movida a motor, com potência de 11 Hp a 69 Hp, ou a motor e a vela, tripulação de 3 a 8 pescadores, conservação do pescado em urnas isotérmicas com gelo, autonomia de até 10 dias de mar. Em geral, nas pescarias utilizamse as mesmas artes de pesca das canoas motorizadas, com dimensões proporcionais ao comprimento da embarcação. São encontradas também rede caçoeira, espinhel/tubarão, pargueira, boinha/pargo. É conhecida vulgarmente como iate motorizado, barco ou lancha, (5) barco de médio porte – BMP embarcação com capacidade de até 18 toneladas, caso de madeira, convés fechado, com casaria, comprimento entre 12,0m e 16,9m, movida a motor, com potência de 36Hp a 114Hp, ou a motor e a vela, tripulação de 5 a 17 pescadores dependendo do tipo de pescaria, conservação do pescado em urnas isotérmicas com gelo, autonomia de até 25 dias de mar. Em geral nas pescarias são utilizados os mesmos aparelhos de pesca dos barcos de pequeno porte, porém com dimensões proporcionais ao comprimento da embarcação. É conhecida vulgarmente como barco ou lancha, (6) barco industrial – BIN embarcação com capacidade de até 80 toneladas, casco de aço com comprimento entre 12,0m e 26,0m ou com casco de madeira com cujo comprimento varia de 17,0m a 26,0m, convés fechado, com casaria, movida a motor, com potência de 236 Hp a 425 Hp; dotada de equipamentos de apoio à navegação, tripulação de 5 a 22 pescadores, dependendo do tipo de pescaria, conservação do pescado em urnas isotérmicas com gelo ou em frigorífico, autonomia de mar de até 70 dias. Em geral, nas pescarias são utilizadas rede de arrasto para camarão ou para peixe, caíque na pesca do pargo, espinhel na pesca de atuns, manzuá na captura de peixes e linha pargueira. Embarcação vulgarmente conhecida como barca ou barco de ferro. A Tabela 1 apresenta o total de embarcações por município e por tipo. As embarcações com maior participação no estado são os barcos motorizados (BPP e BMP), que totalizam 73,6% da frota, seguidos das canoas motorizadas (CAM) que representam 18,8%, enquanto que os barcos industriais (BIN) apresentam a menor participação com apenas 0,6%, Os municípios com maior número de embarcações são: Calçoene, onde são encontrados 30,1% da frota e Amapá com 28,7%. Santana apresenta o menor quantitativo de embarcações, totalizando apenas 9,1% da frota. Também em Santana foram cadastradas as 2 únicas embarcações industriais existentes no Estado do Amapá. Conforme se observa na Tabela 2, 63,1% das embarcações do estado medem mais de 8m de comprimento, estando a maioria (73,0%) entre 8m e 12m, o que caracteriza a frota do Amapá como uma frota de médio porte. De acordo ainda com a mesma tabela, essa frota é movida a remo, a vela e a motor, destacando-se a expressiva participação das embarcações motorizadas, que representam 96,3% do total, enquanto que as embarcações movidas a vela e a remo correspondem, respectivamente, a apenas 2,8% e 0,9%. No que diz respeito à constituição da frota quanto ao material do casco, observa-se na Tabela 3 que 99,7% das embarcações do Estado do Amapá têm casco de madeira e apenas uma única embarcação, localizada no Município de Santana, apresenta casco de ferro. Conforme se observa na Tabela 4, 39,8% da frota pesqueira do Amapá opera com 2 a 4 tripulantes. Cerca de 36,6% dos barcos motorizados (BMP e BPP) atuam com uma tripulação entre 4 e 8 pessoas, enquanto que 100,0% das montarias atuam com 1 a 2 pescadores. Analisando a Tabela 5, verifica-se que 80,7% das embarcações têm entre 1 e 10 anos de construídas e apenas 1,4% possuem idade superior a 20 anos, podendo-se afirmar que a frota pesqueira do Amapá é relativamente nova. No que diz respeito à constituição da frota quanto à tonelagem de arqueação bruta (TAB), verifica-se na Tabela 6 que 98,6% das embarcações apresentam valores inferiores a 10 TAB, apesar da elevada participação das embarcações motorizadas na frota do estado. No que diz respeito à inscrição das embarcações na Capitania dos Portos, somente 32,1% apresentaram, no ato do cadastramento, o título de inscrição nessa Unidade, das quais 79,7% são barcos motorizados (Tabela 7). Na Tabela 8 é apresentado o total de embarcações com Registro Geral da Pesca (RGP). Verifica-se que das 352 embarcações cadastradas, apenas 71 declararam possuir RGP, das quais 63 unidades são do tipo barco. Com referência à situação da frota do Amapá no que diz respeito à permissão de pesca, somente 19,3% das embarcações dispõem desse documento. Ressalte-se que todas as permissões são destinadas à captura de peixes diversos (Tabela 9). De acordo com a Tabela 10 a frota contemplada com o programa de subvenção de óleo diesel no estado é de apenas 2 embarcações representando somente 0,01% das embarcações motorizadas. Das embarcações cadastradas, 96,0% se encontravam em atividade, por ocasião do cadastramento, sendo que as canoas motorizadas e as montarias apresentaram um elevado índice de atividade, de 97,0% e 100%, respectivamente (Tabela 11). Com relação às artes de pesca utilizadas pela frota pesqueira do Estado do Amapá, destaca-se a rede de espera, observada como aparelho de pesca principal de 51,4% das embarcações, enquanto que o espinhel é o aparelho de pesca mais utilizado nas canoas à vela, representando cerca de 95,2% dessas embarcações. (Tabela 12). O sistema de conservação do pescado mais utilizado pela frota do Amapá é o gelo, representando 88,9% das embarcações (Tabela 13). Tabela 1 – Frota pesqueira marinha do Estado do Amapá, por município. Município Barco Amapá Calçoene Macapá Oiapoque Santana TOTAL % Barco industrial 50 104 45 39 21 259 73,6 Tipos de embarcação Canoa motorizada Canoa a vela 21 28 2 2 2 0,6 2 1 1 27 9 66 18,8 21 6,0 TOTAL Montaria 4 1,1 Tabela 2 – Frota pesqueira marinha do Estado do Amapá, por tipo de embarcação, comprimento e propulsão. Tipos de embarcação Barco Barco Total Barco industrial Barco industrial Total Canoa a vela Propulsão Motor <=4m 25 25 Motor Motor Vela Canoa a vela Total Canoa motorizada Motor Canoa motorizada Total Montaria Motor Remo Montaria Total TOTAL % 11 10 21 23 23 1 2 3 72 20,5 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 3 25 147 46 3 25 147 46 1 1 1 1 4 4 25 25 14 14 7 2,0 1 1 51 14,5 162 46,0 47 13,4 >18m 13 13 13 3,7 TOTAL 259 259 2 2 11 10 21 66 66 1 3 4 352 100,0 % 73,6 73,6 0,6 0,6 3,1 2,8 6,0 18,8 18,8 0,3 0,9 1,1 100,0 101 106 46 67 32 352 100,0 % 28,7 30,1 13,1 19,0 9,1 100,0 Tabela 3 - Frota pesqueira marinha do Estado do Amapá, por tipo de embarcação, comprimento e material do casco. Tipos de embarcação Barco Barco Total Barco industrial Material do casco Madeira <=4m 25 25 Ferro Madeira Barco industrial Total Canoa a vela Madeira Canoa a vela Total Canoa motorizada Madeira Canoa motorizada Total Montaria Madeira Montaria Total TOTAL 21 21 23 23 3 3 72 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 3 25 147 46 3 25 147 46 1 1 1 1 4 4 7 25 25 1 1 51 >18m 13 13 14 14 162 47 13 TOTAL 259 259 1 1 2 21 21 66 66 4 4 352 % 73,6 73,6 0,3 0,3 0,6 6,0 6,0 18,8 18,8 1,1 1,1 100,0 Tabela 4 - Total de tripulantes da frota pesqueira marinha do Estado do Amapá, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco Barco Total Barco industrial Barco industrial Total Canoa a vela Canoa a vela Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total Montaria Montaria Total TOTAL Tripulação 1--| 2 2--| 4 4--| 8 >8 <=4m 2 10 13 25 2--| 4 4--| 8 1--| 2 2--| 4 1--| 2 2--| 4 >8 1--| 2 13 8 21 9 13 1 23 3 3 72 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 5 25 2 2 18 66 2 2 54 30 2 12 3 25 147 46 1 1 1 1 2 2 4 7 13 11 1 25 1 1 51 >18m 1 1 11 13 8 6 14 162 47 13 TOTAL 35 99 100 25 259 1 1 2 13 8 21 32 32 2 66 4 4 352 % 9,9 28,1 28,4 7,1 73,6 0,3 0,3 0,6 3,7 2,3 6,0 9,1 9,1 0,6 18,8 1,1 1,1 100,0 Tabela 5 – Idade da frota pesqueira marinha do Estado do Amapá, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Idade da frota 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI Barco Total Barco industrial Barco industrial Total Canoa a vela Canoa a vela Total Canoa motorizada <=4m 4--| 6m 2 4 4 7 25 5--| 10 anos 10--| 20 anos 1--| 2 anos 2--| 5 anos 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI Canoa motorizada Total Montaria 1--| 2 anos 2--| 5 anos Montaria Total TOTAL 13 8 21 3 5 6 3 1 5 23 2 1 3 72 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 9 44 5 3 11 36 25 2 23 10 2 1 4 3 25 147 46 1 1 1 1 2 2 7 9 7 2 2 5 5 2 4 25 1 14 7 1 51 162 47 TOTAL >18m 4 7 1 13 13 64 86 39 4 11 259 1 1 2 13 8 21 14 21 18 7 1 5 66 3 1 4 352 % 18,2 24,4 11,1 1,1 3,1 73,6 0,3 0,3 0,6 3,7 2,3 6,0 4,0 6,0 5,1 2,0 0,3 1,4 18,8 0,9 0,3 1,1 100,0 Tabela 6 – Frota pesqueira marinha do Estado do Amapá, por tipo de embarcação, comprimento e tonelagem de arqueação bruta (TAB). Tipos de embarcação Barco Barco Total Barco industrial Barco industrial Total Canoa a vela Canoa a vela Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total Montaria Montaria Total TOTAL TAB <= 10 10--| 20 20--| 50 <=4m 25 25 10--| 20 10--| 20 10--| 20 10--| 20 21 21 23 23 3 3 72 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 3 25 146 44 1 1 1 3 25 147 46 1 1 1 1 4 4 7 25 25 1 1 51 >18m 13 13 14 14 162 47 13 TOTAL 256 2 1 259 2 2 21 21 66 66 4 4 352 % 72,7 0,6 0,3 73,6 0,6 0,6 6,0 6,0 18,8 18,8 1,1 1,1 100,0 Tabela 7 – Frota pesqueira marinha do Estado do Amapá, inscrita na Capitania dos Portos, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco Insc. Capitania dos Portos NI Sim Barco Total Barco industrial Sim Barco industrial Total Canoa a vela NI Canoa a vela Total Canoa motorizada NI Sim Canoa motorizada Total Montaria NI Montaria Total TOTAL <=4m 21 4 25 21 21 21 2 23 3 3 72 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 3 19 87 28 6 60 18 3 25 147 46 1 1 1 1 2 2 4 7 16 9 25 1 1 51 >18m 11 2 13 6 8 14 162 47 13 TOTAL 169 90 259 2 2 21 21 45 21 66 4 4 352 % 48,0 25,6 73,6 0,6 0,6 6,0 6,0 12,8 6,0 18,8 1,1 1,1 100,0 Tabela 8 – Frota pesqueira marinha do Estado do Amapá com Registro Geral da Pesca, por tipo de embarcação, comprimento e Órgão emissor. Tipos de embarcação Barco Barco Total Barco industrial Barco industrial Total Canoa a vela Canoa a vela Total Canoa motorizada Órgão Emissor Ibama Mapa NI Seap Sudepe <=4m 1 24 25 Mapa Seap NI Mapa NI Seap Sudepe Canoa motorizada Total Montaria NI Montaria Total TOTAL 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 3 14 1 1 7 3 3 19 104 34 2 20 8 2 3 25 147 46 1 1 1 1 >18m 1 12 13 21 21 23 4 23 3 3 72 4 7 2 22 1 25 1 1 51 11 2 1 14 162 47 13 TOTAL 18 13 196 30 2 259 1 1 2 21 21 2 60 3 1 66 4 4 352 % 5,1 3,7 55,7 8,5 0,6 73,6 0,3 0,3 0,6 6,0 6,0 0,6 17,0 0,9 0,3 18,8 1,1 1,1 100,0 Tabela 9 – Frota pesqueira marinha do Estado do Amapá com permissão de pesca, por espécie, tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco Permissão de pesca Peixes diversos NI Barco Total Barco industrial Peixes diversos Barco industrial Total Canoa a vela NI Canoa a vela Total Canoa motorizada Peixes diversos NI Canoa motorizada Total Montaria NI Montaria Total TOTAL <=4m 1 24 25 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 6 42 12 3 19 105 34 3 25 147 46 1 1 1 1 >18m 1 12 13 21 21 23 23 3 3 72 4 4 7 3 22 25 1 1 51 3 11 14 162 47 13 TOTAL 62 197 259 2 2 21 21 6 60 66 4 4 352 % 17,6 56,0 73,6 0,6 0,6 6,0 6,0 1,7 17,0 18,8 1,1 1,1 100,0 Tabela 10 – Frota pesqueira marinha do Estado do Amapá participante do programa de subvenção do óleo diesel, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco Sub. do óleo diesel Não Sim Barco Total Barco industrial Não Barco industrial Total Canoa a vela Não Sim Canoa a vela Total Canoa motorizada Não Canoa motorizada Total Montaria Não Montaria Total TOTAL <=4m 25 25 20 1 21 23 23 3 3 72 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 3 25 146 46 1 3 25 147 46 1 1 1 1 4 4 7 25 25 1 1 51 >18m 13 13 14 14 162 47 13 TOTAL 258 1 259 2 2 20 1 21 66 66 4 4 352 % 73,3 0,3 73,6 0,6 0,6 5,7 0,3 6,0 18,8 18,8 1,1 1,1 100,0 Tabela 11 – Situação da frota pesqueira marinha do Estado do Amapá, por ocasião do cadastramento, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco Barco Total Barco industrial Barco industrial Total Canoa a vela Canoa a vela Total Canoa motorizada Ativa Não Sim <=4m 5 20 25 Sim Não Sim Não Sim Canoa motorizada Total Montaria Sim Montaria Total TOTAL 1 20 21 2 21 23 3 3 72 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 1 3 1 2 24 144 45 3 25 147 46 1 1 1 1 4 4 7 25 25 1 1 51 >18m 13 13 14 14 162 47 13 TOTAL 11 248 259 2 2 1 20 21 2 64 66 4 4 352 % 3,1 70,5 73,6 0,6 0,6 0,3 5,7 6,0 0,6 18,2 18,8 1,1 1,1 100,0 Tabela 12 – Artes de pesca utilizadas pela frota pesqueira marinha do Estado do Amapá, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco Barco Total Barco industrial Barco industrial Total Canoa a vela Canoa a vela Total Canoa motorizada Aparelhos de pesca Arrasto Espinhel Outras Rede de espera <=4m 21 4 25 Espinhel Rede de espera Espinhel Rede de espera Arrasto Espinhel Outras Rede de espera Canoa motorizada Total Montaria Espinhel Rede de espera Montaria Total TOTAL 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 18 1 13 38 9 2 3 11 89 36 3 25 147 46 1 1 1 1 TOTAL >18m 2 11 13 20 1 21 21 1 2 1 2 23 3 4 10 2 1 12 25 7 1 1 51 3 72 3 1 10 14 162 47 13 20 83 2 154 259 1 1 2 20 1 21 14 26 2 24 66 3 1 4 352 % 5,7 23,6 0,6 43,8 73,6 0,3 0,3 0,6 5,7 0,3 6,0 4,0 7,4 0,6 6,8 18,8 0,9 0,3 1,1 100,0 Tabela 13 – Sistemas de conservação do pescado utilizados a bordo da frota pesqueira marinha do Estado do Amapá, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco Barco Total Barco industrial Barco industrial Total Canoa a vela Canoa a vela Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total Montaria Sistemas de conservação Gelo Salga <=4m 25 25 Gelo Gelo Gelo Salga Gelo Salga Sem conservação Montaria Total TOTAL 21 21 23 23 2 1 3 72 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 3 17 122 46 8 25 3 25 147 46 1 1 1 1 3 1 4 22 3 25 7 1 1 51 >18m 13 13 14 14 162 47 13 TOTAL 226 33 259 2 2 21 21 62 4 66 2 1 1 4 352 % 64,2 9,4 73,6 0,6 0,6 6,0 6,0 17,6 1,1 18,8 0,6 0,3 0,3 1,1 100,0 5.2. CADASTRAMENTO DAS EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS NO ESTADO DO PARÁ Dentre os estados brasileiros, o Pará possui a segunda maior extensão geográfica, com 1.253.164,5 km2, representando cerca de 15,0% do território nacional. O seu sistema hidrográfico e as áreas de produção pesqueira estão distribuídos nos 98.292 km2 de águas interiores; 70.000 km2 de plataforma continental; 67.972 km2 de área oceânica e 562 km de costa. A linha litorânea paraense abrange municípios detentores de um potencial pesqueiro, com alternativas variadas para as pescarias extrativas estuarina e marinha (BRASIL, 1973). A pesca extrativa marinha apresenta uma produção de 484.592,5 toneladas de pescado representando 48,9% da produção total de pescado do Brasil. No entanto, o desempenho dessa atividade na Região Norte apresentou um decréscimo de 10,7% no período 2002-2003, passando de uma produção de 108.881,5 toneladas em 2002, para 97.272,5 toneladas em 2003 (IBAMA, 2004). Considerando-se o pescado marinho, estuarino e de águas interiores, o Pará representou o maior volume de produção, com maior participação relativa na captura global desembarcada no País, com 154.546,0 toneladas, representando 15,6% de todo o pescado desembarcado no Brasil, em 2003 (IBAMA, op. cit.). As artes de pesca constituem um dos principais e mais complexos temas de estudo, já que existem muitos tipos, numerosas variedades de formas e uma grande diversidade de uso, de acordo com sua evolução ao longo do tempo nas diferentes partes do mundo. Dentre os trabalhos de investigação e desenvolvimento realizados por técnicos em artes de pesca, estão a avaliação, melhoramento, transferência e adaptação das artes de pesca, desenvolvidas e testadas em outras partes para satisfazer as necessidades locais ou regionais (GROFIT, 1984). No Pará, as redes de espera são responsáveis por mais da metade das capturas dos peixes. Estas recebem várias denominações de acordo com a espécie que se deseja capturar como gozeira, para captura da pescada go, pescadeira, para captura da pescada amarela, serreira, para captura da serra entre outras. Além das redes de emalhar existem as pargueiras, boinhas e caíques que trabalham na captura do pargo, as caçoeiras na captura de lagostas, os espinhéis para captura de tubarões, bagres e outros, e ainda as redes de arrasto utilizadas na pesca do camarão e da piramutaba, na pesca industrial. A pescada amarela, gurijuba e o pargo são freqüentes nas pescarias no Município de Vigia. Em Bragança também se faz presente a captura do pargo, pescada gó e caranguejo. A serra se destaca nos desembarques realizados no município de São João de Pirabas e a “cata” do caranguejo é característica dos municípios de Viseu, Quatipuru e São João de Pirabas. Resultados do Cadastramento A frota pesqueira do Estado do Pará é constituída de barcos a motor, barcos industriais, canoas, canoas motorizadas e de montarias (Tabela 1). Das 7.434 embarcações cadastradas, 38,3% são do tipo barco a motor, seguidos das montarias com 23,2%. Os barcos industriais, que atuam principalmente na pesca do camarão, piramutaba e pargo, só representam 3,1% do total de embarcações do estado. Apesar da expressiva participação dos barcos a motor, a frota paraense é predominantemente artesanal ou seja, 58,7% das embarcações do estado são movidas a remo ou a vela. De acordo com as semelhanças de operação, tamanho do barco e equipamentos de navegação a frota foi classificada como descrita a seguir: MONTARIA (MON) Capacidade: até 0,5 ton Material do casco: madeira Propulsão: remo Comprimento: até 10 metros Tripulação: 1 a 4 pescadores Autonomia: 1 dia de mar Conservação do pescado: “in natura” ou caixas isotérmicas Denominações: bote a remo, casquinho, reboque ou reboquinho CANOA A VELA (CAN) Capacidade: até 3 ton Material do casco: madeira Propulsão: vela, remo ou a remo e vela Comprimento: até 12 metros Tripulação: 1 a 6 pescadores Autonomia: até dois dias de mar Conservação do pescado: “in natura” ou conservado em pequenas caixas isotérmicas com gelo Denominações: canoa ou bote a vela CANOA MOTORIZADA (CAM) Capacidade: até 5 toneladas Material do casco: madeira Propulsão: motor ou motor e vela Potência: de 11 a 22 hp Comprimento: menor que 8,00 metros Tripulação: de 2 a 6 pescadores Autonomia: até 5 dias de mar Conservação do pescado: em caixas ou urnas isotérmicas com gelo Denominações: bote motorizado, bastardo ou lancha BARCO DE PEQUENO PORTE (BPP) Capacidade: até 8 toneladas Material do casco: madeira Propulsão: motor Potência: de 11 a 69 hp Comprimento: entre 8,00 e 11,99 metros Tripulação: de 3 a 8 pescadores Autonomia: para até 10 dias de mar Conservação do pescado: em urnas isotérmicas com gelo Denominações: iate motorizado, barco ou lancha BARCO DE MÉDIO PORTE (BMP) Capacidade: até 18 toneladas Material do casco: madeira Propulsão: motor Potência: de 36 a 114 hp Comprimento: igual ou maior que 12,00 metros Tripulação: de 5 a 17 pescadores dependendo do tipo de pescaria Autonomia: até 25 dias de mar Conservação do pescado: em urnas isotérmicas com gelo Denominações: barco ou lancha Para efeito do cadastramento as embarcações do tipo BMP e BPP foram classificadas como barco a motor. BARCO INDUSTRIAL (BIN) Capacidade: até 80 toneladas Material do casco: aço Comprimento: de 17 a 26 metros Propulsão: motor Potência: de 236 a 425 hp, dotada de equipamentos de apoio a navegação Tripulação: de 5 a 22 pescadores, dependendo do tipo de pescaria; Conservação de pescado: em urnas isotérmicas com gelo ou frigorífico Autonomia: até 70 dias Pescarias: utiliza rede de arrasto para camarão ou para peixe, caique/pargo, espinhel/atum, manzuá/peixe, pargueira; conhecida vulgarmente como barca ou barco de ferro. O cadastramento das embarcações pesqueiras no Estado do Pará foi realizado em 15 municípios, os quais foram divididos em três áreas, onde ocorrem as principais atividades pesqueiras: Soure e Salvaterra (Área 01), Colares, Vigia, São Caetano de Odivelas, Marapanim, Maracanã e Curuçá (Área 02), Salinópolis, Quatipuru, São João de Pirabas, Bragança, Augusto Corrêa e Viseu (Área 03) (Figura 1). Figura 1 – Áreas de atuação do Projeto de Cadastramento das Embarcações Pesqueiras no Estado do Pará. Nos municípios de Vigia, Belém e Bragança registrou-se um maior número de embarcações cadastradas com, respectivamente, 14,9%, 13,1% e 10,7% da frota do estado. Um menor quantitativo de embarcações foi observado no Município de Marapanim, correspondendo a apenas 3,7% da frota paraense (Tabela 1). A Tabela 2 mostra o total de embarcações existentes no Pará, por faixa de comprimento e propulsão. Verifica-se que 93,3% das embarcações medem até 12m de comprimento, o que leva a concluir que a frota pesqueira paraense é constituída, principalmente, de embarcações de pequeno a médio porte. De acordo com os dados da Tabela 3 a quase totalidade das embarcações (97,3%) tem casco de madeira, excetuando uma única jangada em alumínio e um reduzido número de embarcações motorizadas (5,4% dessa frota) construídas em ferro-cimento. No que diz respeito ao total de tripulantes por embarcação, por sua característica eminentemente artesanal, 51,0% da frota do Estado do Pará atua com uma tripulação de 2 a 4 pescadores. Um maior número de tripulantes é observado na frota de barcos a motor e de barcos industriais, onde, respectivamente, 33,2% e 74,7%, dessas embarcações operam com 4 a 8 pessoas. Na maioria das montarias (65,1%) as pescarias são realizadas por um menor número de tripulantes, variando entre 1 e 2 pescadores. (Tabela 4). De maneira geral, a frota do Estado do Pará é relativamente nova, com idade inferior a 10 anos (61,4%), muito embora 49,8% das embarcações industriais tenham mais de 20 anos. Conforme se observa na Tabela 5, em todas as categorias movidas a vela e a remo, há uma predominância de barcos construídos nos últimos 5 anos. Quanto à tonelagem de arqueação bruta das embarcações, 93,7% da frota apresentam TAB menor que 10, exceto para a categoria industrial onde a quase totalidade (99,0%) possui tonelagem superior a 50 TAB (Tabela 6). Somente 11,7% das embarcações, ou seja, 873 das 7.434 cadastradas no Estado do Pará apresentaram o título de inscrição na Capitania dos Portos, por ocasião do cadastramento. As demais ou não possuíam referido documento, ou não informaram. De acordo com os dados da Tabela 7, inscrever a embarcação na Capitania dos Portos é um procedimento mais freqüente entre os proprietários das embarcações motorizadas, muito embora 79,9% dessas embarcações não tenham apresentado tal documento. Apenas uma única embarcação a vela e uma outra movida a remo declararam ser inscritas na Capitania dos Portos. À semelhança do título de inscrição na Capitania dos Portos, um reduzido número de embarcações (731), ou seja, 9,8% da frota, apresentou o documento de registro no Registro Geral na Pesca (RGP). Entre as inscritas, 508 (69,5%) emitiram ou renovaram seu registro na SEAP (Tabela 8). Das embarcações movidas a vela ou a remo somente 87, de um total de 4.361 existentes no estado, estão registradas no RGP. Poucas embarcações no Estado do Pará, segundo dados da Tabela 9, dispõem de permissão de pesca para a captura de determinadas espécies. Das 622 embarcações que declararam possuir tal documento, 8 são destinados à captura de lagostas, 15 de piramutaba, 19 de outras espécies, 62 de camarão rosa e as demais (518), isto é, a maioria, para a pesca de peixes diversos. Observa-se na mesma tabela que a permissão especial de pesca no Pará é um documento restrito às embarcações motorizadas, uma vez que nenhuma embarcação a vela ou a remo é permissionada. De acordo com a Tabela 10, das 4.334 embarcações motorizadas existentes no Pará apenas 210 embarcações adquirem óleo diesel subsidiado, o que representa um percentual muito pequeno de embarcações (4,8%) que tem acesso no estado ao programa de subvenção do óleo diesel. Por solicitação da SEAP, também foram objeto do cadastramento as embarcações consideradas desativadas, ou seja, paralisadas há algum tempo por motivos diversos. Conforme se observa na Tabela 11, somente 1,5% da frota cadastrada no Pará se encontrava nesse estado, o que leva a crer que a grande maioria das embarcações está em plena atividade na pesca. No que diz respeito aos aparelhos de pesca utilizados pelas embarcações pesqueiras do Estado do Pará, com exceção dos barcos industriais, cuja atividade é mais voltada à captura de camarão, as demais categorias de embarcação têm como aparelho de pesca principal a rede de espera, seguido do espinhel (Tabela 12). Tendo em vista a grande diversidade de aparelhos e métodos de pesca empregados no Pará, o tipo OUTRO, onde estão incluídos os demais aparelhos de pesca não relacionados no formulário de cadastro, teve uma participação expressiva, principalmente entre as embarcações movidas a remo. Tendo em vista a predominância de embarcações de pequeno porte no estado, o sistema de conservação de pescado mais utilizado pela maioria é o gelo, sendo que para a categoria MONTARIA 76,7% não possui sistema de conservação, isto é, o pescado é desembarcado fresco (Tabela 13). Tabela 1 – Frota pesqueira marinha do Estado do Pará, por município. Municípios Augusto Correia Belém Bragança Colares Curuçá Maracanã Marapanim Quatipuru S. Caetano de Odivelas S. João de Pirabas Salinópolis Salvaterra Soure Vigia Viseu TOTAL % Barco a motor 284 517 540 30 88 92 50 79 155 105 79 32 86 618 89 2844 38,3 Tipos de Embarcação Barco Canoa Montaria Canoa industrial motorizada 107 86 134 200 15 170 69 83 127 44 47 21 25 2 35 76 153 83 68 125 53 40 130 223 76 46 78 56 195 14 210 27 9 92 12 115 67 103 266 17 58 182 13 72 267 140 194 74 91 229 1376 1261 1724 3,1 18,5 17,0 23,2 TOTAL 611 971 794 123 354 368 273 424 484 365 298 468 343 1110 448 7434 100,0 % 8,2 13,1 10,7 1,7 4,8 5,0 3,7 5,7 6,5 4,9 4,0 6,3 4,6 14,9 6,0 100,0 Tabela 2 – Frota pesqueira marinha do Estado do Pará, por tipo de embarcação, comprimento e propulsão. Tipos de embarcação Barco a motor Propulsão Motor Outra Remo Barco a motor Total Barco industrial Barco industrial Total Canoa Canoa Total Canoa motorzada Motor Outra Remo Motor Remo Vela Motor Outra Remo Vela Canoa motorzada Total Montaria Montaria Total TOTAL % Motor Outra Remo Vela <=4m 361 1 362 85 2 1 88 7 61 403 471 124 1 3 128 3 2 804 11 820 1869 25,1 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 10 604 1533 290 10 8 102 633 743 234 1 1 236 9 811 15 835 1824 24,5 3 607 6 13 125 144 846 1 2 4 853 36 5 41 1645 22,1 >18m 33 9 1542 1 290 12 33 128 1 12 128 2 8 8 41 1 1 7 9 3 41 3 3 1 4 1596 21,5 16 8 24 197 2,6 303 4,1 TOTAL 2831 1 12 2844 226 2 1 229 23 176 1177 1376 1248 1 4 8 1261 12 2 1670 40 1724 7434 100,0 % 38,1 0,0 0,2 38,3 3,0 0,0 0,0 3,1 0,3 2,4 15,8 18,5 16,8 0,0 0,1 0,1 17,0 0,2 0,0 22,5 0,5 23,2 100,0 Tabela 3 - Frota pesqueira marinha do Estado do Pará, por tipo de embarcação, comprimento e material do casco. Tipos de embarcação Barco a motor Barco a motor Total Barco industrial Barco industrial Total Canoa Canoa Total Canoa motorzada Material do casco Ferro-Cimento Madeira NI Ferro-Cimento Madeira Madeira NI Alumínio Madeira NI Canoa motorzada Total Montaria Madeira NI Montaria Total TOTAL <=4m 355 7 362 75 13 88 466 5 471 123 5 128 817 3 820 1869 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 2 10 607 1540 286 1 2 10 607 1542 290 1 1 11 1 12 743 143 8 1 1 743 144 8 1 1 236 851 41 1 236 853 41 835 41 4 4--| 6m 835 1824 41 1645 4 1596 303 TOTAL >18m 33 33 86 42 128 9 9 3 3 24 24 197 3 2831 10 2844 162 67 229 1370 6 1376 1 1254 6 1261 1721 3 1724 7434 % 0,0 38,1 0,1 38,3 2,2 0,9 3,1 18,4 0,1 18,5 0,0 16,9 0,1 17,0 23,2 0,0 23,2 100,0 Tabela 4 - Total de tripulantes da frota pesqueira marinha do Estado do Pará, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco a motor Tripulação 1--| 2 2--| 4 4--| 8 >8 Barco a motor Total Barco industrial Barco industrial Total Canoa Canoa Total Canoa motorzada 1--| 2 2--| 4 4--| 8 >8 1--| 2 2--| 4 4--| 8 >8 1--| 2 2--| 4 4--| 8 >8 Canoa motorzada Total Montaria Montaria Total TOTAL 1--| 2 2--| 4 4--| 8 <=4m 36 156 143 27 362 40 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 26 57 4 8 499 920 14 1 79 537 183 3 28 89 10 607 1542 290 1 4--| 6m 48 88 288 164 18 1 471 44 78 3 3 128 614 201 5 820 1869 1 330 392 20 1 743 88 139 9 236 491 330 14 835 1824 39 101 4 4 4 144 99 690 50 14 853 12 28 1 41 1645 8 3 29 6 3 41 2 1 1 4 1596 9 3 12 1 1 TOTAL >18m 5 9 4 15 33 1 1 114 12 128 1 8 9 3 3 4 20 303 24 197 129 1606 947 162 2844 42 1 171 15 229 659 669 46 2 1376 234 939 68 20 1261 1123 580 21 1724 7434 % 1,7 21,6 12,7 2,2 38,3 0,6 0,0 2,3 0,2 3,1 8,9 9,0 0,6 0,0 18,5 3,1 12,6 0,9 0,3 17,0 15,1 7,8 0,3 23,2 100,0 Tabela 5 – Idade da frota pesqueira do Estado do Pará, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco a motor Barco a motor Total Barco industrial Barco industrial Total Canoa Canoa Total Canoa motorzada Idade da frota 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI Canoa motorzada Total Montaria 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI Montaria Total TOTAL <=4m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 89 209 44 2 160 338 54 4 163 447 49 70 197 59 18 66 23 4 107 285 61 10 607 1542 290 2 2 2 1 2 4--| 6m 7 6 4 2 343 362 1 18 26 43 88 84 86 52 43 8 198 471 3 3 1 1 120 128 266 197 84 59 14 200 820 1869 212 185 136 86 22 102 743 77 74 36 23 6 20 236 334 280 99 52 7 63 835 1824 40 32 30 21 8 13 144 174 180 183 98 27 191 853 13 15 2 6 1 4 41 1645 1 5 1 1 >18m 13 6 9 1 2 3 33 1 4 8 21 88 6 128 4 3 1 1 1 9 4 12 1 8 3 13 12 2 1 10 41 2 2 4 1596 2 1 3 13 3 4 2 303 2 24 197 TOTAL 362 566 676 328 109 803 2844 3 7 10 42 114 53 229 345 307 221 150 39 314 1376 257 272 233 124 34 341 1261 628 495 189 119 22 271 1724 7434 % 4,9 7,6 9,1 4,4 1,5 10,8 38,3 0,0 0,1 0,1 0,6 1,5 0,7 3,1 4,6 4,1 3,0 2,0 0,5 4,2 18,5 3,5 3,7 3,1 1,7 0,5 4,6 17,0 8,4 6,7 2,5 1,6 0,3 3,6 23,2 100,0 Tabela 6 – Frota pesqueira marinha do Estado do Pará, por tipo de embarcação, comprimento e tonelagem de arqueação bruta (TAB). Tipos de embarcação Barco a motor Barco a motor Total Barco industrial Barco industrial Total Canoa Canoa Total Canoa motorzada Canoa motorzada Total Montaria Montaria Total TOTAL TAB <= 10 10--| 20 20--| 50 > 50 <= 10 10--| 20 20--| 50 > 50 <= 10 > 50 <= 10 10--| 20 > 50 <= 10 10--| 20 20--| 50 > 50 <=4m 361 1 362 44 1 43 88 460 11 471 128 128 788 1 31 820 1869 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 8 595 1473 190 50 58 2 10 40 2 10 9 2 10 607 1542 290 1 10 2 4--| 6m 716 27 743 232 4 236 794 1 40 835 1824 1 5 3 8 41 12 1 >18m 14 3 12 4 33 82 5 41 128 2 7 9 2 138 6 144 840 1 12 853 38 41 4 1 3 4 3 41 1645 4 1596 20 24 197 1 303 TOTAL 2641 112 64 27 2844 137 2 6 84 229 1322 54 1376 1243 1 17 1261 1628 1 1 94 1724 7434 % 35,5 1,5 0,9 0,4 38,3 1,8 0,0 0,1 1,1 3,1 17,8 0,7 18,5 16,7 0,0 0,2 17,0 21,9 0,0 0,0 1,3 23,2 100,0 Tabela 7 – Frota pesqueira marinha do Estado do Pará, inscrita na Capitania dos Portos, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco a motor Insc. Capitania dos Portos NI Sim Barco a motor Total Barco industrial NI Sim Barco industrial Total Canoa NI Sim Canoa Total Canoa motorzada NI Sim Canoa motorzada Total Montaria NI Sim Montaria Total TOTAL <=4m 353 9 362 51 37 88 471 471 125 3 128 820 820 1869 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 10 529 1137 130 78 405 160 10 607 1542 290 5 1 7 1 12 742 144 8 1 1 743 144 8 1 233 809 38 3 44 3 236 853 41 835 41 3 1 835 41 4 1824 1645 1596 303 >18m 18 15 33 21 107 128 9 9 3 3 24 24 197 TOTAL 2177 667 2844 77 152 229 1375 1 1376 1208 53 1261 1723 1 1724 7434 % 29,3 9,0 38,3 1,0 2,0 3,1 18,5 0,0 18,5 16,2 0,7 17,0 23,2 0,0 23,2 100,0 Tabela 8 – Frota pesqueira marinha do Estado do Pará com Registro Geral da Pesca, por tipo de embarcação comprimento e Órgão emissor. Tipos de embarcação Barco a motor Barco a motor Total Barco industrial Órgão Emissor Ibama Mapa NI Seap Sudepe Mapa NI Seap Barco industrial Total Canoa Ibama Mapa NI Seap Sudepe Canoa Total Canoa motorzada Ibama Mapa NI Seap Sudepe Canoa motorzada Total Montaria Ibama NI Seap Sudepe Montaria Total TOTAL <=4m 1 356 5 362 1 58 29 88 4 1 464 1 1 471 127 1 128 1 816 3 820 1869 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 10 28 4 1 7 8 538 1312 196 2 53 182 90 5 13 10 607 1542 290 4--| 6m 8 1 724 6 4 743 1 229 2 4 236 1 828 2 4 835 1824 TOTAL >18m 1 19 13 33 7 35 86 128 1 1 6 6 12 141 3 8 1 7 2 144 7 1 820 20 5 853 1 40 8 2 1 9 41 1645 39 3 41 3 4 23 1 4 1596 303 24 197 43 9 2429 345 18 2844 8 99 122 229 12 2 1345 12 5 1376 10 1 1218 23 9 1261 3 1711 6 4 1724 7434 % 0,6 0,1 32,7 4,6 0,2 38,3 0,1 1,3 1,6 3,1 0,2 0,0 18,1 0,2 0,1 18,5 0,1 0,0 16,4 0,3 0,1 17,0 0,0 23,0 0,1 0,1 23,2 100,0 Tabela 9 – Frota pesqueira marinha do Estado do Pará com permissão de pesca, por espécie, tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco a motor Espécie permissionada Lagosta NI Outra Peixes diversos Barco a motor Total Barco industrial Camarão rosa Lagosta NI Outra Peixes diversos Piramutaba Barco industrial Total Canoa NI Peixes diversos Canoa Total Canoa motorzada NI Peixes diversos Canoa motorzada Total Montaria NI Peixes diversos Montaria Total TOTAL <=4m 1 356 1 4 362 18 58 3 1 8 88 464 7 471 127 1 128 818 2 820 1869 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 4 2 8 539 1313 196 2 3 2 2 66 222 90 10 607 1542 290 1 4--| 6m 6 725 18 743 229 7 236 829 6 835 1824 142 2 144 820 33 853 40 1 41 1645 1 5 1 8 12 1 8 39 2 41 4 1 4 1596 TOTAL >18m 19 14 33 62 1 35 8 7 15 128 9 9 3 3 24 303 24 197 7 2431 8 398 2844 81 1 99 11 14 23 229 1349 27 1376 1218 43 1261 1715 9 1724 7434 % 0,1 32,7 0,1 5,4 38,3 1,1 0,0 1,3 0,1 0,2 0,3 3,1 18,1 0,4 18,5 16,4 0,6 17,0 23,1 0,1 23,2 100,0 Tabela 10 – Frota pesqueira marinha do Estado do Pará participante do programa de subvenção do óleo diesel, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco a motor Sub. do óleo diesel Não NI Sim Barco a motor Total Barco industrial Não NI Sim Barco industrial Total Canoa Não NI Canoa Total Canoa motorzada Não NI Sim Canoa motorzada Total Montaria Não NI Montaria Total TOTAL <=4m 47 315 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 8 457 1190 196 2 147 337 78 3 15 16 10 607 1542 290 1 11 4--| 6m 362 6 21 61 88 268 203 471 15 113 579 164 743 185 51 128 584 236 820 1869 236 730 105 835 1824 115 29 144 660 189 4 853 32 9 41 1645 1 7 1 8 35 6 41 3 1 4 1596 1 12 1 1 >18m 21 5 7 33 10 15 103 128 9 9 3 3 24 303 24 197 TOTAL 1919 884 41 2844 28 36 165 229 979 397 1376 898 359 4 1261 1373 351 1724 7434 % 25,8 11,9 0,6 38,3 0,4 0,5 2,2 3,1 13,2 5,3 18,5 12,1 4,8 0,1 17,0 18,5 4,7 23,2 100,0 Tabela 11 – Situação da frota pesqueira marinha do Estado do Pará, por ocasião do cadastramento, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco a motor Ativa Não NI Sim Barco a motor Total Barco industrial Não NI Sim Barco industrial Total Canoa Não NI Sim Canoa Total Canoa motorzada Não NI Sim Canoa motorzada Total Montaria Não NI Sim Montaria Total TOTAL <=4m 2 315 45 362 21 67 88 1 202 268 471 112 16 128 13 233 574 820 1869 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 9 25 3 2 147 333 78 8 451 1184 209 10 607 1542 290 2 4--| 6m 1 1 5 162 576 743 7 51 178 236 11 105 719 835 1824 1 30 113 144 21 188 644 853 2 9 30 41 1645 1 7 8 1 6 34 41 1 3 4 1596 10 12 1 1 TOTAL >18m 1 5 27 33 3 14 111 128 9 9 3 3 2 303 22 24 197 40 880 1924 2844 5 35 189 229 8 395 973 1376 29 357 875 1261 28 348 1348 1724 7434 % 0,5 11,8 25,9 38,3 0,1 0,5 2,5 3,1 0,1 5,3 13,1 18,5 0,4 4,8 11,8 17,0 0,4 4,7 18,1 23,2 100,0 Tabela 12 – Artes de pesca utilizadas pela frota pesqueira marinha do Estado do Pará, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco a motor Barco a motor Total Barco industrial Aparelhos de pesca Armadilha Arrasto Curral Espinhel Linha NI Outro Rede de espera Tarrafa Arrasto NI Outro Rede de espera Barco industrial Total Canoa Armadilha Arrasto Cerco Curral Espinhel Linha NI Outro Rede de espera Tarrafa Canoa Total Canoa motorzada Arrasto Curral Espinhel Linha NI Outro Rede de espera Canoa motorzada Total Montaria Arrasto Cerco Curral Espinhel Linha NI Outro Rede de espera Tarrafa Montaria Total TOTAL <=4m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 9 11 11 16 2 1 26 42 1 43 136 56 14 13 2 170 388 92 10 22 3 6 331 916 126 2 10 607 1542 290 1 1 2 4--| 6m 2 1 1 8 319 31 362 42 45 1 88 4 3 14 61 6 229 14 133 7 471 4 116 1 7 128 6 1 43 197 12 263 80 204 14 820 1869 1 2 5 2 51 163 11 184 11 302 12 743 9 13 44 2 57 4 107 236 4 1 32 271 11 121 59 321 15 835 1824 9 12 TOTAL >18m 1 10 7 15 33 97 27 4 128 1 20 25 6 33 1 58 144 14 43 130 5 214 21 426 853 1 3 2 3 2 2 1 4 8 1 1 9 6 1 6 1 27 41 2 3 2 1 3 1 12 2 10 4 12 1 7 1 13 41 1645 4 1596 303 24 197 22 30 71 254 27 978 35 1425 2 2844 140 75 1 13 229 2 10 5 86 252 25 451 26 500 19 1376 24 56 185 7 393 27 569 1261 10 2 77 485 25 402 143 551 29 1724 7434 % 0,3 0,4 1,0 3,4 0,4 13,2 0,5 19,2 0,0 38,3 1,9 1,0 0,0 0,2 3,1 0,0 0,1 0,1 1,2 3,4 0,3 6,1 0,3 6,7 0,3 18,5 0,3 0,8 2,5 0,1 5,3 0,4 7,7 17,0 0,1 0,0 1,0 6,5 0,3 5,4 1,9 7,4 0,4 23,2 100,0 Tabela 13 – Sistemas de conservação do pescado utilizados a bordo da frota pesqueira marinha do Estado do Pará, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco a motor Sistemas de conservação Gelo NI Outro Salga Sem Conservação Barco a motor Total Barco industrial Congelamento Gelo NI Outro Barco industrial Total Canoa Gelo NI Outro Salga Sem Conservação Canoa Total Canoa motorzada Gelo NI Outro Salga Sem Conservação Canoa motorzada Total Montaria Gelo NI Outro Salga Sem Conservação Montaria Total TOTAL <=4m 350 8 1 3 362 32 54 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 10 593 1510 288 4 13 2 1 1 1 1 8 17 10 607 1542 290 1 1 11 2 88 189 8 1 2 271 471 113 5 327 6 1 3 406 743 227 1 10 128 153 5 2 16 644 820 1869 1 7 236 180 3 1 9 642 835 1824 63 1 1 2 12 1 >18m 25 8 33 64 62 2 128 2 4 4 76 144 814 2 1 36 853 8 6 8 39 1 3 9 2 1 2 41 1 3 2 21 1 32 41 1645 3 4 1596 303 1 24 197 TOTAL 2776 27 11 2 28 2844 97 128 2 2 229 584 15 6 9 762 1376 1195 6 3 2 55 1261 344 8 24 26 1322 1724 7434 % 37,3 0,4 0,1 0,0 0,4 38,3 1,3 1,7 0,0 0,0 3,1 7,9 0,2 0,1 0,1 10,3 18,5 16,1 0,1 0,0 0,0 0,7 17,0 4,6 0,1 0,3 0,3 17,8 23,2 100,0 5.3. CADASTRAMENTO DAS EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS NO ESTADO DO MARANHÃO O mar adjacente do Estado do Maranhão caracteriza-se por elevado grau de produtividade. O litoral do estado, entrecortado por muitas reentrâncias, apresenta uma extensão de 640 km (Figura 1), o qual, devido à sua baixa declividade e às grandes amplitudes de marés, proporciona o desenvolvimento de manguezais em cerca de 85% da sua extensão, que atingem larguras de até 40 km. Essas vastas florestas de mangues são na realidade uma enorme fonte de matéria orgânica a incrementar o ciclo biológico aquático. Esse fator associado a outros, como o deságüe de uma expressiva rede fluvial (Parnaíba, Munim, Preguiças, Mearim, Itapecuru, Pericuma, Turiaçú, Maracaçumé e Gurupi) que carreia grandes quantidades de nutrientes do continente; e a existência de uma plataforma continental vasta e de pouca profundidade, que permite a penetração de luz solar e, conseqüentemente, uma altíssima produtividade primária, possibilitam o desenvolvimento de populações expressivas de muitas espécies de peixes, moluscos e crustáceos, oferecendo excelentes condições à atividade pesqueira e fazendo com que o Maranhão se destaque como detentor de um dos mais importantes potenciais pesqueiros do país, embora esse potencial venha sendo explorado de forma predatória. A metodologia de captura do pescado utilizada é totalmente artesanal, fato este que restringe a pesca em quase sua totalidade à faixa litorânea (estuários, baías, e canais) acarretando uma sobrepesca nos estoques pesqueiros de adultos e juvenis, o que determina decréscimo na produtividade e o comprometimento futuro desses estoques. A pesca artesanal depende, em grande parte, de pequenas embarcações de 5m a 8m de comprimento, dos tipos Biana, Barco e Canoa, podendo ser de propulsão a vela, motor ou a remo. Figura 1 - Litoral do Estado do Maranhão, suas reentrâncias e estuários As artes de pesca usadas consistem, principalmente, em redes de emalhar à deriva ou fixas, redes estas identificadas pelas espécies que se quer capturar, tais como, pescadeiras, serreiras, goseiras etc, que se destinam, respectivamente, à captura da pescada amarela, da serra e da pescadinha go. Também são utilizados espinhéis, currais (armadilhas fixas), zangarias, puçás e outras artes menores para captura do camarão. A jornada de pesca depende do aparelho de pesca utilizado, podendo ser diária, no caso de despesca de curral, puçás de arrasto (manual) ou extração de crustáceos e moluscos, e de mais de 10 dias quando utilizadas redes de emalhar. A produção de pescado em águas marinhas e estuarinas no Estado do Maranhão é constituída de peixes, moluscos e crustáceos. Entre os peixes destacam-se a Pescada Amarela, Pescada Go (boca mole), Serra, os Bagres (cangatã, bandeirado etc.) e Tainhas (sajuba e pitiua); entre os moluscos o Sarnambi e o Sururu; e entre os crustáceos o Camarão e os Caranguejos. Resultados do Cadastramento A frota do Estado do Maranhão é constituída de 8.892 embarcações de pequeno porte, dos tipos barco, biana e canoa, sendo 4.108 propulsionadas a remo (46,2%), 2.493 a vela (28,0% ) e 2.291 a motor (25,8%). As maiores frotas estão localizadas nos municípios de Cururupu com 9,2% do total, Tutóia com 6,5%, São Luis com 5,9%, Humberto de Campos com 5,9% e Turiaçu com 5,6%, enquanto que um menor número de embarcações é encontrado nos municípios de Paulino Neves e Água Doce, com 73 (0,8%) e 122 (1,4%) embarcações, respectivamente (Tabela 1). Conforme se observa na Tabela 2, a frota do Estado do Maranhão varia entre 4m e 18m de comprimento, sendo que 6.591 (74,1%) das embarcações cadastradas estão na faixa de 4m a 6 m. Nesta faixa 60,9% correspondem às canoas movidas a remo e 30,3% às canoas movidas a vela, enquanto que na faixa de 6m a 12m, 1.640 (72,1%) são embarcações do tipo biana motorizada . .As embarcações pesqueiras do Estado do Maranhão são construídas de forma artesanal em pequenos estaleiros localizados nas comunidades pesqueiras, verificando-se na Tabela 3 que 99,7% das embarcações são de madeira e apenas 1,3 % confeccionadas em fibra de vidro. As 8.892 embarcações cadastradas no Maranhão são tripuladas por 24.617 pescadores, apresentando uma média de 2,76 tripulantes por embarcação. Tomando como base o ano de construção das embarcações, pode-se concluir analisando os dados da Tabela 5, que a frota maranhense é relativamente nova, onde 51,7% têm de 1 a 5 anos, outras 29,7% de 5 a 10 anos e apenas 15,7% do total das embarcações estão acima de 10 anos de idade, comportamento este observado em todos os municípios. Como a pesca no Estado do Maranhão é exercida essencialmente por embarcações artesanais, esta atividade se reflete na capacidade de estocagem e arqueação, onde 99,8% das embarcações têm até 10 toneladas de arqueação bruta, característica esta observada para as embarcações de todos os municípios (Tabela 6). De acordo com os dados da Tabela 7, apenas 1,8% das embarcações cadastradas informaram que estão inscritas na Capitania dos Portos, enquanto que 98,18% não possuem ou não informaram. Da mesma forma, conforme se observa na Tabela 8, um reduzido número de embarcações (1,1%) apresentou a documentação relativa à sua inscrição no Registro Geral de Pesca Embora o litoral do estado tenha potencialidade para todas as espécies controladas, como pargo, lagosta, e camarão, apenas 0,8% das embarcações motorizadas têm permissão para pescar essas espécies, sendo 9 (0,1%) para a captura de camarão rosa, 2 (0,02%) para a lagosta e 67 (0,8%) para a captura de peixes diversos (Tabela 9). Tal fato demonstra a necessidade de um esforço conjunto das instituições envolvidas, objetivando um melhor controle da frota e distribuição das permissões de pesca. No estado foram cadastradas 2.291 (25,8 %) embarcações motorizadas, entretanto não foi ainda implantado o programa do Governo Federal de subvenção do óleo diesel. As 43 (0,5 %) embarcações que, segundo a Tabela 10 recebem tal subsídio, são de outro estado, somente desembarcam no Maranhão. Das embarcações cadastradas 98,8% estavam em atividade por ocasião do cadastramento, das 2.287 embarcações motorizadas (Biana, Barco e Canoa) que representam 25,7% da frota total cadastrada apenas 0,5% estavam inativas e das 6.605 movidas à vela e a remo dos tipos Biana, Barco e Canoa, que representam 74,3% das embarcações do estado, apenas 0,7% não estavam em atividade (Tabela 11). No Estado do Maranhão há uma grande variedade de artes de pesca em uso pelos pescadores. As redes de emalhar (redes de espera) se apresentam como a principal arte de pesca, representando 19,9% dos petrechos identificados. Embora 55,3% dos aparelhos de pesca estejam cadastrados na categoria OUTROS, neste grupo se encontram principalmente: zangaria, puçá de arrasto (manual), muruada (puçá de escora), fuzaca, redinha, rede de lanço, rabiadeira e extração de moluscos e crustáceos. O sistema de conservação do pescado mais utilizado pela frota do Estado do Maranhão é o gelo, em cerca de 70,0% das embarcações. Ressaltese que 25,2% da frota não utilizam qualquer sistema de conservação, embarcações essas que são utilizadas nas pescarias de currais e na extração de caranguejos. Tabela 1 – Frota pesqueira marinha do Estado do Maranhão, por município. Município Água Doce Alcântara Apicum-Açu Araioses Axixá Bacuri Barreirinhas Bequimão Cânddo Mendes Carutapera Cedral Cururupu Godofredo Viana Guimarães Humberto de Campos Icatu Luís Domingues Paço do Lumiar Paulino Neves Porto Rico Primeira Cruz Raposa São José de Ribamar São Luiz Turiaçu Tutóia TOTAL % Barco a vela Barco motorizado Biana a vela 1 1 1 4 5 1 15 17 31 100 1 97 58 35 1 7 11 6 1 82 10 40 20 6 75 24 18 9 11 51 48 32 13 0,15 35 215 2,42 341 3,83 2 Biana motorizada 8 115 161 113 182 71 40 82 91 40 48 81 72 163 172 90 89 15 1920 21,59 Canoa a remo 91 246 286 27 58 166 4 204 329 133 216 420 108 213 128 118 87 62 18 238 170 43 3 307 352 81 4108 46,20 Canoa a Canoa vela motorizada 25 6 83 55 6 176 59 5 16 12 156 6 4 10 39 9 6 10 16 1 192 70 90 295 10 123 6 6 28 55 36 73 2 1 30 10 66 3 52 1 440 6 2139 156 24,06 1,75 TOTAL 122 361 453 264 176 269 205 226 492 311 435 815 255 343 515 379 133 158 73 364 326 337 287 522 494 577 8892 100,00 % 1,4 4,1 5,1 3,0 2,0 3,0 2,3 2,5 5,5 3,5 4,9 9,2 2,9 3,9 5,8 4,3 1,5 1,8 0,8 4,1 3,7 3,8 3,2 5,9 5,6 6,5 100,0 Tabela 2 – Frota pesqueira marinha do Estado do Maranhão, por tipo de embarcação, comprimento e propulsão. Tipos de embarcação Barco a vela Barco a vela Total Barco motorizado Barco motorizado Total Biana a vela Biana a vela Total Biana motorizada Biana motorizada Total Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total TOTAL % Propulsão Vela Motor Vela Motor Remo Vela Motor <=4m 1 1 1 1 29 29 19 19 1762 1762 419 419 3 3 2234 25,12 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 3 8 1 3 8 2 24 169 17 2 24 169 17 213 84 11 213 84 11 249 1185 455 3 249 1185 455 3 2254 93 4 2254 93 4 1581 134 9 1581 134 9 57 75 22 57 75 22 4357 1598 678 20 49,00 17,97 7,62 0,22 TOTAL >18m 1 1 1 1 3 3 5 0,06 13 13 214 214 337 337 1911 1911 4114 4114 2146 2146 157 157 8892 100,00 % 0,1 0,1 2,4 2,4 3,8 3,8 21,5 21,5 46,3 46,3 24,1 24,1 1,8 1,8 100,0 Tabela 3 - Frota pesqueira marinha do Estado do Maranhão, por tipo de embarcação, comprimento e material do casco. Tipos de embarcação Barco a vela Barco a vela Total Barco motorizado Material do casco Madeira Fibra de Vidro Madeira NI Barco motorizado Total Biana a vela Fibra de Vidro Madeira Biana a vela Total Biana motorizada Fibra de Vidro Madeira Biana motorizada Total Canoa a remo Madeira NI Canoa a remo Total Canoa a vela Aço Madeira NI Canoa a vela Total Canoa motorizada Aço Madeira Canoa motorizada Total TOTAL <=4m 1 1 2 2 29 29 21 21 1757 3 1760 415 3 418 3 3 2234 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 3 8 1 3 8 48 3 2 24 120 14 1 2 24 169 17 1 213 85 13 214 85 13 2 252 1188 454 3 252 1190 454 3 2253 91 3 2253 1 1577 1578 1 56 57 4357 TOTAL >18m 1 1 1 91 3 1 131 9 3 131 9 3 74 74 1598 22 22 678 20 5 13 13 51 163 1 215 1 340 341 2 1918 1920 4105 3 4108 1 2135 3 2139 1 155 156 8892 % 0,1 0,1 0,6 1,8 0,0 2,4 0,0 3,8 3,8 0,0 21,6 21,6 46,2 0,0 46,2 0,0 24,0 0,0 24,1 0,0 1,7 1,8 100,0 Tabela 4 - Total de tripulantes da frota pesqueira marinha do Estado do Maranhão, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco a vela Barco a vela Total Barco motorizado Barco motorizado Total Biana a vela Biana a vela Total Biana motorizada Biana motorizada Total Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total TOTAL Tripulação 1--| 2 2--| 4 4--| 8 1--| 2 2--| 4 4--| 8 >8 1--| 2 2--| 4 4--| 8 1--| 2 2--| 4 4--| 8 >8 1--| 2 2--| 4 4--| 8 >8 1--| 2 2--| 4 4--| 8 1--| 2 2--| 4 4--| 8 >8 <=4m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 1 1 2 7 1 3 8 1 2 2 1 1 16 50 2 6 114 14 3 2 24 169 17 103 5 2 105 67 7 5 12 2 213 84 11 112 135 29 116 834 306 21 210 114 2 6 6 1 249 1185 455 3 1693 60 2 525 25 2 32 8 4 2254 93 4 704 16 1 735 87 3 142 31 5 1581 134 9 33 13 7 22 25 7 2 16 3 21 5 57 75 22 4357 1598 678 20 4--| 6m 1 1 1 1 15 14 29 14 5 19 1466 296 1762 240 179 419 1 2 3 2234 TOTAL >18m 1 1 1 1 1 2 3 5 1 3 9 13 7 69 135 3 214 125 193 19 337 290 1261 347 13 1911 3221 849 40 4 4114 962 1006 178 2146 54 56 21 26 157 8892 % 0,0 0,0 0,1 0,1 0,1 0,8 1,5 0,0 2,4 1,4 2,2 0,2 3,8 3,3 14,2 3,9 0,1 21,5 36,2 9,5 0,4 0,0 46,3 10,8 11,3 2,0 24,1 0,6 0,6 0,2 0,3 1,8 100,0 Tabela 5 – Idade da frota pesqueira do Estado do Maranhão, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco a vela Barco a vela Total Barco motorizado Barco motorizado Total Biana a vela Biana a vela Total Biana motorizada Biana motorizada Total Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total TOTAL Idade da frota 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI <=4m 1 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 1 >18m 1 1 1 1 1 2 1 2 8 12 4 1 4 29 2 9 4 2 4 21 438 512 575 183 17 35 1760 95 157 113 38 3 12 418 1 2 3 2234 2 57 61 52 24 7 13 214 81 70 69 25 1 6 252 542 626 682 321 34 48 2253 290 553 421 208 30 76 1578 22 12 18 4 1 57 4357 3 5 5 6 6 1 1 24 25 24 25 7 3 1 85 243 338 355 212 19 23 1190 14 23 30 20 1 3 91 27 33 40 21 6 4 131 4 30 30 8 1 1 74 1598 5 3 8 16 29 50 66 7 1 169 1 4 4 3 1 13 70 123 155 83 12 11 454 2 1 4 3 3 4 3 17 1 1 2 3 1 3 1 3 1 2 1 2 2 1 9 3 6 5 6 2 22 678 1 3 20 5 TOTAL % 2 1 1 6 3 13 25 40 59 77 11 3 215 91 101 85 35 10 19 341 396 541 583 324 32 44 1920 996 1163 1287 524 52 86 4108 415 747 574 269 41 93 2139 29 49 55 18 3 2 156 8892 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,1 0,3 0,4 0,7 0,9 0,1 0,0 2,4 1,0 1,1 1,0 0,4 0,1 0,2 3,8 4,5 6,1 6,6 3,6 0,4 0,5 21,6 11,2 13,1 14,5 5,9 0,6 1,0 46,2 4,7 8,4 6,5 3,0 0,5 1,0 24,1 0,3 0,6 0,6 0,2 0,0 0,0 1,8 100,0 Tabela 6 – Frota pesqueira marinha do Estado do Maranhão, por tipo de embarcação, comprimento e tonelagem de arqueação bruta. Tipos de embarcação Barco a vela Barco a vela Total Barco motorizado Barco motorizado Total Biana a vela Biana a vela Total Biana motorizada Biana motorizada Total Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total TOTAL TAB <= 10 <= 10 10--| 20 <= 10 <= 10 10--| 20 <= 10 10--| 20 <= 10 10--| 20 <= 10 <=4m 1 1 1 4--| 6m 1 1 2 1 29 29 19 2 213 213 249 19 1762 249 2254 1762 419 2254 1581 419 3 3 2234 1581 57 57 4357 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 3 8 3 8 24 164 17 5 24 169 17 84 11 84 11 1182 455 3 3 1185 455 3 88 5 4 93 4 134 9 134 75 75 1598 9 22 22 678 20 >18m 1 1 1 1 2 1 3 5 TOTAL % 13 13 209 5 214 337 337 1908 3 1911 4104 10 4114 2145 1 2146 157 157 8892 0,15 0,15 2,35 0,06 2,41 3,79 3,79 21,46 0,03 21,49 46,15 0,11 46,27 24,12 0,01 24,13 1,77 1,77 100,00 Tabela 7 – Frota pesqueira marinha do Estado do Maranhão, inscrita na Capitania dos Portos, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco a vela Barco a vela Total Barco motorizado Barco motorizado Total Biana a vela Biana a vela Total Biana motorizada Biana motorizada Total Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total TOTAL Insc. Capitania dos Portos NI Sim NI Sim NI Sim NI Sim NI Sim NI Sim NI Sim <=4m 1 1 2 2 29 29 21 21 1755 5 1760 416 2 418 3 3 2234 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 2 8 1 1 3 8 2 21 128 11 3 41 6 2 24 169 17 213 82 12 1 3 1 214 85 13 245 1146 416 3 7 44 38 252 1190 454 3 2253 91 3 2253 1572 6 1578 56 1 57 4357 TOTAL >18m 1 1 1 91 131 3 9 1 3 131 72 2 74 1598 9 22 3 22 678 20 5 12 1 13 164 51 215 336 5 341 1831 89 1920 4103 5 4108 2131 8 2139 153 3 156 8892 % 0,1 0,0 0,1 1,8 0,6 2,4 3,8 0,1 3,8 20,6 1,0 21,6 46,1 0,1 46,2 24,0 0,1 24,1 1,7 0,0 1,8 100,0 Tabela 8 – Frota pesqueira marinha do Estado do Maranhão com Registro Geral da Pesca, por tipo de embarcação, comprimento e Órgão emissor. Tipos de embarcação Barco a vela Barco a vela Total Barco motorizado Barco motorizado Total Biana a vela Biana a vela Total Biana motorizada Biana motorizada Total Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total TOTAL Órgão Emissor NI Ibama Mapa NI Seap Sudepe Mapa NI Ibama Mapa NI Seap Sudepe Ibama NI Seap Ibama NI Seap Sudepe NI <=4m 4--| 6m 1 1 1 1 2 2 2 2 29 29 214 214 2 20 249 1 1 21 1 1758 1 1760 1 417 418 3 3 2234 252 4 2248 1 2253 7 1565 4 2 1578 57 57 4357 Comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 3 8 3 8 1 1 14 3 24 151 13 2 1 24 169 17 1 84 13 85 13 17 4 3 1158 437 2 2 1 1 10 12 1190 454 3 TOTAL >18m 1 1 91 3 1 91 3 1 131 9 3 131 74 74 1598 9 22 22 678 3 20 5 13 13 2 17 193 2 1 215 1 340 341 23 3 1866 5 23 1920 5 4101 2 4108 8 2125 4 2 2139 156 156 8892 % 0,1 0,1 0,0 0,2 2,2 0,0 0,0 2,4 0,0 3,8 3,8 0,3 0,0 21,0 0,1 0,3 21,6 0,1 46,1 0,0 46,2 0,1 23,9 0,0 0,0 24,1 1,8 1,8 100,0 Tabela 9 – Frota pesqueira marinha do Estado do Maranhão com permissão de pesca, por espécie, tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco a vela Barco a vela Total Barco motorizado Barco motorizado Total Biana a vela Biana a vela Total Biana motorizada Biana motorizada Total Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Permissão de pesca NI Camarão rosa Lagosta NI Peixes diversos NI Peixes diversos Camarão rosa NI Peixes diversos Camarão rosa NI Peixes diversos Camarão 7 barbas Camarão rosa NI Outra Peixes diversos Canoa a vela Total Canoa motorizada NI Canoa motorizada Total TOTAL % <=4m 1 1 4--| 6m 1 1 2 2 2 29 2 214 29 214 1 249 2 252 4 2249 20 1 21 1759 1 1760 417 1 418 3 3 2234 25,12 2253 1 6 1565 1 5 1578 57 57 4357 49,00 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 3 8 3 8 6 2 1 1 24 152 13 10 1 24 169 17 84 13 1 85 13 1 1158 437 2 31 17 1 1190 454 3 >18m 1 1 91 3 1 91 3 1 131 9 3 131 74 74 1598 17,97 9 22 22 678 7,62 3 20 0,22 5 0,06 TOTAL % 13 13 8 2 194 11 215 340 1 341 2 1866 52 1920 4 4103 1 4108 1 6 2125 1 6 2139 156 156 8892 100,00 0,1 0,1 0,1 0,0 2,2 0,1 2,4 3,8 0,0 3,8 0,0 21,0 0,6 21,6 0,0 46,1 0,0 46,2 0,0 0,1 23,9 0,0 0,1 24,1 1,8 1,8 100,0 Tabela 10 – Frota pesqueira marinha do Estado do Maranhão participante do programa de subvenção do Óleo diesel, por tipo de embarcação e comprimento. Sub. do óleo diesel Barco motorizado Não Sim Barco motorizado Total Biana motorizada Não NI Sim Biana motorizada Total Canoa motorizada Não NI Sim Canoa motorizada Total TOTAL % Tipos de embarcação <=4m 1 1 2 21 21 3 3 26 1,13 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 24 167 17 2 2 24 169 17 246 1163 444 3 1 5 5 22 10 252 1190 454 3 55 73 21 1 2 1 57 74 22 311 1288 645 20 13,57 56,22 28,15 0,87 4--| 6m 2 >18m 1 1 1 0,04 TOTAL % 211 4 215 1877 6 37 1920 152 1 3 156 2291 100,00 9,21 0,17 9,38 81,93 0,26 1,62 83,81 6,63 0,04 0,13 6,81 100,00 Tabela 11 – Situação da frota pesqueira marinha do Estado do Maranhão, por ocasião do cadastramento, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco a vela Barco a vela Total Barco motorizado Ativa Sim Não Sim Barco motorizado Total Biana a vela Não Sim Biana a vela Total Biana motorizada Não NI Sim Biana motorizada Total Canoa a remo Não NI Sim Canoa a remo Total Canoa a vela Não Sim Canoa a vela Total Canoa motorizada Não Sim Canoa motorizada Total TOTAL <=4m 1 1 2 2 1 28 29 21 21 10 1750 1760 4 414 418 3 3 2234 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 3 8 1 3 8 1 3 2 23 166 17 2 24 169 17 3 1 211 84 13 214 85 13 4 21 7 1 248 1168 447 3 252 1190 454 3 20 2 1 2232 89 3 2253 91 3 19 3 1559 128 9 1578 131 9 1 3 2 56 71 20 57 74 22 4357 1598 678 20 TOTAL >18m 1 1 1 1 3 3 5 13 13 4 211 215 5 336 341 32 1 1887 1920 32 1 4075 4108 26 2113 2139 6 150 156 8892 % 0,1 0,1 0,0 2,4 2,4 0,1 3,8 3,8 0,4 0,0 21,2 21,6 0,4 0,0 45,8 46,2 0,3 23,8 24,1 0,1 1,7 1,8 100,0 Tabela 12 – Artes de pesca utilizadas pela frota pesqueira marinha do Estado do Maranhão, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco a vela Barco a vela Total Barco motorizado Aparelhos de pesca Curral Linha Outro Rede espera Arrasto Caçoeira Curral Espinhel Linha Outro Puca Rede espera Barco motorizado Total Biana a vela Cerco Curral Espinhel Linha Outro Rede espera Tarrafa Biana a vela Total Biana motorizada Arrasto Caçoeira Cerco Curral Espinhel Linha Outro Puca Rede espera Tarrafa Biana motorizada Total Canoa a remo Cerco Curral Espinhel Linha Outro Puca Rede espera Tarrafa Canoa a remo Total Canoa a vela Arrasto Cerco Curral Espinhel Linha Outro Puca Rede espera Tarrafa Canoa a vela Total Canoa motorizada Curral Espinhel Linha Outro Puca Rede espera Canoa motorizada Total TOTAL <=4m 1 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 2 1 1 1 1 1 3 6 6 45 5 2 2 1 2 2 7 2 10 24 83 169 4 17 21 55 20 76 40 2 214 1 4 16 2 36 27 2 1 2 5 3 85 13 3 1 1 21 57 5 105 1 59 148 7 607 2 364 2 1190 1 1 10 1 61 1 2 1 1 7 2 11 7 29 2 4 1 9 5 21 2 37 224 93 1123 244 37 1760 1 4 9 78 16 205 103 2 418 3 3 2234 3 2 3 8 24 5 61 1 252 2 57 349 84 1376 3 356 26 2253 19 40 278 36 810 12 355 28 1578 1 5 2 32 1 16 57 4357 5 3 15 36 2 251 1 2 145 1 454 3 >18m 1 1 3 1 3 1 17 91 3 1 14 2 68 2 41 4 131 1 8 9 1 2 58 1 6 74 1598 19 1 5 22 678 2 3 20 5 TOTAL % 1 5 3 4 13 31 8 1 8 8 58 2 99 215 1 28 79 26 128 77 2 341 4 1 2 97 245 16 974 2 575 4 1920 5 95 583 178 2564 3 617 63 4108 1 26 50 371 54 1090 14 503 30 2139 3 15 2 112 2 22 156 8892 0,0 0,1 0,0 0,0 0,1 0,3 0,1 0,0 0,1 0,1 0,7 0,0 1,1 2,4 0,0 0,3 0,9 0,3 1,4 0,9 0,0 3,8 0,0 0,0 0,0 1,1 2,8 0,2 11,0 0,0 6,5 0,0 21,6 0,1 1,1 6,6 2,0 28,8 0,0 6,9 0,7 46,2 0,0 0,3 0,6 4,2 0,6 12,3 0,2 5,7 0,3 24,1 0,0 0,2 0,0 1,3 0,0 0,2 1,8 100,0 Tabela 13 – Sistemas de conservação do pescado utilizados a bordo da frota pesqueira marinha do Estado do Maranhão, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco a vela Barco a vela Total Barco motorizado Barco motorizado Total Biana a vela Biana a vela Total Biana motorizada Biana motorizada Total Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total TOTAL Sistemas de conservação Gelo Outro Salga Sem Conserv. Congelamento Gelo Outro Sem Conserv. Gelo Sem Conserv. Gelo Outro Salga Sem Conserv. Gelo NI Outro Salga Sem Conserv. Gelo NI Outro Salga Sem Conserv. Gelo Salga Sem Conserv. <=4m Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 1 5 1 1 3 1 1 1 3 2 2 24 2 24 5 29 20 2 174 40 214 238 1 13 252 1409 24 69 16 85 1153 4 5 28 1190 57 2 5 454 3 4 177 663 2253 982 9 25 91 98 3 5 25 52 519 1578 48 1 8 57 4357 1 2 30 131 38 1 35 74 1598 1 21 968 3 2 94 693 1760 257 3 6 4 148 418 2 1 3 2234 8 1 157 7 4 169 13 13 447 >18m 2 14 1 1 17 1 3 3 1 1 1 1 2 2 9 16 6 22 678 1 3 20 5 TOTAL % 7 1 4 1 13 3 200 8 4 215 280 61 341 1861 4 8 47 1920 2437 3 6 280 1382 4108 1343 3 33 60 700 2139 104 2 50 156 8892 0,1 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 2,2 0,1 0,0 2,4 3,1 0,7 3,8 20,9 0,0 0,1 0,5 21,6 27,4 0,0 0,1 3,1 15,5 46,2 15,1 0,0 0,4 0,7 7,9 24,1 1,2 0,0 0,6 1,8 100,0 5.4. CADASTRAMENTO DAS EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS NO ESTADO DO PIAUÍ O litoral do estado do Piauí, com uma extensão de 66 km, representa apenas 0,98% de todo o litoral brasileiro. Existem no estado quatro municípios costeiros com uma população de 170.547 habitantes, nos quais são encontradas 12 comunidades pesqueiras, que atuam na pesca extrativa marinha e estuarina (Figura 1) (CEPRO, 1996). A produção pesqueira dessa região é desembarcada em sua quase totalidade nas localidades de Parnaíba, Pedra do Sal e Catanduva, no Município de Parnaíba; Tatus, no Município de Ilha Grande; Luiz Correia, Coqueiro, Carnaubinha e Macapá, no Município de Luiz Correia; e Cajueiro, Barra Grande e Barrinha, no Município de Cajueiro. Figura 1 – Principais locais de desembarque da pesca extrativa marinha e estuarina do Estado do Piauí. A produção de pescado no litoral do Piauí é eminentemente artesanal, oriunda de embarcações de pequeno porte com propulsão a remo, a vela ou a motor. São encontrados na região os seguintes tipos de embarcação: lanchas motorizadas, canoas a remo e canoas a vela. Os barcos piauienses que operam na captura de camarões e peixes diversos atuam basicamente entre as barras do Rio Preguiça no Maranhão, até as imediações da divisa do Piauí com o Ceará. Também atuam nessa região, barcos pesqueiros provenientes dos estados do Ceará e Maranhão (PAIVA, 1999). A pesca do caranguejo-uçá é a atividade pesqueira de maior significado econômico no estado, contribuindo com aproximadamente 50% da produção de pescado desembarcada. A região do delta do Rio Parnaíba, na divisa dos estados do Maranhão e Piauí, é a principal área produtora de caranguejos, onde são capturados manualmente e transportados aos centros distribuidores por barcos a remo, a vela e a motor. O caranguejo-uçá representa um dos mais importantes recursos pesqueiros do litoral piauiense e a “cata” desse crustáceo é uma das atividades que mais ocupa mão-de-obra na região, envolvendo um contingente de cerca de 2.500 homens. A produção de caranguejos é desembarcada e comercializada, principalmente, nos Tatus (ilha Grande de Santa Isabel) e em Parnaíba (IVO; DIAS; MOTA, 1998). Estima-se que 2.329,6 toneladas de pescado foram desembarcadas na costa piauiense, no ano de 2004, sendo os principais pontos de desembarque Luiz Correia, com registro de 1.009,9 toneladas/ano, correspondendo a 43,4% da produção pesqueira marinha do estado, e Ilha Grande do Piauí, com 871,2 toneladas/ano, ou seja, 37,4% do total (IBAMA, 2005). Resultados do Cadastramento De acordo com a Tabela 1, a frota do Estado do Piauí é constituída de 449 embarcações, sendo 263 canoas a vela, representando 58,6% do total, 33 canoas a remo, correspondendo a 7,3% da frota e 153 lanchas, que representam 34,1 % das embarcações do estado. A maioria das embarcações se concentra no Município de Luiz Correia (52,1%), e um menor número no Município de Ilha Grande (9,4%) – Tabela 1. Vale ressaltar que a frota de Luiz Correia é constituída principalmente de lanchas, onde são encontradas 111 das 153 que desembarcam no estado. Conforme se observa na Tabela 2, 71,5% das embarcações do Estado do Piauí medem até 8 metros de comprimento, estando a maioria (38,8%) entre 4m e 6m. No entanto, 72,5% das lanchas motorizadas apresentam comprimento entre 8m e 12m. De acordo ainda com a mesma tabela, a frota do Piauí é movida a remo, a vela e a motor, destacando-se a participação das embarcações a vela com 58,6% do total, seguindo-se da frota motorizada com 34,1%. As embarcações a remo representam somente 7,3% da frota pesqueira piauiense Exceto no município de Cajueiro, cujas embarcações a vela e a remo representam 98,3% da frota, nos demais municípios a participação das embarcações motorizadas e a vela/remo é praticamente a mesma. No que diz respeito à constituição da frota quanto ao material do casco, observa-se na Tabela 3 que 98,2% das embarcações do Piauí têm casco de madeira. No estado também são encontradas embarcações com casco de fibra de vidro e de aço, porém representam apenas um pequeno percentual da frota, de 1,3% e 0,4%, respectivamente. Conforme se observa na Tabela 4, a grande maioria da frota pesqueira do Estado do Piauí, isto é, 89,3%, opera com 1 a 4 tripulantes. Ressalte-se que 69,9% das lanchas atuam com uma tripulação entre 2 e 4 pessoas, enquanto que nas canoas, independente do tipo de propulsão, a proporção entre aquelas que pescam com 1 e 2 tripulantes e com 2 a 4 é quase a mesma, 30,5%. e 31,4%, respectivamente. Tomando como base o ano de construção das embarcações, pode-se inferir que a frota pesqueira marinha do Piauí é relativamente nova, com 60,5% das embarcações entre 1 e 5 anos de construídas, enquanto que somente 8,2% têm idade superior a 20 anos (Tabela 5). Verifica-se, no entanto, que cerca de 57% das lanchas estão na atividade há mais de 5 anos. Tal comportamento também é observado em todos os municípios cadastrados. No que diz respeito à constituição da frota do estado de acordo com a tonelagem de arqueação bruta (TAB), verifica-se na Tabela 6, que 96,6% das embarcações apresentam valores menores ou iguais a 10 TAB, percentual semelhante ao encontrado nos diversos municípios do estado. Quanto à inscrição das embarcações na Capitania dos Portos, nenhum proprietário de canoa declarou estar sua embarcação inscrita nessa Unidade, enquanto que os proprietários de 105 lanchas apresentaram título de inscrição, o que representa 68,6% dessa categoria de embarcação e 23,4% da frota pesqueira marinha do estado (Tabela 7). Em Luiz Correia a participação de lanchas com inscrição na Capitania dos Portos foi a maior entre os municípios, correspondendo a 73,9% das embarcações desse município. Muito embora nenhuma embarcação artesanal esteja inscrita na Capitania dos Portos, na Tabela 8 observa-se que 4,4% das canoas declararam estar registradas no Registro Geral da Pesca. Já 71,9% das lanchas motorizadas apresentaram tal documento por ocasião do cadastramento. Com referência à situação da frota do Piauí quanto à permissão de pesca, somente 13 embarcações a vela dispõem desse documento, o que corresponde a 2,9% da frota do estado. Já nas lanchas motorizadas, um percentual significativo de embarcações (71,2%) possui tal permissão de pesca, destacando-se as embarcações com permissão para captura de camarão sete-barbas, que representam 45,1% dessa frota. (Tabela 9). Verifica-se na Tabela 10 que a frota contemplada com o programa de subvenção de óleo diesel no estado perfaz um total de 24 embarcações representando somente 15,7% das embarcações motorizadas do Piauí. Da frota cadastrada, 94,4% se encontravam em atividade por ocasião do cadastramento, sendo que as lanchas motorizadas apresentaram um menor índice de atividade com 92,2% dessa frota, enquanto que as canoas a remo registraram o maior índice, com 100% das embarcações pescando (Tabela 11). De uma maneira geral, foram cadastradas apenas 25 embarcações desativadas, ou seja, 5,6% da frota objeto do cadastramento. Com relação às artes de pesca utilizadas pela frota pesqueira do Estado do Piauí, destaca-se a rede de espera, observada como aparelho de pesca principal de 53,0% das embarcações, enquanto que a rede de arrasto é a arte de pesca mais utilizada entre as lanchas motorizadas, por cerca de 56,9% dessas embarcações (Tabela 12). Os municípios de Parnaíba e Luiz Correia se apresentaram como os que mais utilizam rede-de-espera e arrasto, respectivamente com 91,8% e 76,5% do total de suas frotas. No município de Ilha Grande todas as embarcações utilizam artes de pesca classificadas como “OUTRO”, devido operarem na categoria “coleta manual”, ou seja, na captura do caranguejo-uçá e ostras. De acordo com a Tabela 13, o sistema de conservação do pescado mais utilizado a bordo pela frota do Estado do Piauí é o gelo, representando 89,8% das embarcações. Tabela 1 – Frota pesqueira marinha do Estado do Piauí, por município. Municípios Cajueiro Ilha Grande Luiz Correia Parnaíba TOTAL % Tipos de embarcação Canoa a remo Canoa a vela Lancha 2 112 3 3 28 11 23 100 111 5 23 28 33 263 153 7,3 58,6 34,1 TOTAL 117 42 234 56 449 100,0 % 26,1 9,4 52,1 12,5 100,0 Tabela 2 – Frota pesqueira marinha do Estado do Piauí, por tipo de propulsão e comprimento. Tipos de embarcação Propulsão Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Lancha Lancha Total TOTAL % Remo Vela Motor <=4m 8 8 38 38 8 8 54 12,0 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 21 4 21 4 152 68 5 152 68 5 1 21 111 11 1 21 111 11 174 93 116 11 38,8 20,7 25,8 2,4 >18m 1 1 1 0,2 TOTAL 33 33 263 263 153 153 449 100,0 % 7,3 7,3 58,6 58,6 34,1 34,1 100,0 Tabela 3 – Frota pesqueira marinha do Estado do Piauí, por tipo de embarcação, material do casco e comprimento. Tipos de embarcação Canoa a remo Material do casco Fibra de vidro Madeira Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Lancha Fibra de vidro Madeira Aço Fibra de vidro Madeira Lancha Total TOTAL <=4m 1 7 8 2 36 38 1 7 8 54 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 20 4 21 4 1 151 68 5 152 68 5 2 4--| 6m 1 1 174 21 21 93 109 111 116 11 11 11 TOTAL >18m 1 1 1 2 31 33 3 260 263 2 1 150 153 449 % 0,4 6,9 7,3 0,7 57,9 58,6 0,4 0,2 33,4 34,1 100,0 Tabela 4 - Total de tripulantes da frota pesqueira marinha do Estado do Piauí, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Lancha Lancha Total TOTAL Tripulação 1--| 2 2--| 4 4--| 8 1--| 2 2--| 4 4--| 8 >8 1--| 2 2--| 4 4--| 8 >8 <=4m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 5 11 4 5 21 4 83 10 58 56 5 10 2 1 152 68 5 4 11 1 15 81 5 1 18 6 1 1 1 21 111 11 174 93 116 11 4--| 6m 5 3 8 34 4 38 1 5 1 1 8 54 TOTAL >18m 1 1 1 10 18 5 33 127 123 12 1 263 16 107 27 3 153 449 % 2,2 4,0 1,1 7,3 28,3 27,4 2,7 0,2 58,6 3,6 23,8 6,0 0,7 34,1 100,0 Tabela 5 – Idade da frota pesqueira do Estado do Piauí, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa a remo Idade da frota 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Lancha Lancha Total TOTAL 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos <=4m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 9 2 5 2 5 1 1 21 4 71 27 4 34 24 1 25 8 14 8 8 1 152 68 5 1 13 28 2 1 15 2 3 24 2 3 22 3 1 22 2 1 21 111 11 174 93 116 11 4--| 6m 4 3 1 8 13 10 8 7 38 3 1 2 2 8 54 TOTAL >18m 1 1 1 11 11 8 1 2 33 115 69 41 29 9 263 47 19 31 30 26 153 449 % 2,4 2,4 1,8 0,2 0,4 7,3 25,6 15,4 9,1 6,5 2,0 58,6 10,5 4,2 6,9 6,7 5,8 34,1 100,0 Tabela 6 – Frota pesqueira marinha do Estado do Piauí, por tipo de embarcação, comprimento e tonelagem de arqueação bruta (TAB). Tipos de embarcação Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Lancha TAB <= 10 <=4m <= 10 <= 10 10--| 20 20--| 50 > 50 Lancha Total TOTAL 8 8 38 38 8 4--| 6m 21 21 152 152 1 8 54 1 174 6--| 8m 4 4 68 68 21 21 93 8--| 12m 5 5 99 5 3 4 111 116 12--| 18m >18m TOTAL 8 3 1 11 11 1 1 % 33 33 263 263 138 8 3 4 153 449 7,3 7,3 58,6 58,6 30,7 1,8 0,7 0,9 34,1 100,0 Tabela 7 – Frota pesqueira marinha do Estado do Piauí, inscrita na Capitania dos Portos, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Lancha Lancha Total TOTAL Insc. Capitania dos Portos NI NI NI Sim <=4m 8 8 38 38 3 5 8 54 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 21 4 21 4 152 68 5 152 68 5 1 9 32 3 12 79 8 1 21 111 11 174 93 116 11 TOTAL >18m 1 1 1 33 33 263 263 48 105 153 449 % 7,3 7,3 58,6 58,6 10,7 23,4 34,1 100,0 Tabela 8 – Frota pesqueira marinha do Estado do Piauí com Registro Geral da Pesca, por tipo de embarcação comprimento e Órgão emissor. Tipos de embarcação Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Lancha Lancha Total TOTAL Órgão Emissor NI Seap Sudepe Ibama NI Seap Sudepe Ibama Mapa NI Seap Sudepe <=4m 5 2 1 8 1 35 2 38 2 4 2 8 54 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 21 4 21 4 149 3 64 4 5 152 68 1 1 11 8 5 11 11 28 60 1 111 116 1 1 174 21 93 TOTAL >18m 1 2 1 8 11 11 1 1 30 2 1 33 1 253 7 2 263 15 18 43 76 1 153 449 % 6,7 0,4 0,2 7,3 0,2 56,3 1,6 0,4 58,6 3,3 4,0 9,6 16,9 0,2 34,1 100,0 Tabela 9 – Frota pesqueira marinha do Estado do Piauí com permissão de pesca, por espécie, tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Lancha Lancha Total Total geral Permissão de pesca Lagosta Peixes diversos NI Lagosta Outro Peixes diversos NI Camarão 7 barbas Camarão rosa Lagosta Peixes diversos NI <=4m 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 2 5 8 21 21 4 4 1 1 2 35 38 3 149 152 3 64 68 10 6 2 8 54 1 1 174 11 21 93 5 5 53 1 11 17 29 111 116 TOTAL >18m 6 2 2 1 11 11 1 1 1 1 2 30 33 1 1 8 253 263 69 1 13 26 44 153 449 % 0,2 0,4 6,7 7,3 0,2 0,2 1,8 56,3 58,6 15,4 0,2 2,9 5,8 9,8 34,1 100,0 Tabela 10 – Frota pesqueira marinha do Estado do Piauí participante do programa de subvenção do óleo diesel, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Lancha Sub. do óleo diesel Não <=4m 8 8 37 Não NI 38 8 Não Sim Lancha Total Total geral 8 54 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 21 4 21 4 152 67 5 1 152 68 5 1 19 92 9 2 19 2 1 21 111 11 174 93 116 11 TOTAL >18m % 33 33 261 1 263 129 24 153 449 1 1 1 7,3 7,3 58,1 0,2 58,6 28,7 5,3 34,1 100,0 Tabela 11 – Situação da frota pesqueira marinha do Estado do Piauí, por ocasião do cadastramento, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Lancha Lancha Total TOTAL Ativa Sim Não Sim Não Sim <=4m 8 8 38 38 8 8 54 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 21 4 21 4 8 4 1 144 64 4 152 68 5 1 3 6 2 18 105 9 1 21 111 11 174 93 116 11 TOTAL >18m 1 1 1 33 33 13 250 263 12 141 153 449 % 7,3 2,9 55,7 58,6 2,7 31,4 34,1 100,0 Tabela 12 – Artes de pesca utilizadas pela frota pesqueira marinha do Estado do Piauí, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Lancha Lancha Total TOTAL Aparelhos de pesca Arrasto Caçoeira Curral Outro Rede de espera Arrasto Caçoeira Curral Espinhel Linha NI Outro Rede de espera Tarrafa Arrasto Caçoeira Espinhel Linha NI Outro Rede de espera <=4m 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 3 TOTAL >18m 1 7 8 1 2 15 2 1 17 38 4 1 5 12 21 2 9 14 1 24 101 1 152 4 4 1 1 1 5 3 4 56 2 68 12 5 62 9 1 2 4 3 31 111 116 1 4 8 54 1 174 5 3 21 93 8 1 1 1 11 11 1 1 1 3 1 1 5 23 33 3 1 1 12 37 3 29 176 1 263 87 10 1 3 5 8 39 153 449 % 0,7 0,2 0,2 1,1 5,1 7,3 0,7 0,2 0,2 2,7 8,2 0,7 6,5 39,2 0,2 58,6 19,4 2,2 0,2 0,7 1,1 1,8 8,7 34,1 100,0 Tabela 13 – Sistemas de conservação do pescado utilizados a bordo da frota pesqueira marinha do Estado do Piauí, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa a remo Canoa a remo Total Canoa a vela Canoa a vela Total Lancha Sistemas de conservação Gelo NI Outro Gelo Outro Gelo Outro Lancha Total TOTAL <=4m 5 1 2 8 37 1 38 8 8 54 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 19 4 2 21 119 33 152 1 1 174 4 63 5 68 21 21 93 TOTAL >18m 5 5 110 1 111 116 11 1 11 11 1 1 28 1 4 33 224 39 263 151 2 153 449 % 6,2 0,2 0,9 7,3 49,9 8,7 58,6 33,6 0,4 34,1 100,0 5.5. CADASTRAMENTO DAS EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS NO ESTADO DO CEARÁ A pesca marinha no Estado do Ceará é um seguimento produtivo de grande importância socioeconômica. Representa fonte de emprego (direto) e renda para um contingente estimado pela Federação dos Pescadores do Estado do Ceará, de cerca de 32.000 pescadores, os quais estão distribuídos em 110 comunidades pesqueiras, localizadas nos vinte municípios litorâneos existentes nos 573km de costa do estado (Figura 1). Figura 1 – Municípios costeiros do Estado do Ceará. A pesca marinha caracteriza-se como tradicional fonte fornecedora de proteína animal para as comunidades de baixa renda e geradora de recursos pesqueiros reconhecidamente nobres como lagostas, camarões, pargo, guaiúba etc., que são ou foram responsáveis por valiosas captações de divisas para o Ceará. A frota pesqueira marinha do Estado do Ceará é essencialmente de pequeno porte e com propulsão a vela, a remo e a motor. No entanto, as embarcações artesanais (movidas a remo ou a vela) são responsáveis por cerca de 60% da produção de pescado desembarcada no litoral cearense (IBAMA, 2005). Numericamente, destacam-se os paquetes, seguidos das canoas e das lanchas motorizadas de médio porte. Em menor quantidade encontram-se os catamarãs e as lanchas industriais com casco de ferro (a maioria desativadas ou operando fora do Ceará). Entre as espécies mais capturadas estão as lagostas, a cavala, a guaiúba, a sardinha e a palombeta, que representaram, respectivamente, 16,4%, 11,9%, 8,7%, 8,3% e 4,7% de todo o pescado marinho desembarcado no Estado do Ceará, no ano de 2003 (IBAMA, 2004). Na captura de lagosta, principal espécie de pescado do estado, de uma maneira geral predomina o uso da caçoeira (rede de espera de fundo), seguida das armadilhas (covos ou manzuás, usados pelos barcos motorizados de grande e médio porte, e as cangalhas, preferidas pela frota a vela). Nas demais pescarias, geralmente de peixes, predomina o uso de linha de mão e de redes de espera. Registre-se ainda a pesca de arrasto de camarão exercida por barcos industriais cearenses no litoral de outros estados e por um reduzido número de embarcações a vela ou motorizadas, de médio porte, que operam, principalmente, frente ao Município de Aracatí. Os municípios de Icapuí, Aracati, Fortaleza, Beberibe, Camocim e Fortim se destacam por apresentarem um maior volume de desembarque, enquanto que, Itarema, Acaraú, Camocim, Beberibe, Fortaleza e Icapuí, pelo valor da produção desembarcada (IBAMA, op. cit.). Resultados do Cadastramento O cadastramento da frota pesqueira marinha no Estado do Ceará evidenciou a existência de 7.122 embarcações, sendo, por ordem de importância, 3.163 (44,4%) paquetes, 1.585 (22,3%) canoas, 910 (12,8%) lanchas, 589 (8,3%) botes a vela, 400 (5,6%) botes a remo, 303 (4,3%) jangadas, 97 botes a motor (1,4%), 70 lanchas industriais (1,0%) e 5 (0,1%) catamarãs (Tabela 1). De acordo com a mesma tabela, nos municípios de Icapuí, Aracati e Trairi verifica-se uma maior concentração de embarcações, enquanto que um menor número é observado no Município de Jijoca, com 46 embarcações, correspondendo a somente 0,6% da frota que desembarca na costa do Estado do Ceará. As embarcações com casco de ferro, conhecidas como “lanchas industriais”, restringem-se aos municípios de Fortaleza e Camocim; por outro lado, nos municípios de Aquiraz, Caucaia, S. G. do Amarante, Trairi, Itapipoca, Amontada, Cruz, Jijoca e Barroquinha mais de 90% das embarcações são movidas a vela, chegando a constituírem 100% da frota, como é o caso do Município de Barroquinha. Já nos municípios de Paracuru, Fortaleza, Paraipaba e Beberibe, os botes a remo têm maior participação (Tabela 1). Observa-se na Tabela 2 que das 7.122 embarcações existentes no Ceará, 6.040 são movidas a vela ou a remo, ou seja, 84,8% da frota e 1.082 motorizadas, o equivalente a apenas 15,2% do total das embarcações. Com base nesses dados, pode-se afirmar que a frota pesqueira marinha cearense é eminentemente artesanal. Vale salientar que os catamarãs são embarcações que podem ser propulsionadas tanto a vela quanto a motor. Cerca de 82% da frota pesqueira marinha do Estado do Ceará é constituída de embarcações de pequeno porte, isto é, com comprimento inferior ou igual a 8m. As lanchas, no entanto, se encontram na faixa entre 8 e 12 m, algumas delas chegando a medir mais de 18m. Já as lanchas industriais apresentam maior dimensão, com comprimento superior a 12m, sendo a maioria maior de 18m. Conforme se observa na Tabela 3, as embarcações pesqueiras cearenses são geralmente construídas de madeira (98,9%), com exceção das lanchas industriais, que têm casco de aço, e de 5 catamarãs, 7 lanchas e 1 paquete, todos em fibra de vidro. Os botes a remo e os paquetes operam geralmente com 1 ou 2 tripulantes, muito embora tenham sido registradas embarcações, com mais de 4 pescadores. As canoas e as jangadas normalmente trabalham com 2 a 4 pescadores, havendo exceções, tanto para mais como para menos, em ambos os casos. Já os botes (tanto a vela como motorizados) e os catamarãs pescam normalmente com uma tripulação que varia entre 2 e 8 homens. As lanchas, mais freqüentemente, atuam com 4 a 8 pescadores, o mesmo ocorrendo com a maioria dos barcos industriais, sendo que alguns deles pescam com até mais de 8 tripulantes. De uma maneira geral, por sua característica artesanal, cerca de 84% das embarcações pesqueiras do estado operam com 1 a 4 tripulantes (Tabela 4). Mesmo considerando-se que em aproximadamente 8% dos cadastros não consta o ano de construção das embarcações, pode-se afirmar que a frota pesqueira marinha cearense é relativamente nova, uma vez que, com base nos dados da Tabela 5, apenas 24,0% das embarcações foram construídas há mais de 10 anos. A maioria das lanchas (54,8%), e das lanchas industriais (94,3%), no entanto, têm idade superior a 10 anos. Tendo em vista que 82,0% das embarcações do estado medem até 8m de comprimento, a capacidade de carga da frota pesqueira cearense é pequena, o que se reflete na tonelagem de arqueação bruta das mesmas, uma vez que na maior parte das embarcações esta corresponde a menos de 10TAB, excetuando as lanchas industriais, que 90% delas têm TAB superior a 50 toneladas (Tabela 6). Das 7.122 embarcações existentes no Estado do Ceará, apenas 31,3% apresentaram, por ocasião do cadastramento, o título de inscrição na Capitania dos Portos. Considerando os dados da Tabela 7, percebe-se que tal registro é mais freqüente entre as embarcações motorizadas, uma vez que 62,9% dos botes a motor, 80,4% das lanchas e 95,7% das lanchas industriais estão inscritas na Capitania dos Portos, apesar de um número considerável de botes a vela (47,9%) e de canoas (32,2%) também dispor de referido documento. No que diz respeito ao Registro Geral da Pesca (RGP), tendo em vista que em 87,7% dos cadastros não constou tal informação (Tabela 8), quer seja porque a embarcação não dispunha de registro, ou porque o proprietário negou-se a fornecer os dados, as informações disponíveis são suficientes para qualquer análise. Segundo dados da Tabela 9, apenas 486 embarcações apresentaram no ato do cadastramento a permissão de pesca concedida pelo Governo Federal que as autoriza a pescar lagostas, camarões ou peixes diversos. Destas, a maioria (354 embarcações – 72,8%) se destina à captura de peixes diversos. Muito embora o Estado do Ceará tenha uma frota lagosteira estimada em 2.500 embarcações, somente 159 das 7.122 embarcações cadastradas apresentaram a permissão para pescar tal crustáceo. Conforme se observa na Tabela 10, é muito reduzido no Ceará o número de embarcações que participa do programa de subvenção do óleo diesel. Daquelas que têm direito a tal benefício, ou seja, das 1082 embarcações motorizadas cadastradas no estado, somente 363 (33,5%) declararam ser beneficiadas. Apesar da recomendação da SEAP de se cadastrar a frota desativada, no Estado do Ceará apenas 56 embarcações nessa situação foram cadastradas (Tabela 11). A dificuldade de identificação e de acesso aos proprietários dessas embarcações, bem como a inexistência da documentação pertinente, podem ter sido responsáveis por tão reduzido número, uma vez que se tem conhecimento de um quantitativo muito maior de embarcações desativadas, principalmente de lanchas industriais. A arte de pesca principal varia entre os diversos tipos de embarcação, contudo, algumas pescarias predominam como é o caso da pesca da lagosta com caçoeira e armadilhas, e de peixes com rede de espera e linha. Na Tabela 12 estão relacionados os principais aparelhos de pesca utilizados pelos vários tipos de embarcação encontrados na costa do Estado do Ceará, destacando-se a caçoeira, utilizada por 43,6% das embarcações e as redes de espera, por 18,1% do total da frota. Tais aparelhos são mais utilizados tanto pelas embarcações artesanais como pelas motorizadas. Vale ressaltar que nos barcos motorizados é mais comum o uso das armadilhas conhecidas como manzuá, enquanto que entre os barcos a vela é mais freqüente o uso de armadilhas denominadas “cangalha” ou “cangalhinha”. Constata-se ainda na Tabela 12 que as lanchas industriais têm nas pescarias de camarão com redes de arrasto, sua principal atividade, representando 50% dessa frota. Dependendo do tipo da embarcação, o aparelho de pesca principal pode variar de acordo com o município, por exemplo, em Fortaleza e Camocim os botes a vela utilizam mais freqüentemente as linhas de mão, enquanto que aqueles que aportam nos municípios de Icapuí, Fortim, Beberibe, Parajuru, Amontada Itarema e Acaraú têm como aparelho de pesca principal as caçoeiras e armadilhas. No que diz respeito ao sistema de conservação do pescado utilizado a bordo das embarcações, 85,0% delas costumam acondicionar o pescado no gelo, quer seja em urnas isotérmicas, caixas isotérmicas ou mesmo em isopor. De acordo com a Tabela 13, cerca de 14,0% das embarcações não utilizam qualquer processo de conservação e somente 0,9% das embarcações congelam o pescado a bordo. Tabela 1 – Frota pesqueira marinha do Estado do Ceará, por município. Tipo de embarcação Municípios Acaraú Amontada Aquiraz Aracati Barroquinha Beberibe Camocim Cascavel Caucaia Cruz Fortaleza Fortim Icapuí Itapipoca Itarema Jijoca Paracuru Paraipaba S. Gonçalo do Amarante Trairi TOTAL % Bote a remo Paquete 5 95 65 4 1 1 83 2 3 1 2 90 19 12 17 400 5,6 28 41 152 386 1 304 171 102 20 195 350 350 180 71 2 156 117 156 381 3163 44,4 Jangada 42 38 80 26 5 80 11 4 5 1 11 303 4,3 Canoa Bote a vela Catamarã Bote a motor Lancha 247 207 19 10 3 8 52 3 102 143 1 338 27 1 9 79 3 3 110 3 2 6 1 1 50 74 35 2 9 118 82 190 3 148 2 4 1 94 1 8 143 76 42 14 3 165 1585 22,3 5 19 27 323 5 56 27 34 1 5 4 7 589 8,3 5 0,1 3 97 1,4 3 25 910 12,8 Lancha Industrial 16 54 70 1,0 TOTAL 349 269 199 761 145 517 509 245 112 125 550 507 904 333 358 46 273 140 182 598 7122 100,0 % 4,9 3,8 2,8 10,7 2,0 7,3 7,1 3,4 1,6 1,8 7,7 7,1 12,7 4,7 5,0 0,6 3,8 2,0 2,6 8,4 100,0 Tabela 2 – Frota pesqueira marinha do Estado do Ceará, por tipo de embarcação, comprimento e propulsão. Tipos de embarcação Bote a motor Bote a motor Total Bote a remo Bote a remo Total Bote a vela Bote a vela Total Canoa Propulsão Motor Remo Vela Motor Remo Vela Canoa Total Catamarã Vela Catamarã Total Lancha Industrial Motor Lancha Industrial Total Jangada Vela Jangada Total Lancha Motor Lancha Total Paquete Motor Vela Paquete Total TOTAL % <=4m 2 2 394 394 14 14 1 103 104 1 1 10 10 1 2197 2198 2723 38,2 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 5 56 32 2 5 56 32 2 6 6 95 284 182 14 95 284 182 14 9 16 1 3 1 625 647 179 637 664 180 4 4 8 8 33 267 3 33 267 3 7 91 645 155 7 91 645 155 4--| 6m 964 964 1747 24,5 1 1 1367 19,2 1042 14,6 179 2,5 TOTAL >18m 62 62 2 2 64 0,9 97 97 400 400 589 589 27 4 1554 1585 5 5 70 70 303 303 910 910 1 3162 3163 7122 100,0 % 1,4 1,4 5,6 5,6 8,3 8,3 0,4 0,1 21,8 22,3 0,1 0,1 1,0 1,0 4,3 4,3 12,8 12,8 0,0 44,4 44,4 100,0 Tabela 3 - Frota pesqueira marinha do Estado do Ceará, por tipo de embarcação, comprimento e material do casco. Tipos de embarcação Bote a motor Bote a motor Total Bote a remo Bote a remo Total Bote a vela Bote a vela Total Canoa Canoa Total Catamarã Catamarã Total Lancha Industrial Lancha Industrial Total Jangada Jangada Total Lancha Lancha Total Paquete Material do casco Madeira Madeira Madeira Madeira Fibra vidro <=4m 2 2 394 394 14 14 104 104 1 1 Aço Madeira Fibra vidro Madeira Fibra vidro Madeira Paquete Total TOTAL 10 10 1 2197 2198 2723 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 5 56 32 2 5 56 32 2 6 6 95 284 182 14 95 284 182 14 637 664 180 637 664 180 4 4 8 8 33 267 3 33 267 3 4 3 7 91 641 152 7 91 645 155 4--| 6m 964 964 1747 1 1 1367 1042 179 TOTAL >18m 62 62 2 2 64 94 97 400 400 589 589 1585 1585 5 5 70 70 303 303 7 903 910 1 3162 3163 7122 % 1,3 1,4 5,6 5,6 8,3 8,3 22,3 22,3 0,1 0,1 1,0 1,0 4,3 4,3 0,1 12,7 12,8 0,0 44,4 44,4 100,0 Tabela 4 - Total de tripulantes da frota pesqueira marinha do Estado do Ceará, por tipo de embarcação e comprimento. Tipo de embarcação Bote a motor Bote a motor Total Bote a remo Bote a remo Total Bote a vela Bote a vela Total Canoa Canoa Total Catamarã Catamarã Total Lancha industrial Lancha industrial Total Jangada Jangada Total Lancha Lancha Total Paquete Paquete Total TOTAL Tripulantes 1 --| 2 2 --| 4 4 --| 8 >8 1 --| 2 2 --| 4 4 --| 8 1 --| 2 2 --| 4 4 --| 8 >8 1 --| 2 2 --| 4 4 --| 8 >8 1 --| 2 2 --| 4 4 --| 8 <=4m Classes de Comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 3 1 5 33 9 20 22 2 5 56 32 2 2 2 2 6 29 34 1 1 63 233 78 3 17 103 10 3 95 284 182 14 125 24 5 505 608 143 7 32 27 5 637 664 180 4--| 6m 1 1 2 380 14 394 5 9 14 51 52 1 104 1 1 3 4 1 2 --| 4 4 --| 8 >8 2 6 8 1 --| 2 2 --| 4 4 --| 8 1 --| 2 2 --| 4 4 --| 8 >8 1 --| 2 2 --| 4 4 --| 8 TOTAL >18m 1 1 8 2 29 2 33 1 4 2 8 163 96 267 4 43 44 10 1831 366 1 2198 2723 7 287 668 9 964 1747 91 1 38 23 62 3 3 16 80 546 3 645 7 6 118 24 155 2 1042 179 64 2 1 1 1367 4 48 43 2 97 382 16 2 400 70 383 133 3 589 205 1308 67 5 1585 1 1 3 5 1 40 29 70 10 195 98 303 29 134 720 27 910 2118 1035 10 3163 7122 % 0,1 0,7 0,6 0,0 1,4 5,4 0,2 0,0 5,6 1,0 5,4 1,9 0,0 8,3 2,9 18,4 0,9 0,1 22,3 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,6 0,4 1,0 0,1 2,7 1,4 4,3 0,4 1,9 10,1 0,4 12,8 29,7 14,5 0,1 44,4 100,0 Tabela 5 – Idade da frota pesqueira marinha do Estado do Ceará, por tipo de embarcação e comprimento. Tipo de embarcação Canoa Anos 1--| 2 2--| 5 5--| 10 10--| 20 > 20 NI Canoa Total Bote a vela 1--| 2 2--| 5 5--| 10 10--| 20 > 20 NI Bote a vela Total Paquete 1--| 2 2--| 5 5--| 10 10--| 20 > 20 NI Paquete Total Bote a motor 1--| 2 2--| 5 5--| 10 10--| 20 > 20 NI Bote a motor Total Jangada <=4m 19 37 23 5 3 17 104 5 3 2 1 2 1 14 401 1121 356 134 19 167 2198 1 1 2 1--| 2 2--| 5 5--| 10 10--| 20 > 20 NI Jangada Total Bote a remo 1--| 2 2--| 5 5--| 10 10--| 20 > 20 NI Bote a remo Total Catamarã Catamarã Total Lancha 1--| 2 2--| 5 2 2 4 10 7 2 2 4 9 13 14 29 21 5 91 2723 1747 1367 2 4 2 1 31 117 104 177 181 35 645 1042 2--| 5 10--| 20 > 20 NI Lancha industrial Total TOTAL TOTAL >18m 1 1 6 1 1--| 2 2--| 5 5--| 10 10--| 20 > 20 NI Lancha Total Lancha industrial 99 208 54 16 1 16 394 1 Classes de Comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 55 24 10 245 163 41 150 160 61 76 169 51 19 48 2 92 100 15 637 664 180 10 30 22 1 28 46 33 2 18 57 25 1 18 80 47 7 13 56 51 2 8 15 4 1 95 284 182 14 118 411 236 106 34 1 59 964 1 2 9 3 1 15 2 9 4 1 11 7 2 8 15 1 4 1 5 56 32 2 19 6 60 7 45 1 12 81 1 4 40 1 4 22 33 267 3 2 2 15 41 11 43 43 2 155 1 2 4 1 8 179 2 2 1 31 29 1 62 64 108 486 394 301 72 224 1585 68 112 103 153 124 29 589 519 1532 592 240 54 226 3163 15 18 13 21 23 7 97 19 66 53 94 45 26 303 101 210 54 16 2 17 400 3 2 5 59 175 131 252 247 46 910 2 33 33 2 70 7122 % 1,5 6,8 5,5 4,2 1,0 3,1 22,3 1,0 1,6 1,4 2,1 1,7 0,4 8,3 7,3 21,5 8,3 3,4 0,8 3,2 44,4 0,2 0,3 0,2 0,3 0,3 0,1 1,4 0,3 0,9 0,7 1,3 0,6 0,4 4,3 1,4 2,9 0,8 0,2 0,0 0,2 5,6 0,0 0,0 0,1 0,8 2,5 1,8 3,5 3,5 0,6 12,8 0,0 0,5 0,5 0,0 1,0 100,0 Tabela 6 – Frota pesqueira marinha do Estado do Ceará, por tipo de embarcação, comprimento e tonelagem de arqueação bruta. Tipos de embarcação Bote a motor Bote a motor Total Bote a remo Bote a remo Total Bote a vela Bote a vela Total Canoa Canoa Total Catamarã Catamarã Total Industrial Industrial Total Jangada Jangada Total Lancha TAB <= 10 10--| 20 20--| 50 <= 10 <= 10 10--| 20 20--| 50 <= 10 10--| 20 <= 10 <=4m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 5 55 30 2 2 1 5 56 32 2 6 6 95 284 178 5 4 8 1 95 284 182 14 637 663 180 1 637 664 180 4 4 4--| 6m 2 2 394 394 14 14 104 104 1 1 <= 10 10--| 20 20--| 50 >50 1 3 4 8 <= 10 <= 10 10--| 20 20--| 50 10 33 33 7 Lancha Total Paquete <= 10 Paquete Total TOTAL 10 2198 2198 2723 7 964 964 1747 267 267 90 1 91 1 1 1367 TOTAL >18m 2 1 59 62 3 3 502 140 3 645 24 93 38 155 1 1 1042 179 64 2 92 4 1 97 400 400 576 12 1 589 1584 1 1585 5 5 2 2 3 63 70 303 303 634 235 41 910 3163 3163 7122 % 1,3 0,1 0,0 1,4 5,6 5,6 8,1 0,2 0,0 8,3 22,2 0,0 22,3 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,9 1,0 4,3 4,3 8,9 3,3 0,6 12,8 44,4 44,4 100,0 Tabela 7 – Frota pesqueira marinha do Estado do Ceará inscrita na Capitania dos Portos, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a motor Insc. Capitania Não Sim Bote a motor Total Bote a remo Não Sim Bote a remo Total Bote a vela Não Sim Bote a vela Total Canoa Não Sim Canoa Total Catamarã Não Sim Catamarã Total Lancha Industrial Não Sim Lancha Industrial Total Jangada Não Sim Jangada Total Lancha Não Sim Lancha Total Paquete Não Sim Paquete Total TOTAL <=4m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 4 21 9 1 35 23 2 5 56 32 2 5 1 6 73 145 75 1 22 139 107 13 95 284 182 14 573 370 33 64 294 147 637 664 180 2 2 4 4--| 6m 2 2 381 13 394 13 1 14 98 6 104 1 1 5 5 10 2051 147 2198 2723 11 22 33 5 2 7 766 198 964 1747 TOTAL >18m 8 8 3 59 62 80 187 267 27 64 91 2 1 3 122 523 645 19 136 155 2 2 1 1 1367 1042 179 64 36 61 97 386 14 400 307 282 589 1074 511 1585 3 2 5 3 67 70 93 210 303 178 732 910 2817 346 3163 7122 % 0,5 0,9 1,4 5,4 0,2 5,6 4,3 4,0 8,3 15,1 7,2 22,3 0,0 0,0 0,1 0,0 0,9 1,0 1,3 2,9 4,3 2,5 10,3 12,8 39,6 4,9 44,4 100,0 Tabela 8 – Frota pesqueira marinha do Estado do Ceará com Registro Geral da Pesca, por tipo de embarcação, comprimento e Órgão emissor. Tipos de embarcação Bote a motor Órgão Emissor Ibama Mapa Não informou Seap Bote a motor Total Bote a remo Mapa Não informou Seap Sudepe Bote a remo Total Bote a vela Ibama Mapa Não informou Seap Sudepe Bote a vela Total Canoa Ibama Mapa Não informou Seap Sudepe Canoa Total Catamarã Mapa Não informou Seap Catamarã Total Industrial Ibama Mapa Não informou Seap Sudepe Industrial Total Jangada Ibama Mapa Não informou Seap Sudepe Jangada Total Lancha Ibama Mapa Não informou Seap Sudepe Lancha Total Paquete Ibama Mapa Não informou Seap Sudepe Paquete Total TOTAL <=4m 4--| 6m 2 2 2 347 43 2 394 14 14 3 100 1 104 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 2 1 3 1 5 51 29 1 1 1 5 56 32 2 TOTAL >18m 6 6 2 92 1 95 17 10 595 8 7 637 1 1 2 1 280 1 284 24 16 600 14 10 664 1 2 1 4 7 2 161 11 1 182 4 1 7 6 14 174 1 1 180 1 3 3 1 8 7 25 1 33 1 1 9 6 10 10 83 1991 84 30 2198 2723 7 13 104 811 27 9 964 1747 8 34 212 9 4 267 8 3 71 8 1 91 4 13 26 13 6 62 3 3 22 64 516 40 3 645 7 15 197 26 2 155 2 179 64 1 1 1367 1042 3 4 88 2 97 2 353 43 2 400 10 5 554 19 1 589 45 29 1469 24 18 1585 1 3 1 5 4 14 29 16 7 70 8 41 240 9 5 303 38 83 711 74 4 910 23 188 2802 111 39 3163 7122 % 0,0 0,1 1,2 0,0 1,4 0,0 5,0 0,6 0,0 5,6 0,1 0,1 7,8 0,3 0,0 8,3 0,6 0,4 20,6 0,3 0,3 22,3 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1 0,2 0,4 0,2 0,1 1,0 0,1 0,6 3,4 0,1 0,1 4,3 0,5 1,2 10,0 1,0 0,1 12,8 0,3 2,6 39,3 1,6 0,5 44,4 100,0 Tabela 9 – Frota pesqueira marinha do Estado do Ceará com permissão de pesca, por espécie, tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a motor Permissão de pesca Lagosta NI Peixes diversos Bote a motor Total Bote a remo NI Peixes diversos Bote a remo Total Bote a vela Lagosta NI Outra Peixes diversos Bote a vela Total Canoa Lagosta NI Outra Peixes diversos Canoa Total Catamarã NI Peixes diversos Catamarã Total Industrial Camarão Lagosta NI Peixes diversos Industrial Total Jangada Lagosta NI Peixes diversos Jangada Total Lancha Lagosta NI Peixes diversos Lancha Total Paquete Lagosta NI Peixes diversos Paquete Total TOTAL <=4m 4--| 6m 2 2 356 38 394 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 5 52 30 1 3 2 1 5 56 32 2 6 6 14 95 14 95 4 621 103 1 104 1 TOTAL >18m 12 637 1 1 282 1 284 9 627 2 26 664 3 1 4 3 162 1 16 182 7 7 14 179 1 180 1 1 3 3 8 10 1 31 1 33 1 6 10 3 2127 68 2198 2723 7 10 933 21 964 1747 13 241 13 267 8 74 9 91 3 64 524 57 645 30 109 16 155 1 1367 1042 179 20 10 26 6 62 3 2 2 64 1 90 6 97 362 38 400 4 560 1 24 589 13 1530 2 40 1585 4 1 5 21 11 29 9 70 14 275 14 303 103 725 82 910 13 3061 89 3163 7122 % 0,0 1,3 0,1 1,4 5,1 0,5 5,6 0,1 7,9 0,0 0,3 8,3 0,2 21,5 0,0 0,6 22,3 0,1 0,0 0,1 0,3 0,2 0,4 0,1 1,0 0,2 3,9 0,2 4,3 1,4 10,2 1,2 12,8 0,2 43,0 1,2 44,4 100,0 Tabela 10 – Frota pesqueira marinha do Estado do Ceará participante do programa de subvenção do Óleo diesel, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a motor Sub. do óleo diesel Não Sim Bote a motor Total Bote a remo Não Bote a remo Total Bote a vela Não Bote a vela Total Canoa Não Canoa Total Catamarã Não Catamarã Total Lancha Industrial Não Sim Lancha Industrial Total Jangada Não Jangada Total Lancha Não Sim Lancha Total Paquete Não Paquete Total TOTAL <=4m 2 2 394 394 14 14 104 104 1 1 9 1 10 2198 2198 2723 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 5 53 29 3 3 2 5 56 32 2 6 6 95 284 182 14 95 284 182 14 637 664 180 637 664 180 4 4 2 6 8 33 267 3 33 267 3 7 79 449 49 12 196 106 7 91 645 155 964 1 964 1 1747 1367 1042 179 TOTAL >18m 21 41 62 1 1 2 64 89 8 97 400 400 589 589 1585 1585 5 5 23 47 70 303 303 594 316 910 3163 3163 7122 % 1,2 0,1 1,4 5,6 5,6 8,3 8,3 22,3 22,3 0,1 0,1 0,3 0,7 1,0 4,3 4,3 8,3 4,4 12,8 44,4 44,4 100,0 Tabela 11 – Situação da frota pesqueira marinha do Estado do Ceará, por ocasião do cadastramento, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de Ativa embarcação Bote a motor Ativa Bote a motor Total Bote a remo Ativa Desativada Bote a remo Total Bote a vela Ativa Desativada Bote a vela Total Canoa Ativa Desativada Canoa Total Catamarã Ativa Desativada Catamarã Total Industrial Ativa Desativada Industrial Total Jangada Ativa Desativada Jangada Total Lancha Ativa Desativada Lancha Total Paquete Ativa Desativada Paquete Total TOTAL <=4m 4--| 6m 2 2 391 3 394 14 14 104 104 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 5 56 32 2 5 56 32 2 6 6 92 3 95 626 11 637 1 1 181 1 182 177 3 180 14 14 4 33 9 1 10 2173 25 2198 2723 282 2 284 649 15 664 4 TOTAL >18m 33 7 7 959 5 964 1747 264 3 267 89 2 91 1 1 1367 7 1 8 60 2 62 3 641 4 645 154 1 155 2 2 1042 179 64 3 97 97 397 3 400 583 6 589 1556 29 1585 4 1 5 67 3 70 300 3 303 902 8 910 3133 30 3163 7122 % 1,4 1,4 5,6 0,0 5,6 8,2 0,1 8,3 21,8 0,4 22,3 0,1 0,0 0,1 0,9 0,0 1,0 4,2 0,0 4,3 12,7 0,1 12,8 44,0 0,4 44,4 100,0 Tabela 12 – Artes de pesca utilizadas pela frota pesqueira marinha do Estado do Ceará, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a motor Aparelhos de pesca Armadilha Caçoeira Linha NI Rede de espera Bote a motor Total Bote a remo Armadilha Caçoeira Espinhel Linha NI Outras Rede de espera Tarrafa Bote a remo Total Bote a vela Armadilha Caçoeira Espinhel Linha NI Rede de espera Tarrafa Bote a vela Total Canoa Armadilha Arrasto Caçoeira Curral Espinhel Linha NI Outras Rede de espera Tarrafa Canoa Total Catamarã Armadilha Caçoeira Catamarã Total Lancha industrial Armadilha Arrasto Espinhel Linha NI Outras Rede de espera Lancha industrial Total Jangada Armadilha Arrasto Caçoeira Espinhel Linha NI Outras Rede de espera Jangada Total Lancha Armadilha Arrasto Caçoeira Espinhel Linha NI Outras Rede de espera Lancha Total Paquete Armadilha Arrasto Caçoeira Espinhel Linha NI Outras Rede de espera Tarrafa Paquete Total TOTAL <=4m 4--| 6m 1 1 2 10 89 1 67 4 51 156 16 394 1 5 5 2 1 14 29 1 15 2 4 49 4 104 1 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 6 2 4 42 26 2 1 2 1 5 3 5 56 32 2 2 4 6 51 25 6 3 9 1 95 9 7 337 2 2 35 13 29 199 4 637 1 196 56 22 2 7 1 284 4 1 404 1 4 27 21 19 183 664 3 1 4 60 28 2 85 1 6 182 14 14 102 7 14 3 54 180 1 1 5 1 8 17 8 7 1 33 7 1 1 1 10 375 930 4 371 39 66 385 28 2198 2723 TOTAL >18m 5 2 7 332 2 285 4 168 9 10 147 7 964 1747 89 1 110 1 53 2 8 3 267 6 2 61 1 3 3 15 91 1 1 1367 7 34 7 6 3 4 1 62 1 1 1 3 54 12 490 5 12 10 7 55 645 62 2 37 1 1 8 155 2 1042 179 64 44 2 9 73 5 2 8 97 12 89 1 67 4 51 160 16 400 308 114 2 132 6 24 3 589 13 8 872 10 7 91 39 52 485 8 1585 4 1 5 8 35 7 11 4 4 1 70 107 1 119 1 61 2 8 4 303 104 14 627 7 50 15 12 81 910 708 2 1215 8 539 48 76 532 35 3163 7122 % 0,1 1,0 0,1 0,0 0,1 1,4 0,2 1,2 0,0 0,9 0,1 0,7 2,2 0,2 5,6 4,3 1,6 0,0 1,9 0,1 0,3 0,0 8,3 0,2 0,1 12,2 0,1 0,1 1,3 0,5 0,7 6,8 0,1 22,3 0,1 0,0 0,1 0,1 0,5 0,1 0,2 0,1 0,1 0,0 1,0 1,5 0,0 1,7 0,0 0,9 0,0 0,1 0,1 4,3 1,5 0,2 8,8 0,1 0,7 0,2 0,2 1,1 12,8 9,9 0,0 17,1 0,1 7,6 0,7 1,1 7,5 0,5 44,4 100,0 Tabela 13 – Sistemas de conservação do pescado utilizados a bordo da frota pesqueira marinha do Estado do Ceará, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a motor Bote a motor Total Bote a remo Bote a remo Total Bote a vela Bote a vela Total Canoa Canoa Total Catamarã Catamarã Total Lancha industrial Sistemas de conservação Gelo Gelo Sem conserv. Gelo Gelo Gelo Frigorífico Gelo Lancha industrial Total Jangada Gelo Jangada Total Lancha Gelo Lancha Total Paquete Gelo Sem conserv. Paquete Total TOTAL <=4m 2 2 263 131 394 14 14 104 104 1 1 10 10 1606 592 2198 2723 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 5 56 32 2 5 56 32 2 4 2 6 95 284 182 14 95 284 182 14 637 664 180 637 664 180 4 4 6 2 8 33 267 3 33 267 3 7 91 645 155 7 91 645 155 673 291 1 964 1 1747 1367 1042 179 4--| 6m TOTAL >18m 60 2 62 2 2 64 97 97 267 133 400 589 589 1585 1585 5 5 66 4 70 303 303 910 910 2279 884 3163 7122 % 1,4 1,4 3,7 1,9 5,6 8,3 8,3 22,3 22,3 0,1 0,1 0,9 0,1 1,0 4,3 4,3 12,8 12,8 32,0 12,4 44,4 100,0 5.6. CADASTRAMENTO DAS EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE O Estado do Rio Grande do Norte ocupa uma área de 52.796,8 km2, correspondendo a 0,6% do território nacional, limitando-se ao Norte e Leste com o Oceano Atlântico, ao Sul com o Estado da Paraíba e a Oeste com o Estado do Ceará (Figura 1), enquanto a sua plataforma continental abrange uma área de 12.636 km2. Figura 1 – Mapa do Estado do Rio Grande do Norte, com os municípios litorâneos Com uma população estimada de 1.271.180 habitantes, representando 42,3% da população do Estado (IDEMA, 2005), o litoral do Rio Grande do Norte possui uma extensão aproximada de 400 km, onde estão distribuídos 25 municípios, com 92 pontos de desembarque, 28 Colônias de Pescadores e várias Associações de Pescadores. Atualmente, cerca de 60 mil pessoas estão diretamente envolvidas nesta atividade, levando-se em consideração a frota estimada pelo Projeto ESTATPESCA e o número de pescadores embarcados nesta frota. Entretanto, se considerada a estimativa da Federação das Colônias dos Pescadores, o número de pessoas que sobrevivem da atividade pesqueira no estado alcança 150 mil, dada a existência de 30.000 pescadores no litoral e uma média de 5 pessoas por família. A região costeira do Estado do Rio Grande do Norte caracteriza-se por apresentar um perfil razoavelmente regular, com limites diferenciados de deltas e estuários com as regiões vizinhas. Vários grupos de ilhas e rochedos encontram-se nas águas da Zona Econômica Exclusiva – ZEE (200 milhas), além de bancos oceânicos rasos, ao largo de sua plataforma continental, pertencentes às cadeias Norte-Brasileira. A Corrente Sul-Equatorial, dominante na região, bifurca-se entre 5° e 10° S, formando a corrente Norte do Brasil, que segue em direção às Guianas, e a Corrente do Brasil, que se dirige ao Sul. O atual conhecimento dos recursos marinhos desta região, na faixa de até 200m de profundidade, indica a ocorrência de biotas tropicais e subtropicais que se caracterizam por apresentar estoques limitados, de baixa densidade, mas de alta diversidade de espécies e elevado valor comercial. A faixa compreendida entre 100 milhas e 200 milhas é ainda pouco conhecida, sem um dimensionamento do potencial dos recursos bentônicos existentes, entretanto, nessa região, nos últimos dez anos, tem-se desenvolvido uma atividade de pesca industrial de atuns e afins com resultados satisfatórios. O espinhel flutuante, tipo “long-line”, é utilizado pelos barcos industriais na captura desse recurso, sendo o aparelho de pesca de maior participação na produção pesqueira do estado, representando, em 2004, 23,7% do total desembarcado (IBAMA, 2005). As áreas estuarinas encontram-se distribuídas ao longo do litoral nas quais deságuam 11 bacias hidrográficas. São bastante procuradas pelos pescadores de tainha e carapeba e catadores de caranguejo-uçá e ostra, além dos criadores de camarões marinhos. Os principais recursos pesqueiros da pesca artesanal são: as lagostas, capturadas com rede de espera, tipo caçoeira, mergulho, auxiliado com compressor, e mergulho livre; a sardinha, capturada por rede de emalhar; o peixe-voador, capturado com jereré; e a tainha, capturada por tainheira, representando juntas, mais de 30% do total produzido no estado. A produção oriunda dessas modalidades de pesca, em 2004, foi de 16.500,1 toneladas, com uma receita, a nível de primeira comercialização, de 83,8 milhões de reais, sendo que a frota industrial produziu 3.904,8 toneladas, enquanto a artesanal (abaixo de 20 Toneladas de Arqueação Bruta – TAB) contribuiu com 12.595,3 toneladas, representando 76,3% do total. A comercialização da pesca artesanal de águas marítimas apresentase bastante deficiente, em virtude da irregular infra-estrutura de frios existente, acarretando, com isso, graves problemas de abastecimento. No estado existem cinco empresas de pesca, sendo duas dedicadas à captura, beneficiamento e comercialização de peixes, e as demais somente comercializam e beneficiam lagosta e camarão. A exportação, durante o ano de 2004, foi de 102,7 milhões de dólares, contribuindo o camarão oriundo de cultivo com 80% desse valor, e os 20% restantes correspondentes à exportação de peixes (11%) e lagostas (9%). Das 92 comunidades existentes no litoral do estado, destaca-se Caiçara do Norte e Diogo Lopes (Macau) por serem os portos mais importantes da pesca artesanal, visto possuírem o maior número de embarcações e obterem as maiores produções. Resultados do Cadastramento Tendo em vista que alguns tipos de embarcações acompanhados pelo Projeto ESTATPESCA atuam na mesma área e apresentam as mesmas características, para efeito do cadastramento estes tipos foram unificados, ficando a frota do Rio Grande do Norte constituída de barcos industriais, barcos a motor, botes a vela, paquetes, jangadas (pescarias com arrastão de praia) e canoas. O Estado do Rio Grande do Norte possui uma frota estimada de 3.428 unidades, representando as canoas a maioria, com 32,4% do total, seguidas dos paquetes, com 27,7%, e dos botes a motor, com 24,9% das embarcações (Tabela 1). Os barcos industriais, representados por atuneiros nacionais e arrendados, correspondem a apenas 1,1% da frota e estão baseados na sua totalidade no Porto de Natal. Dos 25 municípios litorâneos, verifica-se que as canoas se sobressaem na metade deles. Na região leste do estado, esse tipo de embarcação é movido, na sua maioria, a remo, operando dentro dos estuários, enquanto nos outros municípios esta modalidade de embarcação opera com propulsão a vela e chega a atuar tanto em estuários como em mar aberto. Conforme pode ser visto na Tabela 1, os municípios de Touros e Natal se destacam, com 10,5% e 10,1% das embarcações, respectivamente, enquanto que São Bento do Norte, Parnamirim e Vila Flor concentram o menor número, com 0,6%, 0,6% e 0,8% do total. Na mesma tabela observa-se que a frota do Rio Grande do Norte é eminentemente artesanal, ou seja, movida a remo e a vela, embarcações essas que correspondem a 74,0% do total. Na Tabela 2 verifica-se que 52,2% dos barcos motorizados têm comprimento entre 6m e 8m, seguidos daqueles com 8m a 12m, que correspondem a 42,2% dessa frota. Os botes a vela, na sua totalidade, possuem comprimento inferior a 8m, enquanto que os demais tipos (jangadas, paquetes e canoas) estão abaixo de 6m (Tabela 2). Considerando-se que 70% de toda a frota do estado medem menos de 6m de comprimento, pode-se inferir que a frota do Rio Grande do Norte é uma frota de pequena escala. Analisando os dados da Tabela 3, observa-se que 98,6% da frota do estado têm casco de madeira. Também são encontradas no litoral do Rio Grande do Norte embarcações confeccionadas com casco em fibra de vidro, no município de Areia Branca, e com casco de aço, em Natal, porém correspondem apenas a 1,4% do total da frota. Em mais da metade da frota existente no estado a tripulação é de no máximo 2 pessoas. Quando incluídas as embarcações com até 4 tripulantes verifica-se que este índice atinge 83,5%. As embarcações que operam com mais de 8 tripulantes correspondem a aproximadamente 1% do total (Tabela 4). As jangadas, embora de pequena dimensão, trabalham com 4 a 8 tripulantes, entretanto, não transportam essa tripulação visto que os pescadores ficam em terra para tracionar manualmente a rede, sendo que 3 a 4 homens ficam em cada lado da rede. Os paquetes e as canoas trabalham com até 2 tripulantes, na quase totalidade (90%), enquanto os barcos motorizados que operam com esse quantitativo é praticamente nulo. A tripulação das embarcações motorizadas varia de 2 a 4 e de 4 a 8 tripulantes, na mesma proporção. Analisando os dados referentes à idade da frota existente no Rio Grande do Norte verifica-se que existem embarcações construídas no início da década de 50, ou seja, com mais de 50 anos de uso. Observando a idade da frota industrial, confeccionada com aço, constata-se que 74,4% possuem mais de 10 anos de vida útil, enquanto que nos barcos motorizados e nos botes a vela, que são confeccionados com madeira, esse índice alcança, aproximadamente 40,0%. A idade dos paquetes e canoas diferencia dos outros tipos de embarcações, ou seja, são embarcações mais novas visto que 55,0% dos paquetes e 49,5% das canoas têm menos de 5 anos, enquanto nos barcos motorizados esse índice é de apenas 20,0%. Tal constatação se deve ao fato de nos últimos dez anos, financiamentos através do Banco do Nordeste, terem contribuído para a construção de aproximadamente 200 novas embarcações motorizadas, da mesma forma, financiamentos para a construção de canoas e paquetes são efetuados constantemente no estado, a fundo perdido. Ressalte-se que os paquetes e as canoas, na sua maioria, não possuem Título de Inscrição da Capitania dos Portos e, provavelmente, os proprietários, não sabendo a idade precisa dessas embarcações informaram uma data não muito confiável, por ocasião do cadastramento. Entretanto devese evidenciar, também, que esses tipos de embarcações têm uma vida útil menor que os barcos motorizados. A frota pesqueira do Estado do Rio Grande do Norte, na quase totalidade, está abaixo de 10 TAB (97,5%), entretanto 87,2% da frota industrial estão acima de 50 TAB (Tabela 6). As embarcações de maiores dimensões (industriais), na sua totalidade, são registradas na Capitania dos Portos, entretanto, à medida que diminui o tamanho, observa-se que essa participação vai se reduzindo, até alcançar 100% das jangadas que não informaram se possui registro, provavelmente não (Tabela 7). Com relação ao Registro Geral da Pesca, fornecido atualmente pela SEAP, verifica-se que 60,7 % dos barcos motorizados não informaram a sua situação perante o Órgão que registra e atualiza essas embarcações, portanto a situação é mais crítica do que o registro na marinha. Embora o registro das embarcações ter deixado de ser atribuição do IBAMA/SUDEPE há mais de 5 anos, verifica-se que 12,1% dessas embarcações ainda continuam com o seu registro nos Órgãos anteriores não fazendo a transferência para a SEAP (Tabela 8). Acredita-se que muitas dessas embarcações possuem o registro, mas não fazem a atualização anual e ainda muitas delas, provavelmente, possuem registros atualizados, mas os mesmos se encontram com o “despachante”, em Natal, motivo pelo qual o cadastrador não coletou as informações. A frota industrial do Rio Grande do Norte opera, principalmente, na captura de atuns e afins, entretanto apenas 23,1% informaram que têm permissão para essa atividade, enquanto que as demais possuem permissão para peixes diversos (53,1%), lagosta (10,3%), dentre outras e, acredita-se, até o momento não solicitaram seu registro para a captura de atuns (Tabela 9). Quanto às embarcações motorizadas, 60,9% não informaram qual a espécie que está autorizada a capturar, o mesmo índice de embarcações que não possue registro. Nos botes a vela este índice chega a 84,3% e praticamente todas as jangadas, paquetes e canoas não informaram a espécie para a qual estão autorizados a capturar. Possivelmente, estas embarcações não estão autorizadas a operar na pesca, devendo-se fazer um esforço para normalizar tal situação. Com exceção das embarcações atuneiras e alguns barcos motorizados, localizados em Natal, um total de 5,3% da frota motorizada receberam o subsídio do óleo diesel (Tabela 10) Praticamente toda a frota do estado está em boa situação de operacionalização, entretanto acredita-se que o cadastramento das embarcações que estão fora de operação não foi efetuado, tendo em vista que se tem conhecimento da existência de várias embarcações que estão desativadas há bastante tempo, face à baixa produtividade da pesca de lagosta (Tabela11). O espinhel flutuante é o aparelho de pesca mais empregado pelos barcos industriais, representando 89,7% entre todos os métodos, enquanto para os barcos motorizados a caçoeira, a rede de espera e a linha são os mais utilizados, representando juntos 70% (Tabela 12). Ressalte-se que a opção “outro”, que provavelmente se refira à pesca de lagosta com compressor, obteve uma participação muito expressiva (18,4%). Já para as embarcações a vela (botes e paquetes), verifica-se que a linha, a rede de espera e a caçoeira representam juntas mais de 80% dos aparelhos de pesca empregados, já para as canoas o mais empregado foi a opção “outro”, provavelmente relativo à pesca com tainheira, representando 42,8%, seguido da rede de espera, com 30,6% (Tabela 12). Quanto à conservação do pescado a bordo, constata-se que o gelo é empregado em 73,9% das embarcações, enquanto que o sistema de congelamento é utilizado por apenas 0,3% das embarcações. As embarcações (canoas, paquetes e jangadas) que não utilizam nenhum processo de beneficiamento, possivelmente porque realizam pescarias de “ir e vir”, tiveram uma participação de 25,8% frota (Tabela 13). Um fato constatado é que toda a frota de barcos motorizados e botes a vela utilizam gelo para a conservação do pescado, por realizarem viagens superiores a 1 dia de mar. Embora sejam encontrados barcos motorizados que realizam viagens de “ir e vir”, nas pescarias de arrasto, por exemplo, estes utilizam gelo para a conservação do camarão. Em Caiçara do Norte e Diogo Lopes (Macau) existe uma frota que opera na captura do peixe-voador executando viagens de “ir e vir’ e, portanto, não utilizando nenhum processo de conservação. Entretanto, algumas dessas embarcações realizam viagens de “dormida” e, neste caso, empregam o sal no beneficiamento do pescado, informação esta que não foi evidenciada pelo cadastrador no formulário de cadastramento. Tabela 1 – Frota pesqueira marinha do Estado do R. G. Norte, por município. Município Areia Branca Arês Baía Formosa Caiçara do Norte Canguaretama Ceará Mirim Extremoz Galinhos Grossos Guamaré Macau Maxaranguepe Natal Nísia Floresta Parnamirim Pedra Grande Porto do Mangue Rio do Fogo São Bento do Norte Senador Georgino Avelino São Miguel do Gostoso Tibau Tibau do Sul Touros Vila Flor TOTAL % Barco industrial 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 39 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 39 1,1 Barco a motor Bote a vela 88 0 51 91 4 38 40 6 8 18 72 39 102 34 1 26 22 53 0 0 28 10 18 105 0 854 24,9 44 0 20 81 0 0 1 18 13 1 90 2 7 1 0 11 47 0 0 0 15 9 10 0 0 370 10,8 Paquete 68 0 33 30 0 12 20 2 24 0 0 94 78 10 19 24 9 165 20 0 42 33 27 239 0 949 27,7 Jangada 9 0 0 3 0 3 1 1 5 0 5 19 1 0 1 1 4 26 0 0 6 4 0 16 0 105 3,1 Canoa 23 135 0 30 121 0 1 60 24 68 143 0 118 75 0 7 67 1 0 58 0 0 154 0 26 1.111 32,4 TOTAL 232 135 104 235 125 53 63 87 74 87 310 154 345 120 21 69 149 245 20 58 91 56 209 360 26 3.428 100,0 % 6,8 3,9 3,0 6,9 3,6 1,5 1,8 2,5 2,2 2,5 9,0 4,5 10,1 3,5 0,6 2,0 4,3 7,1 0,6 1,7 2,7 1,6 6,1 10,5 0,8 100,0 Tabela 2 – Frota pesqueira marinha do Estado do R. G. Norte, por tipo de embarcação, comprimento e propulsão. Tipo de Propulsão embarcação Barco industrial Motor Barco industrial Total Barco Motor Barco a motor Total Bote Vela Bote a vela Total Canoa Remo Vela Canoa Total Jangada Remo Jangada Total Paquete Vela Paquete Total TOTAL % <=4m 1 1 9 9 182 141 323 39 39 680 680 1.052 30,69 4--| 6m 34 34 199 199 383 405 788 58 58 269 269 1.348 39,32 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m TOTAL >18m 446 446 162 162 360 360 4 4 13 13 35 35 0 0 0 0 8 8 0 0 0 0 616 17,97 0 360 10,50 0 17 0,50 0 35 1,02 0 39 39 854 854 370 370 565 546 1.111 105 105 949 949 3.428 100,00 % 1,1 1,1 24,9 24,9 10,8 10,8 16,5 15,9 32,4 3,1 3,1 27,7 27,7 100,0 Tabela 3 - Frota pesqueira marinha do Estado do R. G. Norte, por tipo de embarcação, comprimento e material do casco. Tipos de embarcação Barco industrial Material do casco Aço Madeira Barco industrial Total Bote a motor Fibra de vidro Madeira Bote a motor Total Bote a vela Madeira Bote a vela Total Canoa Madeira Canoa Total Jangada Madeira Jangada Total Paquete Madeira Paquete Total TOTAL <=4m 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 3 4 1 1 9 9 323 323 39 39 680 680 1.052 34 34 199 199 788 788 58 58 269 269 1.348 1 445 446 162 162 TOTAL >18m 13 347 360 13 13 360 17 32 3 35 8 8 616 35 33 6 39 14 840 854 370 370 1.111 1.111 105 105 949 949 3.428 % 1,0 0,2 1,1 0,4 24,5 24,9 10,8 10,8 32,4 32,4 3,1 3,1 27,7 27,7 100,0 Tabela 4 - Total de tripulantes da frota pesqueira marinha do Estado do R. G. Norte, por tipo de embarcação e comprimento. Tipo de embarcação Barco industrial Barco industrial Total Bote a motor Bote a motor Total Bote de casco Bote a vela Total Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Paquete Tripulação 2--| 4 4--| 8 1--| 2 2--| 4 1--| 2 2--| 4 1--| 2 2--| 4 TOTAL 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 4--| 8 >8 4--| 8 Paquete Total <=4m 12--| 18m 2 2 4 1 1 7 2 9 308 15 323 39 39 592 88 680 1.052 28 6 34 95 104 199 685 103 788 58 58 185 84 269 1.348 292 154 446 16 146 162 112 248 360 0 8 8 0 616 360 TOTAL >18m 1 34 35 13 13 17 35 3 36 39 433 421 854 118 252 370 993 118 1.111 105 105 777 172 949 3.428 % 0,1 1,1 1,1 12,6 12,3 24,9 3,4 7,4 10,8 29,0 3,4 32,4 3,1 3,1 22,7 5,0 27,7 100,0 Tabela 5 – Idade da frota pesqueira marinha do Estado do R. G. Norte, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco industrial Idade da frota 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos Barco industrial Total Bote a motor 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI Bote a motor Total Bote a vela 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos Bote a vela Total Canoa 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos Canoa Total Jangada 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI Jangada Total Paquete 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI Paquete Total TOTAL <=4m 4--| 6m 1 1 4 2 1 2 9 85 91 110 35 2 323 15 10 12 2 39 211 177 211 66 9 6 680 1.052 5 5 10 10 2 2 34 40 36 70 40 13 199 212 162 231 165 18 788 27 10 16 3 1 1 58 77 57 86 42 6 1 269 1.348 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 43 50 199 95 59 446 15 21 39 52 35 162 12--| 18m TOTAL >18m 1 2 1 4 4 3 1 4 1 39 34 112 108 66 1 360 13 360 17 1 8 11 15 35 1 1 4 2 8 616 35 1 9 13 16 39 91 93 322 217 128 3 854 59 59 110 94 48 370 297 253 341 200 20 1111 43 21 32 5 3 1 105 288 234 297 108 15 7 949 3.428 % 0,0 0,3 0,4 0,5 1,1 2,7 2,7 9,4 6,3 3,7 0,1 24,9 1,7 1,7 3,2 2,7 1,4 10,8 8,7 7,4 9,9 5,8 0,6 32,4 1,3 0,6 0,9 0,1 0,1 0,0 3,1 8,4 6,8 8,7 3,2 0,4 0,2 27,7 100,0 Tabela 6 – Frota pesqueira marinha do Estado do R. G. Norte, por tipo de embarcação, comprimento e tonelagem de arqueação bruta (TAB). Tipos de embarcação Barco industrial Barco industrial Total Bote a motor Bote a motor Total Bote a vela Bote a vela Total Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Paquete Paquete Total TOTAL TAB <=4m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 4--| 6m 10--| 20 20--| 50 > 50 <= 10 10--| 20 20--| 50 <= 10 <= 10 <= 10 <= 10 12--| 18m TOTAL >18m 1 3 1 34 446 324 36 1 9 9 323 323 39 39 680 680 1.052 34 199 199 788 788 58 58 269 269 1.348 446 162 162 360 4 3 9 1 13 360 17 1 34 35 8 8 616 35 1 4 34 39 808 45 1 854 370 370 1.111 1.111 105 105 949 949 3.428 % 0,0 0,1 1,0 1,1 23,6 1,3 0,0 24,9 10,8 10,8 32,4 32,4 3,1 3,1 27,7 27,7 100,0 Tabela 7 – Frota pesqueira marinha do Estado do R. G. Norte inscrita na Capitania dos Portos, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de Insc. Capitania embarcação dos Portos Barco industrial Sim Barco industrial Total Bote a motor NI Sim Bote a motor Total Bote a vela NI Sim Bote a vela Total Canoa NI Sim Canoa Total Jangada NI Jangada Total Paquete NI Sim Paquete Total TOTAL <=4m 4--| 6m 1 1 9 9 323 323 39 39 674 6 680 1.052 18 16 34 162 37 199 785 3 788 58 58 264 5 269 1.348 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 164 282 446 71 91 162 12--| 18m TOTAL >18m 35 35 91 269 360 4 4 1 12 13 360 17 35 8 8 616 39 39 275 579 854 242 128 370 1.108 3 1.111 105 105 938 11 949 3.428 % 1,1 1,1 8,0 16,9 24,9 7,1 3,7 10,8 32,3 0,1 32,4 3,1 3,1 27,4 0,3 27,7 100,0 Tabela 8 – Frota pesqueira marinha do Estado do R. G. Norte com Registro Geral da Pesca, por tipo de embarcação, comprimento e Órgão emissor. Tipos de Órgão Emissor embarcação Barco industrial Seap Barco industrial Total Barco a motor Ibama Mapa NI Seap Sudepe Barco a motor Total Bote a vela Ibama Mapa NI Seap Sudepe Bote a vela Total Canoa Ibama Mapa NI Seap Sudepe Canoa Total Jangada NI Jangada Total Paquete Ibama NI Seap Sudepe Paquete Total TOTAL <=4m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 4--| 6m 12--| 18m 4 4 1 29 5 1 34 7 1 181 9 1 199 2 1 781 3 1 788 58 58 7 256 4 2 269 1.348 9 9 4 0 317 1 1 323 39 39 13 662 3 2 680 1.052 51 36 276 79 4 446 36 TOTAL >18m 26 19 205 108 2 360 13 360 17 35 35 7 6 122 3 1 162 8 8 616 35 39 39 77 55 518 198 6 854 43 1 312 12 2 370 6 1 1.098 4 2 1.111 105 105 20 918 7 4 949 3.428 % 1,1 1,1 2,2 1,6 15,1 5,8 0,2 24,9 1,3 0,0 9,1 0,4 0,1 10,8 0,2 0,0 32,0 0,1 0,1 32,4 3,1 3,1 0,6 26,8 0,2 0,1 27,7 100,0 Tabela 9 – Frota pesqueira marinha do Estado do R. G. Norte com permissão de pesca, por espécie, tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco industrial Permissão de pesca Atum Camarão Lagosta Peixes diversos Sardinha Barco industrial Total Bote a motor Lagosta NI Peixes diversos Bote a motor Total Bote a vela Lagosta NI Peixes diversos Bote a vela Total Canoa Lagosta NI Peixes diversos Canoa Total Jangada NI Jangada Total Paquete Lagosta NI Peixes diversos Paquete Total TOTAL <=4m 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 3 1 1 0 9 9 317 6 323 39 39 2 662 16 680 1.052 2 29 3 34 4 181 14 199 1 782 5 788 58 58 2 256 11 269 1.348 55 276 115 446 2 122 38 162 TOTAL >18m 87 207 66 360 4 5 7 1 13 360 17 9 4 3 17 2 35 8 8 616 35 9 4 4 20 2 39 149 520 185 854 6 312 52 370 1 1.099 11 1.111 105 105 4 918 27 949 3.428 % 0,3 0,1 0,1 0,6 0,1 1,1 4,3 15,2 5,4 24,9 0,2 9,1 1,5 10,8 0,0 32,1 0,3 32,4 3,1 3,1 0,1 26,8 0,8 27,7 100,0 Tabela 10 – Frota pesqueira marinha do Estado do R. G. Norte participante do programa de subvenção do Óleo diesel, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de Sub. do óleo embarcação diesel Barco industrial Sim Barco industrial Total Barco a motor Não Sim Barco a motor Total Bote de casco Não Bote a Vela Total Canoa Não Canoa Total Jangada Não Jangada Total Paquete Não Paquete Total TOTAL <=4m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 4--| 6m 1 34 1 9 9 323 323 39 39 680 680 1.052 34 199 199 788 788 58 58 269 269 1.348 445 1 446 162 162 12--| 18m TOTAL >18m 35 35 355 5 361 4 4 11 2 13 361 17 35 8 8 616 39 39 846 8 854 370 370 1.111 1.111 105 105 949 949 3.428 % 1,1 1,1 24,7 0,2 24,9 10,8 10,8 32,4 32,4 3,1 3,1 27,7 27,7 100,0 Tabela 11 – Situação da frota pesqueira marinha do Estado do R. G. Norte, por ocasião do cadastramento, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco industrial Não Sim Barco industrial Total Bote a motor Não Sim Bote a motor Total Bote a vela Sim Bote a vela Total Canoa Não Sim Canoa Total Jangada Sim Jangada Total Paquete Não Sim Paquete Total TOTAL Ativa <=4m 4--| 6m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1 3 4 1 1 9 9 1 322 323 39 39 2 678 680 1.052 1 33 34 199 199 1 787 788 58 58 269 269 1.348 446 446 162 162 TOTAL >18m 1 359 360 13 13 360 17 35 35 8 8 616 35 1 38 39 2 852 854 370 370 2 1109 1111 105 105 2 947 949 3.428 % 0,0 1,1 1,1 0,1 24,9 24,9 10,8 10,8 0,1 32,4 32,4 3,1 3,1 0,1 27,6 27,7 100,0 Tabela 12 – Artes de pesca utilizadas pela frota pesqueira marinha do Estado do R. G. Norte, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Barco industrial Aparelhos de pesca Arrasto Espinhel Linha Barco Industrial Total Barco a motor Armadilha Arrasto Caçoeira Linha NI Outro Rede de espera Barco a motor Total Bote a Vela Caçoeira Linha NI Rede de espera Bote a vela Total Canoa Caçoeira Linha NI Outro Rede de espera Tarrafa Canoa Total Jangada Outro Jangada Total Paquete Caçoeira Linha NI Outro Rede de espera Tarrafa Paquete Total TOTAL <=4m Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 4--| 6m 12--| 18m 3 1 4 1 1 1 3 6 9 2 24 27 162 62 46 323 39 39 169 205 73 54 177 2 680 1.052 5 6 8 2 12 34 22 68 33 76 199 7 16 58 314 278 115 788 58 58 56 75 40 9 89 269 1.348 0 5 88 94 36 81 142 446 4 123 3 32 162 7 10 132 54 28 74 55 360 TOTAL >18m 3 32 35 10 1 2 13 8 8 616 360 17 35 3 35 1 39 8 15 235 155 72 157 212 854 26 194 36 114 370 9 40 85 476 340 161 1.111 105 105 225 280 113 63 266 2 949 3.428 % 0,1 1,0 0,0 1,1 0,2 0,4 6,9 4,5 2,1 4,6 6,2 24,9 0,8 5,7 1,1 3,3 10,8 0,3 1,2 2,5 13,9 9,9 4,7 32,4 3,1 3,1 6,6 8,2 3,3 1,8 7,8 0,1 27,7 100,0 Tabela 13 – Sistemas de conservação do pescado utilizados a bordo da frota pesqueira marinha do Estado do R. G. Norte, por tipo de embarcação e comprimento. Tipo de embarcação Barco industrial Sistema de Conservação Gelo Congelamento Barco industrial Total Bote a motor Gelo Bote a motor Total Bote de casco Gelo Bote de casco Total Gelo Canoa Sem conservação Canoa Total Jangada Sem conservação Jangada Total Gelo Paquete Sem conservação Paquete Paquete Total TOTAL <=4m 1 1 9 9 87 236 323 39 39 579 101 680 680 1.052 4--| 6m 34 34 199 199 361 427 788 58 58 254 15 269 269 1.348 Comprimento 6--| 8m 8--| 12m 446 446 162 162 360 360 12--| 18m 4 4 13 13 TOTAL >18m 12 23 35 6 8 616 360 17 949 949 984 12 27 39 854 854 370 370 448 663 1.111 105 105 833 116 949 949 3.428 % 0,4 0,8 1,1 24,9 10,8 13,1 19,3 32,4 3,1 3,1 24,3 3,4 27,7 27,7 100,0 5.7. CADASTRAMENTO DAS EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS NO ESTADO DA PARAÍBA O Estado da Paraíba possui um litoral com aproximadamente 130 km de extensão, onde estão localizados 12 municípios e 36 comunidades pesqueiras (Figura 1). A frota paraibana é eminentemente artesanal, composta por jangadas, botes a remo e canoas, construídas em madeira, movidas a vela, a remo e a motor. Essas embarcações desenvolvem pescarias em águas rasas dos estuários e próximo à costa, com duração de até 24 horas, envolvendo de 2 a 3 pescadores por embarcação, os quais utilizam como petrechos de pesca, principalmente, redes de emalhar e linhas. Na pesca desembarcada, desenvolvida por marisqueiras e catadores de caranguejos, são capturados moluscos e caranguejos em manguezais, e o meio utilizado é o manual. As embarcações motorizadas são de pequeno, médio e grande porte que operam em uma área de aproximadamente 8.505 km², limitada ao norte pelo município de Baia Formosa/RN e ao sul por Ponta de Pedra/PE, e capturam espécies como: lagostas, peixes vermelhos, serranídeos, camarões e tunideos. Essas embarcações são construídas em madeira, com comprimento variando de 7m a 17m,. e propulsionadas por motores com potência entre 18Hp e 220 Hp. A grande maioria opera sem qualquer instrumento de navegação, identificação e marcação de áreas, o que se traduz em pescarias com pouco tempo real de captura e de baixa produtividade. A frota motorizada opera com uma tripulação que varia entre 3 e 5 pescadores, e utiliza como aparelhos de pesca a rede de emalhar, compressor e linhas, em viagens com duração de até 15 dias mar. A frota industrial oceânica (embarcações com casco de ferro) apresenta flutuações em seu quantitativo conforme a distância do porto que está operando. São de bandeira brasileira, espanhola e portuguesa, arrendadas às empresas de pesca da Paraíba e equipadas com espinheis long-line. Atuam na ZEE e áreas adjacentes e são responsáveis pelos desembarques de atuns e afins no Estado da Paraíba. Vale ressaltar que essa frota não foi cadastrada pelo projeto, por até a data da conclusão do cadastramento não se ter conseguido os dados referentes, junto às empresas de pesca. Figura 1 – Localidades pesqueiras do Estado da Paraíba A plataforma continental frente ao Estado da Paraíba é mais estreita que a dos demais estados, o que lhe confere maior proximidade com as áreas de ocorrência de espécies de hábitos oceânicos, sendo considerada um dos maiores centros de pesca oceânica do Brasil. Resultados do Cadastramento A frota do Estado da Paraíba é constituída de 1.694 embarcações, sendo, por ordem de importância, 854 botes a remo, que representam 50,4% das embarcações, 288 jangadas, o equivalente a 17,0% da frota, 277 lanchas e 275 canoas, que correspondem, respectivamente, a 16,4% e 16,2% do total das embarcações pesqueiras marinhas do estado (Tabela 1). A maioria das embarcações se concentra no município de Cabedelo (16,1%), e um menor número no município de Rio Tinto (1,5%). Conforme se observa na Tabela 2, as embarcações movidas a remo representam mais da metade da frota da Paraíba, correspondendo a 62,9% das embarcações existentes. O total de embarcações movidas a vela e a motor é praticamente o mesmo, ou seja, respectivamente, 19,1% e 17,9% da frota paraibana. Cerca de 70% das embarcações do Estado da Paraíba medem até 6m de comprimento, e uma minoria (4,3%) tem comprimento superior a 8m, caracterizando essa frota como de pequena escala. Vale ressaltar que a quase totalidade das lanchas (89,7%) se encontram na faixa de 8m a 12m de comprimento (Tabela 2) No que diz respeito à constituição da frota quanto ao material do casco, constata-se na Tabela 3 que 100,0% das embarcações da Paraíba são confeccionadas de madeira. De acordo com os dados da Tabela 4, a grande maioria da frota pesqueira do Estado da Paraíba (69,3%), por sua característica artesanal, opera com 1 a 2 tripulantes. Observa-se, no entanto, que cerca de 67% das lanchas atuam com uma tripulação entre 2 e 4 pessoas. Pela grande ocorrência no estado de embarcações com idade entre 1 e 5 anos (54,1%) e ainda pelo fato de que somente 3,0% da frota tem idade superior a 20 anos (Tabela 5), pode-se afirmar que a frota pesqueira da Paraíba é uma frota nova. No que concerne à constituição das embarcações de acordo com a tonelagem de arqueação bruta (TAB), verifica-se na Tabela 6 que 100% das embarcações pesqueiras paraibanas apresentam valores inferiores a 10 TAB, mesmo as embarcações motorizadas, o que vem reforçar a característica artesanal dessa frota. Dados do cadastramento revelam que nenhuma canoa ou bote a remo na Paraíba dispõe ou não apresentou aos cadastradores o título de inscrição na Capitania dos Portos. As lanchas, no entanto, cerca de 75,0% estão legalizadas junto à essa Instituição (Tabela 7). Além das lanchas, somente as jangadas (11,5%) apresentaram tal documento. À semelhança da inscrição na Capitania, observa-se na Tabela 8, que nenhum bote a remo está registrado no Registro Geral da Pesca, enquanto que 1 canoa, 42 jangadas e 125 lanchas apresentaram seus registros por ocasião do cadastramento. Ressalte-se que 90,1% das embarcações da Paraíba não possuem ou não apresentaram tal documento. Com referência à situação da frota quanto à permissão de pesca, somente 1 canoa, 43 jangadas e 125 lanchas motorizadas dispõem desse documento, conforme se observa na Tabela 9. Entre as embarcações permissionadas, 3 são para a captura de camarão 7 barbas, 71 à pesca de peixes diversos e 94 à pesca de lagostas, Muito embora existam no estado 303 embarcações motorizadas, verifica-se na Tabela 10 que a frota pesqueira da Paraíba não é contemplada com o programa de subvenção do óleo diesel. De acordo com a Tabela 11, é elevado o percentual de embarcações em atividade no Estado da Paraíba, correspondendo à 99,6% da frota cadastrada. Do total, apenas 1 lancha, 2 jangadas, 2 canoas e 2 botes a remo estavam desativadas. Com relação às artes de pesca utilizadas pela frota pesqueira da Paraíba, a rede de espera destaca-se como aparelho principal de 39,5% das embarcações, seguida da categoria OUTROS com 38,0% da frota, categoria esta representada principalmente pelas embarcações que atuam na coleta manual do caranguejo. Entre as lanchas, além da rede de espera, um significativo número também utiliza a rede caçoeira nas capturas de lagosta. De acordo com os dados da Tabela 13, a maioria das embarcações que atua no Estado da Paraíba (62,2%) não emprega qualquer sistema de conservação do pescado a bordo, em especial os botes a remo que realizam pescarias de “ir e vir”. Já as lanchas, a quase totalidade utiliza gelo para conservar o pescado. Tabela 1 – Frota pesqueira marinha do Estado da Paraíba, por município. Municípios Baía da Traição Bayeux Caaporã Cabedelo Conde João Pessoa Lucena Marcação Mataraca Pitimbu Rio Tinto Santa Rita TOTAL % Bote a remo 122 100 88 28 30 111 39 74 91 12 159 854 50,4 Tipos de embarcação Canoa Jangada 103 7 68 7 7 3 22 21 1 1 35 275 16,2 TOTAL Lancha 3 52 48 25 72 70 1 5 52 12 69 17 33 3 9 1 93 288 17,0 277 16,4 55 225 107 273 77 142 187 71 101 237 25 194 1694 100,0 % 3,2 13,3 6,3 16,1 4,5 8,4 11,0 4,2 6,0 14,0 1,5 11,5 100,0 Tabela 2 – Frota pesqueira marinha do Estado da Paraíba, por tipo de embarcação, comprimento e propulsão. Tipos de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Canoa Canoa Total Jangada Propulsão Remo Motor Remo Vela Motor Vela Jangada Total Lancha Lancha Total Motor TOTAL % <=4m 77 77 11 2 13 4 145 149 7 7 246 14,5 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 620 153 4 620 153 4 1 1 137 63 1 25 33 1 162 97 3 21 1 113 4 134 5 16 188 61 5 16 188 61 5 932 443 68 5 55,0 26,2 4,0 0,3 TOTAL 854 854 2 212 61 275 26 262 288 277 277 1694 100,0 % 50,4 50,4 0,1 12,5 3,6 16,2 1,5 15,5 17,0 16,4 16,4 100,0 Tabela 3 - Frota pesqueira marinha do Estado da Paraíba, por tipo de embarcação, comprimento e material do casco. Tipos de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Lancha Total Material do casco Madeira Madeira Madeira Madeira TOTAL <=4m 77 77 13 13 149 149 7 7 246 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 620 153 4 620 153 4 162 97 3 162 97 3 134 5 134 5 16 188 61 5 16 188 61 5 932 443 68 5 TOTAL 854 854 275 275 288 288 277 277 1694 % 50,4 50,4 16,2 16,2 17,0 17,0 16,4 16,4 100,0 Tabela 4 - Total de tripulantes da frota pesqueira marinha do Estado da Paraíba, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a remo Tripulação 1--| 2 2--| 4 4--| 8 Bote a remo Total Canoa Canoa Total Jangada 1--| 2 2--| 4 4--| 8 1--| 2 2--| 4 Jangada Total Lancha 1--| 2 2--| 4 4--| 8 Lancha Total TOTAL <=4m 64 13 77 12 1 13 139 10 149 1 4 2 7 246 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 532 130 2 79 22 1 9 1 1 620 153 4 122 76 3 39 20 1 1 162 97 3 88 3 46 2 134 5 1 2 15 138 29 48 32 5 16 188 61 5 932 443 68 5 TOTAL 728 115 11 854 213 60 2 275 230 58 288 4 186 87 277 1694 % 43,0 6,8 0,6 50,4 12,6 3,5 0,1 16,2 13,6 3,4 17,0 0,2 11,0 5,1 16,4 100,0 Tabela 5 – Idade da frota pesqueira marinha do Estado da Paraíba, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a remo Idade da frota 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI Bote a remo Total Canoa Canoa Total Jangada 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos Jangada Total Lancha <=4m 34 26 9 7 1 77 3 6 1 1 2 13 72 49 11 17 149 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI Lancha Total TOTAL 4 2 1 7 246 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 203 48 3 206 39 1 135 44 66 18 8 4 2 620 153 4 42 18 35 9 32 34 2 47 16 4 18 1 2 2 162 97 3 41 38 24 5 29 2 134 5 1 15 4 1 3 9 7 5 103 28 1 4 40 12 1 1 19 8 2 2 2 2 16 188 61 5 932 443 68 5 TOTAL 288 272 188 91 12 3 854 63 50 69 64 23 6 275 113 87 40 46 2 288 21 23 139 57 30 7 277 1694 % 17,0 16,1 11,1 5,4 0,7 0,2 50,4 3,7 3,0 4,1 3,8 1,4 0,4 16,2 6,7 5,1 2,4 2,7 0,1 17,0 1,2 1,4 8,2 3,4 1,8 0,4 16,4 100,0 Tabela 6 – Frota pesqueira marinha do Estado da Paraíba, por tipo de embarcação, comprimento e tonelagem de arqueação bruta (TAB). Tipos de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Lancha Total TOTAL TAB <= 10 TAB <= 10 TAB <= 10 TAB <= 10 TAB <=4m 77 77 13 13 149 149 7 7 246 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 620 153 4 620 153 4 162 97 3 162 97 3 134 5 134 5 16 188 61 5 16 188 61 5 932 443 68 5 TOTAL 854 854 275 275 288 288 277 277 1694 % 50,4 50,4 16,2 16,2 17,0 17,0 16,4 16,4 100,0 Tabela 7 – Frota pesqueira marinha do Estado da Paraíba, inscrita na Capitania dos Portos, por tipo de embarcação e comprimento. Insc. Capitania dos Portos Tipos de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha NI NI NI Sim NI Sim Lancha Total TOTAL <=4m 77 77 13 13 133 16 149 3 4 7 246 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 620 153 4 620 153 4 162 97 3 162 97 3 117 5 17 134 5 7 51 8 9 137 53 5 16 188 61 5 932 443 68 5 TOTAL 854 854 275 275 255 33 288 69 208 277 1694 % 50,4 50,4 16,2 16,2 15,1 1,9 17,0 4,1 12,3 16,4 100,0 Tabela 8 – Frota pesqueira marinha do Estado da Paraíba com Registro Geral da Pesca, por tipo de embarcação, comprimento e Órgão emissor. Tipos de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Órgão Emissor NI NI Seap Ibama Mapa NI Seap Sudepe Ibama Mapa NI Seap Sudepe Lancha Total TOTAL <=4m 77 77 13 13 11 5 127 2 4 149 2 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 620 153 4 620 153 4 162 96 3 1 162 97 3 9 114 5 6 134 4 1 1 11 4 7 246 16 932 5 5 35 4 99 37 13 188 443 13 3 34 6 5 61 68 4 1 5 5 TOTAL 854 854 274 1 275 20 5 246 7 10 288 50 8 152 49 18 277 1694 % 50,4 50,4 16,2 0,1 16,2 1,2 0,3 14,5 0,4 0,6 17,0 3,0 0,5 9,0 2,9 1,1 16,4 100,0 Tabela 9 – Frota pesqueira marinha do Estado da Paraíba com permissão de pesca, por espécie, tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Permissão de pesca NI Lagosta NI Lagosta Não possui Peixes diversos Camarão 7 barbas Lagosta NI Peixes diversos Lancha Total TOTAL <=4m 77 77 13 13 6 127 16 149 2 4 1 7 246 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 620 153 4 620 153 4 1 162 96 3 162 97 3 3 114 5 17 134 5 3 58 23 1 11 99 34 4 5 28 4 16 188 61 5 932 443 68 5 TOTAL 854 854 1 274 275 9 246 33 288 3 84 152 38 277 1694 % 50,4 50,4 0,1 16,2 16,2 0,5 14,5 1,9 17,0 0,2 5,0 9,0 2,2 16,4 100,0 Tabela 10 – Frota pesqueira marinha do Estado da Paraíba participante do programa de subvenção do óleo diesel, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Sub. do óleo diesel Bote a remo Bote a remo Total Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Lancha Total Não Não Não Não TOTAL <=4m 67 67 12 12 140 140 7 7 226 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 630 154 3 630 154 3 168 91 3 168 91 3 143 5 143 5 16 188 61 5 16 188 61 5 957 438 67 5 TOTAL 854 854 274 274 288 288 277 277 1693 % 50,4 50,4 16,2 16,2 17,0 17,0 16,4 16,4 100,0 Tabela 11 – Situação da frota pesqueira marinha do Estado da Paraíba, por ocasião do cadastramento, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a remo Ativa Não Sim Bote a remo Total Canoa Canoa Total Jangada Não Sim Não Sim Jangada Total Lancha Lancha Total TOTAL Não Sim <=4m 67 67 12 12 2 138 140 7 7 226 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 2 628 154 3 630 154 3 2 166 91 3 168 91 3 143 143 16 16 957 5 5 1 187 188 438 61 61 67 5 5 5 TOTAL 2 852 854 2 272 274 2 286 288 1 276 277 1693 % 0,1 50,3 50,4 0,1 16,1 16,2 0,1 16,9 17,0 0,1 16,3 16,4 100,0 Tabela 12 – Artes de pesca utilizadas pela frota pesqueira marinha do Estado da Paraíba, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Aparelhos de pesca Arrasto Caçoeira Espinhel Linha NI Outros Rede de espera Tarrafa Arrasto Caçoeira Curral Espinhel Linha NI Outros Rede de espera Tarrafa Arrasto Caçoeira Linha NI Outros Rede de espera Tarrafa Armadilha Arrasto Caçoeira Linha NI Outros Rede de espera Lancha Total TOTAL <=4m 1 5 30 39 2 77 1 9 2 1 13 1 57 3 18 57 13 149 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 3 1 4 8 2 7 2 2 304 73 290 71 3 6 1 620 153 4 9 2 4 4 1 2 2 1 2 28 11 74 45 46 29 2 162 97 3 1 2 46 3 37 48 1 1 134 5 1 2 3 1 1 7 246 1 4 11 16 932 4 50 27 10 37 60 188 443 32 7 1 13 7 61 68 4 1 5 5 TOTAL 5 4 10 12 4 407 403 9 854 9 6 5 4 3 40 128 79 1 275 1 1 105 6 56 106 13 288 1 4 89 38 14 52 79 277 1694 % 0,3 0,2 0,6 0,7 0,2 24,0 23,8 0,5 50,4 0,5 0,4 0,3 0,2 0,2 2,4 7,6 4,7 0,1 16,2 0,1 0,1 6,2 0,4 3,3 6,3 0,8 17,0 0,1 0,2 5,3 2,2 0,8 3,1 4,7 16,4 100,0 Tabela 13 – Sistemas de conservação do pescado utilizados a bordo da frota pesqueira marinha do Estado da Paraíba, por tipo de embarcação e comprimento. Sistemas de conservação Tipos de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Gelo NI Sem conser Gelo NI Sem conser Gelo NI Sem conser Gelo NI Sem conser Lancha Total TOTAL <=4m 1 3 73 77 4 2 7 13 47 102 149 7 7 246 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 66 31 1 11 3 543 119 3 620 153 4 57 16 39 20 66 61 3 162 97 3 64 1 70 4 134 5 16 185 61 5 1 2 16 188 61 5 932 443 68 5 TOTAL 99 17 738 854 77 61 137 275 111 1 176 288 274 1 2 277 1694 % 5,8 1,0 43,6 50,4 4,5 3,6 8,1 16,2 6,6 0,1 10,4 17,0 16,2 0,1 0,1 16,4 100,0 5.8. CADASTRAMENTO DAS EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS NO ESTADO DE PERNAMBUCO A pesca no Estado de Pernambuco é uma atividade econômica e socialmente importante, no que tange ao número de empregos diretos e indiretos gerados e à oferta de proteína nobre de origem animal. O estado possui um litoral de 187km de extensão, onde estão localizados 14 municípios costeiros e 33 comunidades pesqueiras (Figura 1), com áreas estuarinas presentes em quase toda a costa, que se estende desde o município de Goiana, ao norte, no limite com o Estado da Paraíba, até o município de São José da Coroa Grande, ao sul, no limite com o Estado de Alagoas. A costa de Pernambuco é caracterizada pela presença de mangues e recifes costeiros, ecossistemas altamente produtivos aos quais está associada grande parte das espécies capturadas. A produção de pescado é basicamente oriunda de embarcações de pequeno porte (8m a 12m de comprimento) e abaixo de 20 TAB (tonelagem de arqueação bruta). Essas embarcações possuem, em sua maioria, casco de madeira, propulsão a vela, remo e a motor, sistemas de conservação do pescado através de urnas ou caixas isotérmicas com gelo em escamas ou barras e realizam viagens de curta duração, com exceção dos barcos atuneiros que desembarcam no porto de Recife. De uma maneira geral, observa-se pouco avanço no desenvolvimento tecnológico dos equipamentos de pesca utilizados ao longo dos anos. Poucas embarcações dispõem de GPS, ecossonda e rádio, adquiridos a partir de 1998, através de financiamentos junto ao Banco do Nordeste e em outras instituições financeiras. A força de trabalho que se dedica à pesca é de aproximadamente 11.000 pescadores, operando uma frota de 2.489 unidades, que, na sua maioria são embarcações com propulsão a vela, observando-se uma predominância deste tipo de embarcação no litoral norte, enquanto que os barcos motorizados concentram-se em Recife e no litoral sul. Figura 1 – Municípios litorâneos do Estado de Pernambuco. A pesca é praticada com o emprego de vários tipos de aparelhos, além da utilização do método de coleta manual, para a “cata” dos mariscos, siris e caranguejos. Entre as espécies de maior contribuição na produção, destacam-se a manjuba, a sapuruna e o saramunete, representando juntas, 11,9% do pescado desembarcado em Pernambuco no ano de 2004 (IBAMA, 2005). Resultados do Cadastramento A frota do Estado de Pernambuco, conforme ser observa na Tabela 1, é constituída de 2.489 embarcações, sendo 1221 canoas, 682 jangadas, 584 lanchas e 2 lanchas industriais. Vale ressaltar que não foram cadastrados os atuneiros que desembarcam no porto de Recife, por não terem sido fornecidos os dados necessários, pela empresa proprietária dos mesmos. As embarcações artesanais constituem a maioria e representam 76,5% da frota pernambucana, destacando-se as canoas com 49,1% do total. As embarcações são movidas a remo, a vela ou a motor, correspondendo estas últimas a somente 24,4% da frota (Tabela 2). Observa-se ainda na Tabela 2, que cerca de 60,0% das embarcações pernambucanas medem até 6m de comprimento, estando 35,4% delas na faixa de 4m a 6m, tratando-se, portanto, de uma frota de pequena escala. Das 2489 embarcações existentes no Estado de Pernambuco, 2323 são construídas de madeira. As demais são confeccionadas de fibra de vidro (4,1%) e um pequeno número de alumínio (1 lancha) e de aço (3 lanchas) (Tabela 3). Dada a característica artesanal das embarcações pesqueiras marinhas pernambucanas e a pequena dimensão das mesmas, 91,4% da frota opera com até 4 tripulantes, conforme pode ser visto na Tabela 4, muito embora possam ser encontradas jangadas e canoas pescando com até 8 pescadores. A frota do Estado de Pernambuco pode ser considerada uma frota nova, uma vez que mais da metade (61,5%) foi construída a menos de 5 anos (Tabela 5). A grande ocorrência de embarcações movidas a vela, embarcações estas que, na maioria das vezes, tem vida útil pequena, é responsável pela necessidade de renovação permanente da frota. De acordo com a Tabela 6, excetuando algumas lanchas e a totalidade das lanchas industriais, as demais embarcações pesqueiras de Pernambuco têm tonelagem de arqueação bruta inferior a 10TAB, o que condiz com o comprimento médio das mesmas. Por ocasião do cadastramento, somente um reduzido número de proprietários de embarcações apresentou o título de inscrição na Capitania dos Portos, representando apenas 12,7% do total. As demais, ou não colaboraram com os cadastradores, omitindo a documentação necessária, ou realmente não possuem tal documento (Tabela 7). Um número ainda menor de embarcações (4,3%), segundo dados do cadastramento, dispõe de registro no Registro Geral da Pesca (RGP), conforme pode ser visto na Tabela 8. Entre aquelas que possuem a maioria (46,8%) não renovou seu registro na SEAP, uma vez que a documentação ainda está em nome do IBAMA. Seguindo o mesmo comportamento, pouquíssimas embarcações têm permissão de pesca (4,6%), destacando-se aquelas autorizadas a atuar na captura de peixes diversos que correspondem a 80,2% das permissionadas (Tabela 9). De acordo com os dados da Tabela 10, a frota pesqueira de Pernambuco não tem tido acesso ao programa de subvenção do óleo diesel, somente 2 das 607 embarcações motorizadas existentes no estado são beneficiadas com tal subsídio. Apesar da recomendação da SEAP de ser cadastrada toda a frota pesqueira, ativa e inativa, verifica-se na Tabela 11 que poucas embarcações desativadas foram cadastradas no estado. Acredita-se que tal fato deveu-se à dificuldade de se localizar o proprietário dessas embarcações para a obtenção dos dados necessários. As embarcações de Pernambuco têm sua atividade voltada principalmente à pesca de peixes, fato evidenciado na Tabela 12, onde se constata que 54,5% dessa frota utilizam a linha e a rede de espera como aparelhos de pesca principal. Também se destaca a categoria OUTRO com 19,4%, constituída principalmente pelas pescarias de lagosta com compressor e de peixes com covos. Também em decorrência da frota do Estado de Pernambuco ser eminentemente artesanal, com pequenas embarcações que realizam, na maioria das vezes, pescarias de ir e vir, o uso de gelo ou de qualquer outro sistema de conservação é pequeno nessa frota, excetuando as lanchas que em sua totalidade utilizam o gelo para conservação do pescado a bordo. Tabela 1 – Frota pesqueira marinha do Estado de Pernambuco, por município. Municípios Abreu e Lima Cabo Goiana Igarassu Ipojuca Itamaracá Itapissuma Jaboatão Olinda Paulista Recife Rio Formoso S. J. Coroa Grande Sirinhaém Tamandaré TOTAL % Canoa Jangada Lancha industrial Lancha TOTAL 51 457 34 58 356 2 72 23 65 95 1 3 4 1221 49,1 13 59 24 56 59 71 1 16 40 83 35 47 20 161 101 58 682 27,4 66 63 25 105 1 77 64 21 584 23,5 2 2 0,1 51 37 572 34 94 176 357 84 175 131 172 116 239 168 83 2489 100,0 % 2,0 1,5 23,0 1,4 3,8 7,1 14,3 3,4 7,0 5,3 6,9 4,7 9,6 6,7 3,3 100,0 Tabela 2 – Frota pesqueira marinha do Estado de Pernambuco, por tipo de embarcação, comprimento e propulsão. Tipos de embarcação Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Propulsão Motor NI Remo Vela Motor NI Vela Motor NI Lancha Total Lancha industrial Motor Lancha industrial Total TOTAL % <=4m 4--| 6m 3 9 192 19 223 5 30 341 376 19 19 6 13 396 149 564 6 19 262 287 30 1 31 618 24,8 882 35,4 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 1 17 207 8 194 7 419 15 1 2 16 19 229 300 12--| 18m TOTAL >18m 4 1 1 2 2 3 0,1 229 300 4 667 26,8 315 12,7 4 0,2 10 39 803 369 1221 12 51 619 682 583 1 584 2 2 2489 100,0 % 0,4 1,6 32,3 14,8 49,1 0,5 2,0 24,9 27,4 23,4 0,0 23,5 0,1 0,1 100,0 Tabela 3 - Frota pesqueira marinha do Estado de Pernambuco, por tipo de embarcação, comprimento e material do casco. Tipos de embarcação Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Material do casco Fibra de vidro Madeira Fibra de vidro Madeira NI Aço Alumínio Ferro cimento Fibra de vidro Madeira NI Lancha Total Lancha industrial Aço Lancha industrial Total TOTAL <=4m 4--| 6m 1 222 223 1 351 23 376 564 564 3 279 5 287 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 4 415 15 419 15 1 18 12--| 18m TOTAL >18m 19 1 1 7 9 3 19 10 19 1 31 1 31 183 14 229 618 882 667 1 43 244 11 300 315 1 3 4 4 1 1 2 2 3 5 1216 1221 5 648 29 682 1 1 2 92 459 29 584 2 2 2489 % 0,2 48,9 49,1 0,2 26,0 1,2 27,4 0,0 0,0 0,1 3,7 18,4 1,2 23,5 0,1 0,1 100,0 Tabela 4 - Total de tripulantes da frota pesqueira marinha do Estado de Pernambuco, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Lancha Total Lancha industrial Lancha industrial Total TOTAL Tripulação 1--| 2 2--| 4 4--| 8 1--| 2 2--| 4 4--| 8 1--| 2 2--| 4 4--| 8 <=4m 190 28 5 223 336 39 1 376 13 6 4--| 6m 436 112 16 564 236 44 7 287 8 23 19 31 618 882 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 285 3 68 4 66 8 419 15 9 6 4 19 25 13 191 197 13 90 229 300 12--| 18m 3 1 4 >8 667 315 TOTAL >18m 4 1 1 2 2 3 914 212 95 1221 581 89 12 682 59 420 105 584 2 2 2489 % 36,7 8,5 3,8 49,1 23,3 3,6 0,5 27,4 2,4 16,9 4,2 23,5 0,1 0,1 100,0 Tabela 5 – Idade da frota pesqueira marinha do Estado de Pernambuco, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Lancha Total Lancha industrial Lancha industrial Total TOTAL Idade da frota 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos <=4m 19 4--| 6m 234 90 100 116 24 564 137 59 45 45 1 287 10 6 3 6 6 31 618 882 181 6 18 17 1 223 236 77 32 29 2 376 10 3 3 3 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 188 11 85 1 54 66 2 26 1 419 15 7 6 4 2 19 65 23 62 46 33 229 62 31 90 66 51 300 667 315 12--| 18m TOTAL >18m 1 3 1 4 1 2 2 3 1--| 2 anos 4 614 182 172 201 52 1221 380 142 81 76 3 682 147 64 158 125 90 584 2 2 2489 % 24,7 7,3 6,9 8,1 2,1 49,1 15,3 5,7 3,3 3,1 0,1 27,4 5,9 2,6 6,3 5,0 3,6 23,5 0,1 0,1 100,0 Tabela 6 – Frota pesqueira marinha do Estado de Pernambuco, por tipo de embarcação, comprimento e tonelagem de arqueação bruta (TAB). Tipos de embarcação Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Lancha Total Lancha industrial Lancha industrial Total TOTAL TAB <= 10 <= 10 <= 10 10--| 20 <=4m 223 223 376 376 19 4--| 6m 564 564 287 287 31 19 31 618 882 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 419 15 419 15 19 19 216 269 13 31 229 300 12--| 18m 3 1 4 >50 667 315 TOTAL >18m 4 1 1 2 2 3 1221 1221 682 682 539 45 584 2 2 2489 % 49,1 49,1 27,4 27,4 21,7 1,8 23,5 0,1 0,1 100,0 Tabela 7 – Frota pesqueira marinha do Estado de Pernambuco inscrita na Capitania dos Portos, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Insc. Capitania dos Portos NI NI NI Sim Lancha Total Lancha industrial NI Lancha industrial Total TOTAL <=4m 223 223 376 376 18 1 19 4--| 6m 564 564 287 287 23 8 31 618 882 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 419 15 419 15 19 19 112 114 117 186 229 300 667 315 12--| 18m TOTAL >18m 1 3 4 4 1 1 2 2 3 1221 1221 682 682 268 316 584 2 2 2489 % 49,1 49,1 27,4 27,4 10,8 12,7 23,5 0,1 0,1 100,0 Tabela 8 – Frota pesqueira marinha do Estado de Pernambuco com Registro Geral da Pesca, por tipo de embarcação, comprimento e Órgão emissor. Órgão Emissor Tipos de embarcação Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha NI Ibama Mapa NI Seap Ibama Mapa NI Seap Sudepe Lancha Total Lancha industrial NI Lancha industrial Total TOTAL <=4m 375 1 376 1 4--| 6m 564 564 1 1 283 2 287 1 18 29 223 223 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 419 15 419 15 12--| 18m TOTAL >18m 19 1 19 35 10 237 6 12 300 4 1 31 19 14 5 191 8 11 229 4 618 882 667 315 4 1 2 2 3 1221 1221 1 1 677 3 682 51 15 480 14 24 584 2 2 2489 % 49,1 49,1 0,0 0,0 27,2 0,1 27,4 2,0 0,6 19,3 0,6 1,0 23,5 0,1 0,1 100,0 Tabela 9 – Frota pesqueira marinha do Estado de Pernambuco com permissão de pesca, por espécie, tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Permissão de pesca NI NI Peixes Diversos Camarão rosa Lagosta NI Peixes Diversos Lancha Total Lancha industrial NI Lancha industrial Total TOTAL <=4m 223 223 375 1 376 4--| 6m 564 564 282 5 287 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 419 15 419 15 19 12--| 18m TOTAL >18m 19 18 1 19 29 2 31 5 191 33 229 618 882 667 1 17 231 51 300 4 1 4 315 4 1 2 2 3 1221 1221 676 6 682 1 22 474 87 584 2 2 2489 % 49,1 49,1 27,2 0,2 27,4 0,0 0,9 19,0 3,5 23,5 0,1 0,1 100,0 Tabela 10 – Frota pesqueira marinha do Estado de Pernambuco participante do programa de subvenção do óleo diesel, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Subvenção óleo diesel Não Não Não Sim Lancha Total Lancha industrial Não Lancha industrial Total TOTAL <=4m 19 4--| 6m 564 564 287 287 30 1 31 618 882 223 223 376 376 19 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 419 15 419 15 19 19 228 300 1 229 300 667 315 12--| 18m TOTAL >18m 4 1 4 1 2 2 3 4 1221 1221 682 682 582 2 584 2 2 2489 % 49,1 49,1 27,4 27,4 23,4 0,1 23,5 0,1 0,1 100,0 Tabela 11 – Situação da frota pesqueira marinha do Estado de Pernambuco, por ocasião do cadastramento, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Ativa Não NI Sim Não NI Sim Não NI Sim Lancha Total Lancha industrial Sim Lancha industrial Total TOTAL <=4m 4--| 6m 1 20 202 223 5 18 353 376 2 17 19 8 24 532 564 5 9 273 287 4 1 26 31 618 882 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 5 414 419 1 12--| 18m TOTAL >18m 1 14 15 18 19 14 17 198 229 6 25 269 300 1 3 4 667 315 4 1 1 2 2 3 9 50 1162 1221 11 27 644 682 24 46 514 584 2 2 2489 % 0,4 2,0 46,7 49,1 0,4 1,1 25,9 27,4 1,0 1,8 20,7 23,5 0,1 0,1 100,0 Tabela 12 – Artes de pesca utilizadas pela frota pesqueira marinha do Estado de Pernambuco, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Lancha Total Lancha industrial Aparelhos de pesca Armadilha Arrasto Caçoeira Cerco Curral Linha NI Outro Rede de espera Tarrafa Armadilha Arrasto Caçoeira Cerco Linha NI Outro Rede de espera Tarrafa Armadilha Arrasto Caçoeira Cerco Espinhel Linha NI Outro Rede de espera Tarrafa Espinhel NI Lancha industrial Total TOTAL <=4m 4--| 6m 2 2 2 15 32 74 93 3 223 11 2 2 1 90 45 59 155 11 376 3 8 6 1 6 8 50 28 181 273 3 564 1 9 3 16 70 19 25 138 6 287 3 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 5 2 1 3 26 11 17 125 229 1 419 12--| 18m 3 1 8 2 15 1 1 6 5 1 19 44 12 109 4 2 55 31 5 38 1 1 3 2 1 8 4 1 9 1 9 1 19 49 6 40 1 2 57 34 4 36 31 229 300 4 618 882 667 315 4 6 4 TOTAL >18m 1 1 1 1 1 1 2 3 15 11 1 11 37 76 78 388 597 7 1221 12 12 6 17 166 64 85 302 18 682 100 19 153 7 5 127 74 10 88 1 584 1 1 2 2489 % 0,6 0,4 0,0 0,4 1,5 3,1 3,1 15,6 24,0 0,3 49,1 0,5 0,5 0,2 0,7 6,7 2,6 3,4 12,1 0,7 27,4 4,0 0,8 6,1 0,3 0,2 5,1 3,0 0,4 3,5 0,0 23,5 0,0 0,0 0,1 100,0 Tabela 13 – Sistemas de conservação do pescado utilizados a bordo da frota pesqueira marinha do Estado de Pernambuco, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Lancha Total Lancha industrial Sistemas de conservação Gelo NI Sem conserv. Gelo NI Sem conserv. Gelo NI <=4m 4--| 6m 90 Faixas de comprimento 6--| 8m 8--| 12m 42 5 12--| 18m 15 1 207 223 48 206 122 376 7 12 19 474 564 37 160 90 287 23 8 31 377 419 10 15 19 19 197 32 229 272 28 300 3 1 4 618 882 667 315 4 Gelo NI Lancha industrial Total TOTAL TOTAL >18m 1 1 1 1 2 3 152 1 1068 1221 85 366 231 682 503 81 584 1 1 2 2489 % 6,1 0,0 42,9 49,1 3,4 14,7 9,3 27,4 20,2 3,3 23,5 0,0 0,0 0,1 100,0 5.9. CADASTRAMENTO DAS EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS NO ESTADO DE ALAGOAS O litoral do Estado de Alagoas possui uma extensão de 230 Km, onde a pesca é praticada em 17 municípios, distribuídos no sentido norte-sul, e são encontradas 54 comunidades pesqueiras, com uma população correspondente a 1.146.722 habitantes. A pesca é predominantemente extrativa e artesanal e conta com uma frota de pequenas embarcações, sendo 79 botes a vela, 10 botes motorizados, 1.238 canoas, 669 jangadas e 242 barcos motorizados (lanchas), que totalizam 2.238 embarcações de comprimento variando entre 4m e 12m. Vale ressaltar que se registrou um decréscimo de 57 embarcações no ano de 2005 (resultado do cadastramento) quando comparado a 2004 (IBAMA, 2005). No ano de 2004 a produção de pescado desembarcada no litoral de Alagoas foi equivalente a 8.687 toneladas, correspondendo a um faturamento de R$ 34.480.513,32 (IBAMA, op. cit.). Os recursos pesqueiros de maior importância para o estado são o peixe, o camarão e o sururu. Os principais pontos de desembarque são: Maceió, Pontal do Peba (Município de Piaçabuçu ), Piaçabuçu, Maragogi, Roteiro e Coruripe, conforme mostra a Figura 1. Figura 1 – Principais pontos de desembarque de pescado do Estado de Alagoas LEGENDA: Piaçabuçu Coruripe Roteiro Maceió Passo de Camaragibe Os principais petrechos de pesca utilizados nas pescarias realizadas na costa alagoana são: arrasto duplo para camarão, responsável pela produção de 3.052,8 toneladas de camarões, o correspondente a 35,1% da produção de pescado desembarcada no estado em 2004; rede caceia, responsável pela captura de 22,5% da produção total de pescado, linha de mão e rede de cerco, que geraram em 2004, respectivamente, 10,0% e 8,3% das 8.687,0 toneladas de pescado marinho produzidas em Alagoas. Resultados do cadastramento Conforme a Tabela 1, a frota pesqueira alagoana é constituída de 2.238 embarcações, sendo 1.238 canoas, que correspondem a 55,3% da frota, 669 jangadas o equivalente a 29,9%, 242 lanchas (10,81%), 79 botes a vela (3,5%) e 10 botes motorizados, que representam somente 0,5% das embarcações pesqueiras do estado. Maceió, com 405 embarcações (18,1%), Jequiá da Praia e Roteiro, ambos com uma frota de 306 embarcações (13,7%) cada, Maragogi com 210 (9,4%) e Marechal Deodoro com 179 embarcações (8,0%) são os municípios de maior concentração de embarcações (Tabela 1). Segundo os dados da Tabela 2, apenas, 21,6% das embarcações pesqueiras marinhas do Estado de Alagoas são motorizadas, o que significa que a frota é essencialmente artesanal, ou seja, movida a remo e a vela. Apesar do caráter artesanal da mesma, cerca de 33,0% das embarcações têm comprimento que varia entre 6m e 8m, muito embora 41,1% das embarcações meçam de 4m a 6m. As embarcações pesqueiras de Alagoas são tradicionalmente confeccionadas em madeira, representando estas 98,0% da frota. Observa-se na Tabela 3 que apenas um reduzido número de embarcações tem casco de fibra de vidro (1,4%) ou de aço (0,2%). A frota pesqueira de Alagoas atua, em especial, com 1 a 2 tripulantes (86,4%). Vale ressaltar que, conforme a Tabela 4, apenas 0,4% das embarcações operam com uma tripulação constituída por mais de 4 pescadores. No que diz respeito à idade da frota, considerando os dados da Tabela 5 pode-se afirmar que a frota do Estado de Alagoas é uma frota nova, uma vez que somente cerca de 30,0% das embarcações foram construídas há mais de 10 anos. Nessa faixa destacam-se as canoas, onde 41,4% das mesmas têm idade superior a 10 anos. Excetuando 3 lanchas que têm capacidade entre 10TAB e 20TAB, as demais embarcações de Alagoas apresentam tonelagem de arqueação bruta menor ou igual a 10 toneladas, o que condiz com o comprimento médio da frota alagoana (Tabela 6). Apenas 21,4% das embarcações cadastradas são inscritas na Capitania do Portos, isto é, apresentaram o título de inscrição na Capitania, por ocasião do cadastramento (Tabela 7). Assim, cerca de 79% da frota do Estado de Alagoas ou não possui tal documento, ou não colaborou com os cadastradores, apresentando a documentação necessária da embarcação. Observe-se, contudo, que o maior contingente da frota alagoana, por se tratar de jangadas e canoas, é dispensado de tal inscrição. Como 91,6% das embarcações ou não possuem ou não informaram os dados correspondentes ao Registro Geral da Pesca, a análise de tal tópico fica prejudicada. Entretanto convém destacar que a categoria lancha, num total de 242 embarcações, 215 não informaram (Tabela 8), isto certamente deveu-se à dificuldade de obtenção desses dados. Quanto aos dados sobre permissão de pesca, as dificuldades também foram sentidas na obtenção dos mesmos, considerando que somente 5,9% das embarcações informaram dispor de tal permissão. Entre as 133 embarcações que apresentaram a permissão de pesca, 8 são lagosteiras, 8 atuam na pesca do camarão e as demais ou são permissionadas para a captura de peixes diversos ou para a pesca de outras espécies (Tabela 9). No que diz respeito à participação das embarcações no programa de subvenção do óleo diesel, de acordo com a Tabela 10, nenhuma embarcação em Alagoas recebe o benefício, uma vez que o programa ainda não foi implantado no estado. Com relação à situação da frota de Alagoas, pode-se afirmar que o índice de atividade é muito elevado, correspondendo a 99,7% das embarcações, tendo sido cadastradas apenas 6 embarcações que se encontravam desativadas. No Estado de Alagoas, conforme se observa na Tabela 12, as redes de espera constituem o aparelho de pesca principal de 32,8% das embarcações, seguidas das tarrafas com 22,1%. No entanto vale salientar a importância da categoria OUTROS, onde estão inseridos os arrastos simples e duplos. Em função da grande diversidade de aparelhos de pesca utilizados pela frota alagoana, o uso dos OUTROS aparelhos corresponde a 22,0% das embarcações. De acordo com os dados da Tabela 13, um considerável numero de embarcações não informou o sistema de conservação do pescado a bordo, no entanto, é significativo o total que utiliza gelo (36,4%). Tabela 1 – Frota pesqueira marinha do Estado de Alagoas, por município. Município Barra de São Miguel Barra de Santo Antonio Coqueiro Seco Coruripe Japaratinga Jequiá da Praia Maceió Maragogi Marechal Deodoro Paripueira Passo de Camaragibe Piaçabuçu Pilar Porto de Pedras Roteiro S. Miguel dos Milagres Sta. Luzia do Norte TOTAL % Bote a vela Tipos de embarcação Bote motorizado Canoa 1 45 41 18 8 260 264 Jangada TOTAL Lancha 1 58 5 23 21 30 34 105 161 14 7 12 28 49 31 116 2 28 36 7 39 8 179 2 2 15 68 9 299 78 79 3,5 10 0,4 38 1238 55,3 669 29,9 71 1 24 242 10,8 52 81 41 53 37 306 405 210 179 41 118 166 96 46 306 63 38 2238 100,0 % 2,3 3,6 1,8 2,4 1,7 13,7 18,1 9,4 8,0 1,8 5,3 7,4 4,3 2,1 13,7 2,8 1,7 100,0 Tabela 2 – Frota pesqueira marinha do Estado de Alagoas, por tipo de embarcação, comprimento e propulsão. Tipos de embarcação Bote a vela Propulsão NI Vela Bote a vela Total Bote motorizado Motor Bote motorizado Total Canoa Motor NI Remo Vela Canoa Total Jangada Motor NI Vela Jangada Total Lancha Motor Lancha Total TOTAL % <=4m 1 1 1 1 25 3 1 99 128 10 4 201 215 5 5 350 15,6 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 2 11 64 1 11 66 1 9 9 8 62 10 1 34 11 503 461 20 545 535 30 30 51 37 4 1 1 318 9 3 352 61 41 3 74 158 2 3 74 158 2 920 736 230 2 41,1 32,9 10,3 0,1 TOTAL 2 77 79 10 10 105 4 46 1083 1238 128 10 531 669 242 242 2238 100,0 % 0,1 3,4 3,5 0,4 0,4 4,7 0,2 2,1 48,4 55,3 5,7 0,4 23,7 29,9 10,8 10,8 100,0 Tabela 3 - Frota pesqueira marinha do Estado de Alagoas, por tipo de embarcação, comprimento e material do casco. Tipos de embarcação Bote a vela Madeira NI Bote a vela Total Bote motorizado Jangada Total Lancha <=4m 1 1 Ferro Fibra de vidro Madeira Bote motorizado Total Canoa Canoa Total Jangada Material do casco Madeira NI Fibra de vidro Madeira NI Ferro Fibra de vidro Madeira NI Lancha Total TOTAL 1 1 128 128 3 210 2 215 5 5 350 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 11 65 1 1 11 66 1 3 3 3 9 544 535 30 1 545 535 30 2 5 10 348 56 31 2 352 61 41 2 7 1 3 63 156 2 2 1 3 74 158 2 920 736 230 2 TOTAL 78 1 79 3 3 4 10 1237 1 1238 20 645 4 669 2 8 229 3 242 2238 % 3,5 0,0 3,5 0,1 0,1 0,2 0,5 55,3 0,0 55,3 0,9 28,8 0,2 29,9 0,1 0,4 10,2 0,1 10,8 100,0 Tabela 4 - Total de tripulantes da frota pesqueira marinha do Estado de Alagoas, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a vela Tripulação 1--| 2 2--| 4 Bote a vela Total Bote motorizado Bote motorizado Total Canoa Canoa Total Jangada 1--| 2 4--| 8 1--| 2 2--| 4 4--| 8 1--| 2 2--| 4 Jangada Total Lancha 1--| 2 2--| 4 4--| 8 Lancha Total TOTAL <=4m 1 1 1 1 126 2 128 200 15 215 2 3 5 350 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 11 64 1 2 11 66 1 5 4 9 530 527 29 15 5 1 3 545 535 30 301 44 15 51 17 26 352 61 41 3 33 40 40 115 2 1 3 3 74 158 2 920 736 230 2 TOTAL 77 2 79 6 4 10 1212 23 3 1238 560 109 669 78 160 4 242 2238 % 3,4 0,1 3,5 0,3 0,2 0,5 54,2 1,0 0,1 55,3 25,0 4,9 29,9 3,5 7,2 0,2 10,8 100,0 Tabela 5 – Idade da frota pesqueira marinha do Estado de Alagoas, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a vela Idade da frota 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI Bote a vela Total Bote motorizado Bote motorizado Total Canoa Canoa Total Jangada 2--| 5 anos 10--| 20 anos 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI Jangada Total Lancha 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI Lancha Total TOTAL <=4m 1 1 1 1 39 23 11 22 11 22 128 81 51 21 15 47 215 1 2 2 5 350 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 15 1 9 29 8 2 8 4 2 11 66 1 5 4 9 122 90 2 115 70 3 62 50 2 160 151 18 49 101 37 73 5 545 535 30 144 9 6 89 17 5 53 25 9 18 4 4 2 7 48 4 10 352 61 41 10 16 1 16 21 1 23 35 4 33 1 12 28 2 9 25 3 74 158 2 920 736 230 2 TOTAL 17 38 8 10 4 2 79 6 4 10 253 211 125 351 161 137 1238 240 162 108 41 9 109 669 27 37 60 40 40 38 242 2238 % 0,8 1,7 0,4 0,5 0,2 0,1 3,5 0,3 0,2 0,5 11,3 9,4 5,6 15,7 7,2 6,1 55,3 10,7 7,2 4,8 1,8 0,4 4,9 29,9 1,2 1,7 2,7 1,8 1,8 1,7 10,8 100,0 Tabela 6 – Frota pesqueira marinha do Estado de Alagoas, por tipo de embarcação, comprimento e tonelagem de arqueação bruta (TAB). Tipos de embarcação Bote a vela Bote a vela Total Bote motorizado Bote motorizado Total Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Lancha Total TOTAL TAB <= 10 <= 10 <= 10 <= 10 <= 10 10--| 20 <=4m 1 1 1 1 128 128 215 215 4 1 5 350 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 11 66 1 11 66 1 9 9 545 535 30 545 535 30 352 61 41 352 61 41 3 74 156 2 2 3 74 158 2 920 736 230 2 TOTAL 79 79 10 10 1238 1238 669 669 239 3 242 2238 % 3,5 3,5 0,4 0,4 55,3 55,3 29,9 29,9 10,7 0,1 10,8 100,0 Tabela 7 – Frota pesqueira marinha do Estado de Alagoas inscrita na Capitania dos Portos, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a vela Bote a vela Total Bote motorizado Insc. Capitania dos Portos NI NI Sim Bote motorizado Total Canoa NI Sim Canoa Total Jangada NI Sim Jangada Total Lancha NI Sim Lancha Total TOTAL <=4m 1 1 1 1 105 23 128 212 3 215 3 2 5 350 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 11 66 1 11 66 1 8 1 9 342 484 25 203 51 5 545 535 30 342 39 15 10 22 26 352 61 41 2 45 53 2 1 29 105 3 74 158 2 920 736 230 2 TOTAL 79 79 9 1 10 956 282 1238 608 61 669 105 137 242 2238 % 3,5 3,5 0,4 0,0 0,4 42,7 12,6 55,3 27,2 2,7 29,9 4,7 6,1 10,8 100,0 Tabela 8 – Frota pesqueira marinha do Estado de Alagoas com Registro Geral da Pesca, por tipo de embarcação, comprimento e Órgão emissor. Órgão Emissor Tipos de embarcação Bote a vela Bote a vela Total Bote motorizado Bote motorizado Total Canoa Canoa Total Jangada NI Seap NI Ibama Mapa Seap Sudepe NI Ibama Mapa Seap Sudepe NI Jangada Total Lancha Ibama Mapa Seap NI Lancha Total TOTAL <=4m 1 1 1 1 1 127 128 1 1 213 215 5 5 350 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 11 66 1 11 66 1 1 8 9 34 48 2 3 5 3 10 1 7 2 498 470 27 545 535 30 2 6 2 1 1 12 3 1 2 335 52 37 352 61 41 4 5 2 6 6 4 3 62 143 2 3 74 158 2 920 736 230 2 TOTAL 79 79 1 9 10 84 8 14 10 1122 1238 10 2 17 3 637 669 9 8 10 215 242 2238 % 3,5 3,5 0,0 0,4 0,4 3,8 0,4 0,6 0,4 50,1 55,3 0,4 0,1 0,8 0,1 28,5 29,9 0,4 0,4 0,4 9,6 10,8 100,0 Tabela 9 – Frota pesqueira marinha do Estado de Alagoas com permissão de pesca, por espécie, tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a vela Bote a vela Total Bote motorizado Permissão de pesca NI NI Peixes diversos Bote motorizado Total Canoa Camarão rosa NI Outros Peixes diversos Canoa Total Jangada Camarão rosa NI Peixes diversos Jangada Total Lancha Camarão rosa Lagosta NI Peixes diversos Lancha Total TOTAL <=4m 1 1 1 1 1 127 128 213 2 215 5 5 350 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 11 66 1 11 66 1 8 1 9 14 5 1 510 508 26 6 2 1 15 20 2 545 535 30 4 334 51 34 18 10 3 352 61 41 1 3 3 5 3 62 142 2 8 8 3 74 158 2 920 736 230 2 TOTAL 79 79 9 1 10 21 1171 9 37 1238 4 632 33 669 4 8 214 16 242 2238 % 3,5 3,5 0,4 0,0 0,4 0,9 52,3 0,4 1,7 55,3 0,2 28,2 1,5 29,9 0,2 0,4 9,6 0,7 10,8 100,0 Tabela 10 – Frota pesqueira marinha do Estado de Alagoas participante do programa de subvenção do óleo diesel, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a vela Bote a vela Total Bote motorizado Bote motorizado Total Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Lancha Total TOTAL Sub. do óleo diesel Não Não Não Não Não <=4m 1 1 1 1 128 128 215 215 5 5 350 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 11 66 1 11 66 1 9 9 545 535 30 545 535 30 352 61 41 352 61 41 3 74 158 2 3 74 158 2 920 736 230 2 TOTAL 79 79 10 10 1238 1238 669 669 242 242 2238 % 3,53 3,53 0,45 0,45 55,32 55,32 29,89 29,89 10,81 10,81 100,00 Tabela 11 – Situação da frota pesqueira marinha do Estado de Alagoas, por ocasião do cadastramento, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a vela Bote a vela Total Bote motorizado Bote motorizado Total Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Ativa Sim Sim Sim Não Sim Não Sim Lancha Total TOTAL <=4m 1 1 1 1 128 128 215 215 5 5 350 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 11 66 1 11 66 1 9 9 545 535 30 545 535 30 1 351 61 41 352 61 41 2 3 3 72 155 2 3 74 158 2 920 736 230 2 TOTAL 79 79 10 10 1238 1238 1 668 669 5 237 242 2238 % 3,5 3,5 0,4 0,4 55,3 55,3 0,0 29,8 29,9 0,2 10,6 10,8 100,0 Tabela 12 – Artes de pesca utilizadas pela frota pesqueira marinha do Estado de Alagoas, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a vela Bote a vela Total Bote motorizado Aparelhos de pesca Caçoeira Espinhel NI Outras Rede de espera <=4m 1 1 Linha Rede de espera Tarrafa Bote motorizado Total Canoa Armadilha Arrasto Caçoeira Cerco Espinhel Linha NI Outras Rede de espera Tarrafa Canoa Total Jangada Armadilha Caçoeira Cerco Curral Espinhel Linha NI Outras Rede de espera Tarrafa Jangada Total Lancha Caçoeira Cerco Espinhel Linha NI Outras Rede de espera Tarrafa Lancha Total TOTAL 1 1 7 1 1 4 20 36 59 128 9 4 19 4 41 1 36 94 7 215 1 4 5 350 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 8 44 1 3 1 8 2 9 2 11 66 1 2 4 3 9 1 5 13 7 5 3 1 7 21 3 1 1 1 2 3 4 151 100 2 114 234 18 251 160 2 545 535 30 1 31 3 1 4 8 13 1 5 89 16 5 3 2 1 33 6 20 160 33 9 10 352 61 41 12 38 1 2 22 16 2 2 20 87 2 3 17 12 1 3 74 158 2 920 736 230 2 TOTAL 54 3 9 11 2 79 2 4 4 10 6 32 4 32 2 4 11 273 402 472 1238 1 44 8 27 23 151 7 95 296 17 669 50 1 2 38 5 113 32 1 242 2238 % 2,4 0,1 0,4 0,5 0,1 3,5 0,1 0,2 0,2 0,4 0,3 1,4 0,2 1,4 0,1 0,2 0,5 12,2 18,0 21,1 55,3 0,0 2,0 0,4 1,2 1,0 6,7 0,3 4,2 13,2 0,8 29,9 2,2 0,0 0,1 1,7 0,2 5,0 1,4 0,0 10,8 100,0 Tabela 13 – Sistemas de conservação do pescado utilizados a bordo da frota pesqueira marinha do Estado de Alagoas, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a vela Bote a vela Total Bote motorizado Gelo NI Bote motorizado Total Canoa Canoa Total Jangada Jangada Total Lancha Sistemas de conservação Gelo NI Sem Conserv. Gelo NI Sem Conserv. Gelo NI Gelo NI Lancha Total TOTAL <=4m 1 1 1 1 8 24 96 128 13 66 136 215 5 5 350 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 10 52 1 14 1 11 66 1 6 3 9 104 21 179 49 13 262 465 17 545 535 30 23 131 28 28 198 33 13 352 61 41 2 69 150 2 1 5 8 3 74 158 2 920 736 230 2 TOTAL 62 17 79 6 4 10 133 265 840 1238 36 253 380 669 228 14 242 2238 % 2,8 0,8 3,5 0,3 0,2 0,4 5,9 11,8 37,5 55,3 1,6 11,3 17,0 29,9 10,2 0,6 10,8 100,0 5.10. CADASTRAMENTO DAS EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS NO ESTADO DE SERGIPE O Estado Sergipe possui 163 Km de costa, representando apenas 1,77% de todo o litoral brasileiro,onde estão inseridas seis bacias hidrográficas, formadas pelos estuários do rios São Francisco, Japaratuba, Sergipe, Vaza Barris, Piauí e Real, criando grandes complexos estuarinos e dando ao estado uma característica singular no litoral brasileiro. Em função do grande volume de água doce e de sedimentos aportados, principalmente pelo Rio São Francisco, o litoral de Sergipe não apresenta afloramento de arrecifes de corais, conferindo-lhe uma característica própria na topografia, granulometria de suas areias e na sua formação. Além dessas características litorâneas, o estado apresenta estuários com florestas de mangues em bom estado de preservação, garantindo a sobrevivência de inúmeras espécies de organismos aquáticos que têm uma de suas fases de vida nesse ambiente. Dos 75 municípios de Sergipe, 7 estão situados na região litorânea (Brejo Grande, Pacatuba, Pirambu, Barra dos Coqueiros, Aracaju, Itaporanga d’Ajuda e Estância) e 8 na região estuarina (Ilha da Flores, Santo amaro das Brotas, Maruim, Nossa Senhora do Socorro, Laranjeiras, São Cristóvão, Santa Luzia do Itanhy, e Indiaroba), onde de acordo com o censo de 2000 do IBGE habitam 974.550 pessoas, representando 54,61 % de toda a população estadual (Figura 1). A produção de pescado no litoral de Sergipe é eminentemente artesanal, oriunda de embarcações de pequeno porte com propulsão a remo e/ou vela e a motor. São encontrados na região os seguintes tipos de embarcação: lanchas, canoas motorizadas e canoas a remo e a vela. Os municípios de Pirambu (35,6%), Aracaju (33,1%), Santa Luzia do Itanhy (6,3%) e Indiaroba(6,5%) juntos representam 81,5% de toda a produção de pescado desembarcada no Estado de Sergipe, no ano de 2004 (IBAMA, 2005). Os municípios de Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy e Brejo Grande se apresentam com os principais pontos de desembarque de pescado oriundos das áreas estuarinas Figura 1 – Principais locais de desembarque da pesca extrativa marinha e estuarina do Estado de Sergipe. A pesca do camarão é a atividade pesqueira de maior significado econômico no estado, contribuindo nos últimos cinco anos com aproximadamente 58,5% da produção de pescado desembarcada. As lanchas sergipanas que operam na captura de camarões e peixes diversos atuam basicamente no litoral de Sergipe, entre as barras do Rio São Francisco e a do Rio Real, na divisa com o Estado da Bahia. Estima-se que 3.875,4 toneladas de pescado foram desembarcadas nos 15 municípios objeto do cadastramento, de acordo com os dados do Projeto ESTATPESCA, no ano de 2004. Resultados do Cadastramento De acordo com a Tabela 1, a frota do Estado de Sergipe é constituída de 2925 embarcações, sendo 2561 canoas a vela e/ou remo, representando 85,6% do total; 320 canoas motorizadas, correspondendo a 10,9 % da frota e 44 lanchas, que representam 1,5% das embarcações do estado. Também na Tabela 1 se observa a ocorrência de lanchas apenas nos municípios de Pirambu, Aracaju e Santa Luzia do Itanhy, em função da existência da pesca do camarão nesses municípios. A maioria das canoas com propulsão a vela e/ou a remo se concentra no município de Brejo Grande, correspondendo a 19,1% desse tipo de embarcação. Com relação às canoas motorizadas o município de São Cristóvão tem maior participação com 50 embarcações, representando 18,4% do total dessa frota. No município de Pirambu se observa um maior numero de lanchas, com 25 embarcações, correspondendo a 56,8% do total desse tipo de embarcação no estado. Conforme se observa na Tabela 2, 64,6% das embarcações do Estado de Sergipe são movidas a vela, seguidas das embarcações a remo que representam 23,0% da frota. As embarcações motorizadas correspondem a apenas 12,4% das embarcações pesqueiras do estado, podendo-se concluir que a frota pesqueira marinha do Estado de Sergipe é eminentemente artesanal, uma vez que 84,6% das embarcações são movidas a remo e a vela. De acordo ainda com a Tabela 2 96,1% da frota sergipana medem até 8m de comprimento, estando a maioria (54,9%) entre 6m e 8m, o que a caracteriza como uma frota de pequeno porte, muito embora 72,7% das lanchas motorizadas apresentem comprimento entre 8m e 12m. No que diz respeito à constituição da frota quanto ao material do casco, observa-se na Tabela 3 que 100,0% das embarcações do Estado de Sergipe possuem casco de madeira. A grande maioria da frota pesqueira de Sergipe, isto é, 88,1% pela sua própria característica artesanal, opera com 1 a 4 tripulantes. Ressalte-se que, independente do tipo de embarcação, as operações de pescas são realizadas principalmente com 2 a 4 tripulantes (Tabela 4). Observa-se na Tabela 5, que a frota do Estado de Sergipe é constituída, principalmente, de embarcações numa faixa etária de 1 a 5 anos, correspondendo a 54,7% do total das embarcações, sendo que 30,4% de todas as canoas estão com idade entre 1 e 2 anos, podendo-se inferir que a frota de canoas no estado de Sergipe, por ter um baixo período de utilização, é considerada nova. Já com relação às lanchas constata-se também na Tabela 5 que 70,5% delas estão numa faixa etária de 5 a 20 anos, ressaltando-se que 36,4% têm idade superior a 10 anos. No que diz respeito à constituição da frota de acordo com a tonelagem de arqueação bruta (TAB), verifica-se na Tabela 6, que 100% das embarcações de Sergipe apresentam valores inferiores a 10TAB, até mesmo as embarcações motorizadas. Quanto à inscrição das embarcações na Capitania dos Portos, conforme é apresentado na Tabela 6, nenhuma canoa é inscrita nessa Unidade ou não apresentou a documentação por ocasião do cadastramento, enquanto que a totalidade das lanchas possui tal documento. Na Tabela 7 observa-se que nenhuma canoa a vela e/ou a remo, bem como as canoas motorizadas do Estado de Sergipe estão registradas no Registro Geral da Pesca, enquanto que 70,5% das lanchas apresentaram seus registros durante o cadastramento, estando 38,6% cadastradas no Ibama; 27,3% no Mapa e 4,5% na Seap. Somente cerca de 70% das lanchas motorizadas dispõem de permissão de pesca no estado, as quais estão permissionadas para a captura de camarão 7 barbas, camarão rosa e de peixes diversos, destacando-se aquelas com permissão para atuar na pesca do camarão rosa, que correspondem a 63,6% do total (Tabela 8). Verifica-se na Tabela 9 que é pequena a frota contemplada com o subsídio do óleo diesel no estado, é formada unicamente pelas lanchas que operam na captura de camarões e peixes na costa de Sergipe, onde 12 embarcações, ou seja, 27,3% do total das embarcações motorizadas recebem tal benefício. Das embarcações cadastradas, 99,5% se encontravam em atividade por ocasião do cadastramento, em especial a frota de lanchas motorizadas cujo índice de atividade foi de 100,0%. Uma única canoa motorizada e 12 das 2549 das canoas a vela estavam desativadas quando foram cadastradas (Tabela 9). Com relação às artes de pesca utilizadas pela frota pesqueira do Estado de Sergipe, destaca-se a rede de espera, observada como aparelho de pesca principal de 58,4% da frota, enquanto que a rede de arrasto é a mais utilizada por aproximadamente 93,2% das lanchas (Tabela 10). O Município de Ilha das Flores se apresenta como o que mais utiliza rede de espera, constituindo-se o aparelho de pesca principal de cerca de 97,0% de suas frotas.Tal fato se deve à intensa pesca da palombeta que ocorre durante todo o ano no Rio São Francisco. Tendo em vista o fato de que as pescarias realizadas pelas canoas são de maré, ou seja, as embarcações vão e voltam no mesmo dia, não necessitando de gelo para conservar o pescado, bem como a inexistência de unidades produtoras de gelo na maioria das localidades pesqueiras, 77,0% das embarcações de Sergipe não utilizam qualquer processo na conservação do pescado, enquanto todas as lanchas utilizam gelo. Tabela 1 – Frota pesqueira marinha do Estado de Sergipe, por município. Município Aracaju Barra dos Coqueiros Brejo Grande Estância Ilha das Flores Indiaroba Itaporanga D´Ajuda Laranjeiras Maruim N. S. do Socorro Pacatuba Pirambu São Cristóvão Sta. Luzia do Itanhy Sto. Amaro das Brotas TOTAL % Canoa Tipos de embarcação Canoa motorizada 253 77 38 29 481 9 117 29 255 12 271 11 72 149 15 60 20 148 40 155 12 170 3 162 59 198 3 32 1 2561 320 87,6 10,9 TOTAL Lancha 16 25 3 44 1,5 346 67 490 146 267 282 72 164 80 188 167 198 221 204 33 2925 100,0 % 11,8 2,3 16,8 5,0 9,1 9,6 2,5 5,6 2,7 6,4 5,7 6,8 7,6 7,0 1,1 100,0 Tabela 2 – Frota pesqueira marinha do Estado de Sergipe, por tipo de embarcação, comprimento e propulsão. Tipos de embarcação Canoa Propulsão Remo Vela Canoa Total Canoa motorizada Motor Canoa motorizada Total Lancha Motor <=4m 32 71 103 3 3 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 338 293 9 729 1050 39 1067 1343 48 45 242 30 45 242 30 9 32 3 Lancha Total TOTAL % 106 3,6 1112 38,0 9 1594 54,5 32 110 3,8 3 3 0,1 TOTAL % 672 1889 2561 320 320 44 23,0 64,6 87,6 10,9 10,9 1,5 44 2925 100,0 1,5 100,0 Tabela 3 - Frota pesqueira marinha do Estado de Sergipe, por tipo de embarcação, comprimento e material do casco. Tipos de embarcação Material do casco Canoa Madeira Canoa Total Canoa motorizada Madeira Canoa motorizada Total Lancha Madeira Lancha Total TOTAL <=4m 103 103 3 3 106 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1067 1343 48 1067 1343 48 45 242 30 45 242 30 9 32 3 9 32 3 1112 1594 110 3 TOTAL 2561 2561 320 320 44 44 2925 % 87,6 87,6 10,9 10,9 1,5 1,5 100,0 Tabela 4 - Total de tripulantes da frota pesqueira marinha do Estado de Sergipe, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa Tripulação 1--| 2 2--| 4 4--| 8 >8 Canoa Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total Lancha 1--| 2 2--| 4 4--| 8 >8 <=4m 39 61 3 103 1 1 3 2--| 4 4--| 8 Lancha Total TOTAL 106 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 286 314 5 671 926 30 106 91 8 4 12 5 1067 1343 48 6 41 2 36 161 12 3 35 13 5 3 45 242 30 9 25 3 7 9 32 3 1112 1594 110 3 TOTAL 644 1688 208 21 2561 50 211 51 8 320 37 7 44 2925 % 22,0 57,7 7,1 0,7 87,6 1,7 7,2 1,7 0,3 10,9 1,3 0,2 1,5 100,0 Tabela 5 – Idade da frota pesqueira marinha do Estado de Sergipe, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa Idade da frota 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI Canoa Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total Lancha 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI <=4m 26 19 33 7 18 103 1 1 1 3 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos Lancha Total TOTAL 106 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 344 443 7 287 312 6 222 267 9 113 178 9 52 68 13 49 75 4 1067 1343 48 14 53 4 13 70 11 59 8 3 40 13 3 12 3 1 8 2 45 242 30 1 2 1 5 9 1 4 11 1 9 9 32 3 1112 1594 110 3 TOTAL 820 624 531 307 133 146 2561 71 84 79 56 18 12 320 1 3 15 16 9 44 2925 % 28,0 21,3 18,2 10,5 4,5 5,0 87,6 2,4 2,9 2,7 1,9 0,6 0,4 10,9 0,0 0,1 0,5 0,5 0,3 1,5 100,0 Tabela 6 – Frota pesqueira marinha do Estado de Sergipe, por tipo de embarcação, comprimento e tonelagem de arqueação bruta (TAB). Tipos de embarcação TAB Canoa Canoa Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total Lancha Lancha Total TOTAL <= 10 <= 10 <=4m 103 103 3 3 <= 10 106 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1067 1343 48 1067 1343 48 45 242 30 45 242 30 9 32 3 9 32 3 1112 1594 110 3 TOTAL 2561 2561 320 320 44 44 2925 % 87,6 87,6 10,9 10,9 1,5 1,5 100,0 Tabela 7 – Frota pesqueira marinha do Estado de Sergipe inscrita na Capitania dos Portos, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Insc. Capitania dos Portos Não Canoa Canoa Total Canoa motorizada Não Canoa motorizada Total Lancha Sim Lancha Total TOTAL <=4m 103 103 3 3 106 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1067 1343 48 1067 1343 48 45 242 30 45 242 30 9 32 3 9 32 3 1112 1594 110 3 TOTAL 2561 2561 320 320 44 44 2925 % 87,6 87,6 10,9 10,9 1,5 1,5 100,0 Tabela 8 – Frota pesqueira marinha do Estado de Sergipe com Registro Geral da Pesca, por tipo de de embarcação, comprimento e Órgão emissor. Tipos de embarcação Órgão Emissor Não possui Canoa Canoa Total Canoa motorizada Não possui Canoa motorizada Total Lancha Ibama Mapa Não possui Seap Lancha Total TOTAL <=4m 103 103 3 3 106 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1067 1343 48 1067 1343 48 45 242 30 45 242 30 4 13 9 3 4 9 1 1 9 32 3 1112 1594 110 3 TOTAL 2561 2561 320 320 17 12 13 2 44 2925 % 87,6 87,6 10,9 10,9 0,6 0,4 0,4 0,1 1,5 100,0 Tabela 9 – Frota pesqueira marinha do Estado de Sergipe com permissão de pesca, por espécie, tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Permissão de pesca Não possui Canoa Canoa Total Canoa motorizada Não possui Canoa motorizada Total Lancha Camarão 7 barbas Camarão rosa Não possui Peixes diversos Lancha Total TOTAL <=4m 103 103 3 3 106 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1067 1343 48 1067 1343 48 45 242 30 45 242 30 1 8 3 4 12 4 9 3 9 32 3 1112 1594 110 3 TOTAL 2561 2561 320 320 12 16 13 3 44 2925 % 87,6 87,6 10,9 10,9 0,4 0,5 0,4 0,1 1,5 100,0 Tabela 10 – Frota pesqueira marinha do Estado de Sergipe participante do programa de subvenção do óleo diesel, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa Sub. do óleo diesel Não Não <=4m 103 Canoa Total Canoa motorizada Não Canoa motorizada Total Lancha Não Sim Lancha Total TOTAL 103 3 3 106 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 1066 1343 48 1 1067 1343 48 45 242 30 45 242 30 9 23 9 3 9 32 3 1112 1594 110 3 TOTAL 2560 1 2561 320 320 32 12 44 2925 % 87,5 0,0 87,6 10,9 10,9 1,1 0,4 1,5 100,0 Tabela 11 – Situação da frota pesqueira marinha do Estado de Sergipe, por ocasião do cadastramento, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa Canoa Total Canoa motorizada Ativa Não Sim Não Sim Canoa motorizada Total Lancha Sim Lancha Total TOTAL <=4m 1 102 103 3 3 106 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 7 4 1060 1339 48 1067 1343 48 1 45 241 30 45 242 30 9 32 3 9 32 3 1112 1594 110 3 TOTAL 12 2549 2561 1 319 320 44 44 2925 % 0,4 87,1 87,6 0,0 10,9 10,9 1,5 1,5 100,0 Tabela 12 – Artes de pesca utilizadas pela frota pesqueira marinha do Estado de Sergipe, por tipo de de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa Canoa Total Canoa motorizada Aparelhos de pesca Armadilha Espinhel Linha Outro Rede de espera Tarrafa Espinhel Linha Outro Rede de espera Tarrafa Canoa motorizada Total Lancha Arrasto Linha Rede de espera Lancha Total TOTAL <=4m 5 2 9 22 54 11 103 2 1 3 106 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 16 5 55 81 3 33 45 198 224 16 580 863 24 185 125 5 1067 1343 48 6 27 2 2 16 2 7 33 14 28 144 11 2 22 1 45 242 30 9 29 3 2 1 9 32 3 1112 1594 110 3 TOTAL 26 141 87 460 1521 326 2561 35 20 54 185 26 320 41 2 1 44 2925 % 0,9 4,8 3,0 15,7 52,0 11,1 87,6 1,2 0,7 1,8 6,3 0,9 10,9 1,4 0,1 0,0 1,5 100,0 Tabela 13 – Sistemas de conservação do pescado utilizados a bordo da frota pesqueira marinha do Estado de Sergipe, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Canoa Canoa Total Canoa motorizada Sistemas de conservação Gelo NI Salga Sem conserv. Gelo NI Sem conserv. Canoa motorizada Total Lancha Gelo Lancha Total TOTAL <=4m 9 14 80 103 3 3 106 Faixas de comprimento 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 141 213 8 63 74 5 3 863 1053 35 1067 1343 48 7 83 7 1 38 158 23 45 242 30 9 32 3 9 32 3 1112 1594 110 3 TOTAL 371 156 3 2031 2561 97 1 222 320 44 44 2925 % 12,7 5,3 0,1 69,4 87,6 3,3 0,0 7,6 10,9 1,5 1,5 100,0 5.11. CADASTRAMENTO DAS EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS NO ESTADO DA BAHIA A costa baiana apresenta-se como a mais extensa do Brasil em linha contínua (1.188 Km). Segundo o IBGE (2004), a população residente nessa área é de 4 090 779 habitantes, equivalente a 31,3% da população do Estado. Neste litoral estão distribuídos 44 municípios e inseridas 350 comunidades pesqueiras (Figura 1), com destaque para a Baía de Todos os Santos, com seus 1.100 Km2, e a Baía de Camamu, que juntas, apresentam um grande número de estuários, originando um complexo de manguezais de enorme potencial para o cultivo de organismos aquáticos, bem como para o sustento das populações de pescadores e marisqueiras que vivem nessas comunidades (BAHIA PESCA, 2004). A atividade pesqueira é uma forte característica das populações litorâneas. Na Bahia, esta atividade é predominantemente artesanal, que segundo a Bahia Pesca (op. cit) se deve à topografia da plataforma continental e às reduzidas condições de exploração dos recursos pesqueiros do estado. Uma outra característica importante é que a pesca artesanal no Estado é traduzida em duas atividades: a pesca utilizando embarcações e apetrechos de pesca para captura de peixes e crustáceos, e a mariscagem, resultante da captura, manual ou com armadilhas, de crustáceos e moluscos. Em 2003, segundo o IBAMA/DIFAP/CGREP, a produção da pesca extrativa marinha da Bahia foi 43.381,5 toneladas, o equivalente a 30,9% e 8,9% da produção da Região Nordeste e do Brasil, respectivamente. A frota pesqueira da Bahia é representada, em sua maioria, por embarcações não motorizadas, como canoas, catraias e jangadas, sendo responsáveis pela maioria da produção de pescado desembarcada no estado. De acordo com levantamentos da Bahia Pesca, em 2004, os municípios de maior participação na produção foram Camamu (9.417,6 toneladas), Salvador (6.638,8 toneladas) e Porto Seguro (2.132,9toneladas). Figura 1 – Distribuição dos municípios litorâneos do Estado da Bahia Resultados do Cadastramento A frota pesqueira do Estado da Bahia é composta por um conjunto de embarcações de características bastante variadas, em função da área de operação, da modalidade de pesca empregada e da espécie a capturar. Considerada de pequeno porte e artesanal, está estimada em torno de 9.368 embarcações, sendo constituída por 60,9% de canoas, 21,3% de saveiros e complementada por botes e jangadas (17,8%). Por suas características, tem pequeno raio de ação e, conseqüentemente, limitada autonomia de mar. A distribuição da frota por região no estado é na seguinte proporção: Litoral Norte com 5,4%, Salvador com 12,2%, Recôncavo (Baia de Todos os Santos) com 43,6%, Baixo-Sul com 20,2%, Região-Sul com 5,5% e Extremo-Sul com 13,1%. Os municípios com frota mais expressiva são Salvador (12,1%), Maragogipe (8,8%), Camamu (6,7%), Vera Cruz (4, 8%) e São Francisco do Conde (4,2%). Segundo a Tabela 1 esse status é justificado pela participação de mais de 50% de canoas nessas frotas, a exceção de Salvador cuja participação de canoas está em torno de 33%. Quanto à distribuição na costa dos principais tipos de embarcação, observa-se que as canoas se concentram no Recôncavo e Baixo-Sul, enquanto os saveiros, nas regiões Extremo-Sul (Maior concentração do Estado) e Sul. Os municípios detentores de um maior número de saveiros, em ordem decrescente, são: Nova Viçosa (com 2,9% dos saveiros do estado), Salvador, Alcobaça, Valença, Porto Seguro, Caravelas, Prado e Canavieiras (Tabela 1). No que se refere à variação de comprimento das embarcações, 66,5% medem entre 6m e 12m. Destas, 60,0% estão na faixa de 6m a 8m (Tabela 2). Análise complementar a essa tabela aponta que, segundo a propulsão, 59,0% das embarcações do estado são movidas a remo, 28,0% a motor e 13,0% a vela. O tipo de propulsão predominante pode ser justificado pelo fato de que a atividade de pesca na Bahia é praticada em ambientes de baías, reentrâncias e/ou muito próxima à linha de costa. No que diz respeito ao material utilizado na confecção do casco, 95,0% das embarcações são construídas de madeira; poucas embarcações têm o casco de fibra de vidro (3,0%) e algumas de alumínio (1,9%). Apenas 0,1% têm o casco de ferro-cimento (Tabela 3). A análise da dimensão da frota pesqueira do Estado da Bahia revela a sua importância sócio-econômica, pois promove o embarque, em média, de 23.210 tripulantes. A maioria das embarcações (56%) opera com 1 a 2 tripulantes. A frota não motorizada, principalmente as canoas, embarca 69,8% desse contingente. Em contrapartida, da frota motorizada, os saveiros são responsáveis pelo embarque de 24,5% dessa tripulação. Observa-se na Tabela 4 que somente esse tipo de embarcação tem capacidade de operar com mais de 8 tripulantes. A Tabela 5, que apresenta a estratificação das embarcações baianas de acordo com a idade, demonstra que a maioria (62,4%) é relativamente nova, tendo de 1 a 10 anos de construída. O percentual de embarcações com mais de 20 anos é até certo ponto elevado, representando 12,9% do total da frota. No que se refere à Tonelagem de Arqueação Bruta - TAB predominam as embarcações (78,7%) na faixa abaixo de 10 TAB, podendo, portanto, a frota ser considerada de pequeno porte (Tabela 06). Com relação à inscrição das embarcações na Capitania dos Portos (Tabela 7), o levantamento cadastral aponta que somente 7,1% da frota são detentoras de tal inscrição, sendo essas correspondentes aos saveiros e à única lancha industrial cadastrada no estado. Quanto ao outro tipo de inscrição obrigatória à frota, segundo o ordenamento pesqueiro instituído no país, ou seja, a do Registro Geral da Pesca – RGP, a Tabela 8 mostra que somente 2,5% das embarcações dispõem de tal registro federal. No que diz respeito à permissão de Pesca concedida à frota da Bahia para atuar nas diversas modalidades de pesca, é praticamente inexistente no estado, visto que somente 0,9% do total das embarcações declararam dispor desse instrumento legal (Tabela 9). Conforme pode ser visto na Tabela 10, o Programa de Subvenção do Óleo Diesel ainda não foi alcançado por nenhuma embarcação do Estado da Bahia. A atual situação da frota pesqueira baiana atinge um índice elevado de 96,07% em atividade. Da parcela complementar que diz respeito às embarcações desativadas, a frota de botes de alumínio apresentou o maior índice, com 1,9% do total da frota (Tabela 11). No que concerne às artes de pesca utilizadas na Bahia (Tabela 12), observa-se o uso de linha, armadilha, cerco, curral, espinhel, tarrafa, rede de espera, arrasto, caçoeira e outros. Apresenta-se como predominante o uso de ‘linhas” por parte de 37,5% da frota do estado, principalmente pelas embarcações do tipo canoas e saveiros. A segunda categoria de aparelhos de pesca mais usada é “Outros” com 24,6%, que agrupa as modalidades de pesca “arrasto de praia”, “coleta manual”, “redinha manual” etc. Os municípios que se destacam nessa categoria são Salvador, Maragogipe e Camamu. O sistema de conservação do pescado praticado pela frota do estado é extremamente precário. Apenas 2,4% das embarcações, do tipo saveiro, fazem uso do gelo nesse processo (Tabela13). Tabela 1 – Frota pesqueira marinha do Estado da Bahia, por município. Municipio Alcobaça Aratuípe Belmonte Cachoeira Cairu Camaçari Camamu Canavieiras Candeias Caravelas Conde Entre Rios Esplanada Igrapiúna Ilhéus Itacaré Itaparica Ituberá Jaguaripe Jandaíra Lauro de Freitas Madre de Deus Maragogipe Maraú Mata de São João Mucuri Nazaré Nilo Peçanha Nova Viçosa Porto Seguro Prado S. Cruz Cabrália S. Francisco do Conde Salinas das Margaridas Salvador Santo Amaro São Félix Saubara Simões Filho Taperoá Una Uruçuca Valença Vera Cruz TOTAL Bote a remo Bote a vela Bote de alumínio Bote motorizado Canoa 2 4 1 4 12 8 1 2 18 86 4 16 1 1 79 12 1 5 1 9 28 9 12 32 3 22 1 10 1 343 1 1 14 3 20 1 8 3 3 22 1 2 1 1 34 5 4 1 11 12 1 12 8 1 2 2 4 16 3 32 9 5 1 8 14 8 87 4 1 9 1 4 34 2 2 1 7 1 6 39 11 2 11 3 142 2 11 106 43 290 251 3 563 94 139 20 28 Canoa motorizada 117 20 16 22 40 111 40 17 44 23 6 13 13 14 6 6 3 20 36 138 9 26 53 8 341 280 380 236 1 1 2 Saveiro 135 5 18 2 54 57 53 114 18 10 217 34 9 55 52 252 38 168 814 189 Lancha industrial Jangada 2 4 26 4 8 20 27 1 89 205 123 114 112 3 3 153 1 15 2 19 6 7 3 12 2 28 1 130 92 131 30 2 8 11 12 19 791 34 194 7 178 2 55 405 125 262 5663 39 4 96 1 132 67 2001 TOTAL 148 111 83 294 335 97 626 217 149 180 144 34 64 258 164 55 198 96 278 71 23 256 821 209 71 43 49 228 252 194 200 127 396 298 1141 240 15 155 118 141 70 12 259 448 9368 % 1,6 1,2 0,9 3,1 3,6 1,0 6,7 2,3 1,6 1,9 1,5 0,4 0,7 2,8 1,8 0,6 2,1 1,0 3,0 0,8 0,2 2,7 8,8 2,2 0,8 0,5 0,5 2,4 2,7 2,1 2,1 1,4 4,2 3,2 12,2 2,6 0,2 1,7 1,3 1,5 0,7 0,1 2,8 4,8 100,0 Tabela 2 – Frota pesqueira marinha do Estado da Bahia, por tipo de embarcação, comprimento e propulsão. Tipo de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Bote a vela Bote a vela Total Bote de alumínio Bote de alumínio Total Bote motorizado Bote motorizado Total Canoa Tipo de propulsão Remo Vela Motor Motor Remo Vela Canoa Total Canoa motorizada Motor Canoa motorizada Total Jangada Remo Vela Jangada Total Lancha industrial Motor Lancha industrial Total Saveiro Motor Saveiro Total TOTAL Faixas de comprimento TOTAL <=4m 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m12--| 18m >18m 304 457 30 791 304 457 30 791 42 116 34 2 194 42 116 34 2 194 45 120 12 1 178 45 120 12 1 178 28 175 166 36 405 28 175 166 36 405 457 1018 1934 1271 17 4697 60 162 342 393 7 2 966 517 1180 2276 1664 24 2 5663 9 11 19 39 9 11 19 39 9 40 4 53 12 17 14 43 21 57 18 96 1 1 1 1 1194 771 29 7 2001 1194 771 29 7 2001 957 2114 3741 2493 54 9 9368 % 8,4 8,4 2,1 2,1 1,9 1,9 4,3 4,3 50,1 10,3 60,5 0,4 0,4 0,6 0,5 1,0 0,0 0,0 21,4 21,4 100,0 Tabela 3 - Frota pesqueira marinha do Estado da Bahia, por tipo de embarcação, comprimento e material do casco. Tipos de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Bote a vela Bote a vela Total Bote de alumínio Bote de alumínio Total Bote motorizado Bote motorizado Total Canoa Canoa Total Canoa motorizada Material do casco Madeira Madeira Alumínio Fibra de vidro Madeira Fibra de vidro Madeira Fibra de vidro Madeira Canoa motorizada Total Jangada Madeira Jangada Total Lancha industrial Madeira Lancha industrial Total Saveiro Ferro cimento Fibra de vidro Madeira Saveiro Total TOTAL Faixas de comprimento <=4m 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 304 457 30 304 457 30 42 116 34 2 42 116 34 2 44 120 12 1 1 45 120 12 1 28 175 166 36 28 175 166 36 6 5 50 120 511 1175 2226 1544 24 517 1180 2276 1664 24 1 2 19 8 9 9 11 19 21 57 18 21 57 18 1 1 1 6 46 36 1147 729 29 1194 771 29 957 2114 3741 2493 54 TOTAL >18m 2 2 1 6 7 9 791 791 194 194 177 1 178 405 405 181 5482 5663 22 17 39 96 96 1 1 7 83 1911 2001 9368 % 8,4 8,4 2,1 2,1 1,9 0,0 1,9 4,3 4,3 1,9 58,5 60,5 0,2 0,2 0,4 1,0 1,0 0,0 0,0 0,1 0,9 20,4 21,4 100,0 Tabela 4 - Total de tripulantes da frota pesqueira marinha do Estado da Bahia, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a remo Tripulação 1--| 2 2--| 4 Bote a remo Total Bote a vela Bote a vela Total Bote de alumínio Bote de alumínio Total Bote motorizado Bote motorizado Total Canoa Canoa Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total Jangada Jangada Total Lancha industrial Lancha industrial Total Saveiro Saveiro Total TOTAL 1--| 2 2--| 4 1--| 2 2--| 4 1--| 2 2--| 4 1--| 2 2--| 4 4--| 8 1--| 2 2--| 4 4a8 1--| 2 2--| 4 4--| 8 1--| 2 2--| 4 4--| 8 >8 Faixas de comprimento TOTAL <=4m 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m >18m 258 329 15 602 46 128 15 189 304 457 30 791 27 65 15 107 15 51 19 2 87 42 116 34 2 194 30 76 4 110 15 44 8 1 68 45 120 12 1 178 19 90 53 10 172 9 85 113 26 233 28 175 166 36 405 445 919 1441 618 4 1 3428 50 215 624 611 7 1 1508 22 46 211 435 13 727 517 1180 2276 1664 24 2 5663 4 4 8 1 1 18 20 4 6 1 11 9 11 19 39 19 44 16 79 2 13 2 17 21 57 18 96 1 1 1 1 563 193 1 757 534 357 6 4 901 97 214 21 2 334 7 1 1 9 1194 771 29 7 2001 957 2114 3741 2493 54 9 9368 % 6,4 2,0 8,4 1,1 0,9 2,1 1,2 0,7 1,9 1,8 2,5 4,3 36,6 16,1 7,8 60,5 0,1 0,2 0,1 0,4 0,8 0,2 1,0 0,0 0,0 8,1 9,6 3,6 0,1 21,4 100,0 Tabela 5 – Idade da frota pesqueira marinha do Estado da Bahia, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Bote a vela Bote a vela Total Bote de alumínio Bote de alumínio Total Bote motorizado Bote motorizado Total Canoa Canoa Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total Jangada Jangada Total Lancha industrial Lancha industrial Total Saveiro Saveiro Total Total Global Idade da frota 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos NI 10--| 20 anos 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos NI Faixas de comprimento TOTAL <=4m 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m >18m 165 244 17 426 45 64 9 118 55 81 1 137 33 62 2 97 4 5 1 10 2 1 3 304 457 30 791 21 36 10 1 68 9 13 2 24 6 24 8 1 39 5 40 8 53 1 3 6 10 42 116 34 2 194 18 60 4 82 5 8 13 8 33 7 48 12 16 28 1 3 1 1 6 1 1 45 120 12 1 178 17 73 68 14 172 2 17 9 4 32 4 30 21 6 61 4 41 48 7 100 1 14 20 5 40 28 175 166 36 405 358 318 631 439 4 2 1752 24 78 165 191 1 459 51 218 436 292 1 998 62 365 650 408 2 1487 22 201 394 334 16 967 517 1180 2276 1664 24 2 5663 4 8 1 13 1 2 2 5 2 2 1 1 1 3 1 1 15 15 9 11 19 39 10 44 12 66 1 2 1 4 8 5 5 18 2 6 8 21 57 18 96 1 1 1 1 480 266 16 2 764 87 54 3 1 145 211 185 3 399 303 187 7 3 500 103 74 1 178 10 5 15 1194 771 29 7 2001 957 2114 3741 2493 54 9 9368 % 4,5 1,3 1,5 1,0 0,1 0,0 8,4 0,7 0,3 0,4 0,6 0,1 2,1 0,9 0,1 0,5 0,3 0,1 0,0 1,9 1,8 0,3 0,7 1,1 0,4 4,3 18,7 4,9 10,7 15,9 10,3 60,5 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,2 0,4 0,7 0,0 0,2 0,1 1,0 0,0 0,0 8,2 1,5 4,3 5,3 1,9 0,2 21,4 100,0 Tabela 6 – Frota pesqueira marinha do Estado da Bahia, por tipo de embarcação, comprimento e tonelagem de arqueação bruta (TAB). Tipo de embarcação TAB Bote a remo <=10 Bote a remo Total Bote a vela <=10 Bote a vela Total Bote de alumínio <=10 Bote de alumínio Total Bote motorizado <=10 Bote motorizado Total Canoa <=10 Canoa Total Canoa motorizada <=10 Canoa motorizada Total Jangada <=10 Jangada Total Lancha industrial <=10 Lancha industrial Total Saveiro <=10 10--| 20 20--| 50 > 50 NI Saveiro Total TOTAL Faixas de comprimento TOTAL <=4m 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m >18m 304 457 30 791 304 457 30 791 42 116 34 2 194 42 116 34 2 194 45 120 12 1 178 45 120 12 1 178 28 175 166 36 405 28 175 166 36 405 517 1180 2276 1664 24 2 5663 517 1180 2276 1664 24 2 5663 9 11 19 39 9 11 19 39 21 57 18 96 21 57 18 96 1 1 1 1 7 7 1181 746 21 6 1954 3 25 7 1 36 3 3 1 1 1194 771 29 7 2001 957 2114 3741 2493 54 9 9368 % 8,4 8,4 2,1 2,1 1,9 1,9 4,3 4,3 60,5 60,5 0,4 0,4 1,0 1,0 0,0 0,0 0,1 20,9 0,4 0,0 0,0 21,4 100,0 Tabela 7 – Frota pesqueira marinha do Estado da Bahia inscrita na Capitania dos Portos, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Bote a vela Bote a vela Total Bote de alumínio Bote de alumínio Total Bote motorizado Bote motorizado Total Canoa Canoa Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total Jangada Jangada Total Lancha industrial Lancha industrial Total Saveiro Saveiro Total TOTAL Órgão Emissor NI NI Ibama Mapa NI Seap Sudepe Ibama Mapa NI Seap Sudepe NI NI NI NI Ibama Mapa NI Seap Sudepe Faixas de comprimento TOTAL <=4m 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m >18m 304 457 30 791 304 457 30 791 42 116 34 2 194 42 116 34 2 194 1 1 1 1 42 118 11 1 172 1 1 2 1 1 2 45 120 12 1 178 2 4 1 7 2 1 3 27 169 152 31 379 1 4 5 1 3 4 3 11 28 175 166 36 405 517 1180 2276 1664 24 2 5663 517 1180 2276 1664 24 2 5663 9 11 19 39 9 11 19 39 21 57 18 96 21 57 18 96 1 1 1 1 35 44 2 81 12 10 22 1109 669 27 7 1812 15 22 37 23 26 49 1194 771 29 7 2001 957 2114 3741 2493 54 9 9368 % 8,4 8,4 2,1 2,1 0,0 0,0 1,8 0,0 0,0 1,9 0,1 0,0 4,0 0,1 0,1 4,3 60,5 60,5 0,4 0,4 1,0 1,0 0,0 0,0 0,9 0,2 19,3 0,4 0,5 21,4 100,0 Tabela 8 – Frota pesqueira marinha do Estado da Bahia com Registro Geral da Pesca, por tipo de embarcação, comprimento e Órgão emissor. Tipos de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Bote a vela Bote a vela Total Bote de alumínio Bote de alumínio Total Bote motorizado Bote motorizado Total Canoa Canoa Total Canoa motorizada Canoa motorizada Total Jangada Jangada Total Lancha industrial Lancha industrial Total Saveiro Saveiro Total TOTAL Órgão Emissor NI NI Ibama Mapa NI Seap Sudepe Ibama Mapa NI Seap Sudepe NI NI NI NI Ibama Mapa NI Seap Sudepe Faixas de comprimento TOTAL <=4m 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m >18m 304 457 30 791 304 457 30 791 42 116 34 2 194 42 116 34 2 194 1 1 1 1 42 118 11 1 172 1 1 2 1 1 2 45 120 12 1 178 2 4 1 7 2 1 3 27 169 152 31 379 1 4 5 1 3 4 3 11 28 175 166 36 405 517 1180 2276 1664 24 2 5663 517 1180 2276 1664 24 2 5663 9 11 19 39 9 11 19 39 21 57 18 96 21 57 18 96 1 1 1 1 35 44 2 81 12 10 22 1109 669 27 7 1812 15 22 37 23 26 49 1194 771 29 7 2001 957 2114 3741 2493 54 9 9368 % 8,4 8,4 2,1 2,1 0,0 0,0 1,8 0,0 0,0 1,9 0,1 0,0 4,0 0,1 0,1 4,3 60,5 60,5 0,4 0,4 1,0 1,0 0,0 0,0 0,9 0,2 19,3 0,4 0,5 21,4 100,0 Tabela 9 – Frota pesqueira marinha do Estado da Bahia com permissão de pesca, por espécie, tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Bote a vela Bote a vela Total Bote de alumínio Permissão de pesca NI NI NI Peixes diversos Bote de alumínio Total Bote motorizado NI Peixes diversos Bote motorizado Total Canoa NI Canoa Total Canoa motorizada NI Canoa motorizada Total Jangada NI Jangada Total Lancha industrial NI Lancha industrial Total Saveiro Camarão rosa Lagosta NI Peixes diversos Saveiro Total TOTAL Faixas de comprimento TOTAL <=4m 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m >18m 304 457 30 791 304 457 30 791 42 116 34 2 194 42 116 34 2 194 45 119 12 1 177 1 1 45 120 12 1 178 27 173 161 32 393 1 2 5 4 12 28 175 166 36 405 517 1180 2276 1664 24 2 5663 517 1180 2276 1664 24 2 5663 9 11 19 39 9 11 19 39 21 57 18 96 21 57 18 96 1 1 1 1 5 5 1 11 3 3 1177 715 28 7 1927 12 48 60 1194 771 29 7 2001 957 2114 3741 2493 54 9 9368 % 8,4 8,4 2,1 2,1 1,9 0,0 1,9 4,2 0,1 4,3 60,5 60,5 0,4 0,4 1,0 1,0 0,0 0,0 0,1 0,0 20,6 0,6 21,4 100,0 Tabela 10 – Frota pesqueira marinha do Estado da Bahia participante do programa de subvenção do óleo diesel, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Sub. do óleo diesel Bote a remo Não Bote a remo Total Bote a vela Não Bote a vela Total Bote de alumínio Não Bote de alumínio Total Bote motorizado Não Bote motorizado Total Canoa Não Canoa Total Canoa motorizada Não Canoa motorizada Total Jangada Não Jangada Total Lancha industrial Não Lancha industrial Total Saveiro Não Saveiro Total TOTAL Faixas de comprimento TOTAL <=4m 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m >18m 304 457 30 304 457 30 42 116 34 2 42 116 34 2 45 120 12 1 45 120 12 1 28 175 166 36 28 175 166 36 517 1180 2276 1664 24 2 517 1180 2276 1664 24 2 9 11 19 9 11 19 21 57 18 21 57 18 1 1 1194 771 29 7 1194 771 29 7 957 2114 3741 2493 54 9 % 791 8,4 791 8,4 194 2,1 194 2,1 178 1,9 178 1,9 405 4,3 405 4,3 5663 60,5 5663 60,5 39 0,4 39 0,4 96 1,0 96 1,0 1 0,0 1 0,0 2001 21,4 2001 21,4 9368 100,0 Tabela 11 – Situação da frota pesqueira marinha do Estado da Bahia, por ocasião do cadastramento, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Bote a vela Bote a vela Total Bote de alumínio Ativa Sim Não Sim Não Sim Bote de alumínio Total Bote motorizado Não Sim Bote motorizado Total Canoa Não Sim Canoa Total Canoa motorizada Sim Canoa motorizada Total Jangada Não Sim Jangada Total Lancha industrial Sim Lancha industrial Total Saveiro Não Sim Saveiro Total TOTAL Faixas de comprimento TOTAL <=4m 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m >18m 295 445 27 767 304 457 30 791 3 4 1 8 39 112 34 1 186 42 116 34 2 194 5 4 1 10 40 116 12 168 45 120 12 1 178 1 3 4 1 9 27 172 162 35 396 28 175 166 36 405 7 24 28 13 72 510 1156 2248 1651 24 2 5591 517 1180 2276 1664 24 2 5663 9 11 19 39 9 11 19 39 1 2 3 20 55 18 93 21 57 18 96 1 1 1 1 45 25 70 1149 746 29 7 1931 1194 771 29 7 2001 957 2114 3741 2493 54 9 9368 % 8,2 8,4 0,1 2,0 2,1 0,1 1,8 1,9 0,1 4,2 4,3 0,8 59,7 60,5 0,4 0,4 0,0 1,0 1,0 0,0 0,0 0,7 20,6 21,4 100,0 Tabela 12 – Artes de pesca utilizadas pela frota pesqueira marinha do Estado da Bahia, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Bote a remo Bote a remo Total Bote a vela Bote a vela Total Bote de alumínio Aparelhos de pesca Armadilha Cerco Curral Espinhel Linha Outro Rede de espera Tarrafa Armadilha Cerco Espinhel Linha Outro Rede de espera Tarrafa Armadilha Espinhel Linha Outro Rede de espera Bote de alumínio Total Bote motorizado Armadilha Cerco Espinhel Linha Outro Rede de espera Bote motorizado Total Canoa Armadilha Cerco Curral Espinhel Linha Outro Rede de espera Tarrafa Canoa Total Canoa motorizada Espinhel Linha Outro Rede de espera Canoa motorizada Total Jangada Linha Rede de espera Tarrafa Jangada Total Lancha industrial Espinhel Lancha industrial Total Saveiro Armadilha Arrasto Caçoeira Espinhel Linha Rede de espera Saveiro Total TOTAL Faixas de comprimento TOTAL <=4m 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m >18m 14 7 1 22 1 2 3 1 1 13 25 4 42 154 184 7 345 74 140 7 221 42 97 10 149 6 1 1 8 304 457 30 791 2 2 4 1 1 1 3 2 6 25 66 20 2 113 10 26 5 41 4 16 6 26 2 1 3 42 116 34 2 194 1 1 2 6 8 36 50 4 1 91 2 42 2 46 5 21 6 32 45 120 12 1 178 1 1 1 1 1 3 1 2 5 4 12 15 83 73 13 184 8 62 65 12 147 3 27 23 5 58 28 175 166 36 405 22 44 77 42 185 12 26 93 109 240 7 22 52 36 117 12 44 78 43 177 262 409 595 338 7 1 1612 123 320 726 643 12 1824 75 295 638 448 5 1 1462 4 20 17 5 46 517 1180 2276 1664 24 2 5663 1 2 3 3 3 1 15 16 8 8 1 17 9 11 19 39 15 39 15 69 6 17 3 26 1 1 21 57 18 96 1 1 1 1 3 3 405 237 6 1 649 4 18 2 24 23 43 7 1 74 688 394 12 4 1098 74 76 2 1 153 1194 771 29 7 2001 957 2114 3741 2493 54 9 9368 % 0,2 0,0 0,0 0,4 3,7 2,4 1,6 0,1 8,4 0,0 0,0 0,1 1,2 0,4 0,3 0,0 2,1 0,0 0,1 1,0 0,5 0,3 1,9 0,0 0,0 0,1 2,0 1,6 0,6 4,3 2,0 2,6 1,2 1,9 17,2 19,5 15,6 0,5 60,5 0,0 0,0 0,2 0,2 0,4 0,7 0,3 0,0 1,0 0,0 0,0 0,0 6,9 0,3 0,8 11,7 1,6 21,4 100,0 Tabela 13 – Sistemas de conservação do pescado utilizados a bordo da frota pesqueira marinha do Estado da Bahia, por tipo de embarcação e comprimento. Tipos de embarcação Sistemas de conservação Sem conserv. Bote a remo Bote a remo Total Bote a vela Sem conserv. Bote a vela Total Bote de alumínio Sem conserv. Bote de alumínio Total Bote motorizado Sem conserv. Bote motorizado Total Canoa Sem conserv. Canoa Total Canoa motorizada Sem conserv. Canoa motorizada Total Jangada Sem conserv. Jangada Total Lancha industrial Gelo Lancha industrial Total Saveiro Gelo Sem conserv. Saveiro Total TOTAL Faixas de comprimento TOTAL <=4m 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m >18m 304 457 30 791 304 457 30 791 42 116 34 2 194 42 116 34 2 194 45 120 12 1 178 45 120 12 1 178 28 175 166 36 405 28 175 166 36 405 517 1180 2276 1664 24 2 5663 517 1180 2276 1664 24 2 5663 9 11 19 39 9 11 19 39 21 57 18 96 21 57 18 96 1 1 1 1 1193 771 29 7 2000 1 1 1194 771 29 7 2001 957 2114 3741 2493 54 9 9368 % 8,4 8,4 2,1 2,1 1,9 1,9 4,3 4,3 60,5 60,5 0,4 0,4 1,0 1,0 0,0 0,0 21,3 0,0 21,4 100,0 5.12. RESUMO DO CADASTRAMENTO DAS EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS NAS REGIÕES NORTE E NORDESTE DO BRASIL O Projeto de Cadastramento das Embarcações Pesqueiras das Regiões Norte e Nordeste do Brasil abrangeu 11 estados, 197 municípios e 1.176 localidades pesqueiras, algumas das quais ainda não constantes no Projeto ESTATPESCA (Tabela 1). A Bahia registrou o maior número de municípios e localidades cadastradas com, respectivamente, 44 e 350 unidades, enquanto o Amapá e o Piauí tiveram menor participação. Foram cadastradas 46.391 embarcações e, dos dados levantados, escolhidos 13 para uma análise mais profunda, por estado e com relação à área como um todo, uma vez considerados como os que melhor caracterizam a frota pesqueira. Glossário fotográfico e com as principais características das embarcações, são apresentados nos Anexos 3 e 4, respectivamente. Face à grande diversidade de tipos de embarcação observada nessas regiões, optou-se em agregá-los, considerando apenas o tipo de propulsão, bem como ignorar a estratificação, por faixa de comprimento, adotada pelo ESTATPESCA. Assim, foram cadastradas 46.391 embarcações, das quais 15.215 (32,8%) a remo, 17.568 (37,9%) a vela e 13.497 (29,1%) a motor, podendo-se inferir que a frota pesqueira das regiões Norte e Nordeste é eminentemente artesanal, haja vista a grande participação das embarcações pesqueiras propulsionadas a vela e a remo (70,7%) no total da frota (Tabela 4). A Bahia, com 9.368 embarcações, o Maranhão com 8.892 e o Pará com 7.434 embarcações concentram mais de 55,0% da frota pesqueira mariinha do Norte e Nordeste. O Estado do Amapá representa a menor frota com 352 embarcações e contribuindo com apenas 0,8% do total (Tabela 2). Tabela 1 – Total de municípios e localidades pesqueiras cadastrados, por estado. Estados Municípios Amapá Pará REGIÃO NORTE Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia REGIÃO NORDESTE TOTAL 5 15 20 26 4 20 25 12 15 17 14 44 177 197 Localidades Existentes Novas 14 0 78 31 92 31 228 50 11 4 105 8 86 6 27 7 32 3 44 10 20 62 264 86 817 236 909 267 TOTAL 14 109 123 278 15 113 92 34 35 54 82 350 1.053 1.176 Tabela 2 – Frota pesqueira marinha das regiões Norte e Nordeste do Brasil, por tipo de propulsão e por estado. Estado Amapá Pará REGIÃO NORTE % Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia REGIÃO NORDESTE % TOTAL % A remo 3 1863 1866 24,0 4114 33 404 670 1066 803 46 672 5541 13349 34,6 15215 32,8 Tipo de propulsão A vela A motor Outro 10 339 0 1225 4.340 6 1235 4679 6 15,9 60,1 0,1 2496 2.282 0 263 153 0 5613 1.105 0 1865 893 0 323 305 0 988 607 0 1693 485 0 1889 364 0 1203 2.624 0 16333 8818 0 42,3 22,8 0,0 17568 13497 6 37,9 29,1 0,0 TOTAL NI 0 0 0 0,0 0 0 0 0 0 91 14 0 0 105 0,3 105 0,2 352 7434 7786 100,0 8892 449 7122 3428 1694 2489 2238 2925 9368 38605 100,0 46391 100,0 Tendo em vista o caráter artesanal da pesca nessas regiões, verifica-se que a maioria das embarcações (82,5%) tem comprimento de até 8m e que apenas 0,7% da frota se encontram na faixa acima de 18m. De acordo com a Tabela 3 a frota pesqueira da Região Norte é de maior porte, quando comparada ao Nordeste, fato evidenciado na participação das embarcações acima de 8m, que chega a representar 29,8% das embarcações, enquanto que na Região Nordeste, as embarcações nessa faixa de comprimento só correspondem a 15,1% da frota. A madeira ainda é o material preferido na confecção do casco das embarcações nas regiões Norte e Nordeste. Em alguns estados como a Paraíba e Sergipe correspondem a 100% da frota. Nos demais estados também são encontradas embarcações com casco em fibra de vidro, alumínio, ferro-cimento e em aço, porém sem maior significância, uma vez que representam apenas 2,2% da frota pesqueira das regiões (Tabela 4). Tabela 3 – Comprimento da frota pesqueira marinha das regiões Norte e Nordeste do Brasil, por estado. Estados Amapá Pará REGIÃO NORTE % Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia REGIÃO NORDESTE % TOTAL % Faixa de Comprimento <=4m 4--| 6m 6--| 8m 8--| 12m 12--| 18m 72 7 51 162 47 1869 1824 1645 1596 303 1941 1831 1696 1758 350 24,9 23,5 21,8 22,6 4,5 2234 4357 1598 678 20 54 174 93 116 11 2723 1747 1367 1042 179 1052 1348 616 360 17 246 932 443 68 5 618 882 667 315 4 350 920 736 230 2 106 1112 1594 110 3 957 2114 3741 2493 54 8340 13586 10855 5412 295 21,6 35,2 28,1 14,0 0,8 10281 15417 12551 7170 645 22,2 33,2 27,1 15,5 1,4 >18m 13 197 210 2,7 5 1 64 35 0 3 0 0 9 117 0,3 327 0,7 TOTAL 352 7434 7786 100,0 8892 449 7122 3428 1694 2489 2238 2925 9368 38605 100,0 46391 100,0 Tabela 4 – Material do casco da frota pesqueira marinha das regiões Norte e Nordeste do Brasil, por estado. Estados Amapá Pará REGIÃO NORTE % Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia REGIÃO NORDESTE % TOTAL % Madeira Fibra de vidro 351 0 7243 0 7594 0 97,5 0,0 8829 54 441 6 7036 13 3381 14 1694 0 2323 102 2193 31 2925 0 8897 287 37719 507 97,7 1,3 45313 507 97,7 1,1 Material do casco Alumínio Ferro-cimento 0 0 1 165 1 165 0,0 2,1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 0 0 0 177 7 178 9 0,5 0,0 179 174 0,4 0,4 Aço TOTAL NI 1 0 1 0,0 2 2 73 33 0 3 5 0 0 118 0,3 119 0,3 0 25 25 0,3 7 0 0 0 0 58 9 0 0 74 0,2 99 0,2 352 7434 7786 100,0 8892 449 7122 3428 1694 2489 2238 2925 9368 38605 100,0 46391 100,0 Também em decorrência do expressivo número de embarcações artesanais existente nos estados objeto do Projeto de Cadastramento, a tripulação dessa frota oscila entre 1 e 4 tripulantes, lembrando que para efeito de cadastramento se considerou tripulação todas as pessoas que participam da pescaria, independente de pescarem ou não (Tabela 5). Nos estados onde é maior a presença de embarcações motorizadas, a tripulação, dependendo do método de pesca empregado, chega a corresponder a 20 tripulantes, como é o caso das pescarias de pargo na Região Norte. Analisando os dados da Tabela 6 constata-se que a frota considerada nova, ou seja, construída há menos de 10 anos, é maior na Região Nordeste, representando 71,6% das embarcações, enquanto que no Norte corresponde a apenas 62,4% da frota da região. É possível que tal fato se deva à presença de um maior número de embarcações motorizadas no Norte, embarcações estas que, normalmente, têm uma vida útil muito maior do que as embarcações movidas a remo e a vela, tão comuns no Nordeste. Tabela 5 – Frota pesqueira marinha das Regiões Norte e Nordeste do Brasil, por estado, de acordo com o total de tripulantes. Estados Amapá Pará REGIÃO NORTE % Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia REGIÃO NORDESTE % TOTAL % Total de Tripulantes TOTAL 1--| 2 2--| 4 4--| 8 >8 84 140 101 27 352 2187 3795 1253 199 7434 2271 3935 1354 226 7786 29,2 50,5 17,4 2,9 100,0 4660 3437 749 46 8892 153 248 44 4 449 2819 3121 1116 66 7122 1888 975 529 36 3428 1175 419 100 0 1694 1554 721 212 2 2489 1933 286 19 0 2238 694 1936 266 29 2925 5263 3023 1073 9 9368 20139 14166 4108 192 38605 52,2 36,7 10,6 0,5 100,0 22410 18101 5462 418 46391 48,3 39,0 11,8 0,9 100,0 Tabela 6 – Idade da frota pesqueira marinha das regiões Norte e Nordeste do Brasil, por estado. Estados Amapá Pará REGIÃO NORTE % Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia REGIAO NORDESTE % TOTAL % Idade da frota 1--| 2 anos 2--| 5 anos 5--| 10 anos 10--| 20 anos > 20 anos 85 94 105 47 5 1595 1647 1329 763 318 1680 1741 1434 810 323 21,6 22,4 18,4 10,4 4,1 1954 2642 2644 1253 152 173 99 80 60 37 892 2603 1340 1110 600 778 661 1111 637 230 485 432 436 258 67 1143 388 411 402 145 537 454 301 446 214 892 711 625 379 160 3343 800 1702 2269 1212 10197 8790 8650 6814 2817 26,4 22,8 22,4 17,7 7,3 11877 10531 10084 7624 3140 25,6 22,7 21,7 16,4 6,8 NI 16 1782 1798 23,1 247 0 577 11 16 0 286 158 42 1337 3,5 3135 6,8 TOTAL 352 7434 7786 100,0 8892 449 7122 3428 1694 2489 2238 2925 9368 38605 100,0 46391 100,0 Em função da presença de um maior número de embarcações de pequeno porte em ambas as regiões, a tonelagem de arqueação bruta segue o mesmo comportamento, ou seja, a maioria das embarcações tanto da Região Norte quanto da Região Nordeste tem menos de 10 TAB, como pode ser visto na Tabela 7. Tabela 7 – Frota pesqueira marinha das regiões Norte e Nordeste de acordo com a tonelagem de arqueação bruta (TAB), por estado. Estados Amapá Pará REGIÃO NORTE % Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia REGIAO NORDESTE % TOTAL % Observou-se Tonelagem de arqueação bruta (TAB) <= 10 10--| 20 20--| 50 > 50 256 95 1 0 6971 116 71 276 7227 211 72 276 92,8 2,7 0,9 3,5 7670 5 5 1212 434 8 3 4 6759 254 46 63 3343 46 5 34 1694 0 0 0 2442 45 0 2 2234 4 0 0 2925 0 0 0 7374 1954 36 3 34875 2316 95 1318 90,3 6,0 0,2 3,4 42102 2527 167 1594 90,8 5,4 0,4 3,4 durante o cadastramento que, de TOTAL NI 0 0 0 0,0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0,0 1 0,0 acordo 352 7434 7786 100,0 8892 449 7122 3428 1694 2489 2238 2925 9368 38605 100,0 46391 100,0 com a interpretação dada pelo entrevistado sobre os objetivos do projeto, alguns se negaram a cadastrar suas embarcações, outros a fornecerem informações pessoais, outros a omitirem os dados sobre os registros da embarcação e ainda outros a fornecerem falsas informações sobre suas atividades, estes últimos associando o cadastramento ao seguro desemprego. Assim, optou-se em considerar como não informada (NI) a informação que não tenha constado no cadastro, quer por não existir, quer por falta de interesse do proprietário em colaborar com o cadastrador. Desta forma, as análises sobre a situação legal das embarcações serão feitas apenas sobre os dados obtidos. De acordo com a Tabela 8, apenas 12,2% dos proprietários das embarcações apresentaram aos cadastradores o título de suas embarcações, percentual este praticamente o mesmo entre as duas regiões, ou seja, de 12,7% no Norte e de 12,1% no Nordeste. Como é mais comum tal documento entre as embarcações motorizadas, era de se esperar que um número maior de embarcações da Região Norte estivesse inscrito na Capitania dos Portos. Tabela 8 – Frota pesqueira marinha das regiões Norte e Nordeste inscrita na Capitania dos Portos, por estado. Estados Amapá Pará REGIÃO NORTE % Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia REGIAO NORDESTE % TOTAL % Inscritas na Capitania Sim NI 113 239 874 6560 987 6799 12,7 87,3 162 8730 105 344 2225 4897 760 2668 241 1453 1 2488 481 1757 44 2881 664 8704 4683 33922 12,1 87,9 5670 40721 12,2 87,8 TOTAL 352 7434 7786 100,0 8892 449 7122 3428 1694 2489 2238 2925 9368 38605 100,0 46391 100,0 A ausência de informações foi ainda maior no que diz respeito ao registro das embarcações no Registro Geral da Pesca (RGP), uma vez que 93,6% das embarcações cadastradas ou não possuem referido registro ou seus proprietários se negaram de apresentá-lo no ato do cadastramento (Tabela 9). É bom lembrar que só foram consideradas registradas, tanto na Capitania dos Portos, como nos demais Órgãos competentes, aquelas embarcações que os cadastradores tiveram acesso à documentação referente. Observa-se ainda na Tabela 9, que mesmo a Seap tendo sido criada há mais de 5 anos, ainda são encontradas muitas embarcações com registros dos antigos emissores, logo, não os renovaram, conforme estabelece a lei. Tabela 9 – Frota pesqueira marinha das regiões Norte e Nordeste do Brasil, com registro no Registro Geral da pesca, por Órgão emissor e por estado. Estados Amapá Pará REGIÃO NORTE % Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia REGIAO NORDESTE % TOTAL % Ibama 18 68 86 1,1 38 16 131 146 70 52 103 17 89 662 1,7 748 1,6 Órgão Emissor Mapa Seap 16 34 20 508 36 542 0,5 7,0 21 13 18 85 367 299 57 260 13 57 16 17 18 42 12 2 26 44 548 819 1,4 2,1 584 1361 1,3 2,9 Sudepe 3 36 39 0,5 26 4 76 14 28 24 13 0 62 247 0,6 286 0,6 NI 281 6802 7083 91,0 8794 326 6249 2951 1526 2380 2062 2894 9147 36329 94,1 43412 93,6 TOTAL 352 7434 7786 100,0 8892 449 7122 3428 1694 2489 2238 2925 9368 38605 100,0 46391 100,0 No que diz respeito à permissão de pesca para atuar nessa ou naquela pescaria, verifica-se que um número ainda menor de embarcações possui tal documento, o equivalente a apenas 5,2% da frota cadastrada, destacando-se aquelas com permissão para pescar peixes diversos que representaram 66,3% do total permissionado. Vale ressaltar que o percentual de embarcações que apresentou a permissão de pesca no Norte foi maior do que no Nordeste, de 8,9% e de 4,4%, respectivamente (Tabela 10). Tal diferença talvez se deva a uma maior participação percentual da frota motorizada naquela região, uma vez que esse instrumento legal é mais freqüente entre as embarcações motorizadas. Tabela 10 – Frota pesqueira marinha das regiões Norte e Nordeste do Brasil com permissão de pesca, por espécie permissionada e por estado. Estados Amapá Pará REGIÃO NORTE % Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia REGIAO NORDESTE % TOTAL % Atum 0 0 0 0,0 0 0 0 9 0 0 0 0 0 9 0,0 9 0,0 Espécie permissionada Camarão 7 Camarão Peixes Lagosta Piramutaba Sardinha barbas Rosa diversos 0 0 0 70 0 0 0 81 8 491 23 0 0 81 8 561 23 0 0,0 1,0 0,1 7,2 0,3 0,0 1 20 2 71 0 0 69 1 15 36 0 0 0 21 159 303 0 0 0 4 164 295 0 2 3 0 94 71 0 0 0 1 22 93 0 0 0 29 8 87 0 0 12 16 0 3 0 0 0 11 3 73 0 0 85 103 467 1032 0 2 0,2 0,3 1,2 2,7 0,0 0,0 85 184 475 1593 23 2 0,2 0,4 1,0 3,4 0,0 0,0 Outra 0 19 19 0,2 1 1 3 0 0 0 9 0 0 14 0,0 33 0,1 NI 282 6812 7094 91,1 8797 327 6636 2954 1526 2373 2105 2894 9281 36893 95,6 43987 94,8 TOTAL 352 7434 7786 100,0 8892 449 7122 3428 1694 2489 2238 2925 9368 38605 100,0 46391 100,0 O programa de subvenção do óleo diesel foi estabelecido em 1997, o que serviu de incentivo para que várias embarcações se legalizassem com vistas a ter acesso ao subsídio. Entretanto, mesmo representando uma redução em torno de 20% no preço do combustível, diversas embarcações ainda estão fora do programa, conforme se observa na Tabela 11, em especial no Nordeste, onde somente 1,6% da frota é beneficiada. É fato comum em vários pontos de desembarque do País a ocorrência de um número significativo de embarcações sucateadas, principalmente daquelas com casco de ferro ditas industriais. Também são encontradas diversas embarcações a vela, em razão da falta de recursos de seus proprietários para armá-las e algumas vezes para recuperá-las. Assim, com o objetivo de saber os verdadeiros motivos das desativações e dessa forma poder subsidiar algum programa que possa a vir acabar com esse quadro no Brasil, é que a SEAP recomendou o cadastramento também das embarcações desativadas. Entretanto, face à dificuldade de se chegar aos respectivos proprietários, e a inexistência de documentação das mesmas é que um reduzido número de embarcações nessa situação foi cadastrado (Tabela 12), representando 6,1% da frota. Tabela 11 – Frota pesqueira marinha das regiões Norte e Nordeste do Brasil que participa do programa de subvenção do óleo diesel, por estado. Estados Amapá Pará REGIÃO NORTE % Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia REGIAO NORDESTE % TOTAL % Subvenção do óleo diesel Sim Não 2 350 210 7224 212 7574 2,7 97,3 145 8747 27 422 382 6740 47 3381 0 1694 2 2487 0 2238 12 2913 0 9368 615 37990 1,6 98,4 827 45564 1,8 98,2 TOTAL 352 7434 7786 100,0 8892 449 7122 3428 1694 2489 2238 2925 9368 38605 100,0 46391 100,0 Com base nos dados da Tabela 13, pode-se afirmar que a frota pesqueira marinha tanto da Região Norte quanto da Região Nordeste utiliza uma variedade muito grande de aparelhos de pesca em suas pescarias. Na Tabela 12 estão listados os principais. Percebe-se que estes variam entre as regiões, enquanto no Norte são mais empregados as redes de espera e os espinhéis, no Nordeste, além das redes de espera destacam-se as linhas, as caçoeiras e, principalmente, a categoria OUTROS. A grande ocorrência de embarcações de pequeno porte nessa região atuando nas mais diversas pescarias, em especial, na coleta de mariscos e caranguejos, é responsável pela participação tão elevada dessa categoria. Tabela 12 – Frota pesqueira marinha das regiões Norte e Nordeste do Brasil ativa e desativada, por estado. Estados Ativa 338 5309 5647 72,5 8785 424 7039 3421 1687 2322 6 2912 9196 35792 92,7 41439 89,3 Amapá Pará REGIÃO NORTE % Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia REGIAO NORDESTE % TOTAL % Situação Desativada 14 110 124 1,6 105 25 83 7 7 44 2232 13 172 2688 7,0 2812 6,1 TOTAL NI 0 2015 2015 25,9 2 0 0 0 0 123 0 0 0 125 0,3 2140 4,6 352 7434 7786 100,0 8892 449 7122 3428 1694 2489 2238 2925 9368 38605 100,0 46391 100,0 Tabela 13 – Aparelhos de pesca utilizados pela frota pesqueira marinha das regiões Norte e Nordeste do Brasil, por estado. Estados Amapá Pará REGIÃO NORTE % Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia REGIAO NORDESTE % TOTAL % Armadilha Arrasto Caçoeira Cerco 0 24 24 0,3 3 1273 8 1 127 7 26 216 1661 4,3 1685 3,6 34 214 248 3,2 64 93 60 18 19 42 32 41 649 1018 2,6 1266 2,7 0 0 0 0,0 27 12 3110 495 100 160 152 0 24 4080 10,6 4080 8,8 0 7 7 0,1 34 0 0 0 0 35 41 0 247 357 0,9 364 0,8 Curral Espinhel 0 290 290 3,7 275 2 10 0 5 37 27 0 118 474 1,2 764 1,6 133 1176 1309 16,8 1301 13 33 35 14 6 30 176 323 1931 5,0 3240 7,0 Linha 0 84 84 1,1 289 40 956 670 158 369 195 109 3515 6301 16,3 6385 13,8 Rede de Tarrafa espera 181 3058 3239 41,6 1769 238 1295 932 667 987 736 1707 1923 10254 26,6 13493 29,1 0 50 50 0,6 99 1 62 163 23 26 494 352 58 1278 3,3 1328 2,9 Outro 4 232 236 3,0 4929 42 203 801 643 483 492 514 2295 10402 26,9 10638 22,9 NI 0 2299 2299 29,5 102 8 120 306 64 217 32 0 0 849 2,2 3148 6,8 TOTAL 352 7434 7786 100,0 8892 449 7122 3428 1694 2489 2238 2925 9368 38605 100,0 46391 100,0 Um último aspecto analisado sobre as embarcações cadastradas foi a forma como é conservado o pescado a bordo. Assim, observa-se na Tabela 14 que, em ambas as regiões, um maior número de embarcações utiliza o gelo nesse processo, muito embora seja significante o total de embarcações que traz o pescado fresco para terra, principalmente na Região Nordeste. No Nordeste essas embarcações representam 36,4% da frota e correspondem à frota artesanal que realiza viagens de ir e vir, quer seja nas pescarias de peixes e lagostas, quer seja na cata do caranguejo e ostras. Tabela 14 – Sistemas de conservação do pescado utilizados a bordo das embarcações pesqueiras das regiões Norte e Nordeste do Brasil, por estado. Estados Congelamento Amapá Pará REGIÃO NORTE % Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia REGIAO NORDESTE % TOTAL % 0 97 97 1,2 3 0 66 27 0 0 0 0 0 96 0,2 193 0,4 Gelo 313 5027 5340 68,6 6232 403 6039 2517 561 741 814 512 2001 19820 51,3 25160 54,2 Salga 38 39 77 1,0 354 0 0 0 0 0 0 3 0 357 0,9 434 0,9 Outro Sem conservação 0 46 46 0,6 52 45 0 0 0 0 0 2234 0 2331 6,0 2377 5,1 1 2167 2168 27,8 2245 0 1017 884 1053 1299 169 19 7367 14053 36,4 16221 35,0 NI 0 58 58 0,7 6 1 0 0 80 449 1255 157 0 1948 5,0 2006 4,3 TOTAL 352 7434 7786 100,0 8892 449 7122 3428 1694 2489 2238 2925 9368 38605 100,0 46391 100,0 6) CONSIDERAÇÕES FINAIS Em função das mudanças metodológicas estabelecidas ao projeto e da nova dimensão dos dados coletados, diversas foram as dificuldades enfrentadas, entre elas destacam-se: ¾ Dificuldade de acesso aos proprietários das embarcações; ¾ Complexidade do formulário, dificultando seu preenchimento; ¾ Descompasso no repasse dos recursos financeiros; ¾ Demora na conclusão do programa de entrada dos dados, o que implicou em atraso na digitação; ¾ Recursos humanos e financeiros insuficientes. ¾ Tempo reduzido para a divulgação e execução do cadastramento, entre outras. No entanto, considerando-se o percentual de cobertura das embarcações, apresentado pelos coordenadores estaduais (AP – 97%, PA – 96%, MA - 89%, PI – 95%, CE – 100%, RN – 100%, PB - 92%, PE - 87%, AL – 95%, SE – 97% e BA – 80%) conclui-se que o Projeto de cadastramento das embarcações pesqueiras no litoral das regiões Norte e Nordeste do Brasil atingiu suas metas, lembrando que na história da pesca do Brasil, nunca tantas informações foram obtidas de tão elevado número de embarcações, em especial na Região Norte do País. Contudo, vale ressaltar que a pesca por ter sido marginalizada pela politica governamental vigente nas ultimas décadas, de acordo com os dados levantados, não registrou avanços no padrão econômico, nem tecnológico desta atividade e tão pouco melhoria na qualidade de vida das populações direta ou indiretamente a ela ligadas. Evidentemente tal quadro precisa ser levado em consideração, no sentido de buscar alternativas mais adequadas para a solução desses problemas a partir do conhecimento da realidade da pesca ora desenhada, se estabelecendo uma política de desenvolvimento que tenha forte repercussão social. Em virtude da grande variabilidade observada nas características das embarcações, de acordo com o comprimento, recomenda-se que os dados aqui apresentados sejam analisados considerando tal aspecto, em especial no que diz respeito à situação legal das embarcações, haja vista que somente aquelas não motorizadas acima de 5m são obrigadas a se inscreverem na Capitania dos Portos, enquanto que para as motorizadas tal registro independe do tamanho. 7) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAHIA PESCA. Boletim Estatístico da Pesca Marítima e Estuarina do Estado da Bahiano de 2003. Bahia Pesca, Salvador, 37p., 2004. BRASIL. Projeto Radam. Folha S.A. 23/24. São Luis/Fortaleza. Levantamento de Recursos Naturais, Rio de Janeiro, 1973, v. 3, p. 1-289. CARDOSO, J. M. B., 2003. A pesca como alternativa para o desenvolvimento econômico do Município de Calçoene com a implantação de um Distrito Industrial. FAMA – Faculdade de Macapá, Macapá, 81p. CEPRO - Macrozoneamento costeiro do Estado do Piauí: Relatório geoambiental e sócio-econômico. Fundação CEPRO, Fundação Rio Parnaíba. Teresina: 1996. 221p. FEPAP, 1997. Relatório preliminar do censo pesqueiro do Amapá e do recadastramento dos sócios das colônias. Federações dos Pescadores do Estado do Amapá. Macapá; (mimeo): 14p. GROFIT, E. El Servicio de tecnología pesquera de la FAO. FAO Doc. Tec. Pesca, Roma, n.199, 50p. 1984. IBAMA. Boletim Estatístico da Pesca Marítima e Estuarina do Estado do Nordeste do Brasil - 2003, 2004 (no prelo). IBAMA. Boletim Estatístico da Pesca Marítima e Estuarina do Estado do Rio Grande do Norte. GEREX/CEPENE/IBAMA, Natal/RN, 1999-2004. IBAMA. Boletim Estatístico da Pesca Marítima e Estuarina do Estado do Nordeste do Brasil - 2004, 2005 (no prelo). IBAMA/CEPENE. Estatística da Pesca – 2002 – Brasil – Grandes regiões e unidades da federação. Tamandaré: IBAMA/CEPENE, 97p. 2004. IBGE, Indicadores de desenvolvimento sustentável -Dimensão ambiental Oceanos, mares e áreas costeiras, Rio de Janeiro, 245p., 2004. IDEMA – Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte – Secretaria de Planejamento Finanças do Estado – Anuário Estatístico do Rio Grande do Norte, Natal, separata, 4p, 2005. ISAAC. V., J. ARAÚJO. A. R., SANTANA J. V., 1997. A pesca no Estado do Amapá: alternativas para o seu desenvolvimento sustentável. SEMA/GEA-BID. IV, Macapá, 85p. IVO, C. T.; DIAS, A. F.; MOTA, R. I. – 1998 – Estudo sobre a biologia do caranguejo-uçá, Ucides cordatus cordatus (Linnaeus, 1763), capturado no delta do rio Parnaíba, Piauí. Boletim técnico-científico do CEPENE, Tamandaré, v.7, n.1 p. 53-84, 1999. OLIVEIRA, G. 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Estudos Básicos: Recursos Naturais e Sócio-economia, Recursos Pesqueiros, Manaus, n.7, 77p. DATA _____/_____/____ Localidade ___________________________________ Município ___________________________ Nome da Embarcação _______________________________________ Tipo _________________ Nome do Proprietário ______________________________________________________________ Apelido do Proprietário _____________________________________________________________ Comprimento _________________ Ton. Bruta __________________ Tripulação ______________ Pesca Principal ________________________ Arte de Pesca _____________________________ Propulsão ______________ Nº de Cilindros _________ Marca __________________ Hp _______ Ano de Construção ________ Material do Casco ____________ Sist. Conservação ____________ Inscrição da Capitania ____________________ Inscrição do IBAMA ________________________ Nome Anterior ___________________________________________________________________ Proprietário Anterior _______________________________________________________________ Data da Mudança _____________ Porto de Origem ______________________________________ OBSERVAÇÕES: _________________________________________________________________ d CADASTRO DE EMBARCAÇÕES DO ESTATPESCA CADASTRO DE EMBARCAÇÃO PESQUEIRA 02– Tipo 01-Nome da Embarcação 04- Origem Brasileira Nacionalizada Construída no Brasil 05-Local de Origem Localidade: 06-Local de Desembarque Localidade: 07-Tipo de Cais Cais Próprio Cais de Terceiros 08-Ano Fabricação 09-Propulsão 10-Potência 13- Material do Casco Aço Alumínio 15-Sistema de conservação: 18-Nº RGP: Ferro Cimento Gelo Frigorífico 19-Data do RGP: 03- Embarcação Arrendada? Sim Não Estrangeira Especificar o País: ______________________ Município: UF: Município: UF: Cais Público 11-Combustível Diesel Gasolina 14-AB1 (ton) Fibra de Vidro Madeira 16-Tripulação: 17-No. pescadores: 20-Órgão Emissor do RGP: SUDEPE IBAMA MAPA 21-Embarcação permissionada para a captura de: 22-No. Inscrição Marinha: 23-UF: 24-Ativo 25-Data de Desativação 26- Motivo da Desativação Sim Não 27-A embarcação Participa do Programa de Subvenção do Óleo Diesel? Sim 28-Nome do Proprietário: 29-Apelido do Proprietário: 30- RG Nº: 31- Órgão Emissor/ UF: 32-Data de Emissão: 33-CPF: 1 Arqueação Bruta 2 Especificar Na Praia 12-Comprimento (m) Não SEAP 34-Endereço (Rua/ Avenida): 35-Bairro: 36-Município: 42-Tipo de atividade: Captura ( ) 37-UF: Coleta ( ) 38- CEP: 39-Telefone: Extração ( ) 40-Fax: Processamento ( ) 43-Método de Pesca 44-Dias de pesca/mês Mínimo Médio Arrasto ( ) Meia-Água Espinhel/Long Line( ) Vertical Superfície Fixa Superfície Rede de Espera ( ) 41-Email: Máximo 45-Total de petrechos/ no. anzóis Fundo Horizontal Meia-Água Deriva Meia-Água Fundo Fundo Caçoeira ( ) Linha ( ) Armadilha Covo ( ) Curral De dentro ( Cangalha ( ) ) De fora ( ) Cerco ( ) Tarrafa ou rede de caída ( ) Outros2 ( ) 46-Área de Pesca: Águas Continentais Lagunar/ Estuarina Mar Territorial Mar Territorial/ ZEE ZEE Denominação Baiteira Tipo BAV BRE Bote a remo Bote a vela BOC Bote motorizado BOM Canoa CAN Canoa motorizada CAM Geleira Jangada NID JAN Descrição Embarcação movida a vela, não possui casaria, com convés fechado. Existem algumas baiteiras que não têm convés, sendo semelhantes às canoas. Possui quilha, entretanto o formato diferencia-se do bote a vela. Seu comprimento não ultrapassa 6 metros. Embarcação movida a remo, com casco chato, de pequeno porte, conhecida também como catraia, baiteira, paquete a remo etc. Embarcação movida a vela, com casco de madeira e quilha, convés fechado, sem casaria (cabine), com comprimento geralmente inferior a 11 metros, conhecida também como bote a vela, barco a vela, baiteira, bastardo etc. Embarcação movida a motor, com casco de madeira ou fibra, com quilha, convés fechado, sem casaria (cabine) e geralmente menor do que 10m, conhecida também como janga. Embarcação movida a remo ou a vela, sem convés, confeccionada em madeira (jaqueira ou marmeleiro) de fundo chato ou não, com comprimento variando entre 3 e 9 metros e vulgarmente conhecida como bateira, caíco, curicaca, igarité, biana, patacho, canoa de casco, batelão, iole etc. Embarcação movida a motor com potência entre 11Hp e 22Hp, casco de madeira e comprimento que chega atingir 8m. Conservação do pescado: “in natura” ou conservado em pequenas caixas isotérmicas com gelo Denominações: canoa ou bote a vela Embarcações recolhedoras de pescado Embarcação movida a remo, vara ou a vela, com quilha, confeccionada de madeira, possui urna para acondicionar o material de pesca Denominação Lancha Tipo LAN, BMO, BPP, BMP Lancha Industrial LIN Montaria MON Paquete PQT Descrição Embarcação motorizada, com casco de madeira, comprimento abaixo de 15 metros, com casaria (cabine) no convés, podendo ser na popa ou na proa, conhecida vulgarmente como barco a motor, saveiro de convés, janga, barco motorizado etc. Pode ser classificada em pequena, média e grande. Embarcação motorizada, com casco de ferro, geralmente maior que 15 metros, com casaria (cabine) no convés, podendo ser na popa ou na proa, também conhecida como barco industrial, barco de ferro etc. Pode ser classificada como pequena, média e grande. Embarcação movida a remo, com casco de madeira, com até 10 metros de comprimento, capacidade de até 0,5t e conservação do pescado “in natura”. Também conhecido como bote a remo, casquinho, reboque ou reboquinho. Embarcação movida a vela, com casco de isopor revestido de madeira, sem quilha, também conhecida como: jangada, catraia etc. EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS DO ESTADO DO AMAPÁ MONTARIA do Estado do Amapá CANOA A VELA do Estado do Amapá M CANOA MOTORIZADA do Estado do Amapá BARCO DE PEQUENO PORTE do Estado do Amapá BARCO DE MÉDIO PORTE do Estado do Amapá BARCO INDUSTRIAL DE MADEIRA do Estado do Amapá EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS DO ESTADO DO PARÁ CANOA A VELA do Estado do Pará CANOA MOTORIZADA do Estado do Pará BARCO DE PEQUENO PORTE do Estado do Pará BARCO DE MÉDIO PORTE do Estado do Pará BARCO INDUSTRIAL do Estado do Pará EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS DO ESTADO DO MARANHÃO BIANA MOTORIZADA do Estado do Maranhão BIANA A VELA do Estado do Maranhão BARCO MOTORIZADO do Estado do Maranhão BARCO A VELA do Estado do Maranhão BARCO MOTORIZADO do Estado do Maranhão BARCO MOTORIZADO do Estado do Maranhão CANOA A VELA do Estado do Maranhão CANOA A VELA do Estado do Maranhão BARCO MOTORIZADO do Estado do Maranhão BARCO MOTORIZADO do Estado do Maranhão EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS DO ESTADO DO PIAUÍ CANOA A VELA do Estado do Piauí LANCHA MOTORIZADA do Estado do Piauí LANCHA MOTORIZADA PARA PEIXE do Estado do Piauí LANCHA COLETORA DE CARANGUEJO do Estado do Piauí LANCHA INDUSTRIAL do Estado do Piauí EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS DO ESTADO DO CEARÁ BOTE A REMO do Estado do Ceará PAQUETE do Estado do Ceará CANOA do Estado do Ceará JANGADA do Estado do Ceará BOTE A VELA do Estado do Ceará BOTE MOTORIZADO do Estado do Ceará LANCHA do Estado do Ceará LANCHA INDUSTRIAL do Estado do Ceará EMBRCAÇÕES PESQUEIRAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE CANOA A VELA do Estado do Rio Grande do Norte CANOA A REMO do Estado do Rio Grande do Norte PAQUETE do Estado do Rio Grande do Norte JANGADA do Estado do Rio Grande do Norte BAITEIRA COM CONVÉS do Estado do Rio Grande do Norte BAITEIRA SEM CONVÉS do Estado do Rio Grande do Norte BOTE A VELA do Estado do Rio Grande do Norte BOTE A MOTOR SEM CABINE do Estado do Rio Grande do Norte BOTE A MOTOR COM CABINE do Estado do Rio Grande do Norte BOTE A MOTOR COM CABINE do Estado do Rio Grande do Norte LANCHA ATUNEIRA DE MADEIRA do Estado do Rio Grande do Norte LANCHA ATUNEIRA DE FERRO do Estado do Rio Grande do Norte ATUNEIRO ARRENDADO do Estado do Rio Grande do Norte EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS DO ESTADO DA PARAÍBA CANOA do Estado da Paraíba BOTE A REMO do Estado da Paraíba JANGADA do Estado da Paraíba LANCHA do Estado da Paraíba CANOA do Estado da Paraíba CANOA do Estado da Paraíba EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS DO ESTADO DE PERNAMBUCO CANOA do Estado de Pernambuco JANGADA do Estado de Pernambuco BARCO MOTORIZADO de Pernambuco EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS DO ESTADO DE ALAGOAS JANGADA do Estado de Alagoas BOTE A VELA do Estado de Alagoas CANOA do Estado de Alagoas BARCO MOTORIZADO do Estado de Alagoas EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS DO ESTADO DE SERGIPE LANCHA DE ARRASTO DUPLO do Estado de Sergipe LANCHA DE LINHA do Estado de Sergipe CANOA MOTORIZADA do Estado de Sergipe CANOA A VELA do Estado de Sergipe LANCHA DE LINHA do Estado de Sergipe EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS DO ESTADO DA BAHIA CANOA A REMO do Estado da Bahia CANOA A VELA do Estado da Bahia SAVEIRO PEQUENO do Estado da Bahia SAVEIRO MÉDIO do Estado da Bahia SAVEIRO GRANDE do Estado da Bahia