19/09/2014
Gramíneas Forrageiras do Gênero
Brachiaria
Brachiaria humidicola
Introdução

Espécies do gênero Brachiaria ocorrem: nas regiões tropicais e
subtropicais de ambos os hemisférios

O centro de origem das principais espécies: África Oriental

Brachiaria inclui cerca de 100 espécies de origem principalmente
tropical e subtropical africana

Sete dessas espécies são muito utilizadas como plantas
forrageiras na América Tropical
Brachiaria decumbens
Brachiaria ruzizienses
Brachiaria mutica

Brachiaria brizantha
Introdução

B. brizantha é a forrageira tropical de maior utilização para
produção animal em termos de área cultivada

70% dos 174 milhões de hectares ocupados por pastagens no
Brasil são constituídos de pastagens cultivadas, a maior parte
deles ocupada por gramíneas do gênero Brachiaria
Introdução
Mapa
da
África
mostrando região de
origem das espécies de
Brachiaria de maior
importância agronômica
(Linha vermelha).
Características Gerais

Alta produção de matéria seca

Principais espécies são estoloníferas


B. arrecta, B. brizantha, B. decumbens, B. dictyoneura, B. humidicola, B.
mutica e B. ruziziensis
Espécies introduzidas no Brasil

Brachiaria brizantha (Hochst) Stapf

Brachiaria decumbens - sementes da Austrália

Brachiaria decumbens - introdução IPEAN

Brachiaria dictyoneura (Fig & De Mot) Stapf

Brachiaria humidicola (Rendel) Schuwnickerdt

Brachiaria radicans Napper

Brachiaria ruziziensis Germain & Evrard

Brachiaria vittata Stapf
Não apresentam problemas limitantes de doenças
Crescimento bem distribuído durante a maior parte do ano
 Adaptação ampla, abrangendo várzeas inundáveis, margens de
florestas ralas e até regiões semidesérticas
1
19/09/2014
Espécies introduzidas no Brasil,
provavelmente há dezenas de anos, sendo
consideradas como nativas
Espécies nativas
 Brachiaria adspersa (Trin) Parodi

Brachiaria extensa Chase
 Brachiaria fasciculata (Se) Parodi

Brachiaria purpurascens (Henr. Blumea)
 Brachiaria mollis (Sw) Parodi

Brachiaria plantaginea (Link) Hitch
 Brachiaria reptans (L) Gardner & Hubbard
 Brachiaria venezuelae (Hack) Heur
Gramíneas do gênero
Brachiaria
Características diferenciais
Classificação –

Do ponto de vista forrageiro, destacam-se:
Família:
Gramineae
Tribo:
Paniceae
Gênero :
Brachiaria decumbens e B. brizantha na região do Brasil Central;
Brachiaria humidicola na Amazônia;
Brachiaria
purpurascens
para
solos
úmidos
nas
•
•
•
•
regiões
•
litorâneas.
Brachiaria/Urochloa
Colmo herbáceo, florescendo todos os anos
Flor hermafrodita ou masculina com 1 a 3 estames
Espiga unilateral ou panícula
Espigueta comprimida dorsiventralmente, biflora, com a antécio terminal
frutífero, o basal neutro ou masculino
As glumas caem com o antécio frutífero
Espigueta com gluma e antécio típicos do gênero Brachiaria
Características diferenciais

A inflorescência mede 11 a 24 cm, tem 3-7 espigas com espiguetas
solitárias dispostas em duas fileiras

Ráquis com 1,5 a 3 mm de largura com pêlos

Espigueta obtusa de 4-4,6 mm, glabras
Espigueta
2
19/09/2014
Problemas comuns das Brachiarias
1.
Baixo nível de nutrientes
2.
Baixa digestibilidade
3.
Baixo nível de ingestão
4.
Consequentemente, baixo valor nutritivo
5.
Susceptibilidade à cigarrinha
6.
Intoxicação: fotossensibilização; cara inchada; intoxicação nitrito e
nitrato
Brachiaria purpurascens
Brachiaria purpurascens (Forsk) Stapf (anterior: Brachiaria mutica)

inicialmente classificada como Panicum e introduzida no Brasil em
1820

nomes comuns:
"Para grass"
"Mauritius grass"
"Angola grass“
capim angola
capim bengo
Brachiaria purpurascens
Brachiaria purpurascens

Éspécie perene com colmos floríferos de 2 a 6 m,
prostrados

Inflorescências:
panícula com 10 a 20
rácemos ramificados

Muitos nós que enraízam formando densa cobertura e
nós com pelos brancos

Espiguetas de 3 a 4
mm de comprimento,
glabras,
em
duas
fileiras

Folhas glabras ou levemente pilosas, lineares e
lanceoladas (100 a 300 mm de comprimento e 8 a 20
mm de largura)
Brachiaria purpurascens
Brachiaria purpurascens

altas produções e boa qualidade de forragem

Suporta alagamento por longo tempo, mas não pode ser cultivada
com sucesso em solos secos e áreas semi-áridas

Adequada para cultivo nos trópicos úmidos, sub-trópicos e áreas
úmidas ou solo irrigado
 Semeadura: não ocorre dormência de sementes após a colheita

Propagação vegetativa: utiliza-se pedaços de colmos prostrados,
que são plantados espaçados de um metro

Invasoras são eliminadas
competitivo desta espécie
posteriormente devido ao
vigor
3
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Brachiaria dictyoneura
Brachiaria dictyoneura (Fig & De Mot) Stapf

espécie perene

hábito de crescimento semi-ereto

cor avermelhada, com 1 a 2 m de altura

estolões finos, fortes, radicantes nos nós
e de coloração púrpura

Brachiaria dictyoneura

Folhas dos estolões curtas e lanceoladas (40 a 60 mm de comprimento e 8
mm de largura)

Folhas dos ramos floríferos são mais estreitas e mais longas (80 a 150 mm)
do que as dos estolões (8 a 10 mm)
►
Folhas dos ramos vegetativos são lineares (300 a
400 mm de comprimento e 8 mm de largura), glabras
de cor verde pálida, denticuladas nas margens.
rizomas subterrâneos de dois tipos:

um em forma de nódulos pequenos e compactos

outro longo e fino, semelhante a estolões
Brachiaria dictyoneura

Inflorescências com rácemos
de 2 mm de comprimento e
ráquis de 1 mm de largura

Espiguetas de
comprimento

Primeira
gluma
do
comprimento da espigueta e
apresenta
nervuras
longitudinais, numerosas e
paralelas
7
mm
Brachiaria dictyoneura

Vegeta bem em altitudes que variam desde o nível do mar até 1.800
m, principalmente em regiões onde a precipitação oscila entre 1.500
e 3.500 mm/ano

Boa adaptação aos solos franco-arenosos até os argilosos, desde
que bem drenados

Possui boa adaptação e produção de forragem em solos ácidos e de
baixa fertilidade natural

Excelente comportamento em solos arenosos

Responde satisfatoriamente à aplicação de doses moderadas de
calcário dolomítico (1,5 a 2,0 t/ha) e de fósforo (40 a 80 kg de P2O5).
de
Brachiaria dictyoneura
Brachiaria dictyoneura

Sistema radicular profundo

Estabelecimento: início do período chuvoso

Boa tolerância ao ataque das cigarrinhas-das-pastagens

O plantio:

Requer solos bem drenados e não tolera o encharcamento
prolongado

Boa aceitabilidade pelos animais

As sementes apresentam dormência, inclusive depois de 8 meses
de colhidas

Forma consorciações equilibradas com leguminosas forrageiras
como P. phaseoloides, D. ovalifolium, A. pintoi, C. macrocarpum, C.
acutifolium e S. guainaensis

em sulcos espaçados de 0,5 a 1,0 m entre si,

a lanço ou em covas (0,5 x 0,5 m) quando se utiliza mudas

Profundidade de semeadura: de 2,0 a 3,0 cm

Densidade de semeadura varia de 2 a 3 kg/ha de sementes viáveis
escarificadas com 90 a 95% de pureza

Quando em consorciação com leguminosas,
o plantio pode ser feito a lanço ou em linhas
espaçadas de 1,0 a 1,5 m.
4
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Brachiaria humidicola
Brachiaria humidicola
 espécie perene com hastes floríferas
Brachiaria humidicola (Rendel) Schuwnickerdt

Conhecida como "Creeping signal grass","Coronivia grass" ou
Quicuio da Amazônia

Espécie do leste e sudeste da África, onde ocorre em áreas
relativamente úmidas

Em 1972/73 devido a perdas sérias de Brachiaria decumbens por
cigarrinhas, foi sugerida a propagação de B. humidicola por
apresentar-se tolerante ao inseto na região Amazônica, havendo
tendência para substituir gradualmente a B. decumbens

com mais de 500 mm e numerosos
estolões, formando cobertura densa

atinge 1 m de altura e os estolões
são finos, de cor avermelhada,
enraizando nos nós.

rizomas apresentam-se em dois
tipos: um em nódulos pequenos,
compactos e outro em nódulos
longos e finos,
Também vem ampliando a área plantada na região dos Cerrados
Brachiaria humidicola
Brachiaria humidicola

Folhas dos estolões
curtas e lanceoladas (com 50 a 60 mm de
comprimento e 8 a 10 mm de largura)

Folhas dos ramos floríferos mais estreitas e longas do que as dos estolões
(com 70 a 170 mm de comprimento e 6 a 8 mm de largura)

Folhas dos ramos vegetativos são lineares, com 300 mm de comprimento e
5 mm de largura, glabras, às vezes ligeiramente denticuladas na parte
apical da folha.

Inflorescências apresentam de
2 a 5 rácemos (30 a 40 mm de
comprimento)

Ráquis possui 1 mm de largura
e as espiguetas de 5 mm de
comprimento, bisseriadas ao
longo da ráquis

Flósculo fértil
comprimento
Brachiaria humidicola

► a quantidade de sementes por
hectare na semeadura é de 4 a
5 kg, quando a porcentagem de
germinação do lote estiver entre
13 a 20%
embora
ocorra
florescimento
no
estabelecimento, a
sementes é esparsa
de 4 mm de
Brachiaria humidicola cv. Llanero
abundante
ano
de
formação de

utiliza-se a propagação por secções
das hastes ou pedaços de touceira
com raízes

o estabelecimento mais rápido e mais
eficiente tem sido obtido quando os
pedaços de plantas têm um ou mais
afilhos

em pastagens já estabelecidas surgem
poucas inflorescências

Produção de forragem de boa qualidade

Grande aceitação por cavalos

Hospedeiro de cigarrinhas-das-pastagens

Não se recomenda o plantio em grandes áreas dessa gramínea por
representar risco a outras espécies de gramíneas consideradas
forrageiras nobres, porém susceptíveis às cigarrinhas-daspastagens, que ficariam ameaçadas pelo provável aumento
populacional da praga

Níveis altos de oxalatos
5
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Osteodistrofia Fibrosa "Cara Inchada"

Osteodistrofia Fibrosa "Cara Inchada"
Outros fatores que contribuem são:

Deficiência de cálcio na alimentação

Excesso de fósforo na alimentação (desequilíbrio na relação
Ca:P)

Deficiência de vitamina D (necessária para que o cálcio seja
absorvido pelo organismo; é uma causa rara porque ocorre
apenas em animais que não tomam sol).
Brachiaria ruziziensis
Brachiaria ruziziensis

Difere da B. decumbens, por ter porte um pouco maior e apresentar a
gluma inferior distante do resto da espigueta

Possui odor peculiar,
minutiflora Beauv.)

Gramínea perene

Subereta, de 1 a 1,5 m de altura,

Apresenta a base decumbente e radicante
semelhante ao capim

Possui rizomas fortes, em forma de tubérculos
arredondados e com até 15 mm de diâmetro

As folhas são lineares e lanceoladas, com 100 a
200 mm de comprimento e 15 mm de largura,
pubescentes, verde amareladas
gordura (Melinis
nos nós inferiores
Brachiaria ruziziensis

Inflorescência formada por 3 a 6 rácemos de 4 a 10 mm de
comprimento

Ráquis largamente alada, com 4 mm de largura, de cor arroxeada

Espiguetas possuem 5 mm de comprimento, pilosas na parte
apical, bisseriadas ao longo da ráquis

Gluma inferior tem 3 mm de comprimento e surge 0,5 a 1 mm
abaixo do resto da espigueta

Flósculo fértil apresenta 4 mm de comprimento
Brachiaria ruziziensis
6
19/09/2014
Brachiaria arrecta
Brachiaria ruziziensis

Propagação: semente ou vegetativamente (por partes da planta que
apresentam raízes)
Brachiaria radicans ou arrecta (Napper) ou Tanner Grass

Espécie perene

Florescimento muitas vezes abundante, mas as produções de
sementes viáveis é relativamente baixa, atingindo 100 kg/ha

Colmos de 1,20 m ou mais de comprimento

Subereta
Germinação: pode aumentar quando as sementes são tratadas com
ácido sulfúrico concentrado por 15 a 20 minutos (germinação de até
50% das sementes recém-colhidas).

Fortemente radicante nos nós inferiores

Folhas lanceoladas, de base cordiforme, de 70 a 150
mm de comprimento e 12 a 25 mm de largura,
brilhante de aspecto suculento e cor verde escura

Nós de cor verde amarelada, salientes, sem pelos e
quando em contato com o solo emitem raízes


Propagação vegetativa: o terço superior dos colmos enraizados
apresentam maior percentagem de propagação
Brachiaria arrecta

Inflorescência formada por 6 a 12 racemos, sendo os basais de 40
a 80 mm de largura

Espiguetas sub-sésseis, ovadas com 4 mm de comprimento,
glabras e bisseriadas ao longo da ráquis

Sementes inférteis, e a ráquis é destituída de pelos.
Brachiaria arrecta
Brachiaria decumbens
Brachiaria decumbens
Brachiaria decumbens (Stapf )


A primeira introdução de B. decumbens
no Brasil, ocorreu no IPEAN (Instituto
de Pesquisas e Experimentação
Agropecuária Norte), em 1952

Espécie adaptada a áreas tropicais úmidas de verão chuvoso, com
estação seca não superior a quatro ou cinco meses

Cresce em muitos tipos de solo, porém requer boa drenagem e
condições de média fertilidade para dar os melhores resultados

Requer precipitação acima de 1000 mm, tolerando secas

Pode suportar uma pressão de pastejo considerável, pois em
Uganda, cargas animais pesadas converteram pastagens nativas
em pastagens dominadas por B. decumbens

Constitui um capim ideal para o abafamento de invasoras.
Forma relvado com folhas junto ao solo
e é bastante procurada pelo gado
7
19/09/2014
Brachiaria decumbens cv. IPEAN
Brachiaria decumbens cv. IPEAN

Planta perene, de 30 a 60 cm de altura

Prostrada, geniculada, radicante

Emite raízes adventícias e brotos novos nos nós inferiores

Rizomas apresentam-se na forma de nódulos pequenos

Folhas lanceoladas ou linear-lanceoladas, com 10 a 15 cm de
comprimento e 15 mm de largura, macias e densamente
pilosas.

Inflorescência formada por 1 a 5 rácemos de 20 a 100
mm de comprimento

Ráquis apresenta 1,5 mm de largura

Espiguetas apresentam-se ligeiramente pilosas no
ápice, com 5 mm de comprimento, mostrando-se
bisseriadas ao longo da ráquis.
Brachiaria decumbens cv. IPEAN
Brachiaria decumbens cv. Basilisk

Pode florescer profusamente, mas poucas sementes serão formadas e
apresentarão pouca germinação, que é atribuída principalmente à
impermeabilidade das peças florais que envolvem firmemente a cariopse

Pode ser empregada a propagação vegetativa, usando-se pedaços de
colmos que enraízam facilmente durante a estação chuvosa

Recomenda-se de 4 a 6 kg de sementes por hectare ou 2.000 kg de mudas

Para um lote de sementes que apresente 20% de seu peso com sementes
cheias (mais de 60 sementes/g) deve-se empregar 4 kg de semente/ha
Brachiaria decumbens cv. Basilisk

Espécie perene, de 0,6 a 1 m de altura

Subereta, geniculada em alguns dos nós inferiores e pouco
radicante

Rizomas apresentam-se em forma de nódulos pequenos

Folhas linear-lanceoladas, de 150 a 250 mm de comprimento e 20
mm de largura, rígidas e esparsamente pilosas

Inflorescência formada por 1 a 5 rácemos, de 20 a 100 mm de
comprimento

ráquis de 1,5 mm de largura

Espiguetas são ligeiramente pilosas no ápice com 5 mm de
comprimento e bisseriadas ao longo da ráquis
Brachiaria decumbens cv. Basilisk

B. decumbens e a B. ruziziensis não
toleram solos alagadiços, preferindo
terrenos com solos bem drenados e com
boa fertilidade

Adapta-se a uma grande variedade de
solos, desde que sejam drenados,
tolerando seca e solos de média
fertilidade

A produção de forragem varia com a
fertilidade do solo e umidade disponível
8
19/09/2014
Brachiaria brizantha
Brachiaria decumbens cv. Basilisk

Ambas as brachiarias (IPEAN e Basilisk) não produzem quantidades
satisfatórias de forragem em solos com teores baixos de fósforo (P) e
potássio (K)

A B. decumbens é mais persistente sob cargas animais mais pesadas e a
níveis mais baixos de fósforo, que muitas gramíneas tropicais

Durante a estação seca (junho a setembro) pode-se verificar que a carga
animal mais elevada de 2,5 novilhas/ha foi perfeitamente suportada pela
pastagem sem que se observasse danos as plantas.
Brachiaria brizantha (Hochst.) Stapf

hábito de crescimento cespitoso, de 1 a 1,5 m de altura

espécie perene

colmos eretos ou suberetos, pouco radicantes nos nós inferiores

bainhas pilosas

nós glabros e salientes.

folhas glabras ou pilosas, linear-lanceoladas (com 50 até 400 mm de
comprimento e com largura de 6 a 15 mm)

pilosas na face ventral e glabras na fase dorsal

rizomas curtos, de 30 a 50 mm de comprimento, cobertos de escamas
amareladas e brilhantes
Brachiaria brizantha

Inflorescências formadas por 2 a 12 rácemos (50 a 150 mm de
comprimento)

Ráquis apresenta cor roxa escura, com 1 mm de largura

Espiguetas apresentam de 4 a 6 mm de comprimento, glabras ou
ligeiramente pilosas na parte apical
►
Gluma inferior largamente ovalada
e abarca a espigueta em metade
de seu comprimento
Brachiaria brizantha
Brachiaria brizantha
Brachiaria brizantha
Principais atributos
alta resposta à aplicação de fertilizantes
alta capacidade de cobertura do solo
bom desempenho sob sombreamento
bom valor nutritivo
alta produção de raízes
alta produção de sementes

propagada por sementes

propagação vegetativa considerada impraticável
9
19/09/2014
Brachiaria brizantha cv. Marandu
Brachiaria brizantha cv. Marandu

Conhecido como braquiarão ou brizantão

Adapta-se até 3.000 metros de altitude

Planta cespitosa, muito robusta, de 1,5 a 2,5 m de altura,


Colmos iniciais prostrados, mas produzindo perfilhos que surgem cada
vez mais eretos ao longo do crescimento da touceira
Precipitação anual ao redor de 700 mm e cerca de cinco meses de
seca no inverno

Boa tolerância ao sombreamento, ao fogo e à seca

Se adapta bem a solos de média e boa fertilidade

Resistente a cigarrinha das pastagens e a formigas cortadeiras

Tolera elevadas saturações de alumínio

Tolerante à acidez (recomendada para solos de média a alta
fertilidade)

Boa resposta a adubação

Não tolera solos encharcados

Suscetível a geadas
Brachiaria brizantha cv. Marandu
Brachiaria brizantha cv. Marandu

Possui bom potencial de produção e boa qualidade nutricional
quando comparada a outras gramíneas tropicais

Produtividades superiores a 20 t já foram obtidas

Consorciações: amendoim forrageiro, estilosantes e puerária

Estabelecimento: sementes (1,6 a 2,5 kg de SPV/ha)

Profundidade de plantio: 2 a 4 cm
Brachiaria brizantha cv. Xaraés
Brachiaria brizantha cv. Marandu

liberada pela Embrapa em 2003 após quinze anos de avaliações

planta cespitosa, de 1,5 m de altura

possui folhas lanceoladas e longas, com poucos pêlos de coloração
verde-escura

colmos finos e radicantes nos nós

Inflorescências grandes, com espiguetas em uma só fileira

é indicada para regiões de clima tropical
úmido, com precipitação anual acima de 800
mm
B. Brizantha cv. Marandu e Arachis pintoi cv. Amarillo em consórcio.
10
19/09/2014
Brachiaria brizantha cv. Xaraés
Brachiaria brizantha cv. Xaraés
 Medianamente exigente em fertilidade e em solos drenados

Responsiva à adubação

Lâminas foliares mais largas que as da cv. Marandu e a coloração é
verde-escura

Estabelecimento rápido (melhor rebrotação que a cv. Marandu)

Alta produtividade: especialmente de folhas

A rápida rebrotação e o florescimento tardio prolongam o período de
pastejo até o período seco

Bom valor nutritivo e alta capacidade de suporte, que resulta em
cerca de 20% maior produtividade animal por hectare quando
comparada a cv. Marandu (VALLE et al. 2004)

Não apresenta resistência desejável às espécies de cigarrinhas
Notozulia entreriana e Deois flavopicta (VALLE et al. 2004)
Brachiaria brizantha cv. Xaraés
Brachiaria brizantha cv. MG-5 Vitória

Hábito de crescimento decumbente, formando touceiras de 1,6 m

Exige solos de média a baixa fertilidade e precipitação pluviométrica
de 800 a 3000 mm

Boa tolerância à seca

Digestibilidade alta

Rapidez na rebrotação

Indicada para pastejo e silagem
Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã
Brachiaria brizantha cv. MG-5 Vitória

Selecionada após 16 anos de avaliações pela Embrapa
para regiões de climas tropical e tropical úmido

Crescimento ereto e cespitoso
Possui florescimento tardio e ciclo mais longo (mantém a qualidade
por mais tempo)

Porte médio e com altura entre 0,85 e 1,10 m

Colmos verdes e finos (4 mm de diâmetro)

Bainhas foliares têm poucos pêlos claros

Lâmina foliar é glabra medindo até 45
cm de comprimento e 1,8 cm de largura

Lâmina áspera na face superior e têm
bordas serrilhadas e cortantes

Apresenta ainda perfilhamento aéreo
 Possibilidade de ser plantada em solos mal drenados - é

ideal
11
19/09/2014
Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã


Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã
Inflorescência apresenta maior número de rácemos (até 12),
quase horizontais, com pêlos longos e claros nas bordas e
espiguetas sem pêlos e arroxeadas no ápice
Resistente às cigarrinhas
entreriana e Deois flavopicta
típicas
de
pastagens,

Em Campo Grande, MS e em regiões semelhantes, apresenta
florescimento precoce e concentrado nos meses de janeiro-fevereiro

Produtividade de sementes:150 kg/ha/ano (em colheitas manuais)

Pode ser cultivado: no norte de Mato Grosso, Tocantins, Rondônia,
Acre e Sul do Pará, e em regiões com estação seca de até 5 meses
dos Estados das regiões Centro-Oeste e Sudeste, além das áreas
de Mata Atlântica e de cerrado da Bahia
Notozulia
Brachiaria híbrido cv. Mulato
Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã

Plantio: em época de chuvas bem distribuídas, como meados de
novembro até fevereiro nos cerrados de Mato Grosso do Sul

Cruzamento nº 625 (Brachiaria ruziziensis clone 44-6 X Brachiaria
brizantha CIAT 6297), realizado em 1988 pelo CIAT

Taxa de semeadura de no mínimo 2,5 kg/ha de SPV

Gramínea perene, vigorosa, de hábito perfilhado e decumbente
 Profundidade de semeadura: 2 e 5 cm

Grande tolerância à cigarrinha-das-pastagens

Indicada para solos de média fertilidade

altura da planta com a inflorescência: varia de 90 a 100 cm

Produz forragem de boa qualidade e acumula de folhas


Colmos finos (melhor aproveitamento pelo animal)

Alto valor nutritivo e alta taxa de crescimento e rebrotação
Em estudo anatômico, observou-se a presença
de células e tecidos com paredes espessadas,
especialmente com lignina que podem
representar dificuldades na digestibilidade e
degradabilidade (SMILJANIC JUNIOR et al.,
2007)
Brachiaria híbrido cv. Mulato
Brachiaria híbrido cv. Mulato

Folhas lineares, lanceoladas, de cor verde intenso, de 35 a 40 cm
de comprimento e 2,5 a 3,0 mm de largura

Caule cor verde intenso e cilíndrico, de 55 a 80 cm de diâmetro

Sistema radicular profundo: resistente à seca

Boa recuperação ao desfolhamento (mecanismo de rebrote por
gemas basais)

Capacidade para emitir estolões, com rápida recuperação no
pastejo ou corte

Floração tardia

Inflorescência: tipo panícula de até 40 cm de comprimento, com 4
a 7 rácemos, com dupla fileira de espiguetas (42 espiguetas)
12
19/09/2014
Mulato 2 – Convert* HD364

Obtido CIAT - um híbrido tetraplóide - seleção das progênies de três
gerações

Cruzamentos entre Brachiaria ruziziensis x Brachiaria decumbens x
Brachiaria brizantha.

Planta perene, crescimento semiereto, pode alcançar até 1 m de altura sem
incluir a inflorescência.

Colmos de cor verde intenso, cilíndricos, pubescentes e vigorosos, com 55 a
80 cm de comprimento, alguns semidecumbente e capazes de enraizar
quando entram em contato com o solo

Folhas líneo-triangulares (lanceoladas) com aproximadamente 3,8 cm de
largura também possuem coloração verde intenso e abundante pubescência
em ambos os lados da lâmina. A lígula é curta e membranosa.
Mulato 2 – Convert* HD364
Fonte : Dow Agroscience
Mulato 2 – Convert* HD364

A inflorescência 4 a 6 racemos, com fileira dupla de espiguetas, que tem
aproximadamente 5 mm de comprimento e 2 mm de largura.

O sistema radicular do CONVERT™ HD364 é profundo e ramificado.
Fonte : Dow Agroscience
Mulato 2 – Convert* HD364
Fonte : Dow Agroscience
Tabela 1: Recomendação de plantio HD 364, quando plantadas entre novembro e janeiro (Brasil Central), em áreas de solo preparado.Valores recomendados pela Dow AgroSciences com base em observa
Consorciação de Brachiarias e
Leguminosas
Mulato 2 – Convert* HD364
Condições de plantio HD 364
Taxa de semeadura (kg/ha - Ponto
de Valor Cultural (PVC))
Ideais
7.5 - 240 PVC
Médias
10 - 320 PVC
Adversas
15 - 480.PVC

B. decumbens: Calopogônio, Pueraria “kudzu”,
E. guianensis, E. capitata, E. macrocefala,
Centrosema, Arachis.

B. humidicola: Arachis pintoi, Siratro, Guatá.

B. brizantha cv. Marandu: Pueraria “kudzu”,
Centrosema, Guatá.

B. brizantha cv. Xaraés: Arachis, Calopogônio,
Stylosanthes, Pueraria, Soja perene

B. ruziziensis: Calopogônio, Siratro, Soja
perene.
Soja perene
Fonte : Dow Agroscience
13
19/09/2014
Comparações entre as espécies de Brachiaria
Comparações entre as espécies de Brachiaria

B. brizantha é mais tolerante ao frio

B. decumbens e humidicola desaparecem no inverno (RS) e
ressurgem com vigor na primavera
 B. brizantha é mais tolerante à seca que B. decumbens, B.
humidicola e B. ruziziensis. Cerca de 700 mm e 8 meses de seca

B. ruziziensis e decumbens são mais aceitas pelos animais que a B.
brizantha e humidicola (mais áspera e dura)
Comparações entre as espécies de Brachiaria

B. brizantha e B. decumbens apresentam sementes com alta
dormência na época da colheita, que é quebrada por ocasião do
armazenamento (3 a 4 meses e quanto mais frio e seco melhor).

Altura de corte varia entre 5 e 20 cm do solo

De modo geral, apresentam médio valor nutritivo
Comparações entre as espécies de Brachiaria
Produção de matéria seca (Kg/ha) de Brachiaria humidicola
comparada com outras gramíneas em sistema de cortes, durante
três anos na área do IPEAN (Belém).
Gramínea
1º ano
2º ano
3º ano
4º ano
B. humidicola
17.255
18.419
19.064
54.738
B. decumbens
24.455
11.700
15.836
52.081
B. ruziziensis
22.404
14.396
14.167
50.967
Panicum maximum
25.163
15.772
12.206
53.141
Composição química percentual média de B. decumbens em
diversos intervalos entre cortes.
Intervalo
entre
cortes
30 dias
45 dias
60 dias
75 dias
90 dias
Matéria Fibra Proteína Extrato
Extrativo não CaO P2O5
mineral bruta
bruta
etéreo
nitrogenado
%
%
%
%
%
%
5,7
5,5
5,1
4,9
4,8
31,1
32,4
31,9
31,3
32,3
8,6
8,4
8,4
8,0
7,7
2,7
2,7
2,5
2,5
2,3
42,0
41,0
42,1
43,2
42,9
0,34
0,30
0,25
0,26
0,21
0,24
0,23
0,18
0,19
0,18
Comparações entre as espécies de Brachiaria
Comparações entre as espécies de Brachiaria
Digestibilidade "in vitro" para gramíneas do gênero Brachiaria, colhidas em
diferentes estádios de maturidade.
Velocidade de estabelecimento por propagação de Brachiaria spp.
Semanas de crescimento
Brachiaria
1
2
3
4
5
6
7
8
Espécies
9
10
11
12
14
16
B. decumbens
brizantha
decumbens
mutica
78,6 78,3 73,5 76,3 68,4 67,7 65,8 61,1 58,1 60,0
-
58,6 54,6
-
-
78,2 72,8 73,0 71,9 71,0 66,7 66,9 61,1 63,7 58,9 54,8
-
49,8
-
75,6 78,9 76,4 71,2
-
38,7
59,5 61,1 53,8 48,5
-
47,3
ruzizienses
82,5 81,2 79,7 73,9 72,1 72,1 69,2 66,2 68,6 64,0
-
-
54,8 54,5 40,8
humidicola
76,8 74,1 68,5 73,5 72,0 72,8 68,6 66,5 63,1 59,1
-
55,9 51,4 51,6
B. ruzizienses
B. humidicola
B. brizantha cv.
Marandu
Velocidade de
estabelecimento
(meses)
4
3
3a4
11
3
1a5
6a8
4a5
Propagação
Sementes
M udas
Sementes
M udas
M udas
M udas
Sementes
Sementes
14
19/09/2014
Comparações entre as espécies de Brachiaria
Comparações entre as espécies de Brachiaria
Tolerância das diferentes espécies ás condições climáticas e de
manejo.
Espécie
Nome
científico
decumbens
brizantha
Nome
comum
Decumbens
Braquiarão
Propagação
sementes
sementes
Exigência
nutricional
Boa
Média
Regular
Regular
Seca
Tolerância
Solos mal
Geada
drenados
Fraca
Fraca
Fraca
Fraca
humidicola
Quicuio
sementes
Boa
Fraca
Regular
Boa
ruzizienses
Ruziziensis
sementes
Média
Fraca
Fraca
mutica
Angola
vegetativa
Média
Fraca
Fraca
arrecta
Tanner grass
vegetativa
Média
Regular
Regular
Fraca
Moderada/
Baixa
Moderada/
Baixa
dictyoneura
Dictioneura
sementes
Boa
Fraca
Fraca
Regular
Acidez do
solo
Boa
Boa
Moderada/
Baixa
Regular
Espécies de Brachiaria
brizantha humidicola ruziziensis
Boa
Fraca
Fraca
Boa
Regular
Fraca
Regular
Regular
Boa
Regular
Regular
Fraca
Fatores
Seca
Geada
Sombra
Fogo
Fertilidade
do solo
Cigarrinha
decumbens
Regular
Fraca
Boa
Boa
Baixa
Boa
Baixa
Boa
Baixa
Boa
Susceptível
Resistente
Tolerante
Susceptível
Moderada
Propagação
Sementes
Sementes
Sementes
Sementes
Moderada
Sementes/
Mudas
Regular
-
mutica
Fraca
Fraca
Fraca
Fraca
arrecta
Fraca
Fraca
Fraca
Regular
Mudas
Moderada/
Baixa
15
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Aula 7 - Unesp