Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
FACULDADE DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL
Programa Internato em Saúde Coletiva:
ênfase em Atenção Básica/Saúde da Família
1) Objetivo Geral do Internato:
Desenvolver aprendizagem em serviço de Atenção Primária Em Saúde com
ênfase na Medicina de Família e Comunidade, vivenciando ações de
prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e recuperação dos agravos mais
prevalentes à saúde do indivíduo, família e comunidade.
2) Atividades a serem desenvolvidas:
Prática Clínica Assistencial dirigida a grupos prioritários: crianças,
adolescentes, adultos, mulheres e idosos.
Prática Médica Geral em emergências, incluindo atendimento a urgências
clínicas/intoxicações, suturas/queimaduras, cirurgias, traumatologia e
atenção básica do politraumatizado.
Visitação Domiciliar:acamados, gestantes, situações de risco e faltosos.
Participação em Grupos de Educação em Saúde e outras atividades de
Promoção de Saúde, em cenários como escolas, creches e outros.
Acompanhamento de Atividades de Saúde Pública, com ações em gestão,
monitoramento e acompanhamento de prioridades em saúde.
Atividades Teóricas compreendendo até 20% da carga horária do Internato.
3) Descrição das Atividades:
1- Prática Clínica e Atenção Primária em Saúde Mental:
A consulta clínica em atenção primária é o momento primordial, onde ocorre
o exercício das habilidades clínicas e de comunicação em prol da atenção
integral ao sujeito e à família no sentido da criação de um vínculo continuado.
Este vínculo legitima a atuação comunitária do profissional e a prática
integrada de ações curativas e preventivas.
A atividade de Atenção Primária em Saúde Mental envolve a participação em
interconsultas psiquiátricas na atenção básica, a participação em grupos para
pessoas com transtornos mentais e atividades de promoção da saúde mental
na comunidade.
2- Prática médica em emergência: programa em parceria com Hospital de
Pronto Socorro, com atuação direta em atendimento da clínica de adultos,
suturas, traumatologia de urgência e politraumatizados.
3- Visitas Domiciliares:
As visitas domiciliares (VDs), são instituídas como uma das bases do tripé de
ferramentas (a saber: visita domiciliar/acolhimento/ abordagem familiar) que,
juntamente com sua inserção social privilegiada, diferenciam o médico de
família. Contemplam a prevenção, promoção da saúde, a busca ativa de
casos e faltosos, o acompanhamento de doentes crônicos, a internação
domiciliar de acamados, e a observação da família e do paciente em seu
ambiente cotidiano.
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4- Grupos:
O trabalho em grupos é uma modalidade terapêutica/promocional coletiva,
muito utilizada no âmbito das Instituições Públicas ou Universitárias de
Saúde. Como exemplos destacam-se os grupos educativos (diabéticos,
hipertensos), operativos (tabagismo), de convivência (terceira idade), de
apoio (amamentação), de auto-ajuda (alcoólicos anônimos), e psicoterápicos
(saúde mental), entre outros.
Os grupos oferecem espaços físicos e psicológicos onde são preparadas
estratégias para potencializar as atividades individuais e coletivas existentes
nos grupos humanos, para buscarem sua auto-realização.
5- Gestão e Epidemiologia:
As atividades em Gestão e Epidemiologia serão pactuadas em cada unidade
de estágio, propondo-se alternativas para desenvolvimento em grupos, com
supervisão do preceptor local:
1. Vigilância Epidemiológica em nível local - Acompanhar as equipes de
vigilância na investigação das doenças de notificação compulsória.
2. Acompanhamento e monitoração de Programas - Estudo de programas
prioritários de Saúde Pública-p.ex. DST-AIDS, Gestantes, TB, Asmacom acompanhamento do processo de coleta de dados e análise em
nível local.
3. Uso de Evidências e Protocolos Clínicos - Revisão crítica de Protocolos
existentes em Instituições do SUS, com análise das evidências
utilizadas.
4. Diagnóstico de Saúde - Os alunos podem atualizar o banco de dados do
“Diagnóstico de Saúde Distrito Leste” (2005). As variáveis a serem
estudadas serão escolhidas pelos grupos.
4) Operacionalização: Duração, Número de Internos, Horários,
Plantões:
O estágio terá a duração de 120 dias, com até 40 alunos organizados em
quatro grupos, com a seguinte distribuição:
Centro de Extensão Universitária Vila Fátima(CEUVF) ou
Centro de Saúde Bom Jesus (CSBJ) = 30-60 dias.
Hospital Pronto Socorro = 30 dias, com 15 plantões de 12 horas = 180
horas.
Unidade da Estratégia Saúde da Família (Jardim Carvalho, Safira Nova
ou Santo Alfredo)= 30-60 dias.
Grupo I
Centro de Extensão
Universitária Vila Fátima
(CEUVF) = 1* ou dois
meses
Centro de Saúde Bom Jesus
= 1* ou dois meses
*HPS = 1 mes
Grupo II
Estratégia Saúde da Família:
Jardim Carvalho
Safira Nova
Santo Alfredo =
1* ou dois meses
*HPS = 1 mes
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Carga Horária das Atividades do Internato:
Atendimento
Clínico/Pediátrico/
Medicina de Família
Saúde Mental em Atenção Primária
(Interconsulta)
Grupos
Epidemiologia e Saúde Pública
Visitas Domiciliares
Programa Teórico
12 a 16 horas/semana
02 horas/semana
04 horas/semana
04 horas/semana
06horas/semana
04 horas/semana
As atividades do Internato transcorrerão no horário das 08 às 17 horas de
segundas as sextas-feiras.
Nas quintas-feiras, o turno da tarde das 14 às 17:30 h. será reservado para
os seminários teóricos para todos os alunos.
5) Atividades Teóricas:
Serão realizados 02 seminários semanais de duas hora/aula, com
apresentação de temas selecionados, discussão de artigos científicos e a
apresentação e discussão de casos clínicos e de família. O programa teórico
será distribuído em módulos com as seguintes temáticas:
1. Saúde da Criança e do Adolescente
- Avaliação de desenvolvimento e puericultura
- Manejo de doenças comuns na infância e adolescência
- Abordagem da violência, abusos, uso de drogas e sexualidade
2. Saúde da Mulher
- Atenção pré-natal em atenção primária
- Climatério e menopausa
- Anticoncepção
3. Saúde do Adulto e do Idoso
- Manejo da HAS em atenção primária;
- Tratamento e prevenção das complicações do Diabetes Mellitus;
- Uso de protocolos clínicos e MBE: manejo da criança e do adulto com
Dengue;
- Dor crônica e dor musculoesquelética;
- Cefaléias;
- Saúde Mental - diagnóstico, manejo e encaminhamento de problemas
comuns: depressão; transtornos de ansiedade; dependência química;
- Manejo farmacológico dos psicofármacos mais utilizados em Atenção
Primária;
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4. Medicina de Família:
Aplicação dos atributos da medicina de família na prática clínica.
5. Casos Clínicos: Os alunos serão divididos em oito grupos de estágio, os
quais deverão selecionar um caso clínico de transcendência, prevalência
e relevância para a prática da medicina de família, em acordo com o
preceptor local. O mesmo será apresentado durante os seminários e o
assunto será tema da prova teórica.
6) Avaliação :
Os alunos serão avaliados de acordo com:
Ficha de avaliação dos aspectos relacionados com atenção ao paciente,
atuação em equipe de saúde e registros e a avaliação do trabalho em
gestão e epidemiologia. Peso de 30 % da nota final.
Prova teórica sobre os (08) casos clínicos apresentados em
seminários.Peso de 15 % da nota.
Prova de Habilidades a ser realizada no final de cada estágio. Peso de
15 % da nota final
Avaliação oral em Banca teórico-prática.Peso de 40 % da nota.
7) Bibliografia:
DUNCAN, B. B.; SCHMIDT, M. I.; GIUGLIANI, E. R. J. Medicina
Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências.
Porto Alegre: Artmed, 2004.
CURRENT: Medicina de Família e Comunidade (Lange)2ª Edição
Jeannette E. South-Paul; Samuel C. Matheny; Evelyn L. Lewis, grupo A;
2010.
PUCRS. Programa de Incentivo a Mudanças Curriculares nos Cursos de
Medicina. Diagnóstico de saúde do distrito leste de Porto Alegre /
PROMED. Porto Alegre: Edipucrs, 2005.
STARFIELD, Bárbara. Atenção Primária, equilíbrio entre necessidades de
saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO, Ministério da Saúde,
2002.
726p.
Disponível
em:
http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001308/130805por.pdf .
BARKER, L. R.; BURTON, J. R.; ZIEVE, P. D.; e col. Principles of
Ambulatory Medicine. 7° ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins
Barker, 2006.
Ministério da Saúde. Cadernos da Atenção Básica (todos). Disponíveis
no
link
a
seguir:
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/documentos/cardernos_ab/document
os
MORETTO,
A.(org)
;Stein,
A.T.;
Polanczyk,
C.A.;
Sirena,
MGA.;Kuchenbecker, R. Diretrizes e Protocolos Clínicos Para o SUS:
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Instrumentos para Qualificação da Assistência em Saúde.Porto Alegre:
edipucrs, 2005.
ZIMERMAN, D. E.; OSÓRIO, L. C. Como trabalhamos com grupos. Porto
Alegre: Artes Médicas,1997.
OMS (Organização Mundial de Saúde). Diretrizes Diagnósticas e de
Tratamento para Transtornos Mentais em Cuidados Primários. Porto
Alegre:Artes Médicas.2007.
Tratado de Medicina de Família e Comunidade – Princípios, Formação e
Prática – Vol. I e II - Editora: Artmed (Grupo A) – editora oficial da
SBMFC, 2012
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