nº 121 - Março/Abril 2014 Evandro Teixeira - CPDoc JB 50 anos do golpe: IAB discute ditadura militar M arcada por prisões, mortes e desaparecimentos, a ditadura militar brasileira durou 21 anos e deixou marcas profundas na história do país. Para os juristas que compartilharam as experiências dessa época, são muitas as lembranças. Como advogar em um estado autoritário? Esse era o maior desafio. Em uma reportagem especial, advogados contam suas experiências na fase mais crítica do regime. Págs. 4 e 5 IAB elege novo presidente O criminalista Técio Lins e Silva foi eleito o novo presidente do IAB. Candidato único à presidência, o advogado assumirá o cargo no dia 9 de maio. O novo presidente ficará à frente do IAB até 2016 e tem entre suas propostas a intensificação do trabalho do Instituto na produção de pareceres técnicos para comissões do Congresso.. Pág. 3 Fragoso entrega presidência com saldo positivo A pós quatro anos à frente do IAB, atual presidente deixa o cargo com mandatos reconhecidos e celebrados por sua diretoria. De acordo com secretários e membros do Instituto, Fernando Fragoso trabalhou para trazer de volta a importância e o prestígio do IAB junto à advocacia brasileira. Pág. 7 FOLHA DO IAB - JORNAL DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS Editorial Um valoroso grupo de dedicados advogados reuniu-se para disputar o comando do Instituto dos Advogados Brasileiros no ano de 2010, convidando-me para presidir a diretoria que restou eleita por escolha de maciça quantidade de consócios de todo o país. À época, eu ocupava simultaneamente um cargo na diretoria, assim como a presidência da operosa Comissão Permanente de Direito Penal, a convite do saudoso presidente Paulo Saboya. Assumindo a direção da centenária Casa, o entusiasmo deste grupo espraiou-se por todos os segmentos do IAB, instaurando-se tempos de formidável produção intelectual, acalentados debates nas sessões plenárias semanais, motivados por pareceres e opiniões preciosas encaminhados pelas três dezenas de Comissões Permanentes. Além do debate permanente dos momentosos temas da vida nacional, é mister registrar que todas as propostas de alteração da legislação codificada estiveram sob nosso rigoroso exame. Inúmeros eventos se desenvolveram a partir de propostas de novos códigos de Processo Civil e de Processo Penal, de Defesa do Consumidor, bem como os anteprojetos dos Códigos Penal e Comercial, e da lei de arbitragem. No tema eleitoral, a aplicação da chamada Lei da Ficha Limpa, prevendo inelegibilidade para candidatos que apresentem antecedentes desabonadores, empolgou os associados durante várias sessões. O Centro Cultural e a Sala de Sessões foram ambiente para mais de uma centena de eventos e palestras a cada ano, movimentando a vida cultural em todos os temas do conhecimento jurídico, atraindo a nova safra de mestres e doutores ao debate e, mesmo, integrando-os como novos membros. No ano de 2013, o Instituto completou 170 anos de fundação, motivando a realização de magno evento comemorativo, com a participação de grandes juristas, professores, membros de todas as carreiras jurídicas, além de estudantes universitários. Para marcar o evento, a diretoria deliberou editar um livro que virá a lume em maio de 2014. O exemplar conterá todas as palestras, bem como registros da solenidade de instalação da nova biblioteca, precioso acervo, acessível não só aos advogados, mas ao público em geral. A condução da vida institucional do IAB, por outro lado, propiciou-me participar de praticamente todas as sessões mensais do Conselho Federal da Ordem dos Advogados, onde o Instituto possui assento e voz, sendo a única instituição para tanto contemplada pelo Estatuto da OAB. Pelos méritos das atividades que aqui se realizam, fui eleito presidente do Colégio de Presidentes de Institutos dos Advogados do Brasil, concretizando-se nesta gestão o Estatuto do Colégio, fixada sua sede na Capital Federal, presidência que deixo, simultaneamente, com a passagem do cargo a meu sucessor e parceiro de duas diretorias, Técio Lins e Silva, que concorreu sem opositor, dado o reconhecimento dos associados pelos resultados de nossas duas administrações. Cumpre dizer obrigado aos sócios do Instituto dos Advogados Brasileiros, em especial aos diretores, grandes parceiros, que comigo se empenharam nas cotidianas atividades de nossa Casa, cujos funcionários são igualmente credores do agradecimento por seu empenho e dedicação permanentes. Devo registrar que deixo o cargo extremamente recompensado pelas alegrias que cada realização me proporcionou, desejando que estes dois biênios fiquem francamente ultrapassados pelos êxitos que estimo aos colegas que prosseguem na condução do glorioso destino de nossa estimada instituição. Fernando Fragoso - Presidente Eventos TRF homenageia Fernando Fragoso O Tribunal Regional Federal da 2ª. Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo) fez uma homenagem ao presidente do IAB, Fernando Fragoso, pelas conquistas ao longo de sua administração. Participaram da cerimônia, realizada no próprio Tribunal, os desembargadores André Fontes, Simone Schreiber, Theófilo Miguel, Paulo Cesar Espírito Santo e Abel Gomes. Também estiveram presentes o Procurador-Regional da República e o ex-presidente do Instituto, Carlos Henrique Fróes. Congresso prepara para Conferência Nacional Fernando Fragoso foi um dos participantes do Congresso Nacional da OAB, realizado nos dias 10 e 11 de abril, em Juiz de Fora. O evento foi um preparatório para a XXII Conferência Nacional dos Advogados, maior evento jurídico da América Latina, que acontecerá em outubro, no Rio de Janeiro. O presidente do IAB participou do segundo dia do evento ministrando a palestra “A Constituição de 1988 e o Advogado: Prerrogativas e Aspirações dos Advogados no Brasil Contemporâneo”, juntamente com o vice-presidente do Conselho Federal da OAB, Claudio Lamachia. FOLHA DO IAB INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS DIRETORIA Presidente: Fernando Fragoso 1º Vice-Presidente: Teresa Cristina G. Pantoja 2º Vice-Presidente: Victor Farjalla 3º Vice-Presidente: Duval Vianna Secretário Geral: Ubyratan Guimarães Cavalcanti 1º Secretário: Diogo Tebet da Cruz 2º Secretário: Leilah Barbosa Borges da Costa 3ª Secretário: Carlos Roberto Schlesinger 4º Secretário: Augusto Haddock Lobo Diretor Financeiro: João Carlos de C. Éboli Diretor Cultural: Pedro Marcos N. Barbosa Diretor de Biblioteca: Fernando Maximo de Almeida P. Drummond Orador Oficial: Carlos Eduardo Bosísio Diretores Adjuntos: Dora Martins de Carvalho Sydney Limeira Sanches Ester Kosovski Técio Lins e Silva MEMBROS VITALÍCIOS DO CONSELHO SUPERIOR Aloysio Tavares Picanço Benedito Calheiros Bomfim Carlos Henrique de C. Fróes Celso da Silva Soares Eduardo Seabra Fagundes Henrique Cláudio Maués Hermann Assis Baeta João Luiz Duboc Pinaud Marcello Augusto D. Cerqueira Maria Adélia C. R. Pereira Otto Eduardo Vizeu Gil Ricardo Cesar Pereira Lira Sérgio Ferraz Theophilo de Azeredo Santos CONSELHO SUPERIOR Adherbal A. Meira Mattos Alberto Venâncio Filho Alfredo Lamy Fiho Antônio Carlos C. Maia Aristoteles Dutra Atheniense Cândido de Oliveira Bisneto Célio Salles Barbieri Celio de Oliveira Borja Dora Martins de Carvalho Ernani de Paiva Simões Ester Kosovski Evaristo de Moraes Filho Francisco Domingues Lopes Francisco José Pio Borges de Castro George Francisco Tavares Hariberto de Miranda Jordão Filho Humberto Jansen Machado Ivan Paixão França José Alfredo Ratton José Bernardo Cabral José Cavalcanti Neves José Fernando X. da Rocha José Júlio Cavalcante de Carvalho José Luiz Milhazes Lourdes Maria Celso do Valle Marcos Halfim Marcelo Lavenère Machado Nelson Paiva Paes Leme Oscar Otavio Coimbra Argollo Randolpho Gomes Reginaldo Oscar de Castro Ricardo Lobo Torres Roberto Paraíso Rocha Rubens Approbato Machado Sérgio Francisco de Aguiar Tostes Silvério Mattos dos Santos Tecio Lins e Silva Teresa Cristina G. Pantoja Ubyratan G. Cavalcanti Victor Farjalla FOLHA DO IAB Edição: Monte Castelo Idéias Tiragem: 1.800 exemplares FOLHA DO IAB - JORNAL DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS Data Venia Técio Lins e Silva é eleito o novo presidente do IAB Candidato único à presidência do Instituto, criminalista assume o cargo no dia 9 de maio O advogado criminalista Técio Lins e Silva foi eleito o novo presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB). Candidato único à presidência, o advogado foi eleito com 336 votos e assumirá o cargo no dia 9 de maio, em uma cerimônia no auditório Evandro Lins e Silva, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro. Aos 68 anos, Técio presidirá uma entidade que reúne cerca de 1.400 filiados, incluindo juízes e ministros dos tribunais superiores, que compõem o quadro de membros honorários. O novo presidente ficará à frente do IAB até maio de 2016 e tem entre suas propostas a intensificação do trabalho do Instituto na produção de pareceres técnicos para comissões do Congresso. Luís Guilhereme Fernandes Diretor-adjunto das duas últimas “Teremos um futuro rico em debates”, afirmaTécio. gestões do IAB, Técio vê na coincidência com a agenda legislativa uma oportunidade para a entidade voltar a influir nas questões da ordem jurídica. “Os Códigos são fundamentais para a vida do advogado. E a próxima legislatura será riquíssima nesse aspecto”, afirma, listando os Códigos Civil e Comercial. Outro projeto que deve ganhar atenção especial é a Reforma do Código Penal (PLS 236/2012), atualmente no Senado. Ao longo dessas cinco décadas, Técio firmou-se como um dos mais respeitados criminalistas do país. Foi conselheiro da OAB-RJ, do Conselho Federal e ocupou uma cadeira no Conselho Nacional de Justiça entre 2007 e 2010. A experiência foi transformada no livro Do Outro Lado da Tribuna, lançado quando retomou a advocacia. Nos anos 1980, foi presidente do Conselho Federal de Entorpecentes (1985-87) e secretário estadual de Justiça (1987-90), cargo que dividiu com o de procurador-geral da Defensoria Pública do RJ. De sua autoria, o projeto de emenda à Constituição estadual que criou o cargo serviu de base ao texto adotado pela Constituição de 1988. O criminalista Técio Lins e Silva será o sucessor de Fernando Fragoso, que esteve na presidência do Instituto nos últimos quatro anos. Marcada por uma grande Conferência em homenagem aos 170 anos do Instituto, realizada em agosto do ano passado, a gestão de Fragoso teve momentos importantes para a instituição, como a renovação cultural do IAB e a instalação da nova biblioteca do Instituto, projeto que há anos estava no papel. Para o novo presidente, assumir a cadeira de uma instituição centenária como o Instituto dos Advogados Brasileiros é uma responsabilidade e, ao mesmo tempo, uma honra. “É uma responsabilidade gigantesca, mas trabalharemos para corresponder à altura. Vamos colocar a nossa defesa acadêmica a serviço do país, fazer valer a vocação do IAB”, afirmou Técio. Segundo ele, ser eleito com uma parcela significativa de votos, ainda mais em se tratando de uma eleição com uma única chapa, garante legitimidade à sua vitória. “Saber que fui escolhido por tantos amigos e colegas de profissão me dá uma alegria imensa e a certeza de que trabalharei tendo o apoio e a confiança dos nossos sócios”, agradeceu o criminalista, que classificou a eleição como “uma sucessão de amor e amizade”. Ao apresentar sua candidatura à presidência do IAB, Técio Lins e Silva afirmou que contaria com uma “diretoria executiva não estatutária”, formada por presidente, secretário, tesoureiro e diretores-adjuntos. De acordo com o criminalista, trata-se de uma forma de trazer um grupo maior à diretoria do IAB, fazendo com que as pautas avancem e não dependam de uma única pessoa na tomada de decisões. “Essas diretorias aumentarão a capacidade de trabalho do IAB. O diretor -cultural terá, por exemplo, o apoio de uma diretoria específica que vai colaborar na parte acadêmica, planejando os cursos e convênios. Vamos pensar grande, buscando convênios com entidades nacionais e interna- cionais”, avalia. A nova diretoria é composta pela maioria dos diretores da gestão de Fragoso. Após a contagem de votos que o elegeu como o novo presidente do IAB, Técio agradeceu o empenho de todos e disse ter um grande desafio pela frente: “Sinto-me honrado com a oportunidade de dirigir esta casa tão importante para a história jurídica do país, com tanta representatividade. O IAB é a casa dos mestres do Direito, e nós temos um futuro riquíssimo de debates com a entrada em pauta de assuntos fundamentais para a advocacia no Congresso Nacional”, afirmou o advogado. Conheça a composição da chapa: Presidente: Técio Lins e Silva 1ºVice-Presidente: Cândido de Oliveira Bisneto 2ºVice-Presidente: Rita Cortez 3ºVice-Presidente: Duval Vianna Secretário-Geral: Ubyratan Guimarães Cavalcanti Diretor-Secretário: Jacksohn Grossman Diretor-Secretário: Carlos Eduardo Machado Diretor-Secretário: Leilah Borges Diretor-Secretário: Carlos Roberto Schlesinger Diretor-Financeiro: Thales Rodrigues de Miranda Diretor-Cultural: João Carlos Castellar Diretor de Biblioteca: Fernando Drummond Orador-Oficial: José Roberto Batochio Diretor-Adjunto: Dora Martins de Carvalho Diretor-Adjunto: Sydney Sanches Diretor-Adjunto: Ester Kosovski Diretor Adjunto: Eurico Teles FOLHA DO IAB - JORNAL DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS Capa Golpe militar completa 50 anos: IAB comemora grande atuação do Direito brasileiro na defesa de presos políticos e a responsabilidade do carcereiro. Algumas vidas foram salvas dessa forma”, relembra Marcello Cerqueira. Ele explica que o mais importante era ter uma prova de que seu cliente estava vivo. Outro método empregado pelos advogados era o de levar denúncias e documentos dos detidos para fora dos presídios. Naquela época, as pessoas não eram revistadas ao entrar ou sair das prisões, o que facilitava o transporte de provas e denúncias importantes que puderam ser encaminhadas a foro internacional. O ex-orador oficial do IAB, Humberto Jansen Machado, advogado atuante na época do regime, explica que, O golpe militar completou 50 anos. Marcada por prisões, mortes e desaparecimento de centenas de pessoas, a ditadura foi um período da história nacional que durou 21 anos e deixou marcas profundas na trajetória de muitos brasileiros. Para os juristas que compartilharam com seus clientes as experiências dessa época, são muitas as lembranças. Segundo relatos, com um sistema judiciário repleto de falhas, nunca foi fácil advogar no Brasil, mas, após o golpe militar, a tarefa se tornou quase impossível. Como advogar em um estado autoritário regido por leis de exceção? Esse era o maior desafio. Durante a fase mais crítica do regime militar, alguns advogados chegaram a expor a própria vida, tornando-se vítimas de atentados e prisões. Apesar de ser anticomunista, o jurista Heráclito Sobral Pinto, por exemplo, acreditava que o respeito às leis deveria ser maior que o seu ponto de vista ideológico. Luís Carlos Prestes e Carlos Lacerda estavam entre os clientes famosos de Sobral. Marcello Cerqueira e Modesto da Silveira também são exemplos de dedicação à defesa de presos políticos. Segundo Cerqueira, que atuou durante muitos anos de regime militar, ainda que hoje o ofício não seja algo simples, nada se compara à sordidez dos anos de ditadura:“Tudo o que vivemos, na resistência armada ou não, e na promulgação de Decretos-Leis de Segurança Nacional, era mais radical do que o Código Penal de Rocco, na Itália de Mussolini”, declara. Segundo o advogado, as coisas se complicaram após o governo baixar o Ato Institucional nº 5 (AI-5), dando aos governantes o poder para punir, “Tudo o que vivemos na resistência armada era mais radical do que o Código Penal de Rocco, na Itália de Mussolini” arbitrariamente, os que fossem inimigos do regime ou considerados como tal. Entre as arbitrariedades do AI-5, estava a suspensão do habeas corpus. A partir daí, a adoção de mecanismos alternativos de defesa se tornou comum. “Continuamos a requerer habeas corpus porque, independentemente da resposta das autoridades, ele cumpria o seu papel quando identificava o local da prisão Ao falar sobre suas experiências, Machado recorda que desde cedo começou a atuar na defesa de presos políticos. “Defendi muita gente, participei de diversos julgamentos e atuei longamente nesse período até a Anistia. Não sei o número ao certo, mas acredito ter tido mais de 20 ou 30 w DIAS DE TERROR Em 1970, George Tavares e Heleno Fragoso foram sequestrados por oficiais do exército. O sequestro de juristas funcionava como “uma forma de pressão”, com o objetivo de ameaçá-los para que não defendessem mais presos políticos. Segundo Tavares, todas as torturas eram psicológicas, para que não deixassem marcas, já que todos os advogados eram bastante conhecidos nacional e internacionalmente. O episódio ocorreu após o DOI-CODI mandar prender os advogados. Heleno Fragoso, segundo Tavares, foi levado no meio da noite. “Fui procurado pelo filho dele, o Fernando, e saímos em busca do paradeiro do Heleno. Fomos a vários locais onde ele poderia estar preso, mas não o encontramos”, conta. O jurista relembra que na manhã seguinte, chegaram dois homens com carteira da Polícia Federal e pediram que ele os acompanhasse. “Saí de casa com eles, me colocaram no banco de trás de um carro, depois me puseram um capuz e me levaram para o Alto da Boa Vista, conforme fiquei sabendo depois. Foram três dias de terror”, conta. Após quase 72 horas de prisão, os advogados foram libertados. Arquivo “Após o AI-5 tivemos que adotar mecanismos alternativos de defesa”, conta Marcello Cerqueira. mesmo após a ditadura cassar o habeas corpus, os advogados continuaram impetrando-o diante de qualquer prisão de ativista político. “Eles negavam, mas com isso conseguíamos levar o caso à imprensa. Algumas prisões chegaram a ser noticiadas no New York Times e no Le Monde. A publicação no NYT valia como um HC, e pessoas chegaram a ser libertadas por conta disso”, descreve. George Tavares ficou 72 horas preso. Arquivo Divulgação Juristas que atuaram no regime falam sobre o desafio de advogar em um estado autoritário Heleno Fragoso foi um dos sequestrados. FOLHA DO IAB - JORNAL DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS Capa Apesar do trabalho e empenho dos profissionais, as histórias nem sempre tinham um final feliz. Após um longo período preso, Thomaz Meirelles Neto, um dos clientes de Humberto Jansen, A advocacia brasileira foi importantíssima para a reestruturação da democracia brasileira. Divulgação O presidente do IAB, Fernando Fragoso, integra o grupo de advogados que atuou durante o regime militar brasileiro. Trabalhando desde jovem com o pai, o conhecido criminalista Heleno Fragoso, Fernando participou de cerca de 300 casos, entre eles, processos de grande repercussão, como o de Stuart Edgar Angel, que a ditadura insistia em não admitir que estivesse morto. “Foram vários os casos em que era decretada a prisão preventiva de uma pessoa que o regime tinha assassinado. O réu era condenado e passava a ser procurado como foragido da justiça. No caso do Stuart, por exemplo, a justiça fez questão de processá-lo, julgá-lo e condená-lo. Sua mãe, Zuzu Angel, era nossa cliente e lutou até o fim para encontrar o corpo de seu filho”, conta Fragoso. Segundo ele, a estilista incomodou o regime com suas denúncias e foi assassinada, no que ele considera um “ato terrorista”. Ao lembrar a trajetória de seu pai durante os anos de ditadura militar, o presidente do IAB recorda o sequestro de Heleno Fragoso, em 1970. Na época, o advogado era vice-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), e tudo aconteceu na casa da família. O motivo da prisão era o fato de Heleno ter diversos presos políticos entre seus clientes. Assim como o advogado Marcello Cerqueira, Fragoso lembrou que o Divulgação chegou a ser solto, mas desapareceu logo que voltou às suas atividades. “Eu o defendi e ele foi solto. Depois foi condenado por mais dois anos e, logo após ser libertado, desapareceu em São Paulo. São esses os casos de morte não explicada que nos marcaram tanto. São os mortos sem sepultura, desaparecidos até hoje”, desabafa o advogado. “As prisões noticiadas pelo New York Times valiam como um habeas corpus”, Humberto Jansen Modesto da Silveira é um exemplo na defesa de presos políticos e atuou ativamente no regime. principal obstáculo para os advogados nessa época era criar estratégias que ajudassem a identificar se os seus clientes ainda estavam vivos. “Nesse período, era comum fazermos habeas corpus simplesmente para saber se a pessoa estava presa ou não. O objetivo não era libertar, mas forçar o Exército a informar se o preso estava em alguma de suas instalações”, conta. A ausência de perícias e investigações era outro problema grave. “Em muitos casos, era visível a situação em que o preso se encontrava por conta de maus tratos sofridos nas prisões, e, no entanto, não me lembro de ter visto nenhum juiz pedir uma perícia para investigar as denúncias de torturas, muito menos apurá-las”, relata. Para o criminalista Técio Lins e Silva, eleito o novo presidente do IAB – ele assume o cargo no dia 9 de maio –, apesar de todas as críticas que guarda em relação à ditadura, a época representou um período em que os advogados eram mais respeitados na Justiça Militar e em muitos espaços da justiça comum. Envolvido na defesa de presos políticos desde 1964, Técio ainda era estudante quando começou a trabalhar com o pai, o advogado Raul Lins e Silva. “Meu pai teve a experiência de defender perseguidos políticos no famigerado Tribunal de Segurança, entre os anos de 1937 e 1945. Quando ele faleceu, em 1968, assumi o escritório e todos os processos políticos, nos quais atuei até os anos 80, quando houve a abertura política”, conta Técio. Sobre a atuação combativa dos advogados ao longo dos anos de regime militar no Brasil, o criminalista classifica a postura dos profissionais como “fundamental”. “A história do Brasil seria outra, se não fosse a atuação corajosa e eficiente dos advogados brasileiros que trabalharam na defesa dos perseguidos políticos!”, opina. Ao citar a Comissão da Verdade como uma alternativa na busca por respostas para tantos crimes cometidos, Fernando Fragoso afirmou que, apesar de tardia, a iniciativa é válida, mesmo com suas limitações. O advogado defendeu a atuação dos colegas e afirmou não ter dúvidas de que os advogados formaram a melhor facção de resistência deste país contra o regime militar. “Nenhum outro grupo de profissionais se alinhou e se manifestou como os advogados fizeram. A advocacia brasileira, nesse aspecto, foi importantíssima para a reestruturação da democracia brasileira. Além de produzir a defesa das pessoas atingidas pelo regime, a OAB participou firmemente das campanhas pela restauração da ordem democrática.”, conclui. Luís Guilhereme Fernandes processos”, diz. Entre seus casos mais emblemáticos, o advogado destaca a prisão de estudantes no Congresso de Ibiúna. Grande parte deles eram seus clientes e todos foram presos. “Esse processo foi importante pela sua repercussão nacional, o que acabou ajudando na absolvição dos acusados”, explica. Outro caso marcante foi o da tecelã cearense Maria Elódia Alencar, militante da Ação Popular. Presa durante alguns anos no Presídio de Mulheres de Bangu, onde havia uma ala reservada para as presas políticas, ela se tornou uma espécie de representante da direção da unidade. “Tinha bom comportamento e ficou famosa como a Fera da Penha”, conta Humberto. “Acompanhei o processo de perto, junto com meu pai, Heleno Fragoso”. FOLHA DO IAB - JORNAL DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS Em Pauta Escolhidos os patronos da XXII Conferência Nacional dos Advogados Luíz Guilhereme Fernandes José Afonso recebe a Medalha Teixeira de Freitas Os advogados Evandro Lins e Silva e Heleno Fragoso serão os patronos da Conferência Nacional dos Advogados. A vigésima segunda edição do evento, que acontecerá entre os dias 20 e 23 de outubro, no Rio de Janeiro, será a maior já realizada pelo Conselho Federal da OAB. “Evandro Lins e Silva e Heleno Fragoso representam a luta da advocacia brasileira por liberdade e democracia, duas missões do exercício de nossa profissão e de sua entidade, a OAB”, afirmou o presidente do Conselho Federal, Marcus Vinicius Furtado Coêlho. Apoio aos PLs que atualizam o Código de Defesa do Consumidor Em cerimônia muito comovente e calorosa, o professor paulista de Direito Constitucional, José Afonso da Silva, recebeu das mãos do presidente do IAB, Fernando Fragoso, a medalha Teixeira de Freitas, comenda máxima do IAB concedida pelo Conselho Superior por decisão unânime. A entrega foi realizada no dia 2 de abril, com a participação do orador oficial do IAB, ministro Eros Roberto Grau. Todos os ex-presidentes do Instituto, autoridades do Judiciário, do MP e da advocacia também marcaram presença. Após receber a homenagem, José Afonso da Silva fez um longo discurso em agradecimento ao Instituto. “Um gesto generoso que prestigia um advogado humilde. Este é um dos momentos que se incorporarão na minha vida como um destaque expressivo e inesquecível. A vida tem sido muito pródiga comigo e ainda teve o capricho de me trazer até aqui, reservandome mais um momento de felicidade, de alegria e amizade, como este que aqui se realiza, na presença de minha mulher Helena Muñoz Afonso da Silva. Muitíssimo obrigado a todos”, declarou. Convênio do IAB com o TRT se inicia com curso de filosofia A Escola Judicial do TRT/RJ (EJ1) deu início no dia 28 de março, ao curso de Filosofia do Direito. A iniciativa é resultado de uma parceria do Tribunal Regional fluminense, através da EJ1, com o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB). No fim de janeiro, foi assinado um Termo de Cooperação Acadêmica entre as duas instituições tendo em vista a realização de atividades acadêmicas, conferências, seminários, debates e outras ações do gênero, firmado pelo presidente Fernando Fragoso e o desembargador Evandro Valadão. O presidente do IAB, Fernando Fragoso, esteve no Senado Federal para manifestar o apoio do Instituto à votação do relatório final do senador Ricardo Ferraço. O documento solicita a aprovação dos textos dos Projetos de Lei nº 281, sobre o comércio eletrônico, e nº 283, sobre a prevenção ao superendividamento dos consumidores. IAB homenageia advogados que atuaram na Ditadura Para marcar o ano em que o golpe de estado completa cinco décadas, o IAB realizou, no dia 28 de março, uma homenagem a todos os advogados brasileiros que atuaram durante a ditadura militar. O presidente do Instituto, Fernando Fragoso, outorgou a Medalha Luiz Gama aos advogados e defensores de presos políticos por suas bravas atuações em defesa da liberdade, do Estado de Direito e dos Direitos Humanos, e da qual ele próprio participou no começo de sua vida profissional, como advogado criminalista. Foram homenageados os seguintes advogados na cerimônia: Antônio Modesto da Silveira, Heleno Claudio Fragoso, Antônio Evaristo de Moraes Filho, George Tavares, Antônio Carlos Barandier, Wilson Mirza, Lino Machado Filho, Fernando Fragoso, Nélio Seidl Machado, Arthur Lavigne, Nilo Batista, Ilídio Moura, Eny Raymundo Moreira, Manoel de Jesus Soares, Humberto Jansen Machado, Marcello Cerqueira, Técio Lins e Silva e Augusto Sussekind. Proposta de alteração do Código de Ética e Disciplina dos advogados O IAB recebeu cópia do Anteprojeto de novo Código de Ética e Disciplina que a Ordem dos Advogados do Brasil, por seu Conselho Federal, pretende submeter à apreciação dos órgãos de classe. O Instituto fará sua apreciação sobre a proposta, motivo pelo qual o presidente do IAB, Fernando Fragoso, instaurou indicação e a encaminhou à Comissão de Prática e Deontologia Jurídica da Casa. Quem estiver interessado em conhecer a nova proposta e enviar sua opinião para a Comissão, pode fazê-la através do e-mail iab@ iabnacional.org.br. FOLHA DO IAB - JORNAL DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS Especial Associados fazem avaliação positiva de Fragoso Após quatro anos à frente do Instituto, presidente deixa o cargo celebrado por suas gestões Depois de quatro anos administrando o IAB, Fernando Fragoso entrega o cargo para Técio Lins e Silva, eleito novo presidente do Instituto no último dia 26 de março. Membros do Instituto avaliam as principais conquistas dos seus dois mandatos, destacando como pontos mais fortes de sua gestão o incentivo à cultura, a atração de antigos e novos sócios para suas atividades, o fortalecimento financeiro e a boa relação com a equipe administrativa. O legado deixado pelo último presidente é reconhecido e celebrado por aqueles que o ajudaram a construir um IAB ainda mais forte e representativo. As duas últimas gestões foram suficientes para unificar o IAB e construir a sucessão de Fernando em clima de absoluta harmonia e união. Parabéns ao presidente Fernando e seus eficientes diretores. Temos boas razões para esperar que o futuro do IAB seja glorioso! Técio Lins e Silva, presidente eleito do IAB para o biênio 2014/2016 A presidência de Fernando Fragoso encarrilhou institucionalmente o IAB nas mais sólidas administrações vivenciadas pela secular Casa de Cultura Jurídica das Américas, fundada nos idos de 1843. A trajetória política e institucional do IAB amalgamou-se em sua gestão como ferramenta para adiante prosseguir nos seus altivos desígnios de aperfeiçoamento da ordem jurídica e institucional brasileira nas gestões vindouras que honrosamente lhe sucederão. Faço parte de diretorias desde o século passado, o que tem me proporcionado ótimas experiências, mas, particularmente, sinto orgulho por ter participado das gestões de Fernando Fragoso. Suave agregador, dirigindo democrática e firmemente um colegiado coeso, que permitiu incrementar tantas iniciativas inovadoras e atrair para o IAB colegas que já nem o frequentavam mais, além de novos membros. Augusto Haddock Lobo, diretor secretário do IAB Ester Kosovski, diretora-adjunta do IAB A dupla gestão conduzida por Fernando Fragoso foi um momento de verdadeira explosão do debilitado Instituto dos Advogados Brasileiros. As comissões passaram a atuar exaustivamente, as sessões passaram a ter um número representativo de associados e todas as matérias invocadas foram analisadas e votadas com pertinência. Inúmeros projetos de lei também foram encaminhados ao IAB pelo Congresso Nacional. Outros destaques são as finanças do Instituto, que nunca atingiram as cifras atuais, e a inauguração da nova biblioteca do IAB. Leilah Borges da Costa, 2ª-secretária Sinto-me profundamente honrado em ter participado da histórica diretoria do IAB Biênio 2012/2014, sob a presidência de Fernando Fragoso. Sua firmeza, dinamismo e coragem em apostar na juventude para cargos de relevo no Instituto traduzem a visão de manter o IAB ativo, renovado e protagonista no cenário jurídico nacional por anos a fio. Diogo Tebet, primeiro-secretário do IAB Tive a fantástica oportunidade de participar do segundo biênio da administração de Fernando Fragoso e com tal exercício aprender muito com pessoas como Dora Martins de Carvalho, João Carlos Eboli, Fernando Drummond e Eros Roberto Grau. Numa relação simbiótica, o conjunto da diretoria, como um todo, doou-se muito para o bem do nosso IAB. Pedro Marcos Nunes Barbosa, diretor-cultural do IAB Foi para mim uma honra e uma experiência muito gratificante servir ao IAB nos dois últimos biênios – primeiro, como secretário e, em seguida, como diretor-financeiro - sob o comando seguro do meu querido amigo Fernando Fragoso. Todas as promessas de campanha foram cumpridas com sobras e nada poderia ter sido realizado sem um dedicado trabalho de equipe. João Carlos de Camargo Éboli, diretor-financeiro do IAB A inauguração das novas instalações da Biblioteca do IAB, por sua importância cultural e que, a um só tempo, reaproximou o IAB da OAB-RJ, seria fato suficiente para marcar, indelevelmente, a gestão histórica do presidente Fernando Fragoso. Victor Farjalla, 2º vice-presidente do IAB A gestão de Fernando Fragoso está marcada indelevelmente na história do Instituto, seja pela fraternal relação que manteve com as demais instituições da advocacia, seja por suas atuações institucionais e pela farta atividade cultural. Marcus Vinicius Coêlho - membro do IAB e presidente Nacional da OAB Gostaria de parabenizar meu amigo e ilustre presidente Fernando Fragoso pelo exitoso trabalho realizado e que certamente será seguido, com o mesmo esperado êxito, pela nova diretoria, sob a presidência do Técio. Mário Sergio Duarte Garcia – membro do IAB e ex-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. FOLHA DO IAB - JORNAL DO INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS Biblioteca Fique por dentro IAB divulga carta em favor do habeas corpus Durante a posse da nova Comissão Especial de Garantia do Direito de Defesa da OAB, realizada em março, o Colégio de Presidentes dos Institutos dos Advogados do Brasil publicou uma carta em favor do habeas corpus, instrumento de defesa que foi tema de uma homenagem no mesmo evento. Leia a íntegra do documento: CARVALHO JR., Joaquim Correia de. Tempo de Lembrar: Memórias de um Advogado. Recife: Joaquim Correia de Carvalho Jr., 2013. DEFESA DA LIBERDADE O histórico referente à doutrina brasileira do habeas corpus sempre referendou a consagração dos direitos individuais, assumindo-o mais do que tudo como um remédio para a defesa de garantias constitucionais. A Constituição Federal de 1988 não impede a admissibilidade de habeas corpus substitutivos de recurso ordinário constitucional, construído no âmbito do STF. A modificação da tradicional e histórica amplitude foi operada de forma abrupta, de um dia para outro, pelo que ficou decidido nos HC´s 109.956 e 111.909, no sentido da impossibilidade de impetração de habeas corpus em substituição ao recurso cabível contra o acórdão que denegou a ordem em instância inferior. A alteração veio casada com uma esdrúxula fórmula: verificando no HC substitutivo evidência de constrangimento, o Tribunal sempre negará o pedido formulado no substitutivo, mas pode concedê-lo “de ofício”. Se é preciso intervir, o pedido do impetrante é desprezado, mas o tribunal o atenderá, excepcionalmente, como sendo uma concepção do próprio órgão de justiça. A justificativa da limitação estaria no aumento do número de impetrações de habeas corpus, não só para garantia da liberdade ambulatorial, mas também para direitos correlatos. Isso muito se deu, em função da atuação das Defensorias Públicas. Entretanto, esse aumento não se dá de forma tão expressiva a ponto de obstaculizar as possibilidades de impetração. Numericamente, os remédios heroicos não superam a 15% dos feitos dos Tribunais.O STF e o STJ estão preocupados com a sanidade de seu funcionamento, ainda que ao preço das liberdades e do devido processo legal nos procedimentos penais combatidos por meio dos habeas corpus. E se o percentual de ordens de HC´s concedidas pelos tribunais superiores é de considerável monta, vê-se que já não se pode buscar reparo pela via expressa do habeas corpus, pois não há recurso ordinário que seja encaminhado aos tribunais superiores em prazo inferior a 30 ou 60 dias da decisão proferida na instância inferior. O trágico cenário prisional e a demora excessiva do sistema recursal brasileiro impelem à manutenção do maior remédio do habeas corpus para a garantia dos indivíduos. Seu tolhimento ou restrição violam uma das maiores garantias consagradas na história jurisdicional nacional, que não são evidentemente sanáveis pela possibilidade de sua concessão de ofício. Dessa forma, o Colégio de Presidentes de Instituto dos Advogados do Brasil apresenta pleito no sentido de reconsideração das manifestações anteriores dos Egrégios Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, com o intuito de plena aceitação, em qualquer hipótese, do instituto do habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação ao direito de ir e vir, por ilegalidade ou abuso de poder. Fernando Fragoso Presidente do Colégio de Presidentes Na Rede Confira a lista de artigos, assinados por especialistas, publicados recentemente no site do IAB. Confira todos os livros doados no último mês Veja a lista completa de livros doados no site www.iabnacional.org.br Rádio IAB - Rodrigo Falk Fragoso fala sobre Lei Anticorrupção TV IAB Confira a palestra “Dez anos do Código Civil: como tratar os efeitos jurídicos da biotecnologia?” Em 20 anos, Lei de Licitações não foi capaz de coibir desvios Autor: Thiago Marrara HC suspenso - Advogados tiveram papel fundamental na resistência à ditadura Autor: Técio Lins e Silva Não há obstáculo para STF rever julgamento da Lei da Anistia Autor: Claudio Souza Neto companhe as iniciativas do IAB em A tempo real twitter.com/iabnacional facebook.com/iabnacional Folha do IAB Instituto dos Advogados Brasileiros Manter tabela do Imposto de Renda afeta milhões de brasileiros Autor: Marcus Vinicius Furtado Coêlho MELLO, Cleyson de Moraes. Constituição da República : anotada e interpretada. Campo Grande : Contemplar, 2013. Av. Marechal Câmara, 210 - 5ºAndar Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20.020-080 Reflexão sobre projeto de país Autor: José Alfredo Ratton INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS. Pareceres selecionados: emitidos pela Comissão Permanente de Direito Penal do Instituto dos Advogados Brasileiros: volume II. Rio de Janeiro: PoD, 2014.