PLANNER: a bola da vez dentro das agências de propaganda Bruna Almeida1 Laura Cortez1 Mariana Roncale1 RESUMO: Este artigo foi produzido a partir do trabalho apresentado para conclusão do curso de Publicidade e Propaganda. Teve-se como objetivo identificar o perfil do profissional de planejamento que atuam nas agências de propaganda em Belo Horizonte-MG. Foi feita uma revisão da literatura sobre a origem e evolução deste profissional e uma entrevista aplicada a dez publicitários planejadores. Selecionou-se uma amostra por conveniência a partir das agências que tem formalmente o departamento de planejamento. A pesquisa mostrou que os planejadores iniciaram a carreira cedo e atuam de acordo com as necessidades e demandas da agência; aspiram por reconhecimento e maior valorização de suas habilidades. Sugere-se outras investigações complementares, mas considera-se este o ponto de partida. Palavras-chave: Planejador de Comunicação; Planner; Perfil Profissional; Mercado Mineiro; Publicidade e Propaganda INTRODUÇÃO A nova configuração do cenário de comunicação é constituída pelo aumento da competitividade, da globalização econômica, da evolução tecnológica e pela abertura de mercados. Todos estes fatores impactaram as relações de trabalho dentro das agências publicitárias, exigindo dos profissionais inseridos nesse contexto um perfil diferenciado e inovador. Essas transformações irão favorecer aqueles profissionais que estiverem habilitados e que interajam de forma multidisciplinar com os setores do ambiente de trabalho. 1 Bacharéis em Publicidade e Propaganda orientandas da professora Sônia A. Martins Lazzarini do TCC “O perfil dos planejadores nas Agências de propaganda de Minas Gerais”. Um novo perfil do planejador passou a ser delineado a partir dos imperativos das mudanças do mercado como um todo, que configuram paradigmas dos mais diversos; como a diversidade dos consumidores, o consumo consciente e sustentável, a concorrência global, a valorização da cidadania, etc. O modo como os profissionais de planejamento irão atuar dependerá muito de cada agência. Iniciativas de aperfeiçoamento profissional, através de reciclagem e adoção de técnicas e práticas modernas, estão de fato revolucionando o papel do planejador no Brasil e muitas agências acompanham este movimento. Neste contexto, pretende-se, com este estudo, entender o perfil do planner atuante nas agências de propaganda de Belo Horizonte, bem como a sua relação com os outros setores da agência; verificar ainda a percepção e nível de satisfação do planejador mineiro em relação a atividade que exerce. 1 Surgimento e desenvolvimento do planejamento como disciplina O termo planejamento tem muitos significados em vários campos do conhecimento. Aqui será tratado como o planejamento de comunicação, que segundo Tavares (2009, p. 124) é o “Processo pelo qual objetivos, metas, estratégias de comunicação, planos de ação, controle, avaliação e investimento otimizam o negócio do cliente”. O termo cliente é designado para denominar a empresa anunciante regular. Segundo Sampaio (1999, p. 42) este cliente é o anunciante, ou seja, aquele “[...] que usa a propaganda como instrumento de comunicação e parte da estratégia de conquista e manutenção de consumidores, mercados, posições e boa imagem pública”. Pode-se entender planejar como “[...] tentar, previamente, orientar os acontecimentos no sentido que desejamos para obter os resultados que desejamos” (MARTINS, 2003, p. 72). Dessa forma, no planejamento de comunicação tem-se como “[...]meta chegar a conclusões sobre quem estamos tentando influenciar, como queremos influenciá-los, quando e a que custo” (SAMPAIO, 1999, p. 262). A disciplina planejamento (de comunicação) surge da necessidade de aproximar as informações de mercado e do consumidor para dentro das agências de propaganda. O termo account planning originou-se na década de 60 na Inglaterra e seu surgimento é atribuído a dois grandes profissionais da área da comunicação. Stanley Pollitt, um dos fundadores da Boase Massimi Pollitt (BMP), e Stephen King, da filial em Londres da J. Walter Thompson (JWT); que vislumbraram a necessidade de aliar as informações para a criação de campanhas mais eficazes (CASTELO BRANCO, MARTENSEN e REIS,1990). Apesar das diferenças no processo de desenvolvimento do planejamento dentro das agências, o surgimento da nova disciplina foi uma questão de logística, pois tanto para Pollitt quanto para King, provavelmente estavam interessados em provocar a produção de publicidade de qualidade extraordinária, conforme apontam Staveley e O’Malley (2003). Stephen King, na maior agência da Grã-Bretanha naquela época, conseguiu alinhar o trabalho do antigo departamento de marketing da agência, a função da mídia e da pesquisa para dar sentido mais lógico ao papel da agência no negócio dos anunciantes. Surge então o departamento Account Planning, “que representava essencialmente o consumidor ou o público-alvo, mas responsável também pelo desenvolvimento de estratégias, pesquisa de publicidade e pelas diretrizes do planejamento de mídia (STAVELEY e O’MALLEY, 2003, p. 55). No final dos anos 60 a publicidade começa a ganhar maior espaço em diversos países. Os profissionais da área de criação têm seu reconhecimento através de diversos prêmios e com isso o atendimento os dá maior credibilidade e liberdade para usarem sua criatividade na elaboração de campanhas. Dessa forma o atendimento se volta mais para o planejamento e a administração das contas. Apesar da crescente ascensão, a disseminação do account planning para outros países não foi fácil. No Brasil a disciplina do planejamento de contas foi associada à vinda das grandes empresas americanas como Chevrolet, General Eletric e Frigidaire, na década de 30. Segundo Castelo Branco, Martensen e Reis (1990), dos publicitários que atravessaram aquela época, um dos primeiros profissionais a adaptar para o Brasil as então modernas técnicas de planejamento foi Ted Saba, responsável durante muitos anos pelo atendimento de conta da Esso na McCann do Rio de Janeiro. Na década de 80, o planejamento busca compreender e assimilar o confronto que emerge a partir de novos valores, de novas tecnologias, de novos estilos de vida e de novas formas de comportamento social. Nessa década, ocorreu a ascensão do criativo como o setor mais forte da agência, retirando muito da força do Atendimento, que era até então a figura mais importante das agências. Surge portanto, uma lacuna para a atuação do profissional planejador. Todas essas transformações ocorridas no setor de planejamento, foram fundamentais para o desenvolvimento da publicidade no Brasil. Contudo, há poucos registros na literatura brasileira, mas sabe-se que a região sudeste foi a que mais se desenvolveu neste aspecto, em função das instalações das empresas e agências multinacionais. 2 Panorama do mercado publicitário mineiro Poucos registros acadêmicos são encontrados na literatura sobre o mercado publicitário mineiro de um modo geral e especificamente sobre as constantes mudanças que ocorreram nas agências. Entretanto, pode-se inferir que as transformações ocorridas seguem uma lógica do que aconteceu na economia brasileira. Portanto, é possível entender este panorama a partir de fatos históricos. Dos publicitários pioneiros em Minas Gerais, grande parte é oriunda da criação com os “estúdios de desenhos comerciais” e outra parte representada pela figura do corretor de anúncios (MELO e REIS, 1990, p. 447). As décadas de 80 e 90 são marcadas por um crescimento econômico, porém Santos (2005) afirma que o mercado publicitário mineiro não consegue acompanhar esse crescimento. Isso se deve por conta das empresas mineiras estarem ligadas a indústria de base que não vendem seus produtos diretamente ao consumidor final, sendo assim ocorre pouco ou nenhum investimento publicitário direcionado ao consumo final. Paradoxalmente foi na década de 80 que nasceram grandes agências em Minas, como a SMP&B, que inovou com a criação de uma agência de promoção, merchandising e design e a DNA. Atualmente estas agências não existem com esta razão social. Conforme afirmam Melo e Reis ( 1990, p. 459): Daniel Freitas e José de Paula dos Reis, ao se juntar a Ildefonso Bassani, deixaram para trás a condição de sócios e diretores da Setembro Propaganda, agência que na época de sua fundação representou verdadeiro divisor de águas na publicidade mineira. O objetivo dos três sócios, então, era o de imprimir um novo sentido aos rumos da propaganda em Minas Gerais, através da integração inteligente da criatividade ao planejamento de marketing . Foi um período que assinalou e despertou o mercado mineiro para o planejamento. Foi a partir do final da década de 80 que o mercado publicitário obteve mudanças significativas devido a transformações ocorridas no comportamento do consumidor. O público se tornou mais exigente, e sugestionou as agências mudarem o foco do produto para o consumidor. As agências passaram a dar ênfase nas decisões estratégicas e pesquisas mercadológicas. No setor de planejamento, o imperativo era de dinamizar as ações de comunicação e melhorar o atendimento. Segundo pesquisas feitas com o mercado mineiro, datada de 2007 (Congresso, 2007) surge a necessidade de agir de acordo com tendências globais, pois percebe-se uma preocupação das agências com o planejamento e o comprometimento estratégico com os negócios dos clientes. O desafio, portanto, é trabalhar para unir os esforços das entidades com o intuito de transformar o mercado mineiro no que diz respeito ao seu grau de profissionalização e a sua possibilidade para gerar novos negócios. Só dessa forma pode-se aumentar a projeção do mercado mineiro no cenário nacional de comunicação e consequemente dos profissionais que nele atua. 3 Funções do planejador de comunicação O planejamento surge como uma maneira das agências manterem um relacionamento significativo e mais intenso com os seus clientes. O profissional de planejamento na maioria das vezes é visto como orientador que indica o melhor caminho para o cliente chegar ao seu objetivo. Steel (2006, p. 6) acredita que, o papel do planejador é de basicamente o de acolher os consumidores como parceiros no processo de desenvolvimento da propaganda, usar todo tipo de informação fornecida por eles em cada estágio do processo para alimentar e algumas vezes até inspirar as idéias criativas e balizar, até mesmo validar, as campanhas que resultassem disso. Para a empresa anunciante, ter o profissional de planejamento cuidando de sua conta é como ter um conselheiro que vai analisar o seu negócio e ajudá-lo estrategicamente a achar o melhor caminho, além de cuidar dos seus negócios dentro da agência e junto com sua equipe utilizar a melhor estratégia. E isso pode fazer muita diferença nos negócios dos anunciantes, pois muitas vezes eles não conhecem a fundo o seu consumidor e nem o mercado, consequentemente não sabem os riscos e nem os melhores caminhos a seguir para atingir o sucesso. Steel (2006) aponta algumas características do planner que devem ser levadas em consideração. Segundo o autor, o planejador deve possuir além de curiosidade, habilidade para pensar, alto intelecto e uma alta capacidade de comunicação, tanto verbal quanto escrita, ele deve possuir também três habilidades que ele considera igualmente importante. São elas, uma mistura de modéstia com humildade, ouvir mais do que falar, capacidade camaleônica, ou seja, desenvolver relações com uma gama diversificadas de pessoas, e por fim ter algo de certa forma esquisito. Estas características fazem do planner um profissional multidisciplinar, capaz de “[...] penetrar na cabeça de uma pessoa e descobrir o que está pensando para encontrar a melhor forma de influenciá-la”. (STEEL, 2006, p.5). Existe uma analogia bastante pertinente para explicar a função deste profissional nas agências. Segundo Butterfield (2006, p. 60): Assim como ocorre com o médico, a ênfase está mudando da cura para a prevenção. O planejador, como o médico, procura criar uma relação de confiança e aprendizado contínuo com o paciente. Ele procura valorizar o relacionamento com o cliente por meio de um banco de dados que poderá servir de base para a tomada de decisões, especialmente quando há problemas cíclicos previsíveis ou quando o conhecimento acumulado é vital. O bom planejador deve buscar sempre a verdade da marca, do consumidor para que possa refletir na estratégia de comunicação. Diante deste contexto, entende-se que a responsabilidade de conhecer os consumidores e os problemas da marca dos anunciantes e propor soluções recaem sobre este profissional. 4 O planejamento em relação aos demais setores da Agência A aplicação da disciplina de planejamento varia consideravelmente de uma agência para a outra. Apesar de considerar a importância em relação às outras funções, muitas agências vivem sem a equipe, função ou mesmo o departamento. E nem por isso, deixam de obter resultado satisfatório para o anunciante. Muitos autores defendem a separação das atividades do planejamento e atendimento e corroboram com a ponderação dos autores: Um planejador, essencialmente, o contato primário da equipe de contas com o mundo exterior; a pessoa que, por sua bagagem profissional, conhecimento de todas as informações pertinentes e experiência geral, tem a capacidade de imprimir um vigoroso foco de consumidor em todas as decisões de publicidade. (STAVELEY e O’MALLEY, 2003, p. 57). Segundo Predebon (2004 p. 61), todas as áreas devem sobrepor umas as outras: “[...] quando todos contribuem, sem a menor preocupação de “defesa de território” (mídia fala de criação, criador discute produção, atendimento propõe mídia) é a arena mais privilegiada do surgimento de campanhas realmente eficazes.” Neste contexto, o ideal é que, de forma entrosada, todos os departamentos atuem juntos no objetivo de atingir as metas estabelecidas. É fundamental enfatizar a crescente importância do planejamento cada vez mais no dia a dia das agências e o reconhecimento de que este envolvimento com os diversos setores da agência tem trazido resultados para o cliente e para a agência. O movimento dever ser de trabalhar junto na construção da estratégia para melhores resultados para a empresa cliente. O papel deste profissional é estimular o pensamento criativo e inspirar e gerar insights em todos níveis da agência, a agência que ainda não tem este profissional pode estar deixando de capitalizar para o contínuo sucesso das marcas que atende. 5 Análise das entrevistas Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um questionário semi estruturado com dezoito questões. Este tipo de pesquisa atendeu a proposta inicial do estudo. Segundo Cooper (2006 p.103), Como um questionário quantitativo é aplicado individualmente, e não há espaço para interpretação do entrevistador, teoricamente quaisquer diferenças significativas são diferenças reais. Isto nos permite medir com precisão as diferenças dos respondentes. Após esta etapa feita uma análise do mercado para seleção das agências em Belo Horizonte. Depois de um contato telefônico com cinquenta agências, selecionadas aleatoriamente pela lista de associadas ao Sindicado das Agências de Propaganda Sinapro-MG. Das agências contactadas, verificou-se que apenas vinte possuíam formalmente o Departamento de Planejamento ou um ou mais profissionais que desempenhavam a função. O instrumento da coleta de dados foi encaminhado via e-mail, para as vinte agências, com retorno de 50%. Dentre os respondentes 70% pertencem ao sexo masculino, e são predominantemente jovens, 67% está na faixa etária entre 26 e 30 anos. Quanto à formação acadêmica todos os entrevistados possuem graduação. Nota-se uma predominância de formações voltadas para a administração e comunicação social. Corrêa (2006, p. 199) observa que os profissionais da comunicação deve ter maior conhecimento das outras disciplinas de comunicação, de mídia, ter uma visão abrangente, de preferência com formação maior em marketing e administração. Essas características podem ser observadas pela formação do grupo de respondentes. Em relação ao cargo ocupado na agência destacam-se cargos de responsabilidade, ou pelo menos sinaliza que o entrevistado pode “[...] representar objetivamente o consumidor na equipe da agência” (COOPER, 2006, p. 23) Nas agências mineiras pesquisadas, verificou-se que o departamento de planejamento é relativamente pequeno na quantidade de pessoas que o compõem. Isso pode demonstrar que o trabalho dos planejadores ainda é incipiente, mas por outro lado, pode representar que as agências estão se esforçando para mostrar aos clientes que o seu valor ultrapassa os limites da propaganda, daí a presença do planejador. Quantidade de pessoas no departamento de planejamento na empresa 3a5 profissionais 40% 1a2 profissionais 60% 6a8 profissionais 0% Mais de 8 profissionais 0% GRÁFICO 1 - Quantidade de funcionários no departamento de planejamento na empresa Fonte: Pesquisa primária, 2010. Ao analisar o nível de satisfação com relação à atividade, os dados mostram que os respondentes gostam de atuar como profissionais planner. Aqueles insatisfeitos provavelmente podem estar em uma posição que ainda não se sentem como a “voz do consumidor”. Muito Insatisfeito 0% Nível de satisfação em relação a atividade Totalmente insatisfeito 10% Satisfeito 10% Totalmente satisfeito 40% Muito Satisfeito 40% GRÁFICO 2 - Nível de satisfação em relação a atividade. Fonte: Pesquisa primária, 2010.. Um dado importante apontado pela pesquisa é sobre a visão que se tem da área dentro da agência. A grande dos entrevistados afirma que apesar de ser reconhecido, o planejamento não é a área mais importante. O planejamento pode e deve ser reconhecido como aquele que trabalhga com a inovação e a criatividade na propaganda, como afirma Cooper (2006), mas muito ainda tem que ser feito dentro das agências. Como o planejamento é visto onde trabalha É a área mais importante 30% É igual as demais áreas 10% Ainda luta para ser respeitado 0% GRÁFICO 3 - Como o planejamento é visto onde trabalha. Fonte: Pesquisa primária, 2010 Tem destaque, mas não é a área mais importante 60% Em relação às necessidades do setor de planejamento nas agências, os entrevistados reconhecem que muito ainda deve ser feito para uma maior valorização da área, principalmente em relação ao desenvolvimento do profissional para estar cada vez mais atualizado e preparado. Esta posição dos entrevistados reflete as características sugeridas pela literatura, um profissional irrequieto e questionador, daí reconhecer um conjunto de fatores que possa garantir um setor mais valorizado e um parceiro indispensável para o produto final que sai da agência. Quando questionados sobre a melhor maneira de ingressar na área, “manterse atualizado” foi avaliado com a nota 5 por 90% dos entrevistados, seguidos dos itens “ fazer uma graduação” , 70% e “conhecer pessoas influentes” com 60%. Espera-se uma atitude de eterna curiosidade do acadêmico, como bem afirma Cooper (2006, p. 8) “Porque também é verdade que a publicidade está mudando cada vez mais depressa e com intensidade maior do que em qualquer momento do passado. O planejamento deve mudar e ser mudado”. CONCLUSÃO Os objetivos a que este estudo se propõe foi identificar o perfil do planejador atuante nas agências de propaganda de Belo Horizonte, bem como entender qual é a relação do planner com os outros setores da agência; e a percepção e nível de satisfação do planejador em relação à atividade que exerce. A primeira constatação é que parece existir uma tentativa de articulação do setor, em função da recente criação do Clube de Planejamento de Minas Gerais. A carência de investimentos no departamento pode ser percebida, pois das agências inicialmente contactadas, 30% delas não possuíam o profissional de planejamento e se tinha, as funções eram deslocadas. A propaganda requer que o perfil do publicitário seja delineado pela inquietude, inovação e muitas vezes, irreverência. Essas características são mais acentuadas no planner, que passa pela contínua curiosidade, a eterna busca pelo conhecimento. Embora estejam os profissionais satisfeitos com o trabalho, os planejadores mineiros acreditam que o planejamento deveria ser reconhecido diante de sua importância, pois podem trazer grandes contribuições à agência, uma vez que a função requer um profundo conhecimento do consumidor, mas com um olhar crítico de um estrategista. Ficou claro, pelo exposto ao longo do trabalho, a necessidade de integração do planejamento com as outras áreas, com troca mais intensa de experiências entre agências e profissionais. Um aspecto que demanda atenção é o fato das entidades se unirem para formação de grupos de estudos e discussão de experiências; como forma de amadurecimento do setor, respeito do cliente e formação da opinião pública. Essa troca pode ser fomentada através de palestras, eventos e workshops, que poderiam ser realizados com mais frequência pelas instituições e associações. Mas precisa-se também de atitude da o momento fértil da categoria. Arrisque-se a dizer que os planejadores de comunicação é a bola da vez dentro da agência de propaganda! REFERÊNCIAS BUTTERFIELD, Leslie. Estratégia de Propaganda. In: COOPER, Alan (Org.) Como planejar a propaganda. Tradução Beatriz Sidou, Gil Pinheiro, Tânia Marques. São Paulo: Talento- GP-Grupo de Planejamento, 2006. 241 p. CASTELO BRANCO, Renato; MARTENSEN, Rodolfo Lima; REIS, Fernando. História da propaganda no Brasil. São Paulo: Ibraco/T.A Queiroz Editor, 1990. 485 p. CONGRESSO BRASILEIRO de CIÊNCIAS da COMUNICAÇÃO, XXX, 2007, Santos – 29 de agosto a 2 de setembro de 2007. Mercado de Publicidade em Minas: pequeno não, entre montanhas – potencialidades e obstáculos na aplicação do conceito de cadeia produtiva. São Paulo. Anais..., 2007. 1-13 CORRÊA, Roberto. Planejamento de propaganda. 9.ed. São Paulo: Global, 2004. 267 p. MARTINS, Zeca. Propaganda é isso aí!: um guia para novos anunciantes e futuros publicitários. São Paulo: Atlas, 2003. 278 p. MELO, Edgard; REIS, Fernando. 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