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2008
Futuro movido à energia solar
Pesquisadores da Califórnia desenvolveram uma forma de tornar a energia do Sol
até 20 vezes mais barata. O projeto, que teve apoio do governo americano, deve
provocar mudanças na arquitetura.
Pesquisadores da Califórnia desenvolveram uma forma de tornar a energia solar até
20 vezes mais barata. O projeto, que teve apoio do governo americano, deve
provocar mudanças na arquitetura do futuro.
Quando os arquitetos projetarem casas e edifícios no futuro, poderão trocar
telhas de barro ou cerâmica por telhas solares. Janelas de madeira por janelas
solares. E, em vez de pintar as paredes com cores claras, poderão usar esse
líquido cinzento, a tinta solar.
A tecnologia já está pronta e pode chegar às nossas casas em pouquíssimo tempo.
Por ser considerado importante para a economia e para a segurança dos Estados
Unidos, o projeto recebeu financiamento dos departamentos de energia e de defesa
do governo americano.
Químicos, físicos e engenheiros desta empresa da Califórnia desafiaram tudo o que
se sabia até então sobre energia solar. Desenvolveram receptores ultrafinos e
ultrapotentes. Fruto de uma ciência que usa partículas minúsculas e avança a
passos gigantes: a nanotecnologia.
Parece contraditório, mas, atualmente, aproveitar a eletricidade que o sol nos dá
de graça todos os dias, custa até três vezes mais do que produzir energia a
partir de combustíveis fósseis, como o carvão ou os derivados do petróleo.
A nanotecnologia promete colocar o sol em pé de igualdade com essas outras fontes
de energia que, além de terem estoque limitado, contribuem para o aquecimento do
planeta. O projeto é transformar o sol em um enorme gerador de energia, instalado
em cada uma de nossas casas.
Pelos cálculos de Brian Sager, em breve a energia solar vai ser tão barata quanto
a nuclear. A proposta é, em cinco anos, dobrar a fatia solar na matriz energética
mundial. Brian explica que, se tudo der certo, será preciso dar um novo visual às
construções. "Quanto mais escura a cor da casa, mais energia ela vai absorver",
ele explica.
Os arquitetos terão que ser criativos para desenhar edifícios escuros e bonitos,
que serão também edifícios elétricos e econômicos refletindo um tempo em que
energia não será mais sinônimo de destruição do planeta.
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