CELER FACULDADES
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS – FACISA
CADERNO METODOLÓGICO
Flavia Eberle
Marinelva Machado
Odila Faccio
Tania Maria Radaelli (Organizadora)
Editora Celer, Xaxim (SC)
APRESENTAÇÃO
O ingresso no ensino superior pressupõe a busca de aperfeiçoamento
pessoal e profissional, na qual a pesquisa deve estar presente. É através de
pesquisas que qualificamos nosso dia a dia. Mas como realizá-las?
Uma das formas utilizadas pelos cursos de graduação para o auxílio na
formação de profissionais que estarão compondo o mercado de recursos humanos é
o estágio curricular. Porém, independente do semestre/ano que o aluno está
cursando, depara-se com o desafio de iniciar um trabalho científico e ainda não
possuir o domínio dos procedimentos metodológicos.
Diante disso, procura-se tratar, nos nove capítulos deste Caderno
Metodológico, de conteúdos pertinentes aos trabalhos técnicos e científicos dos
Cursos da Celer Faculdades. É uma espécie de guia com informações básicas que
vão de elementos teóricos a orientações práticas conforme normatizações. Os
capítulos estão assim estruturados:
1. Graduação e Pós-Graduação: Estabelece a diferença entre cursos de
graduação e pós-graduação.
2. Níveis de Conhecimento: Aborda os diferentes níveis de conhecimento:
empírico, religioso, filosófico e científico e a metodologia a ser utilizada no
trato destes conhecimentos.
3. Formas de Documentação: Fornece elementos para apresentação de
trabalhos
científicos,
estabelecendo
a
distinção
entre
fichamento/apontamento, resenha, position paper e artigo científico,
conforme normas regulamentadoras da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT).
4. Orienta como deve ser a apresentação dos trabalhos científicos, ou seja,
sua estrutura: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.
5. Apresenta estrutura de capa, folha de rosto, folha de aprovação e sumário,
para que o aluno visualize seu formato. Elenca as regras gerais de
apresentação do projeto de pesquisa, relatório de estágio e do trabalho de
conclusão de curso (TCC).
6. Define a sequência de etapas que irão dar precisão àquilo que se
pretende pesquisar, ou seja, o projeto de pesquisa.
3
7. Orienta sobre as forma de citação.
8. Apresenta as normas para elaboração de referências.
Salienta-se que a conquista de resultados satisfatórios requer planejamento
criterioso e reflexões conceituais fundamentadas. O sucesso dependerá dos
procedimentos seguidos, do envolvimento, do querer e das habilidades para atingir
objetivos. Poderão surgir dificuldades no caminho, mas elas não serão empecilho se
forem encontradas formas criativas de superação.
Este Caderno Metodológico é uma produção conjunta de professoras da
Celer Faculdades com o objetivo de disponibilizar, em um mesmo material de forma
sucinta, assuntos relativos à metodologia de realização e formatação de trabalhos
acadêmicos.
Neste sentido, a intenção da elaboração deste manual não foi interferir nem
tampouco mudar o pensamento escrito dos autores, mas apenas esclarecer a
linguagem orientada pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Acredita-se que este material atenda a todos que desejam conhecer e
aprender sobre pesquisa científica, lembrando que ele está em permanente
construção.
Ioli Rossato – Diretora da Celer Faculdades
SUMÁRIO
1 TRABALHOS DIDÁTICOS CIENTÍFICOS ............................................................. 9
1.1 GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO ................................................................... 9
2 A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO ............................................................ 11
2.1 NÍVEIS DE CONHECIMENTO ............................................................................ 12
2.2 MÉTODO E MÉTODO CIENTÍFICO ................................................................... 14
2.2.1 Tipos de métodos científicos ...................................................................... 14
2.2.1.1 Método indutivo ............................................................................................ 14
2.2.1.2 Método dedutivo ........................................................................................... 15
2.2.1.3 Método hipotético-dedutivo ........................................................................... 16
2.2.1.4 Método dialético............................................................................................ 17
2.2.1.5 Método fenomenológico ............................................................................... 19
2.2.1.6 Método etnográfico ....................................................................................... 19
2.3 PESQUISA CIENTÍFICA ..................................................................................... 20
2.3.1 Abordagens de pesquisa científica ............................................................. 20
2.3.2 Níveis de pesquisa........................................................................................ 20
2.3.3 Tipos de projetos de Pesquisa .................................................................... 21
2.3.4 Delineamento da pesquisa........................................................................... 23
2.3.5 Instrumentos de coleta de dados ................................................................ 24
2.3.6 Definição da área ou população-alvo.......................................................... 25
2.4 FORMAS DE DOCUMENTAÇÃO ....................................................................... 26
2.4.1 Fichamento .................................................................................................... 26
2.4.2 Resumo .......................................................................................................... 27
2.4.3 Resenha ......................................................................................................... 27
2.4.4 Position Paper............................................................................................... 28
2.4.5 Artigo científico ............................................................................................ 28
3 COMO ELABORAR UM PROJETO DE PESQUISA – NBR 15287/2011 ............. 31
3.1 TEMA .................................................................................................................. 31
3.2 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA (PROBLEMA/OPORTUNIDADE) ........................ 31
3.3 HIPÓTESES ....................................................................................................... 32
3.4 OBJETIVOS (PARA QUÊ?) ................................................................................ 32
3.5 JUSTIFICATIVA (POR QUÊ?) ............................................................................ 33
5
3.6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA / FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (COM BASE EM
QUÊ?) ....................................................................................................................... 34
3.7 METODOLOGIA (ONDE FAZER? COMO? COM QUÊ?) ................................... 34
3.8 CRONOGRAMA (QUANDO?) ............................................................................ 35
3.9 ORÇAMENTO (COM QUANTO FAZER?) .......................................................... 35
3.10 ESTRUTURA PRELIMINAR DO TRABALHO ................................................... 36
3.11 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 36
4 MODELO DE APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO ........... 37
4.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 38
4.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 38
4.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................... 38
4.2.2 Objetivos específicos ................................................................................... 38
4.3 CONTEXTO DA EMPRESA / ORGANIZAÇÃO / AMBIENTE ............................. 38
4.4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA/FUNDAMENTÇÃO TEÓRICA................................ 39
4.5 METODOLOGIA ................................................................................................. 39
4.6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ..................................................... 39
4.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES (SE HOUVER) .................. 40
5 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS – NBR 14724/2011 .......... 41
5.1 ESTRUTURA ...................................................................................................... 41
5.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ........................................................................... 42
5.3 ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................... 52
5.4 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS ........................................................................... 52
6 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO (NBR 14724/2011) ............................ 54
6.1 FORMATO .......................................................................................................... 54
6.2 ESTILO E TAMANHO DA LETRA....................................................................... 54
6.3 MARGEM ............................................................................................................ 54
6.4 ALINHAMENTO DA MARGEM ........................................................................... 55
6.5 ESPAÇAMENTO................................................................................................. 55
6.6 PARÁGRAFO ..................................................................................................... 55
6.7 NOTAS DE RODAPÉ.......................................................................................... 55
6.8 INDICATIVOS DE SEÇÃO .................................................................................. 55
6.9 TÍTULOS SEM INDICATIVO NUMÉRICO .......................................................... 56
6.10 ELEMENTOS SEM TÍTULO E SEM INDICATIVO NUMÉRICO ....................... 56
6.11 PAGINAÇÃO ..................................................................................................... 57
6
6.12 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA ........................................................................ 57
6.13 SIGLAS ............................................................................................................. 57
6.14 EQUAÇÕES E FÓRMULAS ............................................................................. 57
6.15 ILUSTRAÇÕES ................................................................................................. 58
6.16 TABELAS .......................................................................................................... 59
7 PLÁGIO ACADÊMICO ......................................................................................... 60
8 NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS ........................................ 62
8.1 ELEMENTOS DA REFERÊNCIA ........................................................................ 62
8.2 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................... 62
8.3 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO .......................................................... 63
8.4 TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS .................................................................. 63
8.4.1 Autor .............................................................................................................. 63
8.4.1.1 Autor Pessoal ............................................................................................... 63
8.4.1.1.1 Um autor ..................................................................................................... 63
8.4.1.1.2 Dois e três autores...................................................................................... 64
8.4.1.1.3 Mais três autores ........................................................................................ 64
8.4.1.1.4 Nome com terminação de parentesco ........................................................ 64
8.4.1.1.5 Sobrenome composto................................................................................. 64
8.4.1.1.6 Partícula precedendo o sobrenome ............................................................ 65
8.4.1.1.7 Obra com responsabilidade ........................................................................ 65
8.4.1.1.8 Obra organizada em capítulos .................................................................... 65
8.4.1.1.9 Indicação de tradutor, revisor, ilustrador e outro ........................................ 66
8.4.1.2 Autor Entidade .............................................................................................. 66
8.4.1.3 Autoria Desconhecida ................................................................................... 67
8.4.2 Título e subtítulo ........................................................................................... 67
8.4.3 Edição ............................................................................................................ 68
8.4.4 Local .............................................................................................................. 69
8.4.5 Editora ........................................................................................................... 69
8.4.6 Data ................................................................................................................ 70
8.4.7 Descrição física ............................................................................................ 72
8.4.8 Séries e coleções .......................................................................................... 73
8.4.9 Notas .............................................................................................................. 74
8.4.9.1 Tradução....................................................................................................... 74
8.5 MODELOS DE REFERÊNCIAS .......................................................................... 74
7
8.5.1 Trabalhos acadêmicos (monografia, dissertação, tese, artigo, etc.) ....... 74
8.5.2 Obras consultadas online ............................................................................ 75
8.5.3 Trabalhos em meio eletrônico ..................................................................... 75
8.5.4 Publicação periódica .................................................................................... 75
8.5.5 Evento como um todo .................................................................................. 76
8.5.6 Documento jurídico ...................................................................................... 77
8.5.6.1 Legislação..................................................................................................... 77
8.5.6.1.1 Constituição ................................................................................................ 77
8.5.6.1.2 Emenda à Constituição ............................................................................... 78
8.5.6.1.3 Lei, decreto, medida provisória, portaria ..................................................... 78
8.5.6.1.4 Resolução do Senado Federal ................................................................... 78
8.5.6.1.5 Código ........................................................................................................ 78
8.5.6.2 Jurisprudência (decisões judiciais) ............................................................... 79
8.5.6.2.1 Súmula ....................................................................................................... 79
8.5.6.2.2 Acórdão ...................................................................................................... 79
8.5.6.3 Doutrina ........................................................................................................ 79
8.5.6.4 Documento jurídico em meio eletrônico ........................................................ 80
8.5.7 Imagem em movimento ................................................................................ 80
8.5.8 Documento iconográfico.............................................................................. 81
8.5.9 Documento iconográfico em meio eletrônico ............................................ 81
8.5.10 Documento cartográfico .............................................................................. 81
8.5.11 Documento cartográfico em meio eletrônico ............................................. 82
8.5.12 Documento sonoro no todo ......................................................................... 82
8.5.13 Documento sonoro em parte ....................................................................... 83
8.5.14 Partitura ......................................................................................................... 83
8.5.15 Partitura em meio eletrônico ....................................................................... 84
8.5.16 Documento tridimensional ........................................................................... 84
8.5.17 Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico ............................... 85
8.6 ORDENAÇÃO DAS REFERÊNCIAS .................................................................. 85
8.6.1 Sistema alfabético ........................................................................................ 86
8.6.1.1 Várias obras do mesmo autor ....................................................................... 86
8.6.1.2 Mesma obra e mesmo autor ......................................................................... 87
8.7 ABREVIATURA DOS MESES ............................................................................ 87
9 CITAÇÕES ............................................................................................................ 88
8
9.1 SISTEMA DE CHAMADA ................................................................................... 88
9.1.1 Sistema numérico ......................................................................................... 88
9.1.2 Sistema autor-data........................................................................................ 89
9.2 NOTAS DE RODAPÉ.......................................................................................... 93
9.2.1 Notas de referência....................................................................................... 93
9.3 CITAÇÃO PESSOAL .......................................................................................... 95
9.4 CITAÇÃO DIRETA .............................................................................................. 95
9.4.1 Citação direta curta ...................................................................................... 95
9.4.2 Citação direta longa...................................................................................... 96
9.4.3 Citação direta com supressão de palavras ................................................ 97
9.4.4 Citação direta com acréscimo de palavras ................................................ 98
9.4.5 Citação direta que apresente erro ortográfico ou de impressão .............. 98
9.4.6 Citação direta com destaque no texto ........................................................ 98
9.4.7 Citação direta com texto traduzido pelo autor do trabalho ...................... 99
9.5 CITAÇÃO INDIRETA .......................................................................................... 99
9.5.1 Citação da citação ...................................................................................... 100
9.6 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO ........................................................ 101
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 103
1 TRABALHOS DIDÁTICOS CIENTÍFICOS
Apresentam-se as peculiaridades dos cursos que fazem parte do universo do
ensino superior, com o objetivo de diferenciar os níveis de graduação e de pósgraduação.
GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO
Graduação: Compreende cursos que preparam para uma carreira acadêmica
ou profissional podendo estar ou não vinculados a conselhos específicos. Conferem
diploma com o grau de Bacharel ou título específico (ex.: Bacharel em
Administração), Licenciado (ex.: Licenciado em Letras), Tecnólogo (ex.: Tecnólogo
em Hotelaria) ou título específico referente à profissão (ex.: Médico). O grau de
bacharel ou o título específico habilitam o portador do diploma a exercer uma
profissão; o de licenciado habilita o portador para o magistério no ensino
fundamental e médio.
Pós-graduação: Poderá ser lato sensu ou strictu sensu. Os cursos lato sensu
(ou de especialização) têm duração mínima de 360 horas, não computando o tempo
de estudo individual ou em grupo e sem assistência docente. Direcionado ao
treinamento nas partes de que se compõe um ramo profissional ou científico, o curso
confere certificado a seus concluintes. Conta com aulas, seminários e conferências,
ao lado de trabalhos de pesquisa sobre os temas concernentes ao curso. O critério
de seleção para o ingresso no referido curso é definido de forma independente em
cada instituição, sendo na maioria das vezes composta de avaliação e entrevista, no
qual a única exigência formal a ser cumprida pelo interessado se refere à posse de
um diploma de nível superior.
Os cursos de especialização são voltados às expectativas de aprimoramento
acadêmico e profissional, não abrangendo o campo total do saber em que se insere
a especialidade, com duração máxima de dois anos e com caráter de formação
continuada. Nesta categoria estão os cursos de aperfeiçoamento e os cursos
designados como Master Business Administration (MBA) ou equivalentes. A Celer
Faculdades condiciona a obtenção do título de especialista à apresentação da
monografia ou artigo científico.
10
Por sua vez, os cursos stricto sensu são direcionados para a continuidade da
formação científica e acadêmica, como mestrado e doutorado. Cabe à Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão ligado ao
Ministério da Educação (MEC), avaliar e autorizar estes cursos.
Os cursos de mestrado têm duração média de dois anos, no qual o aluno
cursa as disciplinas relacionadas à sua linha de pesquisa e desenvolve a
dissertação como trabalho de conclusão de curso. Esta busca a reflexão sobre um
determinado tema ou problema, expondo as ideias de maneira ordenada e
fundamentada teoricamente, caracterizando-se como um trabalho de pesquisa
científica. Cumpre registrar que curso de especialização não é pré-requisito para
cursar o mestrado.
Os cursos de doutorado de têm duração mínima de quatro anos,
contemplando as disciplinas e a tese, sendo que esta deverá apresentar um tema de
estudo inédito no seu campo de conhecimento, de forma que promova uma
descoberta, ou mesmo uma real contribuição para a ciência.
2 A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
Na medida em que domina e transforma a natureza, tanto por sua ação
individual quanto social, o ser humano satisfaz mas também amplia suas
necessidades. Essas necessidades não são só físicas e materiais, mas
fundamentalmente intelectuais e cognitivas, a fim de favorecer a inserção do
indivíduo no ambiente em que vive. Pode-se exemplificar através de uma situação
histórica:
Desde a antiguidade, até nossos dias, um camponês, mesmo iletrado e/ou
desprovido de outros conhecimentos, sabe o momento certo da semeadura,
a época da colheita, a necessidade da utilização de adubos, as providências
a serem tomadas para a defesa das plantações de ervas daninhas e pragas
e o tipo de solo adequado para as diferentes culturas. Tem também
conhecimento de que o cultivo do mesmo tipo, todos os anos, no mesmo
local, exaure o solo. Já no período feudal, o sistema de cultivo era em
faixas: duas cultivadas e outra em repouso, alternando-as de ano para ano,
nunca cultivando a mesma planta, dois anos seguidos, numa única faixa. O
início da Revolução Agrícola não se prende ao aparecimento, no século
XVIII, de melhores arados, enxadas e outros tipos de maquinaria, mas à
introdução, na segunda metade do século XVII, da cultura do nabo e do
trevo, pois seu plantio evitava o desperdício de deixar a terra em pousio:
seu cultivo “revitalizava” o solo, permitindo utilização constante. Hoje a
agricultura utiliza-se de semente selecionadas, de adubos químicos,
defensivos contra pragas e o controle biológico de insetos. Mesclam-se
neste exemplo, dois tipos de conhecimento: o primeiro, vulgar ou popular
[...], transmitido de geração para geração por meio da educação informal e
baseado em imitação pela experiência pessoal; portanto, empírico e
desprovido de conhecimento sobre a composição do solo, das causas do
desenvolvimento das plantas, a natureza das pragas, do ciclo reprodutivo
dos insetos etc.; o segundo, científico, é transmitido por intermédio de
treinamento apropriado, sendo um conhecimento obtido de modo racional,
conduzido por meio de procedimentos científicos. Visa explicar “por que” e
“como” os fenômenos ocorrem, na tentativa de evidenciar os fatos que estão
correlacionados, numa visão mais globalizante do que a relacionada com o
simples fato – uma cultura específica, de trigo, por exemplo. [...] Para que o
conhecimento científico ocorra, é necessário ir mais além: conhecer a
natureza dos vegetais, sua composição, seu ciclo de desenvolvimento e as
particularidades que distinguem uma espécie da outra (LAKATOS;
MARCONI, 1986, p. 74-75).
Conhecer, pensar e agir permitem ao ser humano progredir e evoluir. A partir
do conhecimento ele pode torná-lo ação e intervir, modificando o meio em que vive.
Dessa forma, de acordo com Lakatos e Marconi:
Um mesmo objeto ou fenômeno – uma planta, um mineral, uma comunidade
ou as relações entre chefes e subordinados – pode ser matéria de
observação tanto para o cientista quanto para o homem comum; o que leva
um ao conhecimento científico e o outro ao vulgar ou ao popular é a forma
de observação (LAKATOS; MARCONI, 1986, p. 75).
12
Assim, conhecer é estabelecer uma relação entre a pessoa que conhece e o
objeto a ser conhecido. Nesse sentido, conhecimento é relação e correlação (relação
de reciprocidade). É um processo de exteriorização do sujeito, no qual este sai de si
mesmo em busca do objeto. É um ato dinâmico no qual sujeito e objeto se
modificam. O sujeito sofre alteração ao apropriar-se do objeto e o objeto, ao ser
tomado pelo sujeito, se transforma.
O ser humano é o único capaz de construir um sistema de símbolos que lhe
permite ordenar e prever os fenômenos que o cerca, sejam eles crenças ou dogmas,
ou ainda criar conhecimento através de ideias. Isto pode ser exemplificado nos
diferentes níveis de conhecimento.
2.1 NÍVEIS DE CONHECIMENTO
Encontra-se na literatura uma classificação para os conhecimentos, que parte
do empírico ao científico.
O conhecimento empírico, também denominado popular, vulgar ou senso
comum, é o conhecimento que rege nosso cotidiano sem ter sido procurado,
estudado ou utilizado um método para criá-lo. É o modo natural de conhecer.
Caracteriza-se pelo improviso, pela espontaneidade, aparência, experiência do diaa-dia. O ser humano o adquire, internaliza ou incorpora pela resolução de problemas
cotidianos e imediatos e de acordo com sua relação com o ambiente. É transmitido
de geração em geração. Este conhecimento, embora baseado no pré-conceito, não
é desprezado pelo conhecimento científico, mas analisado de outra forma.
O conhecimento religioso ou teológico é produto da fé humana, na crença
da existência de uma ou mais entidades divinas – um deus ou muitos deuses. Este
conhecimento busca respostas para questões não respondidas pelos conhecimentos
empírico, científico ou filosófico. Por isso as revelações feitas pelos deuses ou em
seus nomes são consideradas aceitas como expressões da verdade.
O conhecimento filosófico tem por origem a capacidade de reflexão do
homem e por instrumento exclusivo o raciocínio. Distingue-se do científico pelo
objeto de investigação e pelo método. É caracterizado pelo esforço da razão pura
para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado,
utilizando exclusivamente a própria razão humana. Os objetos de análise da filosofia
são ideias, relações conceptuais e exigências lógicas.
13
O conhecimento científico resulta de investigação metódica e sistemática
da realidade. Ele transcende os fatos e os fenômenos em si mesmos, analisa-os
para descobrir suas causas e concluir as leis gerais que os regem. É verificável na
prática, através de métodos e técnicas que possibilitam o controle, a sistematização,
a verificação e sua comprovação ou não.
Marconi e Lakatos (2003, p. 77-80), apresentam características para cada
nível de conhecimento:
Conhecimento popular,
vulgar ou empírico
Conhecimento
religioso
ou teológico
Conhecimento Filosófico
Conhecimento Científico
a) Valorativo: porque é transmitido de geração para geração;
b) Verificável: está limitado ao cotidiano e diz respeito àquilo que se
pode perceber no dia a dia;
c) Reflexivo: está limitado à familiaridade com o objeto, não pode ser
reduzido à formulação geral;
d) Assistemático: baseia-se na ‘organização’ particular das próprias
experiências, e não na sistematização das ideias;
e) Falível e inexato: pois se conforma com a aparência e com o que se
ouviu dizer a respeito do objeto.
a) Valorativo: apoia-se em doutrinas que contêm proposições
sagradas;
b) Não verificável: pois está sempre implícita uma atitude de fé perante
um conhecimento revelado;
c) Inspiracional: por terem sido reveladas pelo sobrenatural;
d) Infalível e exata: são verdades;
e) Sistemático: (origem, significado, finalidade e destino) como obra de
um criador divino.
a) Valorativo: seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não
podem ser submetidas à observação;
b) Não é verificável: pois as hipóteses filosóficas não podem ser
confirmadas nem refutadas;
c) Racional: constitui num conjunto de enunciados logicamente
relacionados;
d) Sistemático: suas hipóteses e enunciados visam a uma
representação coerente da realidade estudada;
e) Infalível e exato: os postulados, bem como as hipóteses, não são
submetidos ao decisivo teste da observação (experimentação).
a) Verificável: as afirmações (hipóteses) que não podem ser
comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência;
b) Contingente: suas proposições ou hipóteses têm sua veracidade ou
falsidade conhecida através da experiência e não apenas pela
razão;
c) Sistemático: pois trata de um saber ordenado logicamente,
formando um sistema de ideias (teorias) e não conhecimentos
dispersos e desconexos.
De acordo com Ruiz (2008, p. 115), “Muito mais do que defender a
possibilidade e o fato do conhecimento verdadeiro, é nosso propósito analisar e
explicitar em que consiste a verdade [...]. Afinal, o que é a verdade? [...]. A verdade
nasce, pois, do julgamento da mente a respeito das realidades e não existe sem
ele”. Assim, a verdade é desvelamento, está sempre em construção.
14
2.2 MÉTODO E MÉTODO CIENTÍFICO
A palavra método vem do grego méthodos, que quer dizer caminho para se
chegar a um fim. O método científico é definido como um conjunto de regras básicas
para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, bem como
corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. Consiste num “Conjunto de
atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia permite
alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros – traçando o caminho a
ser seguido, detectando erros e auxiliando nas decisões do cientista” (LAKATOS;
MARCONI, 2003, p. 83).
O método depende do objeto da pesquisa. Os sábios, cujas investigações
foram coroadas de êxito tiveram o cuidado de anotar os passos percorridos e os
meios que levaram aos resultados obtidos. Outros, depois deles, analisaram tais
processos e justificaram a eficácia dos mesmos. Assim, tais processos, empíricos no
início, transformaram-se gradativamente em métodos verdadeiramente científicos.
Método científico não é um modelo, fórmula ou receita que uma vez aplicada,
colhe, sem margem de erro, os resultados previstos ou desejados, mas um
instrumento de trabalho. O resultado do seu uso depende de seu usuário, pois o
método científico não ensina a encontrar as grandes hipóteses, as ideias novas e
fecundas, pois isso depende exclusivamente da reflexão do pesquisador.
2.2.1 Tipos de métodos científicos
São reconhecidos como métodos científicos: indutivo, dedutivo, hipotéticodedutivo, dialético e fenomenológico.
2.2.1.1 Método indutivo
O método indutivo utiliza-se da indução. Segundo Marconi e Lakatos (2003, p.
86-90), indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados
particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal,
não contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos argumentos indutivos é
levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas
quais se basearam. A indução realiza-se em três etapas (fases):
15
a) observação dos fenômenos: nessa etapa observam-se os fatos ou
fenômenos e se analisa, com a finalidade de descobrir as causas de sua
manifestação;
b) descoberta da relação entre eles: na segunda etapa procura-se por
intermédio da comparação, aproximar os fatos ou fenômenos, com a finalidade de
descobrir a relação constante existente entre eles;
c) generalização da relação: na última etapa generaliza-se a relação
encontrada na precedente, entre os fenômenos e fatos semelhantes, muitos dos
quais ainda não observados (e muitos, inclusive, inobserváveis).
Exemplo1:
Andrea Bocelli é tenor.
Andrea Bocelli é cego.
Logo todos os tenores são cegos.
Exemplo2:
Cobre conduz energia.
Zinco conduz energia.
Cobalto conduz energia.
Ora, cobre, zinco e cobalto são metais.
Logo, (todo) metal conduz energia.
Exemplo3:
Retirando uma amostra de um saco de arroz, observa-se que
aproximadamente 80% dos grãos são do tipo extrafino. Conclui-se, então, que
o saco de arroz é do tipo extrafino.
O método indutivo trabalha com estatísticas, importando dizer que se todas as
premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira, mas não
necessariamente verdadeira. Nesse sentido, é um método alvo de críticas, pois cria
uma verdade geral apenas analisando algumas ocorrências.
2.2.1.2 Método dedutivo
O método dedutivo ao contrário da indução procura transformar enunciados
complexos, universais, em particulares. A conclusão sempre resultará em uma ou
várias premissas, fundamentando-se no raciocínio dedutivo (MARCONI; LAKATOS,
2003, p. 91-94). Fazem parte das ciências dedutivas a lógica e a matemática.
16
A dedução como forma de raciocínio lógico tem como ponto de partida um
princípio tido como verdadeiro a priori. O seu objetivo é a tese ou conclusão, que é
aquilo que se pretende provar.
Sua forma mais importante é o silogismo, ou seja, se todas as premissas são
verdadeiras, a conclusão deve ser verdadeira. O raciocínio dedutivo tem o objetivo
de explicar o conteúdo das premissas.
A dedução organiza e especifica o conhecimento que já se tem, mas não é
geradora de conhecimentos novos. O ponto de partida é a verdade geral já
estabelecida. Não há um problema a ser resolvido, apenas algo a ser comprovado.
Exemplo 1:
Todos os homens são mortais (premissa maior)
Platão é homem (premissa menor)
Logo, Platão é mortal (conclusão)
Exemplo 2:
Todo número par é divisível por 2 (regra/premissa maior)
1320 é um número par (premissa menor)
1320 é divisível por 2 (conclusão)
2.2.1.3 Método hipotético-dedutivo
Se o conhecimento é insuficiente para explicar um fenômeno, surge o
problema;
para
expressar
as
dificuldades
do
problema
são
formuladas
hipóteses/questões; das hipóteses deduzem‐se consequências a serem testadas ou
falseadas (GIL, 2008, p. 12).
Enquanto
o
método
dedutivo
procura
confirmar
a
hipótese,
o
hipotético‐dedutivo procura evidências empíricas (experimentos) para derrubá‐las.
Para Marconi e Lakatos (2003, p. 97-98), o método hipotético-dedutivo
defende o aparecimento, em primeiro lugar, do problema que será testado pela
observação e experimentação.
Há quem compreenda que o único método científico seria o hipotéticodedutivo, uma vez que toda pesquisa tem sua origem num problema para o qual se
procura uma solução, por meio de tentativas (conjecturas, hipóteses, teorias) e
eliminação de erros (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 31).
17
Gil (2006, p. 30) apresenta o método hipotético-dedutivo a partir do seguinte
esquema:
Conjectura
Problema
Dedução de
Tentativa de
Corroboração
Consequência
Falseamento
(comprovar)
2.2.1.4 Método dialético
É possível, segundo Gil (2006, p. 31), identificar alguns princípios comuns a
toda abordagem dialética:
a) Princípio da unidade e da luta dos contrários (unidade dos opostos): A luta
dos opostos constitui a fonte do desenvolvimento da realidade.
b) Princípio da transformação das mudanças quantitativas em qualitativas:
No processo de desenvolvimento, as mudanças quantitativas graduais
geram mudanças qualitativas.
c) Princípio da negação da negação (mudança dialética): A mudança nega o
resultado, por sua vez é negado, mas essa segunda negação conduz a
um desenvolvimento e não a um retorno do que era antes.
O Método dialético é fundamentado através de quatro leis, de acordo com
Marconi e Lakatos (2003, p. 100-104): a) Ação recíproca, unidade polar ou “tudo se
relaciona”; b) Mudança dialética, negação da negação ou “tudo se transforma”; c)
Passagem da quantidade à qualidade ou mudança qualitativa; e d) Interpenetração
dos contrários, contradição ou luta dos contrários.
Ação recíproca, unidade polar ou “tudo se relaciona”: Para a dialética, as
coisas não são analisadas na qualidade de objetos fixos, mas em movimento:
nenhuma coisa está “acabada”, encontrando-se sempre em vias de se transformar,
desenvolver; o fim de um processo é sempre o começo de outro. Por outro lado, as
coisas não existem isoladas, destacadas uma das outras e independentes, mas
como um todo unido, coerente.
18
Tanto a natureza quanto à sociedade são compostas de objetos e fenômenos
organicamente ligados entre si, dependendo uns dos outros e, ao mesmo tempo,
condicionando-se reciprocamente. Pode-se exemplificar dizendo que um texto não
vive fora do contexto que o gerou e o mantém.
Mudança dialética, negação da negação ou “tudo se transforma”: Todas
as
coisas
implicam
um
processo.
Todo
movimento,
transformação
ou
desenvolvimento opera-se por meio das contradições ou mediante a negação de
uma coisa – essa negação se refere à transformação das coisas.
Passagem da quantidade à qualidade ou mudança qualitativa: Politzer
(1987 apud MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 103) diz que em certos graus de
mudança quantitativa, produz-se, subitamente, uma conversão qualitativa. E
exemplifica com o caso da água. Partindo, por exemplo, de 20º, se começarmos a
elevar sua temperatura, teremos, sucessivamente, 21º, 22º, 23º...98º. Durante este
tempo, a mudança é contínua. Mas se elevarmos ainda mais a temperatura,
alcançamos, 99º, mas, ao chegar a 100º, ocorre uma mudança brusca, qualitativa. A
água transforma-se em vapor. Agindo ao contrário, esfriando a água, obteríamos
19º, 18º...1º. Chegando a 0º, nova mudança brusca, a água se transforma em gelo.
Assim, entre 1º e 99º, temos mudanças quantitativas. Acima ou abaixo desse limite,
a mudança é qualitativa. Dessa forma, a mudança das coisas não pode ser
indefinidamente quantitativa: transformando-se, em determinado momento sofrem
mudança qualitativa. A quantidade transforma-se em qualidade.
Interpenetração dos contrários, contradição ou luta dos contrários: para
Marconi e Lakatos (2003, p. 104-105) a dialética lida com a contradição, bem como
com as possibilidades teóricas e práticas de superar a contradição. Parte do ponto
de vista de que os objetos e os fenômenos da natureza supõem contradições
internas, porque todos têm um lado negativo e um lado positivo, um passado e um
futuro: todos têm elementos que desaparecem e elementos que se desenvolvem; a
luta desses contrários, a luta entre o velho e o novo, entre o que morre e o que
nasce, entre o que perece e o que evolui, é o conteúdo interno do processo de
desenvolvimento, da conversão das mudanças quantitativas em mudanças
qualitativas.
No método dialético tudo é visto em constante mudança, pois há sempre algo
que nasce, se desintegra e se transforma. Gil, (2006, p. 30):
19
Tese
Antítese
Síntese
Nova Afirmação
(tese)
Afirmação
Negação
Negação
2.2.1.5 Método fenomenológico
De acordo com Forghieri (2000, p. 19-20) este método procura resgatar o
mundo da vida cotidiana. O ser humano enquanto ser racional, que tem identidade e
que pode pensar o mundo que o rodeia, observa, de forma imparcial, os valores, as
crenças e as ações conjuntas, como protagonista do mundo em que vive.
A pesquisa fenomenológica parte da compreensão de nosso viver, não de
conceitos, definições que orientam o pesquisador àquilo que vai ser investigado. A
atitude de abertura do ser humano para compreender o que se mostra significa estar
livre de preconceitos e definições pré-concebidas. A atitude fenomenológica permite
ao pesquisador ver o cotidiano simplesmente como ele se mostra.
Na pesquisa, a apropriação do conhecimento se dá através de um modo de
ser. Nesta concepção, não existe separação entre sujeito e objeto. O fenômeno está
aí, o ato de desvelamento, de descoberta cabe ao pesquisador. Desvendar o
fenômeno além da aparência é torná-lo explícito, compreendê-lo na sua essência.
2.2.1.6 Método etnográfico
Concentra-se em grupos e culturas humanas descrevendo e analisando as
sociedades em pequena escala. É uma metodologia qualitativa cujo objetivo é
entender a visão que o grupo tem de seu mundo. Pode-se também através deste
método compreender a natureza humana estudando as variações culturais e as
subculturas dentro de contextos sociais mais amplos. Estudos etnográficos abordam
questões que dizem respeito a forma como o conhecimento cultural, normas, valores
e outras variáveis contextuais influenciam a experiência de algo em uma pessoa
(MARCONI; PRESOTTO, 2010, p.13).
Angrosino (2009, p. 34), no entorno dessa discussão destaca a importância
da observação participante para o desenvolvimento da pesquisa etnográfica.
20
2.3 PESQUISA CIENTÍFICA
A pesquisa é a ação dirigida para obter determinado conhecimento que
permite a solução de problemas teóricos, práticos e/ou operativos mesmo
estabelecidos no dia a dia do ser humano. A pesquisa científica é o estudo
sistemático com a finalidade de obter resultados comprováveis que compõe uma
determinada realidade (BARROS; LEHFELD, 2002, p. 29). Ou ainda:
Pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação planejada,
desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia
consagradas pela ciência. É o método de abordagem de um problema em
estudo que caracteriza o aspecto científico de uma pesquisa (RUIZ, 2008, p.
48).
O estudante que observa um fato, questiona, explora, investiga suas fontes
para compreender ou explicar ou problema a partir do desenvolvimento de um
método de um método científico, estará iniciando uma pesquisa científica.
2.3.1 Abordagens de pesquisa científica
A abordagem dos dados da pesquisa científica deverá ocorrer de duas
formas, a saber:
Quantitativa: avaliação através de dados metrificantes (matemáticos/
estatísticos);
Qualitativa: interpretação dos dados levando-se em consideração seu
conteúdo.
Para a análise e a interpretação dos dados Gil (2008, p. 156) aponta as
seguintes técnicas: estabelecimento de categorias, codificação, tabulação, análise
estatística dos dados, inferência de relações causais e interpretação de dados.
2.3.2 Níveis de pesquisa
As pesquisas exploratórias, descritivas e explicativas integram as classes ou
níveis de pesquisa que serão escolhidas com base nos objetivos do pesquisador.
Para que se possa desenvolver um trabalho científico é preciso conhecer esses
níveis, definindo o que se entende por cada um deles.
21
Pesquisa exploratória: tem como objetivo proporcionar maior familiaridade
com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito. Seu planejamento é bastante
flexível. Essas pesquisas envolvem: a) levantamento bibliográfico; b) entrevista com
pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; c) estudo de
caso. Esta pesquisa permite maior familiaridade entre o pesquisador e o tema
pesquisado, porém, faz-se necessário um processo de investigação a fim de
aprimorar ideias e construir hipóteses (GIL, 2008, p. 27).
Pesquisa descritiva: tem como objetivo primordial à descrição das
características de
determinada
população
ou
fenômeno.
Envolve técnicas
padronizadas de coleta de dados, como observação sistemática. Proporciona uma
nova visão da realidade já existente, uma vez que o pesquisador não interfere,
apenas relata o fenômeno pesquisado. Esse tipo de pesquisa é comumente utilizado
por pesquisadores sociais como nos estudos etnográficos (GIL, 2008, p. 28).
Pesquisa explicativa: preocupa-se em identificar os fatores que estão
envolvidos na ocorrência dos fenômenos. É o nível de pesquisa que busca explicar a
razão pela qual as coisas estão de determinada maneira, aprofundando o
conhecimento da realidade (GIL, 2008, p. 28).
Ainda para este autor, a pesquisa explicativa é precedida de pesquisa
exploratória e descritiva, podendo ser a continuação de outra descritiva, uma vez
que os fatores determinantes de um fenômeno devem ser identificados de forma
detalhada e descrita (GIL, 2008, p. 28-29).
A referida pesquisa é utilizada principalmente na área das ciências naturais,
na prática das experimentações. Em algumas áreas das ciências sociais, como a
Psicologia, este tipo de pesquisa pode ser igualmente utilizado, sendo o tipo mais
complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente
(GIL, 2008, p. 29).
2.3.3 Tipos de projetos de Pesquisa
Roesch (1999, p. 73-77) classifica os projetos em cinco tipos:
a) Pesquisa aplicada: “[...] embora constitua uma possibilidade interessante,
dificilmente é utilizada num projeto de prática profissional, que se atém normalmente
a problemas específicos de organizações. Deve incluir uma preocupação teórica”.
(ROESCH, 1999, p. 73).
22
Referida pesquisa tem como objetivo proporcionar soluções para conflitos
humanos. Ex.: fatores psicológicos dos acidentes do trabalho; aplicação de técnicas
de simulação ao orçamento empresarial; temas ligados à tomada de decisão ou
barreiras à inovação técnica; principais dificuldades no processo de sucessão em
empresas familiares; fatores que explicam o comportamento do consumidor
(ROESCH, 1999, p. 73).
b) Avaliação de resultados: tem como objetivo principal comparar situações,
anterior e posterior, a utilização de sistema ou plano, ou seja, julga se um programa
aplicado foi positivo ou não. Ex.: avaliação do desempenho de funcionários antes e
depois de um treinamento; avaliação da produtividade antes e depois da inserção de
um sistema de manutenção preventiva (ROESCH, 1999, p. 74).
c) Avaliação formativa: sua finalidade é melhorar ou aperfeiçoar sistemas ou
processos. “[...] implica um diagnóstico do sistema atual e sugestões para sua
reformulação; por isso requer certa familiaridade com o sistema e, idealmente, a
possibilidade de implementar as mudanças sugeridas e observar seus efeitos”. Ex.:
reformulação da estrutura de distribuição da empresa; revisão do sistema de
auditoria interna da empresa (ROESCH, 1999, p. 74).
d) Proposição de planos: tem por finalidade oferecer à organização
resolução para os problemas já diagnosticados e segundo Roesch (1999, p. 76)
neste tipo de projeto o plano sugerido pode ser implementado ou não. Ex.:
elaboração de um plano de marketing; elaboração de um sistema de estoque para
um departamento comercial; ampliação de porte e reestruturação da área produtiva
de uma empresa.
e) Pesquisa diagnóstico: Há muitas possibilidades de um projeto que visam
ao diagnóstico do ambiente organizacional, em todas áreas. Pesquisas que visam
ao diagnóstico de uma situação organizacional normalmente não acarretam um
custo muito alto, mas podem apresentar dificuldades em virtude da confidencialidade
dos dados e informações a serem disponibilizados para pesquisador. Ex.: pesquisa
mercadológica; caracterização do usuário do centro de informações; a imagem da
área de RH na empresa (ROESCH, 1999, p. 77).
23
2.3.4 Delineamento da pesquisa
É uma forma de classificação da pesquisa que leva em consideração as
técnicas utilizadas. Dentre as principais, cita-se:
Bibliográfica: pesquisa baseada exclusivamente em dados já publicados em
livros, revistas, jornais e material eletrônico.
Documental: utiliza-se de documentos conservadas em arquivos de
instituições públicas ou privadas. Estes podem ser: relatórios, atas, estatutos, fotos,
mapas, manuais, entre outros;
Experimental: “[...] consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar
as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de
observação dos efeitos que a variável produz no objeto”. Utilizada principalmente
pelas ciências naturais “[...] tais como porções de líquidos, bactérias ou ratos”.
Experimentos no campo das ciências sociais, envolvendo pessoas, grupos ou
instituições, impedem que a experimentação se faça de forma eficiente (GIL, 2008,
p. 51).
Estudo de Coorte: amostra constituída de pessoas com característica
comum e acompanhada por determinado tempo pelo pesquisador para observação
e análise do que acontece com elas. Geralmente utilizada na área da saúde. Ex:
duas terapias para determinado tipo de câncer podem ser avaliadas por um estudo
de coorte (GIL, 2002, p. 50).
Levantamento de campo ou survey: coleta de dados junto a um número
significativo de pessoas sobre determinado problema e análise quantitativa. A
pesquisa envolve a interrogação direta de pessoas cujo comportamento se deseja
conhecer. Ex.: Censo (GIL, 2008, p. 55).
Pesquisa Participante: quando se desenvolve a partir da interação entre
pesquisadores e membros das situações investigadas (GIL, 2006, p. 66).
Estudo de campo: semelhante ao levantamento, porém, com mais
profundidade e flexibilidade. “[...] estuda-se um único grupo ou comunidade em
termos de sua estrutura social, ou seja, ressaltando a interação de seus
componentes”.
Utiliza-se
de
entrevistas,
questionário,
mas
principalmente
observação e é realizado no local onde os fatos estudados ocorrem (GIL, 2008, p.
57).
24
Estudo de caso: Para Ferri; Leal; Hostins (2004, p. 33-34), “[...] é o estudo
aprofundado e em geral exaustivo de uma situação específica, de um grupo, de uma
organização, de um evento determinado [...]".
2.3.5 Instrumentos de coleta de dados
As técnicas de coleta de dados são classificadas por Cervo, Bervian e Da
Silva (2007, p. 30), como “[...] os meios corretos de executar as operações de
interesse de tal ciência.” Dentre as empregadas na pesquisa científica, destacam-se
a pesquisa bibliográfica, a observação, a entrevista, aplicação de questionários e
formulários.
a) Questionário: Gil (2008, p. 121) define questionário como uma técnica
investigativa, contendo várias questões a serem submetidas à pessoas, com o
objetivo de colher informações acerca de seus “[...] conhecimentos, crenças,
sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações, temores, comportamento
presente ou passado” e as respostas serão preenchidas pelo próprio entrevistado.
O questionário deve conter uma breve introdução explicando os objetivos da
pesquisa e a forma do seu preenchimento. As perguntas formuladas deverão estar
relacionadas com o problema de pesquisa e podem ser abertas, fechadas ou mistas,
sempre possibilitando uma única interpretação, de forma clara, concreta e precisa,
sendo que após sua elaboração é imprescindível a realização do pré-teste visando
mostrar a clareza e precisão dos termos, a quantidade, a forma e a ordem das
perguntas, promovendo as devidas correções, se necessário (GIL, 2008, p. 21).
b) Entrevista: é uma conversa intencional dirigida por uma pessoa a fim de
obter informações sobre a outra. A interpretação dos dados dever ser feita com
cautela uma vez que as verbalizações aparentemente claras podem ser
interpretadas de forma errônea (SOUZA; SANTOS; DIAS, 2013, p. 88). As
entrevistas podem ser estruturadas (com um roteiro fixo inalterável), não
estruturadas (sem roteiro, apenas com um tópico motivador) ou semiestruturadas
(com um roteiro flexível). É necessário ter um roteiro para que no momento em que
ela esteja sendo realizada as informações necessárias não deixem de ser colhidas.
25
c) Observação: diz respeito à análise efetuada pelo pesquisador com relação
aos fatos observados, podendo ser participante (quando o pesquisador se integra ao
grupo, participando dos eventos) ou não participante (quando não se integra,
limitando-se apenas a registrar os eventos) (SOUZA; SANTOS; DIAS, 2013, p. 88).
d) Documentos: oficiais, parlamentares, jurídicos, fontes estatísticas,
publicações administrativas, documentos particulares (cartas, diários, memórias,
autobiografias), etc. (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 174).
e) Testes: “instrumentos utilizados com a finalidade de obter dados que
permitam medir o rendimento, a frequência, a capacidade ou a conduta de
indivíduos, de forma quantitativa” (MARCONI, LAKATOS, 2003, p. 223).
f) História de vida: busca obter informações relacionadas à "experiência
íntima" de situações vivenciadas por uma pessoa e que seja relevante para a
pesquisa (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 223).
g) Formulários: Selltiz (1965, p. 172 apud MARCONI; LAKATOS, 2003, p.
212), define formulário como “[...] o nome geral usado para designar uma coleção de
questões que são perguntadas e anotadas por um entrevistador numa situação face
a face com outra pessoa”.
h) Outros: iconografia (documentação envolvendo imagens do passado:
gravuras, pinturas, desenhos, etc.); fotografias (imagens de fatos menos distantes
que as imagens iconográficas); vestuário (indicando os momentos sociais ou mesmo
a hierarquia das classes) (MARCONI, LAKATOS, 2003, p. 182).
2.3.6 Definição da área ou população-alvo
Neste item apresenta-se a delimitação do estudo, ou seja, em que
área/setor/departamento a coleta de dados e/ou o estudo será realizado. Para tanto,
define-se:
População: “[...] são todos os membros de um grupo definido de pessoas ou
itens” (PARENTE, 2003, p. 386).
Amostra: “[...] é a porção de uma população predefinida” (PARENTE, 2003,
p. 386). É esta porção da população que será pesquisada de fato. O tamanho da
amostra irá variar dependendo do tipo de amostra e da técnica de coleta de dados
utilizada na pesquisa.
26
A amostra pode ser probabilística ou não probabilística. Na amostra
probabilística há como ser calculada a probabilidade de cada membro da população
a ser escolhido. É considerada uma maneira mais apropriada de selecionar a
amostra em uma pesquisa científica. Existem várias formas de os membros serem
selecionados, dentre elas:
Aleatória simples: cada membro da população possui iguais chances de ser
selecionado, é como um sorteio entre os membros da população;
Estratificada: trabalha com subgrupos significativos da população e,
posteriormente, aplica-se a aleatória simples;
Estratificada proporcional: utiliza-se de subgrupos e trabalha com percentuais,
para que cada subgrupo tenha igual participação na pesquisa;
Sistemática: irá selecionar os membros da população através de um sistema
pré-definido.
A não probabilística tem menos uso em pesquisas científicas, pois a amostra
é construída sem cálculos probabilísticos, podendo ser:
Intencional: o pesquisador ou um conhecedor da população orienta a escolha
dos elementos que participaram da amostra;
Bola de neve: a amostra vai crescendo na sequência da pesquisa, um
elemento vai apresentando o outro;
Por conveniência: a amostra é escolhida da forma mais conveniente para o
pesquisador, mais utilizada para pré-teste.
Por cotas: é intencional em cada subgrupo de elementos pesquisados.
2.4 FORMAS DE DOCUMENTAÇÃO
Permitem assimilar e compreender o conteúdo por meio de registros.
2.4.1 Fichamento
A utilização de fichas servirá para orientar o pesquisador, o qual deverá
transcrever nas mesmas as fontes de referência assim como os dados mais
relevantes da obra pesquisada, seja em forma de citação, resenha ou resumo. O
objetivo do fichamento é organizar resumidamente o conteúdo, a análise, as
observações e indagações sobre uma leitura.
27
As fichas devem conter os seguintes elementos: cabeçalho; corpo ou texto da
ficha; local onde a obra se encontra.
2.4.2 Resumo
Utiliza-se para sintetizar um texto, indicando de forma objetiva os resultados e
as conclusões decorrentes do estudo, devendo-se manter a originalidade da obra
pesquisa. “O resumo é a apresentação concisa e frequentemente seletiva do texto,
destacando-se os elementos de maior interesse e importância, isto é, as principais
ideias do autor da obra” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 68).
De acordo com Marconi e Lakatos (2003, p. 69-70), resumo pode ser:
Indicativo ou descritivo: indica frases curtas, porém importantes, da obra e
não dispensará a leitura do texto completo para sua melhor compreensão;
Informativo ou analítico: indica o conteúdo da obra de forma mais completa
que o resumo descritivo, dispensando a leitura do texto original;
Crítico: além de sintetizar o texto, o pesquisador emite seu julgamento sobre
o mesmo.
2.4.3 Resenha
A resenha envolve o resumo de determinada obra e sua crítica que, quando
elaborado para publicação em revistas especializadas recebe o nome de resenha.
(PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 151). A NBR 6028 denomina a resenha de resumo
crítico. Destaca-se que a sequência para a realização da resenha deve ser a
seguinte:
a) Título: diferente do título da obra;
b) Referenciação da obra conforme as normas da ABNT (NBR 6023);
c) Redação
direta
sem
entre
títulos,
com
a
divisão:
introdução,
desenvolvimento e crítica, se evidenciando pela organização do texto.
Na introdução, (entre 10% e 20% da resenha), contextualiza-se o autor, sua
obra e o título desta, indicando-se a ordem cronológica com que os fatos são
narrados no texto. Indica-se um parágrafo de interesse e o de transição para o
resumo. No desenvolvimento (entre 60% e 70% da resenha), resume-se o conteúdo
da obra, finalizando-se com um parágrafo de transição para a crítica.
28
Na crítica indicam-se as falhas e equívocos observados pelo resenhista, bem
como tece-se elogios sinceros e de forma ponderada com relação à obra.
(MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 264).
Registra-se ser vedado “[...] tentar dizer que poderia ter produzido obra
melhor; não deve procurar ressaltar suas próprias qualidades às custas de quem
escreveu o livro comentado; e não há lugar, numa resenha científica, para perguntas
retóricas ou para sarcasmo” (BARRAS, 1979, p. 139 apud MARCONI; LAKATOS,
2003, p. 264).
2.4.4 Position Paper
O position paper é um artigo que contextualiza e resume determinada obra e
seu autor se posiciona a respeito do tema, indicando ideias e argumentos para
resolver determinado problema. É a indicação de um ponto de vista sobre o assunto
estudado (MEDEIROS, 2004, p. 254), utilizando-se a mesma estrutura do artigo
científico e sendo definido pela Celer Faculdades a quantidade entre 5 e 15 laudas.
Para redação do paper será preciso escolher o tema e delimitá-lo. Na
sequência, apresenta-se o problema e a hipótese ou resposta para o mesmo,
devidamente fundamentada em fontes seguras, com a indicação do ponto de vista, o
qual deverá ser comprovado, concluindo-se o paper. Ao menos uma referência
bibliográfica deverá acompanhar o trabalho (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 162).
.
2.4.5 Artigo científico
Artigo científico é um pequeno, porém completo estudo sobre determinado
tema, indicando “[...] o resultado de estudos ou pesquisas e distinguem-se dos
diferentes tipos de trabalhos científicos pela sua reduzida dimensão e conteúdo”
(MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 259).
Constituem elementos obrigatórios do artigo o título, nome do autor com sua
qualificação em nota de rodapé, resumo e palavras-chave em língua vernácula e
estrangeira, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.
Para elaboração do artigo científico, todo o texto, incluindo título do artigo e
resumos, será redigido em folha sequencial e deverá conter entre 15 e 20 laudas.
Segue orientação para Artigo Científico:
29
TÍTULO DO TRABALHO
Subtítulo (opcional)
Autores1
Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas – FACISA
CELER FACULDADES
Curso de Especialização em ......
RESUMO
O resumo deve ser uma apresentação concisa dos pontos relevantes do texto. Em
parágrafo único contendo de 100 a 250 em espaço simples. Deverá ser em
português e inglês .
Abstract
Palavras-chave: palavras que encerram o significado global de um contexto, ou
que o explica e identifica através de elementos que têm entre si um certo parentesco
ou que pertencem a um certo grupo. Preferencialmente utilizar de 3 a 5 palavraschave.
INTRODUÇÃO
A introdução diz respeito ao próprio conteúdo do trabalho: sua natureza,
seus objetivos, sua metodologia. A introdução não pode ser dispensada, pois é parte
integrante do desenvolvimento do trabalho científico.
Nesta parte deve ser enfocada a relevância do assunto no sentido de
esclarecer seus aspectos obscuros, bem como da contribuição desse trabalho para
uma melhor compreensão do problema.
Pode-se considerar como uma boa introdução o texto que apresentar os
seguintes elementos: apresentação do assunto, justificativa, objetivos, questões
(problemas a serem tratados no desenvolvimento), metodologia adotada para a
realização do trabalho.
1
Graduado em Administração pela Celer Faculdades – Xaxim/SC. Pós-graduanda em Gestão
Empresarial pela Celer Faculdades – Xaxim/SC.
30
DESENVOLVIMENTO (os títulos são livres conforme o texto tratado. Normas
do Caderno Metodológico)
Nesta seção o autor deve se preocupar em apresentar o trabalho resultante
de sua pesquisa. Isto implica em uma apresentação clara, lógica e objetiva, sejam
eles negativos ou positivos. Para a apresentação o autor poderá fazer uso de
diversas ferramentas como: conter idéias de autores, dados da pesquisa (se for
pesquisa de campo, colocar gráficos e tabelas auxiliares, quando houver) e
interpretações.
A apresentação do tema é a parte mais livre do trabalho, pois é neste
momento que o autor pode argumentar e inferir determinadas conclusões. Tudo isto
deve ser apresentado de forma integrada substancial, criativa e lógica.
No desenvolvimento do trabalho, o autor aborda as questões ou problemas
relacionados ao assunto pertinente. É apresentado de forma a distribuir o assunto
em títulos e subtítulos numerados buscando atingir os objetivos propostos e já
mencionados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Consiste na parte do trabalho em que se faz o fechamento do assunto.
Retoma-se o que foi apresentado na introdução e se menciona os objetivos,
destacando se os mesmos foram alcançados.
Deve
limitar-se
a
um posicionamento
sintetizado
da
argumentação
desenvolvida no decorrer do desenvolvimento. Lembramos que as considerações
finais devem estar todas fundamentadas nos resultados obtidos na pesquisa.
Portanto, este item não deve trazer nada de novo e deve ser breve,
consistente e abrangente.
REFERÊNCIAS
As referências são apresentadas em ordem alfabética e dentro das normas
técnicas especificadas conforme as orientações da ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas) ou de acordo com o Caderno Metodológico da Celer Faculdades.
31
3 COMO ELABORAR UM PROJETO DE PESQUISA – NBR 15287/2011
Para elaborar um projeto de pesquisa é preciso traçar um caminho eficaz que
conduza ao fim que se pretende atingir. O projeto de pesquisa é uma sequência de
etapas que irão dar precisão aquilo que se pretende pesquisar ou, conforme
relaciona a NBR 15287/2011, “compreende uma das fases da pesquisa. É descrição
de sua estrutura” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p.
3).
Apresenta-se um roteiro para elaboração de projetos, sendo que as partes
pré-textuais compreendem: capa, folha de rosto, lista de ilustrações, de tabelas, de
abreviaturas e siglas e de símbolos, e sumário.
Com relação aos elementos textuais, são os mesmos tratados a seguir.
3.1 TEMA
É o título da pesquisa. É um assunto que se deseja provar ou desenvolver, ou
seja, é o objeto de estudo dentro de uma determinada área.
Deve ser escolhido a partir de observações da vida profissional, situações
pessoais, experiência científica, apreciação sobre textos, entre outros. Deve-se
também levar em consideração as tendências preferenciais pelo ramo do saber e a
formação acadêmica do pesquisador.
O pesquisador deve selecionar apenas um assunto e dentro dele escolher
apenas uma particularidade, que vai ao encontro de determinado interesse e que
corresponde a disponibilidade de recursos materiais e pessoais do pesquisador.
Quando o pesquisador for escolher o tema deverá se perguntar:
a) O assunto pode ser tratado em forma de pesquisa?
b) Trará contribuições à sociedade e a ciência?
c) Oferece algo novo?
d) Pode ser direcionado para uma pesquisa científica?
3.2 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA (PROBLEMA/OPORTUNIDADE)
O problema de uma pesquisa compreende “[...] uma questão não resolvida, é
algo para o qual se vai buscar resposta, via pesquisa” (VERGARA, 2000, p. 21).
32
Problema é o marco referencial inicial de uma pesquisa e deverá ser
identificado claramente. A identificação e delimitação clara do problema é o primeiro
passo para o êxito na execução do trabalho. “No contexto de um projeto de prática
profissional, um problema é uma situação não resolvida, mas também pode ser a
identificação de oportunidades até então não percebidas pela organização”
(ROESCH, 1999, p. 91).
Segundo Sylvia Constant Vergara:
Problema é uma questão não resolvida, é algo para o qual se vai buscar
resposta, via pesquisa. Uma questão não resolvida pode estar referida a
alguma lacuna epistemológica ou metodológica percebida, a alguma dúvida
quanto à sustentação de uma afirmação geralmente aceita, a alguma
necessidade de pôr a prova uma suposição, a interesses práticos, à
vontade de compreender e explicar uma situação do cotidiano ou outras
situações (VERGARA, 2000, p. 21).
Nessa parte do projeto escreve-se um texto que deverá apresentar a situação
problemática a ser estudada. É de suma importância verificar se o problema de
pesquisa escolhido é possível de ser estudado.
No final do texto apresenta-se o problema em forma de pergunta, para deixálo em destaque e para distingui-lo do tema.
3.3 HIPÓTESES
A pesquisa científica inicia sempre com a colocação de um problema
solucionável. A hipótese é a proposição para esta solução que pode ser declarada
verdadeira ou falsa.
Se o pesquisador tem um bom conhecimento do assunto ele pode apresentar
hipóteses, mas se conhece pouco pode apresentar perguntas (questões de
pesquisa).
A hipótese é uma suposição que antecede a constatação dos fatos na
tentativa de verificar a validade de resposta existente para um problema.
3.4 OBJETIVOS (PARA QUÊ?)
É a determinação de uma meta que o trabalho se propõe alcançar. No caso
da pesquisa, é a resposta ao problema formulado.
33
Deve ser formulado um objetivo geral e alguns objetivos específicos. O
geral indica a ação de forma ampla, os específicos trabalham as ações
pormenorizadas para que o objetivo geral seja alcançado. “Se o problema é uma
questão a investigar, objetivo é um resultado a alcançar. O objetivo final, se
alcançado, dá resposta ao problema. Objetivos intermediários são metas de cujo
atingimento depende o alcance do objetivo final” (VERGARA, 2000, p. 25). Com o
objetivo pretende-se fixar padrões de sucesso, orientar a fundamentação teórica e a
metodologia a ser utilizada.
O objetivo geral, também chamado de objetivo final, é o que se quer alcançar,
normalmente, é a solução do problema. Define – usando verbos mais abrangentes –
o que se vai procurar (DMITRUK, 2004, p. 127).
Os objetivos específicos, também conhecidos como objetivos intermediários,
são aspectos, dentro do objetivo geral, que devem ser atingidos para que o objetivo
geral seja alcançado. “[...] apresentam caráter mais concreto. Têm função
intermediária e instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de
outro, aplicá-lo a situações particulares” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 219).
Na elaboração dos objetivos procura-se contemplar: como, para quem, para
quê, o quê, onde. Inicia-se a redação dos objetivos com verbo no infinitivo. Devese atentar para não confundir os objetivos do trabalho com os objetivos da
organização ou do objeto estudado.
3.5 JUSTIFICATIVA (POR QUÊ?)
É a breve narração dos fatos que envolvem a pesquisa, indicando o motivo da
escolha do tema – destacando a atualidade, importância e benefício que a pesquisa
trará. É a indicação do motivo pelo qual o acadêmico escolheu o assunto, apontando
as divergências existentes sobre e a contribuição que o trabalho apresentará ao
abordar o problema proposto. Devem ser apresentados argumentos consistentes
aptos a convencerem sobre a importância do projeto.
Marconi e Lakatos (2003, p. 219) orientam que a justificativa envolve a
exposição de forma sucinta, porém envolvendo todos os aspectos de ordem teórica
e os motivos práticos que indiquem a importância da realização da pesquisa.
34
3.6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA / FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (COM BASE EM
QUÊ?)
A Revisão/fundamentação/referencial teórico é a pesquisa efetuada pelo
acadêmico, com respaldo em livros, artigos, revistas, meios eletrônicos, entre outros,
indicando e discutindo as ideias de vários autores sobre o tema escolhido,
fornecendo base conceitual sólida ao problema, correspondendo à oportunidade que
o pesquisador possui de ter contato e adquirir conhecimento sobre o que já foi
produzido com relação ao tema proposto.
A citação das principais conclusões a que outros autores chegaram permite
salientar a contribuição da pesquisa realizada, demonstrar contradições ou
reafirmar comportamentos e atitudes. Tanto a confirmação, em dada
comunidade, de resultados obtidos em outra sociedade quanto a
enumeração das discrepâncias são de grande importância (MARCONI;
LAKATOS, 2003, p. 225).
Nesta parte do projeto é indicada a sustentação teórica existente apta a
resolver o problema proposto, indicando a literatura básica já elaborada por outros
autores. Segundo Vergara (2000, p. 35) esta é a parte que oferece “[...]
contextualização e consistência à investigação”.
Para uma revisão de literatura/fundamentação teórica completa devem ser
utilizadas diversas fontes, inclusive com indicação de posicionamentos conflitantes,
caso relevante par a pesquisa. Recomenda-se a leitura de obras recentes,
indicando-se os diversos pensamentos a respeito do tema, através de citações
diretas e indiretas, cujos autores deverão estar referenciados ao final do trabalho.
Para o Curso de Direito deverá ser elaborado, neste tópico, o primeiro
capítulo que integrará a monografia.
3.7 METODOLOGIA (ONDE FAZER? COMO? COM QUÊ?)
A metodologia é a indicação dos procedimentos utilizados para a pesquisa
(GIL, 2008, p. 182). Enumera-se as características da pesquisa através da
metodologia aplicada, observando-se o objetivo do estudo direcionado.
35
Dentro da metodologia devem ser trabalhados os tópicos: método, tipo de
projeto, níveis de pesquisa, delineamento da pesquisa, instrumento de coleta de
dados, enfoque, definição da área ou população-alvo – delimitação do estudo,
técnica de análise e interpretação dos dados. Poderá ser em tópicos ou em apenas
um texto corrido. O importante é que todos os tópicos citados sejam descritos.
3.8 CRONOGRAMA (QUANDO?)
É o planejamento da pesquisa, delineado de forma cronológica, dividindo-se a
pesquisa em etapas e indicando qual o tempo necessário para a realização de cada
uma delas.
Exemplo:
ATIVIDADE
2015
JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ.
3.9 ORÇAMENTO (COM QUANTO FAZER?)
É a indicação das despesas decorrentes da realização da pesquisa. Os
recursos necessários para que o projeto possa ser concluído.
Pode ser organizado da seguinte forma:
36
Exemplo:
ITEM
QUANTIDADE
VALOR
TOTAL
3.10 ESTRUTURA PRELIMINAR DO TRABALHO
Para projetos apresentados ao Curso de Direito, há que ser feita uma
indicação do sumário preliminar da monografia, no próprio projeto. Isso não significa
que o sumário não possa ser alterado no trabalho definitivo, mas, com base nele,
ter-se-á uma visualização clara do que a pesquisa irá abordar.
Deverá aparecer com a formatação utilizada para o sumário, porém sem que
haja indicação do número da página, observando-se as regras para os títulos
primários, secundários, terciários, etc.
3.11 REFERÊNCIAS
De acordo com a NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2002, p. 2), as referências são um “Conjunto padronizado de elementos
descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação”.
As referências devem conter os elementos essenciais, ou seja, indispensáveis
para que o documento possa ser utilizado, e os elementos complementares, os
quais são acrescidos aos essenciais para facilitarem a caracterização dos
documentos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 2).
37
4 MODELO DE APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO
Conforme orienta a NBr 10719, indica-se abaixo a forma de disposição dos
elementos que compõem a estrutura do relatório (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 4):
Elementos Pré
Textuais
Elementos
textuais
Elementos
Pós Textuais
CAPA
FOLHA DE ROSTO/CONTRACAPA
FOLHA DE AVALIAÇÃO DE BANCA
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTO
EPÍGRAFE
LISTA DE ANEXOS OU APÊNDICES
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SUMÁRIO
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
1.1
OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo geral
1.1.2 Objetivos específicos
2
EMPRESA / ORGANIZAÇÃO / AMBIENTE
3
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA/FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
4
METODOLOGIA
5
APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
6
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANEXOS E/OU APÊNDICES
Dentre os tópicos específicos do relatório final do estágio, destaca-se a seguir
os seguintes itens: introdução;
contexto
da
empresa/organização/ambiente;
apresentação e análise dos dados; considerações finais e recomendações.
Os demais itens obrigatórios no relatório são comuns aos demais trabalhos
acadêmicos e podem ser analisados neste manual.
O modelo abaixo segue a numeração do caderno metodológico. O Relatório
deverá seguir a ordem numérica da estrutura acima.
38
4.1 INTRODUÇÃO
Indica a questão central do trabalho, com a indicação do problema, dos
objetivos e da justificativa. Segundo Vergara (2000, p. 20): “[...] é uma seção na qual
se aguça a curiosidade do leitor, na qual se tenta ‘vender-lhe’ o projeto. A introdução
deve ser curta, proporcional ao número de páginas do projeto”.
O texto inicial deverá ser sucinto, porém abrangente, indicando o tema e sua
contextualização. “Um tema pode suscitar vários problemas. Tem, portanto, caráter
mais geral, mais abrangente do que o problema” (VERGARA, 2000, p. 23).
A introdução é a primeira a aparecer no trabalho, mas a última a ser redigida.
Deixando para o fim, tem-se condições de cumprir aquilo que a caracteriza e aos
seus objetivos com maior facilidade. Na introdução do relatório final de estágio, além
da contextualização inicial dever-se apresentar a situação problemática e a
justificativa constantes no projeto, porém sem separá-los em itens. Assim essas
informações devem compor um único texto, sequencial e de fácil leitura, dizendo ao
leitor o que ele deve encontrar no corpo do trabalho.
Após a apresentação do tema, este redigido em negrito, indica-se o contexto
do mesmo seguindo para a exposição do problema, identificando o foco da pesquisa
e, na sequencia, apresenta-se a justificativa. Os objetivos devem ser apresentados
de forma separada como no exemplo abaixo, conforme NBR 10719-2011.
4.2 OBJETIVOS
4.2.1 Objetivo Geral
4.2.2 Objetivos específicos
4.3 CONTEXTO DA EMPRESA / ORGANIZAÇÃO / AMBIENTE
Deve-se contextualizar o ambiente em que o estudo está inserido,
desenvolvendo-se um histórico da empresa/organização/ambiente, etc.. Sugere-se
que sejam trabalhados os seguintes assuntos:
39
a) Dados da empresa ou organização (localização, cidade, etc.);
b) Histórico;
c) Estrutura;
d) Políticas;
e) Estratégias;
f) Cultura.
4.4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA/FUNDAMENTÇÃO TEÓRICA
Embasamento teórico metodológico do trabalho a partir de uma revisão
bibliográfica sobre o tema proposto. (Ver item 3.6)
4.5 METODOLOGIA
Descrição dos métodos e técnicas utilizadas na pesquisa. (Ver item 3.7).
4.6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Os dados coletados na pesquisa são apresentados, em ordem lógica,
agrupados
e
ordenados
convenientemente,
podendo
vir
eventualmente
acompanhados de tabelas, gráficos ou figuras, com valores estatísticos para maior
clareza e compreensão dos dados. Após a apresentação, os dados devem ser
analisados, de forma separada ou conjugada, conforme melhor se adequar aos
objetivos do trabalho (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 116).
A
análise
poderá
levar
em
consideração
outros
dados
coletados
anteriormente e a literatura que corrobora com o assunto. Debate-se as prováveis
implicações para concordância ou não com as ideias de outros autores, fornecendo
elementos para conclusões.
Organize os resultados de sua pesquisa, de acordo com a sua proposta
metodológica. A seguir interprete os resultados, de acordo com seus objetivos, com
o intuito de subsidiar a conclusão da pesquisa.
40
4.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES (SE HOUVER)
Indica-se de forma clara os resultados obtidos com as discussões envolvendo
o tema pesquisado, bem como as conclusões dos experimentos que foram
realizados no curso da pesquisa. As recomendações, se houverem, deverão ser
concisas e somente se farão presentes se julgado necessário pelo pesquisador, de
acordo com as conclusões a que chegou e para serem observadas/utilizadas no
futuro. “Sua finalidade básica é ressaltar o alcance e as consequências dos
resultados obtidos, bem como indicar o que pode ser feito para torná-los mais
significativo” (GIL, 1999, p. 189).
As recomendações constituem “[...] indicações, de ordem prática, de
intervenções na natureza ou na sociedade, de acordo com as conclusões da
pesquisa” enquanto as recomendações ou sugestões “[...] apresentam novas
temáticas de pesquisa, inclusive levantando novas hipóteses, abrindo caminho a
outros pesquisadores” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 232).
Pode-se começar com um pequeno resumo do trabalho que foi desenvolvido
durante o estágio, tendo como foco o alcance do objetivo geral, através do alcance
dos objetivos específicos, com base nos dados coletados.
41
5 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS – NBR 14724/2011
Conforme a NBR 14724, os trabalhos acadêmicos e similares são definidos
como “[...] o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto
escolhido [...]. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 4).
De acordo com a referida norma, são trabalhos acadêmicos trabalho de
conclusão de curso – TCC, trabalho de graduação interdisciplinar – TGI, trabalho de
conclusão
de
curso
de
especialização
e/ou
aperfeiçoamento
e
outros
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 4).
5.1 ESTRUTURA
A estrutura dos trabalhos acadêmicos compreende elementos pré-textuais,
textuais e pós-textuais, dispostos conforme abaixo ilustrado:
Estrutura
Pré-textuais
Textuais
Pós-textuais
Elemento
Capa (obrigatório)
Folha de rosto (obrigatório)
Folha de aprovação (obrigatório em
relatório final)
Dedicatória (s) (opcional)
Agradecimento (s) (opcional)
Epígrafe (opcional)
Resumo na língua vernácula (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Sumário (obrigatório)
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Referências (obrigatório)
Glossário (opcional)
Apêndice(s) (opcional)
Anexo(s) (opcional)
Índice(s) (opcional)
42
Fonte: MATTOS; SOARES; FRAGA (2004, p. 55).
5.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
a) Capa: Proteção externa do trabalho e sobre a qual se imprimem as informações
indispensáveis a sua identificação. É um elemento obrigatório e deve conter as
seguintes informações: nome da instituição, nome do curso, nome do acadêmico,
título do trabalho, nome da cidade, mês e ano. Todos os dados devem ser
centralizados na folha, com espaçamento entrelinhas 1,5 e o título deverá ser escrito
em negrito.
43
3 cm
12 cm
3 cm
44
b)
Folha de rosto: Folha que contém os elementos essenciais à
identificação do trabalho como: nome do acadêmico, título e subtítulo, este se
houver, natureza do trabalho (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso),
objetivo do trabalho (aprovação na disciplina ou grau pretendido), nome da
instituição e área de concentração e o nome do orientador. As margens são
uniformes para todos os trabalhos.
3 cm
12 cm
3 cm
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Celer Faculdades para
obtenção do grau de .........
2 cm
2 cm
3 cm
45
c)
Folha de aprovação: Elemento obrigatório, colocado logo após a folha
de rosto, constituído pelo nome do autor do trabalho, título do trabalho, curso e
habilitação, nome da instituição a que é submetido, área de concentração, nome do
coordenador do estágio, nome dos professores participantes da banca, nome,
titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituição a que
pertencem. A data de aprovação e assinaturas dos membros componentes da banca
examinadora são colocadas após a aprovação do trabalho.
3 cm
5 cm
3 cm
12 cm
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Celer Faculdades
como requisito para obtenção do grau
de (bacharel em, licenciado em,
especialista em, etc.)
3 cm
46
d)
Dedicatória: Elemento opcional, colocado após a folha de aprovação.
O texto será alinhado à direita e constará no canto inferior da página.
e)
Agradecimentos: Elemento opcional, colocado após a dedicatória, e
direcionado aos que colaboraram com o trabalho, indicando-se o motivo da gratidão.
O título “agradecimentos” será escrito em caixa alta, negrito e centralizado. O texto
dos agradecimentos deverá observar a formatação geral do trabalho com relação à
parágrafo, espaçamento e fonte.
47
f)
Epígrafe: Elemento opcional, colocado após os agradecimentos.
Podem também constar epígrafes nas folhas de abertura das seções primárias.
Consiste em uma frase, pensamento ou trecho de poemas ou textos que possuam
relação com o trabalho pesquisado, com indicação da autoria. Aparecerá no canto
inferior da página, alinhado à direita, seguido do nome do autor, este entre
parênteses.
48
g)
Resumo na língua vernácula: Elemento obrigatório, conforme
relaciona a NBR 6028/2003, constituído de uma sequência de frases concisas e
objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos. Indica o objetivo, o método,
os resultados e as conclusões do documento, usando-se sempre a voz ativa. O título
“resumo” será escrito em caixa alta, negrito e centralizado e o texto será redigido em
um único parágrafo, seguindo a formatação geral do trabalho. Para tese,
dissertação, monografia, relatório, entre outros deve conter de 150 a 500 palavras;
artigos devem conter de 100 a 250 palavras. Deve ser seguido de palavras
representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores,
separadas entre si por ponto final, sugerindo-se um total de três a cinco palavras.
49
h)
Resumo em língua estrangeira: Elemento obrigatório, o qual deverá
observar as mesmas características do resumo em língua vernácula, aparecendo na
folha seguinte a este, indicando, inclusive, as palavras-chave.
i)
Lista de ilustrações: Elemento obrigatório caso o trabalho contenha
mais de três itens, devendo ser elaborada de acordo com a ordem apresentada no
texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do
respectivo número da página. Quando necessário, recomenda-se a elaboração de
lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas,
fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros). O
título “lista de ilustrações” será redigido em caixa alta, centralizado e negrito.
50
j)
Lista de tabelas: Elemento obrigatório se o trabalho possuir mais de
três itens., elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item
designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página,
seguindo a formatação utilizada para a lista de ilustrações
k)
Lista de abreviaturas e siglas: Elemento obrigatório sempre que o
trabalho contiver mais de cinco itens. As abreviaturas e siglas devem ser ordenadas
alfabeticamente e seguidas de seus respectivos significados. Quando aparecerem
pela primeira vez no texto, deve-se colocar seu nome por extenso, acrescentando a
abreviatura ou siglas entre parênteses. O espaçamento entrelinhas será 1,5.
51
l)
Lista de símbolos: Elemento obrigatório sempre que o trabalho
contiver mais de cinco itens, será elaborado de acordo com a ordem de ocorrência
no texto, seguida de seu respectivo significado e utilizará a mesma formatação da
lista de abreviaturas e siglas.
m)
Sumário: Enumeração das principais divisões, seções e outras partes
do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede. As partes
são acompanhadas do(s) respectivo(s) número (s) da (s) páginas. Só aparece no
sumário os itens dos elementos textuais e pós-textuais. Título em maiúsculo,
centralizado com um espaço 1,5 em branco entre o título e a introdução. Exemplo:
3 cm
1 INTRODUÇÃO
06
1.1 OBJETIVOS.....................................................................
07
1.1.1 Objetivo Geral..............................................................
07
1.1.2 Objetivos Específicos..................................................
07
2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA..................................
08
2.1 HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA.......
08
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA/FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
09
3.1 ADMINISTRAÇÃO..........................................................
09
3.1.1 Funções Administrativas...........................................
16
4 METODOLOGIA..................................................................
19
5 APRESENTACÃO E ANÁLISE DOS DADOS...................
29
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................
52
REFERÊNCIAS.....................................................................
68
ANEXOS E/OU APÊNDICES................................................
74
52
5.3 ELEMENTOS TEXTUAIS
São constituídos de três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e
conclusão.
a)
Introdução: Parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação
do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para
situar o tema do trabalho.
b)
Desenvolvimento: Parte principal do texto, que contém a exposição
ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que
variam em função da abordagem do tema e do método.
c)
Conclusão:
Parte
final
do
texto,
na
qual
se
apresentam
correspondentes aos objetivos ou hipóteses.
5.4 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
a)
Referências:
São
as
referências
dos
materiais
utilizados
no
desenvolvimento do trabalho, como: livros jornais, revistas, vídeos, entre outras.
Devem ser apresentadas conforme a NBR 6023/2002.
b)
Glossário: Relação das palavras ou expressões técnicas de uso
restrito ou sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas
definições. É um elemento opcional, elaborado em ordem alfabética.
c)
Apêndice(s): Texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de
complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho.
Elemento opcional. O(s) apêndice(s) são identificados por letras maiúsculas
consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente utilizam-se
letras maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices, quando esgotadas as
23 letras do alfabeto.
Exemplo:
APÊNDICE A – Avaliação numérica de células inflamatórias totais aos
quatro dias de avaliação
APÊNDICE B – Avaliação de células musculares presentes nas caudas em
regeneração
53
d) Anexo(s): Texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de
fundamentação, comprovação e ilustração. Elemento opcional. O(s) anexo(s) são
identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos
títulos. Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação
dos anexos, quando esgotadas as 23 letras do alfabeto.
Exemplo:
ANEXO A – Representação gráfica de contagem de células inflamatórias
presentes nas caudas em regeneração – Grupo de controle I (Temperatura...)
ANEXO B – Representação gráfica de contagem de células inflamatórias
presentes nas caudas em regeneração – Grupo de controle II (Temperatura...)
6 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO (NBR 14724/2011)
6.1 FORMATO
Os textos devem ser apresentados em papel branco, formato A4 (21cm x
29,7cm), digitados na cor preta, com exceção das ilustrações.
6.2 ESTILO E TAMANHO DA LETRA
Para digitação deve-se utilizar fonte Arial, cor preta, tamanho 12 para o texto
e tamanho 10 para citações diretas longas, notas de rodapé, números das páginas e
legendas das ilustrações e tabelas.
6.3 MARGEM
Como regra geral as folhas devem apresentar margem esquerda e superior
de 3 cm, e as margens direita e inferior, 2 cm.
55
6.4 ALINHAMENTO DA MARGEM
O texto deverá apresentar-se justificado, à exceção das referências, as quais
serão alinhadas à esquerda.
6.5 ESPAÇAMENTO
O texto deve ser digitado com espaçamento entrelinhas 1,5, à exceção das
citações diretas com mais de três linhas, as notas de rodapé, as referências, as
legendas das ilustrações e tabelas e a ficha catalográfica, as quais serão
apresentadas em espaço simples.
Nas monografias, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituição a
que é submetida e a área de concentração devem ser digitados em espaço simples.
As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por espaço
simples em branco.
Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede ou
que os sucede por um espaço 1,5. O espaçamento “antes” e “depois” deverá ser
igual a “zero”.
6.6 PARÁGRAFO
Para o parágrafo, orienta-se a adoção da medida disponibilizada pelo padrão
do editor de texto, normalmente sendo de 1,25 cm.
6.7 NOTAS DE RODAPÉ
As notas devem ser digitadas dentro das margens, ficando separadas do
texto por um espaço simples entrelinhas e por filete, a partir da margem esquerda.
6.8 INDICATIVOS DE SEÇÃO
O indicativo numérico de uma seção precede seu título, alinhado à esquerda,
separado por um espaço de caractere. Os títulos das seções primárias, por serem as
principais divisões de um texto, devem iniciar em folha distinta.
56
Os indicativos de seção serão separados do texto que os sucede por um
espaço entrelinhas 1,5. Da mesma forma, os títulos das subseções serão separados
do texto que os precede ou sucede por um espaço entrelinhas 1,5.
Títulos cuja redação ocupar mais de uma linha devem, a partir da segunda
linha, estarem alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título.
Os títulos devem ser destacados no texto com recursos de caixa-alta, caixa-baixa,
negrito ou itálico, conforme abaixo disposto:
TÍTULO 1: CAIXA-ALTA E NEGRITO
TÍTULO 2: CAIXA-ALTA SEM NEGRITO
Título 3: Somente a primeira letra em maiúsculo e negrito
Título 4: Somente a primeira letra em maiúsculo, sem negrito
Título 5: Somente a primeira letra em maiúsculo, sem negrito e itálico
1 SEÇÃO PRIMÁRIA – TÍTULO UM
1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA – TÍTULO DOIS
1.1.1 Seção terciária – título três
1.1.1.1 Seção quaternária – título quatro
1.1.1.1.1 Seção quinária – título cinco
6.9 TÍTULOS SEM INDICATIVO NUMÉRICO
Os títulos, sem indicativo numérico, como: errata, agradecimentos, lista de
ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos, sumário,
referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s) devem ser centralizados,
conforme a NBR 6024; fonte arial, tamanho 12, letra maiúscula com negrito.
6.10 ELEMENTOS SEM TÍTULO E SEM INDICATIVO NUMÉRICO
Fazem parte desses elementos a folha de aprovação, a dedicatória e a
epígrafe. Estes elementos não devem ser incluídos no sumário.
57
6.11 PAGINAÇÃO
Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas
sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada a partir da primeira
folha da parte textual, inclusive quando houver título primário, em algarismo arábico,
no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último
algarismo a 2 cm da borda direita da folha.
No caso de o trabalho ser constituído de mais de um volume, deve ser
mantida uma única sequência de numeração das folhas, do primeiro ao último
volume. Havendo apêndice e anexo, as folhas devem ser numeradas de maneira
contínua e a paginação deve dar seguimento ao texto principal. Conforme
14724/2011, inclusive quando houver título das seções primárias (TÍTULO 1) estará
visível o número da página.
6.12 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA
Para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho, deve-se adotar a
numeração progressiva para as seções do texto.
6.13 SIGLAS
Quando aparece pela primeira vez no texto, a forma completa do nome
precede a sigla, colocada entre parênteses. Exemplo: Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).
6.14 EQUAÇÕES E FÓRMULAS
Aparecem destacadas no texto, de modo a facilitar sua leitura. Na sequência
normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte seus
elementos (expoentes, índices e outros). Quando destacadas do parágrafo são
centralizadas e, se necessário, deve-se numerá-las. Quando fragmentadas em mais
de uma linha, por falta de espaço, devem ser interrompidas antes do sinal de
igualdade ou depois dos sinais de adição, subtração, multiplicação e divisão.
58
Exemplo:
x2 + y2 = z2 (1)
(x2 + y2)/5 = n
(2)
6.15 ILUSTRAÇÕES
Qualquer que seja seu tipo (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias,
gráficos,
mapas,
organogramas,
plantas, quadros,
retratos e outros)
sua
identificação aparece na parte superior, precedida da palavra designativa, seguida
de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, travessão
e o respectivo título e/ou legenda explicativa de forma breve e clara, dispensando
consulta ao texto. Após a ilustração, na parte inferior, indica-se a fonte consultada. A
ilustração deve ser inserida o mais próximo possível do trecho a que se refere,
conforme o projeto gráfico. Deve ser apresentada somente com a primeira letra em
maiúscula e sem negrito, com fonte tamanho 10 e espaçamento simples para os
elementos indicativos do gráfico e fonte consultada, sendo que está será com a
indicação do sobrenome do autor, com a primeira letra maiúscula, seguida do ano da
publicação entre parênteses.
Exemplo:
Gráfico 1: Total geral de pessoas cadastradas no Sine e empregadas, por nível de
escolarização, no período de 1999 a 2006
N.º Empregados
500
400
300
200
100
0
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
Ano
Analfabeto
4ª Série incompleto
4ª Série completo
8ª Série incompleto
8ª Série completo
2º grau incompleto
2º grau completo
Superior incompleto
Superior completo
Fonte: Lopes (2006, p. 23).
2006
59
6.16 TABELAS
As tabelas apresentam informações tratadas estatisticamente, conforme IBGE
(1993), complementando-se a informação pela NBR 6022/2003. Sua identificação
aparece na parte superior, precedida da palavra “tabela”, seguida de seu número de
ordem de ocorrência no trabalho em algarismo arábicos. O título e/ou legenda deve
ser breve e claro, dispensando consulta ao texto e à fonte, sendo somente a
primeira letra em maiúscula e sem negrito. Após a tabela, na parte inferior, indica-se
a fonte consultada, registrando-se o sobrenome, apenas com a primeira letra
maiúscula, seguido do ano da publicação entre parênteses. O tamanho da fonte dos
elementos indicativos será 10 e espaçamento simples.
Exemplo:
Tabela 1: Participação (%) no total de empregos formais, por gênero, segundo escolaridade,
em Xaxim – Santa Catarina
Escolaridade
Fundam. incompleto
Fundamental
completo
2º grau incompleto
2º grau completo
Superior incompleto
Superior completo
Total
Fonte: Lopes (2006, p. 25).
Masculino
54,40
Feminino
50,27
68,69%
14,29
19,78
10,44
1,10
0,00
100%
30,22%
1,10%
Total
52,32
64,32%
14,05
16,76
17,84
0,00
1,08
100%
34,6%
1,08%
66,49%
14,17
18,26
14,17
0,54
0,54
100%
32,43%
1,08%
60
7 PLÁGIO ACADÊMICO
Este texto tem o objetivo de esclarecer o que é plágio; quais os principais
tipos de plágio e quais os perigos em plagiar os trabalhos acadêmicos.
O plágio é caracterizado pela transcrição de um texto para outro, seja como
cópia fiel, seja em linguagem própria, sem que haja a indicação da autoria.
(Schneider, 1990, p. 38).
Os pesquisadores devem articular as ideias dos autores pesquisados às suas
próprias ideias, mas, para isto, torna-se imprescindível que sejam referenciadas as
obras transcritas em suas pesquisas. Comete plágio o pesquisador que apropria-se
da ideia de outro sem indicar a fonte.
Segundo o professor Lécio Ramos (2006, apud INSTITUTO DE ARTE E
COMUNICAÇÃO SOCIAL, 2010, p. 3), podemos listar pelo menos 3 tipos de plágio:
a) Integral: quando o pesquisador copia palavra por palavra um trabalho
inteiro sem citar a fonte;
b) Parcial: quando o trabalho é formado por cópias de frases, parágrafos de
vários autores sem citar a fonte;
c) Conceitual: a utilização da ideia do autor escrevendo de outra forma,
porém, novamente, sem citar a fonte original.
O plágio acadêmico representa o desrespeito aos direitos autorais quando o
estudante retira ideias de livros, revistas, jornais, internet, etc., e não cita sua fonte.
“Isso tem implicações cíveis e penais. O desconhecimento da lei não serve de
desculpa, pois a lei é pública e explícita.” (INSTITUTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO
SOCIAL, 2010, p. 2).
A legislação trata do assunto relacionado ao plágio, ao indicar, no Código
Civil: “Art. 524: a lei assegura ao proprietário o direito de usar, gozar e dispor de
seus bens, e de reavê-los do poder de quem quer que, injustamente, os possua.”
Por sua vez, o Código Penal relaciona como crime a violação aos direitos autorais,
nos artigos 7º, 22, 24, 33, 101 a 110, 184 a 186 (direitos do Autor formulados pela
Lei
9.610/1998)
e
299
(falsidade
COMUNICAÇÃO SOCIAL, 2010, p. 3).
ideológica).
(INSTITUTO
DE
ARTE
E
61
Diante de tais ponderações, a pergunta que surge é: como evitar o plágio?
“[escrevendo] com suas próprias palavras de modo a explicar todas as citações,
apresentar as fontes no próprio texto, e, se necessário, incluir as citações diretas [...]
à medida que o trabalho vai sendo desenvolvido.” (INSTITUTO DE ARTE E
COMUNICAÇÃO SOCIAL, 2010, p. 7, grifo do autor).
Com o avanço tecnológico, permitindo a facilidade do famoso “copia e cola”,
relacionado a publicações na internet, o cometimento do plágio ficou facilitado,
porém, há que se ter sempre em mente que a legislação pátria protege a
propriedade autoral a indicação de escritas sem que haja a devida referenciação é,
indubitavelmente, afronta às normas legislativas.
Em suma, o pesquisador não pode assinar como sua a obra de outra pessoa,
sob pena de cometer crime.
62
8 NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS
Segundo
a
NBR
6023
(ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA
DE
NORMAS
TÉCNICAS, 2002, p. 2), entende-se por referência o “[...] conjunto padronizado de
elementos descritivos, retirados de um documento, que permite a identificação
individual.”
Referida norma indica os elementos das referências e a forma como devem
figurar no documento, complementando as informações já lançadas pelo
pesquisador quando da indicação das citações diretas e indiretas.
8.1 ELEMENTOS DA REFERÊNCIA
A referência é constituída de elementos essenciais e, quando necessário,
acrescida de elementos complementares.
Ao fazer uma referência é essencial conter os seguintes dados: o(s) autor(es);
título, subtítulo (se houver); edição (a partir da 2ª); imprenta (local, editora e ano de
publicação). Os dados complementares e opcionais: número de páginas e/ou
volumes, coleção, caderno, suplemento, indicação de série, tomo, fascículo.
Os elementos essenciais são “[...] indispensáveis à identificação do
documento” enquanto os elementos complementares “São as informações que,
acrescentadas aos elementos essenciais, permitem melhor caracterizar os
documentos.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 2).
8.2 LOCALIZAÇÃO
Nas obras, as referências pode aparecer no rodapé, no fim de texto ou de
capítulo, em lista de referências ou precedendo resumos, resenhar e recensões
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 2).
Para os trabalhos apresentado à Celer Faculdades, utiliza-se a indicação das
referências em lista própria, indicada ao final do trabalho, em ordem
alfabética.
63
8.3 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO
Os elementos essenciais e complementares da referência devem ser
apresentados em sequência padronizada, em ordem alfabética.
As referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto e de
forma a se identificar individualmente cada documento, em espaço simples e
separadas entre si por espaço simples. Quando aparecerem em notas de rodapé,
serão alinhadas, a partir da segunda linha da mesma referência, abaixo da primeira
letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente e sem espaço entre elas.
O recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) utilizado para destacar o
elemento título deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo
documento. Isto não se aplica às obras sem indicação de autoria ou de
responsabilidade, cujo elemento de entrada é o próprio título, já destacado pelo uso
de letras maiúsculas na primeira palavra, com exclusão de artigos (definidos e
indefinidos) e palavras monossilábicas.
8.4 TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS
8.4.1 Autor
8.4.1.1 Autor Pessoal
A indicação é feita iniciando-se pelo último sobrenome do autor, em letras
maiúsculas. Na sequência, após uma vírgula, indica-se os demais nomes. Caso seja
utilizado o sistema de abreviatura de nomes, o mesmo padrão deve ser usado em
toda a lista de referências. Em havendo mais de um autor, os nomes/sobrenomes de
cada um deverão ser separados por ponto-e-vírgula.
8.4.1.1.1
Um autor
ALVES, Roque de Brito. Ciência criminal. Rio de Janeiro: Forense, 1995.
ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes. Fundamentos de abordagem e formação no
ensino de PLE e de outras línguas. Campinas: Pontes Editores, 2011.
64
8.4.1.1.2
Dois e três autores
DAMIÃO, Regina Toledo; HENRIQUES, Antonio. Curso de direito jurídico. São
Paulo: Atlas, 1995.
PEREZ JÚNIOR, José Hernández; OLIVEIRA, Luís Martins de. Contabilidade
avançada. São Paulo: Atlas, 2002.
PASSOA, L. M. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber: matemática,
segunda série, 2, primeira grau: livro do professor. São Paulo: Scipione, 1995. 136 p.
8.4.1.1.3
Mais três autores
Quando existirem mais de três autores, indica-se apenas o primeiro,
acrescentando-se a expressão et al (e outros), redigida em itálico e sem ser
precedida de qualquer sinal de pontuação após o prenome do autor.
SILVA, Alcemar et al. Constituição de uma matriz de contabilidade social para o
Brasil. Brasília, DF: IPEA, 1994.
FAVERO, Hamilton Luiz et al. Contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas,
1997.
8.4.1.1.4
Nome com terminação de parentesco
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. 51. ed. Rio
de Janeiro: Forense, 2010.
8.4.1.1.5
Sobrenome composto
ROSSETTI-FERREIRA, Maria C.. Os fazeres na educação infantil. 12. ed. São
Paulo: Cortez, 2011.
CASTELO BRANCO, Anísio Costa. Matemática financeira aplicada: método
algébrico, HP-12C, Microsoft Excel. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cengage
Learning, 2010.
65
8.4.1.1.6
Partícula precedendo o sobrenome
ASSIS, Araken de. Cumprimento de sentença. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2013.
A partícula que faz parte do sobrenome do autor, na condição de prefixo,
deverá ser incluído junto com o mesmo.
DAL PRÁ, Sérgio. A organização da sociedade. São Paulo: Saraiva, 2010.
8.4.1.1.7
Obra com responsabilidade
Quando houver indicação explícita de responsabilidade pelo conjunto da obra,
em coletâneas de vários autores, a entrada deve ser feita pelo nome do
responsável, seguida da abreviação, no singular, do tipo de participação
(organizador, compilador, editor, coordenador etc.), entre parênteses.
MARTINS, Eliseu (Org.). Avaliação de empresas. São Paulo: Atlas, 2000.
GERALDI, Corinta Maria Grisolia; FIORENTINI, Dario; PEREIRA, Elisabete
Monteiro de A. (Orgs.). Cartografias do trabalho docente: professor(a)pesquisador(a). Campinas: Mercado de Letras, 1998.
MARCONDES, E; LIMA, I. N. de (Coord.). Dietas em pediatria clínica. 4. ed. São
Paulo: Sarvier, 1993.
MOORE, W. (Ed.). Construtivismo del movimiento educacional: soluciones.
Córdoba, AR.: [s.n.], 1960.
LUJAN, Roger Patron (Comp.). Um presente especial. Tradução: Sonia da Silva.
3. ed. São Paulo: Aquariana, 1993. 167 p.
8.4.1.1.8
Obra organizada em capítulos
Indica-se o autor da obra e o título do capítulo por ele escrito. Após, insere-se
a partícula - In -, seguida do sinal de dois pontos (:) e a indicação do organizador.
66
CASTRO, Matheus Felipe de. A orden Econômica na Constituição de 1988 e a
efetivação dos Direitos Fundamentais. In: BAEZ, Narciso Leandro Xavier; LEAL,
Rogério Gesta; MEZZAROBA, Orides (Coord.). Dimensões Materiais e Eficaciais
dos Direitos Fundamentais. São Paulo: Conceito Editorial, 2010.
8.4.1.1.9
Indicação de tradutor, revisor, ilustrador e outro
DANTE ALIGHIERI. A divina comédia. Tradução, prefácio e notas Hermâni
Donato. São Paulo: Círculo do Livro. [1983]. 344 p.
GOMES, Orlando. O direito de família. Atualização e notas Humberto Theodoro
Júnior. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1995. 562 p.
ALBERGARIA, Lino de. Cinco anos sem chover: história de Lino de Albergaria.
Ilustrações Paulo Lyra. 12. ed. São Paulo: FTD, 1994. 63 p.
CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos. Tradução
Vera da Costa e Silva et al. 3. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1990.
8.4.1.2 Autor Entidade
As obras de responsabilidade de entidade (órgãos governamentais,
empresas, associações, congressos, seminários etc.) têm entrada, de modo geral,
pelo seu próprio nome, por extenso.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e
documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Catálogo de teses da Universidade de São
Paulo, 1992. São Paulo, 1993. 467 p.
CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 10.,
1979, Curitiba. Anais... Curitiba: Associação Bibliotecária do Paraná, 1979. 3 v.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Diretrizes para a política
ambiental do Estado de São Paulo. São Paulo, 1993. 35 p.
BRASIL. Ministério da Justiça. Relatório de atividades. Brasília, DF, 1993. 28 p.
67
8.4.1.3 Autoria Desconhecida
Em caso de autoria desconhecida, a entrada é feita pelo título, com a primeira
palavra em letras maiúsculas. Se o título iniciar com monossílabo (o, as, um, etc.),
deve-se iniciar a referência com o monossílabo e a palavra seguinte do título. Neste
caso o título não será redigido em negrito.
DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro,
1993. 64 p.
A GRANDE magia do circo. São Paulo: Contrex, 1987.
8.4.2 Título e subtítulo
O título e o subtítulo (se for usado) devem ser reproduzidos tal como figuram
no documento, separados por dois-pontos. O título deve ser em negrito e o subtítulo
sem destaque.
PASTRO, Cláudio. Arte sacra. São Paulo: Loyola, 1993.
PASTRO, Cláudio. Arte sacra: espaço sagrado hoje. São Paulo: Loyola, 1993.
343 p.
BEUREN, Ilse Maria; BRANDÃO, Juliana Fávero. Demonstrações contábeis no
Mercosul: estrutura, análise e harmonização. São Paulo: Atlas, 2001.
Em títulos e subtítulos demasiadamente longos, pode-se suprimir as últimas
palavras, desde que não seja alterado o sentido. A supressão deve ser indicada por
reticências.
ARTE de furtar... Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.
LEVI, R. Edifício Columbus..:n. 1930-33. 1997. 108 f. Plantas diversas. Originais
em papel vegetal.
GONSALVES, Paulo Eiró (Org.). A criança: perguntas e respostas: médicos,
psicólogos, professores, técnicos, dentistas... Prefácio do Prof. Dr. Carlos da
Silva. Lacaz. São Paulo: Cultrix: Ed. da USP, 1971.
68
Quando se referenciam periódicos no todo (toda a coleção), ou quando se
referencia integralmente um número ou fascículo, o título deve ser sempre o primeiro
elemento da referência, devendo figurar em letras maiúsculas.
REVISTA BRASILEIRA DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO. São Paulo:
FEBAB, 1973-1992.
No caso de periódico com título genérico, incorpora-se o nome da entidade
autora ou editora, que se vincula ao título por uma preposição entre colchetes.
BOLETIM ESTATÍSTICO [da] Rede Ferroviária Federal. Rio de Janeiro, 1965-.
Trimestral.
Quando não existir título, deve-se atribuir uma palavra ou frase que identifique
o conteúdo do documento, entre colchetes.
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE AQÜICULTURA, 1., 1978, Recife. [Trabalhos
apresentados]. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências, 1980. ii, 412 p.
8.4.3 Edição
Quando houver uma indicação de edição, esta deve ser transcrita, utilizandose abreviaturas dos numerais ordinais e da palavra edição, ambas na forma adotada
na língua do documento.
SCHAUM, Daniel. Schaum’s outline of theory and problems. 5th ed. New York:
Schaum Publishing, 1956. 204 p.
PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. 6. ed. Rio de Janeiro: L. Cristiano,
1995. 219 p.
FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações técnicocientíficas. 3. ed. rev. e aum. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 1996.
69
8.4.4 Local
O nome do local (cidade) de publicação deve ser indicado tal como figura no
documento.
ZANI, R. Beleza, saúde e bem-estar. São Paulo: Saraiva, 1995. 173 p.
No caso de homônimos de cidades, acrescenta-se o nome do estado, do país
etc.
Viçosa, AL.
Viçosa, MG.
Viçosa, RJ
Quando houver mais de um local para uma só editora, indica-se o primeiro ou
o mais destacado.
Quando a cidade não aparece no documento, mas pode ser identificada,
indica-se entre colchetes.
LAZZARINI NETO, Sylvio. Cria e recria. [São Paulo]: SDF Editores, 1994. 108 p.
Não sendo possível determinar o local, utiliza-se a expressão sine loco (em
local), abreviada, entre colchetes [S.l.].
KRIEGER, Gustavo; NOVAES, Luís Antonio; FARIA, Tales. Todos os sócios do
presidente.3. ed. [S.l.]: Scritta, 1992. 195 p.
8.4.5 Editora
O nome da editora deve ser indicado tal como figura no documento,
abreviando-se os prenomes e suprimindo-se palavras que designam a natureza
jurídica ou comercial, desde que sejam dispensáveis para identificação.
70
DAGHLIAN, Jacob. Lógica e álgebra de Boole. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 167
p., il. Bibliografia: p. 166-167. ISBN 85-224-1256-1.
Quando houverem duas editoras, indicam-se ambas, com seus respectivos
locais (cidades). Se as editores forem três ou mais, indica-se a primeira ou a que
estiver em destaque.
ALFONSO-GOLDFARB, Ana Maria; MAIA, Carlos A. (Coord.) História da ciência:
o mapa do conhecimento. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura; São Paulo:
EDUSP, 1995. 968 p. (América 500 anos, 2).
Quando a editora não puder ser identificada, deve-se indicar a expressão sine
nomine, abreviada, entre colchetes [s.n.].
FRANCO, I. Discursos: de outubro de 1992 a agosto de 1993. Brasília, DF: [s.n.],
1993. 107 p.
Quando o local e o editor não puderem ser identificados na publicação,
utilizam-se ambas as expressões, abreviadas e entre colchetes [S.l.: s.n.].
LONGO, L. Os caminhos até o paraíso.2. ed. [S.l.: s.n.], 1999.
8.4.6 Data
A data de publicação deve ser indicada em algarismos arábicos.
LEITE, C. B. O século do desempenho. São Paulo: LTr, 1994. 160 p.
Por se tratar de elemento essencial para a referência, sempre deve ser
indicada uma data, seja de publicação, distribuição, do copirraite da impressão, da
apresentação (depósito) de um trabalho acadêmico, ou outra.
71
Se nenhuma data de publicação, distribuição, copirraite, impressão etc. puder
ser determinada, registra-se uma data aproximada entre colchetes, conforme
indicado:
[1971 ou 1972]
um ano ou outro
[1969?]
data provável
[1973]
data certa, não indicada no item
[entre 1906 e 1912]
use intervalos menores de 20 anos
[ca. 1960]
data aproximada
[197-]
década certa
[197-?]
década provável
[18-]
século certo
[18-?]
século provável
FLORENZANO, Everton. Dicionário de idéias semelhantes. Rio de Janeiro:
Ediouro, [1993]. 383 p.
Nas referências de vários volumes de um documento, produzidos em um
período, indicam-se as datas mais antiga e mais recente da publicação, separadas
por hífen.
RUCH, Gastão. História geral da civilização: da Antigüidade ao XX século. Rio de
Janeiro: F. Briguiet, 1926-1940. 4 v.
Em listas e catálogos, para as coleções de periódicos em curso de
publicação, indica-se apenas a data inicial seguida de hífen e um espaço.
GLOBO RURAL. São Paulo: Rio Gráfico, 1985-. Mensal.
Os meses devem ser indicados de forma abreviada, no idioma original da
publicação.
72
ALCARDE, J. C.; RODELLA, A. A. O equivalente em carbonato de cálcio dos
corretivos da acidez dos solos. Scientia Agrícola, Piracicaba, v. 53, n. 2/3, p. 204210, mai./dez. 1996.
Se a publicação indicar, em lugar dos meses, as estações do ano ou as
divisões do ano em trimestres, semestres etc., transcrevem-se os primeiros tais
como figuram no documento e abreviam-se os últimos.
MANSILLA, H. C. F. La controvérsia entre universalismo y particularismo em la
filosofia de la cultura. Revista Latino-americana de Filosofia, Buenos Aires, v. 24,
n. 2, primavera 1998.
FIGUEIREDO, E. Canadá e Antilhas: línguas populares, oralidade e literatura.
Gragoatá, Niterói, n. 1, p. 127-136, 2. sem. 1996.
8.4.7 Descrição física
Pode-se registrar o número da última página, folha ou coluna de cada
sequência, respeitando-se a forma encontrada (letras, algarismos romanos e
arábicos).
Indica-se o total de páginas ou folhas, seguida da abreviatura p. (para
trabalhos impressos no anverso e verso) e a abreviatura f. (para trabalhos impressos
apenas no anverso).
LUCCI, E. A. Viver e aprender: estudos sociais, 3: exemplar do professor. 3. ed.
São Paulo: Saraiva, 1994. 96, 7 p.
FELIPE, Jorge Franklin Alves. Previdência social na prática forense. 4. ed. Rio de
Janeiro: Forense, 1994. viii, 236 p.
JAKUBOVIC, J.; LELLIS, M. Matemática na medida certa, 8 série: livro do
professor. 2. ed. São Paulo: Scipione, 1994. 208, xxi p.
TABAK. F. A lei como instrumento de mudança social. Fortaleza: Fundação
Waldemar Alcântara, 1993. 17 f.
73
Quando o documento for publicado em mais de uma unidade física, ou seja,
mais de um volume, indica-se a quantidade de volumes, seguida da abreviatura v.
TOURINHO FILHO, F. C. Processo penal. 16. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva,
1994. 4 v.
Quando se referenciarem partes de publicações, mencionam-se os números
das folhas ou páginas inicial e final, precedidos da abreviatura f. ou p., ou indica-se o
número do volume, precedido da abreviatura v., ou outra forma de individualizar a
parte referenciada.
REGO, L. L. B. O desenvolvimento cognitivo e a prontidão para a alfabetização.
In: CARRARO, T. N. (Org.). Aprender pensando. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 1991. p.
31-40.
TURANO, J. C.; TURANO, L. M. Fatores determinantes da oclusão em prótese total.
In:______. Fundamentos de prótese total. 4. ed. São Paulo: Quintessence, 1998.
cap. 13.
Quando a publicação não for paginada ou a numeração de páginas for
irregular, indica-se esta característica.
MARQUES, M. P.; LANZELOTTE, R. G. Banco de dados e hipermídia: construindo
um metamodelo para o Projeto Portinari. Rio de Janeiro: PUC, Departamento de
Informática, 1993. Paginação irregular.
SISTEMA de ensino Tamandaré: sargentos do Exército e da Aeronáutica. [Rio de
Janeiro]: Colégio Curso Tamandaré, 1993. Não paginado.
8.4.8 Séries e coleções
Após todas as indicações sobre os aspectos físicos, podem ser incluídas as
notas relativas a séries e/ou coleções. Indicam-se entre parênteses, os títulos das
séries e coleções, separados, por vírgula, da numeração, em algarismos arábicos,
se houver:
74
ARBEX JUNIOR, J. Nacionalismo: o desafio à nova ordem pós-socialista. São
Paulo: Scipione, 1993. 104 p., il., 23 cm. (História em aberto).
CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. São Paulo: Ática, 1994. 95 p.
(Princípios, 243).
RODRIGUES, Nelson. Teatro completo. Organização geral e prefácio Sábato
Magaldi. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. 1134 p. (Biblioteca luso-brasileira. Série
brasileira).
8.4.9 Notas
Sempre que necessário à identificação da obra devem ser incluídas notas
com informações complementares, ao final da referência, sem destaque tipográfico
LAURENTI, R. Mortalidade pré-natal. São Paulo: Centro Brasileiro de Classificação
de Doenças, 1978. Mimeografado.
MATSUDA, C. T. Cometas: do mito à ciência. São Paulo: Ícone, 1986. Resenha de:
SANTOS, P. M. Cometa: divindade momentânea ou bola de gelo sujo? Ciência
Hoje, São Paulo, v. 5, n. 30, p. 20, abr. 1987.
8.4.9.1 Tradução
CARRUTH, Jane. A nova casa do Bebeto. Desenhos de Tony Hutchings. Tradução
Ruth Rocha. São Paulo: Círculo do Livro, 1993. 21 p. Tradução de: Movinghouse.
8.5
MODELOS DE REFERÊNCIAS
8.5.1Trabalhos acadêmicos (monografia, dissertação, tese, artigo, etc.)
Deverá indicar a autoria, iniciando-se pelo sobrenome e depois prenome,
seguido do título do trabalho, em negrito. Na sequência, indica-se o ano da entrega,
o total de páginas ou folhas, o tipo do trabalho, a área de concentração, o nome da
instituição e o local, conforme exemplo abaixo.
75
PRIMO, Paula Cristina. A problemática do mundo globalizado. 2012. 102 p.
Dissertação.(Mestrado em Economia). Universidade Estácio de Sá. Rio de Janeiro,
2012.
8.5.2 Obras consultadas online
Além das informações relativas à referência, há que se acrescer o endereço
eletrônico de onde foi retirada a informação, apresentando o mesmo entre os sinais
<>, precedido da expressão “disponível em:” e indicar a data de acesso, esta
precedida da informação “Acesso em:”
ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.l.]: Virtual Books, 2000. Disponível em:
<http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm>.
Acesso em: 10 jan. 2002.
8.5.3 Trabalhos em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para partes de
monografias, informações relativas à descrição física do meio eletrônico (disquetes,
CD-ROM, online etc.)
MORFOLOGIA dos artrópodes. In: ENCICLOPÉDIA multimídia dos seres vivos.
[S.l.]: Planeta DeAgostini, c1998. CD-ROM 9.
8.5.4 Publicação periódica
Documentos que atendem à periodicidade, sejam diária, semanal, mensal,
etc, como revistas, boletins e jornais.
Utilizando-se a publicação como um todo:
REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939-.
76
Utilizando-se parte da publicação periódica:
DINHEIRO. São Paulo: Ed. Três, n.148, 28 jun. 2000.
Utilizando-se artigo ou matéria publicada em materiais periódicos – o
destaque fica por conta do nome da revista/jornal/boletim:
AS 500 maiores empresas do Brasil. Conjuntura Econômica, Rio de Janeiro, v.38,
n. 9, set. 1984. Edição especial.
MÃO-DE-OBRA e previdência. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios,
Rio de Janeiro; v. 7, 1983. Suplemento.
COSTA. V. R. À margem da lei. Em Pauta, Rio de Janeiro, n. 12, p. 131-148, 1998.
GURGEL, C. Reforma do Estado e segurança pública. Política e Administração,
Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, p. 15-21, set. 1997.
VIEIRA, Cássio Leite; LOPES, Marcelo. A queda do cometa. Neo Interativa, Rio de
Janeiro, n. 2, inverno 1994. 1 CD-ROM.
SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. Net, Rio de Janeiro, nov. 1998. Seção Ponto
de vista. Disponível em: <http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.htm>.
Acesso em: 28 nov. 1998.
8.5.5 Evento como um todo
Inclui o conjunto dos documentos reunidos num produto final do próprio
evento (atas, anais, resultados, proceedings, entre outras denominações).
REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20., 1997, Poços
de Caldas. Química: academia, indústria, sociedade: livro de resumos. São Paulo:
Sociedade Brasileira de Química, 1997.
BARBOSA, Sandro de Souza; Energia eólica. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE
SISTEMAS ELÉTRICOS, 4., 2012, Goiânia. Anais... Campinas:Sociedade Brasileira
de Automática, 2012.
77
CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais
eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em:
<http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.
8.5.6 Documento jurídico
Inclui legislação, jurisprudência (decisões judiciais) e doutrinas (interpretação
dos textos legais).
8.5.6.1 Legislação
Compreende a Constituição, as emendas constitucionais e os textos legais
infraconstitucionais (lei complementar e ordinária, medida provisória, decreto em
todas as suas formas, resolução do Senado Federal) e normas emanadas das
entidades públicas e privadas (ato normativo, portaria, resolução, ordem de serviço,
instrução normativa, comunicado, aviso, circular, decisão administrativa, entre
outros).
Os elementos essenciais são: jurisdição (ou cabeçalho da entidade, no caso
de se tratar de normas), título, numeração, data e dados da publicação. No caso de
Constituições e suas emendas, entre o nome da jurisdição e o título, acrescenta-se a
palavra Constituição, seguida do ano de promulgação, entre parênteses. Quando
necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para melhor
identificar o documento.
8.5.6.1.1 Constituição
BRASIL. Constituição. República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,
DF:.Senado Federal, 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>.
Acesso em: 6 jul. 2014.
78
8.5.6.1.2 Emenda à Constituição
BRASIL. Constituição (1988). Emenda Constitucional n. 83, de 5 de agosto de 2014.
Acrescenta o art. 92-A ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT.
Diário Oficial da União, Brasília, DF: 6 ago. 2014. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc83.htm>. Acesso
em: 5 set. 2013.
8.5.6.1.3 Lei, decreto, medida provisória, portaria
BRASIL. Decreto n. 1.175, de 8 de janeiro de 1996. Dispõe sobre o procedimento
administrativo de demarcação das terras indígenas e dá outras providências.
Diário Oficial da União. Brasília, DF, 8 jan. 1996. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D1775.htm>. Acesso em: 6 jul. 2013.
SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea
de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998.
BRASIL. Medida provisória nº 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Diário Oficial
[da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez. 1997.
Seção 1, p. 29514.
8.5.6.1.4 Resolução do Senado Federal
BRASIL. Congresso. Senado. Resolução n. 13, de 25 de abril de 2012. Estabelece
alíquotas do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação (ICMS), nas operações interestaduais com bens e mercadorias
importados do exterior. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 abr. 2012.
Disponível em:
<http://legis.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=264825>. Acesso
em: 15 ago. 2014.
8.5.6.1.5 Código
BRASIL. Código Civil. Lei n. 10406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan. 2002. Disponível em:
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. Acesso em: 15 ago.
2014.
79
8.5.6.2 Jurisprudência (decisões judiciais)
Compreende súmulas, enunciados, acórdãos, sentenças e demais decisões
judiciais.
Os elementos essenciais são: jurisdição e órgão judiciário competente, título
(natureza da decisão ou ementa) e número, partes envolvidas (se houver), relator,
local, data e dados da publicação. Quando necessário, acrescentam-se elementos
complementares à referência para melhor identificar o documento.
8.5.6.2.1 Súmula
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n. 736, de 26 de novembro de 2003.
Compete à justiça do trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o
descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos
trabalhadores. Diário de Justiça, Brasília, DF, 9 dez. 2003. Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=736.NUME.%
20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas>. Acesso em: 25 ago. 2014.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula nº 14. In:_____. Súmulas. São Paulo:
Associação dos Advogados do Brasil, 1994. p. 16.
8.5.6.2.2 Acórdão
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação de nulidade de títulos de propriedade
sobre imóveis rurais situados nos sul da Bahia em reserva indígena. Relator:
Ministro Luiz Fux. Ação civil originária n. 312. Decisão em 2 mai. 2012. Brasília,
2012. Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28terras+tr
adicionalmente+ocupadas%29&base=baseAcordaos&url=http://tinyurl.com/aehjbaa>
. Acesso em 13 jul. 2013.
FLORIANÓPOLIS. Tribunal Regional do Trabalho da 12. Região. Ônus da prova.
Fato Constitutivo. Relatora: Mari Eleda Migliorini. RO 0000815-44.2012.5.12.0025.
Decisão em 31 jul. 2014. Florianópolis, 2014. Disponível em: <
http://consultas.trt12.jus.br/doe/visualizarDocumento.do?acao=doc&acordao=true&id
=283608>. Acesso em 20 ago. 2013.
8.5.6.3 Doutrina
Inclui toda e qualquer discussão técnica sobre questões legais (monografias,
artigos de periódicos, papers etc.), referenciada conforme o tipo de publicação.
80
BARROS, Raimundo Gomes de. Ministério Público: sua legitimação frente ao Código
do Consumidor. Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados, São Paulo, v.
19, n. 139, p. 53-72, ago. 1995.
8.5.6.4 Documento jurídico em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para documento
jurídico, acrescidas das informações relativas à descrição física do meio eletrônico
(disquetes, CD-ROM, online etc.).
LEGISLAÇÃO brasileira: normas jurídicas federais, bibliografia brasileira de Direito.
7. ed. Brasília, DF: Senado Federal, 1999. 1 CD-ROM. Inclui resumos padronizados
das normas jurídicas editadas entre janeiro de 1946 e agosto de 1999, assim como
textos integrais de diversas normas.
BRASIL. Regulamento dos benefícios da previdência social. In: SISLEX: Sistema de
Legislação, Jurisprudência e Pareceres da Previdência e Assistência Social. [S.l.]:
DATAPREV, 1999. 1 CD-ROM.
8.5.7 Imagem em movimento
Inclui filmes, videocassete, DVD, entre outros.
Os elementos essenciais são: título, diretor, produtor, local, produtora, data e
especificação do suporte em unidades físicas. Quando necessário, acrescentam-se
elementos complementares à referência para melhor identificar o documento.
OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade. São Paulo:
CERAVI, 1983. 1 videocassete.
CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Júnior. Produção: Martire de ClemontTonnerre e Arthur Cohn. Intérpretes: Fernanda Montenegro; Marília Pêra; Vinícius de
Oliveira; Sônia Lira; Othon Bastos; Matheus Nachlergaele e outros. Roteiro: Marcos
Bernstein, João Emanuel Cameiro e Walter Salles Júnior. [S.l.]: Le Studio Canal;
Riofilme; MACT Productions, 1998. 1 bobina cinematográfica (106 min), son., color.,
35 mm.
81
8.5.8 Documento iconográfico
Inclui pintura, gravura, ilustração, fotografia, desenho técnico, diapositivo,
diafilme, material estereográfico, transparência, cartaz entre outros.
Os elementos essenciais são: autor, título (quando não existir, deve-se atribuir
uma denominação ou a indicação Sem título, entre colchetes), data e especificação
do suporte. Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à
referência para melhor identificar o documento.
KOBAYASHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia.
KOBAYASHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia, color., 16 cm x 56 cm.
FRAIPONT, E. Amílcar II. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 nov. 1998. Caderno
2, Visuais. P. 02. 1 fotografia, p&b. Foto apresentada no Projeto ABRA/Coca-cola.
O QUE acreditar em relação à maconha. São Paulo: CERAVI, 1985. 22
transparências, color., 25 cm x 20 cm.
8.5.9 Documento iconográfico em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para documento
iconográfico, acrescidas das informações relativas à descrição física do meio
eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.).
VASO.TIFF. 1999. Altura: 1083 pixel. Largura: 827 pixels. 300 dpi. 32 BIT CMYK.3.5
Mb. Formato TIFF bitmap. Compactado. Disponível em: <C:\Carol\VASO.TIFF>.
Acesso em: 28 out. 1999.
STOCKDALE, René. When’srecess? [2002?]. 1 fotografia, color. Disponível em:
<http://www.webshots.com/g/d2202/1-nw/20255.html>. Acesso em: 13 jan. 2001.
8.5.10 Documento cartográfico
Inclui atlas, mapa, globo, fotografia aérea entre outros. As referências devem
obedecer aos padrões indicados para outros tipos de documentos.
82
Os elementos essenciais são: autor(es), título, local, editora, data de
publicação, designação específica e escala. Quando necessário, acrescentam-se
elementos complementares à referência para melhor identificar o documento.
ATLAS Mirador Internacional. Rio de Janeiro. Enciclopédia Britânica do Brasil,
1981. 1 atlas. Escalas variam.
INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP). Regiões de
governo do Estado de São Paulo. São Paulo, 1994. 1 atlas. Escala 1:2.000.
BRASIL e parte da América do Sul: mapa político, escolar, rodoviário, turístico e
regional. São Paulo: Michlany, 1981. 1 mapa, color., 79 cm x 95 m. Escala
1:600.000.
INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP). Projeto Lins
Tupã: foto aérea. São Paulo, 1986. 1 fotografia aérea. Escala 1:35.000. Fx 28, n.
15.
8.5.11 Documento cartográfico em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para material
cartográfico, acrescidas das informações relativas à descrição física do meio
eletrônico (disquetes, CD-ROM, online, etc.).
ESTADOS UNIDOS.National Oceanic and Amospheric Administration.
1999071318,GIF.Itajaí: UNIVALI, 199. 1 Imagem de satélite. 557 Kb. GOES-08: SE.
13 jul. 1999, 17:45Z, IR04. 1 disquete, 3 ½ pol.
PERCENTAGEM de imigrantes em São Paulo, 1920. 1 mapa, color. Escala
indeterminável. Neo Interativa, Rio de Janeiro, n. 2, inverno 1994. 1 CD-ROM.
FLORIDA MUSEUM OF NATURAL HISTORY. 1931-2000 Brazil’s confirmed
unprovoked shark attacks. Gainesville, [2000]. 1 mapa, color. Escala 1:40.000.000.
Disponível em:
<http://www.flmnh.unl.edu/fisk/Sharks/statistics/Gattack/map/Brazil.jpg>. Acesso em:
15 jan. 2002.
8.5.12 Documento sonoro no todo
Inclui disco, CD (compactdisc), cassete, rolo, entre outros.
83
Os elementos essenciais são: compositor (es) ou intérprete (s), título, local,
gravadora (ou equivalente), data e especificação do suporte. Quando necessário,
acrescentam-se elementos complementares à referência para melhor identificar o
documento.
ALCIONE. Ouro e cobre. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro.
MPB especial. [Rio de Janeiro]: Globo: Movieplay, c1995. 1 CD.
ALCIONE. Ouro e cobre. Direção artística: Miguel Propschi. São Paulo: RCA Victor,
p1988. 1 disco sonoro (45 min), 33 1/3 rpm, estéreo., 12 pol.
SILVA, Luiz Inácio Lula da. Luiz Inácio Lula da Silva: depoimento [abr. 1991].
Entrevistadores: V. Tremel e M. Garcia. São Paulo: SENAI-SP, 1991. 2 cassetes
sonoros. Entrevista concedida ao Projeto Memória do SENAI-SP.
8.5.13 Documento sonoro em parte
Inclui partes e faixa de documentos sonoros.
Os elementos essenciais são: compositor (es), intérprete (s) da parte (ou faixa
de gravação), título, seguidos da expressão In:, e da referência do documento
sonoro no todo. No final da referência, deve-se informar a faixa ou outra forma de
individualizar a parte referenciada. Quando necessário, acrescentam-se elementos
complementares à referência para melhor identificar o documento.
COSTA, S.; SILVA, A. Jura secreta. Intérprete: Simone. In: SIMONE. Face a face.
[S.l.]: Emi-Odeon Brasil, p1977. 1 CD. Faixa 7.
GINO, A. Toque macio. Intérprete: Alcione. In: ALCIONE. Ouro e Cobre. São
Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro. Lado A, faixa 1.
GINO, A. Toque macio. Intérprete: Alcione. In: ALCIONE. Ouro e cobre. Direção
artística: Miguel Propschi. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro (45 min),
33 1/3 rpm, estéreo., 12 pol. Lado A, faixa 1 (4 min 3 s).
8.5.14 Partitura
Inclui partituras impressas e em suporte ou meio eletrônico.
84
Os elementos essenciais são: autor (es), título, local, editora, data,
designação específica e instrumento a que se destina.
BARTÓK, Bela. O mandarim maravilhoso. Wien: Universal, 1952. 1 partitura.
Orquestra.
8.5.15 Partitura em meio eletrônico
As referências devem obedecer aos padrões indicados para partitura,
acrescidas das informações relativas à descrição física do meio eletrônico
(disquetes, CD-ROM, online etc.).
OLIVA, Marcos; MOCOTÓ, Tiago. Fervilhar: frevo. [19-?]. 1 partitura. Piano.
Disponível em: <http://openlink.br.inter.net/picolino/partitur.htm>. Acesso em: 5 jan.
2002.
8.5.16 Documento tridimensional
Inclui esculturas, maquetes, objetos e suas representações (fósseis,
esqueletos, objetos de museu, animais empalhados, monumentos entre outros).
Os elementos essenciais são: autor (es), quando for possível identificar o
criador artístico do objeto, título (quando não existir, deve-se atribuir uma
denominação ou a indicação Sem título, entre colchetes), data e especificação do
objeto. Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência
para melhor identificar o documento.
DUCHAMP, Macerl. Escultura para viajar. 1918. 1 escultura variável.
DUCHAMP, Marcel. Escultura para viajar. 1918. 1 escultura variável, borracha
colorida e cordel. Original destruído. Cópia por Richard Hamilton, feita por ocasião
da retrospectiva de Duchamp na Tate Gallery (Londres) em 1966. Coleção de Artuso
Schwarz. Tradução de: Sculpture for travelling.
BLUE de porcelana: família rosa, decorado com buquês e guirlandas de flores sobre
fundo branco, pegador de tampa em formato de fruto.[China:Companhia das Índias,
18-]. 1 bule.
85
8.5.17 Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico
Inclui bases de dados, listas de discussão, BBS (site), arquivos em disco
rígido, programas, conjuntos de programas e mensagens eletrônicas entre outros.
MICROSOFT Project for Windows 95. Version 4.1. [S.l.]: Microsoft Corporation,
1995. 1 CD-ROM.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas.doc.
Curitiba, 1998. 5 disquetes.
ALLIE’S play house. Palo Alto, CA.: MPC/ Opcode Interactive, 1993. 1 CD-ROM.
ÁCAROS no Estado de São Paulo. In: FUNDAÇÃO TROPICAL DE PESQUISAS
E TECNOLOGIA “ANDRÉ TOSELLO”. Base de Dados Tropical. 1985.
Disponível em: <http://www.bdt.fat.org.br/acaro/sp/>. Acesso em: 30 maio 2002.
MICROSOFT Project for Windows 95: project planning software. Version 4.1.
[S.l.]: Microsoft Corporation, 1995. 1 CD-ROM.
ALLIE’S play house. Palo Alto, CA.: MPC/ Opcode Interactive, 1993. 1 CD-ROM.
Windows 3.1.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas.doc:
normas para apresentação de trabalhos. Curitiba, 1998. 5 disquetes, 3 ½ pol.
Word for Windows 7.0.
SECRETARIA DE ESPORTES. Solicitação de informações. [mensagem
pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected]> em 8 mai. 2013.
8.6 ORDENAÇÃO DAS REFERÊNCIAS
As referências dos documentos citados em um trabalho devem ser ordenadas
de acordo com o sistema utilizado para citação no texto, conforme NBR 10520.
Os sistemas mais utilizados são: alfabético (ordem alfabética de entrada) e
numérico (ordem de citação no texto). A Celer Faculdades utiliza o sistema
alfabético.
86
8.6.1 Sistema alfabético
Se for utilizado o sistema alfabético, as referências devem ser reunidas no
final do trabalho, do artigo ou do capítulo, em uma única ordem alfabética. As
chamadas no texto devem obedecer à forma adotada na referência, com relação à
escolha da entrada, mas não necessariamente quanto à grafia, conforme a NBR
10520.
No texto:
De acordo com Ruiz (2008, p. 115), “Muito mais do que defender a
possibilidade e o fato do conhecimento verdadeiro, é nosso propósito analisar e
explicitar em que consiste a verdade [...]”.
Se o conhecimento é insuficiente para explicar um fenômeno, surge o
problema;
para
expressar
as
dificuldades
do
problema
são
formuladas
hipóteses/questões; das hipóteses deduzem‐se consequências a serem testadas ou
falseadas (GIL, 2008, p. 12).
Nas referências:
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 6. ed.
São Paulo: Atlas, 2008.
8.6.1.1 Várias obras do mesmo autor
FREYRE, Gilberto. Casa grande & senzala: formação da família brasileira sob
regime de economia patriarcal. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1943. 2 v.
______. Sobrados e mucambos: decadência do patriarcado rural no Brasil. São
Paulo: Nacional, 1936.
87
8.6.1.2 Mesma obra e mesmo autor
FREYRE, Gilberto. Sobrados e mucambos: decadência do patriarcado rural no
Brasil. São Paulo: Ed. Nacional, 1936. 405 p.
______.______. 2. ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1938. 410 p.
8.7 ABREVIATURA DOS MESES
Janeiro – jan.
Fevereiro – fev.
Março – mar.
Abril – abr.
Maio – mai.
Junho – jun.
Julho – jul.
Agosto – ago.
Setembro – set.
Outubro – out.
Novembro – nov.
Dezembro – dez.
88
9 CITAÇÕES
Citação é a menção, no texto, de informação colhida de outra fonte. Segundo
NBR 10520, citações são transcrições de uma fonte ou de parte dela, para apoiar ou
documentar a interpretação do pesquisador. Também é utilizada para sustentação,
esclarecimento ou ilustração de determinado assunto (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 1-2).
Pode-se também definir citação como sendo a transcrição de elementos
colhidos de uma obra, a qual deverá estar devidamente identificada, para fins de
esclarecimento, sustentação ou ilustração do assunto. A citação deve seguir as
características do texto original.
As citações podem ser pessoais, diretas ou indiretas e devidamente
identificadas através do chamado sistema numérico ou autor-data. A Celer
Faculdades utiliza o sistema autor-data.
9.1 SISTEMA DE CHAMADA
As citações devem ser indicadas no texto por um sistema de chamada:
numérico ou autor-data.
Qualquer que seja o método adotado, deve ser seguido consistentemente ao
longo de todo o trabalho, permitindo sua correlação na lista de referências ou em
notas de rodapé.
Quando o(s) nome(s) do(s) autor(es), instituição(ões) responsável(eis)
estiver(em) incluído(s) na sentença, indica-se a data, entre parênteses, acrescida
da(s) página(s), se a citação for direta.
9.1.1 Sistema numérico
Neste sistema, a indicação da fonte é feita por uma numeração única e
consecutiva, em algarismos arábicos, remetendo à lista de referências ao final do
trabalho, do capítulo ou da parte, na mesma ordem em que aparecem no texto. Não
se inicia a numeração das citações a cada página.
O sistema numérico não deve ser utilizado quando há notas de rodapé.
89
A indicação da numeração pode ser feita entre parênteses, alinhada ao texto,
ou situada pouco acima da linha do texto em expoente à linha do mesmo, após a
pontuação que fecha a citação.
Exemplo:
A chamada “pandectística havia sido a forma particular pela qual o direito
romano fora integrado no século XIX na Alemanha em particular”.1
___________
1
LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História. São Paulo: Max Limonad,
2000, p. 225
9.1.2 Sistema autor-data
Este sistema é o adotado para o desenvolvimento dos trabalhos pela Celer
Faculdades.
Neste sistema, a indicação da fonte é feita:
a) pelo sobrenome de cada autor ou pelo nome de cada entidade responsável
até o primeiro sinal de pontuação, seguido(s) da data de publicação do documento e
da(s) página(s) da citação, no caso de citação direta, separados por vírgula e entre
parênteses.
Exemplos:
No texto:
A chamada “pandectística havia sido a forma particular pela qual o direito
romano fora integrado no século XIX na Alemanha em particular” (LOPES, 2000, p.
225).
Na lista de referências:
LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História. São Paulo: Max Limonad,
2000.
90
No texto:
Bobbio (1995, p. 30) com muita propriedade nos lembra, ao comentar esta
situação, que os “juristas medievais justificaram formalmente a validade do direito
romano ponderando que este era o direito do Império Romano que tinha sido
reconstituído por Carlos Magno com o nome de Sacro Império Romano.”
Na lista de referências:
BOBBIO, Norberto. O positivismo jurídico: lições de Filosofia do Direito. São
Paulo: Ícone, 1995.
No texto:
De fato, semelhante equacionamento do problema conteria o risco de se
considerar a literatura meramente como uma fonte a mais de conteúdos já
previamente disponíveis, em outros lugares, para a teologia (JOSSUA; METZ, 1976,
p. 3).
Na lista de referências:
JOSSUA, Jean Pierre; METZ, Johann Baptist. Editorial: Teologia e Literatura.
Comcilium, Petrópolis, v. 115, n. 5, p. 2-5, 1976.
No texto:
Para Marconi e Lakatos (2003, p. 97-98), o método hipotético-dedutivo
defende o aparecimento, em primeiro lugar, do problema que será testado pela
observação e experimentação.
Na lista de referências:
MARCONI, Marina; LAKATOS, Eva M. Fundamentos de metodologia científica. 5.
ed. São Paulo: Atlas, 2003.
No texto:
“Comunidade tem que poder ser intercambiada em qualquer circunstância,
sem quaisquer restrições estatais, pelas moedas dos outros Estados-membros”
(COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS, 1992, p. 34).
Na lista de referências
COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS. A união européia. Luxemburgo:
Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Européias, 1992.
91
No texto:
O mecanismo proposto para viabilizar esta concepção é o chamando Contrato
de Gestão, que conduziria à captação de recursos privados como forma de reduzir
os investimentos públicos no ensino superior (BRASIL, 1995).
Na lista de referências:
BRASIL. Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado. Plano
diretor da reforma do aparelho do Estado. Brasília, DF, 1995.
Ordena-se pela primeira palavra do título seguida de reticências, no caso das
obras sem indicação de autoria ou responsabilidade, seguida da data de publicação
do documento e da(s) página(s) da citação, no caso de citação direta, separados por
vírgula e entre parênteses;
Exemplos:
No texto:
“As IES implementação mecanismos democráticos, legítimos e transparentes
de avaliação sistemática das suas atividades, levando em conta seus objetivos
institucionais e seus compromissos para com a sociedade” (ANTEPROJETO...,
1987, p. 55).
Na lista de referências:
ANTEPROJETO de lei. Estudos e Debates. Brasília, DF, n. 13. p. 51-60, jan. 1987.
a) se o título iniciar por artigo (definido ou indefinido), ou monossílabo, este
deve ser incluído na indicação da fonte.
Exemplos:
No texto:
E eles disseram “globalização”, e soubemos que era assim que chamavam a
ordem absurda em que dinheiro é a única pátria à qual se serve e as fronteiras se
diluem, não pela fraternidade, mas pelo sangramento que engorda poderosos sem
nacionalidade (A FLOR..., 1995, p. 4).
Na lista de referências:
A FLOR Prometida. Folha de S. Paulo, São Paulo, p. 4, 2 abr. 1995.
92
Quando houver coincidência de sobrenomes de autores, acrescentam-se as
inicias de seus prenomes: se mesmo assim existir coincidência, colocam-se os
prenomes por extenso.
Exemplos:
(BARBOSA, C., 1958)
(BARBOSA, Cássio, 1965)
(BARBOSA, O., 1959)
(BARBOSA, Celso, 1965)
As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados num
mesmo ano, são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem
alfabética, após a data e sem espacejamento, conforme a lista de referências.
Exemplos:
De acordo com Reeside (1927a)
(REESIDE, 1927b)
As citações indiretas de diversos documentos de vários autores, mencionados
simultaneamente, devem ser separadas por ponto-e-vírgula, em ordem alfabética.
Exemplos:
Ela polariza e encaminha, sob a forma de “demanda coletiva”, as
necessidades de todos (FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997).
Diversos autores salientam a importância do “acontecimento desencadeador”
no início de um processo de aprendizagem (CROSS, 1984; KNOX, 1986;
MEZIROW, 1991).
93
9.2 NOTAS DE RODAPÉ
Deve-se utilizar o sistema autor-data para as citações no texto e o numérico
para notas explicativas. As notas de rodapé devem ser alinhadas, a partir da
segunda linha da mesma nota, abaixa da primeira letra da primeira palavra, de forma
a destacar o expoente e sem espaço entre elas e com fonte menor.
A numeração das notas explicativas é feita em algarismos arábicos, devendo
ter numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte. Não se inicia a
numeração a cada página.
Exemplos:
No texto:
O comportamento liminar correspondente à adolescência vem se
constituindo numa das conquistas universais, como está, por exemplo, expresso no
Estatuo da Criança e do Adolescente.1
No rodapé da página:
_________________
1
Se a tendência à universalização das representações sobre a periodização dos ciclos de vida
desrespeita a especificidade dos valores culturais de vários grupos, ela é condição para a
constituição de adesões e grupos de pressão integrados à moralização de tais formas de inserção
de crianças e de jovens.
No texto:
Os pais estão sempre confrontados diante das duas alternativas: vinculação
escolar ou vinculação profissional.4
No rodapé da página:
_________________
4
Sobre essa opção dramática, ver também Morice (1996, p. 269-290).
9.2.1 Notas de referência
Quando da utilização do sistema numérico, a numeração é feita por
algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para cada capítulo
ou parte. Não se inicia a numeração a cada página.
A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua referência
completa.
94
As subsequentes citações da mesma obra e que figuram na mesma página
podem ser referenciadas de forma abreviada, utilizando as seguintes expressões,
inteiras ou abreviadas:
a) Idem – mesmo autor – Id.;
_________________
8
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1989, p. 9.
Id., 2000, p. 19.
9
b) Ibidem – na mesma obra – Ibid.;
_________________
3
DURKHEIM, 1925, p. 176.
Ibid., p. 190.
4
c) Opus citatum, opere citato – obra citada – op. cit:
_________________
8
ADORNO, 1996, p. 38.
GARLAND, 1990, p. 42-43.
10
ADORNO, op. cit., p. 40.
9
d) Passim – aqui e ali, em diversas passagens – passim;
_________________
5
RIBEIRO, 1997, passim.
e) Loco citato – no lugar citado – loc. cit.;
_________________
4
5
TOMASELLI; PORTER, 1992, p. 33-46.
TOMASELLI; PORTER, loc. cit.
f) Confira, confronte – Cf.;
_________________
3
Cf. CALDEIRA, 1992.
g) Sequentia – seguinte ou que se segue – et seq.;
_________________
7
FOUCAULT, 1994, p. 17 et seq.
95
9.3 CITAÇÃO PESSOAL
São as ideias do próprio autor do trabalho, elaboradas por ele, não
necessitando de qualquer indicativo de referência.
9.4 CITAÇÃO DIRETA
É a transcrição exata (literal) do texto elaborado por outra pessoa ou de parte
dele. A citação deverá manter-se fiel ao texto original, inclusive no que se refere à
grafia (ainda que incorreta), sistema de pontuação utilizado, indicação de letras
maiúsculas e minúsculas bem como o idioma.
As citações podem ser diretas curtas ou diretas longas e deverão figurar no
texto de acordo com tais características, sempre indicando as referências da obra
consultada, as quais obrigatoriamente deverão conter:
a) Sobrenome do autor;
b) Ano da publicação;
c) Página da fonte consultada.
9.4.1 Citação direta curta
É a citação que possui até três linhas. Será transcrita no corpo do trabalho e
destacada entre aspas, as quais permitem visualizar o início e o fim do texto
transcrito.
Mantém-se a mesma formatação utilizada no restante do texto, ou seja:
a) Tamanho de fonte 12;
b) Espaçamento entre linhas 1,5;
c) A indicação relacionada à obra consultada poderá figurar no início ou final
da citação, conforme exemplos abaixo.
Exemplo 1:
Dentro desta linha de pensamento, convém enfatizar que “Apesar da
necessidade de que a leitura seja sempre proveitosa, existem várias maneiras e
objetivos para quem pretende lidar com um texto.” (MARCONI; LAKATOS, 2003,
p. 21).
96
Exemplo 2:
Para Marconi e Lakatos (2003, p. 21), “Apesar da necessidade de que a
leitura seja sempre proveitosa, existem várias maneiras e objetivos para quem
pretende lidar com um texto.”
Se o texto original contiver aspas, a citação deverá efetuar tal indicação
mediante o uso de apóstrofo ou aspas simples, em substituição às aspas duplas que
indicam a citação no trabalho.
Exemplo:
“Os estudos de caso têm por objetivo ‘aprofundar’ a descrição de
determinada realidade.” (TRIVIÑOS, 1987, p. 110).
9.4.2 Citação direta longa
É a citação que possui mais de três linhas. Será transcrita de forma
destacada do texto, nos seguintes moldes:
a) Tamanho de fonte 10;
b) Espaçamento entrelinhas simples ou 1;
c) Recuo de 4 cm da margem esquerda;
d) Não se utilizam aspas – a não ser que façam parte do texto citado;
e) A referência do autor do texto deverá figurar, preferencialmente, ao final
da citação;
f) A citação deverá estar separada do restante do texto – antes e depois da
citação - por um espaço equivalente a “uma linha em branco”, cujo
espaçamento da mesma deverá ser 1,5.
97
Exemplo:
Em conformidade com a questão proposta, relata-se a importante
contribuição de Marilena Chaui:
Na frase: ‘Imagine se tivesse sido assim!’, ou em outra como: Imagina o
que ela vai dizer!, a imaginação é tomada como uma espécie de
suposição sobre coisas futuras, uma espécie de previsão ou de alerta
sobre o que poderá ou poderia acontecer como conseqüência de outros
acontecimentos. [...] A imaginação surge, assim, como algo impreciso,
situada entre dois tipos de invenção – criação inteligente e inovadora, de
um lado, exagero, invencionice, mentira, de outro. No primeiro caso ela faz
aparecer o que não existe. O segundo caso, ela é incapaz de reproduzir o
existente ou o acontecido. Com isso, nossas frases cotidianas apontam os
dois principais sentidos da imaginação: criadora e reprodutora. (CHAUI,
1994, p. 131).
9.4.3 Citação direta com supressão de palavras
Podem ser feitas omissões de palavras, desde que mantido o sentido original
do texto. Referidas omissões poderão se dar no início, meio ou final da frase e a
parte omitida deverá ser substituída por reticências entres colchetes.
Exemplo 1:
Nessa sistemática é importante mencionar que embora “[...] a leitura seja
sempre proveitosa, existem várias maneiras e objetivos para quem pretende lidar
com um texto.” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 21).
Exemplo 2:
Nessa sistemática é importante mencionar, com relação à leitura, que
“Apesar da necessidade de que [...] seja sempre proveitosa, existem várias
maneiras e objetivos para quem pretende lidar com um texto.” (MARCONI;
LAKATOS, 2003, p. 21).
98
9.4.4 Citação direta com acréscimo de palavras
Caso haja necessidade de acrescentar palavras ou comentários à citação,
para melhor esclarecer a mesma – acréscimos estes cujas palavras são introduzidas
à citação pelo autor do trabalho - referidos acréscimos deverão estar destacados
entre colchetes.
Exemplo:
Durante o preparo e administração dos medicamentos, procure não
conversar nem se distrair. Tenha sempre em mente que a você foi
confiada uma tarefa da mais alta responsabilidade e procure conferir
atentamente os cinco “certos” da administração de medicamentos
[medicação certa, dose certa, via certa, hora certa e paciente certo].
(GIOVANI, 2012, p. 129)
9.4.5 Citação direta que apresente erro ortográfico ou de impressão
Nos casos em que a obra/texto consultado apresentar erro de grafia ou de
impressão, a citação deverá manter-se fiel, porém, com a indicação da expressão sic
(seguindo informações coletadas) - com grafia em itálico - entre parênteses ao lado
da palavra que apresente o erro.
Exemplo:
Para Marconi e Lakatos (2003, p. 21), “Apesar da necezidade (sic) de que
a leitura seja sempre proveitosa, existem várias maneiras e objetivos para quem
pretende lidar com um texto.”
9.4.6 Citação direta com destaque no texto
As palavras ou expressões enfatizadas no texto poderão ser destacadas em
negrito, itálico ou sublinhadas. A opção por uma das alternativas deverá ser seguida
até o final do trabalho, observando-se:
a) Se o destaque constar no documento pesquisado, indica-se a expressão:
grifo do autor;
99
b) Se o destaque for colocado na citação pelo próprio pesquisador, indica-se
a expressão: grifo nosso;
c) Referidas expressões deverão figurar sempre no plural, mesmo que exista
mais de uma ocorrência em destaque ou mesmo que existam mais de um
autor ou pesquisador.
Exemplo 1:
Para Marconi e Lakatos (2003, p. 21), “Apesar da necessidade de que a
leitura seja sempre proveitosa, existem várias maneiras e objetivos para quem
pretende lidar com um texto.” (grifo nosso).
Exemplo 2:
“Apesar da necessidade de que a leitura seja sempre proveitosa, existem
várias maneiras e objetivos para quem pretende lidar com um texto.” (MARCONI;
LAKATOS, 2003, p. 21, grifo nosso).
9.4.7 Citação direta com texto traduzido pelo autor do trabalho
Quando a citação incluir texto traduzido pelo autor, deve-se incluir, após a
chamada da citação, a expressão tradução nossa, entre parênteses.
“Ao fazê-lo pode estar envolto em culpa, perversão, ódio de si mesmo [...]
pode julgar-se pecador e identificar-se com seu pecado” (RAHNER, 1962, v. 4, p.
463, tradução nossa).
9.5 CITAÇÃO INDIRETA
É citação de uma obra, porém não de forma literal. Será indicada de forma
resumida pelo próprio pesquisador, o qual irá redigir a citação com suas próprias
palavras, porém mantendo a ideia do autor/autores da obra pesquisada.
A citação indireta, da mesma forma que as citações diretas, deverá indicar em
seu corpo:
100
a) Sobrenome do autor;
b) Ano da publicação da obra;
c) Página da fonte consultada
Para a citação indireta não se utilizam os recursos de aspas e recuo do texto,
sendo tais mecanismos utilizados somente nas citações diretas.
Exemplo:
Se os físicos newtonianos soubessem como Einstein de que a luz tem peso
e sua energia depende da frequência de suas partículas, então, teriam descoberto
o princípio que dá origem às cores (CALDER, 1994, p. 87).
9.5.1 Citação da citação
É a menção de um documento ao qual se teve acesso por via indireta. Deve
ser usada somente quando é impossível a leitura do documento original. A indicação
da citação de citação deverá observar as regras das citações curta ou longa,
conforme o caso, observando-se a seguinte sequencia:
a) Sobrenome do autor original;
b) Ano de publicação da obra original;
c) Página contendo o texto na obra original;
d) Inclui-se a expressão apud (citado por) – com o recurso itálico;
e) Sobrenome do autor da obra consultada;
f) Ano de publicação da obra consultada;
g) Página contendo o texto citado na obra consultada.
Exemplos:
Segundo Brandão e Duarte (1995, p. 30) apud Oliveira (1998, p.106), “[...] os
jovens americanos depois da Segunda Guerra Mundial, apesar do progresso
industrial, permaneceram com valores arcaicos e preconceituosos, gerando
insatisfação, principalmente na classe média.”
101
“[...] os jovens americanos depois da Segunda Guerra Mundial, apesar do
progresso industrial, permaneceram com valores arcaicos e preconceituosos,
gerando insatisfação, principalmente na classe média.” (BRANDÃO; DUARTE,
1995, p. 30 apud OLIVEIRA, 1998, p.106).
A citação da citação também pode estar na forma direta ou indireta. A que se
apresenta acima é uma citação da citação na forma direta.
Atenção: É importante lembrar que na lista de referências, que vai ao final do
trabalho, deverá ser indicada a obra consultada, ou seja, a obra a que o pesquisador
teve acesso. No exemplo anterior, a referência que irá constar ao final do trabalho
será Oliveira.
9.6 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO
Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição
responsável ou título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e
minúsculas e, quando estiverem entre parênteses, devem ser em letras maiúsculas.
Exemplo 1:
A ironia seria assim uma forma implícita de heterogeneidade mostrada,
conforme a classificação proposta por Authier-Reiriz (1982, p. 87).
Exemplo 2:
“Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é uma
psicanálise da filosofia [...].” (DERRIDA, 1967, p. 293).
Exemplo 3:
A produção de lítio começa em Searles Lake, Califórnia, em 1928
(MUMFORD, 1949, p. 513).
102
Exemplo 4:
“O controle gerencial é o processo pelo qual os executivos influenciam outros
membros da organização, para que obedeçam às estratégias adaptadas”
(ANTHONY; GOVINDARAJAN, 2001, p. 34).
Exemplo 5:
Meyer parte de uma passagem da crônica de “14 de maio”, de A Semana:
“Houve sol, e grande sol, naquele domingo de 1888, em que o Senado votou a lei,
que a regente sancionou [...]" (ASSIS, 1994, v. 3, p. 583).
103
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Download

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