CELER FACULDADES FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS – FACISA CADERNO METODOLÓGICO Flavia Eberle Marinelva Machado Odila Faccio Tania Maria Radaelli (Organizadora) Editora Celer, Xaxim (SC) APRESENTAÇÃO O ingresso no ensino superior pressupõe a busca de aperfeiçoamento pessoal e profissional, na qual a pesquisa deve estar presente. É através de pesquisas que qualificamos nosso dia a dia. Mas como realizá-las? Uma das formas utilizadas pelos cursos de graduação para o auxílio na formação de profissionais que estarão compondo o mercado de recursos humanos é o estágio curricular. Porém, independente do semestre/ano que o aluno está cursando, depara-se com o desafio de iniciar um trabalho científico e ainda não possuir o domínio dos procedimentos metodológicos. Diante disso, procura-se tratar, nos nove capítulos deste Caderno Metodológico, de conteúdos pertinentes aos trabalhos técnicos e científicos dos Cursos da Celer Faculdades. É uma espécie de guia com informações básicas que vão de elementos teóricos a orientações práticas conforme normatizações. Os capítulos estão assim estruturados: 1. Graduação e Pós-Graduação: Estabelece a diferença entre cursos de graduação e pós-graduação. 2. Níveis de Conhecimento: Aborda os diferentes níveis de conhecimento: empírico, religioso, filosófico e científico e a metodologia a ser utilizada no trato destes conhecimentos. 3. Formas de Documentação: Fornece elementos para apresentação de trabalhos científicos, estabelecendo a distinção entre fichamento/apontamento, resenha, position paper e artigo científico, conforme normas regulamentadoras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 4. Orienta como deve ser a apresentação dos trabalhos científicos, ou seja, sua estrutura: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. 5. Apresenta estrutura de capa, folha de rosto, folha de aprovação e sumário, para que o aluno visualize seu formato. Elenca as regras gerais de apresentação do projeto de pesquisa, relatório de estágio e do trabalho de conclusão de curso (TCC). 6. Define a sequência de etapas que irão dar precisão àquilo que se pretende pesquisar, ou seja, o projeto de pesquisa. 3 7. Orienta sobre as forma de citação. 8. Apresenta as normas para elaboração de referências. Salienta-se que a conquista de resultados satisfatórios requer planejamento criterioso e reflexões conceituais fundamentadas. O sucesso dependerá dos procedimentos seguidos, do envolvimento, do querer e das habilidades para atingir objetivos. Poderão surgir dificuldades no caminho, mas elas não serão empecilho se forem encontradas formas criativas de superação. Este Caderno Metodológico é uma produção conjunta de professoras da Celer Faculdades com o objetivo de disponibilizar, em um mesmo material de forma sucinta, assuntos relativos à metodologia de realização e formatação de trabalhos acadêmicos. Neste sentido, a intenção da elaboração deste manual não foi interferir nem tampouco mudar o pensamento escrito dos autores, mas apenas esclarecer a linguagem orientada pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Acredita-se que este material atenda a todos que desejam conhecer e aprender sobre pesquisa científica, lembrando que ele está em permanente construção. Ioli Rossato – Diretora da Celer Faculdades SUMÁRIO 1 TRABALHOS DIDÁTICOS CIENTÍFICOS ............................................................. 9 1.1 GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO ................................................................... 9 2 A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO ............................................................ 11 2.1 NÍVEIS DE CONHECIMENTO ............................................................................ 12 2.2 MÉTODO E MÉTODO CIENTÍFICO ................................................................... 14 2.2.1 Tipos de métodos científicos ...................................................................... 14 2.2.1.1 Método indutivo ............................................................................................ 14 2.2.1.2 Método dedutivo ........................................................................................... 15 2.2.1.3 Método hipotético-dedutivo ........................................................................... 16 2.2.1.4 Método dialético............................................................................................ 17 2.2.1.5 Método fenomenológico ............................................................................... 19 2.2.1.6 Método etnográfico ....................................................................................... 19 2.3 PESQUISA CIENTÍFICA ..................................................................................... 20 2.3.1 Abordagens de pesquisa científica ............................................................. 20 2.3.2 Níveis de pesquisa........................................................................................ 20 2.3.3 Tipos de projetos de Pesquisa .................................................................... 21 2.3.4 Delineamento da pesquisa........................................................................... 23 2.3.5 Instrumentos de coleta de dados ................................................................ 24 2.3.6 Definição da área ou população-alvo.......................................................... 25 2.4 FORMAS DE DOCUMENTAÇÃO ....................................................................... 26 2.4.1 Fichamento .................................................................................................... 26 2.4.2 Resumo .......................................................................................................... 27 2.4.3 Resenha ......................................................................................................... 27 2.4.4 Position Paper............................................................................................... 28 2.4.5 Artigo científico ............................................................................................ 28 3 COMO ELABORAR UM PROJETO DE PESQUISA – NBR 15287/2011 ............. 31 3.1 TEMA .................................................................................................................. 31 3.2 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA (PROBLEMA/OPORTUNIDADE) ........................ 31 3.3 HIPÓTESES ....................................................................................................... 32 3.4 OBJETIVOS (PARA QUÊ?) ................................................................................ 32 3.5 JUSTIFICATIVA (POR QUÊ?) ............................................................................ 33 5 3.6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA / FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (COM BASE EM QUÊ?) ....................................................................................................................... 34 3.7 METODOLOGIA (ONDE FAZER? COMO? COM QUÊ?) ................................... 34 3.8 CRONOGRAMA (QUANDO?) ............................................................................ 35 3.9 ORÇAMENTO (COM QUANTO FAZER?) .......................................................... 35 3.10 ESTRUTURA PRELIMINAR DO TRABALHO ................................................... 36 3.11 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 36 4 MODELO DE APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO ........... 37 4.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 38 4.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 38 4.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................... 38 4.2.2 Objetivos específicos ................................................................................... 38 4.3 CONTEXTO DA EMPRESA / ORGANIZAÇÃO / AMBIENTE ............................. 38 4.4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA/FUNDAMENTÇÃO TEÓRICA................................ 39 4.5 METODOLOGIA ................................................................................................. 39 4.6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ..................................................... 39 4.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES (SE HOUVER) .................. 40 5 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS – NBR 14724/2011 .......... 41 5.1 ESTRUTURA ...................................................................................................... 41 5.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ........................................................................... 42 5.3 ELEMENTOS TEXTUAIS ................................................................................... 52 5.4 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS ........................................................................... 52 6 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO (NBR 14724/2011) ............................ 54 6.1 FORMATO .......................................................................................................... 54 6.2 ESTILO E TAMANHO DA LETRA....................................................................... 54 6.3 MARGEM ............................................................................................................ 54 6.4 ALINHAMENTO DA MARGEM ........................................................................... 55 6.5 ESPAÇAMENTO................................................................................................. 55 6.6 PARÁGRAFO ..................................................................................................... 55 6.7 NOTAS DE RODAPÉ.......................................................................................... 55 6.8 INDICATIVOS DE SEÇÃO .................................................................................. 55 6.9 TÍTULOS SEM INDICATIVO NUMÉRICO .......................................................... 56 6.10 ELEMENTOS SEM TÍTULO E SEM INDICATIVO NUMÉRICO ....................... 56 6.11 PAGINAÇÃO ..................................................................................................... 57 6 6.12 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA ........................................................................ 57 6.13 SIGLAS ............................................................................................................. 57 6.14 EQUAÇÕES E FÓRMULAS ............................................................................. 57 6.15 ILUSTRAÇÕES ................................................................................................. 58 6.16 TABELAS .......................................................................................................... 59 7 PLÁGIO ACADÊMICO ......................................................................................... 60 8 NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS ........................................ 62 8.1 ELEMENTOS DA REFERÊNCIA ........................................................................ 62 8.2 LOCALIZAÇÃO ................................................................................................... 62 8.3 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO .......................................................... 63 8.4 TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS .................................................................. 63 8.4.1 Autor .............................................................................................................. 63 8.4.1.1 Autor Pessoal ............................................................................................... 63 8.4.1.1.1 Um autor ..................................................................................................... 63 8.4.1.1.2 Dois e três autores...................................................................................... 64 8.4.1.1.3 Mais três autores ........................................................................................ 64 8.4.1.1.4 Nome com terminação de parentesco ........................................................ 64 8.4.1.1.5 Sobrenome composto................................................................................. 64 8.4.1.1.6 Partícula precedendo o sobrenome ............................................................ 65 8.4.1.1.7 Obra com responsabilidade ........................................................................ 65 8.4.1.1.8 Obra organizada em capítulos .................................................................... 65 8.4.1.1.9 Indicação de tradutor, revisor, ilustrador e outro ........................................ 66 8.4.1.2 Autor Entidade .............................................................................................. 66 8.4.1.3 Autoria Desconhecida ................................................................................... 67 8.4.2 Título e subtítulo ........................................................................................... 67 8.4.3 Edição ............................................................................................................ 68 8.4.4 Local .............................................................................................................. 69 8.4.5 Editora ........................................................................................................... 69 8.4.6 Data ................................................................................................................ 70 8.4.7 Descrição física ............................................................................................ 72 8.4.8 Séries e coleções .......................................................................................... 73 8.4.9 Notas .............................................................................................................. 74 8.4.9.1 Tradução....................................................................................................... 74 8.5 MODELOS DE REFERÊNCIAS .......................................................................... 74 7 8.5.1 Trabalhos acadêmicos (monografia, dissertação, tese, artigo, etc.) ....... 74 8.5.2 Obras consultadas online ............................................................................ 75 8.5.3 Trabalhos em meio eletrônico ..................................................................... 75 8.5.4 Publicação periódica .................................................................................... 75 8.5.5 Evento como um todo .................................................................................. 76 8.5.6 Documento jurídico ...................................................................................... 77 8.5.6.1 Legislação..................................................................................................... 77 8.5.6.1.1 Constituição ................................................................................................ 77 8.5.6.1.2 Emenda à Constituição ............................................................................... 78 8.5.6.1.3 Lei, decreto, medida provisória, portaria ..................................................... 78 8.5.6.1.4 Resolução do Senado Federal ................................................................... 78 8.5.6.1.5 Código ........................................................................................................ 78 8.5.6.2 Jurisprudência (decisões judiciais) ............................................................... 79 8.5.6.2.1 Súmula ....................................................................................................... 79 8.5.6.2.2 Acórdão ...................................................................................................... 79 8.5.6.3 Doutrina ........................................................................................................ 79 8.5.6.4 Documento jurídico em meio eletrônico ........................................................ 80 8.5.7 Imagem em movimento ................................................................................ 80 8.5.8 Documento iconográfico.............................................................................. 81 8.5.9 Documento iconográfico em meio eletrônico ............................................ 81 8.5.10 Documento cartográfico .............................................................................. 81 8.5.11 Documento cartográfico em meio eletrônico ............................................. 82 8.5.12 Documento sonoro no todo ......................................................................... 82 8.5.13 Documento sonoro em parte ....................................................................... 83 8.5.14 Partitura ......................................................................................................... 83 8.5.15 Partitura em meio eletrônico ....................................................................... 84 8.5.16 Documento tridimensional ........................................................................... 84 8.5.17 Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico ............................... 85 8.6 ORDENAÇÃO DAS REFERÊNCIAS .................................................................. 85 8.6.1 Sistema alfabético ........................................................................................ 86 8.6.1.1 Várias obras do mesmo autor ....................................................................... 86 8.6.1.2 Mesma obra e mesmo autor ......................................................................... 87 8.7 ABREVIATURA DOS MESES ............................................................................ 87 9 CITAÇÕES ............................................................................................................ 88 8 9.1 SISTEMA DE CHAMADA ................................................................................... 88 9.1.1 Sistema numérico ......................................................................................... 88 9.1.2 Sistema autor-data........................................................................................ 89 9.2 NOTAS DE RODAPÉ.......................................................................................... 93 9.2.1 Notas de referência....................................................................................... 93 9.3 CITAÇÃO PESSOAL .......................................................................................... 95 9.4 CITAÇÃO DIRETA .............................................................................................. 95 9.4.1 Citação direta curta ...................................................................................... 95 9.4.2 Citação direta longa...................................................................................... 96 9.4.3 Citação direta com supressão de palavras ................................................ 97 9.4.4 Citação direta com acréscimo de palavras ................................................ 98 9.4.5 Citação direta que apresente erro ortográfico ou de impressão .............. 98 9.4.6 Citação direta com destaque no texto ........................................................ 98 9.4.7 Citação direta com texto traduzido pelo autor do trabalho ...................... 99 9.5 CITAÇÃO INDIRETA .......................................................................................... 99 9.5.1 Citação da citação ...................................................................................... 100 9.6 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO ........................................................ 101 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 103 1 TRABALHOS DIDÁTICOS CIENTÍFICOS Apresentam-se as peculiaridades dos cursos que fazem parte do universo do ensino superior, com o objetivo de diferenciar os níveis de graduação e de pósgraduação. GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO Graduação: Compreende cursos que preparam para uma carreira acadêmica ou profissional podendo estar ou não vinculados a conselhos específicos. Conferem diploma com o grau de Bacharel ou título específico (ex.: Bacharel em Administração), Licenciado (ex.: Licenciado em Letras), Tecnólogo (ex.: Tecnólogo em Hotelaria) ou título específico referente à profissão (ex.: Médico). O grau de bacharel ou o título específico habilitam o portador do diploma a exercer uma profissão; o de licenciado habilita o portador para o magistério no ensino fundamental e médio. Pós-graduação: Poderá ser lato sensu ou strictu sensu. Os cursos lato sensu (ou de especialização) têm duração mínima de 360 horas, não computando o tempo de estudo individual ou em grupo e sem assistência docente. Direcionado ao treinamento nas partes de que se compõe um ramo profissional ou científico, o curso confere certificado a seus concluintes. Conta com aulas, seminários e conferências, ao lado de trabalhos de pesquisa sobre os temas concernentes ao curso. O critério de seleção para o ingresso no referido curso é definido de forma independente em cada instituição, sendo na maioria das vezes composta de avaliação e entrevista, no qual a única exigência formal a ser cumprida pelo interessado se refere à posse de um diploma de nível superior. Os cursos de especialização são voltados às expectativas de aprimoramento acadêmico e profissional, não abrangendo o campo total do saber em que se insere a especialidade, com duração máxima de dois anos e com caráter de formação continuada. Nesta categoria estão os cursos de aperfeiçoamento e os cursos designados como Master Business Administration (MBA) ou equivalentes. A Celer Faculdades condiciona a obtenção do título de especialista à apresentação da monografia ou artigo científico. 10 Por sua vez, os cursos stricto sensu são direcionados para a continuidade da formação científica e acadêmica, como mestrado e doutorado. Cabe à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), avaliar e autorizar estes cursos. Os cursos de mestrado têm duração média de dois anos, no qual o aluno cursa as disciplinas relacionadas à sua linha de pesquisa e desenvolve a dissertação como trabalho de conclusão de curso. Esta busca a reflexão sobre um determinado tema ou problema, expondo as ideias de maneira ordenada e fundamentada teoricamente, caracterizando-se como um trabalho de pesquisa científica. Cumpre registrar que curso de especialização não é pré-requisito para cursar o mestrado. Os cursos de doutorado de têm duração mínima de quatro anos, contemplando as disciplinas e a tese, sendo que esta deverá apresentar um tema de estudo inédito no seu campo de conhecimento, de forma que promova uma descoberta, ou mesmo uma real contribuição para a ciência. 2 A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO Na medida em que domina e transforma a natureza, tanto por sua ação individual quanto social, o ser humano satisfaz mas também amplia suas necessidades. Essas necessidades não são só físicas e materiais, mas fundamentalmente intelectuais e cognitivas, a fim de favorecer a inserção do indivíduo no ambiente em que vive. Pode-se exemplificar através de uma situação histórica: Desde a antiguidade, até nossos dias, um camponês, mesmo iletrado e/ou desprovido de outros conhecimentos, sabe o momento certo da semeadura, a época da colheita, a necessidade da utilização de adubos, as providências a serem tomadas para a defesa das plantações de ervas daninhas e pragas e o tipo de solo adequado para as diferentes culturas. Tem também conhecimento de que o cultivo do mesmo tipo, todos os anos, no mesmo local, exaure o solo. Já no período feudal, o sistema de cultivo era em faixas: duas cultivadas e outra em repouso, alternando-as de ano para ano, nunca cultivando a mesma planta, dois anos seguidos, numa única faixa. O início da Revolução Agrícola não se prende ao aparecimento, no século XVIII, de melhores arados, enxadas e outros tipos de maquinaria, mas à introdução, na segunda metade do século XVII, da cultura do nabo e do trevo, pois seu plantio evitava o desperdício de deixar a terra em pousio: seu cultivo “revitalizava” o solo, permitindo utilização constante. Hoje a agricultura utiliza-se de semente selecionadas, de adubos químicos, defensivos contra pragas e o controle biológico de insetos. Mesclam-se neste exemplo, dois tipos de conhecimento: o primeiro, vulgar ou popular [...], transmitido de geração para geração por meio da educação informal e baseado em imitação pela experiência pessoal; portanto, empírico e desprovido de conhecimento sobre a composição do solo, das causas do desenvolvimento das plantas, a natureza das pragas, do ciclo reprodutivo dos insetos etc.; o segundo, científico, é transmitido por intermédio de treinamento apropriado, sendo um conhecimento obtido de modo racional, conduzido por meio de procedimentos científicos. Visa explicar “por que” e “como” os fenômenos ocorrem, na tentativa de evidenciar os fatos que estão correlacionados, numa visão mais globalizante do que a relacionada com o simples fato – uma cultura específica, de trigo, por exemplo. [...] Para que o conhecimento científico ocorra, é necessário ir mais além: conhecer a natureza dos vegetais, sua composição, seu ciclo de desenvolvimento e as particularidades que distinguem uma espécie da outra (LAKATOS; MARCONI, 1986, p. 74-75). Conhecer, pensar e agir permitem ao ser humano progredir e evoluir. A partir do conhecimento ele pode torná-lo ação e intervir, modificando o meio em que vive. Dessa forma, de acordo com Lakatos e Marconi: Um mesmo objeto ou fenômeno – uma planta, um mineral, uma comunidade ou as relações entre chefes e subordinados – pode ser matéria de observação tanto para o cientista quanto para o homem comum; o que leva um ao conhecimento científico e o outro ao vulgar ou ao popular é a forma de observação (LAKATOS; MARCONI, 1986, p. 75). 12 Assim, conhecer é estabelecer uma relação entre a pessoa que conhece e o objeto a ser conhecido. Nesse sentido, conhecimento é relação e correlação (relação de reciprocidade). É um processo de exteriorização do sujeito, no qual este sai de si mesmo em busca do objeto. É um ato dinâmico no qual sujeito e objeto se modificam. O sujeito sofre alteração ao apropriar-se do objeto e o objeto, ao ser tomado pelo sujeito, se transforma. O ser humano é o único capaz de construir um sistema de símbolos que lhe permite ordenar e prever os fenômenos que o cerca, sejam eles crenças ou dogmas, ou ainda criar conhecimento através de ideias. Isto pode ser exemplificado nos diferentes níveis de conhecimento. 2.1 NÍVEIS DE CONHECIMENTO Encontra-se na literatura uma classificação para os conhecimentos, que parte do empírico ao científico. O conhecimento empírico, também denominado popular, vulgar ou senso comum, é o conhecimento que rege nosso cotidiano sem ter sido procurado, estudado ou utilizado um método para criá-lo. É o modo natural de conhecer. Caracteriza-se pelo improviso, pela espontaneidade, aparência, experiência do diaa-dia. O ser humano o adquire, internaliza ou incorpora pela resolução de problemas cotidianos e imediatos e de acordo com sua relação com o ambiente. É transmitido de geração em geração. Este conhecimento, embora baseado no pré-conceito, não é desprezado pelo conhecimento científico, mas analisado de outra forma. O conhecimento religioso ou teológico é produto da fé humana, na crença da existência de uma ou mais entidades divinas – um deus ou muitos deuses. Este conhecimento busca respostas para questões não respondidas pelos conhecimentos empírico, científico ou filosófico. Por isso as revelações feitas pelos deuses ou em seus nomes são consideradas aceitas como expressões da verdade. O conhecimento filosófico tem por origem a capacidade de reflexão do homem e por instrumento exclusivo o raciocínio. Distingue-se do científico pelo objeto de investigação e pelo método. É caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, utilizando exclusivamente a própria razão humana. Os objetos de análise da filosofia são ideias, relações conceptuais e exigências lógicas. 13 O conhecimento científico resulta de investigação metódica e sistemática da realidade. Ele transcende os fatos e os fenômenos em si mesmos, analisa-os para descobrir suas causas e concluir as leis gerais que os regem. É verificável na prática, através de métodos e técnicas que possibilitam o controle, a sistematização, a verificação e sua comprovação ou não. Marconi e Lakatos (2003, p. 77-80), apresentam características para cada nível de conhecimento: Conhecimento popular, vulgar ou empírico Conhecimento religioso ou teológico Conhecimento Filosófico Conhecimento Científico a) Valorativo: porque é transmitido de geração para geração; b) Verificável: está limitado ao cotidiano e diz respeito àquilo que se pode perceber no dia a dia; c) Reflexivo: está limitado à familiaridade com o objeto, não pode ser reduzido à formulação geral; d) Assistemático: baseia-se na ‘organização’ particular das próprias experiências, e não na sistematização das ideias; e) Falível e inexato: pois se conforma com a aparência e com o que se ouviu dizer a respeito do objeto. a) Valorativo: apoia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas; b) Não verificável: pois está sempre implícita uma atitude de fé perante um conhecimento revelado; c) Inspiracional: por terem sido reveladas pelo sobrenatural; d) Infalível e exata: são verdades; e) Sistemático: (origem, significado, finalidade e destino) como obra de um criador divino. a) Valorativo: seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não podem ser submetidas à observação; b) Não é verificável: pois as hipóteses filosóficas não podem ser confirmadas nem refutadas; c) Racional: constitui num conjunto de enunciados logicamente relacionados; d) Sistemático: suas hipóteses e enunciados visam a uma representação coerente da realidade estudada; e) Infalível e exato: os postulados, bem como as hipóteses, não são submetidos ao decisivo teste da observação (experimentação). a) Verificável: as afirmações (hipóteses) que não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência; b) Contingente: suas proposições ou hipóteses têm sua veracidade ou falsidade conhecida através da experiência e não apenas pela razão; c) Sistemático: pois trata de um saber ordenado logicamente, formando um sistema de ideias (teorias) e não conhecimentos dispersos e desconexos. De acordo com Ruiz (2008, p. 115), “Muito mais do que defender a possibilidade e o fato do conhecimento verdadeiro, é nosso propósito analisar e explicitar em que consiste a verdade [...]. Afinal, o que é a verdade? [...]. A verdade nasce, pois, do julgamento da mente a respeito das realidades e não existe sem ele”. Assim, a verdade é desvelamento, está sempre em construção. 14 2.2 MÉTODO E MÉTODO CIENTÍFICO A palavra método vem do grego méthodos, que quer dizer caminho para se chegar a um fim. O método científico é definido como um conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. Consiste num “Conjunto de atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros – traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando nas decisões do cientista” (LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 83). O método depende do objeto da pesquisa. Os sábios, cujas investigações foram coroadas de êxito tiveram o cuidado de anotar os passos percorridos e os meios que levaram aos resultados obtidos. Outros, depois deles, analisaram tais processos e justificaram a eficácia dos mesmos. Assim, tais processos, empíricos no início, transformaram-se gradativamente em métodos verdadeiramente científicos. Método científico não é um modelo, fórmula ou receita que uma vez aplicada, colhe, sem margem de erro, os resultados previstos ou desejados, mas um instrumento de trabalho. O resultado do seu uso depende de seu usuário, pois o método científico não ensina a encontrar as grandes hipóteses, as ideias novas e fecundas, pois isso depende exclusivamente da reflexão do pesquisador. 2.2.1 Tipos de métodos científicos São reconhecidos como métodos científicos: indutivo, dedutivo, hipotéticodedutivo, dialético e fenomenológico. 2.2.1.1 Método indutivo O método indutivo utiliza-se da indução. Segundo Marconi e Lakatos (2003, p. 86-90), indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam. A indução realiza-se em três etapas (fases): 15 a) observação dos fenômenos: nessa etapa observam-se os fatos ou fenômenos e se analisa, com a finalidade de descobrir as causas de sua manifestação; b) descoberta da relação entre eles: na segunda etapa procura-se por intermédio da comparação, aproximar os fatos ou fenômenos, com a finalidade de descobrir a relação constante existente entre eles; c) generalização da relação: na última etapa generaliza-se a relação encontrada na precedente, entre os fenômenos e fatos semelhantes, muitos dos quais ainda não observados (e muitos, inclusive, inobserváveis). Exemplo1: Andrea Bocelli é tenor. Andrea Bocelli é cego. Logo todos os tenores são cegos. Exemplo2: Cobre conduz energia. Zinco conduz energia. Cobalto conduz energia. Ora, cobre, zinco e cobalto são metais. Logo, (todo) metal conduz energia. Exemplo3: Retirando uma amostra de um saco de arroz, observa-se que aproximadamente 80% dos grãos são do tipo extrafino. Conclui-se, então, que o saco de arroz é do tipo extrafino. O método indutivo trabalha com estatísticas, importando dizer que se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira, mas não necessariamente verdadeira. Nesse sentido, é um método alvo de críticas, pois cria uma verdade geral apenas analisando algumas ocorrências. 2.2.1.2 Método dedutivo O método dedutivo ao contrário da indução procura transformar enunciados complexos, universais, em particulares. A conclusão sempre resultará em uma ou várias premissas, fundamentando-se no raciocínio dedutivo (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 91-94). Fazem parte das ciências dedutivas a lógica e a matemática. 16 A dedução como forma de raciocínio lógico tem como ponto de partida um princípio tido como verdadeiro a priori. O seu objetivo é a tese ou conclusão, que é aquilo que se pretende provar. Sua forma mais importante é o silogismo, ou seja, se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão deve ser verdadeira. O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das premissas. A dedução organiza e especifica o conhecimento que já se tem, mas não é geradora de conhecimentos novos. O ponto de partida é a verdade geral já estabelecida. Não há um problema a ser resolvido, apenas algo a ser comprovado. Exemplo 1: Todos os homens são mortais (premissa maior) Platão é homem (premissa menor) Logo, Platão é mortal (conclusão) Exemplo 2: Todo número par é divisível por 2 (regra/premissa maior) 1320 é um número par (premissa menor) 1320 é divisível por 2 (conclusão) 2.2.1.3 Método hipotético-dedutivo Se o conhecimento é insuficiente para explicar um fenômeno, surge o problema; para expressar as dificuldades do problema são formuladas hipóteses/questões; das hipóteses deduzem‐se consequências a serem testadas ou falseadas (GIL, 2008, p. 12). Enquanto o método dedutivo procura confirmar a hipótese, o hipotético‐dedutivo procura evidências empíricas (experimentos) para derrubá‐las. Para Marconi e Lakatos (2003, p. 97-98), o método hipotético-dedutivo defende o aparecimento, em primeiro lugar, do problema que será testado pela observação e experimentação. Há quem compreenda que o único método científico seria o hipotéticodedutivo, uma vez que toda pesquisa tem sua origem num problema para o qual se procura uma solução, por meio de tentativas (conjecturas, hipóteses, teorias) e eliminação de erros (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 31). 17 Gil (2006, p. 30) apresenta o método hipotético-dedutivo a partir do seguinte esquema: Conjectura Problema Dedução de Tentativa de Corroboração Consequência Falseamento (comprovar) 2.2.1.4 Método dialético É possível, segundo Gil (2006, p. 31), identificar alguns princípios comuns a toda abordagem dialética: a) Princípio da unidade e da luta dos contrários (unidade dos opostos): A luta dos opostos constitui a fonte do desenvolvimento da realidade. b) Princípio da transformação das mudanças quantitativas em qualitativas: No processo de desenvolvimento, as mudanças quantitativas graduais geram mudanças qualitativas. c) Princípio da negação da negação (mudança dialética): A mudança nega o resultado, por sua vez é negado, mas essa segunda negação conduz a um desenvolvimento e não a um retorno do que era antes. O Método dialético é fundamentado através de quatro leis, de acordo com Marconi e Lakatos (2003, p. 100-104): a) Ação recíproca, unidade polar ou “tudo se relaciona”; b) Mudança dialética, negação da negação ou “tudo se transforma”; c) Passagem da quantidade à qualidade ou mudança qualitativa; e d) Interpenetração dos contrários, contradição ou luta dos contrários. Ação recíproca, unidade polar ou “tudo se relaciona”: Para a dialética, as coisas não são analisadas na qualidade de objetos fixos, mas em movimento: nenhuma coisa está “acabada”, encontrando-se sempre em vias de se transformar, desenvolver; o fim de um processo é sempre o começo de outro. Por outro lado, as coisas não existem isoladas, destacadas uma das outras e independentes, mas como um todo unido, coerente. 18 Tanto a natureza quanto à sociedade são compostas de objetos e fenômenos organicamente ligados entre si, dependendo uns dos outros e, ao mesmo tempo, condicionando-se reciprocamente. Pode-se exemplificar dizendo que um texto não vive fora do contexto que o gerou e o mantém. Mudança dialética, negação da negação ou “tudo se transforma”: Todas as coisas implicam um processo. Todo movimento, transformação ou desenvolvimento opera-se por meio das contradições ou mediante a negação de uma coisa – essa negação se refere à transformação das coisas. Passagem da quantidade à qualidade ou mudança qualitativa: Politzer (1987 apud MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 103) diz que em certos graus de mudança quantitativa, produz-se, subitamente, uma conversão qualitativa. E exemplifica com o caso da água. Partindo, por exemplo, de 20º, se começarmos a elevar sua temperatura, teremos, sucessivamente, 21º, 22º, 23º...98º. Durante este tempo, a mudança é contínua. Mas se elevarmos ainda mais a temperatura, alcançamos, 99º, mas, ao chegar a 100º, ocorre uma mudança brusca, qualitativa. A água transforma-se em vapor. Agindo ao contrário, esfriando a água, obteríamos 19º, 18º...1º. Chegando a 0º, nova mudança brusca, a água se transforma em gelo. Assim, entre 1º e 99º, temos mudanças quantitativas. Acima ou abaixo desse limite, a mudança é qualitativa. Dessa forma, a mudança das coisas não pode ser indefinidamente quantitativa: transformando-se, em determinado momento sofrem mudança qualitativa. A quantidade transforma-se em qualidade. Interpenetração dos contrários, contradição ou luta dos contrários: para Marconi e Lakatos (2003, p. 104-105) a dialética lida com a contradição, bem como com as possibilidades teóricas e práticas de superar a contradição. Parte do ponto de vista de que os objetos e os fenômenos da natureza supõem contradições internas, porque todos têm um lado negativo e um lado positivo, um passado e um futuro: todos têm elementos que desaparecem e elementos que se desenvolvem; a luta desses contrários, a luta entre o velho e o novo, entre o que morre e o que nasce, entre o que perece e o que evolui, é o conteúdo interno do processo de desenvolvimento, da conversão das mudanças quantitativas em mudanças qualitativas. No método dialético tudo é visto em constante mudança, pois há sempre algo que nasce, se desintegra e se transforma. Gil, (2006, p. 30): 19 Tese Antítese Síntese Nova Afirmação (tese) Afirmação Negação Negação 2.2.1.5 Método fenomenológico De acordo com Forghieri (2000, p. 19-20) este método procura resgatar o mundo da vida cotidiana. O ser humano enquanto ser racional, que tem identidade e que pode pensar o mundo que o rodeia, observa, de forma imparcial, os valores, as crenças e as ações conjuntas, como protagonista do mundo em que vive. A pesquisa fenomenológica parte da compreensão de nosso viver, não de conceitos, definições que orientam o pesquisador àquilo que vai ser investigado. A atitude de abertura do ser humano para compreender o que se mostra significa estar livre de preconceitos e definições pré-concebidas. A atitude fenomenológica permite ao pesquisador ver o cotidiano simplesmente como ele se mostra. Na pesquisa, a apropriação do conhecimento se dá através de um modo de ser. Nesta concepção, não existe separação entre sujeito e objeto. O fenômeno está aí, o ato de desvelamento, de descoberta cabe ao pesquisador. Desvendar o fenômeno além da aparência é torná-lo explícito, compreendê-lo na sua essência. 2.2.1.6 Método etnográfico Concentra-se em grupos e culturas humanas descrevendo e analisando as sociedades em pequena escala. É uma metodologia qualitativa cujo objetivo é entender a visão que o grupo tem de seu mundo. Pode-se também através deste método compreender a natureza humana estudando as variações culturais e as subculturas dentro de contextos sociais mais amplos. Estudos etnográficos abordam questões que dizem respeito a forma como o conhecimento cultural, normas, valores e outras variáveis contextuais influenciam a experiência de algo em uma pessoa (MARCONI; PRESOTTO, 2010, p.13). Angrosino (2009, p. 34), no entorno dessa discussão destaca a importância da observação participante para o desenvolvimento da pesquisa etnográfica. 20 2.3 PESQUISA CIENTÍFICA A pesquisa é a ação dirigida para obter determinado conhecimento que permite a solução de problemas teóricos, práticos e/ou operativos mesmo estabelecidos no dia a dia do ser humano. A pesquisa científica é o estudo sistemático com a finalidade de obter resultados comprováveis que compõe uma determinada realidade (BARROS; LEHFELD, 2002, p. 29). Ou ainda: Pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagradas pela ciência. É o método de abordagem de um problema em estudo que caracteriza o aspecto científico de uma pesquisa (RUIZ, 2008, p. 48). O estudante que observa um fato, questiona, explora, investiga suas fontes para compreender ou explicar ou problema a partir do desenvolvimento de um método de um método científico, estará iniciando uma pesquisa científica. 2.3.1 Abordagens de pesquisa científica A abordagem dos dados da pesquisa científica deverá ocorrer de duas formas, a saber: Quantitativa: avaliação através de dados metrificantes (matemáticos/ estatísticos); Qualitativa: interpretação dos dados levando-se em consideração seu conteúdo. Para a análise e a interpretação dos dados Gil (2008, p. 156) aponta as seguintes técnicas: estabelecimento de categorias, codificação, tabulação, análise estatística dos dados, inferência de relações causais e interpretação de dados. 2.3.2 Níveis de pesquisa As pesquisas exploratórias, descritivas e explicativas integram as classes ou níveis de pesquisa que serão escolhidas com base nos objetivos do pesquisador. Para que se possa desenvolver um trabalho científico é preciso conhecer esses níveis, definindo o que se entende por cada um deles. 21 Pesquisa exploratória: tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito. Seu planejamento é bastante flexível. Essas pesquisas envolvem: a) levantamento bibliográfico; b) entrevista com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; c) estudo de caso. Esta pesquisa permite maior familiaridade entre o pesquisador e o tema pesquisado, porém, faz-se necessário um processo de investigação a fim de aprimorar ideias e construir hipóteses (GIL, 2008, p. 27). Pesquisa descritiva: tem como objetivo primordial à descrição das características de determinada população ou fenômeno. Envolve técnicas padronizadas de coleta de dados, como observação sistemática. Proporciona uma nova visão da realidade já existente, uma vez que o pesquisador não interfere, apenas relata o fenômeno pesquisado. Esse tipo de pesquisa é comumente utilizado por pesquisadores sociais como nos estudos etnográficos (GIL, 2008, p. 28). Pesquisa explicativa: preocupa-se em identificar os fatores que estão envolvidos na ocorrência dos fenômenos. É o nível de pesquisa que busca explicar a razão pela qual as coisas estão de determinada maneira, aprofundando o conhecimento da realidade (GIL, 2008, p. 28). Ainda para este autor, a pesquisa explicativa é precedida de pesquisa exploratória e descritiva, podendo ser a continuação de outra descritiva, uma vez que os fatores determinantes de um fenômeno devem ser identificados de forma detalhada e descrita (GIL, 2008, p. 28-29). A referida pesquisa é utilizada principalmente na área das ciências naturais, na prática das experimentações. Em algumas áreas das ciências sociais, como a Psicologia, este tipo de pesquisa pode ser igualmente utilizado, sendo o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente (GIL, 2008, p. 29). 2.3.3 Tipos de projetos de Pesquisa Roesch (1999, p. 73-77) classifica os projetos em cinco tipos: a) Pesquisa aplicada: “[...] embora constitua uma possibilidade interessante, dificilmente é utilizada num projeto de prática profissional, que se atém normalmente a problemas específicos de organizações. Deve incluir uma preocupação teórica”. (ROESCH, 1999, p. 73). 22 Referida pesquisa tem como objetivo proporcionar soluções para conflitos humanos. Ex.: fatores psicológicos dos acidentes do trabalho; aplicação de técnicas de simulação ao orçamento empresarial; temas ligados à tomada de decisão ou barreiras à inovação técnica; principais dificuldades no processo de sucessão em empresas familiares; fatores que explicam o comportamento do consumidor (ROESCH, 1999, p. 73). b) Avaliação de resultados: tem como objetivo principal comparar situações, anterior e posterior, a utilização de sistema ou plano, ou seja, julga se um programa aplicado foi positivo ou não. Ex.: avaliação do desempenho de funcionários antes e depois de um treinamento; avaliação da produtividade antes e depois da inserção de um sistema de manutenção preventiva (ROESCH, 1999, p. 74). c) Avaliação formativa: sua finalidade é melhorar ou aperfeiçoar sistemas ou processos. “[...] implica um diagnóstico do sistema atual e sugestões para sua reformulação; por isso requer certa familiaridade com o sistema e, idealmente, a possibilidade de implementar as mudanças sugeridas e observar seus efeitos”. Ex.: reformulação da estrutura de distribuição da empresa; revisão do sistema de auditoria interna da empresa (ROESCH, 1999, p. 74). d) Proposição de planos: tem por finalidade oferecer à organização resolução para os problemas já diagnosticados e segundo Roesch (1999, p. 76) neste tipo de projeto o plano sugerido pode ser implementado ou não. Ex.: elaboração de um plano de marketing; elaboração de um sistema de estoque para um departamento comercial; ampliação de porte e reestruturação da área produtiva de uma empresa. e) Pesquisa diagnóstico: Há muitas possibilidades de um projeto que visam ao diagnóstico do ambiente organizacional, em todas áreas. Pesquisas que visam ao diagnóstico de uma situação organizacional normalmente não acarretam um custo muito alto, mas podem apresentar dificuldades em virtude da confidencialidade dos dados e informações a serem disponibilizados para pesquisador. Ex.: pesquisa mercadológica; caracterização do usuário do centro de informações; a imagem da área de RH na empresa (ROESCH, 1999, p. 77). 23 2.3.4 Delineamento da pesquisa É uma forma de classificação da pesquisa que leva em consideração as técnicas utilizadas. Dentre as principais, cita-se: Bibliográfica: pesquisa baseada exclusivamente em dados já publicados em livros, revistas, jornais e material eletrônico. Documental: utiliza-se de documentos conservadas em arquivos de instituições públicas ou privadas. Estes podem ser: relatórios, atas, estatutos, fotos, mapas, manuais, entre outros; Experimental: “[...] consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto”. Utilizada principalmente pelas ciências naturais “[...] tais como porções de líquidos, bactérias ou ratos”. Experimentos no campo das ciências sociais, envolvendo pessoas, grupos ou instituições, impedem que a experimentação se faça de forma eficiente (GIL, 2008, p. 51). Estudo de Coorte: amostra constituída de pessoas com característica comum e acompanhada por determinado tempo pelo pesquisador para observação e análise do que acontece com elas. Geralmente utilizada na área da saúde. Ex: duas terapias para determinado tipo de câncer podem ser avaliadas por um estudo de coorte (GIL, 2002, p. 50). Levantamento de campo ou survey: coleta de dados junto a um número significativo de pessoas sobre determinado problema e análise quantitativa. A pesquisa envolve a interrogação direta de pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Ex.: Censo (GIL, 2008, p. 55). Pesquisa Participante: quando se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas (GIL, 2006, p. 66). Estudo de campo: semelhante ao levantamento, porém, com mais profundidade e flexibilidade. “[...] estuda-se um único grupo ou comunidade em termos de sua estrutura social, ou seja, ressaltando a interação de seus componentes”. Utiliza-se de entrevistas, questionário, mas principalmente observação e é realizado no local onde os fatos estudados ocorrem (GIL, 2008, p. 57). 24 Estudo de caso: Para Ferri; Leal; Hostins (2004, p. 33-34), “[...] é o estudo aprofundado e em geral exaustivo de uma situação específica, de um grupo, de uma organização, de um evento determinado [...]". 2.3.5 Instrumentos de coleta de dados As técnicas de coleta de dados são classificadas por Cervo, Bervian e Da Silva (2007, p. 30), como “[...] os meios corretos de executar as operações de interesse de tal ciência.” Dentre as empregadas na pesquisa científica, destacam-se a pesquisa bibliográfica, a observação, a entrevista, aplicação de questionários e formulários. a) Questionário: Gil (2008, p. 121) define questionário como uma técnica investigativa, contendo várias questões a serem submetidas à pessoas, com o objetivo de colher informações acerca de seus “[...] conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações, temores, comportamento presente ou passado” e as respostas serão preenchidas pelo próprio entrevistado. O questionário deve conter uma breve introdução explicando os objetivos da pesquisa e a forma do seu preenchimento. As perguntas formuladas deverão estar relacionadas com o problema de pesquisa e podem ser abertas, fechadas ou mistas, sempre possibilitando uma única interpretação, de forma clara, concreta e precisa, sendo que após sua elaboração é imprescindível a realização do pré-teste visando mostrar a clareza e precisão dos termos, a quantidade, a forma e a ordem das perguntas, promovendo as devidas correções, se necessário (GIL, 2008, p. 21). b) Entrevista: é uma conversa intencional dirigida por uma pessoa a fim de obter informações sobre a outra. A interpretação dos dados dever ser feita com cautela uma vez que as verbalizações aparentemente claras podem ser interpretadas de forma errônea (SOUZA; SANTOS; DIAS, 2013, p. 88). As entrevistas podem ser estruturadas (com um roteiro fixo inalterável), não estruturadas (sem roteiro, apenas com um tópico motivador) ou semiestruturadas (com um roteiro flexível). É necessário ter um roteiro para que no momento em que ela esteja sendo realizada as informações necessárias não deixem de ser colhidas. 25 c) Observação: diz respeito à análise efetuada pelo pesquisador com relação aos fatos observados, podendo ser participante (quando o pesquisador se integra ao grupo, participando dos eventos) ou não participante (quando não se integra, limitando-se apenas a registrar os eventos) (SOUZA; SANTOS; DIAS, 2013, p. 88). d) Documentos: oficiais, parlamentares, jurídicos, fontes estatísticas, publicações administrativas, documentos particulares (cartas, diários, memórias, autobiografias), etc. (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 174). e) Testes: “instrumentos utilizados com a finalidade de obter dados que permitam medir o rendimento, a frequência, a capacidade ou a conduta de indivíduos, de forma quantitativa” (MARCONI, LAKATOS, 2003, p. 223). f) História de vida: busca obter informações relacionadas à "experiência íntima" de situações vivenciadas por uma pessoa e que seja relevante para a pesquisa (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 223). g) Formulários: Selltiz (1965, p. 172 apud MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 212), define formulário como “[...] o nome geral usado para designar uma coleção de questões que são perguntadas e anotadas por um entrevistador numa situação face a face com outra pessoa”. h) Outros: iconografia (documentação envolvendo imagens do passado: gravuras, pinturas, desenhos, etc.); fotografias (imagens de fatos menos distantes que as imagens iconográficas); vestuário (indicando os momentos sociais ou mesmo a hierarquia das classes) (MARCONI, LAKATOS, 2003, p. 182). 2.3.6 Definição da área ou população-alvo Neste item apresenta-se a delimitação do estudo, ou seja, em que área/setor/departamento a coleta de dados e/ou o estudo será realizado. Para tanto, define-se: População: “[...] são todos os membros de um grupo definido de pessoas ou itens” (PARENTE, 2003, p. 386). Amostra: “[...] é a porção de uma população predefinida” (PARENTE, 2003, p. 386). É esta porção da população que será pesquisada de fato. O tamanho da amostra irá variar dependendo do tipo de amostra e da técnica de coleta de dados utilizada na pesquisa. 26 A amostra pode ser probabilística ou não probabilística. Na amostra probabilística há como ser calculada a probabilidade de cada membro da população a ser escolhido. É considerada uma maneira mais apropriada de selecionar a amostra em uma pesquisa científica. Existem várias formas de os membros serem selecionados, dentre elas: Aleatória simples: cada membro da população possui iguais chances de ser selecionado, é como um sorteio entre os membros da população; Estratificada: trabalha com subgrupos significativos da população e, posteriormente, aplica-se a aleatória simples; Estratificada proporcional: utiliza-se de subgrupos e trabalha com percentuais, para que cada subgrupo tenha igual participação na pesquisa; Sistemática: irá selecionar os membros da população através de um sistema pré-definido. A não probabilística tem menos uso em pesquisas científicas, pois a amostra é construída sem cálculos probabilísticos, podendo ser: Intencional: o pesquisador ou um conhecedor da população orienta a escolha dos elementos que participaram da amostra; Bola de neve: a amostra vai crescendo na sequência da pesquisa, um elemento vai apresentando o outro; Por conveniência: a amostra é escolhida da forma mais conveniente para o pesquisador, mais utilizada para pré-teste. Por cotas: é intencional em cada subgrupo de elementos pesquisados. 2.4 FORMAS DE DOCUMENTAÇÃO Permitem assimilar e compreender o conteúdo por meio de registros. 2.4.1 Fichamento A utilização de fichas servirá para orientar o pesquisador, o qual deverá transcrever nas mesmas as fontes de referência assim como os dados mais relevantes da obra pesquisada, seja em forma de citação, resenha ou resumo. O objetivo do fichamento é organizar resumidamente o conteúdo, a análise, as observações e indagações sobre uma leitura. 27 As fichas devem conter os seguintes elementos: cabeçalho; corpo ou texto da ficha; local onde a obra se encontra. 2.4.2 Resumo Utiliza-se para sintetizar um texto, indicando de forma objetiva os resultados e as conclusões decorrentes do estudo, devendo-se manter a originalidade da obra pesquisa. “O resumo é a apresentação concisa e frequentemente seletiva do texto, destacando-se os elementos de maior interesse e importância, isto é, as principais ideias do autor da obra” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 68). De acordo com Marconi e Lakatos (2003, p. 69-70), resumo pode ser: Indicativo ou descritivo: indica frases curtas, porém importantes, da obra e não dispensará a leitura do texto completo para sua melhor compreensão; Informativo ou analítico: indica o conteúdo da obra de forma mais completa que o resumo descritivo, dispensando a leitura do texto original; Crítico: além de sintetizar o texto, o pesquisador emite seu julgamento sobre o mesmo. 2.4.3 Resenha A resenha envolve o resumo de determinada obra e sua crítica que, quando elaborado para publicação em revistas especializadas recebe o nome de resenha. (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 151). A NBR 6028 denomina a resenha de resumo crítico. Destaca-se que a sequência para a realização da resenha deve ser a seguinte: a) Título: diferente do título da obra; b) Referenciação da obra conforme as normas da ABNT (NBR 6023); c) Redação direta sem entre títulos, com a divisão: introdução, desenvolvimento e crítica, se evidenciando pela organização do texto. Na introdução, (entre 10% e 20% da resenha), contextualiza-se o autor, sua obra e o título desta, indicando-se a ordem cronológica com que os fatos são narrados no texto. Indica-se um parágrafo de interesse e o de transição para o resumo. No desenvolvimento (entre 60% e 70% da resenha), resume-se o conteúdo da obra, finalizando-se com um parágrafo de transição para a crítica. 28 Na crítica indicam-se as falhas e equívocos observados pelo resenhista, bem como tece-se elogios sinceros e de forma ponderada com relação à obra. (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 264). Registra-se ser vedado “[...] tentar dizer que poderia ter produzido obra melhor; não deve procurar ressaltar suas próprias qualidades às custas de quem escreveu o livro comentado; e não há lugar, numa resenha científica, para perguntas retóricas ou para sarcasmo” (BARRAS, 1979, p. 139 apud MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 264). 2.4.4 Position Paper O position paper é um artigo que contextualiza e resume determinada obra e seu autor se posiciona a respeito do tema, indicando ideias e argumentos para resolver determinado problema. É a indicação de um ponto de vista sobre o assunto estudado (MEDEIROS, 2004, p. 254), utilizando-se a mesma estrutura do artigo científico e sendo definido pela Celer Faculdades a quantidade entre 5 e 15 laudas. Para redação do paper será preciso escolher o tema e delimitá-lo. Na sequência, apresenta-se o problema e a hipótese ou resposta para o mesmo, devidamente fundamentada em fontes seguras, com a indicação do ponto de vista, o qual deverá ser comprovado, concluindo-se o paper. Ao menos uma referência bibliográfica deverá acompanhar o trabalho (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 162). . 2.4.5 Artigo científico Artigo científico é um pequeno, porém completo estudo sobre determinado tema, indicando “[...] o resultado de estudos ou pesquisas e distinguem-se dos diferentes tipos de trabalhos científicos pela sua reduzida dimensão e conteúdo” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 259). Constituem elementos obrigatórios do artigo o título, nome do autor com sua qualificação em nota de rodapé, resumo e palavras-chave em língua vernácula e estrangeira, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas. Para elaboração do artigo científico, todo o texto, incluindo título do artigo e resumos, será redigido em folha sequencial e deverá conter entre 15 e 20 laudas. Segue orientação para Artigo Científico: 29 TÍTULO DO TRABALHO Subtítulo (opcional) Autores1 Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas – FACISA CELER FACULDADES Curso de Especialização em ...... RESUMO O resumo deve ser uma apresentação concisa dos pontos relevantes do texto. Em parágrafo único contendo de 100 a 250 em espaço simples. Deverá ser em português e inglês . Abstract Palavras-chave: palavras que encerram o significado global de um contexto, ou que o explica e identifica através de elementos que têm entre si um certo parentesco ou que pertencem a um certo grupo. Preferencialmente utilizar de 3 a 5 palavraschave. INTRODUÇÃO A introdução diz respeito ao próprio conteúdo do trabalho: sua natureza, seus objetivos, sua metodologia. A introdução não pode ser dispensada, pois é parte integrante do desenvolvimento do trabalho científico. Nesta parte deve ser enfocada a relevância do assunto no sentido de esclarecer seus aspectos obscuros, bem como da contribuição desse trabalho para uma melhor compreensão do problema. Pode-se considerar como uma boa introdução o texto que apresentar os seguintes elementos: apresentação do assunto, justificativa, objetivos, questões (problemas a serem tratados no desenvolvimento), metodologia adotada para a realização do trabalho. 1 Graduado em Administração pela Celer Faculdades – Xaxim/SC. Pós-graduanda em Gestão Empresarial pela Celer Faculdades – Xaxim/SC. 30 DESENVOLVIMENTO (os títulos são livres conforme o texto tratado. Normas do Caderno Metodológico) Nesta seção o autor deve se preocupar em apresentar o trabalho resultante de sua pesquisa. Isto implica em uma apresentação clara, lógica e objetiva, sejam eles negativos ou positivos. Para a apresentação o autor poderá fazer uso de diversas ferramentas como: conter idéias de autores, dados da pesquisa (se for pesquisa de campo, colocar gráficos e tabelas auxiliares, quando houver) e interpretações. A apresentação do tema é a parte mais livre do trabalho, pois é neste momento que o autor pode argumentar e inferir determinadas conclusões. Tudo isto deve ser apresentado de forma integrada substancial, criativa e lógica. No desenvolvimento do trabalho, o autor aborda as questões ou problemas relacionados ao assunto pertinente. É apresentado de forma a distribuir o assunto em títulos e subtítulos numerados buscando atingir os objetivos propostos e já mencionados. CONSIDERAÇÕES FINAIS Consiste na parte do trabalho em que se faz o fechamento do assunto. Retoma-se o que foi apresentado na introdução e se menciona os objetivos, destacando se os mesmos foram alcançados. Deve limitar-se a um posicionamento sintetizado da argumentação desenvolvida no decorrer do desenvolvimento. Lembramos que as considerações finais devem estar todas fundamentadas nos resultados obtidos na pesquisa. Portanto, este item não deve trazer nada de novo e deve ser breve, consistente e abrangente. REFERÊNCIAS As referências são apresentadas em ordem alfabética e dentro das normas técnicas especificadas conforme as orientações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) ou de acordo com o Caderno Metodológico da Celer Faculdades. 31 3 COMO ELABORAR UM PROJETO DE PESQUISA – NBR 15287/2011 Para elaborar um projeto de pesquisa é preciso traçar um caminho eficaz que conduza ao fim que se pretende atingir. O projeto de pesquisa é uma sequência de etapas que irão dar precisão aquilo que se pretende pesquisar ou, conforme relaciona a NBR 15287/2011, “compreende uma das fases da pesquisa. É descrição de sua estrutura” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 3). Apresenta-se um roteiro para elaboração de projetos, sendo que as partes pré-textuais compreendem: capa, folha de rosto, lista de ilustrações, de tabelas, de abreviaturas e siglas e de símbolos, e sumário. Com relação aos elementos textuais, são os mesmos tratados a seguir. 3.1 TEMA É o título da pesquisa. É um assunto que se deseja provar ou desenvolver, ou seja, é o objeto de estudo dentro de uma determinada área. Deve ser escolhido a partir de observações da vida profissional, situações pessoais, experiência científica, apreciação sobre textos, entre outros. Deve-se também levar em consideração as tendências preferenciais pelo ramo do saber e a formação acadêmica do pesquisador. O pesquisador deve selecionar apenas um assunto e dentro dele escolher apenas uma particularidade, que vai ao encontro de determinado interesse e que corresponde a disponibilidade de recursos materiais e pessoais do pesquisador. Quando o pesquisador for escolher o tema deverá se perguntar: a) O assunto pode ser tratado em forma de pesquisa? b) Trará contribuições à sociedade e a ciência? c) Oferece algo novo? d) Pode ser direcionado para uma pesquisa científica? 3.2 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA (PROBLEMA/OPORTUNIDADE) O problema de uma pesquisa compreende “[...] uma questão não resolvida, é algo para o qual se vai buscar resposta, via pesquisa” (VERGARA, 2000, p. 21). 32 Problema é o marco referencial inicial de uma pesquisa e deverá ser identificado claramente. A identificação e delimitação clara do problema é o primeiro passo para o êxito na execução do trabalho. “No contexto de um projeto de prática profissional, um problema é uma situação não resolvida, mas também pode ser a identificação de oportunidades até então não percebidas pela organização” (ROESCH, 1999, p. 91). Segundo Sylvia Constant Vergara: Problema é uma questão não resolvida, é algo para o qual se vai buscar resposta, via pesquisa. Uma questão não resolvida pode estar referida a alguma lacuna epistemológica ou metodológica percebida, a alguma dúvida quanto à sustentação de uma afirmação geralmente aceita, a alguma necessidade de pôr a prova uma suposição, a interesses práticos, à vontade de compreender e explicar uma situação do cotidiano ou outras situações (VERGARA, 2000, p. 21). Nessa parte do projeto escreve-se um texto que deverá apresentar a situação problemática a ser estudada. É de suma importância verificar se o problema de pesquisa escolhido é possível de ser estudado. No final do texto apresenta-se o problema em forma de pergunta, para deixálo em destaque e para distingui-lo do tema. 3.3 HIPÓTESES A pesquisa científica inicia sempre com a colocação de um problema solucionável. A hipótese é a proposição para esta solução que pode ser declarada verdadeira ou falsa. Se o pesquisador tem um bom conhecimento do assunto ele pode apresentar hipóteses, mas se conhece pouco pode apresentar perguntas (questões de pesquisa). A hipótese é uma suposição que antecede a constatação dos fatos na tentativa de verificar a validade de resposta existente para um problema. 3.4 OBJETIVOS (PARA QUÊ?) É a determinação de uma meta que o trabalho se propõe alcançar. No caso da pesquisa, é a resposta ao problema formulado. 33 Deve ser formulado um objetivo geral e alguns objetivos específicos. O geral indica a ação de forma ampla, os específicos trabalham as ações pormenorizadas para que o objetivo geral seja alcançado. “Se o problema é uma questão a investigar, objetivo é um resultado a alcançar. O objetivo final, se alcançado, dá resposta ao problema. Objetivos intermediários são metas de cujo atingimento depende o alcance do objetivo final” (VERGARA, 2000, p. 25). Com o objetivo pretende-se fixar padrões de sucesso, orientar a fundamentação teórica e a metodologia a ser utilizada. O objetivo geral, também chamado de objetivo final, é o que se quer alcançar, normalmente, é a solução do problema. Define – usando verbos mais abrangentes – o que se vai procurar (DMITRUK, 2004, p. 127). Os objetivos específicos, também conhecidos como objetivos intermediários, são aspectos, dentro do objetivo geral, que devem ser atingidos para que o objetivo geral seja alcançado. “[...] apresentam caráter mais concreto. Têm função intermediária e instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicá-lo a situações particulares” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 219). Na elaboração dos objetivos procura-se contemplar: como, para quem, para quê, o quê, onde. Inicia-se a redação dos objetivos com verbo no infinitivo. Devese atentar para não confundir os objetivos do trabalho com os objetivos da organização ou do objeto estudado. 3.5 JUSTIFICATIVA (POR QUÊ?) É a breve narração dos fatos que envolvem a pesquisa, indicando o motivo da escolha do tema – destacando a atualidade, importância e benefício que a pesquisa trará. É a indicação do motivo pelo qual o acadêmico escolheu o assunto, apontando as divergências existentes sobre e a contribuição que o trabalho apresentará ao abordar o problema proposto. Devem ser apresentados argumentos consistentes aptos a convencerem sobre a importância do projeto. Marconi e Lakatos (2003, p. 219) orientam que a justificativa envolve a exposição de forma sucinta, porém envolvendo todos os aspectos de ordem teórica e os motivos práticos que indiquem a importância da realização da pesquisa. 34 3.6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA / FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (COM BASE EM QUÊ?) A Revisão/fundamentação/referencial teórico é a pesquisa efetuada pelo acadêmico, com respaldo em livros, artigos, revistas, meios eletrônicos, entre outros, indicando e discutindo as ideias de vários autores sobre o tema escolhido, fornecendo base conceitual sólida ao problema, correspondendo à oportunidade que o pesquisador possui de ter contato e adquirir conhecimento sobre o que já foi produzido com relação ao tema proposto. A citação das principais conclusões a que outros autores chegaram permite salientar a contribuição da pesquisa realizada, demonstrar contradições ou reafirmar comportamentos e atitudes. Tanto a confirmação, em dada comunidade, de resultados obtidos em outra sociedade quanto a enumeração das discrepâncias são de grande importância (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 225). Nesta parte do projeto é indicada a sustentação teórica existente apta a resolver o problema proposto, indicando a literatura básica já elaborada por outros autores. Segundo Vergara (2000, p. 35) esta é a parte que oferece “[...] contextualização e consistência à investigação”. Para uma revisão de literatura/fundamentação teórica completa devem ser utilizadas diversas fontes, inclusive com indicação de posicionamentos conflitantes, caso relevante par a pesquisa. Recomenda-se a leitura de obras recentes, indicando-se os diversos pensamentos a respeito do tema, através de citações diretas e indiretas, cujos autores deverão estar referenciados ao final do trabalho. Para o Curso de Direito deverá ser elaborado, neste tópico, o primeiro capítulo que integrará a monografia. 3.7 METODOLOGIA (ONDE FAZER? COMO? COM QUÊ?) A metodologia é a indicação dos procedimentos utilizados para a pesquisa (GIL, 2008, p. 182). Enumera-se as características da pesquisa através da metodologia aplicada, observando-se o objetivo do estudo direcionado. 35 Dentro da metodologia devem ser trabalhados os tópicos: método, tipo de projeto, níveis de pesquisa, delineamento da pesquisa, instrumento de coleta de dados, enfoque, definição da área ou população-alvo – delimitação do estudo, técnica de análise e interpretação dos dados. Poderá ser em tópicos ou em apenas um texto corrido. O importante é que todos os tópicos citados sejam descritos. 3.8 CRONOGRAMA (QUANDO?) É o planejamento da pesquisa, delineado de forma cronológica, dividindo-se a pesquisa em etapas e indicando qual o tempo necessário para a realização de cada uma delas. Exemplo: ATIVIDADE 2015 JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ. 3.9 ORÇAMENTO (COM QUANTO FAZER?) É a indicação das despesas decorrentes da realização da pesquisa. Os recursos necessários para que o projeto possa ser concluído. Pode ser organizado da seguinte forma: 36 Exemplo: ITEM QUANTIDADE VALOR TOTAL 3.10 ESTRUTURA PRELIMINAR DO TRABALHO Para projetos apresentados ao Curso de Direito, há que ser feita uma indicação do sumário preliminar da monografia, no próprio projeto. Isso não significa que o sumário não possa ser alterado no trabalho definitivo, mas, com base nele, ter-se-á uma visualização clara do que a pesquisa irá abordar. Deverá aparecer com a formatação utilizada para o sumário, porém sem que haja indicação do número da página, observando-se as regras para os títulos primários, secundários, terciários, etc. 3.11 REFERÊNCIAS De acordo com a NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 2), as referências são um “Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação”. As referências devem conter os elementos essenciais, ou seja, indispensáveis para que o documento possa ser utilizado, e os elementos complementares, os quais são acrescidos aos essenciais para facilitarem a caracterização dos documentos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 2). 37 4 MODELO DE APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO Conforme orienta a NBr 10719, indica-se abaixo a forma de disposição dos elementos que compõem a estrutura do relatório (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 4): Elementos Pré Textuais Elementos textuais Elementos Pós Textuais CAPA FOLHA DE ROSTO/CONTRACAPA FOLHA DE AVALIAÇÃO DE BANCA DEDICATÓRIA AGRADECIMENTO EPÍGRAFE LISTA DE ANEXOS OU APÊNDICES LISTA DE ILUSTRAÇÕES LISTA DE TABELAS LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS SUMÁRIO RESUMO 1 INTRODUÇÃO 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo geral 1.1.2 Objetivos específicos 2 EMPRESA / ORGANIZAÇÃO / AMBIENTE 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA/FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4 METODOLOGIA 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ANEXOS E/OU APÊNDICES Dentre os tópicos específicos do relatório final do estágio, destaca-se a seguir os seguintes itens: introdução; contexto da empresa/organização/ambiente; apresentação e análise dos dados; considerações finais e recomendações. Os demais itens obrigatórios no relatório são comuns aos demais trabalhos acadêmicos e podem ser analisados neste manual. O modelo abaixo segue a numeração do caderno metodológico. O Relatório deverá seguir a ordem numérica da estrutura acima. 38 4.1 INTRODUÇÃO Indica a questão central do trabalho, com a indicação do problema, dos objetivos e da justificativa. Segundo Vergara (2000, p. 20): “[...] é uma seção na qual se aguça a curiosidade do leitor, na qual se tenta ‘vender-lhe’ o projeto. A introdução deve ser curta, proporcional ao número de páginas do projeto”. O texto inicial deverá ser sucinto, porém abrangente, indicando o tema e sua contextualização. “Um tema pode suscitar vários problemas. Tem, portanto, caráter mais geral, mais abrangente do que o problema” (VERGARA, 2000, p. 23). A introdução é a primeira a aparecer no trabalho, mas a última a ser redigida. Deixando para o fim, tem-se condições de cumprir aquilo que a caracteriza e aos seus objetivos com maior facilidade. Na introdução do relatório final de estágio, além da contextualização inicial dever-se apresentar a situação problemática e a justificativa constantes no projeto, porém sem separá-los em itens. Assim essas informações devem compor um único texto, sequencial e de fácil leitura, dizendo ao leitor o que ele deve encontrar no corpo do trabalho. Após a apresentação do tema, este redigido em negrito, indica-se o contexto do mesmo seguindo para a exposição do problema, identificando o foco da pesquisa e, na sequencia, apresenta-se a justificativa. Os objetivos devem ser apresentados de forma separada como no exemplo abaixo, conforme NBR 10719-2011. 4.2 OBJETIVOS 4.2.1 Objetivo Geral 4.2.2 Objetivos específicos 4.3 CONTEXTO DA EMPRESA / ORGANIZAÇÃO / AMBIENTE Deve-se contextualizar o ambiente em que o estudo está inserido, desenvolvendo-se um histórico da empresa/organização/ambiente, etc.. Sugere-se que sejam trabalhados os seguintes assuntos: 39 a) Dados da empresa ou organização (localização, cidade, etc.); b) Histórico; c) Estrutura; d) Políticas; e) Estratégias; f) Cultura. 4.4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA/FUNDAMENTÇÃO TEÓRICA Embasamento teórico metodológico do trabalho a partir de uma revisão bibliográfica sobre o tema proposto. (Ver item 3.6) 4.5 METODOLOGIA Descrição dos métodos e técnicas utilizadas na pesquisa. (Ver item 3.7). 4.6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Os dados coletados na pesquisa são apresentados, em ordem lógica, agrupados e ordenados convenientemente, podendo vir eventualmente acompanhados de tabelas, gráficos ou figuras, com valores estatísticos para maior clareza e compreensão dos dados. Após a apresentação, os dados devem ser analisados, de forma separada ou conjugada, conforme melhor se adequar aos objetivos do trabalho (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 116). A análise poderá levar em consideração outros dados coletados anteriormente e a literatura que corrobora com o assunto. Debate-se as prováveis implicações para concordância ou não com as ideias de outros autores, fornecendo elementos para conclusões. Organize os resultados de sua pesquisa, de acordo com a sua proposta metodológica. A seguir interprete os resultados, de acordo com seus objetivos, com o intuito de subsidiar a conclusão da pesquisa. 40 4.7 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES (SE HOUVER) Indica-se de forma clara os resultados obtidos com as discussões envolvendo o tema pesquisado, bem como as conclusões dos experimentos que foram realizados no curso da pesquisa. As recomendações, se houverem, deverão ser concisas e somente se farão presentes se julgado necessário pelo pesquisador, de acordo com as conclusões a que chegou e para serem observadas/utilizadas no futuro. “Sua finalidade básica é ressaltar o alcance e as consequências dos resultados obtidos, bem como indicar o que pode ser feito para torná-los mais significativo” (GIL, 1999, p. 189). As recomendações constituem “[...] indicações, de ordem prática, de intervenções na natureza ou na sociedade, de acordo com as conclusões da pesquisa” enquanto as recomendações ou sugestões “[...] apresentam novas temáticas de pesquisa, inclusive levantando novas hipóteses, abrindo caminho a outros pesquisadores” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 232). Pode-se começar com um pequeno resumo do trabalho que foi desenvolvido durante o estágio, tendo como foco o alcance do objetivo geral, através do alcance dos objetivos específicos, com base nos dados coletados. 41 5 APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS – NBR 14724/2011 Conforme a NBR 14724, os trabalhos acadêmicos e similares são definidos como “[...] o resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto escolhido [...]. Deve ser feito sob a coordenação de um orientador” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 4). De acordo com a referida norma, são trabalhos acadêmicos trabalho de conclusão de curso – TCC, trabalho de graduação interdisciplinar – TGI, trabalho de conclusão de curso de especialização e/ou aperfeiçoamento e outros (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011, p. 4). 5.1 ESTRUTURA A estrutura dos trabalhos acadêmicos compreende elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, dispostos conforme abaixo ilustrado: Estrutura Pré-textuais Textuais Pós-textuais Elemento Capa (obrigatório) Folha de rosto (obrigatório) Folha de aprovação (obrigatório em relatório final) Dedicatória (s) (opcional) Agradecimento (s) (opcional) Epígrafe (opcional) Resumo na língua vernácula (obrigatório) Lista de ilustrações (opcional) Lista de tabelas (opcional) Lista de abreviaturas e siglas (opcional) Sumário (obrigatório) Introdução Desenvolvimento Conclusão Referências (obrigatório) Glossário (opcional) Apêndice(s) (opcional) Anexo(s) (opcional) Índice(s) (opcional) 42 Fonte: MATTOS; SOARES; FRAGA (2004, p. 55). 5.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS a) Capa: Proteção externa do trabalho e sobre a qual se imprimem as informações indispensáveis a sua identificação. É um elemento obrigatório e deve conter as seguintes informações: nome da instituição, nome do curso, nome do acadêmico, título do trabalho, nome da cidade, mês e ano. Todos os dados devem ser centralizados na folha, com espaçamento entrelinhas 1,5 e o título deverá ser escrito em negrito. 43 3 cm 12 cm 3 cm 44 b) Folha de rosto: Folha que contém os elementos essenciais à identificação do trabalho como: nome do acadêmico, título e subtítulo, este se houver, natureza do trabalho (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso), objetivo do trabalho (aprovação na disciplina ou grau pretendido), nome da instituição e área de concentração e o nome do orientador. As margens são uniformes para todos os trabalhos. 3 cm 12 cm 3 cm Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Celer Faculdades para obtenção do grau de ......... 2 cm 2 cm 3 cm 45 c) Folha de aprovação: Elemento obrigatório, colocado logo após a folha de rosto, constituído pelo nome do autor do trabalho, título do trabalho, curso e habilitação, nome da instituição a que é submetido, área de concentração, nome do coordenador do estágio, nome dos professores participantes da banca, nome, titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituição a que pertencem. A data de aprovação e assinaturas dos membros componentes da banca examinadora são colocadas após a aprovação do trabalho. 3 cm 5 cm 3 cm 12 cm Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Celer Faculdades como requisito para obtenção do grau de (bacharel em, licenciado em, especialista em, etc.) 3 cm 46 d) Dedicatória: Elemento opcional, colocado após a folha de aprovação. O texto será alinhado à direita e constará no canto inferior da página. e) Agradecimentos: Elemento opcional, colocado após a dedicatória, e direcionado aos que colaboraram com o trabalho, indicando-se o motivo da gratidão. O título “agradecimentos” será escrito em caixa alta, negrito e centralizado. O texto dos agradecimentos deverá observar a formatação geral do trabalho com relação à parágrafo, espaçamento e fonte. 47 f) Epígrafe: Elemento opcional, colocado após os agradecimentos. Podem também constar epígrafes nas folhas de abertura das seções primárias. Consiste em uma frase, pensamento ou trecho de poemas ou textos que possuam relação com o trabalho pesquisado, com indicação da autoria. Aparecerá no canto inferior da página, alinhado à direita, seguido do nome do autor, este entre parênteses. 48 g) Resumo na língua vernácula: Elemento obrigatório, conforme relaciona a NBR 6028/2003, constituído de uma sequência de frases concisas e objetivas e não de uma simples enumeração de tópicos. Indica o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do documento, usando-se sempre a voz ativa. O título “resumo” será escrito em caixa alta, negrito e centralizado e o texto será redigido em um único parágrafo, seguindo a formatação geral do trabalho. Para tese, dissertação, monografia, relatório, entre outros deve conter de 150 a 500 palavras; artigos devem conter de 100 a 250 palavras. Deve ser seguido de palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave e/ou descritores, separadas entre si por ponto final, sugerindo-se um total de três a cinco palavras. 49 h) Resumo em língua estrangeira: Elemento obrigatório, o qual deverá observar as mesmas características do resumo em língua vernácula, aparecendo na folha seguinte a este, indicando, inclusive, as palavras-chave. i) Lista de ilustrações: Elemento obrigatório caso o trabalho contenha mais de três itens, devendo ser elaborada de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página. Quando necessário, recomenda-se a elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros). O título “lista de ilustrações” será redigido em caixa alta, centralizado e negrito. 50 j) Lista de tabelas: Elemento obrigatório se o trabalho possuir mais de três itens., elaborado de acordo com a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página, seguindo a formatação utilizada para a lista de ilustrações k) Lista de abreviaturas e siglas: Elemento obrigatório sempre que o trabalho contiver mais de cinco itens. As abreviaturas e siglas devem ser ordenadas alfabeticamente e seguidas de seus respectivos significados. Quando aparecerem pela primeira vez no texto, deve-se colocar seu nome por extenso, acrescentando a abreviatura ou siglas entre parênteses. O espaçamento entrelinhas será 1,5. 51 l) Lista de símbolos: Elemento obrigatório sempre que o trabalho contiver mais de cinco itens, será elaborado de acordo com a ordem de ocorrência no texto, seguida de seu respectivo significado e utilizará a mesma formatação da lista de abreviaturas e siglas. m) Sumário: Enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede. As partes são acompanhadas do(s) respectivo(s) número (s) da (s) páginas. Só aparece no sumário os itens dos elementos textuais e pós-textuais. Título em maiúsculo, centralizado com um espaço 1,5 em branco entre o título e a introdução. Exemplo: 3 cm 1 INTRODUÇÃO 06 1.1 OBJETIVOS..................................................................... 07 1.1.1 Objetivo Geral.............................................................. 07 1.1.2 Objetivos Específicos.................................................. 07 2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA.................................. 08 2.1 HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA....... 08 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA/FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 09 3.1 ADMINISTRAÇÃO.......................................................... 09 3.1.1 Funções Administrativas........................................... 16 4 METODOLOGIA.................................................................. 19 5 APRESENTACÃO E ANÁLISE DOS DADOS................... 29 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................... 52 REFERÊNCIAS..................................................................... 68 ANEXOS E/OU APÊNDICES................................................ 74 52 5.3 ELEMENTOS TEXTUAIS São constituídos de três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e conclusão. a) Introdução: Parte inicial do texto, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho. b) Desenvolvimento: Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema e do método. c) Conclusão: Parte final do texto, na qual se apresentam correspondentes aos objetivos ou hipóteses. 5.4 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS a) Referências: São as referências dos materiais utilizados no desenvolvimento do trabalho, como: livros jornais, revistas, vídeos, entre outras. Devem ser apresentadas conforme a NBR 6023/2002. b) Glossário: Relação das palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições. É um elemento opcional, elaborado em ordem alfabética. c) Apêndice(s): Texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho. Elemento opcional. O(s) apêndice(s) são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices, quando esgotadas as 23 letras do alfabeto. Exemplo: APÊNDICE A – Avaliação numérica de células inflamatórias totais aos quatro dias de avaliação APÊNDICE B – Avaliação de células musculares presentes nas caudas em regeneração 53 d) Anexo(s): Texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Elemento opcional. O(s) anexo(s) são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação dos anexos, quando esgotadas as 23 letras do alfabeto. Exemplo: ANEXO A – Representação gráfica de contagem de células inflamatórias presentes nas caudas em regeneração – Grupo de controle I (Temperatura...) ANEXO B – Representação gráfica de contagem de células inflamatórias presentes nas caudas em regeneração – Grupo de controle II (Temperatura...) 6 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO (NBR 14724/2011) 6.1 FORMATO Os textos devem ser apresentados em papel branco, formato A4 (21cm x 29,7cm), digitados na cor preta, com exceção das ilustrações. 6.2 ESTILO E TAMANHO DA LETRA Para digitação deve-se utilizar fonte Arial, cor preta, tamanho 12 para o texto e tamanho 10 para citações diretas longas, notas de rodapé, números das páginas e legendas das ilustrações e tabelas. 6.3 MARGEM Como regra geral as folhas devem apresentar margem esquerda e superior de 3 cm, e as margens direita e inferior, 2 cm. 55 6.4 ALINHAMENTO DA MARGEM O texto deverá apresentar-se justificado, à exceção das referências, as quais serão alinhadas à esquerda. 6.5 ESPAÇAMENTO O texto deve ser digitado com espaçamento entrelinhas 1,5, à exceção das citações diretas com mais de três linhas, as notas de rodapé, as referências, as legendas das ilustrações e tabelas e a ficha catalográfica, as quais serão apresentadas em espaço simples. Nas monografias, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituição a que é submetida e a área de concentração devem ser digitados em espaço simples. As referências, ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por espaço simples em branco. Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede ou que os sucede por um espaço 1,5. O espaçamento “antes” e “depois” deverá ser igual a “zero”. 6.6 PARÁGRAFO Para o parágrafo, orienta-se a adoção da medida disponibilizada pelo padrão do editor de texto, normalmente sendo de 1,25 cm. 6.7 NOTAS DE RODAPÉ As notas devem ser digitadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço simples entrelinhas e por filete, a partir da margem esquerda. 6.8 INDICATIVOS DE SEÇÃO O indicativo numérico de uma seção precede seu título, alinhado à esquerda, separado por um espaço de caractere. Os títulos das seções primárias, por serem as principais divisões de um texto, devem iniciar em folha distinta. 56 Os indicativos de seção serão separados do texto que os sucede por um espaço entrelinhas 1,5. Da mesma forma, os títulos das subseções serão separados do texto que os precede ou sucede por um espaço entrelinhas 1,5. Títulos cuja redação ocupar mais de uma linha devem, a partir da segunda linha, estarem alinhados abaixo da primeira letra da primeira palavra do título. Os títulos devem ser destacados no texto com recursos de caixa-alta, caixa-baixa, negrito ou itálico, conforme abaixo disposto: TÍTULO 1: CAIXA-ALTA E NEGRITO TÍTULO 2: CAIXA-ALTA SEM NEGRITO Título 3: Somente a primeira letra em maiúsculo e negrito Título 4: Somente a primeira letra em maiúsculo, sem negrito Título 5: Somente a primeira letra em maiúsculo, sem negrito e itálico 1 SEÇÃO PRIMÁRIA – TÍTULO UM 1.1 SEÇÃO SECUNDÁRIA – TÍTULO DOIS 1.1.1 Seção terciária – título três 1.1.1.1 Seção quaternária – título quatro 1.1.1.1.1 Seção quinária – título cinco 6.9 TÍTULOS SEM INDICATIVO NUMÉRICO Os títulos, sem indicativo numérico, como: errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos, sumário, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s) devem ser centralizados, conforme a NBR 6024; fonte arial, tamanho 12, letra maiúscula com negrito. 6.10 ELEMENTOS SEM TÍTULO E SEM INDICATIVO NUMÉRICO Fazem parte desses elementos a folha de aprovação, a dedicatória e a epígrafe. Estes elementos não devem ser incluídos no sumário. 57 6.11 PAGINAÇÃO Todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada a partir da primeira folha da parte textual, inclusive quando houver título primário, em algarismo arábico, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior, ficando o último algarismo a 2 cm da borda direita da folha. No caso de o trabalho ser constituído de mais de um volume, deve ser mantida uma única sequência de numeração das folhas, do primeiro ao último volume. Havendo apêndice e anexo, as folhas devem ser numeradas de maneira contínua e a paginação deve dar seguimento ao texto principal. Conforme 14724/2011, inclusive quando houver título das seções primárias (TÍTULO 1) estará visível o número da página. 6.12 NUMERAÇÃO PROGRESSIVA Para evidenciar a sistematização do conteúdo do trabalho, deve-se adotar a numeração progressiva para as seções do texto. 6.13 SIGLAS Quando aparece pela primeira vez no texto, a forma completa do nome precede a sigla, colocada entre parênteses. Exemplo: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 6.14 EQUAÇÕES E FÓRMULAS Aparecem destacadas no texto, de modo a facilitar sua leitura. Na sequência normal do texto, é permitido o uso de uma entrelinha maior que comporte seus elementos (expoentes, índices e outros). Quando destacadas do parágrafo são centralizadas e, se necessário, deve-se numerá-las. Quando fragmentadas em mais de uma linha, por falta de espaço, devem ser interrompidas antes do sinal de igualdade ou depois dos sinais de adição, subtração, multiplicação e divisão. 58 Exemplo: x2 + y2 = z2 (1) (x2 + y2)/5 = n (2) 6.15 ILUSTRAÇÕES Qualquer que seja seu tipo (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros) sua identificação aparece na parte superior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos, travessão e o respectivo título e/ou legenda explicativa de forma breve e clara, dispensando consulta ao texto. Após a ilustração, na parte inferior, indica-se a fonte consultada. A ilustração deve ser inserida o mais próximo possível do trecho a que se refere, conforme o projeto gráfico. Deve ser apresentada somente com a primeira letra em maiúscula e sem negrito, com fonte tamanho 10 e espaçamento simples para os elementos indicativos do gráfico e fonte consultada, sendo que está será com a indicação do sobrenome do autor, com a primeira letra maiúscula, seguida do ano da publicação entre parênteses. Exemplo: Gráfico 1: Total geral de pessoas cadastradas no Sine e empregadas, por nível de escolarização, no período de 1999 a 2006 N.º Empregados 500 400 300 200 100 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Ano Analfabeto 4ª Série incompleto 4ª Série completo 8ª Série incompleto 8ª Série completo 2º grau incompleto 2º grau completo Superior incompleto Superior completo Fonte: Lopes (2006, p. 23). 2006 59 6.16 TABELAS As tabelas apresentam informações tratadas estatisticamente, conforme IBGE (1993), complementando-se a informação pela NBR 6022/2003. Sua identificação aparece na parte superior, precedida da palavra “tabela”, seguida de seu número de ordem de ocorrência no trabalho em algarismo arábicos. O título e/ou legenda deve ser breve e claro, dispensando consulta ao texto e à fonte, sendo somente a primeira letra em maiúscula e sem negrito. Após a tabela, na parte inferior, indica-se a fonte consultada, registrando-se o sobrenome, apenas com a primeira letra maiúscula, seguido do ano da publicação entre parênteses. O tamanho da fonte dos elementos indicativos será 10 e espaçamento simples. Exemplo: Tabela 1: Participação (%) no total de empregos formais, por gênero, segundo escolaridade, em Xaxim – Santa Catarina Escolaridade Fundam. incompleto Fundamental completo 2º grau incompleto 2º grau completo Superior incompleto Superior completo Total Fonte: Lopes (2006, p. 25). Masculino 54,40 Feminino 50,27 68,69% 14,29 19,78 10,44 1,10 0,00 100% 30,22% 1,10% Total 52,32 64,32% 14,05 16,76 17,84 0,00 1,08 100% 34,6% 1,08% 66,49% 14,17 18,26 14,17 0,54 0,54 100% 32,43% 1,08% 60 7 PLÁGIO ACADÊMICO Este texto tem o objetivo de esclarecer o que é plágio; quais os principais tipos de plágio e quais os perigos em plagiar os trabalhos acadêmicos. O plágio é caracterizado pela transcrição de um texto para outro, seja como cópia fiel, seja em linguagem própria, sem que haja a indicação da autoria. (Schneider, 1990, p. 38). Os pesquisadores devem articular as ideias dos autores pesquisados às suas próprias ideias, mas, para isto, torna-se imprescindível que sejam referenciadas as obras transcritas em suas pesquisas. Comete plágio o pesquisador que apropria-se da ideia de outro sem indicar a fonte. Segundo o professor Lécio Ramos (2006, apud INSTITUTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO SOCIAL, 2010, p. 3), podemos listar pelo menos 3 tipos de plágio: a) Integral: quando o pesquisador copia palavra por palavra um trabalho inteiro sem citar a fonte; b) Parcial: quando o trabalho é formado por cópias de frases, parágrafos de vários autores sem citar a fonte; c) Conceitual: a utilização da ideia do autor escrevendo de outra forma, porém, novamente, sem citar a fonte original. O plágio acadêmico representa o desrespeito aos direitos autorais quando o estudante retira ideias de livros, revistas, jornais, internet, etc., e não cita sua fonte. “Isso tem implicações cíveis e penais. O desconhecimento da lei não serve de desculpa, pois a lei é pública e explícita.” (INSTITUTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO SOCIAL, 2010, p. 2). A legislação trata do assunto relacionado ao plágio, ao indicar, no Código Civil: “Art. 524: a lei assegura ao proprietário o direito de usar, gozar e dispor de seus bens, e de reavê-los do poder de quem quer que, injustamente, os possua.” Por sua vez, o Código Penal relaciona como crime a violação aos direitos autorais, nos artigos 7º, 22, 24, 33, 101 a 110, 184 a 186 (direitos do Autor formulados pela Lei 9.610/1998) e 299 (falsidade COMUNICAÇÃO SOCIAL, 2010, p. 3). ideológica). (INSTITUTO DE ARTE E 61 Diante de tais ponderações, a pergunta que surge é: como evitar o plágio? “[escrevendo] com suas próprias palavras de modo a explicar todas as citações, apresentar as fontes no próprio texto, e, se necessário, incluir as citações diretas [...] à medida que o trabalho vai sendo desenvolvido.” (INSTITUTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO SOCIAL, 2010, p. 7, grifo do autor). Com o avanço tecnológico, permitindo a facilidade do famoso “copia e cola”, relacionado a publicações na internet, o cometimento do plágio ficou facilitado, porém, há que se ter sempre em mente que a legislação pátria protege a propriedade autoral a indicação de escritas sem que haja a devida referenciação é, indubitavelmente, afronta às normas legislativas. Em suma, o pesquisador não pode assinar como sua a obra de outra pessoa, sob pena de cometer crime. 62 8 NORMAS PARA ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS Segundo a NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 2), entende-se por referência o “[...] conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite a identificação individual.” Referida norma indica os elementos das referências e a forma como devem figurar no documento, complementando as informações já lançadas pelo pesquisador quando da indicação das citações diretas e indiretas. 8.1 ELEMENTOS DA REFERÊNCIA A referência é constituída de elementos essenciais e, quando necessário, acrescida de elementos complementares. Ao fazer uma referência é essencial conter os seguintes dados: o(s) autor(es); título, subtítulo (se houver); edição (a partir da 2ª); imprenta (local, editora e ano de publicação). Os dados complementares e opcionais: número de páginas e/ou volumes, coleção, caderno, suplemento, indicação de série, tomo, fascículo. Os elementos essenciais são “[...] indispensáveis à identificação do documento” enquanto os elementos complementares “São as informações que, acrescentadas aos elementos essenciais, permitem melhor caracterizar os documentos.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 2). 8.2 LOCALIZAÇÃO Nas obras, as referências pode aparecer no rodapé, no fim de texto ou de capítulo, em lista de referências ou precedendo resumos, resenhar e recensões (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 2). Para os trabalhos apresentado à Celer Faculdades, utiliza-se a indicação das referências em lista própria, indicada ao final do trabalho, em ordem alfabética. 63 8.3 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO Os elementos essenciais e complementares da referência devem ser apresentados em sequência padronizada, em ordem alfabética. As referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto e de forma a se identificar individualmente cada documento, em espaço simples e separadas entre si por espaço simples. Quando aparecerem em notas de rodapé, serão alinhadas, a partir da segunda linha da mesma referência, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente e sem espaço entre elas. O recurso tipográfico (negrito, grifo ou itálico) utilizado para destacar o elemento título deve ser uniforme em todas as referências de um mesmo documento. Isto não se aplica às obras sem indicação de autoria ou de responsabilidade, cujo elemento de entrada é o próprio título, já destacado pelo uso de letras maiúsculas na primeira palavra, com exclusão de artigos (definidos e indefinidos) e palavras monossilábicas. 8.4 TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS 8.4.1 Autor 8.4.1.1 Autor Pessoal A indicação é feita iniciando-se pelo último sobrenome do autor, em letras maiúsculas. Na sequência, após uma vírgula, indica-se os demais nomes. Caso seja utilizado o sistema de abreviatura de nomes, o mesmo padrão deve ser usado em toda a lista de referências. Em havendo mais de um autor, os nomes/sobrenomes de cada um deverão ser separados por ponto-e-vírgula. 8.4.1.1.1 Um autor ALVES, Roque de Brito. Ciência criminal. Rio de Janeiro: Forense, 1995. ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes. Fundamentos de abordagem e formação no ensino de PLE e de outras línguas. Campinas: Pontes Editores, 2011. 64 8.4.1.1.2 Dois e três autores DAMIÃO, Regina Toledo; HENRIQUES, Antonio. Curso de direito jurídico. São Paulo: Atlas, 1995. PEREZ JÚNIOR, José Hernández; OLIVEIRA, Luís Martins de. Contabilidade avançada. São Paulo: Atlas, 2002. PASSOA, L. M. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber: matemática, segunda série, 2, primeira grau: livro do professor. São Paulo: Scipione, 1995. 136 p. 8.4.1.1.3 Mais três autores Quando existirem mais de três autores, indica-se apenas o primeiro, acrescentando-se a expressão et al (e outros), redigida em itálico e sem ser precedida de qualquer sinal de pontuação após o prenome do autor. SILVA, Alcemar et al. Constituição de uma matriz de contabilidade social para o Brasil. Brasília, DF: IPEA, 1994. FAVERO, Hamilton Luiz et al. Contabilidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1997. 8.4.1.1.4 Nome com terminação de parentesco THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. 51. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010. 8.4.1.1.5 Sobrenome composto ROSSETTI-FERREIRA, Maria C.. Os fazeres na educação infantil. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2011. CASTELO BRANCO, Anísio Costa. Matemática financeira aplicada: método algébrico, HP-12C, Microsoft Excel. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cengage Learning, 2010. 65 8.4.1.1.6 Partícula precedendo o sobrenome ASSIS, Araken de. Cumprimento de sentença. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013. A partícula que faz parte do sobrenome do autor, na condição de prefixo, deverá ser incluído junto com o mesmo. DAL PRÁ, Sérgio. A organização da sociedade. São Paulo: Saraiva, 2010. 8.4.1.1.7 Obra com responsabilidade Quando houver indicação explícita de responsabilidade pelo conjunto da obra, em coletâneas de vários autores, a entrada deve ser feita pelo nome do responsável, seguida da abreviação, no singular, do tipo de participação (organizador, compilador, editor, coordenador etc.), entre parênteses. MARTINS, Eliseu (Org.). Avaliação de empresas. São Paulo: Atlas, 2000. GERALDI, Corinta Maria Grisolia; FIORENTINI, Dario; PEREIRA, Elisabete Monteiro de A. (Orgs.). Cartografias do trabalho docente: professor(a)pesquisador(a). Campinas: Mercado de Letras, 1998. MARCONDES, E; LIMA, I. N. de (Coord.). Dietas em pediatria clínica. 4. ed. São Paulo: Sarvier, 1993. MOORE, W. (Ed.). Construtivismo del movimiento educacional: soluciones. Córdoba, AR.: [s.n.], 1960. LUJAN, Roger Patron (Comp.). Um presente especial. Tradução: Sonia da Silva. 3. ed. São Paulo: Aquariana, 1993. 167 p. 8.4.1.1.8 Obra organizada em capítulos Indica-se o autor da obra e o título do capítulo por ele escrito. Após, insere-se a partícula - In -, seguida do sinal de dois pontos (:) e a indicação do organizador. 66 CASTRO, Matheus Felipe de. A orden Econômica na Constituição de 1988 e a efetivação dos Direitos Fundamentais. In: BAEZ, Narciso Leandro Xavier; LEAL, Rogério Gesta; MEZZAROBA, Orides (Coord.). Dimensões Materiais e Eficaciais dos Direitos Fundamentais. São Paulo: Conceito Editorial, 2010. 8.4.1.1.9 Indicação de tradutor, revisor, ilustrador e outro DANTE ALIGHIERI. A divina comédia. Tradução, prefácio e notas Hermâni Donato. São Paulo: Círculo do Livro. [1983]. 344 p. GOMES, Orlando. O direito de família. Atualização e notas Humberto Theodoro Júnior. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1995. 562 p. ALBERGARIA, Lino de. Cinco anos sem chover: história de Lino de Albergaria. Ilustrações Paulo Lyra. 12. ed. São Paulo: FTD, 1994. 63 p. CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos. Tradução Vera da Costa e Silva et al. 3. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1990. 8.4.1.2 Autor Entidade As obras de responsabilidade de entidade (órgãos governamentais, empresas, associações, congressos, seminários etc.) têm entrada, de modo geral, pelo seu próprio nome, por extenso. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Catálogo de teses da Universidade de São Paulo, 1992. São Paulo, 1993. 467 p. CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 10., 1979, Curitiba. Anais... Curitiba: Associação Bibliotecária do Paraná, 1979. 3 v. SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Diretrizes para a política ambiental do Estado de São Paulo. São Paulo, 1993. 35 p. BRASIL. Ministério da Justiça. Relatório de atividades. Brasília, DF, 1993. 28 p. 67 8.4.1.3 Autoria Desconhecida Em caso de autoria desconhecida, a entrada é feita pelo título, com a primeira palavra em letras maiúsculas. Se o título iniciar com monossílabo (o, as, um, etc.), deve-se iniciar a referência com o monossílabo e a palavra seguinte do título. Neste caso o título não será redigido em negrito. DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro, 1993. 64 p. A GRANDE magia do circo. São Paulo: Contrex, 1987. 8.4.2 Título e subtítulo O título e o subtítulo (se for usado) devem ser reproduzidos tal como figuram no documento, separados por dois-pontos. O título deve ser em negrito e o subtítulo sem destaque. PASTRO, Cláudio. Arte sacra. São Paulo: Loyola, 1993. PASTRO, Cláudio. Arte sacra: espaço sagrado hoje. São Paulo: Loyola, 1993. 343 p. BEUREN, Ilse Maria; BRANDÃO, Juliana Fávero. Demonstrações contábeis no Mercosul: estrutura, análise e harmonização. São Paulo: Atlas, 2001. Em títulos e subtítulos demasiadamente longos, pode-se suprimir as últimas palavras, desde que não seja alterado o sentido. A supressão deve ser indicada por reticências. ARTE de furtar... Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992. LEVI, R. Edifício Columbus..:n. 1930-33. 1997. 108 f. Plantas diversas. Originais em papel vegetal. GONSALVES, Paulo Eiró (Org.). A criança: perguntas e respostas: médicos, psicólogos, professores, técnicos, dentistas... Prefácio do Prof. Dr. Carlos da Silva. Lacaz. São Paulo: Cultrix: Ed. da USP, 1971. 68 Quando se referenciam periódicos no todo (toda a coleção), ou quando se referencia integralmente um número ou fascículo, o título deve ser sempre o primeiro elemento da referência, devendo figurar em letras maiúsculas. REVISTA BRASILEIRA DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO. São Paulo: FEBAB, 1973-1992. No caso de periódico com título genérico, incorpora-se o nome da entidade autora ou editora, que se vincula ao título por uma preposição entre colchetes. BOLETIM ESTATÍSTICO [da] Rede Ferroviária Federal. Rio de Janeiro, 1965-. Trimestral. Quando não existir título, deve-se atribuir uma palavra ou frase que identifique o conteúdo do documento, entre colchetes. SIMPÓSIO BRASILEIRO DE AQÜICULTURA, 1., 1978, Recife. [Trabalhos apresentados]. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências, 1980. ii, 412 p. 8.4.3 Edição Quando houver uma indicação de edição, esta deve ser transcrita, utilizandose abreviaturas dos numerais ordinais e da palavra edição, ambas na forma adotada na língua do documento. SCHAUM, Daniel. Schaum’s outline of theory and problems. 5th ed. New York: Schaum Publishing, 1956. 204 p. PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. 6. ed. Rio de Janeiro: L. Cristiano, 1995. 219 p. FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações técnicocientíficas. 3. ed. rev. e aum. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 1996. 69 8.4.4 Local O nome do local (cidade) de publicação deve ser indicado tal como figura no documento. ZANI, R. Beleza, saúde e bem-estar. São Paulo: Saraiva, 1995. 173 p. No caso de homônimos de cidades, acrescenta-se o nome do estado, do país etc. Viçosa, AL. Viçosa, MG. Viçosa, RJ Quando houver mais de um local para uma só editora, indica-se o primeiro ou o mais destacado. Quando a cidade não aparece no documento, mas pode ser identificada, indica-se entre colchetes. LAZZARINI NETO, Sylvio. Cria e recria. [São Paulo]: SDF Editores, 1994. 108 p. Não sendo possível determinar o local, utiliza-se a expressão sine loco (em local), abreviada, entre colchetes [S.l.]. KRIEGER, Gustavo; NOVAES, Luís Antonio; FARIA, Tales. Todos os sócios do presidente.3. ed. [S.l.]: Scritta, 1992. 195 p. 8.4.5 Editora O nome da editora deve ser indicado tal como figura no documento, abreviando-se os prenomes e suprimindo-se palavras que designam a natureza jurídica ou comercial, desde que sejam dispensáveis para identificação. 70 DAGHLIAN, Jacob. Lógica e álgebra de Boole. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995. 167 p., il. Bibliografia: p. 166-167. ISBN 85-224-1256-1. Quando houverem duas editoras, indicam-se ambas, com seus respectivos locais (cidades). Se as editores forem três ou mais, indica-se a primeira ou a que estiver em destaque. ALFONSO-GOLDFARB, Ana Maria; MAIA, Carlos A. (Coord.) História da ciência: o mapa do conhecimento. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura; São Paulo: EDUSP, 1995. 968 p. (América 500 anos, 2). Quando a editora não puder ser identificada, deve-se indicar a expressão sine nomine, abreviada, entre colchetes [s.n.]. FRANCO, I. Discursos: de outubro de 1992 a agosto de 1993. Brasília, DF: [s.n.], 1993. 107 p. Quando o local e o editor não puderem ser identificados na publicação, utilizam-se ambas as expressões, abreviadas e entre colchetes [S.l.: s.n.]. LONGO, L. Os caminhos até o paraíso.2. ed. [S.l.: s.n.], 1999. 8.4.6 Data A data de publicação deve ser indicada em algarismos arábicos. LEITE, C. B. O século do desempenho. São Paulo: LTr, 1994. 160 p. Por se tratar de elemento essencial para a referência, sempre deve ser indicada uma data, seja de publicação, distribuição, do copirraite da impressão, da apresentação (depósito) de um trabalho acadêmico, ou outra. 71 Se nenhuma data de publicação, distribuição, copirraite, impressão etc. puder ser determinada, registra-se uma data aproximada entre colchetes, conforme indicado: [1971 ou 1972] um ano ou outro [1969?] data provável [1973] data certa, não indicada no item [entre 1906 e 1912] use intervalos menores de 20 anos [ca. 1960] data aproximada [197-] década certa [197-?] década provável [18-] século certo [18-?] século provável FLORENZANO, Everton. Dicionário de idéias semelhantes. Rio de Janeiro: Ediouro, [1993]. 383 p. Nas referências de vários volumes de um documento, produzidos em um período, indicam-se as datas mais antiga e mais recente da publicação, separadas por hífen. RUCH, Gastão. História geral da civilização: da Antigüidade ao XX século. Rio de Janeiro: F. Briguiet, 1926-1940. 4 v. Em listas e catálogos, para as coleções de periódicos em curso de publicação, indica-se apenas a data inicial seguida de hífen e um espaço. GLOBO RURAL. São Paulo: Rio Gráfico, 1985-. Mensal. Os meses devem ser indicados de forma abreviada, no idioma original da publicação. 72 ALCARDE, J. C.; RODELLA, A. A. O equivalente em carbonato de cálcio dos corretivos da acidez dos solos. Scientia Agrícola, Piracicaba, v. 53, n. 2/3, p. 204210, mai./dez. 1996. Se a publicação indicar, em lugar dos meses, as estações do ano ou as divisões do ano em trimestres, semestres etc., transcrevem-se os primeiros tais como figuram no documento e abreviam-se os últimos. MANSILLA, H. C. F. La controvérsia entre universalismo y particularismo em la filosofia de la cultura. Revista Latino-americana de Filosofia, Buenos Aires, v. 24, n. 2, primavera 1998. FIGUEIREDO, E. Canadá e Antilhas: línguas populares, oralidade e literatura. Gragoatá, Niterói, n. 1, p. 127-136, 2. sem. 1996. 8.4.7 Descrição física Pode-se registrar o número da última página, folha ou coluna de cada sequência, respeitando-se a forma encontrada (letras, algarismos romanos e arábicos). Indica-se o total de páginas ou folhas, seguida da abreviatura p. (para trabalhos impressos no anverso e verso) e a abreviatura f. (para trabalhos impressos apenas no anverso). LUCCI, E. A. Viver e aprender: estudos sociais, 3: exemplar do professor. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 1994. 96, 7 p. FELIPE, Jorge Franklin Alves. Previdência social na prática forense. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1994. viii, 236 p. JAKUBOVIC, J.; LELLIS, M. Matemática na medida certa, 8 série: livro do professor. 2. ed. São Paulo: Scipione, 1994. 208, xxi p. TABAK. F. A lei como instrumento de mudança social. Fortaleza: Fundação Waldemar Alcântara, 1993. 17 f. 73 Quando o documento for publicado em mais de uma unidade física, ou seja, mais de um volume, indica-se a quantidade de volumes, seguida da abreviatura v. TOURINHO FILHO, F. C. Processo penal. 16. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 1994. 4 v. Quando se referenciarem partes de publicações, mencionam-se os números das folhas ou páginas inicial e final, precedidos da abreviatura f. ou p., ou indica-se o número do volume, precedido da abreviatura v., ou outra forma de individualizar a parte referenciada. REGO, L. L. B. O desenvolvimento cognitivo e a prontidão para a alfabetização. In: CARRARO, T. N. (Org.). Aprender pensando. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 1991. p. 31-40. TURANO, J. C.; TURANO, L. M. Fatores determinantes da oclusão em prótese total. In:______. Fundamentos de prótese total. 4. ed. São Paulo: Quintessence, 1998. cap. 13. Quando a publicação não for paginada ou a numeração de páginas for irregular, indica-se esta característica. MARQUES, M. P.; LANZELOTTE, R. G. Banco de dados e hipermídia: construindo um metamodelo para o Projeto Portinari. Rio de Janeiro: PUC, Departamento de Informática, 1993. Paginação irregular. SISTEMA de ensino Tamandaré: sargentos do Exército e da Aeronáutica. [Rio de Janeiro]: Colégio Curso Tamandaré, 1993. Não paginado. 8.4.8 Séries e coleções Após todas as indicações sobre os aspectos físicos, podem ser incluídas as notas relativas a séries e/ou coleções. Indicam-se entre parênteses, os títulos das séries e coleções, separados, por vírgula, da numeração, em algarismos arábicos, se houver: 74 ARBEX JUNIOR, J. Nacionalismo: o desafio à nova ordem pós-socialista. São Paulo: Scipione, 1993. 104 p., il., 23 cm. (História em aberto). CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. São Paulo: Ática, 1994. 95 p. (Princípios, 243). RODRIGUES, Nelson. Teatro completo. Organização geral e prefácio Sábato Magaldi. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. 1134 p. (Biblioteca luso-brasileira. Série brasileira). 8.4.9 Notas Sempre que necessário à identificação da obra devem ser incluídas notas com informações complementares, ao final da referência, sem destaque tipográfico LAURENTI, R. Mortalidade pré-natal. São Paulo: Centro Brasileiro de Classificação de Doenças, 1978. Mimeografado. MATSUDA, C. T. Cometas: do mito à ciência. São Paulo: Ícone, 1986. Resenha de: SANTOS, P. M. Cometa: divindade momentânea ou bola de gelo sujo? Ciência Hoje, São Paulo, v. 5, n. 30, p. 20, abr. 1987. 8.4.9.1 Tradução CARRUTH, Jane. A nova casa do Bebeto. Desenhos de Tony Hutchings. Tradução Ruth Rocha. São Paulo: Círculo do Livro, 1993. 21 p. Tradução de: Movinghouse. 8.5 MODELOS DE REFERÊNCIAS 8.5.1Trabalhos acadêmicos (monografia, dissertação, tese, artigo, etc.) Deverá indicar a autoria, iniciando-se pelo sobrenome e depois prenome, seguido do título do trabalho, em negrito. Na sequência, indica-se o ano da entrega, o total de páginas ou folhas, o tipo do trabalho, a área de concentração, o nome da instituição e o local, conforme exemplo abaixo. 75 PRIMO, Paula Cristina. A problemática do mundo globalizado. 2012. 102 p. Dissertação.(Mestrado em Economia). Universidade Estácio de Sá. Rio de Janeiro, 2012. 8.5.2 Obras consultadas online Além das informações relativas à referência, há que se acrescer o endereço eletrônico de onde foi retirada a informação, apresentando o mesmo entre os sinais <>, precedido da expressão “disponível em:” e indicar a data de acesso, esta precedida da informação “Acesso em:” ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.l.]: Virtual Books, 2000. Disponível em: <http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/navionegreiro.htm>. Acesso em: 10 jan. 2002. 8.5.3 Trabalhos em meio eletrônico As referências devem obedecer aos padrões indicados para partes de monografias, informações relativas à descrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.) MORFOLOGIA dos artrópodes. In: ENCICLOPÉDIA multimídia dos seres vivos. [S.l.]: Planeta DeAgostini, c1998. CD-ROM 9. 8.5.4 Publicação periódica Documentos que atendem à periodicidade, sejam diária, semanal, mensal, etc, como revistas, boletins e jornais. Utilizando-se a publicação como um todo: REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939-. 76 Utilizando-se parte da publicação periódica: DINHEIRO. São Paulo: Ed. Três, n.148, 28 jun. 2000. Utilizando-se artigo ou matéria publicada em materiais periódicos – o destaque fica por conta do nome da revista/jornal/boletim: AS 500 maiores empresas do Brasil. Conjuntura Econômica, Rio de Janeiro, v.38, n. 9, set. 1984. Edição especial. MÃO-DE-OBRA e previdência. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Rio de Janeiro; v. 7, 1983. Suplemento. COSTA. V. R. À margem da lei. Em Pauta, Rio de Janeiro, n. 12, p. 131-148, 1998. GURGEL, C. Reforma do Estado e segurança pública. Política e Administração, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, p. 15-21, set. 1997. VIEIRA, Cássio Leite; LOPES, Marcelo. A queda do cometa. Neo Interativa, Rio de Janeiro, n. 2, inverno 1994. 1 CD-ROM. SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. Net, Rio de Janeiro, nov. 1998. Seção Ponto de vista. Disponível em: <http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.htm>. Acesso em: 28 nov. 1998. 8.5.5 Evento como um todo Inclui o conjunto dos documentos reunidos num produto final do próprio evento (atas, anais, resultados, proceedings, entre outras denominações). REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20., 1997, Poços de Caldas. Química: academia, indústria, sociedade: livro de resumos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 1997. BARBOSA, Sandro de Souza; Energia eólica. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SISTEMAS ELÉTRICOS, 4., 2012, Goiânia. Anais... Campinas:Sociedade Brasileira de Automática, 2012. 77 CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997. 8.5.6 Documento jurídico Inclui legislação, jurisprudência (decisões judiciais) e doutrinas (interpretação dos textos legais). 8.5.6.1 Legislação Compreende a Constituição, as emendas constitucionais e os textos legais infraconstitucionais (lei complementar e ordinária, medida provisória, decreto em todas as suas formas, resolução do Senado Federal) e normas emanadas das entidades públicas e privadas (ato normativo, portaria, resolução, ordem de serviço, instrução normativa, comunicado, aviso, circular, decisão administrativa, entre outros). Os elementos essenciais são: jurisdição (ou cabeçalho da entidade, no caso de se tratar de normas), título, numeração, data e dados da publicação. No caso de Constituições e suas emendas, entre o nome da jurisdição e o título, acrescenta-se a palavra Constituição, seguida do ano de promulgação, entre parênteses. Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para melhor identificar o documento. 8.5.6.1.1 Constituição BRASIL. Constituição. República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF:.Senado Federal, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 6 jul. 2014. 78 8.5.6.1.2 Emenda à Constituição BRASIL. Constituição (1988). Emenda Constitucional n. 83, de 5 de agosto de 2014. Acrescenta o art. 92-A ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT. Diário Oficial da União, Brasília, DF: 6 ago. 2014. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc83.htm>. Acesso em: 5 set. 2013. 8.5.6.1.3 Lei, decreto, medida provisória, portaria BRASIL. Decreto n. 1.175, de 8 de janeiro de 1996. Dispõe sobre o procedimento administrativo de demarcação das terras indígenas e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 8 jan. 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D1775.htm>. Acesso em: 6 jul. 2013. SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998. BRASIL. Medida provisória nº 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez. 1997. Seção 1, p. 29514. 8.5.6.1.4 Resolução do Senado Federal BRASIL. Congresso. Senado. Resolução n. 13, de 25 de abril de 2012. Estabelece alíquotas do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 abr. 2012. Disponível em: <http://legis.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=264825>. Acesso em: 15 ago. 2014. 8.5.6.1.5 Código BRASIL. Código Civil. Lei n. 10406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan. 2002. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. Acesso em: 15 ago. 2014. 79 8.5.6.2 Jurisprudência (decisões judiciais) Compreende súmulas, enunciados, acórdãos, sentenças e demais decisões judiciais. Os elementos essenciais são: jurisdição e órgão judiciário competente, título (natureza da decisão ou ementa) e número, partes envolvidas (se houver), relator, local, data e dados da publicação. Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para melhor identificar o documento. 8.5.6.2.1 Súmula BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n. 736, de 26 de novembro de 2003. Compete à justiça do trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores. Diário de Justiça, Brasília, DF, 9 dez. 2003. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=736.NUME.% 20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas>. Acesso em: 25 ago. 2014. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula nº 14. In:_____. Súmulas. São Paulo: Associação dos Advogados do Brasil, 1994. p. 16. 8.5.6.2.2 Acórdão BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação de nulidade de títulos de propriedade sobre imóveis rurais situados nos sul da Bahia em reserva indígena. Relator: Ministro Luiz Fux. Ação civil originária n. 312. Decisão em 2 mai. 2012. Brasília, 2012. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28terras+tr adicionalmente+ocupadas%29&base=baseAcordaos&url=http://tinyurl.com/aehjbaa> . Acesso em 13 jul. 2013. FLORIANÓPOLIS. Tribunal Regional do Trabalho da 12. Região. Ônus da prova. Fato Constitutivo. Relatora: Mari Eleda Migliorini. RO 0000815-44.2012.5.12.0025. Decisão em 31 jul. 2014. Florianópolis, 2014. Disponível em: < http://consultas.trt12.jus.br/doe/visualizarDocumento.do?acao=doc&acordao=true&id =283608>. Acesso em 20 ago. 2013. 8.5.6.3 Doutrina Inclui toda e qualquer discussão técnica sobre questões legais (monografias, artigos de periódicos, papers etc.), referenciada conforme o tipo de publicação. 80 BARROS, Raimundo Gomes de. Ministério Público: sua legitimação frente ao Código do Consumidor. Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados, São Paulo, v. 19, n. 139, p. 53-72, ago. 1995. 8.5.6.4 Documento jurídico em meio eletrônico As referências devem obedecer aos padrões indicados para documento jurídico, acrescidas das informações relativas à descrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.). LEGISLAÇÃO brasileira: normas jurídicas federais, bibliografia brasileira de Direito. 7. ed. Brasília, DF: Senado Federal, 1999. 1 CD-ROM. Inclui resumos padronizados das normas jurídicas editadas entre janeiro de 1946 e agosto de 1999, assim como textos integrais de diversas normas. BRASIL. Regulamento dos benefícios da previdência social. In: SISLEX: Sistema de Legislação, Jurisprudência e Pareceres da Previdência e Assistência Social. [S.l.]: DATAPREV, 1999. 1 CD-ROM. 8.5.7 Imagem em movimento Inclui filmes, videocassete, DVD, entre outros. Os elementos essenciais são: título, diretor, produtor, local, produtora, data e especificação do suporte em unidades físicas. Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para melhor identificar o documento. OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade. São Paulo: CERAVI, 1983. 1 videocassete. CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Júnior. Produção: Martire de ClemontTonnerre e Arthur Cohn. Intérpretes: Fernanda Montenegro; Marília Pêra; Vinícius de Oliveira; Sônia Lira; Othon Bastos; Matheus Nachlergaele e outros. Roteiro: Marcos Bernstein, João Emanuel Cameiro e Walter Salles Júnior. [S.l.]: Le Studio Canal; Riofilme; MACT Productions, 1998. 1 bobina cinematográfica (106 min), son., color., 35 mm. 81 8.5.8 Documento iconográfico Inclui pintura, gravura, ilustração, fotografia, desenho técnico, diapositivo, diafilme, material estereográfico, transparência, cartaz entre outros. Os elementos essenciais são: autor, título (quando não existir, deve-se atribuir uma denominação ou a indicação Sem título, entre colchetes), data e especificação do suporte. Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para melhor identificar o documento. KOBAYASHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia. KOBAYASHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia, color., 16 cm x 56 cm. FRAIPONT, E. Amílcar II. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 nov. 1998. Caderno 2, Visuais. P. 02. 1 fotografia, p&b. Foto apresentada no Projeto ABRA/Coca-cola. O QUE acreditar em relação à maconha. São Paulo: CERAVI, 1985. 22 transparências, color., 25 cm x 20 cm. 8.5.9 Documento iconográfico em meio eletrônico As referências devem obedecer aos padrões indicados para documento iconográfico, acrescidas das informações relativas à descrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.). VASO.TIFF. 1999. Altura: 1083 pixel. Largura: 827 pixels. 300 dpi. 32 BIT CMYK.3.5 Mb. Formato TIFF bitmap. Compactado. Disponível em: <C:\Carol\VASO.TIFF>. Acesso em: 28 out. 1999. STOCKDALE, René. When’srecess? [2002?]. 1 fotografia, color. Disponível em: <http://www.webshots.com/g/d2202/1-nw/20255.html>. Acesso em: 13 jan. 2001. 8.5.10 Documento cartográfico Inclui atlas, mapa, globo, fotografia aérea entre outros. As referências devem obedecer aos padrões indicados para outros tipos de documentos. 82 Os elementos essenciais são: autor(es), título, local, editora, data de publicação, designação específica e escala. Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para melhor identificar o documento. ATLAS Mirador Internacional. Rio de Janeiro. Enciclopédia Britânica do Brasil, 1981. 1 atlas. Escalas variam. INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP). Regiões de governo do Estado de São Paulo. São Paulo, 1994. 1 atlas. Escala 1:2.000. BRASIL e parte da América do Sul: mapa político, escolar, rodoviário, turístico e regional. São Paulo: Michlany, 1981. 1 mapa, color., 79 cm x 95 m. Escala 1:600.000. INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP). Projeto Lins Tupã: foto aérea. São Paulo, 1986. 1 fotografia aérea. Escala 1:35.000. Fx 28, n. 15. 8.5.11 Documento cartográfico em meio eletrônico As referências devem obedecer aos padrões indicados para material cartográfico, acrescidas das informações relativas à descrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online, etc.). ESTADOS UNIDOS.National Oceanic and Amospheric Administration. 1999071318,GIF.Itajaí: UNIVALI, 199. 1 Imagem de satélite. 557 Kb. GOES-08: SE. 13 jul. 1999, 17:45Z, IR04. 1 disquete, 3 ½ pol. PERCENTAGEM de imigrantes em São Paulo, 1920. 1 mapa, color. Escala indeterminável. Neo Interativa, Rio de Janeiro, n. 2, inverno 1994. 1 CD-ROM. FLORIDA MUSEUM OF NATURAL HISTORY. 1931-2000 Brazil’s confirmed unprovoked shark attacks. Gainesville, [2000]. 1 mapa, color. Escala 1:40.000.000. Disponível em: <http://www.flmnh.unl.edu/fisk/Sharks/statistics/Gattack/map/Brazil.jpg>. Acesso em: 15 jan. 2002. 8.5.12 Documento sonoro no todo Inclui disco, CD (compactdisc), cassete, rolo, entre outros. 83 Os elementos essenciais são: compositor (es) ou intérprete (s), título, local, gravadora (ou equivalente), data e especificação do suporte. Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para melhor identificar o documento. ALCIONE. Ouro e cobre. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro. MPB especial. [Rio de Janeiro]: Globo: Movieplay, c1995. 1 CD. ALCIONE. Ouro e cobre. Direção artística: Miguel Propschi. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro (45 min), 33 1/3 rpm, estéreo., 12 pol. SILVA, Luiz Inácio Lula da. Luiz Inácio Lula da Silva: depoimento [abr. 1991]. Entrevistadores: V. Tremel e M. Garcia. São Paulo: SENAI-SP, 1991. 2 cassetes sonoros. Entrevista concedida ao Projeto Memória do SENAI-SP. 8.5.13 Documento sonoro em parte Inclui partes e faixa de documentos sonoros. Os elementos essenciais são: compositor (es), intérprete (s) da parte (ou faixa de gravação), título, seguidos da expressão In:, e da referência do documento sonoro no todo. No final da referência, deve-se informar a faixa ou outra forma de individualizar a parte referenciada. Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para melhor identificar o documento. COSTA, S.; SILVA, A. Jura secreta. Intérprete: Simone. In: SIMONE. Face a face. [S.l.]: Emi-Odeon Brasil, p1977. 1 CD. Faixa 7. GINO, A. Toque macio. Intérprete: Alcione. In: ALCIONE. Ouro e Cobre. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro. Lado A, faixa 1. GINO, A. Toque macio. Intérprete: Alcione. In: ALCIONE. Ouro e cobre. Direção artística: Miguel Propschi. São Paulo: RCA Victor, p1988. 1 disco sonoro (45 min), 33 1/3 rpm, estéreo., 12 pol. Lado A, faixa 1 (4 min 3 s). 8.5.14 Partitura Inclui partituras impressas e em suporte ou meio eletrônico. 84 Os elementos essenciais são: autor (es), título, local, editora, data, designação específica e instrumento a que se destina. BARTÓK, Bela. O mandarim maravilhoso. Wien: Universal, 1952. 1 partitura. Orquestra. 8.5.15 Partitura em meio eletrônico As referências devem obedecer aos padrões indicados para partitura, acrescidas das informações relativas à descrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online etc.). OLIVA, Marcos; MOCOTÓ, Tiago. Fervilhar: frevo. [19-?]. 1 partitura. Piano. Disponível em: <http://openlink.br.inter.net/picolino/partitur.htm>. Acesso em: 5 jan. 2002. 8.5.16 Documento tridimensional Inclui esculturas, maquetes, objetos e suas representações (fósseis, esqueletos, objetos de museu, animais empalhados, monumentos entre outros). Os elementos essenciais são: autor (es), quando for possível identificar o criador artístico do objeto, título (quando não existir, deve-se atribuir uma denominação ou a indicação Sem título, entre colchetes), data e especificação do objeto. Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para melhor identificar o documento. DUCHAMP, Macerl. Escultura para viajar. 1918. 1 escultura variável. DUCHAMP, Marcel. Escultura para viajar. 1918. 1 escultura variável, borracha colorida e cordel. Original destruído. Cópia por Richard Hamilton, feita por ocasião da retrospectiva de Duchamp na Tate Gallery (Londres) em 1966. Coleção de Artuso Schwarz. Tradução de: Sculpture for travelling. BLUE de porcelana: família rosa, decorado com buquês e guirlandas de flores sobre fundo branco, pegador de tampa em formato de fruto.[China:Companhia das Índias, 18-]. 1 bule. 85 8.5.17 Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico Inclui bases de dados, listas de discussão, BBS (site), arquivos em disco rígido, programas, conjuntos de programas e mensagens eletrônicas entre outros. MICROSOFT Project for Windows 95. Version 4.1. [S.l.]: Microsoft Corporation, 1995. 1 CD-ROM. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas.doc. Curitiba, 1998. 5 disquetes. ALLIE’S play house. Palo Alto, CA.: MPC/ Opcode Interactive, 1993. 1 CD-ROM. ÁCAROS no Estado de São Paulo. In: FUNDAÇÃO TROPICAL DE PESQUISAS E TECNOLOGIA “ANDRÉ TOSELLO”. Base de Dados Tropical. 1985. Disponível em: <http://www.bdt.fat.org.br/acaro/sp/>. Acesso em: 30 maio 2002. MICROSOFT Project for Windows 95: project planning software. Version 4.1. [S.l.]: Microsoft Corporation, 1995. 1 CD-ROM. ALLIE’S play house. Palo Alto, CA.: MPC/ Opcode Interactive, 1993. 1 CD-ROM. Windows 3.1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas.doc: normas para apresentação de trabalhos. Curitiba, 1998. 5 disquetes, 3 ½ pol. Word for Windows 7.0. SECRETARIA DE ESPORTES. Solicitação de informações. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected]> em 8 mai. 2013. 8.6 ORDENAÇÃO DAS REFERÊNCIAS As referências dos documentos citados em um trabalho devem ser ordenadas de acordo com o sistema utilizado para citação no texto, conforme NBR 10520. Os sistemas mais utilizados são: alfabético (ordem alfabética de entrada) e numérico (ordem de citação no texto). A Celer Faculdades utiliza o sistema alfabético. 86 8.6.1 Sistema alfabético Se for utilizado o sistema alfabético, as referências devem ser reunidas no final do trabalho, do artigo ou do capítulo, em uma única ordem alfabética. As chamadas no texto devem obedecer à forma adotada na referência, com relação à escolha da entrada, mas não necessariamente quanto à grafia, conforme a NBR 10520. No texto: De acordo com Ruiz (2008, p. 115), “Muito mais do que defender a possibilidade e o fato do conhecimento verdadeiro, é nosso propósito analisar e explicitar em que consiste a verdade [...]”. Se o conhecimento é insuficiente para explicar um fenômeno, surge o problema; para expressar as dificuldades do problema são formuladas hipóteses/questões; das hipóteses deduzem‐se consequências a serem testadas ou falseadas (GIL, 2008, p. 12). Nas referências: GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 8.6.1.1 Várias obras do mesmo autor FREYRE, Gilberto. Casa grande & senzala: formação da família brasileira sob regime de economia patriarcal. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1943. 2 v. ______. Sobrados e mucambos: decadência do patriarcado rural no Brasil. São Paulo: Nacional, 1936. 87 8.6.1.2 Mesma obra e mesmo autor FREYRE, Gilberto. Sobrados e mucambos: decadência do patriarcado rural no Brasil. São Paulo: Ed. Nacional, 1936. 405 p. ______.______. 2. ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1938. 410 p. 8.7 ABREVIATURA DOS MESES Janeiro – jan. Fevereiro – fev. Março – mar. Abril – abr. Maio – mai. Junho – jun. Julho – jul. Agosto – ago. Setembro – set. Outubro – out. Novembro – nov. Dezembro – dez. 88 9 CITAÇÕES Citação é a menção, no texto, de informação colhida de outra fonte. Segundo NBR 10520, citações são transcrições de uma fonte ou de parte dela, para apoiar ou documentar a interpretação do pesquisador. Também é utilizada para sustentação, esclarecimento ou ilustração de determinado assunto (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002, p. 1-2). Pode-se também definir citação como sendo a transcrição de elementos colhidos de uma obra, a qual deverá estar devidamente identificada, para fins de esclarecimento, sustentação ou ilustração do assunto. A citação deve seguir as características do texto original. As citações podem ser pessoais, diretas ou indiretas e devidamente identificadas através do chamado sistema numérico ou autor-data. A Celer Faculdades utiliza o sistema autor-data. 9.1 SISTEMA DE CHAMADA As citações devem ser indicadas no texto por um sistema de chamada: numérico ou autor-data. Qualquer que seja o método adotado, deve ser seguido consistentemente ao longo de todo o trabalho, permitindo sua correlação na lista de referências ou em notas de rodapé. Quando o(s) nome(s) do(s) autor(es), instituição(ões) responsável(eis) estiver(em) incluído(s) na sentença, indica-se a data, entre parênteses, acrescida da(s) página(s), se a citação for direta. 9.1.1 Sistema numérico Neste sistema, a indicação da fonte é feita por uma numeração única e consecutiva, em algarismos arábicos, remetendo à lista de referências ao final do trabalho, do capítulo ou da parte, na mesma ordem em que aparecem no texto. Não se inicia a numeração das citações a cada página. O sistema numérico não deve ser utilizado quando há notas de rodapé. 89 A indicação da numeração pode ser feita entre parênteses, alinhada ao texto, ou situada pouco acima da linha do texto em expoente à linha do mesmo, após a pontuação que fecha a citação. Exemplo: A chamada “pandectística havia sido a forma particular pela qual o direito romano fora integrado no século XIX na Alemanha em particular”.1 ___________ 1 LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História. São Paulo: Max Limonad, 2000, p. 225 9.1.2 Sistema autor-data Este sistema é o adotado para o desenvolvimento dos trabalhos pela Celer Faculdades. Neste sistema, a indicação da fonte é feita: a) pelo sobrenome de cada autor ou pelo nome de cada entidade responsável até o primeiro sinal de pontuação, seguido(s) da data de publicação do documento e da(s) página(s) da citação, no caso de citação direta, separados por vírgula e entre parênteses. Exemplos: No texto: A chamada “pandectística havia sido a forma particular pela qual o direito romano fora integrado no século XIX na Alemanha em particular” (LOPES, 2000, p. 225). Na lista de referências: LOPES, José Reinaldo de Lima. O Direito na História. São Paulo: Max Limonad, 2000. 90 No texto: Bobbio (1995, p. 30) com muita propriedade nos lembra, ao comentar esta situação, que os “juristas medievais justificaram formalmente a validade do direito romano ponderando que este era o direito do Império Romano que tinha sido reconstituído por Carlos Magno com o nome de Sacro Império Romano.” Na lista de referências: BOBBIO, Norberto. O positivismo jurídico: lições de Filosofia do Direito. São Paulo: Ícone, 1995. No texto: De fato, semelhante equacionamento do problema conteria o risco de se considerar a literatura meramente como uma fonte a mais de conteúdos já previamente disponíveis, em outros lugares, para a teologia (JOSSUA; METZ, 1976, p. 3). Na lista de referências: JOSSUA, Jean Pierre; METZ, Johann Baptist. Editorial: Teologia e Literatura. Comcilium, Petrópolis, v. 115, n. 5, p. 2-5, 1976. No texto: Para Marconi e Lakatos (2003, p. 97-98), o método hipotético-dedutivo defende o aparecimento, em primeiro lugar, do problema que será testado pela observação e experimentação. Na lista de referências: MARCONI, Marina; LAKATOS, Eva M. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. No texto: “Comunidade tem que poder ser intercambiada em qualquer circunstância, sem quaisquer restrições estatais, pelas moedas dos outros Estados-membros” (COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS, 1992, p. 34). Na lista de referências COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS. A união européia. Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Européias, 1992. 91 No texto: O mecanismo proposto para viabilizar esta concepção é o chamando Contrato de Gestão, que conduziria à captação de recursos privados como forma de reduzir os investimentos públicos no ensino superior (BRASIL, 1995). Na lista de referências: BRASIL. Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado. Plano diretor da reforma do aparelho do Estado. Brasília, DF, 1995. Ordena-se pela primeira palavra do título seguida de reticências, no caso das obras sem indicação de autoria ou responsabilidade, seguida da data de publicação do documento e da(s) página(s) da citação, no caso de citação direta, separados por vírgula e entre parênteses; Exemplos: No texto: “As IES implementação mecanismos democráticos, legítimos e transparentes de avaliação sistemática das suas atividades, levando em conta seus objetivos institucionais e seus compromissos para com a sociedade” (ANTEPROJETO..., 1987, p. 55). Na lista de referências: ANTEPROJETO de lei. Estudos e Debates. Brasília, DF, n. 13. p. 51-60, jan. 1987. a) se o título iniciar por artigo (definido ou indefinido), ou monossílabo, este deve ser incluído na indicação da fonte. Exemplos: No texto: E eles disseram “globalização”, e soubemos que era assim que chamavam a ordem absurda em que dinheiro é a única pátria à qual se serve e as fronteiras se diluem, não pela fraternidade, mas pelo sangramento que engorda poderosos sem nacionalidade (A FLOR..., 1995, p. 4). Na lista de referências: A FLOR Prometida. Folha de S. Paulo, São Paulo, p. 4, 2 abr. 1995. 92 Quando houver coincidência de sobrenomes de autores, acrescentam-se as inicias de seus prenomes: se mesmo assim existir coincidência, colocam-se os prenomes por extenso. Exemplos: (BARBOSA, C., 1958) (BARBOSA, Cássio, 1965) (BARBOSA, O., 1959) (BARBOSA, Celso, 1965) As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados num mesmo ano, são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem alfabética, após a data e sem espacejamento, conforme a lista de referências. Exemplos: De acordo com Reeside (1927a) (REESIDE, 1927b) As citações indiretas de diversos documentos de vários autores, mencionados simultaneamente, devem ser separadas por ponto-e-vírgula, em ordem alfabética. Exemplos: Ela polariza e encaminha, sob a forma de “demanda coletiva”, as necessidades de todos (FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997). Diversos autores salientam a importância do “acontecimento desencadeador” no início de um processo de aprendizagem (CROSS, 1984; KNOX, 1986; MEZIROW, 1991). 93 9.2 NOTAS DE RODAPÉ Deve-se utilizar o sistema autor-data para as citações no texto e o numérico para notas explicativas. As notas de rodapé devem ser alinhadas, a partir da segunda linha da mesma nota, abaixa da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente e sem espaço entre elas e com fonte menor. A numeração das notas explicativas é feita em algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte. Não se inicia a numeração a cada página. Exemplos: No texto: O comportamento liminar correspondente à adolescência vem se constituindo numa das conquistas universais, como está, por exemplo, expresso no Estatuo da Criança e do Adolescente.1 No rodapé da página: _________________ 1 Se a tendência à universalização das representações sobre a periodização dos ciclos de vida desrespeita a especificidade dos valores culturais de vários grupos, ela é condição para a constituição de adesões e grupos de pressão integrados à moralização de tais formas de inserção de crianças e de jovens. No texto: Os pais estão sempre confrontados diante das duas alternativas: vinculação escolar ou vinculação profissional.4 No rodapé da página: _________________ 4 Sobre essa opção dramática, ver também Morice (1996, p. 269-290). 9.2.1 Notas de referência Quando da utilização do sistema numérico, a numeração é feita por algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte. Não se inicia a numeração a cada página. A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua referência completa. 94 As subsequentes citações da mesma obra e que figuram na mesma página podem ser referenciadas de forma abreviada, utilizando as seguintes expressões, inteiras ou abreviadas: a) Idem – mesmo autor – Id.; _________________ 8 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1989, p. 9. Id., 2000, p. 19. 9 b) Ibidem – na mesma obra – Ibid.; _________________ 3 DURKHEIM, 1925, p. 176. Ibid., p. 190. 4 c) Opus citatum, opere citato – obra citada – op. cit: _________________ 8 ADORNO, 1996, p. 38. GARLAND, 1990, p. 42-43. 10 ADORNO, op. cit., p. 40. 9 d) Passim – aqui e ali, em diversas passagens – passim; _________________ 5 RIBEIRO, 1997, passim. e) Loco citato – no lugar citado – loc. cit.; _________________ 4 5 TOMASELLI; PORTER, 1992, p. 33-46. TOMASELLI; PORTER, loc. cit. f) Confira, confronte – Cf.; _________________ 3 Cf. CALDEIRA, 1992. g) Sequentia – seguinte ou que se segue – et seq.; _________________ 7 FOUCAULT, 1994, p. 17 et seq. 95 9.3 CITAÇÃO PESSOAL São as ideias do próprio autor do trabalho, elaboradas por ele, não necessitando de qualquer indicativo de referência. 9.4 CITAÇÃO DIRETA É a transcrição exata (literal) do texto elaborado por outra pessoa ou de parte dele. A citação deverá manter-se fiel ao texto original, inclusive no que se refere à grafia (ainda que incorreta), sistema de pontuação utilizado, indicação de letras maiúsculas e minúsculas bem como o idioma. As citações podem ser diretas curtas ou diretas longas e deverão figurar no texto de acordo com tais características, sempre indicando as referências da obra consultada, as quais obrigatoriamente deverão conter: a) Sobrenome do autor; b) Ano da publicação; c) Página da fonte consultada. 9.4.1 Citação direta curta É a citação que possui até três linhas. Será transcrita no corpo do trabalho e destacada entre aspas, as quais permitem visualizar o início e o fim do texto transcrito. Mantém-se a mesma formatação utilizada no restante do texto, ou seja: a) Tamanho de fonte 12; b) Espaçamento entre linhas 1,5; c) A indicação relacionada à obra consultada poderá figurar no início ou final da citação, conforme exemplos abaixo. Exemplo 1: Dentro desta linha de pensamento, convém enfatizar que “Apesar da necessidade de que a leitura seja sempre proveitosa, existem várias maneiras e objetivos para quem pretende lidar com um texto.” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 21). 96 Exemplo 2: Para Marconi e Lakatos (2003, p. 21), “Apesar da necessidade de que a leitura seja sempre proveitosa, existem várias maneiras e objetivos para quem pretende lidar com um texto.” Se o texto original contiver aspas, a citação deverá efetuar tal indicação mediante o uso de apóstrofo ou aspas simples, em substituição às aspas duplas que indicam a citação no trabalho. Exemplo: “Os estudos de caso têm por objetivo ‘aprofundar’ a descrição de determinada realidade.” (TRIVIÑOS, 1987, p. 110). 9.4.2 Citação direta longa É a citação que possui mais de três linhas. Será transcrita de forma destacada do texto, nos seguintes moldes: a) Tamanho de fonte 10; b) Espaçamento entrelinhas simples ou 1; c) Recuo de 4 cm da margem esquerda; d) Não se utilizam aspas – a não ser que façam parte do texto citado; e) A referência do autor do texto deverá figurar, preferencialmente, ao final da citação; f) A citação deverá estar separada do restante do texto – antes e depois da citação - por um espaço equivalente a “uma linha em branco”, cujo espaçamento da mesma deverá ser 1,5. 97 Exemplo: Em conformidade com a questão proposta, relata-se a importante contribuição de Marilena Chaui: Na frase: ‘Imagine se tivesse sido assim!’, ou em outra como: Imagina o que ela vai dizer!, a imaginação é tomada como uma espécie de suposição sobre coisas futuras, uma espécie de previsão ou de alerta sobre o que poderá ou poderia acontecer como conseqüência de outros acontecimentos. [...] A imaginação surge, assim, como algo impreciso, situada entre dois tipos de invenção – criação inteligente e inovadora, de um lado, exagero, invencionice, mentira, de outro. No primeiro caso ela faz aparecer o que não existe. O segundo caso, ela é incapaz de reproduzir o existente ou o acontecido. Com isso, nossas frases cotidianas apontam os dois principais sentidos da imaginação: criadora e reprodutora. (CHAUI, 1994, p. 131). 9.4.3 Citação direta com supressão de palavras Podem ser feitas omissões de palavras, desde que mantido o sentido original do texto. Referidas omissões poderão se dar no início, meio ou final da frase e a parte omitida deverá ser substituída por reticências entres colchetes. Exemplo 1: Nessa sistemática é importante mencionar que embora “[...] a leitura seja sempre proveitosa, existem várias maneiras e objetivos para quem pretende lidar com um texto.” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 21). Exemplo 2: Nessa sistemática é importante mencionar, com relação à leitura, que “Apesar da necessidade de que [...] seja sempre proveitosa, existem várias maneiras e objetivos para quem pretende lidar com um texto.” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 21). 98 9.4.4 Citação direta com acréscimo de palavras Caso haja necessidade de acrescentar palavras ou comentários à citação, para melhor esclarecer a mesma – acréscimos estes cujas palavras são introduzidas à citação pelo autor do trabalho - referidos acréscimos deverão estar destacados entre colchetes. Exemplo: Durante o preparo e administração dos medicamentos, procure não conversar nem se distrair. Tenha sempre em mente que a você foi confiada uma tarefa da mais alta responsabilidade e procure conferir atentamente os cinco “certos” da administração de medicamentos [medicação certa, dose certa, via certa, hora certa e paciente certo]. (GIOVANI, 2012, p. 129) 9.4.5 Citação direta que apresente erro ortográfico ou de impressão Nos casos em que a obra/texto consultado apresentar erro de grafia ou de impressão, a citação deverá manter-se fiel, porém, com a indicação da expressão sic (seguindo informações coletadas) - com grafia em itálico - entre parênteses ao lado da palavra que apresente o erro. Exemplo: Para Marconi e Lakatos (2003, p. 21), “Apesar da necezidade (sic) de que a leitura seja sempre proveitosa, existem várias maneiras e objetivos para quem pretende lidar com um texto.” 9.4.6 Citação direta com destaque no texto As palavras ou expressões enfatizadas no texto poderão ser destacadas em negrito, itálico ou sublinhadas. A opção por uma das alternativas deverá ser seguida até o final do trabalho, observando-se: a) Se o destaque constar no documento pesquisado, indica-se a expressão: grifo do autor; 99 b) Se o destaque for colocado na citação pelo próprio pesquisador, indica-se a expressão: grifo nosso; c) Referidas expressões deverão figurar sempre no plural, mesmo que exista mais de uma ocorrência em destaque ou mesmo que existam mais de um autor ou pesquisador. Exemplo 1: Para Marconi e Lakatos (2003, p. 21), “Apesar da necessidade de que a leitura seja sempre proveitosa, existem várias maneiras e objetivos para quem pretende lidar com um texto.” (grifo nosso). Exemplo 2: “Apesar da necessidade de que a leitura seja sempre proveitosa, existem várias maneiras e objetivos para quem pretende lidar com um texto.” (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 21, grifo nosso). 9.4.7 Citação direta com texto traduzido pelo autor do trabalho Quando a citação incluir texto traduzido pelo autor, deve-se incluir, após a chamada da citação, a expressão tradução nossa, entre parênteses. “Ao fazê-lo pode estar envolto em culpa, perversão, ódio de si mesmo [...] pode julgar-se pecador e identificar-se com seu pecado” (RAHNER, 1962, v. 4, p. 463, tradução nossa). 9.5 CITAÇÃO INDIRETA É citação de uma obra, porém não de forma literal. Será indicada de forma resumida pelo próprio pesquisador, o qual irá redigir a citação com suas próprias palavras, porém mantendo a ideia do autor/autores da obra pesquisada. A citação indireta, da mesma forma que as citações diretas, deverá indicar em seu corpo: 100 a) Sobrenome do autor; b) Ano da publicação da obra; c) Página da fonte consultada Para a citação indireta não se utilizam os recursos de aspas e recuo do texto, sendo tais mecanismos utilizados somente nas citações diretas. Exemplo: Se os físicos newtonianos soubessem como Einstein de que a luz tem peso e sua energia depende da frequência de suas partículas, então, teriam descoberto o princípio que dá origem às cores (CALDER, 1994, p. 87). 9.5.1 Citação da citação É a menção de um documento ao qual se teve acesso por via indireta. Deve ser usada somente quando é impossível a leitura do documento original. A indicação da citação de citação deverá observar as regras das citações curta ou longa, conforme o caso, observando-se a seguinte sequencia: a) Sobrenome do autor original; b) Ano de publicação da obra original; c) Página contendo o texto na obra original; d) Inclui-se a expressão apud (citado por) – com o recurso itálico; e) Sobrenome do autor da obra consultada; f) Ano de publicação da obra consultada; g) Página contendo o texto citado na obra consultada. Exemplos: Segundo Brandão e Duarte (1995, p. 30) apud Oliveira (1998, p.106), “[...] os jovens americanos depois da Segunda Guerra Mundial, apesar do progresso industrial, permaneceram com valores arcaicos e preconceituosos, gerando insatisfação, principalmente na classe média.” 101 “[...] os jovens americanos depois da Segunda Guerra Mundial, apesar do progresso industrial, permaneceram com valores arcaicos e preconceituosos, gerando insatisfação, principalmente na classe média.” (BRANDÃO; DUARTE, 1995, p. 30 apud OLIVEIRA, 1998, p.106). A citação da citação também pode estar na forma direta ou indireta. A que se apresenta acima é uma citação da citação na forma direta. Atenção: É importante lembrar que na lista de referências, que vai ao final do trabalho, deverá ser indicada a obra consultada, ou seja, a obra a que o pesquisador teve acesso. No exemplo anterior, a referência que irá constar ao final do trabalho será Oliveira. 9.6 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO Nas citações, as chamadas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou título incluído na sentença devem ser em letras maiúsculas e minúsculas e, quando estiverem entre parênteses, devem ser em letras maiúsculas. Exemplo 1: A ironia seria assim uma forma implícita de heterogeneidade mostrada, conforme a classificação proposta por Authier-Reiriz (1982, p. 87). Exemplo 2: “Apesar das aparências, a desconstrução do logocentrismo não é uma psicanálise da filosofia [...].” (DERRIDA, 1967, p. 293). Exemplo 3: A produção de lítio começa em Searles Lake, Califórnia, em 1928 (MUMFORD, 1949, p. 513). 102 Exemplo 4: “O controle gerencial é o processo pelo qual os executivos influenciam outros membros da organização, para que obedeçam às estratégias adaptadas” (ANTHONY; GOVINDARAJAN, 2001, p. 34). Exemplo 5: Meyer parte de uma passagem da crônica de “14 de maio”, de A Semana: “Houve sol, e grande sol, naquele domingo de 1888, em que o Senado votou a lei, que a regente sancionou [...]" (ASSIS, 1994, v. 3, p. 583). 103 REFERÊNCIAS ANGROSINO, Michael. Etnografia e observação participante. Tradução José Fonseca. Porto Alegre: Artmed, 2009. ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro: 2005. ______. NBR 15287: informação e documentação: projeto de pesquisa: apresentação. Rio de Janeiro: 2005. ______. NBR 6028: informação e documentação: resumo: apresentação. Rio de Janeiro: 2003. ______. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro: 2003. ______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro: 2002. ______. NBR 6023: informação e documentação: referências: apresentação. Rio de Janeiro: 2002. ______NBR 15287: informação e documentação: projeto de pesquisa: apresentação. Rio de Janeiro: 2011. ______. NBR 10719: informação e documentação: referências: relatório técnico e/ou científico: apresentação. Rio de Janeiro: 2011. BARROS, Aidil de Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de Pesquisa: Propostas metodológicas. 13. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2002. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. DMITRUK, Hilda (Org.). Cadernos metodológicos: diretrizes do trabalho científico. Chapecó: Argos, 2004. FARIA, Sergio Enrique. Resenha Crítica: como elaborar. [S.l.]. [20--]. Disponível em: <http://sergioenriquefaria.blogspot.com.br/p/resenha-e-paper-como-fazer.htm>. Acesso em: 30 nov. 2014. FERRI, Cássia; LEAL, Elisabeth Juchem Machado; HOSTINS, Regina Célia Linhares. Pesquisa na universidade: elaboração de projetos e relatórios. 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