Transcrição da Teleconferência
Resultados do 1T12
BR Brokers (BBRK3 BZ)
15 de maio de 2012
Operadora:
Bom dia, senhoras e senhores, e obrigada por aguardarem. Sejam bem vindos à teleconferência da
Brasil Brokers para apresentação dos resultados do 1T12.
Informamos a todos os participantes que esta teleconferência e os slides estão sendo transmitidos
pela Internet através do site www.brbrokers.com.br/ri, e que a apresentação está disponível para
download na sessão ‘Relações com Investidores’.
Informamos também que os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a
apresentação da Empresa, e, em seguida iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando
maiores instruções serão fornecidas. Caso algum dos senhores necessite de alguma assistência
durante a conferência, queira, por favor, solicitar a ajuda de um operador, digitando *0.
Gostaríamos de informar que perguntas só poderão ser feitas através do telefone. Caso você esteja
conectado pelo webcast, sua pergunta deverá ser enviada diretamente para a equipe de RI, pelo
email [email protected].
Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas
durante esta teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Companhia, projeções e
metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Brasil
Brokers, bem como informações atualmente disponíveis para a Companhia. Considerações futuras
não são garantia de desempenho, envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a
eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. As condições
econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais podem afetar os resultados
futuros da Empresa e podem conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos
em tais considerações futuras.
Gostaria agora de passar a palavra ao Sr. Sergio Freire, Diretor Presidente e Financeiro e Controller.
Por favor, Sr. Sergio, pode prosseguir.
Sergio Freire:
Boa tarde a todos. Iniciamos agora a teleconferência sobre os resultados da Brasil Brokers no 1T12.
O 1T12 apresentou uma forte redução no volume de lançamentos. Foram R$3,2 bilhões de VGV
lançado no 1T, resultando em uma redução de 40% em relação ao mesmo período do ano passado.
O elevado número de lançamentos ocorridos ao longo do ano passado resultou em um aumento
significativo no estoque disponível para venda, obrigando a uma desaceleração no ritmo de
lançamentos para uma melhor acomodação desse estoque já lançado.
Iniciamos o ano com um volume total de estoque a que temos acesso em torno de R$25 bilhões, o
que representa aproximadamente 18 meses de nossas vendas.
Apesar do menor volume de lançamentos, atingimos no 1T12 R$4 bilhões em vendas contratadas,
mantendo o mesmo patamar realizado no 1T11, o que demonstra uma resiliência do nosso negócio
também em um contexto de forte desaceleração de lançamentos. Isso foi possível pelo
redirecionamento da nossa força de vendas para as unidades em estoque, resultando em uma maior
venda de imóveis que haviam sido lançados nos trimestres anteriores.
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Transcrição da Teleconferência
Resultados do 1T12
BR Brokers (BBRK3 BZ)
15 de maio de 2012
É importante ressaltar que, acompanhando a retração dos principais incorporadores a seus
mercados de origem, continuamos a crescer de forma consistente nos mercados mais relevantes do
país, que são as regiões de São Paulo e do Rio de Janeiro, que juntas representaram 75% de todas
as nossas vendas contratadas no período.
Anunciamos duas novas aquisições no trimestre, que ainda não tiveram seus números consolidados
nos resultados do 1T12 aqui apresentados. Para essas aquisições, estimamos vendas contratadas
anuais de R$450 milhões.
Continuamos na procura por boas oportunidades de crescimento via aquisições, porém sempre
mantendo a disciplina nas análises e assunções de risco fundamentais para o sucesso desse
processo. No momento estamos em negociações com quatro Companhias, sendo que em duas
delas já possuímos memorandos de entendimentos assinados.
Em relação ao acordo para originação de financiamentos imobiliários celebrado com o HSBC, neste
1T foram aprovados R$112 milhões e faturados R$76 milhões.
Iniciando agora a nossa apresentação, na página quatro apresentamos um resumo dos números
atuais da Companhia.
A Brasil Brokers possui 27 subsidiárias, com operações em 15 estados mais o Distrito Federal, e
conta com uma força de vendas de 17.077 corretores, distribuídos por 1.152 pontos de venda, nas
cinco regiões do País. Estes números ainda não consideram as empresas adquiridas Bamberg e
Miranda.
No próximo slide, apresentamos os destaques da Companhia no 1T12. Foram R$3,2 bilhões de VGV
lançados no 1T. Nossas vendas contratadas totais alcançaram R$4 bilhões neste trimestre, um
crescimento de 1% em relação ao 1T11.
As vendas contratadas cresceram 15% no Rio de Janeiro e 13% em São Paulo, quando comparadas
ao 1T11. Como já mencionado, estes mercados representaram 75% de nossas vendas contratadas
no período.
No mercado primário, os Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo obtiveram um crescimento de
vendas contratadas no 1T12 em relação ao 1T11 de 28% e 10%, respectivamente. Obtivemos um
crescimento de 86% nas vendas contratadas do mercado secundário de São Paulo em relação ao
1T11.
No próximo slide, seguimos com os destaques da Companhia no 1T12. A receita líquida foi de
R$89,2 milhões no trimestre, um aumento de 6% quando comparada aos $84,2 milhões do 1T11. O
EBITDA do 1T12 foi de R$24,8 milhões, registrando uma margem EBITDA de 28%. O lucro líquido
do 1T foi de R$16,6 milhões, atingindo margem líquida de 19%
Adquirimos mais duas novas imobiliárias no 1T12, projetando um VGV adicional estimado em R$450
milhões para este mesmo ano. A geração de caixa operacional do 1T12 foi de R$33,4 milhões.
Gostaria agora de passar a palavra ao Julio Pina, que apresentará os destaques operacionais da
companhia.
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Julio Pina:
Obrigado, Sergio, bom dia a todos. A apresentação dos destaques operacionais deste 1T12 como
sempre está dividida em dois blocos: um primeiro bloco de informações sobre o mercado primário,
que é o mercado de lançamentos imobiliários, e um segundo bloco de informações sobre o mercado
secundário, que envolve a venda de imóveis prontos.
Na próxima página, vemos o nosso desempenho em VGV lançado no mercado primário nesse 1T12,
que totalizou R$3,2 bilhões, contra R$5,3 bilhões no 1T11, representando uma redução de 40%. Em
unidades, lançamos 11.744 unidades, ou seja, 45% menos que no mesmo período do ano passado.
Esta redução refletiu o movimento de ajuste de estoques que ocorreu nesse 1T, tendo em vista o
grande número de lançamentos realizados no final do ano passado, conforme comentado pelo
Sergio agora em sua abertura.
Na próxima página, vamos falar de nosso desempenho em vendas contratadas totais, incluindo os
mercados primário e secundário. Em termos de VGV contratado, alcançamos R$4,045 bilhões no
1T12, registrando um crescimento de 1% sobre os R$4,015 bilhões no mesmo trimestre de 2011. Em
unidades contratadas, alcançamos 14.421 unidades no 1T12, contra 16.735 unidades do 1T11,
representando uma redução de 14%.
Na próxima página, de número dez, veremos agora o nosso desempenho de vendas contratadas
especificamente no mercado primário. Apesar da queda que observamos em nosso volume de
lançamentos nesse 1T12, em valor de vendas nós alcançamos R$3,4 bilhões, contra R$3,3 bilhões
no 1T11, um crescimento de 3%, demonstrando o nosso desempenho positivo nas vendas de
estoques. Em unidades vendidas, comparando-se 1T12 com o 1T11, registramos uma redução de
14%.
Na próxima página, vemos ainda em vendas contratadas no mercado primário, agora por região
geográfica, comparando-se o 1T12 com o 1T11, um crescimento no Estado de São Paulo de 10% e
de 28% no Estado do Rio de Janeiro, os dois mercados mais relevantes do País.
Para se ter uma ideia de nossa penetração no principal mercado do País, que é o mercado da região
metropolitana de São Paulo, segundo os dados publicados pela Embraesp, nós alcançamos neste
1T12 um market share de 32% no total de lançamentos ocorridos neste mercado. No mesmo
trimestre de 2011, obtivemos 25% de market share, o que significa que conquistamos 7 p.p. de share
na região metropolitana de São Paulo neste período. Nos demais estados do País, apresentamos
uma redução de 22% nas vendas, refletindo principalmente a forte redução dos lançamentos nessas
praças.
Na próxima página, ainda no mercado primário, mas agora por segmento de renda, comparando-se
1T12 contra 1T11, gostaria de destacar o crescimento da participação no total de nossas vendas de
imóveis com valor entre R$150 mil e R$650 mil, saindo de 66% no 1T11 para 71% no 1T12. Isso
demonstra a continuidade do nosso processo de crescimento nos segmentos médio e médio-alto.
Na página 13, vamos agora falar do mercado secundário, de revenda de imóveis prontos, um de
nossos principais focos estratégicos de crescimento. Em termos de vendas contratadas, alcançamos
neste 1T12 R$652 milhões, contra R$624 milhões no 1T11, representando um crescimento de 4% no
período.
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Resultados do 1T12
BR Brokers (BBRK3 BZ)
15 de maio de 2012
Em termos de unidades vendidas, comercializamos 1.848 unidades, que se comparado ao mesmo
período do ano anterior, representou uma redução de 15% sobre as 2.175 unidades vendidas no
1T11. Esse efeito é resultado de nossa estratégia de elevarmos nossa participação no segmento
médio-alto e alto do mercado secundário. Com isso, nosso ticket médio cresceu 23% no período.
Na próxima página, ainda no mercado secundário, gostaria de destacar o expressivo crescimento de
nossas vendas no mercado de São Paulo, fruto de nossa estratégia de aumento de participação no
maior mercado do País no segmento de imóveis prontos ou usados. Ao compararmos o 1T12 com o
1T11, alcançamos um crescimento de 86% nas vendas contratadas. Nos outros estados do País,
apresentamos uma pequena redução de 6% no Rio de Janeiro e de 13 % nos demais estados.
Na próxima página, ainda com relação ao mercado secundário, nós gostaríamos agora de mostrar a
evolução de outros indicadores operacionais que sinalizam nossa tendência de crescimento neste
importante mercado. Em termos de pontos de vendas, fechamos o 1T12 com 138 lojas próprias,
contra 106 que tínhamos no final do mesmo trimestre do ano anterior, representando um crescimento
de 30%.
Nós seguimos, portanto, executando de forma estrutural nosso plano de expansão no segmento de
móveis prontos ou usados, montando uma rede física composta por pontos de venda
adequadamente localizados, trazendo um substancial aumento de nossa cobertura geográfica dos
mercados mais relevantes do País.
No que tange à Rede Morar, nossa subsidiária que administra uma rede de imobiliárias
credenciadas, fechamos o 1T12 com 219 pontos de vendas credenciados, contra 200 no 1T11,
apresentando um crescimento de 10%. Hoje, a Rede Morar é a maior rede imobiliária brasileira em
quantidade de pontos de venda credenciados.
A nossa equipe de corretores no mercado secundário, sem contar os corretores das imobiliárias
credenciadas da Rede Morar, era de 2.751 corretores ao final do 1T12, uma redução de 13% em
relação ao 1T11, porém isso é um crescimento de 9% com relação ao final de 2011.
Continuamos, portanto, firmes em nossa trajetória de aumento de nosso market share no mercado
secundário de imóveis, no qual atualmente ainda temos uma participação muito inferior à que
pretendemos alcançar nos próximos anos.
Passo agora a palavra de volta ao Sergio Freire para os destaques financeiros.
Sergio Freire:
Obrigado, Julio. Apesar da desaceleração observada no ritmo de lançamentos desse 1T, os
fundamentos da Companhia continuam consistentes, com forte geração de caixa e uma sólida
posição financeira.
No próximo slide, podemos verificar que a receita bruta do trimestre foi de R$99 milhões
representando um crescimento de 2% com relação ao mesmo período do ano anterior. Esse valor
corresponde a uma comissão bruta média de 2,45% sobre uma venda contratada consolidada de
R$4 bilhões no período. A receita líquida do 1T12 totalizou R$89,2 milhões. Comparando com o
1T11, onde a receita líquida atingiu R$84,2 milhões, verificamos um crescimento de 6%.
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15 de maio de 2012
No 1T12, em nossa parceria com o HSBC para a originação de crédito imobiliário, aprovamos um
total de R$111,6 milhões em financiamentos imobiliários, sendo que R$68,6 milhões já tiveram seus
contratos de financiamento assinados.
No trimestre, R$75,8 milhões em financiamentos já tiveram suas comissões faturadas pela
Companhia e suas subsidiárias, e encontram-se contabilizados em nossa receita de serviços no
montante de R$3 milhões.
O número total de contratos de financiamento faturados no período foi de 292 contratos,
correspondendo a um valor médio de financiamento de R$260 mil. O valor do financiamento relativo
ao valor total do imóvel vendido , o loan-to-value, no 1T12 foi de 60%.
No slide seguinte, analisamos a evolução de nossos custos e despesas no 1T12 com relação ao
mesmo período de 2011. No 1T12, nossos custos e despesas administrativas totalizaram R$64,5
milhões.
Para efetuarmos uma comparação na mesma base com o 1T11, deduzimos deste valor, R$2,9
milhões referentes aos custos de nossas novas subsidiárias, R$2,9 milhões correspondentes a 20%
dos custos e despesas da Abyara Brokers, que foram adicionados aos nossos números em função
da aquisição dessa participação realizada no 3T11, e R$2,3 milhões relacionados às despesas com
nossas novas lojas, abertas a partir do 2T11. Chegamos assim a um valor ajustado de R$56,5
milhões no 1T12, que pode ser comparado na mesma base de custos e despesas do 1T11.
Nessa comparação, verificamos um acréscimo de R$1 milhão correspondente a um aumento de
1,7%. Se considerarmos que a inflação no período foi de aproximadamente 5,5%, podemos verificar
que a estrutura de custos e despesas da Companhia apresentou uma redução em termos reais,
quando comparamos na mesma base.
No próximo slide, apresentamos o EBITDA e o lucro líquido da Companhia no 1T12, os quais
alcançaram os valores de R$24,8 milhões e R$16,6 milhões respectivamente, representando uma
contração de 14% e 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. As margens EBITDA e
líquida da Companhia nesse trimestre foram de 28% e 19%, respectivamente.
No slide seguinte gostaríamos de destacar mais uma vez o desempenho do fluxo de caixa da
Companhia. No 1T12, a geração de caixa nas operações foi de R$33,4 milhões. Por outro lado, o
aumento nas necessidades de capital de giro nas nossas operações foi de R$12,9 milhões,
resultando assim em uma geração de caixa líquido operacional de R$20,5 milhões.
O desembolso de caixa para investimentos foi de R$1,5 milhão. Esse valor foi direcionado à
modernização e manutenção de nossas instalações, além dos investimentos em sistemas e
equipamentos relacionados ao processo de consolidação de nossas operações. O pagamento de
aquisições gerou um desembolso de R$8,6 milhões, refletindo principalmente o pagamento da
primeira parcela da aquisição da Bamberg, realizada em fevereiro. A distribuição de lucros e
antecipação de dividendos para minoritários no 1T12 foi de R$700 mil.
No quadro seguinte, apresentamos a posição financeira da Companhia, que apresentava uma
disponibilidade de caixa e aplicações financeiras de R$304 milhões em março de 2012. Também
neste quadro, apresentamos nosso saldo de contas a receber de clientes, no valor de R$99,4
milhões.
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Transcrição da Teleconferência
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Finalizando, com as aquisições realizadas pela Companhia desde dezembro de 2010, possuíamos
em 31 de março de 2012 uma estimativa de saldo a pagar considerando-se o cenário base de
R$73,4 milhões, distribuídos em três parcelas anuais, valor que poderá ser ajustado em função dos
resultados futuros das empresas adquiridas.
Colocamo-nos agora à disposição para as perguntas.
Nicole Hirakawa, Morgan Stanley:
Bom dia a todos. A relação entre custos e despesas operacionais e receita líquida aumentou
significativamente no ano contra ano. Eu queria entender o que vocês estão vendo de níveis dessas
despesas, olhando para frente. Acho que no fundo a minha pergunta é mais no sentido de qual seria
a margem EBITDA sustentável para o business de vocês. Obrigada.
Sergio Freire:
Em condições normais, a margem EBITDA para um business como esse, depois do business
sedimentado, é em torno de 40%. Este ano, como você tem acompanhado, nós temos um 1T onde
existe uma sazonalidade natural, somada a um efeito de Carnaval no meio de fevereiro;
basicamente, o mercado começou realmente a responder em termos de venda em março. Em
março, nós vendemos o dobro do que vendemos individualmente em janeiro e fevereiro.
E você tem também um ano mais seletivo, um ano de ajuste. Nós vimos que nós tivemos uma
redução de lançamento de 40%; a parte de lançamentos, mercado primário, ainda representa em
torno de 85% das receitas da Companhia. Então, são efeitos desse ajuste de mercado somados à
sazonalidade do 1T.
Como estamos vendo isso para frente, que foi a sua pergunta, nós estamos basicamente
administrando e controlando o nível de custos e despesas da Companhia. No 2T já temos visto
alguns lançamentos voltarem a acontecer, e imaginamos que no 2S12 voltemos a ter lançamentos
no mercado, não como aconteceu no ano passado, mas uma retomada nessa área de lançamentos.
Então, estamos analisando trimestre a trimestre em relação ao que nós temos agendado para lançar
em relação à demanda que temos visto de mercado, e ajustando a capacidade de delivery da
Companhia em relação a isso.
Nicole Hirakawa:
OK. E Sergio, se você me permitir mais uma última pergunta, olhando para as lojas próprias, quanto
tempo mais ou menos elas demoram para atingir o breakeven?
Sergio Freire:
Em média, em torno de 18 meses. Dentro da média, você tem lojas que demoram mais do que isso e
tem lojas que performam muito bem muito mais rapidamente. Mas, em média, em torno de 18
meses.
Nicole Hirakawa:
OK. Obrigada.
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Felipe Rodrigues, HSBC:
Bom dia. Duas perguntas, uma em relação a crescimento ano contra ano: desses 6%, o que é
crescimento orgânico e o que veio da integração das aquisições do ano passado? Não sei se vocês
têm isso aberto. Vocês acham que dar para manter aquela expectativa de range de 10% a 15%, ou
podemos ter um risco de ver um crescimento um pouco menor este ano? Obrigado.
Sergio Freire:
Felipe, em relação à primeira pergunta, a parte de crescimento inorgânico foi responsável por em
torno de R$100 milhões a R$120 milhões a mais nas nossas vendas contratadas, o que dá em torno
de 5%.
Em relação a como nós vimos o ano, está um pouco cedo. Nós achamos que a demanda existe, está
lá; não existe problema de demanda, não existe problema de disponibilidade de financiamento. O
que está acontecendo é um ajuste de ritmo de mercado. É uma acomodação de estoque e um ajuste
de ritmo, o que achamos que é até saudável para cá.
Em relação a crescimento, estamos apenas com o 1T ainda. Vamos esperar um pouco para ver
como desenvolve pelo menos no 2T, e também depende do passo das aquisições. À medida que
façamos mais aquisições, isso pode mexer um pouco nesse número, porque esse número já
contabilizava algumas aquisições. Então, acho que não estamos com uma visão muito clara ainda
em relação à performance do ano como um todo.
Felipe Rodrigues:
Está bom. Se eu puder fazer mais uma pergunta, na questão da venda de estoque, como está a
concorrência com a turma interna de venda das construtoras? Continua forte? Desse estoque, eu
não sei se você tem um percentual médio na cabeça, mas o que é que é venda interna e o que é
venda externa? Pelo menos dessa turma listada de construtora?
Sergio Freire:
Felipe, a grande competição é exatamente com as estruturas internas. Nós temos visto uma
concentração entre os grandes grupos imobiliários e as vendas internas. São esses que estão
ganhando share. E em relação a estoque especialmente: você tem um pessoal interno bem
estruturado, focado para vender, mas a indústria tem uma dinâmica muito interessante, que é o que
aconteceu conosco não só nesse 1T, mas aconteceu também naquele 1T09, logo depois da crise.
Como nós temos a força de vendas e ela não recebe um salário fixo, os corretores dependem da
venda para fazer receita, então quando você tem uma diminuição drástica de lançamentos, eles
passam a vender o produto disponível, que é justamente o estoque. Foi isso que nós vimos
acontecer nesse 1T, e já não foi a primeira vez.
Então, obviamente que a competição hoje é as estruturas in house, onde o foco é vender é estoque.
Mas eu acho que com essa redução de 40% na quantidade de lançamentos, e tendo vendido em
linha com o que foi o 1T11, eu acho que mostra justamente essa capacidade de ajuste e de um
redirecionamento de foco para o que nós temos disponível para vender na sua grande maioria, que é
o estoque.
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Transcrição da Teleconferência
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Felipe Rodrigues:
Obrigado, Sergio.
Bianca Cassarino, Goldman Sachs:
Bom dia. Obrigada pelo call. A minha primeira pergunta é a respeito da queda de lançamentos e de
vendas. Eu sei que em São Paulo e no Rio de Janeiro vocês sentiram ainda um mercado forte, mas
a queda nos outros mercados veio de algum estado principalmente, ou veio mais espalhada pelo
Brasil inteiro?
E minha segunda pergunta seria com relação ao 2T, se vocês já podem dar um color de como estão
sendo as vendas, principalmente nesses mercados em que sentimos uma demanda mais fraca no
1T. Obrigada.
Julio Pina:
Bianca, nos outros estados nós sentimos fortemente uma retração generalizada, mas talvez mais
localizada em alguns mercados muito relevantes como, por exemplo, Brasília, um mercado muito
relevante; o mercado de Salvador teve uma retração bastante forte, há muitos meses que não
acontece nenhum lançamento em Salvador; e também de forma localizada em uma praça muito
relevante no País, que é Campinas, onde a praça está parada por razões políticas internas da
Prefeitura. Realmente, são mercados relevantes que sentiram mais do que os outros.
Mas, de forma geral, houve uma retração em todas as regiões, umas mais e outras menos,
chamando atenção para essas, que são as mais importantes na retração neste ano.
Sergio Freire:
Bianca, em relação ao 2T, nós tivemos um mês de março muito forte; fevereiro foi fraco e março foi
um mês forte. O mês de abril foi abaixo de março, no sentido de que normalmente quando você tem
um mês muito forte de venda, o próximo mês é um mês de dar uma ‘barrigada’, e maio nós veremos
agora.
Não sei se você sabe, mas o fim de semana do Dia das Mães é considerado, em termos de venda
para nós, o segundo pior fim de semana do ano. Só perde para o Natal. Mas daqui até o fim do mês,
só em São Paulo, temos em torno de 20 lançamentos agendados para serem feitos. Então, está um
pouco cedo. Vamos esperar rodar um pouco mais de maio para termos uma cor melhor.
Bianca Cassarino:
Perfeito. Muito obrigada.
Alan Nicolau, Bradesco:
Bom dia a todos. Eu tenho uma pergunta rápida: considerando a posição confortável do fluxo de
caixa da Empresa, vocês já cogitam alguma mudança de payout, não para agora, mas talvez para o
ano que vem, ou caminha para alguma coisa assim? Obrigado.
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Transcrição da Teleconferência
Resultados do 1T12
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Sergio Freire:
Alan, na verdade, neste ano já houve uma mudança. Você sabe que no Novo Mercado a obrigação é
pegar 25%, e nós vimos pagando 50%; neste ano já aumentamos para 60%, e a ideia obviamente é
que, à medida que a geração de caixa da Companhia versus a necessidade de crescimento de
expansão, haja uma sobra relevante de caixa, a ideia é que isso seja pago como dividendo. Como a
Empresa vem nessa geração de caixa, a ideia é que aumentemos, como já vínhamos fazendo nos
últimos anos.
Alan Nicolau:
OK. Obrigado.
Eduardo Filho, BR Brokers:
Eu estou acompanhando de perto a Empresa, e a pergunta é a seguinte: eu estou vendo um
descolamento de valor entre a Lopes e a Brasil Brokers, que eu, que estive aí dentro durante muitos
anos, acho que não faz sentido nenhum. Então, queria perguntar a que você atribui isso.
Basicamente é isso.
Sergio Freire:
Eduardo, é difícil. Acho que quem pode responder isso melhor para você são os analistas dos
bancos, que têm analisado ambas as Empresas. Achamos que as Empresas são comparáveis, mas
acho que é uma pergunta mais para quando nos compara com outros, para ser respondida por
algum analista de banco, mais do que nós.
Eduardo Filho:
Obrigado.
Operadora:
Encerramos neste momento a sessão de perguntas e respostas. Gostaria de passar a palavra para o
Sr. Sergio Freire, para suas considerações finais.
Sergio Freire:
Eu queria terminar colocando mais uma vez a equipe toda da Brasil Brokers à disposição para
qualquer outra pergunta que possa surgir, que eventualmente não tenha sido feita durante o call.
Estamos à disposição.
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Transcrição da Teleconferência
Resultados do 1T12
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15 de maio de 2012
Operadora:
A teleconferência da Brasil Brokers para apresentação dos resultados do 1T12 está encerrada.
Agradecemos a participação de todos, e tenham um bom dia.
“Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da
transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza
discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso,
segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete
nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que
realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia
para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição.”
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