MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Apresentação As relações entre Brasil e Alemanha possuem grande histórico. A imigração alemã para o país tem cerca de 180 anos e ainda hoje a presença desses imigrantes é marcante no país, em especial na região Sul. Também, no que tange à economia, a presença alemã no Brasil é expressiva. Em virtude da presença comercial alemã no Brasil e do volume de comércio exterior com o país, o Brasil constitui-se num dos principais polos industriais alemães no exterior. O Brasil está entre os mais importantes parceiros comerciais da Alemanha na América Latina. As exportações alemãs para o Brasil foram da ordem de US$ 12 bilhões em 2008 e 9 bilhões em 2007; as importações provenientes do Brasil somaram US$ 9 bilhões em 2008 e 7 bilhões em 2007. Assim, o Brasil se posiciona em 28º lugar no rol dos países importadores de produtos alemães e, como fornecedor, ocupa o 28º lugar. Quanto aos investimentos, até o fim de 2007 somaram cerca de 22 bilhões de dólares, as 1200 empresas brasileiras com capital alemão empregam cerca de 250 mil pessoas. No entanto, há muito espaço para crescimento dos fluxos comerciais entre os dois países e o setor de serviços é um nicho com oportunidades até o momento inexploradas. Nesse sentido, os foros de discussão bilateral e multilateral devem ser aproveitados. Nessa linha de atuação, o Encontro Econômico Brasil-Alemanha que será realizado em 2009 pode ser uma conveniente oportunidade para a intensificação das relações econômicas e comerciais, além de ser uma ocasião favorável à apresentação de oportunidades de negócio. O estreitamento dos vínculos de comércio e investimentos entre Brasil e Alemanha constitui o cimento que há de dar coesão econômica à parceria política entre países proeminentes em suas respectivas áreas de integração regional: Mercosul e União Europeia. Desse esforço participa a Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - SCS-MDIC, locus definidor de políticas públicas para a internacionalização das empresas brasileiras de serviços, como facilitadora da interlocução institucional e empresarial entre todas as partes interessadas na promoção e facilitação do comércio e do investimento em serviços entre Brasil e Alemanha. De fato, as comunidades empresariais do Brasil e Alemanha atuantes no setor terciário têm a percepção difusa de que há relevantes oportunidades de negócios, mas escapa-lhe a exata delimitação dessas oportunidades. Essa incerteza é particularmente aguda para as pequenas e médias empresas ― PMEs ― que não podem arcar com os elevados custos envolvidos na contratação de consultorias especializadas. Inteligência comercial abrange a coleta e sistematização de informação relevante para a formulação de políticas públicas e para a redução do risco empresarial no que se refere à inserção em mercados. 2 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Nesse contexto, e visando conferir maior visibilidade às oportunidades de negócios em serviços entre os dois países, a equipe de inteligência comercial da SCS-MDIC elaborou o estudo que se segue que, tendo em vista da importância das relações bilaterais, será objeto de permanente aperfeiçoamento e atualização. Este estudo é referenciado ao interesse nacional alemão manifesto em páginas de entidades oficiais na Internet e o interesse brasileiro tal qual é definido na Política de Desenvolvimento Produtivo e outros normativos. Não obstante este estudo de oportunidades de negócios em serviços Brasil-Alemanha constitua apenas uma introdução aos tópicos mais relevantes de comércio e investimentos no setor terciário entre Brasil e Alemanha, nele o leitor interessado encontrará remissões a fontes nas quais encontrará informação mais aprofundada. O estudo está dividido em quatro seções: 1) Macroambiente de Negócios, com considerações sobre especificidades da multifacetada realidade alemã de relevância para a decisão de entrada da empresa brasileira de serviços naquele mercado; 2) Quadro Atual para Negócios em Serviços, focalização do quadro geral apresentado na seção anterior com indicação não exaustiva dos subsetores de serviços nos quais as oportunidades de negócios são mais viáveis; e 3) Estatísticas de Comércio Exterior e Outras Informações, com quantificação e qualificação numérica dos fluxos de comércio e investimentos entre os dois países e arrolamento de outras fontes de informação sobre oportunidades de negócios e temas conexos. No estudo, contemplam-se horizontes de negócios segundo a perspectiva brasileira. Esta está referenciada aos interesses do setor privado nacional tendo em perspectiva as políticas públicas para internacionalização das empresas brasileiras de serviços e para atração de investimento direto estrangeiro, tal qual foram definidas na Estratégia Brasileira de Exportação, na Política de Desenvolvimento Produtivo, no Programa de Aceleração do Crescimento e outros delimitadores de intervenção estatal no domínio econômico. Qualquer menção a empresa, pessoa privada, acadêmico ou entidade de governo estrangeiro é feita apenas em caráter meramente informativo, não implicando abonamento por este Ministério. O leitor poderá manifestar críticas ou sugestões que possam contribuir para o aperfeiçoamento desse estudo encaminhando mensagem para [email protected]. 3 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Índice 1. Macroambiente de Negócios....................................................................................... 6 1.1. Território e População................................................................................................. 6 1.2. Economia.................................................................................................................... 9 1.2.1. PIB........................................................................................................................... 9 1.2.2. Outros índices........................................................................................................ 13 1.3. Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual...................................................... 23 2. Quadro Atual para Negócios em Serviços .............................................................. 25 2.1. Comércio Exterior e Investimentos ........................................................................... 25 2.2. Principais Empresas ................................................................................................. 34 2.3. Caracterização Geral do Setor de Serviços .............................................................. 36 2.4. Caracterização dos Subsetores de Serviços............................................................. 37 2.4.1. Distribuição e Vendas ............................................................................................ 39 2.4.2. Engenharia e Construção Civil............................................................................... 41 2.4.3. Transporte e Logística ........................................................................................... 41 2.4.4. Tecnologias da Informação e Comunicação - TICs................................................ 44 2.4.5. Serviços Terceirizados ao Exterior (Offshore Outsourcing) .................................... 47 2.4.6. Energias Renováveis e Biocombustíveis................................................................ 48 3. Facilidades e Entraves aos Negócios ...................................................................... 50 3.1. Europa: Área Preferencial de Projeção Econômica da Alemanha............................. 50 3.2. Complementaridade e Distância ............................................................................... 51 3.2.1. Complementaridade............................................................................................... 52 3.2.2. Distância ................................................................................................................ 55 3.2.3. Conclusões ............................................................................................................ 57 3.3. Recomendações às Empresas Brasileiras ................................................................ 58 4. Estatísticas de Comércio Exterior e Outras Informações....................................... 63 4.1. Estatísticas ............................................................................................................... 63 4.1.1. Fluxo Comercial Exterior de Serviços - US$ bilhões .............................................. 64 4.1.2. Investimentos Recíprocos ........ ............................................................................. 66 4.2. Principais Acordos Firmados entre Brasil e Alemanha.............................................. 76 4.3. Outros Estudos e Apresentações de Interesse ......................................................... 81 4.4. Endereços e links úteis ............................................................................................. 88 4.4.1. No Brasil ................................................................................................................ 88 4.4.2 Na Alemanha .......................................................................................................... 91 4 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 5 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 1. Macroambiente de Negócios 1.1. Território e População O território alemão estende-se por pouco mais de 356 mil km², um pouco maior que o Estado de Goiás ou praticamente da mesma dimensão do Mato Grosso do Sul. A República Federal da Alemanha está situada na parte central da Europa, limitando-se ao norte com a Dinamarca, a oeste com os Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo e França, ao sul com Suíça e Áustria e ao leste com República Tcheca e Polônia. As principais cidades alemãs são: Berlim (capital), Hamburgo, Munique, Colônia, Frankfurt e Essen. Em função da sua localização central, o país tornou-se um eixo de ligação entre os países da Europa central e oriental, a Alemanha é, ainda, circundada por países ou regiões que figuram entre as mais economicamente dinâmicas do continente. O mapa abaixo evidencia a privilegiada posição geográfica da Alemanha no contexto europeu, inclusive sua área de projeção econômica a leste. Este fator é relevante para o investidor ou exportador brasileiro que deseje se inserir nos mercados dos países dessa região em parceria com empresas alemãs. 6 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Com 82 milhões de habitantes, a população da Alemanha corresponde a quase 17% de toda a população da União Européia. A maior parte da população é de origem germânica, mas o país conta com cerca de 7 milhões de estrangeiros, muitos dos quais são os familiares e descentes dos chamados “guest workers”, trabalhadores convidados à 7 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Alemanha nas décadas de 1960 e 1980, de maioria turca, para suprir a falta de mão de obra no período. É o país mais populoso da região, tendo atraído, nas últimas décadas, milhões de imigrantes. A integração da União Europeia e do Ocidente, o desmembramento do Bloco Oriental e a imigração de países asiáticos e africanos levaram ao aumento do número de estrangeiros na Alemanha. No entanto, devido à rígida legislação que trata de cidadania do país, muitos estrangeiros não possuem nacionalidade alemã, mesmo nascidos e criados no país. Com uma densidade demográfica de 230 habitantes por quilômetro quadrado, a população está distribuída de maneira heterogênea. A grande Berlim, que desde a unificação do país cresce rapidamente, conta atualmente com mais de 4,3 milhões de habitantes. Na região industrial entre o Reno e o Ruhr, vivem mais de 11 milhões de pessoas (1.100 por quilômetro quadrado). Aproximadamente um terço dos habitantes da República Federal da Alemanha vive em uma das 82 grandes cidades (com mais de 100.000 habitantes). A maioria das pessoas vive em vilarejos e pequenas cidades. Quase 6,4 milhões moram em aldeias de até 2.000 habitantes: 50,5 milhões vivem em comunidades com 2.000 a 100.000 habitantes. O envelhecimento médio da população é uma questão bastante preocupante nos dias de hoje.1 População - Países da União Europeia - 2008 Dados: FMI 16,6% Alemanha 29,5% França Reino Unido 12,6% Itália Espanha Polônia 12,4% 7,7% 9,2% Demais 12,0% O alto custo da força de trabalho alemã, não obstante sua elevada produtividade, é um fator a ser considerado pelo investidor estrangeiro. Por outro lado, quando pela natureza do empreendimento for necessário recrutar técnicos e executivos em escala global, situação frequente para empresas que atuam em subsetores de serviços de alto valor agregado, a qualidade de vida prevalente nas grandes cidades alemãs pode se constituir num forte fator de atração e manutenção desses quadros. Em estudo elaborado por Invest in Canadá2, evidencia-se que, dentre as 25 metrópoles com melhor qualidade de vida do mundo, nada menos que 6 são alemãs (Dusseldorf, Frankfurt, Munique, Berlim, Nuremberg e Hamburgo). 1 Fonte: Brazil Trade Net. Coleção Como Exportar: Alemanha. Disponível em: http://www.braziltradenet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/ComoExportar/CEXAlemanha.pdf 2 http://investincanada.gc.ca/eng/default.aspx 8 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 1.2. Economia 1.2.1. PIB A economia alemã contribui com cerca de 20% do PIB da União Europeia, sendo considerado um dos propulsores da economia do bloco. O país exportou em 2008 995 bilhões de euros e foi o líder mundial em exportações. No entanto, a Alemanha foi bastante afetada pela crise financeira mundial e de acordo com a unidade de inteligência do The Economist é esperada a maior contração da economia de que se tem registro para o ano de 2009. Avaliada pelo critério de paridade de poder de compra, a economia alemã, em 2008, figurou como a 5ª no ranking mundial, com PIB de US$ 2.910 bilhões3 para uma população de 82 milhões de habitantes, que resulta numa renda per capita da ordem de US$ 35 mil. Para efeito comparativo, a economia brasileira pelos mesmos critérios, é cotada como a 9ª no ranking mundial, com um PIB de US$ 1.981 bilhões e renda per capita da ordem de US$ 10 mil. O PIB alemão corresponde a 6,7% do PIB mundial e 19,9% do PIB da União Europeia. Contribuição da Alemanha na Composição do PIB da União Europeia Fonte: Fundo Monetário Internacional Elaboração: DECOS/SCS/MDIC 19,9% Alemanha 28,6% França 15,6% 8,8% 12,6% 14,5% Reino Unido Itália Espanha Demais Nos últimos anos, a economia alemã tem crescido a taxas significativamente modestas. As cifras a seguir refletem a evolução de crescimento econômico da Alemanha (números pertinentes ao Brasil entre parênteses): 1,4% em 2002 (2,7%), 1,5% em 2003 (1,1%), 2,6% em 2004 (5,7%), 2,2% em 2005 (3,2%), 3,4% em 2006 (4,0%) 3,1% em 2007 (5,7%) e 1,1% em 2008 (5,1%) prevendo-se queda de -6,2% para 2009 (Brasil: -1,3%) 4, grande parte em função do agravamento da crise econômica internacional. 3 4 Fonte: International Monetary Fund, World Economic Outlook Database, Abril 2009. World Economic Outlook Update, jul. 2009. Disponível em: http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2009/update/02/pdf/0709.pdf 9 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS PIB Alemanha (US$ trilhões) Câmbio Oficial Fonte: Fundo Monetário Internacional 3,67 3,32 2,75 2,79 2004 2005 2,91 2006 2007 2008 3,06 3,01 2009* 2010* *Estimativas Fonte: FMI – Elaboração: DECOS/ SCS/MDIC Obs.: não foi considerada a inflação do dólar no período PIB Alemanha (US$ trilhões) Paridade de Poder de Compra Fonte: Fundo Monetário Internacional 2,42 2,51 2004 2005 2,67 2006 2,81 2,91 2007 2008 2,77 2,76 2009* 2010* *Estimativas Fonte: FMI – Elaboração: DECOS/ SCS/MDIC Obs.: não foi considerada a inflação do dólar no período Na tabela abaixo, verifica-se que o PIB alemão é o 5º maior do mundo quando medido pela paridade do poder de compra da moeda local frente ao dólar - critério relevante para a empresa que venha a se estabelecer no país. De fato, o PIB calculado por esse critério denota a dimensão do mercado local com os consumidores adquirindo bens e serviços na moeda local. Na mesma tabela, verifica-se que, quando a moeda local é referenciada ao dólar pelo câmbio oficial, o PIB alemão é o 4º maior do mundo - critério relevante para a empresa 10 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS que venha a exportar para o país. O PIB calculado por esse critério denota a dimensão do mercado local com os consumidores adquirindo bens e serviços segundo seu poder aquisitivo em dólar (isto é, euros convertidos em dólar ou, ainda, utilizando-se diretamente o euro, divisa de larga aceitação mundial). Em outras palavras, denota a capacidade do país de operar no comércio internacional como importador. PIB pelo Câmbio Oficial e pela Paridade de Poder de Compra Alemanha e Países Selecionados - US$ Trilhões (2008) Fonte: Fundo Monetário Internacional, World Econom ic Outlook Database, Abril 2009 4 3 3,7 2,9 2,9 2,7 2,2 2,1 2,3 2,0 1,8 2 1,6 1,4 1,6 1 - Alemanha França Reino Unido PIB pelo Câmbio Oficial Itália Espanha Brasil PIB pela Paridade de Poder de Compra Fonte: FMI – Elaboração: DECOS/ SCS/MDIC O quadro abaixo evidencia que o PIB per capita alemão está ligeiramente acima da média da zona do euro. Corresponde a mais de 3 vezes o PIB per capita brasileiro. 11 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS PIB per capita pela Paridade de Poder de Compra (PPC) Alemanha e Países selecionados - US$ - 2008 Fonte: Fundo Monetário Internacional, World Economic Outlook Database, Abril 2009 36.523 40.000 35.442 34.208 34.098 30.621 30.581 30.000 20.000 10.326 10.000 B ra si l Itá lia E sp an ha E ur o do Zo na Fr an ça A le m an ha R ei no U ni do 0 Fonte: FMI – Elaboração: DECOS/ SCS/MDIC Participação de cada setor de atividade na formação do PIB: 12 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS O quadro abaixo reflete a evolução de alguns dados macroeconômicos da Alemanha segundo a Economist Intelligence Unit5. Para efeito comparativo, apresentam-se os mesmos dados relativos ao Brasil. Dados referentes à Alemanha Dados referentes ao Brasil 1.2.2. Outros índices Diversos relatórios, elaborados por bancos de investimentos, fundações privadas, entidades multilaterais etc, procuram captar e expressar aspectos do ambiente de negócios de relevância para a decisão de entrada de grandes empresas em mercados estrangeiros. Alguns desses relatórios pecam ou por considerar apenas poucas das muitas dimensões conformadoras do ambiente de negócio de qualquer país ou por avaliar essas dimensões segundo um viés excessivamente referenciado ao capitalismo laissez-faire ou por franca insuficiência metodológica, como é o caso do Ease of Doing Business, do Banco Mundial, que, infelizmente, tem sido objeto de grande alarde pela mídia brasileira6. 5 http://www.economist.com/countries/Germany/profile.cfm?folder=Profile-FactSheet Em sucessivas edições, o “Ease of Doing Business - EDB” tem aduzido informações distorcidas e desatualizadas referentes às condições para realização de negócios no Brasil. Isso se deve a problemas existentes na metodologia de coleta de dados e na construção de comparativos internacionais relativos às diversas dimensões avaliadas pelo EDB – em especial, à informação referente aos prazos para abertura e legalização de empresas. Essa última, no entender do MDIC, está eivada de vícios tão gravosos que a desqualificam por 6 13 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Os relatórios emitidos pelo International Institute for Management Development – IMD7, entidade sediada na Suíça, e pelo Fórum Econômico Mundial8 são reputados como os de mais abrangência, isenção e rigor metodológico. O IMD publica o Anuário Mundial da Competitividade - WCY. Segundo o WCY, a Alemanha está posicionada na 13ª posição no ranking mundial (o Brasil posiciona-se em 40ª) 9. Para fins comparativos, segue tabela com a posição de outros países no referido índice do IMD. Fonte: http://www.pemudah.gov.my/c/document_library/get_file?p_l_id=11311&folderId=28911&name=DLFE-901.pdf completo para a composição do retrato fiel da dimensão “starting a business” no Brasil. Também o Independent Evaluation Group – IEG equipe de auditoria interna do Banco Mundial, manifestou, no relatório “Doing Business: an Independent Evaluation, aguda preocupação com a insuficiência metodológica do “Doing Business” e com a forma pela qual os indicadores das dimensões avaliadas (Ease of Doing Business Indicators) são divulgados. Em consonância com o parecer do IEG, este Ministério insiste que a validade dos Indicadores fica condicionada a quão representativo, confiável e objetivo seja o processo de obtenção, registro e análise das informações concernentes às dimensões facilitadoras da realização de negócios. Ainda em linha com o IEG, o MDIC salienta que a forma pela qual o “Doing Business” tem trazido a público seus resultados, supervaloriza a simplicidade em detrimento do rigor, com sério comprometimento de sua relevância, confiabilidade enquanto parâmetro internacional útil para o investidor nacional e estrangeiro. No tocante ao caso específico do Brasil, a avaliação deste Ministério é ainda menos complacente para com os vícios do referido levantamento do que o IEG. Na visão do MDIC, o reduzidíssimo número de informantes (lembre-se de que tais informantes são apenas quatro bancas de advocacia de São Paulo, cuja clientela move ações contra entidades de governo); o evidente conflito de interesses e a parcialidade desses informantes agridem a mais elementar metodologia de coleta e análise de dados, tornando os números pertinentes ao País absolutamente pífios, tanto em termos absolutos quanto em comparação com outros países. Ademais, os resultados do levantamento do “Doing Business” são divulgados de maneira imprópria: fomentam não o debate e diálogo isento e objetivo, e, sim, a desinformação, a subjetividade e a cizânia entre as partes interessadas, com onerosos gravames para o País. A divulgação dos resultados do levantamento, tal qual tem sido feita pelo “Doing Business” dá azo não só à desorientação dos formuladores de políticas públicas, mas também pode confundir o empresário nacional e afugentar o potencial investidor estrangeiro. 7 http://www.imd.ch/ 8 http://www.weforum.org/en/index.htm 9 A posição do Brasil no ranking em 2009 (40ª) subiu três posições relativamente a 2008, o que sobrevaloriza o País num contexto de aguda recessão econômica mundial. Fonte: artigo publicado n’ O Estado de S. Paulo em 20/05/2009. 14 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS O Índice de Competitividade Global10, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, concede pontuação 5,46 à Alemanha, posicionando o país pouco abaixo dos EUA, mas acima das demais grandes economias da Europa. A Alemanha, ainda que tenha caído duas posições, continua entre os 10 países melhor avaliados, passando ao 7º lugar. O país ocupa a 1ª posição no que tange a qualidade da infraestrutura, particularmente com boa avaliação para sua infraestrutura de transporte e de telecomunicações. Outro ponto de destaque é a eficiência de seu mercado financeiro e de bens, alicerçados por um alto nível de sofisticação (em primeiro lugar nesse pilar), ainda que deva ser notado que a avaliação do mercado financeiro do país tenha decrescido nos últimos anos. Esses atributos permitem à Alemanha se beneficiar fortemente do tamanho do mercado (4º segundo o estudo). Por outro lado, o mercado de trabalho da Alemanha continua a ser muito rígido (ocupando 122ª posição) e figura entre os maiores impedimentos para a realização de negócios no país. Índice de Competitividade Global (GCI) Alemanha e Países selecionados: (Fonte: World Econom ic Forum - 2008-2009) 7 6 5 4 3 2 1 0 5,74 5,46 5,38 5,3 5,22 4,13 Estados Unidos (1º) Alemanha (7º) Japão (9º) Reino Unido (12º) França (16º) Brasil (64º) Segundo o estudo, a competitividade da economia alemã deriva fundamentalmente da aplicação intensiva de tecnologias inovadoras aos processos produtivos de bens e serviços (tanto tecnologias de produção quanto tecnologias de gestão), com a consequente maximização da eficiência na utilização dos fatores de produção, assim como a possibilidade de oferecer ao mercado produtos e serviços diferenciados da concorrência estrangeira. Vários outros fatores também contribuem significativamente para a competitividade das empresas alemãs, a saber: grande mercado interno com alto poder aquisitivo, acesso imediato aos mercados da Europa e países com acordos de facilitação de comércio e investimentos com a União Européia; alto grau de transnacionalização das empresas alemãs e comando de cadeias produtivas globais (há filiais de empresas alemãs em todas as grandes economias de todos os continentes; alto grau de integração entre pesquisa acadêmica e setor produtivo, alta qualificação da mão de obra, imbuída de forte ética do trabalho; excelente infraestrutura de transporte e de telecomunicações; pouca burocracia e alto grau de transparência das instituições públicas e privadas etc.) 10 Esse índice avalia o ambiente de negócios de cada país considerando vários fatores como efetividade das instituições públicas, qualidade da mão-de-obra, eficiência dos mercados favorecimento à inovação etc. “Global Competitiveness Report” disponível em http://www.weforum.org/en/initiatives/gcp/Global%20Competitiveness%20Report/index.htm 15 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS A figura abaixo expressa a matriz de competitividade da economia alemã segundo os parâmetros do Fórum Econômico Mundial. Note-se que a Alemanha supera significativamente a média das economias mais desenvolvidas do mundo nos quesitos infraestrutura, inovação, sofisticação nos negócios e tamanho do mercado, mas fica aquém da média no quesito eficiência do mercado de trabalho. 16 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Para fins comparativos, apresenta-se o mesmo gráfico relativo ao Brasil: A lista abaixo traz os fatores considerados mais problemáticos à condução de negócios na Alemanha, segundo sondagem de opinião conduzida sob os auspícios do Fórum Econômico Mundial. Observe-se que dificuldades referentes ao mercado de trabalho e ao sistema tributário são as queixas mais recorrentes. 17 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS A tabela a seguir é um resumo da tabulação detalhada mais abaixo. A metodologia do Fórum Mundial considera doze pilares de competitividade, agrupados em três fundamentos básicos. Observe-se que a posição da Alemanha no ranking dos países pesquisados é das mais altas, especialmente no que diz respeito à infraestrutura, tamanho do mercado e sofisticação do meio empresarial. Coerentemente com a sondagem de opinião referida acima, a eficiência do mercado de trabalho figura muito mal no rol de países avaliados. Para fins comparativos, e a título de informação para o investidor nacional e estrangeiro, mais abaixo se apresenta, também, minuciosa tabulação referente ao Brasil, elaborada pela Fundação Dom Cabral11 em parceria com o Fórum Econômico Mundial12. 11 Segundo o Financial Times, a Fundação Dom Cabral é a 13ª melhor escola de negócios do mundo e a 1ª da América Latina. http://www.fdc.org.br/pt/Paginas/default.aspx 12 http://www.weforum.org/pdf/Global_Competitiveness_Reports/Reports/Brazil/BrazilCompetitivenessReport2009.pdf 18 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 19 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 20 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 21 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS O Growth Enviroment Score (GES) atribuído pelo Goldman Sachs à Alemanha foi de 7,0 (16ª posição)13. Esse índice leva em consideração aspectos econômicos e extraeconômicos relevantes para o investidor focado em retornos de longo prazo. Dentre as grandes economias europeias, a Alemanha é a que figura em melhor posição: Growth Enviroment Score (GES) Alemanha e Países Selecionados (Fonte: Goldman Sachs) 7,0 6,8 6,7 6,4 6,3 4,9 Alemanha (14º) Estados Unidos (18º) Reino Unido (19º) Japão (23º) França (27º) China (58º) 4,2 Brasil (88º) Destaca-se, ademais, a posição da Alemanha em dois quesitos sensíveis para empresas que operam no setor terciário, especialmente em setores sujeitos a segredo de negócio e ou setores em que os direitos dos proprietários podem se constituir em parcela significativa do ativo da empresa: nomeadamente segurança e justiça14. Fonte: Invest in Canada 13 14 Fonte: http://www2.goldmansachs.com/hkchina/insight/research/pdf/BRICs_3_12-1-05.pdf . http://www.investincanada.gc.ca/CMFiles/think!060707_EngW.pdf 22 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 1.3. Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual Na Alemanha, como via de regra ocorre em todo país desenvolvido, a proteção aos direitos de propriedade intelectual é abrangente e as leis são aplicadas com extrema eficácia. Segundo o Fórum Econômico Mundial, a Alemanha figura entre os seis países com melhor proteção aos direitos de propriedade intelectual15. O Direito de Propriedade Intelectual é protegido por meio da concessão de direitos de propriedade industrial para a proteção contra cópia16. Esses direitos incluem: patentes, modelos de utilidade (um direito puramente de registro, design e marcas registradas. Leis específicas fornecem proteção adicional. A legislação da União Europeia para proteção de copyrights consiste em uma série de Diretivas cobrindo áreas como: a proteção legal de softwares, a duração da proteção dos direitos do autor e a proteção legal de base de dados. A autoridade central para os direitos de propriedade industrial é o Escritório Alemão de Patentes e Marcas Registradas, DPMA, que oferece uma série de serviços, incluindo arquivos, documentos, registros, etc em formato eletrônico. “Doing Business in Germany”, estudo elaborado pelo Departamento de Comércio dos EUA – U.S. DoC, traz rica informação sobre a proteção dos direitos de propriedade intelectual na União Européia em geral e na Alemanha em particular17. 15 16 17 http://www.weforum.org/en/index.htm http://ec.europa.eu/youreurope/business/competing-through-innovation/protecting-intellectual-property/germany/index_en.htm http://www.buyusa.gov/germany/en/doingbusinessgermany2009.pdf.7 23 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 24 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 2. Quadro Atual para Negócios em Serviços 2.1. Comércio Exterior e Investimentos Concentrando várias das maiores corporações econômicas do planeta, a Alemanha é um dos motores econômicos da União Europeia e comporta um dos mercados financeiros mais importantes do mundo. O comércio exterior alemão está caracterizado por superávit na balança comercial de bens e déficit na de serviços. Balança de Bens (US$ bilhões) 2.000 1.000 1.465 1.206 1.322 1.500 971 1.109 500 1.056 907 777 259 266 201 194 2005 2006 2007 Exportação Importação 2008 Saldo Fonte: Organização Mundial do Comércio Elaboração: DECOS/ SCS/MDIC Balança Comercial de Serviços (US$ bilhões) 400 300 200 157 207 182 223 211 257 235 285 100 0 -100 2005 -49 2006 -41 Exportação Im portação 2007 -46 2008 -50 Saldo Fonte: Organização Mundial do Comércio Elaboração: DECOS/ SCS/MDIC 25 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Balança Comercial (US$ bilhões) 2.000 1.500 1.000 1.128 1.291 984 500 1.130 144 1.700 1.533 1.313 1.491 220 160 209 2005 2006 Exportação 2007 Importação 2008 Saldo Fonte: Organização Mundial do Comércio Elaboração: DECOS/ SCS/MDIC A economia alemã é fortemente orientada a exportações, que correspondem a mais de 45% do PIB. O setor de serviços corresponde a 70% do total do PIB alemão, percentual menor do que o de vários outros países da OCDE, haja vista a maior importância do setor secundário na economia alemã relativamente a outros países desenvolvidos. Os setores de serviços relacionados a empresas de alta tecnologia, serviços financeiros e tecnologias da informação e da comunicação empregam um número crescente de trabalhadores, enquanto que a construção civil emprega menos trabalhadores18. Em 2007, os subsetores de serviços participavam do PIB nas seguintes proporções: financiamentos, aluguéis e serviços empresariais 29%, comércio, hotelaria e transporte 18%, construção civil 4% outros serviços 22%19. Os fluxos de comércio e investimentos da Alemanha têm abrangência global, inclusive com forte presença na América Latina já de longa data. 18 Die Welt, “Mehr Jobs rund um Hightech und Dienstleistung”, (artigo publicado em 09/10/2004). 19 Statistisches Bundesamt, Wiesbadem, 2008. 26 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Dados sobre investimentos na Alemanha apontam para um decréscimo na taxa de investimento como proporção do PIB do país e permitem algumas conclusões acerca da estratégia de integração da Alemanha na economia mundial, numa perspectiva de longo prazo20. De fato, sem prejuízo do que foi afirmado nos parágrafos acima sobre a atratividade da Alemanha para o investimento privado, comparativamente ao PIB, a taxa de investimento na Alemanha apresenta números com tendência decrescente, revelando saturação das oportunidades de investimento no país. Por conseguinte, os imensos capitais acumulados pelas empresas alemãs devem necessariamente, e em proporções crescentes, ser alocados no exterior, tendência que pode ser de grande proveito para a expansão da economia brasileira. Em 2008, a Europa assegurou muitos projetos de Investimento Direto Estrangeiro. Entretanto, o impacto da crise econômica na criação de empregos foi árduo. Os investimentos totalizaram 3.718 projetos, número próximo ao referente a 2007, finalizando um ciclo de cinco anos de crescimento sustentado. Em contrapartida, o número de empregos criados por IDE caíram 16%, para 148.333, acelerando uma tendência descendente em curso desde 2004. A julgar pelos resultados de pesquisa conduzida pela Ernst & Young21 junto a grandes transnacionais, nos próximos anos a Alemanha deve se configurar como a mais atrativa destinação para o investimento estrangeiro, em números absolutos: 20 21 Bundesministerium für Wirtschaft und Technologie – Jahreswirtschaftsbericht 2008 Ernst & Young é uma das maiores firmas de auditoria do mundo e maior empresa de capital fechado dos EUA. 27 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Considered destinations for new investment or expansion projects in Europe (% citation for each country) Country Percent Germany 20 Poland 18 Czech Republic 13 France 12 Hungary 12 United Kingdom 11 Russia 11 Mesmo no contexto global, a pesquisa conduzida pela Ernst & Young identifica a Alemanha como dos países mais atrativos para o IDE: Top 10 global investment destinations Individual classification by country (Total superior to 100% - 3 possible choices) Country Percent China 48 USA 33 India 26 Germany 18 Russia 12 United Kingdom 11 Poland 11 Fonte: European Attractiveness Survey 2007, Ernst &Young 28 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Em 2008, quantificado em termos de número de projetos de investimento e empregos criados, a situação da Alemanha se apresentava como no gráfico abaixo. As informações constantes desse gráfico, confrontadas com as constantes dos gráficos e tabelas apresentados acima, levam a concluir que o IDE alocado na Alemanha, comparativamente ao resto da Europa, é fortemente concentrado em poucos empreendimentos e em setores pouco intensivos em mão de obra, situação condizente com o nível de concentração empresarial na Alemanha e com o alto custo da força de trabalho local. 29 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Fonte: European Attractiveness Survey 2008, Ernst&Young Como caracterizado pelas informações acima, a Alemanha é, no contexto europeu, uma das alocações mais visadas pelo investimento direto estrangeiro. Houve evolução positiva e relativamente estável na Alemanha, seguindo tendência inversa da maioria dos demais países europeus. O recrudescimento do IDE do país foi alimentado pelo estabelecimento de novas matrizes regionais para o mercado doméstico e do leste europeu, e pela demanda da indústria por serviços empresariais e softwares.22 22 Ernst & Young’s: Reinventing European growth, 2009. 30 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 31 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS A atratividade da Alemanha para o investidor estrangeiro decorre, em boa parte, do fato de ser essa a maior economia da Europa, ocupando posição central nesse continente. O comércio exterior dos países da Europa Central, Escandinávia, Báltico, Bálcãs, Turquia e, em grau crescente, Ucrânia, é fortemente orientado para a Alemanha, que constitui, por assim dizer, o centro de gravidade econômica dessas regiões e países que englobam centenas de milhões de habitantes. Ademais, há uma crescente projeção econômica alemã na Rússia e outros países que outrora integraram a extinta URSS. A Alemanha enquanto investidor no Brasil, ocupa posição destacada, relativamente a outros grandes investidores no País, ocupando a 5ª posição como fonte de IDE23, tendo perdido importância relativa face ao forte afluxo de investimento direto proveniente de outras fontes, cuja alocação preferida tem sido o setor terciário. Não obstante, o Brasil segue sendo uma importante destinação para novos investimentos alemães no exterior24. A estrutura dos investimentos alemães no País é o resultado da combinação das capacidades competitivas específicas das empresas alemãs com projeção internacional com as oportunidades de investimento que estas empresas têm encontrado no Brasil ao 23 Fonte: BACEN. O Brasil está entre os dez países no mundo para os quais a Alemanha destina maior investimento, com ramificações em diversos setores tais como o automobilístico e autopeças, máquinas e equipamentos, bem como de produtos químicos e farmacêuticos. Os setores citados correspondem a 80% das indústrias alemãs no Brasil e respondem por novos empreendimentos em expansão e modernização dos existentes, trazendo, por meio desses investimentos, a mais alta qualidade de administração, novos empregos, novas tecnologias e capacitação profissional. 24 32 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS longo de mais de cem anos de presença comercial no País25. No Brasil, os investimentos alemães estão fortemente centrados no setor industrial. Segundo a Embaixada da Alemanha em Brasília, há 1.200 empresas alemãs estabelecidas no Brasil26. O comércio e o estoque de investimentos alemães em serviços no País derivam de atividades de apoio àqueles investimentos industriais e ao fluxo de comércio de bens Brasil-Alemanha: serviços financeiros27 e, principalmente, tecnologia da informação e comunicação (inclusive software), transporte e logística28 e serviços técnicos especializados prestados a empresas (engenharia, assistência técnica, consultorias etc). A presença comercial alemã em outros setores de serviços no Brasil é significativamente menor do que a dos EUA, Espanha e França. A Alemanha é o país que mais investiu no Brasil de janeiro a abril de 2009, com um total de US$ 1,97 bilhões, 23% de todo o investimento recebido pelo País no período. Destacase, em particular, que o fluxo de investimentos alemães no Brasil de janeiro a abril de 2009 já superou em 48% o computado em todo o ano de 2008. O setor responsável por tamanho crescimento é, de longe, o de fabricação de automóveis, camionetas e utilitários, que recebeu aproximadamente 90% dos investimentos alemães nos quatro primeiros meses de 2009, somando uma quantia de US$ 1,76 bilhões. 25 Atualmente, aproximadamente 1.200 empresas de capital alemão estão instaladas no Brasil, entre pequeno, médio e grande porte, empregando cerca de 250 mil pessoas e com um faturamento por volta de US$ 33 bilhões. Os investimentos diretos são da ordem de 17 bilhões de euros (terceira maior fonte de investimentos do Brasil), dos quais 88% estão aplicados no setor industrial. A maior parte destas empresas está concentrada na região metropolitana de São Paulo. 26 Deutsche Welle, 19/11/2007. 27 Os maiores bancos alemães são: Deutsche Bank, Commerrzbank, Dresdner Bank, HVB e Postbank. 28 Na revista da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha, edição de maio de 2007, foi publicado artigo sobre serviços de logística e transporte intitulado “Investimentos no setor de transportes ajudam a reduzir gargalos”. 33 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 2.2. Principais Empresas O número expressivo de grandes empresas denota o tamanho e potencial da economia alemã. Segundo Forbes29, há na Alemanha 57 empresas listadas entre as 2.000 maiores do mundo (08/04/2009), como segue (valores em US$): Rank Company Sales ($bil) Profits ($bil) Assets ($bil) Market Value ($bil) Germany Consumer Durables 158.40 6.52 244.05 75.18 Germany Germany Germany Germany 108.76 124.78 66.16 120.74 8.05 9.47 3.56 1.76 128.46 2,946.88 127.64 215.15 44.18 14.40 33.68 47.44 85.89 2.07 162.51 52.96 64.20 86.77 133.43 45.85 2.09 4.06 1.88 2.55 291.87 69.41 180.08 71.39 24.29 25.62 21.21 36.97 Germany Conglomerates 75.14 3.09 57.84 8.36 Germany Food Markets Germany Consumer Durables 93.92 74.04 1.20 0.45 48.14 139.49 9.55 16.39 Germany Utilities 22.71 1.21 45.73 10.80 Germany Consumer Durables Country Industry 35 48 57 62 Volkswagen Group Siemens Deutsche Bank RWE Group E.ON 63 Deutsche Telekom Germany 75 80 83 100 Germany Germany Germany Germany 267 Munich Re BASF Daimler Bayer Group ThyssenKrupp Group Metro AG BMW Group EnBW-Energie Baden Porsche 11.63 9.80 70.96 7.25 268 318 SAP Linde 2.63 1.00 19.31 34.89 38.47 10.91 321 Henkel Group 1.70 21.92 10.26 368 377 Germany Software & Services 16.11 Germany Conglomerates 17.62 Household & Personal Germany 19.68 Products Germany Insurance 127.24 Germany Capital Goods 20.81 -3.40 1.72 1,329.96 22.32 30.86 5.99 34.57 0.83 31.11 5.06 408 Allianz MAN Deutsche Germany Transportation Lufthansa HeidelbergCement Germany Construction 15.86 2.95 42.58 3.33 460 Deutsche Post 75.87 -2.35 352.78 11.73 492 Merck 10.53 0.51 21.08 16.42 497 Fresenius Germany Transportation Drugs & Germany Biotechnology Health Care Germany Equipment & Svcs 18.05 0.40 28.66 7.78 538 Deutsche Boerse Germany Diversified Financials 3.42 1.44 116.44 8.73 15 169 214 238 260 390 Conglomerates Diversified Financials Utilities Utilities Telecommunications Services Insurance Chemicals Consumer Durables Chemicals 29 O Forbes 2000 é um ranking atualizado anualmente abarcando as 2000 maiores empresas do mundo organizado pela revista Forbes. Disponível em: http://www.forbes.com/lists/2008/18/biz_2000global08_The-Global-2000_Counrty.html. 34 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 562 Adidas Germany 639 Hypo Real Estate 641 Salzgitter Household & Personal Products 15.04 0.89 12.77 5.66 Germany Diversified Financials 14.75 0.67 580.30 0.28 14.88 1.32 12.27 3.40 649 Celesio Germany Materials Health Care Germany Equipment & Svcs 32.63 0.63 12.13 3.54 686 741 36.32 9.39 0.00 0.29 869.05 206.66 3.14 2.88 8.32 0.78 6.15 9.50 10.23 7.02 33.76 9.53 -0.18 1.27 -1.56 0.27 52.13 4.85 33.77 99.11 4.40 7.45 2.52 1.70 31.92 0.22 23.56 1.42 24.02 27.23 3.44 6.74 0.21 -1.05 0.42 -0.05 15.33 18.82 58.69 79.34 1.95 0.43 0.21 0.57 8.77 0.03 11.93 3.29 1194 Commerzbank Germany Banking Landesbank Berlin Germany Banking Household & Personal Beiersdorf Germany Products Hannover Re Germany Insurance K+S Germany Chemicals Continental Germany Consumer Durables W&W-Wüstenrot Germany Diversified Financials Hotels, Restaurants & TUI Germany Leisure Hochtief Germany Construction Arcandor Germany Retailing Aareal Bank Germany Banking IKB Germany Banking Food, Drink & Südzucker Germany Tobacco Bilfinger & Berger Germany Construction 15.72 0.29 8.91 1.24 1200 Wacker Chemie Germany Chemicals 5.52 0.62 5.71 3.14 1341 Germany Conglomerates 7.59 0.41 6.48 2.00 Germany Insurance 5.73 0.10 30.19 0.60 1519 GEA Group Nürnberger Beteiligungs Axel Springer Germany Media 3.80 0.80 5.58 2.01 1542 IVG Immobilien Germany Diversified Financials 0.98 0.44 11.94 0.60 1586 1733 Germany Materials Germany Transportation 11.79 2.92 0.24 0.25 4.56 8.33 1.03 2.87 Germany Semiconductors 6.08 -4.39 9.38 0.45 1781 Aurubis Fraport Infineon Technologies Custodia Holding 0.04 0.80 1.49 0.34 1871 BayWa 10.55 0.07 4.43 0.64 1927 1930 Lanxess Kloeckner & Co Germany Diversified financials Food, Drink & Germany Tobacco Germany Chemicals Germany Trading Companies 9.65 9.16 0.16 0.19 5.78 4.29 1.25 0.54 1969 DVB Bank Germany Banking 1.33 0.16 19.18 1.52 787 801 810 863 913 960 1082 1106 1153 1173 1176 1350 1766 Os 20 maiores conglomerados empresariais e holdings alemães são os que seguem: DASA AG, Daimler AG, Allianz AG, Volkswagen AG, E.ON AG, Siemens AG, Deutsche Bank AG, Deutsche Telekom AG, Deutsche Post AG, Metro AG, BASF AG, Munich Re, 35 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS RWE AG, ThyssenKrupp Stahl, Veba Inc. (PreussenElektra), Bosch GmbH, BMW, Edeka Zentrale AG, Lidl & Schwarz Stiftung & Co. KG. Conquanto a Alemanha seja um importante exportador de capitais para o Brasil (estoque de mais de US$ 14 bilhões em abril de 2009), o inverso não é verdadeiro: os investimentos brasileiros na Alemanha são pouco expressivos, correspondendo a cerca de 1% dos investimentos alemães no Brasil (US$ 135 milhões ao final de 2007). O quadro a seguir permite algumas comparações interessantes sobre o nível de inserção externa das economias brasileira e alemã30: País PIB (US$ bi) Participação % do IED/PIB Empresas listadas no Forbes 2000 (2009) Recebido Enviado Nº de empresas Percentual em Valor de mercado relação ao PIB (US$ bi) Brasil 1.572 15,0 3,1 31 352 22,4 Alemanha 3.667 8,3 27,2 57 648 17,7 Pelos dados do quadro fica evidenciado que a Alemanha, em termos de proporcionalidade com o PIB, tem sido menos atrativa ou receptiva ao IDE que o Brasil, em que pese a maior parte do investimento estrangeiro na Alemanha ser oriundo do entorno europeu imediato, no contexto de “quase mercado doméstico” propiciado pela União Europeia. Por outro lado, fica evidenciado ser a Alemanha um grande exportador de capitais. Quanto ao tamanho das grandes corporações relativamente ao PIB, o valor de mercado das empresas brasileiras corresponde a pouco mais de 22% do PIB estimado pelo FMI para 2008 (31 empresas). Já o valor correspondente à Alemanha é de 18% para 57 empresas. 2.3. Caracterização Geral do Setor de Serviços Com a mudança na estrutura da economia ocasionada pelo progresso tecnológico e o crescimento na produtividade do trabalho, o setor de serviços se tornou de crescente importância nas últimas décadas. Em 1970 cerca de 45% da população economicamente ativa da Alemanha estavam empregadas no setor de serviço, 36 anos depois a proporção subiu para mais de 72%. Ao mesmo tempo a proporção de pessoas empregada no setor industrial decresceu cerca de 21%. 30 Fonte: FMI (2009), UNCTAD (2007) e Forbes (2009). 36 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS A composição de serviços no país também mudou. Típicos serviços consumidos no passado como comércio, hotéis e restaurantes eram os mais frequentemente consumidos, primeiramente por indivíduos e pelas famílias, quadro que sofreu grande mudança e, atualmente, os principais serviços são aqueles voltados aos negócios. Nesse contexto, novos serviços industriais emergiram e as tecnologias da informação e da comunicação passaram a ter importância fundamenta para a estrutura e o funcionamento da economia, assim como serviços de consultoria aos negócios, serviços legais e de contabilidade. O setor de serviços é o principal setor na constituição do PIB alemão, representando quase 70% do total. A tabela abaixo evidencia a importância do setor de serviços para a economia alemã e permite comparações com outros países: Fonte: Banco Mundial. Extraído de “A Competitividade nos Setores de Comércio, Serviços e do turismo no Brasil: Perspectivas até 2015”31 2.4. Caracterização dos Subsetores de Serviços No presente estudo, foi conferido destaque aos subsetores de serviços para os quais as oportunidades de negócios Brasil-Alemanha são mais viáveis aos olhos da própria comunidade empresarial ou que estejam dentre as prioridades de promoção de comércio e investimentos em serviços identificadas pelos governos do Brasil e da Alemanha (no caso do Brasil, as prioridades são aquelas indicadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento – PAC e pela Política de Desenvolvimento Produtivo – PDP). 31 Sebrae. http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/26DEECA1D363F802832574E90063304C/$File/NT0003A276.pdf 37 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Outra importante área do setor de serviços é o turismo, que gera de forma direta ou indireta cerca de 2,8 milhões de postos de trabalho. O faturamento anual gira em torno dos 150 bilhões de euros. O turismo também oferece um grande número de vagas para qualificação profissional: são 100 mil em todo o país. Em 2007, o número de pernoites aumentou 3% em relação ao ano anterior e chegou a 360 milhões. Nesse contexto, essa lista não é exaustiva, podendo haver nichos de mercado relevantes para vários outros subsetores de serviços. Os setores de serviços de maior potencial para investimentos recíprocos foram identificados com base em prospecção tentativa baseada nas características das economias do Brasil e da Alemanha face às capacidades empresariais existentes em ambos os países com provável interesse de inserção internacional32. Serviços de engenharia, construção civil e arquitetura Serviços pertinentes a atividades fabris em geral (design industrial, reparo e manutenção de maquinário, serviços afeitos à pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e processos etc) Serviços de distribuição e vendas (atacado, varejo e franquias) Serviços pertinentes à geração e à distribuição de eletricidade e gás Serviços de consultoria a empresas (jurídica, marketing e prospecção de mercados etc) Offshore outsourcing de serviços de alta tecnologia (tecnologia da informação, biotecnologia, química fina, fármacos, diagnósticos médicos etc) Serviços pertinentes a energias renováveis (biocombustíveis e energia eólica) Transporte transoceânico (marítimo e aéreo) e logística Telecomunicações Serviços financeiros, bancários e seguros Não obstante, nos últimos anos, essa atratividade tem sido relativizada face à perda de competitividade das empresas alemãs decorrente da forte apreciação do euro frente ao dólar americano e o fraco crescimento econômico alemão face a outras economias de rápido crescimento no entorno leste da Alemanha. Ainda assim, na Europa, a Alemanha é o 4º maior destinatário de investimentos brasileiros, atrás de Países Baixos, Espanha e França e pouco acima de Portugal33. No que se refere ao comércio e investimentos em serviços, vislumbramos que as maiores oportunidades para o empresariado brasileiro 32 Fontes: Invest in Germany (http://www.invest-in-germany.com/homepage/), Bundesministerium für Wirtschaft und Technologie – Jahreswirtschaftsbericht 2008 (http://www.bmwi.de/BMWi/Redaktion/PDF/Publikationen/jahreswirtschaftsbericht2008,property=pdf,bereich=bmwi,sprache=de,rwb=true.pdf), German Business Review, The Economist (www.economist.com), The Financial Times ( www.ft.com), Le Monde (www.lemonde.fr), estudo do MRE – Depto. de Promoção Comercial intitulado “Como Exportar para a Alemanha” (disponível em www.braziltradenet.gov.br) e Revista da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha. 33 Conforme dados do Banco Central do Brasil, o estoque de investimentos brasileiros na Alemanha acumulado até 2005 era da ordem de US$ 9,4 bilhões, enquanto nos Países Baixos, para efeito de comparação, era de US$ 28,7 bilhões . No entanto, na comparação desses números deve ser considerado que os Países Baixos são o ponto nodal de uma vasta rede de distribuição abarcando todo o norte da Europa. Por conseqüência, muito do investimento oficialmente alocado nos Países Baixos está vinculado, em última análise, a outros mercados europeus, principalmente Alemanha. 38 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS residem nas áreas de distribuição34, construção civil e engenharia, software35 e serviços financeiros36. Ainda que a economia alemã, como dito acima, tenha perdido alguma competitividade em termos relativos, isso não tem impedido o país de acumular robustos superávits comerciais, como evidenciado no gráfico abaixo: Fonte: U.S. Department of State's Bureau of International Information Programs 2.4.1. Distribuição e Vendas O comércio atacadista na Alemanha emprega 1,2 milhão de pessoas e movimenta em torno de 700 bilhões de euros por ano. Já o varejo oferece 2,7 milhões de postos de trabalho e tem um faturamento anual de 400 bilhões de euros37. 34 A Agência de Promoção de Exportações e Investimento (APEX – Brasil) instalou recentemente um centro de armazenagem e distribuição em Frankfurt. Sobre esse assunto e outros tópicos de investimentos, ver entrevista com o Primeiro-Ministro do Estado de Hessen, publicado na edição de março de 2007 da Revista da Câmara Brasil-Alemanha. A maior rede de supermercados na Alemanha é ALDI, presente em nove países europeus, EUA e Austrália (2003). É recomendável prospectar o interesse da ALDI em estabelecer presença comercial no Brasil. 35 “Parcerias buscam impulsionar venda de software brasileiro no exterior”, artigo publicado na edição de março/2007 da Revista da Câmara Brasil-Alemanha, publicação disponível na biblioteca do MDIC. 36 Atualmente, existem diversas empresas brasileiras localizadas na Alemanha, como por exemplo: em Frankfurt, o Banco do Brasil e o Banco Itaú; em Hamburgo, a Aliança Navegação e Logística Ltda; e em Düsseldorf, está instalada a SOFTEX Europe, uma empresa brasileira que oferece suporte às empresas nacionais de software para exportarem os seus produtos para a Europa. Conforme dados de 2003 do “World Investment Report” da UNCTAD publicado em 2004, as principais transnacionais brasileiras que atuam na Alemanha são: Tupy Fundições Ltda. – maquinaria e equipamentos; Teka Tecelagem Kuehnrich; Tomra Latasa Reciclagem S/A – metais; e Altus Participações – outros serviços de negócios. 37 Fonte: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,1017270,00.html 39 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS No setor de distribuição e vendas (supermercados, grandes estabelecimentos especializados e franquias), Seguem-se algumas observações sobre o setor de distribuição e vendas na Alemanha de eventual interesse para a empresa brasileira que queira se estabelecer naquele país. • O mercado alemão é mercado maduro, isto é, há saturação de oferta e acirrada competição por preço, qualidade ou conveniência de localização; • O comércio varejista de gêneros de primeira necessidade é dominado por grandes grupos nacionais, como Metro e Rewe, que possuem várias redes de supermercados com unidades de pequeno e médio porte, além de cadeias de lojas de departamento, eletrodomésticos e materiais de construção; • Estabelecimentos de pequeno e médio porte – mesmo que pertencentes a redes nacionais e internacionais – dominam as ruas e galerias comerciais. Até pouco tempo, constituíam exceções nesse quadro as lojas de departamentos, como Galeria Kaufhof, Karstadt e Kadewe, algumas das quais centenárias; • Hipermercados e lojas especializadas em móveis, brinquedos, jardim e construção, entre outras, localizam-se sobretudo em áreas de expansão nas periferias das cidades; • Shopping centers, tais como os que existem em profusão no Brasil, são praticamente desconhecidos na Alemanha. Os serviços de distribuição e de vendas no atacado e no varejo estão representados na Alemanha por empresas de classe mundial, detentoras de tecnologias de gestão inovadoras, cujo interesse em constituir parcerias com empresas brasileiras na Europa deve ser prospectado, assim como pelo interesse alemão em estabelecer ou ampliar sua presença comercial no Brasil, especialmente aquelas especializadas na distribuição e vendas de equipamento e insumos industriais e para TICs. As maiores empresas alemãs do setor de varejo são as que seguem: Aldi Group, Arcandor ex-KarstadtQuelle AG, AVA AG, Baywa, DocMorris, Douglas Holding AG, easyApotheke, Edeka Zentrale AG, FIELMANN AG, Hornbach, Lidl & Schwarz Stiftung & Co. KG, Makromarkt, Mann Mobilia, Massa AG, Metro AG, Norma, Obi, Rewe AG, Schlecker, SPAR Handels-Aktiengesellschaft, Tengelmann OHG, Wurth Group. Ainda no que se refere a oportunidades de negócios Brasil – Alemanha no setor de varejo, cabe lembrar que, em vista do alto poder aquisitivo e do interesse do consumidor alemão por produtos e serviços diferenciados, há oportunidades de negócios para franquias brasileiras de produtos de consumo pessoal de alto valor agregado como cosméticos ditos naturais ou orgânicos na linha dos produtos da Natura, O Boticário, Farmaervas, Phitoervas e outros, gemas e jóias, artigos de couro etc. 40 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 2.4.2. Engenharia e Construção Civil São excelentes as oportunidades de ampliação do comércio e investimentos da Alemanha para o Brasil em infraestrutura e energia, haja vista a necessidade de recuperação, modernização e ampliação da infraestrutura de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, centrais hidrelétricas, energias alternativas (biodiesel, energia eólica etc), energia nuclear38, prospecção de petróleo, distribuição de eletricidade, transporte urbano e suburbano, além das oportunidades oriundas do boom imobiliário que se configura em virtude do PAC39. A Iniciativa para Infraestrutura no âmbito do Encontro Econômico BrasilAlemanha pode figurar como ótima ocasião para a discussão de parcerias e oportunidades para o setor. As empresas alemãs de engenharia muitas vezes são detentoras das capacidades tecnológicas mais avançadas nas áreas referidas acima, operando com custos competitivos em virtude de ganhos de escala e de escopo. O apetite dessas empresas pelo mercado brasileiro cresceu sobremaneira após a sanção da Lei das Parcerias Público-Privadas (Lei nº11.079/2004). A presença comercial das empresas alemãs no Brasil, genericamente consideradas, tem propiciado sinergias com as empresas de capital nacional, além de externalidades positivas como a formação de quadros especializados e transferência tecnológica40. Também seria de mútuo interesse a constituição de empreendimentos conjuntos focados no Mercosul, na Europa e em terceiros mercados. As maiores empresas alemãs de engenharia são as que seguem: Alcontrol GmbH, Axel Johnson GmbH, Berliner Wasser Betriebe, Bewag, BWB, Contigas, DEUDAN, E.ON AG, EnBW-Energie Baden, Ersol Solar Energy, Eurawasser, Gasag, GasLine, Gelsenwasser, HEW, IAW, Isar Amperwerke, Kraftwerke Bitterfeld, Kraftwerke Ruhr, Lahmeyer, Laubag, Main-Kraftwerke, Megal, Mibrag mbH, Netra, Oewa, OK Wasser, Philip Muller H+E, Purac Leuna GmbH, Rheinbraun, Rheinelektrica, Ruhrgas AG, RWE AG, Schkopau, Schmeink Cofreth, Siemens AG, Solon AG, Stadtwerke Bremen, Stadtwerke Dusseldorf, Stadtwerke Hanover, STREVA, TENP, Thyssengas, Vasa Energy, VEAG, VEW, WIEH, Wintershall, WMD. As maiores empresas alemãs do setor de construção civil são as que seguem: Acerplan Planungsgesellschaft, Alsen AG, Bilfinger & Berger, Brochier, Dyckerhoff AG, G+H Montage, Heidelberger Zement AG, Heinrich Nickel, Hochtief AG, Knauf, Meyerwest, Philip Holzmann AG, Schwenk Zement KG, Tarkett Sommer AG, Teerbau Konzern, Villeroy & Boch AG, Walter Bau AG. 2.4.3. Transporte e Logística As empresas alemãs de transporte e logística estão entre as maiores e mais competitivas do mundo em todas as áreas: transporte aéreo de cargas e passageiros, transporte multimodal de containers, transporte de cargas especiais etc. As empresas alemãs são de 38 A respeito da retomada da construção de usinas nucleares no Brasil, ver “Lula fala em optar por usinas nucleares”, artigo publicado em 04/05/2007 por O Estado de S. Paulo. 39 Exame dedicou a edição de 06/06/2007 a artigos correlacionados a esse boom imobiliário e aos investimentos estrangeiros decorrentes. 40 Vide “Mão dupla na transferência de tecnologia”, artigo publicado na Revista da Câmara Brasil-Alemanha em março de 2007. 41 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS grande importância para a colocação das exportações brasileiras não só na Europa, mas também em escala global. Os mapas, gráficos e comentários abaixo, extraídos do estudo “Germany: Europe’s logistics hub”41, ajudam a compreender porque a Alemanha é o maior centro de transporte e logística da Europa: 41 http://www.invest-ingermany.com/uploads/media/EuropesLogisticsHub_01.pdf 42 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 43 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 2.4.4. Tecnologias da Informação e Comunicação - TICs Serviços de valor adicionado a telecomunicações42 são um segmento com amplo potencial para o incremento de comércio e investimentos entre Brasil e Alemanha. Também é oportuno prospectar as oportunidades de negócios pertinentes aos serviços afeitos à chamada “convergência tecnológica”43. O mercado alemão de software é o segundo maior europeu, atrás apenas do Reino Unido. Taxas de crescimento de 5% eram esperadas originalmente para 2009, entretanto devido à crise financeira e econômica internacional, analistas foram forçados a reduzir significantemente as estimativas de crescimento, como se observa no quadro abaixo. (US$ milhões) Tamanho do Mercado alemão 2007 2008 2009 (e) 20.155 21.025 21.315 Espera-se que ocorram adiamentos ou cancelamentos em alguns projetos planejados na área de TI, todavia a indústria espera angariar novamente investimentos em um futuro próximo, uma vez que as empresas continuam a centrar-se na necessidade de redução de custos e aumento da eficiência. Embora as companhias de software alemãs sejam muito competitivas, analistas estimam que aproximadamente 80% dos softwares vendidos na Alemanha são fornecidos por empresas dos EUA (a maioria das grandes companhias de programação dos EUA tem filiais na Alemanha). Em 2007, as maiores companhias de software na Alemanha representaram mais de US$ 10 bilhões em vendas, o que representa cerca de 50% do mercado alemão. Apesar disso, a Alemanha ainda está aberta para as importações. Indústrias específicas e nichos de produtos continuarão encontrando boas oportunidades de vendas na Alemanha. No entanto, como a União Europeia continua a expandir-se como mercado único, a concorrência de outros países europeus no setor tende a aumentar. Nesse sentido, cabe lembrar que os serviços de informática com amplo potencial para o incremento de comércio e investimentos entre Brasil e Alemanha são: software de inteligência comercial, software de gestão de estoque, software de gestão de relacionamento com clientes, software de segurança em TI, softwares operacionais (middleware), banco de dados, ferramentas de controle e software customizado (Software as services - SaaS). Também é oportuno prospectar as oportunidades de negócios afeitos aos serviços que oferecem as melhores perspectivas, a saber: afeitos à administração estatal alemã, bancos, seguradoras, setor de saúde e serviços públicos. Apesar de o setor bancário ter sido gravemente afetado pela crise financeira internacional, instituições 42 A Lei Geral das Telecomunicações (Lei nº 9.472/1997) no Art. 61, define: “Serviço de valor adicionado é a atividade que acrescenta, a um serviço de telecomunicações que lhe dá suporte e com o qual não se confunde, novas utilidades relacionadas ao acesso, armazenamento, apresentação, movimentação ou recuperação de informações”. São exemplos genéricos de valor adicionado: e-mail, hospedagem de páginas, call centers, e demais serviços caracterizados como terminação de rede. Novos serviços de valor adicionado, no futuro próximo, terão grande relevância para o suporte de diversos sub-setores de serviços afeitos ao comércio eletrônico. 43 No que se refere a tecnologias da informação e da comunicação, convergência tecnológica é a integração de telecomunicações, computação (incluindo Internet), captura e difusão de informações tendo como resultado a integração de imagens, dados e voz, de forma a proporcionar ao usuário máxima mobilidade, interatividade e ubiquidade. Aplicações imagináveis: Internet móvel, tele-medicina, tv móvel, escritório móvel, tele-educação etc. No futuro próximo, a convergência tecnológica tem o potencial de revolucionar o setor de serviços. 44 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS financeiras tendem a finalizar ou dar início a projetos de TI, devido à importância estratégica que estes desempenham na maioria das operações bancárias. Faturamento do Setor de Software e Serviços de Informática em 2006 - % em relação ao total mundial Fonte: Associação Brasileira dos Exportadores de Software – ABES. Extraído de “A Competitividade nos Setores de 44 Comércio, Serviços e do turismo no Brasil: Perspectivas até 2015” Segundo pesquisa conduzida por The Economist, a Alemanha é o 7º melhor país para a realização de P & D em tecnologias da informação e da comunicação. 44 Sebrae: http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/26DEECA1D363F802832574E90063304C/$File/NT0003A276.pdf 45 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Fonte: Ecnonomist Intelligence Unit45 A análise dos dados referidos nas tabelas acima indica que há relevantes oportunidades de negócios para empresas brasileiras no mercado alemão de serviços afeitos às TICs, especialmente, como já indicado acima, num setor em que as empresas nacionais têm notável capacidade: elaboração de programas de computador. O Brasil tem grande interesse no estabelecimento de empresas alemãs de software e de outros serviços afeitos às TICs que venham a suprir ou complementar capacidades já existentes no Brasil, que se posiciona entre os países emergentes mais capacitados nesse setor. De fato, segundo a Brasscom, após 45 anos de investimentos governamentais e privados, o mercado brasileiro de TI conta com um pool de profissionais altamente qualificados, que hoje somam mais de 1,7 milhões. O mercado de trabalho do setor se desenvolveu graças ao elevado know-how técnico e de gestão de negócios acumulado pelas empresas brasileiras do setor. O Brasil possui um mercado de serviços de TI bastante competitivo, com a presença de empresas de grande porte, como Accenture, Atech, Atos Origin, BRQ, BT, Cast, Cisco, CPM Braxis, EDS, GFT, GPTI, HSBC, Hughes, IBM, Intel, Itautec, Microsoft, Politec, Resource, Softtek, Siemens, Stefanini, Sun, Tata, Tivit, Totvs, Ubik e Unisys. O PIB brasileiro de TI chegou a US$ 28,6 bilhões em 2008 (IDC) – sendo 35% para o setor de serviços. Ainda segundo a Brasscom fabricantes nacionais de PCs têm superado empresas tradicionais do setor (como Dell e Acer), consolidando uma posição de destaque no mercado interno, com grande volume de negócios e competitividade em preços. No Brasil, 45 http://graphics.eiu.com/upload/portal/BSA_COMPETITIVENESS_WEBrrr.pdf 46 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS há ampla utilização de diversas plataformas, como Mainframe, Unix, Linux, .Net, Java, Oracle, SAP, Natural Adabas, entre outras. O Brasil aparece em segundo lugar no ranking mundial em número de mainframes, com grande oferta de profissionais habilitados em COBOL. Além disso, o País é líder em programadores de Java e conta com diversos JUGs, incluindo o maior do mundo, com 18 mil membros, segundo a IDC. É cada vez mais expressiva a participação de empresas brasileiras de TI no exterior. O foco em exportações de serviços tem crescido entre as nacionais, que estão cada vez mais preparadas para competir no mercado global em qualidade e preço. Além disso, algumas empresas brasileiras vêm expandindo suas operações para além das fronteiras nacionais, e várias delas já atuam na Alemanha, Angola, Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Índia, Itália, México, Panamá, Peru, Portugal, Reino Unido, Venezuela, entre outros. Em “Global Information Technology Report 2008-2009”, estudo do Fórum Econômico Mundial, o ambiente de negócios para TICs no Brasil, Alemanha e outros países é minuciosamente avaliado segundo critérios objetivos46. As principais empresas alemãs de serviços afeitos à telecomunicações são as que seguem: 3U Telecom AG, CSC Ploenzke, Debitel AG, Dekraphone, Detecon, Deutsche Telekom AG, Kabel Deutschland, Mannesman AG, Mobilcom AG, Otelo, TelDaFax AG, Telegate, Teles AG, United Internet, Vebacom, Viag Interkom. As principais empresas alemãs de serviços computacionais são as que seguem: Compugroup, Intershop AG, IXOS Software AG, SAP AG, Software AG. 2.4.5. Serviços Terceirizados ao Exterior (Offshore Outsourcing) Terceirização (outsourcing) refere-se ao deslocamento de operações ditas meio ou não finalísticas da produção interna à empresa para uma entidade externa especializada na prestação da operação deslocada. Quando a terceirização se dá para uma empresa no exterior, fala-se de terceirização ao exterior, mais conhecida pela expressão offshoreoutsourcing ou simplesmente offshoring. No que diz respeito à Alemanha, de alto custo de mão de obra, aluguel do espaço físico etc, a distinção entre outsourcing e offshoring torna-se cada vez mais irrelevante já que a terceirização, com cada vez maior frequência, está dirigida a uma empresa em um país em desenvolvimento, com custos operacionais significativamente menores. De fato, o interesse na redução de custos é uma das determinantes da decisão de terceirização, ao lado da decisão estratégica da concentração dos esforços da firma em seu core-business ou, aspecto particularmente relevante para empresas de países em desenvolvimento que terceirizam etapas do processo produtivo para empresas de países tecnologicamente avançados, o acesso a recursos humanos de altíssima qualificação ou a tecnologias indisponíveis no mercado local. 46 http://www.insead.edu/v1/gitr/wef/main/fullreport/index.html 47 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS A terceirização ao exterior (offshoring) tanto pode dizer respeito à produção de bens quanto à prestação de serviços. Quanto a esse último aspecto, são de especial relevância atual ou potencial o offshoring do desenvolvimento de softwares, de serviços afeitos às tecnologias da informação e da comunicação, de contabilidade corporativa, de processamento de dados de entidades financeiras, de serviços audiovisuais, de desenvolvimento de produtos e processos (P & D), de testes industriais, de testes de bancada para a indústria química fina, de processos pertinentes à biotecnologia e outra ciências da vida, de análise de séries mineralógicas e dados de sensoriamento remoto (prospecção de petróleo, mineração agricultura etc), de análises clínicas, de serviços de suporte ao consumidor (call centers) etc. Ao Brasil interessa receber investimentos e exportar serviços resultantes da terceirização (offshore outsourcing) da pesquisa e desenvolvimento de firmas estabelecidas na Alemanha47, além de outros serviços terceirizáveis. Como setores de interesse conjunto, podem ser cogitados biotecnologia, química, indústria farmacêutica, testes industriais, os chamados BPO – Business Process Offshoring etc. Cabe lembrar que as empresas alemãs têm interesse na referida terceirização para fazer face à premente necessidade de ganho de competitividade via redução de custos. Por último, cabe lembrar que as empresas alemãs podem vir a identificar oportunidades de negócios no que se refere à terceirização para o Brasil de reparos de material de transporte (embarcações e aeronaves), maquinário e equipamentos provenientes da Europa, tirando vantagem dos custos de fatores significativamente mais baixos no Brasil (mão de obra, custos com instalações industriais etc). 2.4.6. Energias Renováveis e Biocombustíveis No que se refere a comércio e investimentos em bens e serviços pertinentes a biocombustíveis48, vislumbram-se crescentes oportunidades, haja vista a prioridade atribuída por governo, empresariado e sociedade alemães à diversificação da matriz energética do país com a incorporação de energias renováveis, de menor impacto ecológico, o que certamente oferece extraordinárias oportunidades para as empresas brasileiras do setor, em empreendimentos próprios ou em associação com empresas alemãs, inclusive para inserção em mercados fora da Europa. Quanto a outras energias renováveis, há oportunidades no que se refere à energia eólica, setor em que as empresas alemãs estão entre as mais competitivas do mundo. 47 Sobre serviços de P&D transferidos das matrizes para filiais de empresas alemãs estabelecidas no Brasil, vide “Investimentos em P&D aumentam chances de exportar”, artigo publicado na edição de jan/fev de 2006 da Revista da Câmara Brasil-Alemanha. 48 No que se refere a oportunidades em agronegócio e outros tópicos da pauta de comércio e investimentos Brasil-Alemanha, vide “Empresas alemãs desfrutarão de oportunidades de negócio no Brasil”, artigo publicado na edição de nov/dez 2006 da Revista da Câmara Brasil-Alemanha, disponível na biblioteca do MDIC. 48 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 49 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 3. Facilidades e Entraves aos Negócios 3.1. Europa: Área Preferencial de Projeção Econômica da Alemanha Nos últimos anos, a Alemanha tem envidado esforços no sentido de estreitar vínculos de comércio e investimentos além da União Europeia. Dentre os países emergentes de grande população, o Brasil mostra-se particularmente atrativo para o investimento direto estrangeiro por várias razões: sustentabilidade de longo prazo das condicionantes de crescimento econômico (estabilidade política e social, instituições de governo e empresariais sólidas, transparentes e em acelerado processo de aprimoramento, expansão demográfica em nível ótimo etc), mercado menos caracterizado por fortes peculiaridades culturais (como é o caso de China, Índia, Indonésia etc), inexistência de redes negociais fechadas, crescente incorporação de tecnologias inovadoras aos processos produtivos etc. De fato, segundo levantamento efetuado pela Rede Nacional de Informação sobre o 49 Investimento – Renai , entidade integrante da Secretaria de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a Alemanha tem anunciado modesto montante de investimentos diretos no Brasil. Em 2007, foi responsável por 3,38% do volume total de anúncios de investimentos no Brasil, percentual que decaiu para 1,80% em 2008, retomando verticalmente a ascensão nos quatro primeiros meses de 2009 (23% do total)50 49 O quadro positivo do investimento no Brasil refletiu-se no expressivo número de anúncios de investimentos veiculados por diversos órgãos da imprensa em 2008. A Renai faz levantamento periódico dos projetos de investimentos anunciados no país. A análise dos anúncios, confrontada com um conjunto selecionado de variáveis indicativas, é instrumento importante para a percepção do comportamento do investimento, uma vez que capta volume significativo de decisões de investimentos tomadas pelos agentes econômicos. Vale ressaltar, contudo, que o levantamento de 2008 ainda não contém dados repassados pela Suframa, bem como dados dos pleitos de redução do Imposto de Importação pelo regime de “ex-tarifários”. Além disso, a revisão dos anúncios de 2008 compilados pela RENAI ainda não foi concluída. Os resultados do presente levantamento são preliminares e podem sofrer alterações à medida que os dados forem revisados. Entretanto, acredita-se que será mantida a tendência observada nas séries, bem como de boa parte das análises elaboradas. http://investimentos.desenvolvimento.gov.br/arquivos/RENAI-BOLETIM-06042009-FINAL-SITE.pdf 50 Banco Central do Brasil. 50 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 3.2. Complementaridade e Distância Duas forças poderosas, agindo em direções contrárias, moldam a aproximação econômica entre dois países ou blocos de países: complementaridade e distância. No caso das relações entre Brasil e Alemanha, se, por um lado, a evidente complementaridade entre as duas economias induz a que sejam parceiros “naturais”, por outro lado, o fator distância, em suas diferentes dimensões – cultural, política e 51 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS administrativa, geográfica e econômica -, podem constituir impedimento ao estreitamento das relações econômicas entre os dois países, principalmente no que se refere a serviços. Cabe assinalar que a complexa relação complementaridade-distância que impulsiona ou restringe as trocas econômicas Brasil-Alemanha evoluem em boa parte também em decorrência de transformações internas às economias e sociedades brasileira e alemã que fogem ao escopo das partes diretamente envolvidos na promoção das relações bilaterais (mudanças demográficas, de nível ou de distribuição de renda, alterações no foco de atuação do setor produtivo etc). 3.2.1. Complementaridade A complementaridade entre as pautas de exportação e importação do Brasil e da Alemanha e a indução de investimentos recíprocos decorre de diferentes fatores. Dentre os mais relevantes, podem ser citados: i) diferença na participação dos distintos setores de atividade na composição percentual do PIB em cada economia; ii) disponibilidade de excedentes exportáveis ou de produção interna insuficiente para o atendimento da demanda doméstica; iii) interesse contínuo, não esporádico, das empresas de cada país em operar em mercados externos, inclusive mediante o estabelecimento de presença comercial direta; iv) diferentes estágios de desenvolvimento do Brasil e Alemanha; e v) interesse das empresas em se inserir ou mesmo capitanear cadeias produtivas regionais ou globais, para o que pode ser instrumental o estabelecimento de presença comercial no exterior. A corrente de comércio entre Brasil e Alemanha, em números absolutos, é bastante expressiva: quase US$ 21 bilhões, com significativo superávit para a Alemanha. Destacase que pouco mais de ¼ do comércio Brasil – União Europeia é estabelecido com a Alemanha. Corrente de comércio Brasil e Alemanha – 2008 Valores em US$ FOB Mês Exportação Importação Saldo Corrente de Comércio JAN 537.304.735 871.423.341 -.334.118.606 1.408.728.076 FEV 503.996.228 870.273.735 -.366.277.507 1.374.269.963 MAR 558.906.980 800.929.113 -.242.022.133 1.359.836.093 ABR 626.518.586 943.238.560 -.316.719.974 1.569.757.146 MAI 729.356.149 1.050.759.908 -.321.403.759 1.780.116.057 JUN 844.459.722 1.026.497.031 -.182.037.309 1.870.956.753 JUL 1.011.795.134 1.221.778.370 -.209.983.236 2.233.573.504 AGO 785.826.337 1.219.278.031 -.433.451.694 2.005.104.368 SET 1.028.576.176 1.178.847.836 -.150.271.660 2.207.424.012 OUT 815.340.352 1.143.772.233 -.328.431.881 1.959.112.585 NOV 748.515.425 957.623.944 -.209.108.519 1.706.139.369 ‘1DEZ 660.213.703 741.325.608 -81.111.905 1.401.539.311 -3.174.938.183 20.876.557.237 Acumulado 8.850.809.527 12.025.747.710 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria – Secretaria de Comércio Exterior – Aliceweb 52 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Corrente Comércio Brasil – União Europeia - 2008 Valores em US$ FOB Mês Exportação Importação Saldo Corrente de Comércio JAN 3.361.344.665 2.749.372.328 611.972.337 6.110.716.993 FEV 3.003.322.707 2.624.362.717 378.959.990 5.627.685.424 MAR 3.262.803.778 2.334.990.648 927.813.130 5.597.794.426 ABR 3.588.244.021 2.628.317.724 959.926.297 6.216.561.745 MAI 4.750.222.365 2.991.326.079 1.758.896.286 7.741.548.444 JUN 4.179.777.699 3.303.000.547 876.777.152 7.482.778.246 JUL 4.890.189.660 3.700.138.630 1.190.051.030 8.590.328.290 AGO 4.214.763.400 3.521.957.751 692.805.649 7.736.721.151 SET 4.359.894.544 3.404.212.201 955.682.343 7.764.106.745 OUT 4.225.480.008 3.436.373.019 789.106.989 7.661.853.027 NOV 3.354.843.306 3.109.513.816 245.329.490 6.464.357.122 DEZ 3.204.401.175 2.383.910.956 820.490.219 5.588.312.131 Acumulado 46.395.287.328 36.187.476.416 10.207.810.912 82.582.763.744 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria – Secretaria de Comércio Exterior – Aliceweb O comércio com a Alemanha é bastante expressivo, sendo o país o principal parceiro no bloco europeu. No entanto, ao se considerar o tamanho da economia alemã, conclui-se que ainda há espaço para o crescimento do fluxo de comércio e investimentos entre os dois países, a complementaridade entre as duas economias tem resultado num volume de comércio e investimento aquém das potencialidades dos dois parceiros. País PIB (câmbio oficial - US$ bilhões) EUA China Argentina Alemanha Japão Itália França Espanha Reino Unido 14.265 4.402 327 3.668 4.924 2.314 2.866 1.612 2.674 Corrente de Comércio com o Brasil 2008 (US$ bilhões - FOB) 53,0 36,4 30,9 20,9 12,9 9,4 8,8 6,5 6,3 Fontes: Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria – Secretaria de Comércio Exterior – Aliceweb e Fundo Monetário Internacional Conquanto a Alemanha sempre tenha sido parceiro comercial e fonte de capital estrangeiro de destaque para o Brasil, ainda assim permanece fundamental insistir em dinamizar as relações econômico-comerciais com aquele país, por vários motivos: • Em primeiro lugar, porque a Alemanha, país populoso e de alto poder aquisitivo, é um dos maiores mercados do mundo. Ademais, em seu entorno imediato residem centenas de milhões de potenciais consumidores (União 53 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Européia e Leste europeu), de alcance imediato para a empresa brasileira de serviços que venha estabelecer presença comercial no país. Empresas estrangeiras já de longa data usufruem das vantagens decorrentes de utilizar a Alemanha como base para exportação para terceiros países. • • Em segundo lugar, porque urge reduzir a dependência do País da exportação de matérias-primas e semimanufaturados. O intercâmbio com a Alemanha, economia centrada em serviços e com amplos contingentes de população de alto poder aquisitivo, pode colaborar para equilibrar o que tem sido chamado de tendência à regressão da pauta exportadora brasileira a um perfil “colonial”, com baixíssima agregação de serviços. Em terceiro lugar, porque está claro que o setor terciário alemão continuará a desempenhar papel de relevo em nível global. É o caso, por exemplo, do setor de bens e serviços afeitos às tecnologias da informação e da comunicação – TICs, e dos serviços afeitos à biotecnologia. A associação de empresas brasileiras de serviços às suas congêneres alemãs pode resultar em significativo proveito para ambas as partes tanto no que se refere a ganhos de competitividade para atuação no mercado interno de cada país como no que se refere a terceiros mercados. Esse último aspecto, no que diz respeito a parcerias envolvendo empresas dos dois países, é particularmente importante para o Brasil, país que envida esforços para se inserir em cadeias globais de produção e consumo em condições que favoreçam a alavancagem de seu desenvolvimento econômico e social. • Em quarto lugar, porque a Alemanha vem retomando com muito vigor a expansão de seus investimentos diretos no Brasil, tendência que, em tendo continuidade, deverá alçar o país à condição de um dos maiores provedores de capital estrangeiro para a expansão do setor produtivo no Brasil. É de se supor que boa parte desses novos investimentos sejam direcionados ao setor terciário. • Em quinto lugar, porque a Alemanha é detentora de capacidade tecnológica e empresarial de primeira linha em setores de atividade importantes ou mesmo estratégicos para o Brasil em termos estritamente econômicos como indústria aeroespacial e transporte ferroviário de alta velocidade ou setores cuja relevância vai além do aspecto econômico-empresarial (que, não obstante, é também muito grande): geração de energia em termelétricas nucleares e indústria de defesa. Todos esses setores envolvem bens e serviços e se notabilizam pela forte intervenção do Estado em sua conformação, desenvolvimento e projeção em mercados estrangeiros, especialmente os dois últimos acima referidos. A Política de Comércio Exterior do Brasil preconiza o estreitamento das relações econômicas com países desenvolvidos, seja no que se refere a comércio, seja no que se refere a investimentos, em bases mutuamente vantajosas. Nos últimos anos, a entrada de empresas de países desenvolvidos no mercado brasileiro tem sido ponderada por formuladores de políticas públicas e estudiosos do assunto não só em termos de vantagens advindas do aporte de capitais para o setor produtivo nacional, mas também em termos de transferência difusa de novas tecnologias. Outro aspecto destacado é a eventual facilitação que a entrada da empresa estrangeira no mercado brasileiro proporciona para a inserção de empresas de capital nacional em cadeias globais de produção de bens e serviços. 54 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Com esse norte, as ações da Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior e outras entidades de governo focadas no incremento dos negócios em serviços entre Brasil e Alemanha priorizam os setores em que houver coincidência entre os interesses ofensivos e receptivos de ambos os países. Consideram-se como de interesse ofensivo os setores de atividade em que o país tenha interesse em promover exportações e investimentos no outro país e interesse receptivo, às atividades que o país tenha interesse em promover importações e em atrair investimentos do outro país. A complementaridade que se procura ressaltar neste estudo é referenciado ao interesse nacional alemão manifesto em páginas de entidades oficiais na Internet e ao interesse brasileiro tal qual é definido na Política de Desenvolvimento Produtivo51, na Política de Aceleração do Crescimento - PAC e outros normativos. 3.2.2. Distância O conceito de distância abrange diversas dimensões da interação das partes interessadas na operacionalização e promoção das relações econômicas entre Brasil e Alemanha. Essas dimensões incluem desde dimensões de percepção objetiva e imediata, como distância geográfica, facilidade (ou dificuldade) logística de movimentação de cargas e passageiros, normas e regulamentos técnicos e afinidades culturais e linguisticas, até dimensões de ponderação menos imediata ou mesmo subjetiva como práticas correntes na comunidade empresarial local e entre essa e agentes públicos, padrões e preferências de consumo. Análises econométricas do comércio internacional52 sugerem que o comércio entre dois países tende a ter um incremento de 42% se utilizam o mesmo idioma, 47%, se são membros de uma mesma área de livre comércio, 114% se utilizam a mesma moeda, 125% se são fronteiriços e 188% se outrora houve entre ambos relação colôniametrópole. Nenhum desses fatores está presente na relação Brasil-Alemanha. Para efeito de categorização analítica, as diversas dimensões de distância entre Brasil e Alemanha podem ser tentativamente relacionadas e agrupadas, de forma não exaustiva, em quatro categorias básicas, como segue53: 51 Em maio de 2008, o Governo Federal lançou a Política de Desenvolvimento Produtivo - PDP, que valoriza ações abrangentes e coordenadas entre as diferentes áreas do governo e do setor privado. A Política de Desenvolvimento Produtivo tem como desafios a ampliação da capacidade brasileira de oferta, o melhoramento contínuo do Balanço de Pagamentos, a elevação da capacidade de inovação e o fortalecimento de MPEs. Os principais desafios da PDP são: i) aumento da taxa de investimento; ii) ampliação da participação das exportações brasileiras no comércio mundial; iii) elevação do dispêndio privado em P&D; e iv) ampliação do número de MPEs exportadoras. O setor de serviços é uma componente importante da PDP http://www.desenvolvimento.gov.br/pdp/index.php/sitio/inicial . 52 Fonte: Ghemawat, P.2007, Redifining Global Strategy: Crossing borders in a world where differences still matter, Harvard Business School Press, Boston. http://www.ghemawat.org/redefining_global_strategy.html 53 Elaboração da Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior com base na categorização de Ghemavat (ver nota de rodapé acima). 55 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS DISTÂNCIA CULTURAL Não reconhecimento de diplomas Diferentes propensões a exposição ao risco Diferenças na relação capitaltrabalho Diferentes idiomas DISTÂNCIA POLÍTICA-ADMINISTRATIVA Diferentes níveis de regulamentação doméstica Não participação numa mesma área de livre comércio Diferentes regiões de projeção econômica preferencial Falta de moeda comum Ausência de vínculos metrópolecolônia pretéritos DISTÂNCIA GEOGRÁFICA Distância física Falta de fronteira terrestre Diferenças de fusos horários Dificuldades logísticas DISTÂNCIA ECONÔMICA Economias em estágios de desenvolviment o muito diferentes Mercados em estágios de maturação muito diferentes Padrões de consumo divergentes Distância cultural: é relativamente pequena a distância cultural entre Brasil e Alemanha, já que ambas são manifestações do fundo cultural comum a todo o Ocidente. As diferenças entre as culturas empresarias brasileira e alemã estão mais nos detalhes ou na exteriorização de valores, percepções e expectativas que são essencialmente os mesmos. É de se esperar que não haja grandes problemas de comunicação intercultural. Segundo a classificação de padrões comportamentais no ambiente corporativo culturalmente condicionados proposta por Hofstede54, os almães tendem a ser bem mais individualistas que os brasileiros (67 a 38 numa escala de 1 a 120, contra 91 dos americanos), ainda, de maneira mais acentuada que os brasileiros, tendem a não valorar muito sucesso material e ascensão a posição de poder (66 a 48, contra 62 dos americanos), os alemães tem maior propensão a aceitar como “naturais” acentuados desníveis de remuneração e poder (35 a 69, contra 40 dos americanos). Segundo a mesma metodologia, os alemães conseguem ter ainda mais aversão ao risco e à incerteza que os brasileiros (65 a 76, contra 46 dos americanos). Os alemães valorizam a precisão e se mostram impacientes com incertezas, ambiguidades e risco não quantificável. Na realização de negócios na Alemanha é possível perceber que há uma ênfase ao planejamento cuidadoso, consultas e consenso. Isto desenvolveu uma valorização pelo detalhe, fatos e estatísticas. Outra peculiaridade é a aversão ao risco, que pode ser superado pelo investidor brasileiro por meio de deliberação detalhada e escrutínios baseados em fatos e evidências. Documentos escritos são vistos como a maneira mais segura para análise. Os Alemães enfatizam o planejamento, assim, é importante agendar reuniões e encontros com pelo menos 2 ou 3 semanas de antecedência, o mesmo se aplica para longas conversas telefônicas. 54 Geert Hofestede é um influente cientista social especializado na interação entre culturas nacionais ou regionais e culturas organizacionais, que tende a se conformar segundo padrões bastante persistentes no tempo. Hofestede formulou o chamado Modelo das Cinco Dimensões http://www.clearlycultural.com/geert-hofstede-cultural-dimensions/. 56 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Os alemães analisam cuidadosamente as propostas e se asseguram de que a informação provida esteja na forma escrita e que seja apresentada cientificamente. As decisões serão tomadas baseadas em fatos concretos que demonstrem uma sólida oportunidade com riscos mínimos. As decisões são tomadas lenta e metodicamente, mas uma vez tomada, ela dificilmente será mudada. Distância administrativa-política: como já foi mencionado, Alemanha e Brasil focam espaços geográficos de integração econômico-comercial distintos e não fazem parte do mesmo bloco de integração regional. No entanto, a interlocução entre Mercosul e União Europeia é intensa e constitui fator de diminuição da distância administrativa e política entre Brasil e Alemanha. Distância geográfica: A distância geográfica pode se constituir em considerável entrave para empresas de serviços que precisem manter frequente trânsito de pessoal ou em que matriz, filial, fornecedores e clientela necessitem operar com larga sobreposição de horários. Nessa dimensão, Brasil e Alemanha são países relativamente distantes. A rota aérea entre São Paulo e Berlim excede 11 horas de voo, implicando considerável dispêndio de tempo e dinheiro para o trânsito de executivos e técnicos. Os fusos horários têm um deslocamento razoável, não chegando a ser um dificultador importante. As ligações marítimas e aéreas entre os dois países são diretas e frequentes, muito melhores do que a de países geograficamente mais próximos ao Brasil (África, por exemplo). Distância econômica: a distância econômica entre Brasil Alemanha é agravada pelo acentuado desnível de desenvolvimento entre as duas economias e pela pouca integração das cadeias produtivas de serviços. Ademais, o mercado alemão é um mercado maduro, no qual a concorrência é acirrada em praticamente todos os setores de atividade. Enquanto mercado maduro, os compradores estão em condições de exigir alta qualidade dos serviços e condições vantajosas de pagamento. Nesse contexto, a empresa de serviços brasileira que queira se inserir no mercado alemão deverá contemplar três possibilidades: deslocar outra empresa já estabelecida, sobrepujando-a em termos de qualidade e/ou preço; ocupar nicho de mercado ainda não saturado por falta de agilidade ou de interesse das empresas locais ou “criar” seu próprio nicho pela oferta de serviço único e exclusivo; ou, ainda, atuar em joint-venture com empresa alemã ou estrangeira já inserida no mercado local, arcando, no entanto, com os inconvenientes inerentes a parcerias entre desiguais (redução da margem de lucro, perda de segredo de negócio etc). 3.2.3. Conclusões • A complementaridade entre as economias do Brasil e da Alemanha - cada qual ofertando o que o outro deseja adquirir a preços competitivos, continua sendo o principal fator dinamizador da expansão dos negócios entre os dois países. • Essa complementaridade é significativamente limitada pela distância entre Brasil e Alemanha que resulta não só do oceano que se interpõe entre os dois países, mas também de impedimentos como insuficiente interlocução institucional, limitada integração das redes profissionais e empresariais, restrições ao trânsito e residência de profissionais e diferentes padrões de consumo. 57 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS • A superação dos impedimentos decorrentes da distância requer esforço empresarial e institucional. Nas cadeias produtivas em que é a complementaridade é forte, o apoio governamental à internacionalização de empresas facilmente resultará em comércio e investimentos. Onde a complementaridade for menos pronunciada, serão necessários esforços extraordinários para a redução das distâncias impeditivas. • À medida que a economias do Brasil cresce e se sofistica e aumenta a participação do setor de serviços na composição do PIB e na matriz de comércio exterior, concomitantemente à intensificação da integração de cadeias produtivas globais e regionais, cambiam as relações de complementaridade entre Brasil e Alemanha, e torna-se mais urgente reduzir as distâncias não geográficas. 3.3. Recomendações às Empresas Brasileiras A Alemanha é um mercado maduro onde a competição por certo figura entre as mais elevadas do mundo. Ademais, questões de regulação doméstica, especificidades e complexidade do mercado de trabalho e poder de barganha das empresas adquirentes de serviços ou potenciais parceiras em joint-ventures impõem dificuldades adicionais. As empresas brasileiras deverão identificar claramente os fatores de risco empresarial afeitos ao seu ramo de negócios e preparar-se de forma eficaz. A empresa de serviços brasileira bem sucedida no concorrido mercado alemão provavelmente estará habilitada a competir em outros mercados da União Europeia. Além disso, estará em posição privilegiada para a composição de joint-ventures no mercado brasileiro e Mercosul. Como primeiro passo para a inserção bem sucedida na Alemanha, faz-se necessário meticuloso planejamento, que deverá levar em consideração as particularidades do ramo de negócios da empresas. De maneira genérica, inclui minimamente os seguintes elementos: • Prospecção aprofundada do mercado: conhecer a concorrência e as histórias de sucesso de empresas de outros países no mercado estrangeiro almejado é regra que vale para todos os mercados e que também se aplica à Alemanha. Esta recomendação é especialmente válida quando, em decorrência da natureza do setor de atividade em que a empresa está envolvida e de especificidades do mercado alemão não for possível transpor o modelo de negócios da matriz à afiliada na Alemanha. Caso a empresa deseje firmar-se no mercado alemão e não apenas realizar exportação esporádica, a pesquisa básica de mercado-alvo no país deve contemplar pelo menos os aspectos referidos abaixo. Não olvidar que, no caso de a empresa brasileira visar estabelecer presença comercial no país, deve-se conceder especial atenção às tendências de longo prazo, especialmente em setores de atividade que envolvem considerável imobilização de capital: 58 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS • i. Caracterização e tendências de evolução da demanda do serviço a ser ofertado, inclusive, quando cabível, no contexto mais amplo da União Europeia; ii. Caracterização e tendências de evolução da concorrência estrangeira (importação), incluindo a possibilidade de entrada de novos concorrentes de peso e a concessão de facilidades de acesso a empresas de países com os quais a União Europeia venha a firmar acordo de promoção e facilitação de comércio e investimentos em serviços; iii. Caracterização e tendências de evolução da oferta interna (concorrência local), identificando-se nichos de mercado relegados pelas empresas locais ou áreas em que as empresas locais tenham aguda necessidade de constituir parceria com empresas estrangeiras por qualquer razão (aporte de capital, complementação tecnológica, redução de custos operacionais etc); iv. Tarifas, impostos e custos incidentes sobre o serviço a ser ofertado, inclusive custos adicionais decorrentes da grande distância geográfico matriz-afiliada; v. Barreiras não-tarifárias incidentes sobre o serviço a ser exportado, em especial quais certificados de conformidade a normas e padrões técnicos são exigidos no setor de serviços de atuação específica da empresa e outros certificados mais genéricos (ambientais, de origem, relativos à mão de obra empregada etc)55; vi. Levantamento exaustivo da regulamentação doméstica afeita ao(s) setor(es) de atividade da empresa; vii. Canais de distribuição ou de acesso ao consumidor final, inclusive a possibilidade de venda direta (correio, telefone, internet); viii. Listagem dos potenciais parceiros alemães, inclusive, quando cabível, considerando futura atuação conjunta no Brasil e em terceiros mercados. Procurar o apoio da Embaixada, da Apex-Brasil, da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, associações empresariais e instituições brasileiras na Alemanha, entidades alemãs de apoio ao investimento estrangeiro ou consultorias especializadas para as primeiras incursões na 59 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Alemanha. Várias entidades de governo estão habilitadas a assistir o investidor estrangeiro, em especial a Agência Alemã para Investimento – Germany: Trade & Invest56. Ademais, nele atuam inúmeras associações de classe e consultorias privadas. Nesse contexto, os canais de facilitação de entrada, no que se refere ao mapeamento de oportunidades e riscos, contato com empresas locais etc são muito variados em número, nível de generalidade ou especialização do conhecimento disponibilizado ao público (ou à clientela, no caso das consultorias privadas). Também os custos implícitos à utilização dos referidos canais variam consideravelmente; do (quase) gratuito ao francamente proibitivo (ao menos para as MPE). O Departamento de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores é o órgão responsável por canalizar à Embaixada pedidos de apoio e informação. Em seus primeiros passos na Alemanha, o empresariado brasileiro também conta com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, com o Banco do Brasil, com a Apex-Brasil (que acompanha o calendário de feiras na Europa e pode vir a realizar missão comercial àquele país), associações setoriais (Brasscom, Softex, ABF etc), CNI, FIESP, advogados, consultores privados, entre outros. 56 • Vencer o desconhecimento inicial: em geral, o importador alemão não é dado a experimentos com o incerto e a incorrer em riscos elevados. Para se impor por seus próprios méritos, o exportador brasileiro precisa desenvolver capacidade de convencimento superior à da média. Exceto para aqueles produtos em que há evidente supremacia brasileira (por tradição ou por exclusividade de fornecimento), é preciso estar munido de argumentos para convencer o sempre cauteloso importador alemão de que vale a pena comprar de um provedor de serviços relativamente desconhecido e, ademais, oriundo de um país do qual o importador pode ter imagem desatualizada. • Informar sobre o Brasil: não se deve superestimar o interesse alemão pelo serviço brasileiro, ainda que de renome internacional. O grau de conhecimento do importador alemão sobre a capacidade produtiva do Brasil ainda não é satisfatório. Há razoável grau de ignorância quanto à penetração de serviços brasileiros na Europa e nos EUA, e até mesmo perplexidade quanto à capacidade das empresas brasileiras de serviços que operam com tecnologia de ponta. Fornecer dados sobre a produção e o mercado nacional, mostrar êxitos junto a mercados externos exigentes e revelar experiência internacional são fatores que ajudam a construir imagem de fornecedor capacitado e confiável. Para isso podem ser úteis estudos e apresentações de associações setoriais que se encontram listados ao final deste estudo, vários deles já redigidos em inglês. • Estar atento à adequada estipulação das cláusulas contratuais: refere a negócios, os alemães são francamente avessos Consequentemente, preferem contratos redigidos em linguagem inequívoca, com estipulação exaustivas de cláusulas com implicações e patrimoniais. É indispensável estar assistido por advogado. • Participar de feiras comerciais: corolário da recomendação anterior. Na Alemanha, anualmente são organizadas inúmeras feiras ou exposições, sempre com a participação de empresas estrangeiras. A Apex-Brasil ajuda empresas brasileiras a participar de feiras no exterior. As feiras realizadas na Alemanha no que se a riscos. precisa e financeiras http://www.gtai.com/web_en/homepage 60 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS também possuem grande potencial para a inserção da empresa brasileira em terceiros mercados. • Levar potenciais clientes ao Brasil: depois de iniciado, é sempre benéfico respaldar garantias com um convite para visita “in loco” das instalações empresariais, dos quadros gerenciais e técnicos diretamente afeitos ao negócio com a empresa alemã e para melhor conhecimento da realidade do serviço que está sendo ofertado. Dado o relativo desconhecimento do importador alemão acerca do Brasil, esse procedimento auxilia na formação de um conceito de confiança importante para a “aposta” num fornecedor não-tradicional. • Ter visão de longo-prazo: a entrada num mercado difícil envolve a superação de dificuldades de monta, mas a recompensa no longo prazo, no caso do mercado alemão, pode se afigurar amplamente vantajosa. Se o longo prazo for o foco da empresa brasileira exportadora de serviços, esta deve estar preparada para investimento inicial (de tempo indeterminado) prévio ao retorno comercial. 61 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 62 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 4. Estatísticas de Comércio Exterior e Outras Informações 4.1. Estatísticas Conhecer as características específicas do setor terciário é fundamental para a proposição de políticas públicas e o planejamento do setor empresarial brasileiro. No Brasil, atualmente, o setor terciário já representa aproximadamente 60% do PIB, é o principal receptor de investimentos diretos e emprega a maior parte da população economicamente ativa. Com esse propósito, a Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior está empenhada em organizar, em estreita colaboração com outros órgãos, os principais dados de comércio exterior disponíveis para o setor, captados diretamente de fontes oficiais no País e no exterior57. Ainda em 2010, será implantado o Módulo Venda do Sistema Integrado do Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que produzem Variações no Patrimônio das Entidades – SISCOSERV. Constitui uma base de dados com informações do setor de serviços estruturado por técnicos de diversas áreas do Governo Federal para quantificar a comercialização de “produtos” dessa natureza no Brasil e no mundo. Por meio do SISCOSERV, a Administração Pública terá acesso a relatórios gerenciais capazes de oferecer condições seguras para a definição de políticas públicas e gestão de mecanismos de apoio ao comércio de serviços no mercado externo e o setor privado poderá realizar com mais eficiência seus projetos de planejamento empresarial. Será implementado pela Secretaria de Comércio e Serviços do MDIC e deverá ser lançado, inicialmente, com a movimentação das vendas, e posteriormente, com os dados de aquisição. Permitirá diversos cruzamentos de dados, inclusive comércio bilateral por setor de atividade58. 57 A publicação “Panorama do Comércio Internacional de Serviços” faz parte desse esforço e traz nesse novo número informações inéditas sobre os principais parceiros comerciais brasileiros, o perfil das empresas exportadoras e importadoras de serviços, dados do comércio exterior por Unidade da Federação e os principais serviços brasileiros prestados no exterior. Disponibiliza-se versão eletrônica do “Panorama” em http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1215192979.pdf 58 O SISCOSERV é referenciado à Nomenclatura Brasileira de Serviços (NBS). A NBS será um classificador brasileiro que englobará o setor de serviços, operações mistas e exploração (licenciamento e cessão) de direitos, composto de nove dígitos, iniciando pelo número 1, para distinguir a nomenclatura de serviços da nomenclatura de bens. A construção da NBS tem como referência a Central Product Classification (CPC), classificador internacional das Nações Unidas e a sua estrutura será idêntica a da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1230120634.pdf . 63 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS 4.1.1. Fluxo Comercial Exterior de Serviços - US$ bilhões Quadro 1 – Fluxo Comercial Exterior de Serviços da Alemanha - US$ bilhões EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS IMPORTAÇÃO DE SERVIÇOS Alemanha Saldo PERÍODO 2003 2004 2005 2006 2007 2008 FONTE:OMC Alemanha Var.% (1) Total Mundo Part. % 115,12 136,31 157,15 181,86 210,82 234,99 18,4 15,3 15,7 15,9 11,5 1.828,2 2.209,9 2.469,4 2.809,9 3.351,5 3.731,3 6,3 6,2 6,4 6,5 6,3 6,3 Alemanha Var.% (1) 167,47 189,85 206,56 222,86 257,10 284,57 13,4 8,8 7,9 15,4 10,7 Total Mundo Part. % Valor Var.% (1) Valor 1.795,5 2.123,3 2.361,3 2.632,7 3.119,5 3.469,0 9,3 8,9 8,7 8,5 8,2 8,2 282,6 326,2 363,7 404,7 467,9 519,6 15,4 11,5 11,3 15,6 11,0 -52,4 -53,5 -49,4 -41,0 -46,3 -49,6 Corr. Comércio do Brasil Saldo ELABORAÇÃO: DECOS/SCS Quadro 2 – Fluxo Comercial Exterior de Serviços do Brasil - US$ bilhões EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS IMPORTAÇÃO DE SERVIÇOS PERÍODO 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Brasil Var.% (1) Total Mundo Part. % Brasil Var.% (1) Total Mundo Part. % Valor Var.% (1) Valor 9,57 11,61 14,86 17,95 22,61 28,82 21,3 28,0 20,8 26,0 27,5 1.828,2 2.209,9 2.469,4 2.809,9 3.351,5 3.731,3 0,5 0,5 0,6 0,6 0,7 0,8 14,35 16,11 22,41 27,15 34,70 44,37 12,3 39,1 21,2 27,8 27,9 1.795,5 2.123,3 2.361,3 2.632,7 3.119,5 3.469,0 0,8 0,8 0,9 1,0 1,1 1,3 23,9 27,7 37,3 45,1 57,3 73,2 15,9 34,5 21,0 27,1 27,7 -4,8 -4,5 -7,6 -9,2 -12,1 -15,6 FONTE: OMC ELABORAÇÃO: DECOS/SCS 64 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Fluxo Comercial – Quadro Comparativo Brasil e Alemanha - US$ bilhões Exportações de serviços do Brasil (A) Exportação de bens do Brasil (B) Relação (A / B) Exportações de serviços da Alemanha (A) Exportação de bens da Alemanha (B) Relação (A / B) Importações de serviços do Brasil (A) Importação de bens do Brasil (B) Relação (A / B) Importações de serviços da Alemanha (A) Importação de bens da Alemanha (B) Relação (A / B) Var. % 2008/07 2006 2007 2008 17,97 137,47 13,07 22,55 160,65 14,04 28,82 197,94 14,56 27,80 23,21 181,86 1.108,89 16,40 210,82 1.322,19 15,94 234,99 1.465,22 16,04 11,46 10,82 26,74 88,49 30,22 30,10 126,58 23,78 44,37 182,81 24,27 47,41 44,42 222,86 907,45 24,56 257,10 1.055,85 24,35 284,57 1.206,21 23,59 10,69 14,24 Fonte: OMC e SECEX/MDIC. Elaboração: DECOS/SCS 65 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Participação dos principais setores por atividade CNAE nas exportações de serviços do Brasil para a Alemanha (2008): Setor CNAE COMÉRCIO POR ATACADO, EXCETO VEÍCULOS AUTOMOTORES E MOTOCICLETAS ATIVIDADES DE SERVIÇOS FINANCEIROS ATIVIDADES ESPORTIVAS E DE RECREAÇÃO E LAZER FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAIS ELÉTRICOS FABRICAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES, REBOQUES E CARROCERIAS FABRICAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ATIVIDADES DOS SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO SERVIÇOS DE ESCRITÓRIO, DE APOIO ADMINISTRATIVO E OUTROS SERVIÇOS PRESTADOS ÀS EMPRESAS Demais TOTAL Part % 12,2 9,7 8,2 7,9 6,8 6,7 5,0 4,5 3,4 35,6 100 (%Fonte: Bacen – Elaboração: DECOS/SCS Participação dos principais setores por atividade CNAE nas importações de serviços do Brasil oriundas da Alemanha (2008): Setor CNAE ATIVIDADES DOS SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO FABRICAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES, REBOQUES E CARROCERIAS METALURGIA FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS FABRICAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS, APARELHOS E MATERIAIS ELÉTRICOS ELETRICIDADE, GÁS E OUTRAS UTILIDADES FABRICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE INFORMÁTICA, PRODUTOS ELETRÔNICOS E ÓPTICOS COMÉRCIO POR ATACADO, EXCETO VEÍCULOS AUTOMOTORES E MOTOCICLETAS Demais TOTAL Part % 20,4 20,0 10,5 6,2 5,9 4,2 3,5 3,0 2,8 76,5 100 Fonte: Bacen – Elaboração: DECOS/SCS 4.1.2. Investimentos Recíprocos59 59 Segundo o Glossário da OCDE sobre termos e definições do IDE, Investimento Direto Estrangeiro “é uma categoria de investimento internacional realizado por uma entidade residente em uma economia (investidor direto) com o objetivo de estabelecer uma relação econômica duradoura em uma empresa residente em uma economia que não a do investidor direto (empresa receptora do investimento direto). Essa relação econômica duradoura compreende a existência de uma relação de longo prazo entre o investidor direto e a empresa 66 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Fonte: Bacen Elaboração: DECOS/SCS Ingressos e estoque de investimento direto estrangeiro - US$ milhões Ingressos De: Alemanha Para: Brasil 1.979,43 1.756,78 1.036,57 848,27 2006 2007 2008 2009 (Jan - Abr) Fonte: Bacen Elaboração: DECOS/SCS Estoque De: Alemanha Para: Brasil 7.250 5.828 5.110 1995 2000 2005 Fonte: Bacen Elaboração: DECOS/SCS receptora e um significativo grau de influência na administração da empresa receptora do investimento. O investimento direto envolve, além do investimento inicial realizado pelo investidor na empresa receptora do investimento, todas as subsequentes transações de capitais realizadas entre os mesmos e entre empresas afiliadas (subsidiárias ou filiais). 67 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Do: Brasil Para: Alemanha 250 200 190 200 165 164 135 124 150 100 66 35 32 50 29 0 2003 -50 2004 2005 -25 2006 2007 2008 -65 -100 Estoque Fluxo Fluxo de Investimentos Recebidos e Enviados pelo Brasil e pela Alemanha US$ milhões Fonte: UNCTAD Elaboração: DECOS/SCS De: Mundo Para: Brasil e Alemanha 57.147 56.407 47.440 45.058 34.585 24.939 15.066 2005 18.822 2006 Fluxo Recebido pelo Brasil 2007 2008 Fluxo Recebido pela Alemanha 68 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS De: Brasil e Alemanha Para: Mundo 179.547 156.457 127.223 75.895 28.202 20.457 7.067 2.517 2005 2006 2007 Fluxo Enviado pelo Brasil 2008 Fluxo Enviado pela Alemanha Estoque de Investimentos Recebidos e Enviados pelo Brasil e Alemanha US$ milhões Fonte: UNCTAD Elaboração: DECOS/SCS De: Mundo Para: Brasil e Alemanha 700.471 675.532 271.611 309.668 287.697 165.914 122.250 47.887 1995 2000 Estoque Recebido pelo Brasil 2007 2008 Estoque Recebido pela Alemanha 69 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS De: Brasil e Alemanha Para: Mundo 1.450.910 1.294.453 541.861 268.419 44.474 1995 51.946 2000 Estoque Enviado pelo Brasil 136.103 162.218 2007 2008 Estoque enviado pela Alemanha O investimento direto estrangeiro da Alemanha no Brasil, no ano de 2008, concentrou-se nos seguintes setores: País de Origem dos Recursos - ALEMANHA Ano 2008 Atividade Econômica Cultivo de cereais Cultivo de soja Cultivo de uva Criação de bovinos Criação de aves Atividades de apoio à agricultura Atividades de apoio à pecuária Produção florestal - florestas plantadas Atividades de apoio à produção florestal Aqüicultura em água doce Extração de minério de metais preciosos Fabricação de produtos de carne Fabricação de óleos vegetais em bruto, exceto óleo de milho Fabricação de laticínios Moagem de trigo e fabricação de derivados Fabricação de farinha de mandioca e derivados Fabricação de alimentos para animais Fabricação de massas alimentícias Fabricação de produtos alimentícios não especificados anteriormente Tecelagem de fios de fibras artificiais e sintéticas Fabricação de calçados de couro Fabricação de produtos de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado para US$ milhões Ingressos 0,47 0,13 0,04 1,25 0,06 0,48 0,08 3,79 0,01 0,01 0,04 4,71 0,94 5,59 1,07 0,07 0,02 0,03 6,60 0,54 2,34 13,54 70 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS uso comercial e de escritório Fabricação de elastômeros Fabricação de defensivos agrícolas Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas Fabricação de aditivos de uso industrial Fabricação de produtos químicos não especificados anteriormente Fabricação de medicamentos para uso humano Fabricação de embalagens de material plástico Fabricação de artefatos de material plástico não especificados anteriormente Fabricação de embalagens de vidro Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantes Fabricação de produtos cerâmicos refratários Fabricação de produtos de minerais não-metálicos não especificados anteriormente Produção de laminados planos de aço Produção de relaminados, trefilados e perfilados de aço Metalurgia dos metais preciosos Fundição de ferro e aço Serviços de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais Fabricação de ferramentas Fabricação de componentes eletrônicos Fabricação de periféricos para equipamentos de informática Fabricação de aparelhos e equipamentos de medida, teste e controle Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos Fabricação de equipamentos e aparelhos elétricos não especificados anteriormente Fabricação de equipamentos de transmissão para fins industriais Fabricação de máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte e elevação de cargas e pessoas Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral não especificados anteriormente Fabricação de máquinas-ferramenta Fabricação de máquinas e equipamentos para as indústrias de alimentos, bebidas e fumo Fabricação de máquinas e equipamentos para uso industrial específico não especificados anteriormente Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores não especificados anteriormente Fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos Fabricação de produtos diversos não especificados anteriormente Manutenção e reparação de equipamentos eletrônicos e ópticos Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica Manutenção e reparação de veículos ferroviários Geração de energia elétrica Comércio atacadista de energia elétrica 300,82 2,06 3,12 7,46 88,79 22,95 0,71 2,98 28,40 9,39 0,14 0,02 0,20 0,70 7,98 2,76 1,45 0,47 14,51 15,31 0,20 0,04 5,26 0,46 0,14 7,09 6,02 2,29 1,03 15,48 156,20 19,56 10,78 0,33 2,78 0,00 23,61 41,54 71 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Incorporação de empreendimentos imobiliários Construção de edifícios Obras de acabamento Serviços especializados para construção não especificados anteriormente Comércio a varejo e por atacado de veículos automotores Comércio de peças e acessórios para veículos automotores Comércio por atacado e a varejo de motocicletas, peças e acessórios Representantes comerciais e agentes do comércio de combustíveis, minerais, produtos siderúrgicos e químicos Representantes comerciais e agentes do comércio de máquinas, equipamentos, embarcações e aeronaves Representantes comerciais e agentes do comércio especializado em produtos não especificados anteriormente Comércio atacadista de animais vivos, alimentos para animais e matérias-primas agrícolas, exceto café e soja Comércio atacadista de bebidas Comércio atacadista especializado em produtos alimentícios não especificados anteriormente Comércio atacadista de produtos farmacêuticos para uso humano e veterinário Comércio atacadista de instrumentos e materiais para uso médico, cirúrgico, ortopédico e odontológico Comércio atacadista de equipamentos e artigos de uso pessoal e doméstico não especificados anteriormente Comércio atacadista de componentes eletrônicos e equipamentos de telefonia e comunicação Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos para uso agropecuário; partes e peças Comércio atacadista de máquinas, equipamentos para terraplenagem, mineração e construção; partes e peças Comércio atacadista de máquinas e equipamentos para uso industrial; partes e peças Comércio atacadista de máquinas e equipamentos para uso comercial; partes e peças Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos não especificados anteriormente; partes e peças Comércio atacadista de ferragens e ferramentas Comércio atacadista especializado de materiais de construção não especificados anteriormente e de materiais de construção em geral Comércio atacadista de produtos químicos e petroquímicos, exceto agroquímicos Comércio atacadista de produtos siderúrgicos e metalúrgicos, exceto para construção Comércio atacadista especializado de outros produtos intermediários não especificados anteriormente Comércio atacadista de mercadorias em geral, sem predominância de alimentos ou de insumos agropecuários Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns Comércio varejista de ferragens, madeira e materiais de construção Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática 0,76 0,33 0,10 0,04 34,29 10,49 0,01 0,01 0,12 0,02 0,06 0,74 4,38 1,76 0,10 0,16 1,57 0,12 0,00 0,73 1,57 1,22 0,22 3,38 3,41 0,08 1,53 0,05 0,15 0,32 0,05 72 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Comércio varejista de artigos de uso doméstico não especificados anteriormente Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios Comércio varejista de outros produtos novos não especificados anteriormente Transporte rodoviário de carga Gestão de portos e terminais Atividades de agenciamento marítimo Atividades relacionadas à organização do transporte de carga Hotéis e similares Outros tipos de alojamento não especificados anteriormente Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador não customizáveis Consultoria em tecnologia da informação Suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação Tratamento de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet Holdings de instituições não-financeiras Outras sociedades de participação, exceto holdings Sociedades de fomento mercantil - factoring Resseguros Atividades auxiliares dos serviços financeiros não especificadas anteriormente Atividades imobiliárias de imóveis próprios Intermediação na compra, venda e aluguel de imóveis Gestão e administração da propriedade imobiliária Atividades de consultoria em gestão empresarial Serviços de engenharia Atividades técnicas relacionadas à arquitetura e engenharia Testes e análises técnicas Agenciamento de espaços para publicidade, exceto em veículos de comunicação Atividades profissionais, científicas e técnicas não especificadas anteriormente Aluguel de máquinas e equipamentos não especificados anteriormente Agências de viagens Atividades de organização de eventos, exceto culturais e esportivos Atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente Atividades esportivas não especificadas anteriormente TOTAL 2,28 0,06 0,42 0,08 7,07 0,03 4,97 19,47 0,23 0,51 14,55 0,28 0,11 0,72 0,05 2,04 0,08 0,01 59,00 0,37 0,81 0,21 0,27 0,19 1,81 0,06 0,34 0,11 0,52 0,02 0,26 3,84 3,21 0,02 1.036,57 73 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS De janeiro a abril de 2009, segundo o Banco Central do Brasil, o investimento externo estrangeiro, da Alemanha no Brasil (mais elevado entre os países analisados) se deu nos seguintes setores: País de Origem dos Recursos - ALEMANHA Período: janeiro a abril de 2009 Atividade Econômica Criação de bovinos Criação de aves Atividades de apoio à agricultura Produção florestal - florestas plantadas Atividades de apoio à produção florestal Fabricação de óleos vegetais em bruto, exceto óleo de milho Fabricação de produtos alimentícios não especificados anteriormente Fabricação de calçados de couro Fabricação de aditivos de uso industrial Fabricação de embalagens de material plástico Fabricação de artefatos de material plástico não especificados anteriormente Metalurgia dos metais preciosos Metalurgia dos metais não-ferrosos e suas ligas não especificados anteriormente Fundição de ferro e aço Fabricação de ferramentas Fabricação de componentes eletrônicos Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos Fabricação de equipamentos e aparelhos elétricos não especificados anteriormente Fabricação de compressores Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral não especificados anteriormente Fabricação de máquinas e equipamentos para uso industrial específico não especificados anteriormente Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários Fabricação de peças e acessórios para o sistema de freios de veículos automotores Fabricação de peças e acessórios para o sistema de direção e suspensão de veículos automotores Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores não especificados anteriormente Fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica Manutenção e reparação de equipamentos e produtos não especificados anteriormente Geração de energia elétrica US$ milhões Ingressos 1,93 0,01 0,08 0,04 0,00 0,20 1,10 3,92 1,45 1,46 1,65 28,60 0,09 2,75 1,37 0,35 6,74 1,33 0,04 10,84 4,17 1.760,06 116,19 8,53 0,48 0,00 0,06 0,11 6,97 74 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Incorporação de empreendimentos imobiliários Construção de edifícios Obras de acabamento Comércio de peças e acessórios para veículos automotores Representantes comerciais e agentes do comércio de máquinas, equipamentos, embarcações e aeronaves Comércio atacadista de bebidas Comércio atacadista de calçados e artigos de viagem Comércio atacadista de produtos farmacêuticos para uso humano e veterinário Comércio atacadista de equipamentos e artigos de uso pessoal e doméstico não especificados anteriormente Comércio atacadista de máquinas e equipamentos para uso industrial; partes e peças Comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos não especificados anteriormente; partes e peças Comércio atacadista especializado de materiais de construção não especificados anteriormente e de materiais de construção em geral Comércio atacadista de produtos químicos e petroquímicos, exceto agroquímicos Comércio atacadista de produtos siderúrgicos e metalúrgicos, exceto para construção Comércio varejista de ferragens, madeira e materiais de construção Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática Comércio varejista de artigos de uso doméstico não especificados anteriormente Comércio varejista de outros produtos novos não especificados anteriormente Gestão de portos e terminais Atividades relacionadas à organização do transporte de carga Outros tipos de alojamento não especificados anteriormente Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador nãocustomizáveis Consultoria em tecnologia da informação Suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação Holdings de instituições não-financeiras Outras sociedades de participação, exceto holdings Atividades imobiliárias de imóveis próprios Atividades de consultoria em gestão empresarial Serviços de engenharia Testes e análises técnicas Agenciamento de espaços para publicidade, exceto em veículos de comunicação Atividades de publicidade não especificadas anteriormente Atividades profissionais, científicas e técnicas não especificadas anteriormente Aluguel de máquinas e equipamentos não especificados anteriormente 0,01 0,05 0,05 0,07 0,07 0,05 4,12 0,87 0,01 0,09 6,56 1,17 0,00 0,01 0,00 0,14 1,56 0,06 0,93 0,03 0,01 0,07 0,07 0,09 0,95 0,09 0,22 0,18 0,01 0,01 0,02 0,04 0,05 0,10 75 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Atividades de organização de eventos, exceto culturais e esportivos Atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente Atividades de serviços pessoais não especificadas anteriormente TOTAL 0,83 0,28 0,07 1.979,43 Notas: 1/ Ingressos de investimentos e conversões de empréstimos e de financiamentos em investimento direto com base nos registros constantes, no módulo IED, do sistema RDE (Registro Declaratório Eletrônico). Conversões em dólares às paridades históricas. 2/ Conforme a tabela de Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE-2.0, do IBGE. 4.2. Principais Acordos Firmados entre Brasil e Alemanha Título Promulgação Data de Entrada em Decreto celebração Vigor Data nº Acordo sobre as Convenções e Acordos Internacionais Respeito de Marcas de Fábrica, Propriedade Industrial e Direitos Autorais 04/09/1953 de que eram Signatários os dois Estados. 04/09/1953 Acordo sobre Restauração dos Direitos de Propriedade Industrial 04/09/1953 e Direitos Autorais Atingidos pela Segunda Guerra Mundial 23/05/1958 43956 Acordo de Investimentos e Financiamentos 04/09/1953 04/09/1953 Nota Brasileira sobre as Conversações Relativas aos Bens 04/09/1953 Alemães no Brasil 04/09/1953 Acordo sobre Convenções, sobre Propriedade Industrial de 04 de 20/12/1954 setembro de 1953 - Retificações ao Acordo 20/12/1954 Cooperação Econômica e Financeira, Ajuste Modificativo do Acordo de Investimentos e Financiamentos de 4 de setembro de 01/07/1955 1953. 01/07/1955 Acordo para a Inclusão do "Land Berlin" no Revigoramento da Conveção Internacional sobre a Circulação de Automóveis de 10/02/1956 1926 10/02/1956 Acordo Sobre Vistos em Passaportes 08/07/1957 01/08/1957 Acordo, por troca de Notas, sobre Direitos de Tráfego Aéreo a 29/08/1957 serem Regulados em Futuros Acordos 29/08/1957 Declaração Conjunta sobre Cooperação Econômica 05/09/1960 05/09/1960 Convênio Complementar ao Acordo Básico de Cooperação Técnica de 30 de novembro de 1963 para a Promoção da 10/08/1964 Colonização Agrícola (Segundo Convênio) 10/08/1964 Convênio Complementar ao Acordo Básico de Cooperação Técnica, de 30/11/63, Relativo ao Fornecimento de Batata 14/12/1966 Semente e Materiais (Sexto Convênio) 14/12/1966 Acordo Cultural 17/12/1970 68107 09/06/1969 Acordo Para o Estabelecimento de um Mecanismo de Consulta 28/11/1969 sobre Transporte Marítimo Internacional 03/07/1958 25/01/1971 28/11/1969 76 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Acordo para a Aprovação de um Convênio Especial entre a CNEN e o Centro de Pesquisas Nucleares de JULICH. Complementar ao 23/04/1971 Acordo Geral sobre Cooperação nos Setores da Pesquisa e do Desenvolvimento Tecnológico de 09/06/69 23/04/1971 Acordo de Aprovação de Convênio Especial Celebrado entre o Centro Técnico Aeroespacial do Brasil e o Instituto Alemão de 18/11/1971 Pesquisa e Ensaio de Navegação Aérea e Espacial, para a Execução de Projetos Científicos 18/11/1971 Acordo de Aprovação de Convênio Especial Celebrado entre o Conselho Nacional de Pesquisas do Brasil e o Centro de 18/11/1971 Pesquisas Nucleares de Jülich para a Execução de Projetos Científicos. 18/11/1971 Acordo de Radioamadorismo 11/04/1972 11/04/1972 Ajuste Relativo à Entrada em Vigor do Memorandum de Entendimento entre o Instituto de Pesquisas Espaciais e o 24/04/1972 Ministério Federal de Educação e Ciência da RFA, Firmado em 17/12/71 e 24/04/72 24/04/1972 Convênio sobre a Entrada de Navios Nucleares em Águas 07/06/1972 Brasileiras e sua Permanência em Portos Brasileiros 04/09/1974 74600 Convênio Especial entre Empresas Nucleares Brasileiras S.A., NUCLEBRÁS, e GESELLSCHAFT FÜR KERNFORSCHUNG MBH, D-75 KARLSRUHE, WEBERSTRASSE 5 (GCK), sobre 01/10/1976 Cooperação no Campo dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear de 09/06/69 26/01/1977 Convênio Especial entre a Comissão Nacional de Energia Nuclear e o Centro de Pesquisa Nuclear de Karlsruhe Ltda. sobre 08/03/1978 Cooperação no Campo dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear. 31/05/1978 Convênio Especial entre a Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério da Indústria e do Comércio e o Centro de Pesquisas 08/03/1978 Nucleares de Julich. 15/06/1978 Acordo sobre Transporte Marítimo. 22/10/1983 88947 04/04/1979 Protocolo Adicional ao Acordo sobre Transporte Marítimo, de 04/04/1979 04/04/79. 04/04/1979 Ajuste Complementar ao Acordo Básico de Cooperação Técnica, 19/12/1979 de 30/11/1963, sobre o Projeto "Tecnologia de Carvão". 19/12/1979 Acordo para Substituição do Quadro de Rotas do Acordo sobre 19/12/1979 Transportes Aéreos Regulares, de 29 de agosto de 1957. 19/12/1979 Ajuste Complementar ao Acordo Básico de Cooperação Técnica, de 30/11/63, sobre a Criação de um Departamento de "Tecnologia 02/04/1981 de Óleos Comestíveis" na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). 02/04/1981 Ajuste Complementar ao Acordo Básico de Cooperação Técnica, de 30/11/1963, sobre o Projeto "Engenharia do Produto e 18/01/1982 Desenho Industrial". 18/01/1982 Ajuste Complementar ao Acordo Básico de Cooperação Técnica, de 30/11/1963, sobre o Aperfeiçoamento do Sistema de 11/05/1982 Normalização Técnica no Brasil. 11/05/1982 Convênio entre o Centro Técnico Aeroespacial do Ministério da 24/06/1982 Aeronáutica e o Instituto Alemão de Pesquisa e de 24/06/1982 24/09/1974 07/11/1983 77 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Desenvolvimento e de Experimentos Aeroespaciais para o Abastecimento da Ilha de Fernando de Noronha com Fontes de Energia Alternativas. Ajuste Complementar ao Acordo Básico de Cooperação Técnica sobre o Prosseguimento do Projeto de Cooperação Técnica 18/05/1983 "Programa Apoio à Pequena e Média Empresa" 1/05/1983 Protocolo sobre Cooperação Financeira 19/10/1984 19/10/1984 Ajuste Complementar sobre o Prosseguimento por 3 anos do 22/11/1985 Projeto "Supervisor de 1ª linha e Preparação de Multiplicadores" 22/11/1985 Ajuste Complementar sobre o Prosseguimento do Projeto "Manejo 22/11/1985 e Conservação do Solo na Amazônia Oriental" 22/11/1985 Protocolo sobre Cooperação Financeira para o Projeto "Banco do 11/05/1987 Desenvolvimento BNDES IX/PROMICRO" (PN 85.6576.4) 11/05/1987 Ajuste Complementar ao Acordo de Cooperação Técnica de 30/11/63, sobre a Promoção do Instituto Nacional de Metrologia, 05/07/1989 Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) em Xerém/Rio de Janeiro 05/08/1989 Memorando de Entendimento na Área de Fontes Novas e 29/08/1989 Renováveis de Energia 29/09/1989 Ajuste Complementar, PTN, ao Acordo Básico de Cooperação Técnica de 30.11.1963 sobre Projeto "Serviço Integrado de 10/04/1992 Assessoria para o desenvolvimento econômico Industrial das Pequenas e médias empresas" 10/04/1992 Acordo, por Troca de Notas, para a Consecução dos Compromissos ao Abrigo do Expirado Acordo de Comércio e 22/10/1992 Pagamento com a RDA. 22/10/1992 Protocolo Adicional ao Acordo de Transporte Marítimo (Segundo). 19/05/1995 1610 17/11/1992 Ajuste Complementar, por troca de notas, no Campo de Cooperação e Tecnologia para o desenvolvimento do setor 03/06/1993 energético. 03/06/1993 Acordo sobre Cooperação Financeira para o Empreendimento "Estudos Técnico, Econômico e de Impacto Ambiental para a Melhoria do Transporte de Carga e Passageiros, no Corredor Rio 06/04/1995 de Janeiro/São Paulo-Campinas, inclusive em seus Acessos aos Portos da Região". 28/10/1995 1676 Ajuste Complementar, por troca de Notas, sobre o projeto "Apoio 19/05/1995 ao Setor Industrial na Aferição de Instrumentos e Padrões" 17/06/1995 Ajuste Complementar, PTN, sobre projeto "Conservação de Energia da Pequena e Média Indústria no Estado do Rio de 19/05/1995 Janeiro" 19/05/1995 Memorando de Entendimento Telecomunicações. 21/09/1995 na Área de Correios e 21/09/1995 Acordo-Quadro sobre Cooperação em Pesquisa Científica e 20/03/1996 Desenvolvimento Tecnológico. 18/02/1997 2199 Ajuste Complementar sobre o Projeto Apoio à Implantação do 29/03/1996 Centro Nacional de Tecnologia Ambiental, em Curitiba/PR. 26/04/1996 Acordo Básico de Cooperação Técnica. 09/03/1998 2579 17/09/1996 Memorando de Entendimento sobre a Cooperação na Área de 17/09/1996 28/08/1995 17/10/1995 08/04/1997 06/05/1998 17/09/1996 78 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Transporte. Ajuste Complementar, ptn, ao Acordo Básico de Cooperação Técnica sobre o Projeto "Apoio à Estrutura e Implementação de 13/12/1996 Sistemas de Qualidade na Industria" 12/01/1997 Ajuste Complementar sobre o Projeto "Projetos Demonstrativos 28/04/1997 PD/A". 28/04/1997 Ajuste Complementar ao Acordo Básico de Cooperação Técnica de 17/09/1996, sobre o projeto "Consolidação do Pólo 04/11/1999 Tecnológico de Santa Rita do Sapucaí" (INATEL/MG). 04/11/1999 Ajuste Complementar sobre o projeto "Utilização Racional de 14/01/2000 energia na Agricultura no Estado de Minas Gerais". 14/01/2000 Ajuste Complementar do Projeto "Conservação de Energia na 30/05/2000 Pequena e Média Indústria no Estado do Rio de Janeiro". 30/05/2000 Ajuste Complementar sobre o projeto "Gestão Ambiental Urbana" 07/07/2000 07/07/2000 Ajuste Complementar sobre o projeto Apoio Técnico a Conservação e ao Manejo de Recursos Naturais na Mata 19/07/2000 Atlântica de Minas Gerais. 19/07/2000 Ajuste Complementar sobre o projeto Manejo dos Recursos 19/07/2000 Naturais da Várzea Amazônica 19/07/2000 Ajuste Complementar sobre o Projeto "Apoio Tecnológico sos Centros Têxteis e de Confecção do Serviço Nacional de 27/10/2000 Aprendizagem Industrial (SENAI)". 27/10/2000 Ajuste Complementar "A"(PD/A)". 27/10/2000 27/10/2000 Ajuste Complementar, ptn., ao Acordo Básico de Cooperação Técnica, de 17 de setembro de 1996, sobre o Projeto "Apoio à Modernização das Ações do Serviço Nacional de Aprendizagem 15/01/2001 Industrial no Campo da Educação e Informação Tecnológica e da Assistência Técnica e Tecnológica às Pequenas e Médias Empresas (SENAI/DN). 15/01/2001 Declaração de Intenções sobre Cooperação em Assuntos 16/04/2002 Militares. 16/04/2002 Ajuste Complementar, por troca de Notas, sobre o Projeto "Desenvolvimento Sustentável das Comunidades da Perimetal 24/05/2002 Norte no Município de Pedra Branca do Amaparí" - SEAF/AP "(PN 97.2175.4). 24/05/2002 Ajuste Complementar, p.t.n., sobre o Projeto "Desenvolvimento da 31/05/2002 Agricultura Familiar no Nordeste Paraense" (PN 2000.2186.5). 31/05/2002 Ajuste Complementar sobre o Projeto "Desenvolvimento de Economias Locais e Regionais no Nordeste do Brasil" (2ª fase do 03/07/2002 projeto "Aumento de Competitividade da Pequena e Média Indústria no Nordeste") PN 2000.2240.0 03/07/2002 Ajuste Complementar sobre a Ampliação do "Fundo para Estudos 22/07/2002 e Técnicos ("Pool"de Peritos) ", PN95.3585.7 22/07/2002 Ajuste Complementar sobre o projeto "Consolidação dos Órgãos Estaduais do Meio Ambiente nos Estados do Acre, do Amazonas, 22/07/2002 do Pará e de Rondônia, dentro do PPG-7 (SPRN)" (PN 95.2198.0) 22/07/2002 Ajuste Complementar sobre o Projeto "Apoio ao Desenvolvimento 22/07/2002 Local Sustentável no Estado da Bahia" PN 2001.2197.0 22/07/2002 sobre os "Projetos Demonstrativos 79 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Ajuste Complementar sobre o projeto "Apoio a Processos Sustentáveis de Desenvolvimento Local em Pernambuco: Urbano 22/07/2002 E Regional” (PN 2000.2256.6) 22/07/2002 Ajuste Complementar para a Implementação do Projeto 19/09/2002 Demonstrativo "A" (PD/A inclusive componente indígena PDPI). 19/09/2002 Ajuste Complementar para a Implementação do Projeto "Apoio a Processos Sustentáveis de Desenvolvimento Local em 19/09/2002 Pernambuco: Microempresas". 19/09/2002 Ajuste Complementar para a Implementação do Projeto "Consolidação do Pólo Tecnológico de Santa Rita do Sapucaí 19/09/2002 (SRS)". 19/09/2002 Ajuste Complementar para a Implementação do Projeto "Recuperação do Solo e das Águas Subterrâneas em Áreas de 19/09/2002 Disposição de Resíduos Industriais em São Paulo". 19/09/2002 Aditivo ao Ajuste Complementar de 27/10/2000, sobre os "Projetos Demonstrativos "A", (PD/A inclusive componente 19/09/2002 indígena PDPI)" PN 94.2206.4 19/09/2002 Ajuste Complementar sobre o Projeto "Corredores Ecológicos". 18/10/2002 18/02/2002 Ajuste Complementar sobre o projeto "Demarcação de Terras 14/11/2002 Indígenas na Amazônia" 14/11/2002 Ajuste Complementar sobre o Projeto "Apoio ao Programa Nacional de Cooperação, Capacitação e Desenvolvimento do 12/02/2003 Cooperativismo Brasileiro". 12/02/2003 Acordo sobre Cooperação Financeira para a Execução de 10/06/2003 Projetos na Área de Preservação das Florestas Tropicais 25/05/2004 5.160 Convênio para Promoção de Atividades em Divulgação Cultural e 21/10/2003 Educacional em 2004 e 2005 21/10/2003 Acordo sobre Cooperação Financeira (2000/2001) 29/09/2008 6.675 27/11/2003 Emenda, p. t. n., ao Ajuste Complementar do Projeto "Conservação de Energia na Pequena e Média Indústria no 27/08/2004 Estado do Rio de Janeiro" 27/08/2004 Acordo sobre Co-Produção Cinematográfica 20/11/2007 6.375 17/02/2005 Ajuste Complementar ao Acordo de Cooperação Técnica de 17/09/96, sobre o projeto Proclima - Fundo de Ozônio/Projeto de Treinamento de Oficiais de Aduana e de Mecânicos Refrigeristas 13/05/2005 no Sub-Setor de Serviços em Refrigeração Doméstica e Comercial 13/05/2005 Ajuste Complementar ao Acordo de Cooperação Técnica de 17/09/96, sobre o projeto Cooperação com Órgãos Estaduais 13/05/2005 Brasileiros de Meio Ambiente (PROEMA) (PN 2001.2248.1) 13/05/2005 Ajuste Complementar ao Acordo de Cooperação Técnica de 17/09/96, sobre o Projeto Apoio Técnico à Conservação e ao 13/05/2005 Manejo de Recursos Naturais na Região da Mata Atlântica de Minas Gerais (Doces Matas), PN 2002.2105.1 13/05/2005 Ajuste Complementar, p.t.n., ao Acordo Básico de Cooperação Técnica, sobre o projeto "Ações para Disseminação de Fontes 15/06/2005 Renováveis de Energia em Áreas Rurais no Norte e Nordeste do Brasil", PN: 2001.2511.2 15/06/2005 28/07/2004 03/12/2008 19/02/2008 80 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Emenda, por troca de Notas ao Ajuste Complementar de 7 de julho de 2000 ao Acordo Básico de Cooperação Técnica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da 28/06/2005 República Federal da Alemanha sobre o Projeto "Gestão Ambiental Urbana". 28/06/2005 Acordo Relativo a Isenções Recíprocas de Impostos sobre a 14/12/2005 Renda e o Capital de Empresas de Transporte Marítimo e Aéreo 14/12/2005 Acordo sobre Isenção de Contribuições Sociais 13/11/2007 Ajuste Complementar ao Acordo-Quadro sobre Cooperação em Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico para Cooperação em Pesquisa e Desenvolvimento entre a 23/11/2007 Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) e o Institunto Fraunhofer IZM Acordo, por Troca de Notas ao Acordo entre o Brasil e a Alemanha sobre Cooperação no Setor de Energia com Foco em Energias Renováveis e Eficiência Energética, pelo qual as Partes 14/05/2008 Assumem o Compromisso de Respeitar o Acordo dos Usos Pacíficos de Energia Nuclear de 27/6/1975 e demais Acordos sobre o Assunto. 14/05/2008 Ajuste Complementar, por troca de Notas, ao Acordo Básico de Cooperação Técnica entre o Brasil e a Alemanha sobre a 06/10/2008 Continuidade de Projetos de Cooperação Técnica 06/10/2008 Acordo, por troca de Notas, entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Federal da 30/12/2008 Alemanha de Cooperação Financeira sobre o Programa “Parques Eólicos” 30/12/2008 Fonte: MRE 4.3. Outros Estudos e Apresentações de Interesse Presidência da República Programa de Aceleração do Crescimento 2007-2010 http://www.fazenda.gov.br/portugues/releases/2007/r220107-PAC.pdf Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento – fevereiro 2009 http://www.brasil.gov.br/pac/.arquivos/pac2anos_apresentacaonovo.pdf Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Relações Brasil-União Europeia – Parceria Estratégica http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1242675129.ppt#1 Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzem Variações no Patrimônio das Entidades - SISCOSERV e Nomenclatura Brasileira de Serviços – NBS http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=4&menu=2240 Panorama do Comércio Internacional de Serviços http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1215192979.pdf Renai - Conjuntura Macroeconômica do Investimento – abril/2009 81 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS http://investimentos.desenvolvimento.gov.br/arquivos/RENAI-BOLETIM-06042009-FINAL-SITE.pdf Vitrine do Exportador: informações comerciais de exportadores brasileiros http://www.vitrinedoexportador.gov.br/ Oportunidades de Negócios Mundiais: extensa lista de portais na Internet de utilidade para o exportador e investidor brasileiro e estrangeiro http://www.portaldoexportador.gov.br/index.php?option=com_weblinks&catid=30&Itemid=64 Programa Brasil Exportador http://www.aprendendoaexportar.gov.br/sitio/paginas/ondBusApoio/index.html Instrumentos de Apoio ao Setor Produtivo: onde buscar apoio para seu negócio http://www.braziltradenet.gov.br/CDINVESTIMENTO/ Política de Desenvolvimento Produtivo http://www.desenvolvimento.gov.br/pdp/arquivos/destswf1212175349.pdf Micro e Pequenas Empresas: Cenário Nacional e Perspectivas http://www.femicro-pe.org.br/eventos_curso/VII_congresso_estadual/candida_cervieri.ppt#1 O Futuro da Indústria da Construção Civil http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1223488227.pdf Barreiras Técnicas – informações e conceitos sobre como superá-las http://www.desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1196785148.pdf Panorama do Mercado de Carbono no Brasil http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=2&menu=1805 Perspectivas de Exportação para o Setor de Serviços de Distribuição http://www2.desenvolvimento.gov.br/arquivo/sdp/proAcao/forCompetitividade/perExpServico/Servic osDistribCompleto.pdf Lista completa das empresas comerciais exportadoras habilitadas (tradings companies) em conformidade com o Decreto-Lei nº 1.248 de 29/11/1972 (atualizado em 22/04/2009) http://www.portaldoexportador.gov.br/upload//documentos2/relacao%20trading%20companies%20 22_04_2009%20portal%20do%20exportador.pdf Ministério da Ciência e Tecnologia Programa de Estímulo ao Setor de Software e Serviços http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/77611.html Fundo Setorial da Tecnologia da Informação http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/2785.html Ministério das Relações Exteriores Investing in Brazil http://www.braziltradenet.gov.br/CDINVESTIMENTO/ Legal Guide for Foreign Investors in Brazil 82 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS http://www.braziltradenet.gov.br/CDINVESTIMENTO/html/pdf/5.1GuiaLegalParaInvestidorEstrangei roI.pdf Ministério da Fazenda Programa de Aceleração do Crescimento – PAC http://www.fazenda.gov.br/portugues/releases/2007/r220107-PAC-integra.pdf Tax Reform (em inglês) http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2008/fevereiro/Tax-REFORM.pdf Ministério da Ciência e Tecnologia Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional – Plano de ação 2007-2010 http://www.mct.gov.br/upd_blob/0021/21439.pdf Ministério do Trabalho e Emprego Work Permits for Foreigners – Procedures Guide http://www.braziltradenet.gov.br/CDINVESTIMENTO/ Ministério dos Transportes Plano Nacional de Logística e Transportes – PNLT http://www.transportes.gov.br/PNLT/CD_RE/Index.htm Banco de Informações do Transporte http://www.transportes.gov.br/BIT/ Transporte Internacional de Cargas: do Momento do Planejamento ao Consumidor Final http://www.transportes.gov.br/bit/estudos/tran_int_cargas/Monografia.doc Construção Naval – Uma indústria Global: As Estratégias para a Retomada do Crescimento http://www.transportes.gov.br/bit/estudos/constr-naval/industria-global.pdf Ministério do Turismo Plano Nacional de Turismo 2007/2010 http://institucional.turismo.gov.br/arquivos_open/doc/PNT_2007_2010.pdf Ministério da Defesa Política Nacional da Indústria de Defesa – PNID http://www.fiesp.com.br/defesa/pdf/pnid%20-%20íntegra.pdf Estratégia Nacional de Defesa http://www.fiesp.com.br/defesa/pdf/estratégia%20nacional%20de%20defesa%20%20português.pdf Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES Perspectivas de Investimentos 2009/12 em um Contexto de Crise http://investimentos.desenvolvimento.gov.br/arquivos/INVESTIMENTOS_BNDES_Perspectiva_200 9_2012.pdf Entendendo o Investimento Brasileiro Direto no Exterior http://investimentos.desenvolvimento.gov.br/arquivos/Empresas_multinacionais_brasileiras_estudo _BNDES.pdf 83 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Programa para o Desenvolvimento da Indústria de Software e Serviços de Tecnologia da Informação – Prosoft http://www.bndes.gov.br/programas/industriais/progsoft.asp Financiamento à Marinha Mercante e à Construção Naval http://www.bndes.gov.br/programas/outros/naval.asp Construção Naval no Brasil: Existem Perspectivas ? http://www.bndes.gov.br/conhecimento/revista/rev1010.pdf Agência Brasileira de Promoção de Exportações - Apex-Brasil Manual de Orientação para Feiras no Exterior http://www.apexbrasil.com.br/portal_apex/publicacao/engine.wsp?tmp.area=59# Imagem e Acesso a Mercados http://www.apexbrasil.com.br/portal_apex/publicacao/engine.wsp?tmp.area=13 Manual de Orientação para Projeto Imagem http://www.apexbrasil.com.br/portal_apex/publicacao/engine.wsp?tmp.area=59# Projeto Tradings Brasileiras http://www.apexbrasil.com.br/portal_apex/publicacao/download.wsp?tmp.arquivo=2252 Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae Manual Básico de Exportação (estudo realizado em parceria com a Fiesp) http://www.fiesp.com.br/publicacoes/pdf/relacoes/manual_exportacao.pdf Exportação de Software e Serviços de Tecnologia da Informação – Conceitos Básicos http://www.softex.br/portal/softexweb/uploadDocuments/Livro%20Exportação%20de%20software% 20e%20serviços.pdf Exportação de Software e Serviços de Tecnologia da Informação http://www.intepp.com.br/intepp/imgsite/artigos/17.pdf A Competitividade nos Setores de Comércio, de Serviços e do Turismo no Brasil, Perspectivas até 2015 http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/26DEECA1D363F802832574E90063304C/$File/NT0003A276.pd f Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE Pesquisa Anual de Serviços – PAS – 2008 http://www.ibge.gov.br/questionarios/pas.html Sociedade Brasileira para Promoção da Exportação de Sofware – Softex Exportação de Software e Serviços Brasileiros http://www.softex.br/portal/softexweb/uploadDocuments/_desenvolvimento/Softex%20PSI%20SW %20Road%20Show.pdf 84 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Banco do Brasil Revista de Comércio Exterior do Banco do Brasil http://www44.bb.com.br/appbb/portal/on/intc/rvst/index.jsp Atuação do Banco do Brasil em Aglomerações Produtivas http://desenvolvimento.gov.br/arquivos/dwnl_1198758003.pdf Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC Síntese da Economia Brasileira – 2009 (edição bilíngüe português e inglês) http://www.portaldocomercio.org.br/media/sintese2009.pdf Confederação Nacional da Indústria – CNI Os Problemas da Empresa Exportadora Brasileira – 2008 http://www.cni.org.br/portal/main.jsp?lumPageId=4028808112AF249A0112AFBF1EC620A3&itemId =8A9015D01C51F1BC011C526F68D5260F Matriz Energética e Emissão de Gases de Efeito Estufa: Fatos sobre o Brasil http://www.cni.org.br/portal/main.jsp?lumPageId=4028808112AF249A0112AFBF1EC620A3&itemId =8A9015D01DDE56A3011E4A2BC65B4344 Matriz Energética: Cenários, Oportunidades e Desafios http://www.cni.org.br/portal/main.jsp?lumPageId=4028808112AF249A0112AFBF1EC620A3&itemId =8A9015D01445CD8E01144C06C0786BE3 Federação das Indústrias do Estado de São Paulo- Fiesp Manual Básico de Exportação (estudo realizado em parceria com o Sebrae) http://www.fiesp.com.br/publicacoes/pdf/relacoes/manual_exportacao.pdf Manual de Negociações Internacionais http://www.fiesp.com.br/publicacoes/pdf/relacoes/manual_negociacoes_internacionais.pdf Agenda de Políticas de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico para o Brasil e o Estado de São Paulo http://www.fiesp.com.br/tecnologia/pdf/agendainovaçãodesenvolvimentotecnológico_brasil%20e%2 0sp_2007.pdf Associação Brasileira de Franchising Coletânea de artigos de interesse para empresários do setor http://www.portaldofranchising.com.br/site/content/artigo/index.asp?codA=15&origem=artigos Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e da Comunicação – Brasscom Brazil: The New Global Power in IT http://www.brasscom.org.br/brasscom/content/download/10788/231166/file/Brazil,%20the%20New %20Global%20Power%20in%20IT.pps Associação Brasileira de Exportadores de Software – ABES Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências 2006 (bilíngüe) http://www.braziltradenet.gov.br/CDINVESTIMENTO/ 85 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Associação de Comércio Exterior do Brasil – AEB A Construção de uma Política de Exportação de Serviços http://www.aeb.org.br/Politica%20Servicos.pdf Fundação Biominas Estudo de Empresas de Biotecnologia do Brasil http://win.biominas.org.br/biominas2008/estudo_default_pt.asp Instituto de Logística e Supply Chain Logistics Overview in Brazil 2008 http://www.ilos.com.br/site/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=31&Itemid=4 4 Alemanha – Comércio e Investimento Agência alemã para comércio e investimento http://www.gtai.com/web_en/homepage Repartição Federal de Informação sobre Comércio Exterior www.bfai.de Repartição Federal para a Economia e Controle de Exportação www.bafa.de Ministério Federal das Finanças www.bundesfinanzministerium.de Ministério Federal da Economia e Tecnologia www.bmwi.de Ministério Federal para Cooperação Econômica e Desenvolvimento www.bmz.de Instituto de Pesquisas Econômicas de Hamburgo www.hwwa.de Repartição Alemã de Patentes e Marcas www.deutsches-patentamt.de Repartição Federal de Estatística www.statistik-bund.de Secretaria de Economia do Estado de Baden- Württemberg www.bm.baden-wuerttemberg.de Secretaria para Economia, Transporte e Tecnologia do Estado da Baviera www.stmwvt.bayern.de Secretaria para Economia e Empresas do Estado de Berlim www.berlin.de/senwib Sociedade de Promoção de Negócios Internacionais de Bremen www.bremen-business.de 86 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Secretaria para Economia do Estado de Hamburgo www.hamburg.de Câmara de Indústria e Comércio Brasil-Alemanha www.ahkbrasil.com Conselho das Comunidades Europeias Diretiva do Conselho sobre s representantes comerciais autônomos http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=CELEX:31986L0653:EN:HTML Organização Mundial do Comércio Revisão de Política Comercial da União Européia - 2009 http://www.wto.org/english/tratop_e/tpr_e/tp314_e.htm Fórum Econômico Mundial Relatório de Competitividade do Brasil – 2009 (estudo realizado em parceria com a Fundação Dom Cabral) http://www.weforum.org/pdf/Global_Competitiveness_Reports/Reports/Brazil/BrazilCompetitiveness Report2009.pdf The Global Competitiveness Report 2008-2009 http://www.weforum.org/documents/gcr0809/index.html The Global Information Technology Report 2008-2009 http://www.insead.edu/v1/gitr/wef/main/fullreport/index.html The Travel and Tourism Competitiveness Report 2009 http://www.weforum.org/pdf/TTCR09/TTCR09_FullReport.pdf Petrobras Plano Estratégico 2009-2013 http://www.abemi.com.br/docs/Apresentações/Petrobras%20Apresentacao%20PRES.%20GABRIE LLI.pdf Crescimento: desafios e oportunidades http://www2.petrobras.com.br/ri/pdf/Diretor-Almir-IBEF-final.pdf Economist Intelligence Unit Os Meios para Competir – Referências Comparativas para Competitividade no Setor de TI http://graphics.eiu.com/upload/portal/BSA_COMPETITIVENESS_WEBrrr.pdf Everest Research Institute The Impact of the Global Economic Downturn on Outsourcing and Offshoring http://www.softex.br/portal/softexweb/uploadDocuments/Impact%20of%20Global%20Economic%20 Downturn%20Jan%202009.pdf Prof. Pankaj Ghemavat – Harvard Business School Redefining Global Strategy: crossing borders in a world where differences still matter http://www.ghemawat.org/index.html Prof. Paul Herbig – Universidade do Texas Negociação num contexto intercultural http://www.geocities.com/Athens/Delphi/9158/paper12.html 87 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Qualidade de serviços num contexto intercultural http://www.geocities.com/Athens/Delphi/9158/paper60.html Outsourcing http://www.geocities.com/Athens/Delphi/9158/paper34.html Harvard Business School The Benefits of Soft Power http://hbswk.hbs.edu/archive/4290.html Idate Foundation – Fórum Europeu sobre o Mundo Digital Desafios do Mundo Digital - 2007 http://www.key4biz.it/files/000070/00007039.pdf 4.4. Endereços e links úteis 4.4.1. No Brasil Representações Diplomáticas Embaixada da República Federal da Alemanha SES Avenida das Nações quadra 807 lote 25 CEP: 70.415-900 - Brasília / DF Tel: (61) 3442-7000 Fax: (61) 3443-7508 e 3442-7024 Site: www.brasilia.diplo.de E-mail: [email protected] Consulado-Geral da República Federal da Alemanha em São Paulo - SP Av. Brigadeiro Faria Lima, 2092, 12º andar - Jd. Paulistano CEP 01452-928 - São Paulo – SP Tel.: (11) 3097-6644 / 3815-2054 / 3814- 6379 Fax: (11) 3815-7538 E-mail [email protected] Website www.alemanha.org.br/saopaulo Consulado-Geral da República Federal da Alemanha no Rio de Janeiro - RJ Rua Presidente Carlos Campos, 417 CEP 22231-080 - Rio de Janeiro – RJ Tel.: (21) 2554-0004 Fax: (21) 2553-0184 E-mail [email protected] / [email protected] Website www.alemanha.org.br/riodejaneiro Consulado-Geral da República Federal da Alemanha em Porto Alegre-RS Rua Professor Annes Dias, 112, 11º andar CEP 90020-090 - Porto Alegre – RS Tel.: (51) 3224-9255 / 3224-9592 Fax: (51) 3226-4909 E-mail: [email protected] Website: www.alemanha.org.br/portoalegre 88 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Consulado-Geral da República Federal da Alemanha em Recife-PE Ed. Empresarial Center III Rua Antânio Lumack do Monte, 128/16º Boa Viagem CEP 51020-350 - Recife – PE Tel.: (81) 3463-5350 Fax: (81) 3465-4084 E-mail [email protected] Website http://www.alemanha.org.br/recife Apoio ao Exportador e ao Investidor Brasileiro Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC Rede Nacional de Informações sobre o Investimento - RENAI http://investimentos.desenvolvimento.gov.br/conteudo.asp?area=01 Portal do Exportador http://www.portaldoexportador.gov.br/ Aprendendo a Exportar – Onde Buscar Apoio http://www.aprendendoaexportar.gov.br/sitio/paginas/ondBusApoio/index.html Radar Comercial http://radarcomercial.desenvolvimento.gov.br/radar/ Vitrine do Exportador: informações comerciais de exportadores brasileiros http://www.vitrinedoexportador.gov.br/ Ministério das Relações Exteriores - Brazil Trade Net Brazil Trade Net http://www.braziltradenet.gov.br/ Ministério da Ciência e Tecnologia Programa de apoio Tecnológico à Exportação – Progex http://www.finep.gov.br/programas/progex.asp Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - 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Brasscom http://www.brasscom.org.br/brasscom/content/view/full/2 Sociedade Brasileira para Promoção da Exportação de Sofware – Softex http://www.softex.br/portal/_home/default.asp Associação Brasileira de Empresas de Soluções de Telecomunicações e Informática - Abreprest www.abreprest.org.br Associação Brasileira de Engenharia Industrial – Abemi http://www.abemi.com.br/ Associação Brasileira de Consultores de Engenharia http://www.abceconsultoria.org.br/index.htm Associação Brasileira de Empresas de Biotecnologia http://www.abrabi.org.br/ Associação Brasileira de Estilistas – Abest http://www.abest.com.br/novos_arquivos/abest/default.asp Associação Brasileira de Empresas de Design - Abedesign http://www.abedesign.org.br/site/ Associação Brasileira da Indústria Gráfica - Abigraf http://www.abigraf.org.br/ 90 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Associação Brasileira de Logística http://www.aslog.org.br/ Associação Brasileira de Movimentação e Logística http://www.abml.org.br/website/default.asp Associação Brasileira de Transportadores Internacionais – ABTI http://www.abti.com.br/ Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais http://www.apro.org.br/ Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão – Abpitv http://www.abpitv.com.br/ Associação de Artesanato & Estilo – Artest http://www.artest.com.br/ Instituto de Engenharia http://www.institutodeengenharia.org.br/site/index.php Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos – IBGM http://www.ibgm.com.br/ Informações sobre Estilo de Negociação, Etiqueta e Protocolo no Brasil Business Etiquette and Protocol in Brazil http://www.kwintessential.co.uk/resources/global-etiquette/brazil-country-profile.html The Brazilian Style of Negotiation http://www.place-net.net/clients/2007/negocia/elts/pdf/Brazilian%20Negotiation%20Style.pdf Brazilian Negotiation Style http://www.acc.com/vl/public/ProgramMaterial/loader.cfm?csModule=security/getfile&pageid=2 0526 Brazil: Cultural Tips http://www.asagbiotechnetwork.org/Data/Countries/Brazil/Download/Brazil_Cultural_Tips.pdf?PHPSESSID=17e4f8 3e453b9fc0db40ab80aa1642c1 4.4.2 Na Alemanha Embaixada do Brasil em Berlim Wallstrasse 57 10179 Berlin Telefone: (030) 72628-0 Central: (030) 72628-200 Fax: (030) 72628-320 E-mail: [email protected] www.brasilianische-botschaft.de 91 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC Secretaria de Comércio e Serviços - SCS Departamento de Políticas de Comércio e Serviços – DECOS Setor de Promoção Comercial-SECOM Wallstrasse 57 10179 Berlin Telefone: 030) 72628-110 Fax: (030) 72628199 E-mail: [email protected] Consulado-Geral do Brasil em Frankfurt Stephanstrasse 3-4. OG 60313 Frankfurt am Main Telefone: (069) 920742-0 Fax: (069) 920742-30 E-mail: [email protected] Consulado-Geral do Brasil Munique Widenmayerstrasse 47 80538 München Telefone: (089) 2102760 Celular: (0173) 3783470 Fax: (089) 29160768 E-Mail: [email protected] CE Mark legislation http://europa.eu.int/comm/enterprise/newapproach/legislation/guide/ http://www.newapproach.org/ 92