Hemorragia digestiva alta 05/03/2013 Tércio Pinto / Rui Barros Hemorragia digestiva alta| 05/03/2013 | Tércio Pinto / Rui Barros Questões a esclarecer O que temos de fazer antes da endoscopia digestiva alta ? Quando fazer endoscopia digestiva alta? O que queremos saber depois da endoscopia digestiva alta? Hemorragia Digestiva Alta Estratificação de Risco Estratégia de Tratamento e Prognóstico Tércio Pinto Hospital da Arrábida – Março de 2013 Hemorragia Digestiva Alta – Recomendações Gerais (1) • A imediata avaliação clínica e apropriada estabilização hemodinâmica são fundamentais no prognóstico do doente com hemorragia digestiva alta. Os parâmetros clínicos são essenciais na triagem, para determinar o nível de cuidados e o timing da endoscopia. • As comorbilidades devem ser tratadas agressivamente, mantendo uma adequada perfusão dos orgãos. Hemorragia Digestiva Alta – Recomendações Gerais (2) • Constituem aspectos críticos na avaliação inicial: a gravidade e actividade da hemorragia; a localização da lesão sangrante (alta vs baixa); hemorragia varicosa ou não varicosa; a coagulopatia associada. • Esta abordagem é, sempre que multidisciplinar: Gastrenterologista, Intensivista e Cirurgião. possível, Internista, Hemorragia Digestiva Alta – Recomendações Gerais (3) • A estratificação do risco de acordo com a gravidade da doença e o potencial de resultados adversos permite uma melhor gestão clínica e de recursos: alta precoce, endoscopia urgente (24 h) / emergente. • A estratificação do risco é um processo dinâmico no decurso da evolução clínica do doente: 1º) na apresentação clínica; 2º) na endoscopia; 3º) pósendoscopia. Hemorragia Digestiva Alta – Recomendações Gerais (4) • Embora a endoscopia precoce seja um procedimento chave, quando realizada em doentes inadequadamente estabilizados coloca em risco a sua segurança. Hemorragia Digestiva Alta: Avaliação Clínica Inicial e Estabilização Hemorragia Digestiva Alta – Avaliação Clínica Inicial e Estabilização (1) • No doente com hemorragia digestiva alta a avaliação clínica inicial e uma adequada estabilização hemodinâmica são prioritárias e fundamentais. A intensidade das medidas de ressuscitação é proporcional à severidade da hemorragia. • A correcção da hipovolemia é o objectivo prioritário da reanimação inicial; aconselha-se a administração tanto de colóides como de soro fisiológico; 1-2 litros de solução fisiológica é geralmente suficiente para corrigir as perdas, mas em caso de hemorragia maciça pode ser necessário associar concentrado de glóbulos rubros O negativo. Hemorragia Digestiva Alta – Avaliação Clínica Inicial e Estabilização (2) • Deve ser considerada a entubação naso-traqueal se sangramento maciço ou perturbação do estado de consciência (risco de aspiração). Hemorragia Digestiva Alta – Manobras Iniciais de Rotina Parâmetros Vitais TA; FC; FR; Sat. O2; Estado de consciência Acesso Venoso Exames laboratoriais Hemograma, sódio, potássio, ureia, creatinina, AST, ALT, bilirrubina total, INR, aPTT Provas de sangue ECG Sonda nasogástrica DOENTE INSTÁVEL Monitorização contínua TA, FC, Sat. O2, Diurese, ECG Acesso venoso Dois e eventual catéter venoso central Infusão rápida de solução fisiológica Sangue O negativo Hemorragia Digestiva Alta – Porquê a Sonda Naso-Gástrica ? • A sonda naso-gástrica é benéfica para detectar a presença de sangue, determinar a gravidade da hemorragia, preparar o campo de visualização endoscópico e prevenir a aspiração do conteúdo gástrico • O aspirado gástrico, não traumático, de sangue confirma a hemorragia digestiva alta. Sangue vivo e coágulos frescos sugerem hemorragia activa enquanto a presença de sangue digerido (“borra de café”) são sugestivos de hemorragia recente. • A drenagem contínua de sangue vermelho vivo associa-se a hemorragia activa severa. • A ausência de sangue não exclui a hemorragia digestiva alta. Hemorragia Digestiva Alta – Terapêutica Farmacológica Solução fisiológica Pantoprazol Esomeprazol Terlipressina Octreótido 1000-2000 mL IV 80 mg IV em bólus, seguido perfusão de 8 mg/h. 80 mg IV em bólus, seguido perfusão de 8 mg/h. Bólus de 2 mg seguido de 1-2 mg 4/4 h. IV Bólus de 50 µg seguido de 25-50 µg/h. em perfusão contínua em soro fisiológico. (se houver contra-indicação para a terlipressina) Hemorragia Digestiva Alta (HDA) – Quando e Como Transfundir • A administração de concentrado de glóbulos rubros (CGR) deve ser considerada em: –Todos os doentes em choque. –Doentes instáveis mesmo após a reposição de volume. –Nos restantes doentes, de acordo com a estratificação de risco e a etiologia da hemorragia: hipertensiva vs não-hipertensiva. Quando e Como Transfundir: HDA Não-Hipertensiva • Sangramento maciço com choque (considerar CGR O negativo). • Instabilidade hemodinâmica apesar da correcção da hipovolemia. • Hb < 7 g/dL. • Hb < 8-9 g/dL: se existir patologia cardio-respiratória associada ou idade ≥ 65 anos. • Tranfusão de plaquetas se < 50.000 • INR > 1,5: vitamina K associado a factor VIIa recombinante ou complexo protrombínico ou plasma total fresco congelado Quando e Como Transfundir: HDA Hipertensiva • O alvo transfusional é: hematócrito de 24% e/ou hemoglobina de 8 g/dL.(excepto se existirem comorbilidades como doença cardíaca). • Se INR > 1,8 ou fibrinogénio > 100 mg/dL e sangramento activo: administrar plasma total fresco congelado. Hemorragia Digestiva Alta: Estratificação do Risco Clínico Hemorragia Digestiva Alta: Estratificação do Risco Clínico (1) • Se não existem dúvidas que a hospitalização é mandatória na hemorragia digestiva varicosa nos doentes cirróticos, a hemorragia digestiva nãovaricosa é inconstante na sua apresentação, com um espectro alargado de gravidade clínica. • O score de Rockall combina factores clínicos e factores endoscópicos no sentido de estratificar o risco de eventos adversos decorrentes do episódio de hemorragia digestiva alta não-varicosa. Hemorragia Digestiva Alta: Estratificação do Risco Clínico (2) • O score de Rockall clínico deve ser sistematicamente realizado na primeira abordagem clínica do doente hemorrágico. • Após a estratificação do risco clínico o doente deve ser orientado para vigilância e cuidados adequados à gravidade da siatuação clínica, seja em unidade de cuidados intensivos, unidade de intermédios, enfermaria ou mesmo alta hospitalar. Hemorragia Digestiva Alta – Factores de Risco para Ressangramento e Mortalidade CLÍNICOS Anamnese Idade > 70 anos. Comorbilidades: Insuf. Renal. Insuf. Hepática. Neoplasia. Parâmetros Vitais Instabilidade Hemodinâmica. TA sistólica < 100 mmHg. Pulso > 100 ppm. Estado Confusional Sangramento Sangue vivo no aspirado gástrico. Sangue vivo ao toque rectal. Sangramento persistente ou ressangramento LABORATORIAIS Aumento da Ureia. Aumento da Creatinina. Hemoglobina < 10 g/dL. Coagulopatia: INR > 1,5. Plaquetas < 50.000 ENDOSCÓPICOS Neoplasia do tubo digestivo alto. Sangramento activo (em jacto ou em toalha). Vaso visível ou coágulo aderente. Estratificação do Risco – Score de Rockall Pontuação Variável Idade (anos) Choque Comorbilidades Diagnóstico Endoscópico Estigmas de Hemorragia Recente 0 1 2 < 60 60 - 79 ≥ 80 Sem choque: FC < 100 / min TA sistólica > 100 mmHg Taquicardia: FC > 100 / min TA sistólica > 100 mmHg Hipotensão: TA sistólica < 100 mmHg Dç Cardíaca isquémica Insuf. Cardíaca Outra comorbilidade major Sem comorbilidades major Mallory-Weiss ou nenhuma lesão Úlcera de base limpa ou com pigmento hemossidérico - Úlcera Péptica - Esofagite erosiva Doença maligna do aparelho digestivo Sangue no tubo digestivo Coágulo aderente, vaso visível ou hemorragia em jacto 3 Insuf. Renal Insuf. Hepática Neoplasia metastizada Estratificação do Risco – Score de Rockall • Score Clínico (antes comorbilidades. da EDA): Idade + choque + • Score Completo (após a EDA): Score clínico + diagnóstico endoscópico + estigmas de hemorragia recente. • Score máximo: antes da endoscopia = 7. Após o diagnóstico endoscópico = 11. • Estratificação final do risco: - Baixo: ≤ 2 - Intermédio: 3-4 - Alto: ≥ 5 Estratificação do Risco – Score de Rockall Score de Rockall (pontos) Mortalidade (%) 3 3% 4 6% 5 12% 6 17% 7 27% 8 40% Risco de Recidiva Hemorrágica: Classificação de Forrest Classificação de Forrest Endoscopia Recidiva Hemorrágica (%) Ia, Ib Hemorragia activa: - Ia: em jacto - Ib: em toalha 55 35 11 Vaso visível 43 34 11 IIb Coágulo aderente 22 10 7 IIc Pigmento hemossirérico 10 6 3 Base Limpa 5 0,5 2 Cirugia (%) Mortalidade (%) IIa III Classificação de Forrest: Forrest Ia Classificação de Forrest: Forrest Ib Classificação de Forrest: Forrest IIa Classificação de Forrest: Forrest IIb Classificação de Forrest: Forrest IIc Classificação de Forrest: Forrest III Hemorragia Digestiva Alta: Quando Referenciar para Endoscopia? • Após estabilização cardio-circulatória. • Após estratificação do risco clínico: Score de Rockall. • Após contacto com o Gastrenterologista: – Endoscopia emergente. – Endoscopia urgente. – Alta precoce (realização de endoscopia não urgente e posterior orientação para ambulatório). Hemorragia Digestiva Alta Ressuscitação / Estabilização hemodinâmica Tem factores de risco para ressangramento e mortalidade? Estratificação do risco: Alto vs Baixo risco Score de Rockall clínico Score de Rockall clínico Alto Risco Não-Hipertensiva: Score Rockall ≥ 3 ou doente internado Baixo Risco Hipertensiva: Doença hepática ou suspeita clínica ou laboratorial (coagulação, plaquetas) - Manobras iniciais de rotina - Terapêutica farmacológica - Transfusão de sangue ou derivados. Factores de coagulação - Hemorragia activa - Instabilidade hemodinâmica / choque Endoscopia emergente (nas primeiras 6-12 horas) Estabilidade hemodinâmica Endoscopia urgente (nas primeiras 24 horas) Score Rockall: 0, 1 e 2 Possível alta com investigação precoce no ambulatório ou programar endoscopia em internamento. Sem necessidade de referenciação urgente para endoscopia Hemorragia Digestiva Alta: O Exame Endoscópico • A Endoscopia Digestiva deve ser realizada no Centro de Endoscopia, local adequadamente equipado. Em casos específicos de doentes em choque, com dificuldade de estabilização hemodinâmica ou se necessitarem de apoio anestésico, a endoscopia deverá ser realizada na sala de emergência ou no bloco operatório. • A administração de eritromicina endovenosa (bólus de 250 mg ou infusão de 3 mg/Kg durante 30 minutos) 20 a 90 minutos antes da realização da endoscopia pode melhorar a qualidade do exame por permitir um esvaziamento gástrico de sangue e coágulos, podendo assim, ser útil em casos de hemorragia grave. Hemorragia Digestiva Alta: Estratificação do Risco Pós- Endoscópico • A estratificação do risco pós-endoscópico deve ser sempre realizada e obtemos o Score de Rockall final. • É importante ressalvar que existem outros factores endoscópicos predizentes de mau prognóstico: o tamanho da úlcera (> 2 cm) e a localização (parede posterior do bolbo duodenal e parte alta da pequena curvatura do corpo). • A classe de Child-Pugh, a disfunção renal, a infecção, a presença de hemorragia activa na endoscopia, o consumo activo de álcool, a trombose de veia porta e o carcinoma hepato-celular constituem factores de pior prognóstico na hemorragia digestiva alta de causa hipertensiva. Hemorragia Digestiva Alta – Abordagem Terapêutica • Hemorragia Não-Hipertensiva ou NãoVaricosa • Hemorragia Hipertensiva Hemorragia Não-Hipertensiva • Doentes com suspeita de hemorragia por úlcera deve iniciar terapêutica com inibidor da bomba de protões (IBP) endovenoso. • IBP: bólus inicial de 80 mg IV, seguido de perfusão contínua de 8 mg/h ou oral, de acordo com os achados endoscópicos. Suspeita de Hemorragia Digestiva Alta Não-Hipertensiva Inibidores da Bomba de Protões (IBP): Bólus de 80 mg IV Endoscopia Risco elevado de hemorragia: Forrest I, IIa e IIb Risco baixo de hemorragia: Forrest IIc e III Perfusão de IBP: 8 mg/h, durante 72 horas Alta Precoce - IBP oral: 40 mg/dia, durante 6 semanas - Erradicação do Helicobacter Pylori - Parar AINE´s - IBP oral: 40 mg/dia, durante 6 semanas - Erradicação do Helicobacter Pylori - Parar AINE´s Hemorragia Hipertensiva • Em doentes com história conhecida de cirrose hepática ou hipertensão portal ou suspeita de doença hepática crónica, a terapêutica com fármaco vasoactivo deve ser imediatamente iniciada. • Fármaco de 1ª escolha: terlipressina. Bólus inicial de 2 mg IV, seguido de 1-2 mg IV 4/4 h (1 mg se peso < 50 Kg, 1,5 mg se peso 50-70 Kg e 2 mg se peso > 70 Kg), durante 2 a 5 dias. Hemorragia Hipertensiva • Contra-indicações da terlipressina: cardiopatia isquémica, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica e arritmias cardíacas. • Alternativas à terlipressina: –Octreótido: bólus inicial de 50 µg IV, seguido de perfusão contínua de 25-50 µg/h IV. –Somatostatina: bólus inicial de 250 µg IV, seguido de perfusão contínua de 250 µg/h IV. Hemorragia Hipertensiva • Todos os doentes com cirrose hepática e hemorragia digestiva apresentam um risco elevado de infecção (factor condicionante de de recidiva hemorrágica e de mortalidade), sendo mandatória a profilaxia antibiótica durante 7 dias: norfloxacina 400 mg 12/12 h oral, ou quando a via oral não é possível, ciprofloxacina 200 mg 12/12 h IV ou ceftriaxone 1 g/dia IV. Hemorragia Digestiva Alta em doentes com: Cirrose hepática conhecida Suspeita clínica de cirrose Entubação NG, considerar entubação traqueal, acessos IV (2) Terapêutica vasoactiva precoce: Terlipressina Reposição da Volémia CGR: Hb < 8 mg/dL; Ht < 24% Expansores: TA sist. < 80 mmHg PTFC: INR > 1,8 Endoscopia < 24 h Antibioterapia (7 dias): Ex: Ciprofloxacina 200 mg 12/12 h IV Endoscopia Varizes Esofágicas Varizes Gástricas - Laqueação elástica - Escleroterapia - Cola (Histoacryl) - TIPS Gastropatia de Hipertensão Portal Terapêutica vasoactiva: Mantém Terlipressina Sucesso Profilaxia secundária Sem sucesso Tamponamento com balão (máximo 24 h) 2º endoscopia Sucesso Sem sucesso TIPS / Shunt Hemorragia Hipertensiva • Todos os doentes com cirrose hepática devem ficar internados durante pelo menos 5 dias e sempre numa unidade de cuidados intermédios nas primeiras 24 horas. • Após o episódio agudo (5 dias) todos os doentes devem iniciar profilaxia secundária da recidiva hemorrágica: laqueação elástica de varizes esofágicas + terapêutica com β-bloqueantes ou apenas laqueação elástica (se existirem contra-inidicações para a terapêutica com β-bloqueantes). Hemorragia digestiva alta| 05/03/2013 | Tércio Pinto / Rui Barros Caso Clínico 1 Homem 42 anos. Avaliado no atendimento urgente. Náuseas e vómitos alimentares desde há 2 dias. Sem dor abdominal, sem alterações do transito intestinal. Sem febre. Após o almoço teve vómito alimentar misturado com pequena quantidade de sangue vivo. Sem comorbilidades conhecidas. Sem medicação habitual TA 124/77mmHg FC 87bpm. SpO2 99%. T 36.4ºC. Exame físico sem alterações. Hg 13.5g/dl Plaquetas 254.000/ul INR 1.0 Bioquímica normal. Hemorragia digestiva alta| 05/03/2013 | Tércio Pinto / Rui Barros Qual a estratégia correcta: 1.Alta com terapêutica sintomática e reavaliação em consulta 2.EDA urgente (no AU) 3.Alta com terapêutica sintomática e EDA agendada para < 1 semana 4.Investigação adicional com ecografia urgente (no AU) Hemorragia digestiva alta| 05/03/2013 | Tércio Pinto / Rui Barros Caso Clínico 2 Homem 63 anos. Acordou com sensação de astenia intensa e mal estar abdominal. Poucos minutos depois de se ter levantado teve sensação de desfalecimento associada a hipersodurese e náusea acabando por colapsar. Nas duas semanas anteriores reparou que as fezes eram mais líquidas que o habitual e de aspecto escuro. No dia anterior notou que por vezes vinham misturadas com algo parecido com sangue escuro. HTA, Dislipidemia, Obesidade. Patologia degenerativa da coluna. Prótese da anca direita. Recurso frequente a AINE’s. Ingestão diária de 100g álcool. Sem conhecimento de doença cardíaca, hepática ou digestiva Medicação habitual: Atorvastatina 10mg; Bisoprolol 5mg; Hemorragia digestiva alta| 05/03/2013 | Tércio Pinto / Rui Barros Caso Clínico 2 Pálido, suado. TA 80/50mmHg FC 110bpm Extremidades frias. ECG: taquicardia sinusal. Exame do tórax: taquicardico, sem outras alterações Exame do abdómen: indolor á palpação, sem ascite, fígado não palpável Sem estigmas de doença hepática crónica Hg 6.2g/dl; Plaquetas 223.000/ul; INR 1.1 Creatinina 0.8mg/d Ureia 82mg/d Perfil hepático normal. Biomarcadores cardíacos negativos. Hemorragia digestiva alta| 05/03/2013 | Tércio Pinto / Rui Barros Qual o diagnóstico mais provável: 1.Hemorragia digestiva alta ulcerosa 2.Hemorragia digestiva alta por varizes 3.Hemorragia digestiva baixa 4.Colapso de causa cardíaca Hemorragia digestiva alta| 05/03/2013 | Tércio Pinto / Rui Barros Qual a intervenção terapêutica prioritária? 1.Transfusão de GR 2.Endoscopia digestiva alta emergente 3.Reposição da volémia com soro fisiológico 4.Colocação de SNG Hemorragia digestiva alta| 05/03/2013 | Tércio Pinto / Rui Barros Caso Clínico 3 Homem 49 anos. Avaliado no atendimento urgente. História de dispepsia com epigastralgia que melhora com IBP. Uso frequente de AINE’s por crises de gota, actualmente medicado com naproxeno (4 dias). Desde ha 2 dias com náuseas e epigastralgias que aliviam após as refeições. Hoje nota fezes com aspecto compatível com melenas. Pálido, extremidades frias. TA 81/50mmHg FC 77bpm. SpO2 99%. T 36.4ºC. Exame físico sem alterações. Sem estigmas de doença hepática crónica Colocada SNG - sem drenagem Hg 10.1g/dl Plaquetas e coagulação normais. Bioquímica normal. Hemorragia digestiva alta| 05/03/2013 | Tércio Pinto / Rui Barros Caso Clínico 3 Homem 49 anos. Avaliado no atendimento urgente. Normalização do perfil tensional com fluidoterapia. Administrados 80mg esomeprazol ev Endoscopia digestiva alta: - úlcera duodenal activa com vaso vermelho visível - aplicação de clip Hemorragia digestiva alta| 05/03/2013 | Tércio Pinto / Rui Barros Após a alta, qual a melhor opção terapêutica: 1.IBP 2.IBP + erradicação HP 3.IBP + indicação para erradicação HP se teste respiratório positivo 4.IBP + indicação para repetir EDA em ambulatório e erradicar HP se biópsia positiva 55 56