Seleção Pública de Pessoal – 2010
Cargo: Professor de Física
Prova objetiva para o cargo de
Professor de Física
INSTRUÇÕES PARA O CANDIDATO
1. Confira se a prova que você recebeu corresponde ao cargo que você está inscrito. Caso
contrário comunique imediatamente ao fiscal de sala.
2. Verifique se os dados impressos no Cartão-Resposta correspondem aos seus. Caso haja
alguma irregularidade, comunique-a imediatamente ao fiscal de sala.
3. O caderno de prova contém 40 (quarenta) questões, numeradas de 01 (um) a 40
(quarenta). Verifique: se faltam folhas, se a sequência de questões está correta; e se há
imperfeições gráficas que possam causar dúvidas. Comunique imediatamente ao fiscal
qualquer irregularidade.
4. Aguarde autorização para abrir o caderno de prova.
5. Nesta prova, as questões objetivas são de múltipla escolha, com 5 (cinco) alternativas
cada uma, sempre na sequência a, b, c, d, e, das quais somente uma deve ser assinalada.
6. A interpretação das questões é parte do processo de avaliação, não sendo permitidas
perguntas ao fiscal de sala.
7. Só serão consideradas para avaliação as questões respondidas no cartão-resposta. O
cartão-resposta deverá ser preenchido com caneta esferográfica azul ou preta, tendo-se o
cuidado de não ultrapassar o limite do espaço para cada marcação. Sob nenhuma hipótese,
o cartão-resposta poderá ser substituído.
8. Não serão permitidas consultas, empréstimos e comunicação entre os candidatos,
tampouco o uso de livros, apontamentos e equipamentos eletrônicos ou não, inclusive
relógio. O não-cumprimento dessas exigências implicará a eliminação do candidato.
9. O tempo de resolução das questões, incluindo o tempo para preenchimento do cartãoresposta, é de 3 (três) horas.
10. Os materiais da prova, necessários à avaliação do candidato, devem ser devolvidos
após o término do tempo destinado para a sua realização.
11. Ao concluir a prova, permaneça em seu lugar e comunique ao fiscal de sala. Aguarde
autorização para entregar o caderno de prova e o cartão-resposta devidamente assinado,
sob pena de caracterização de sua desistência no processo seletivo.
DURAÇÃO DESTA PROVA: 3 horas
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CONHECIMENTOS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Com base nos textos I e II, responda às questões de número 01 a 05.
TEXTO I - RETRATOS DA MULHER LIVRE
Qual seria a aparência da mulher livre? Lembrando que havia vários tipos de mulheres nãoescravas, podemos imaginar que, entre as fazendeiras ricas e as pobres roceiras, as diferenças alimentares
e de estilo de vida deixaram marcas diferenciadas em suas fisionomias.
Os traços das mulheres de elite são mais conhecidos. Ao vasculharmos amontoados de retratos de
famílias do interior do Nordeste, elas estão ali: ora sentadas, ora em pé ao lado do marido, rodeadas pelos
filhos. Esguias ou gordas, de formas arredondadas. Mas, ao aceitarmos as palavras de Gardner, viajante
inglês que por lá passou em 1836, vemos que a gordura “era considerada o encanto principal da beldade
do Brasil e o maior elogio que se pode dizer a uma mulher é dizer que está ficando cada dia mais gorda e
mais bonita, coisa que na maioria delas cedo acontece pela vida sedentária que levam”.
Uma coisa as nordestinas do sertão pareciam ter em comum: o apreço pelos longos cabelos. Basta
dizer que, na seca de 1877, mulheres famintas, esquálidas, chegaram à casa do major Selemérico, em
Oeiras, antiga residência do presidente da província, e, em agonia de morte, ofereciam cortar o cabelo em
troca de “água, água”.
Na França, no alvorecer do mundo moderno, um certo tipo de beleza feminina conheceu prestígio.
Ela era útil não só para incitar o homem, mas era a arma específica, e legítima, do sexo frágil, que pode
graças a ela, compensar sua fraqueza. Adornava-se o corpo com vestidos amplos (que na França
chegavam a usar 30 metros de tecidos), escondiam-se as formas desfiguradas por uma gravidez com um
colete, ostentavam-se longos cabelos (que as pobres, por vezes, vendiam para obter algum dinheiro). E no
sertão brasileiro? Mesmo as mulheres ricas costumavam se vestir com uma certa simplicidade se
comparadas com as da elite litorânea. Também não costumavam usar jóias em seu dia-a-dia. Traziam,
debaixo da saia principal, duas saias de algodão, enfeitadas com barrado de renda (a chamada “renda-deponta”) e bem engomadas, além da “camisa de dentro” (espécie de combinação também debruada de
renda-renascença). A blusa exterior, em geral, de manga comprida, era ornada com plissados, apliques,
bordados de crivo ou crochê. A intenção ao vestir-se era não revelar as formas do corpo nem mesmo
insinuar seios ou pernas. No pescoço, os cordões de veludo, “as gargantilhas”, e nos cabelos as
“travessas” de prata ou de tartaruga, ou presilhas de ouro ou marfim (as mais pobres usavam de chifre de
boi). Mas não havia cosméticos nem verniz nas unhas. Passavam no rosto e nos cabelos azeite de babaçu
e pó de arroz, que vinha nas caixas forradas de cetim vermelho produzidas pelas perfumarias Carneiro,
no Rio de Janeiro. Nos pés, usavam botinas de cano curto, de couro, amarradas nos tornozelos, feitas por
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escravos sapateiros que muito cedo aprenderam e desenvolveram a arte de fazer sapatos – imitando dos
europeus – pois usar sandálias não era de bom tom.
(FALCI, Miridan Knox. Mulheres do sertão nordestino)
TEXTO II - A COMADRE
Era a comadre uma mulher baixa, excessivamente gorda, bonachona, ingênua ou tola até um certo
ponto, e finória até outro; vivia do ofício de parteira, que adotara por curiosidade, e benzia de quebranto;
todos a conheciam por muito beata e pela mais desabrida papa-missas da cidade. Era a folhinha mais
exata de todas as festas religiosas que aqui se faziam; sabia de cor dos dias em que se dizia missa em tal
ou tal Igreja, como a hora e até o nome do padre; era pontual à ladainha, ao terço, à novena, ao
centenário; não lhe escapava via-sacra, procissão, nem sermão; trazia o tempo habilmente distribuído e as
horas combinadas, de maneira que nunca lhe aconteceu chegar à Igreja e achar já a missa no altar. De
madrugada começava pela missa da Lapa; apenas acabava ia à das oito na Sé, e daí saindo pilhava ainda a
das nove em Santo Antônio. O seu traje habitual era, como o de todas as mulheres da sua condição e
esfera, uma saia de lilá preta, que se vestia sobre um vestido qualquer, um lenço branco muito teso e
engomado ao pescoço, outro na cabeça, um rosário pendurado no cós da saia, um raminho de arruda atrás
da orelha, tudo isto coberto por uma clássica mantilha, junto à renda da qual se pregava uma pequena figa
de ouro ou de osso. Nos dias dúplices, em vez de lenço à cabeça, o cabelo era penteado, e seguro por um
enorme pente cravejado de crisólitas.
Este uso da mantilha era um arremedo do uso espanhol; porém a mantilha espanhola, temos
ouvido dizer, é uma cousa poética que reveste as mulheres de um certo mistério, e que lhes realça a
beleza; a mantilha das nossas mulheres, não; era a cousa mais prosaica que se pode imaginar,
especialmente quando as que as traziam eram baixas e gordas como a comadre. A mais brilhante festa
religiosa (que eram as mais frequentadas então) tomava um aspecto lúgubre logo que a Igreja se enchia
daqueles vultos negros, que se uniam uns aos outros, que se inclinavam cochichando a cada momento.
Mas a mantilha era o traje mais conveniente aos costumes da época; sendo as ações dos outros o
principal cuidado de quase todos, era muito necessário ver sem ser visto. A mantilha para as mulheres
estava na razão das rótulas para as casas; eram o observatório da vida alheia. Muito agitada e cheia de
acidentes era a vida que levava a comadre, de parteira, beata e curandeira de quebranto; não tinha por isso
muito tempo de fazer visitas e procurar os conhecidos amigos.
(ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um
Sargento de Milícias.)
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01. No texto I, (...) a gordura “era considerada o encanto principal da beldade do Brasil e o maior
elogio que se pode dizer a uma mulher é dizer que está ficando cada dia mais gorda e mais bonita, coisa
que na maioria delas cedo acontece pela vida sedentária que levam”. De acordo com o comentário
sublinhado, o viajante inglês Gardner dá o seguinte depoimento sobre as mulheres:
a.
b.
c.
d.
e.
tornavam-se bonitas depois que engordavam.
engordavam facilmente porque tinham pouca atividade.
ficavam gordas e bonitas porque pertenciam a famílias ricas.
engordavam porque, além de comer bem, bebiam muita água.
engordavam porque não se importavam em fazer dietas.
02. Os textos I e II registram aspectos do vestuário feminino brasileiro do período colonial. O primeiro é
exclusivamente documental, por ser um texto de História; já a combinação de dados documentais,
conteúdos ficcionais e observações subjetivas contribui para fazer do texto II um texto literário. O trecho
do texto II que se refere exclusivamente à comadre como personagem de ficção vem transcrito em:
a. “era a folhinha mais exata de todas as festas religiosas que aqui se faziam; sabia de cor dos dias
em que se dizia missa em tal ou tal Igreja”.
b. “O seu traje habitual era, como o de todas as mulheres da sua condição e esfera, uma saia de lilá
preta”.
c. “em vez de lenço à cabeça, o cabelo era penteado, e seguro por um enorme pente cravejado de
crisólitas”.
d. “a mantilha espanhola, temos ouvido dizer, é uma cousa poética que reveste as mulheres de um
certo mistério”.
e. “a mantilha das nossas mulheres, não; era a cousa mais prosaica que se pode imaginar”.
03. Algumas orações vêm transcritas abaixo acompanhadas de uma indicação do sentido que expressam
no texto II. Este sentido está incorretamente identificado em:
a.
b.
c.
d.
e.
“de maneira que nunca lhe aconteceu” – conseqüência.
“apenas acabava” – exclusão.
“logo que a Igreja se enchia daqueles vultos negros” – tempo.
“sendo as ações dos outros o principal cuidado de quase todos” – causa.
“e benzia de quebranto” – adição.
04. No texto II, a palavra arremedo não pode ser substituída por qual dos sentidos abaixo:
a. copiar.
b. imitar.
c. fotocopiar.
d. zombar.
e. reproduzir.
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05. No texto II, o trecho em que o narrador estabelece uma comparação de igualdade é:
a.
b.
c.
d.
e.
“sabia de cor dos dias em que se dizia missa em tal ou tal Igreja”.
“trazia o tempo habilmente distribuído e as horas combinadas”.
“era a cousa mais prosaica que se pode imaginar”.
“a mantilha para as mulheres estava na razão das rótulas para as casas”.
“porém a mantilha espanhola, temos ouvido dizer, é uma cousa poética que reveste as mulheres de
um certo mistério”.
Com base no texto III, responda às questões 06 e 07.
TEXTO III – FUNÇÃO
Me deixaram sozinho no meio do circo
Ou era apenas um pátio uma janela uma rua uma [esquina
Pequenino mundo sem rumo
Até que descobri que todos os meus gestos
Pendiam cada um das estrelas por longos fios [invisíveis
E havia súbitas e lindas aparições como aquela [das longas tranças
E todas imitavam tão bem a vida
Que por um momento se chegava a esquecer a [sua cruel inocência de bonecas
E eu dizia depois coisas tão lindas
E tristes
Que não sabia como tinham ido parar na minha [boca
E o mais triste não era que aquilo fosse apenas [um jogo cambiante de reflexos
Porque afinal um belo pião dançante
Ou zunindo imóvel
Vive uma vida mais intensa do que a mão [ignorada que o arremessou
E eu danço tu danças nós dançamos
Sempre dentro de um círculo implacável de luz
Sem saber quem nos olha atenta ou [distraidamente do escuro...
(QUINTANA, Mário. Antologia poética.)
06. No poema de Mário Quintana, a vida é uma encenação num palco ou picadeiro, e o homem um
joguete submetido aos caprichos da sorte. Esta ideia é expressa metaforicamente pelo seguinte trecho:
a.
b.
c.
d.
e.
“todos os meus gestos / Pendiam (...) das estrelas por longos fios invisíveis”.
“por um momento se chegava a esquecer a sua cruel inocência de bonecas”.
“Vive uma vida mais intensa do que a mão ignorada que o arremessou”.
“E eu danço tu danças nós dançamos”.
“Pequenino mundo sem rumo”.
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07. Do início ao verso 12, o poema apresenta exclusivamente formas verbais no tempo passado. No verso
15, porém, o poeta introduz o tempo presente. O valor literário desta modificação do tempo do verbo é:
a.
b.
c.
d.
e.
retratar o movimento rotativo do pião.
fazer uma reflexão de validade permanente.
produzir um contraste irônico entre o circo e a vida.
registrar um fato ocorrido no momento da narração.
anunciar uma sucessão temporal.
08. No português falado, muitas vezes a norma gramatical é burlada. Assinale o caso em que isso não
ocorre.
a.
b.
c.
d.
e.
Prefiro chocolate do que sorvete.
Namoro com José.
Me dê o sabonete, meu amor!
Ele é tão mostrado!
Assisti o filme ontem.
09. Assinale a alternativa que apresenta erro ortográfico.
a.
b.
c.
d.
e.
O preso está em uma cela pequena.
É preciso acender o fogo.
Eu sinto muito pelo ocorrido.
A taxa desse imposto está alta.
O concerto musical foi explêndido.
10. A crítica central da charge abaixo é:
a.
b.
c.
d.
e.
Sexta-Feira da Paixão.
Peixes.
Trabalho.
Comida.
Desemprego.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
11.
O conhecimento da Física permeia todos os outros, uma prova é que Médicos e Enfermeiros têm que lidar
todos os dias com as unidades físicas. Um remédio administrado de maneira inadequada pode matar um
paciente. Neste caso, aprecie a seguinte questão: um analgésico deve ser ingerido na quantidade de 3mg/kg
de massa corporal, mas a dose administrada não pode exceder 200 mg. Cada gota contém 5 mg do remédio.
Quantas gotas devem ser prescritas a um paciente de 80 kg?
a. 240
b. 200
c. 66
d. 40
e. 16
12.
Ao medir a temperatura de uma determinada massa de água que estamos
aquecendo, obtivemos a seguinte tabela:
tempo (min)
0
1
2
3
4
5
8
temperatura (oC) 20 25 30 35 40 45 60
A velocidade de aquecimento da água pode ser caracterizada pelo gráfico:
a.
b.
d.
e.
c.
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13.
Cargo: Professor de Física
Ricardo, estudante do SESC, está andando de skate em uma pista horizontal. No instante t1, ele lança uma
bola, que, do seu ponto de vista, sobe verticalmente. A bola sobe alguns metros e cai, enquanto Ricardo
continua a se mover em trajetória retilínea, com velocidade constante. No instante t 2, a bola retorna à mesma
altura de que foi lançada. Despreze os efeitos da resistência do ar. Analise as seguintes afirmativas:
i. A bola irá ficar para trás (no ponto A), pois deixará de se mover para frente ao sair da mão de
Ricardo.
ii. A bola acompanhará o movimento de Ricardo, encontrando-se no ponto M, caindo na mão do
mesmo.
iii. A bola seguirá mais rápido que Ricardo, retornando a altura inicial no ponto F.
iv. Supondo que o skate esteja parado, em relação ao solo, a bola sempre cairá na mão de Ricardo.
Posição em t1
Posição em t2
Assinale a alternativa correta:
a.
b.
c.
d.
e.
14.
apenas a afirmativa (i) encontra-se correta.
apenas a afirmativa (ii) encontra-se correta.
apenas a afirmativa (iii) encontra-se correta.
a afirmativa (i) e (iv) encontram-se correta.
nenhuma das afirmativas está correta.
Observe a tirinha em quadrinho:
Desconsidere a resistência do ar, e adote a aceleração da gravidade g = 10 m/s².
Suponha que o vaso de flores tenha sido abandonado de uma certa altura.
O gráfico que melhor representa a velocidade de queda deste vaso, em função do tempo é dado pela
alternativa.
8
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15.
a.
b.
d.
e.
Cargo: Professor de Física
c.
Assinale com V de verdadeiro ou F de falso:
( ) As acelerações dos corpos em queda livre dependem das massas dos corpos.
( ) Em queda livre, o tempo de queda pode ser determinado conhecendo-se apenas a altura de queda do
corpo.
( ) Em queda livre, os espaços percorridos na vertical são proporcionais ao tempo de percurso.
( ) No lançamento vertical ascendente no vácuo, o tempo de subida é igual ao tempo de queda.
( ) Considere um ponto da trajetória de um corpo lançado verticalmente para cima, no vácuo. No retorno,
ao passar pelo ponto considerado, o corpo apresenta velocidade, em módulo, igual à que apresentou na
subida.
Assinale a alternativa que representa a sequência correta:
a.
b.
c.
d.
e.
16.
F, V, F, V, F.
F, F, V, V, V.
F, V, V, V, F.
F, F, V, V, F.
F, F, F, V, V.
A partir das Leis de Newton, assinale a alternativa correta:
a. Um astronauta ao levar um equipamento da Terra até a Lua, fará um menor esforço para carregar este
equipamento na Lua do que na Terra. Isto se dá porque a massa da caixa permanecerá constante e o seu
peso diminuirá.
b. Ao caminharmos podemos dizer que o solo exerce uma força sobre o nosso pé, com a mesma intensidade,
direção e sentido da força que exercemos sobre o solo.
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Cargo: Professor de Física
c. Quando exercemos uma força
sobre uma mesa, na vertical, esta exerce uma força oposta que anula a
força , de modo que a força resultante sobre a mesa é nula, e portanto ela não se move.
d. Um automóvel colide frontalmente com um caminhão. No momento da colisão, pode-se afirmar que a
intensidade da força que o caminhão exerce sobre o automóvel é maior que a intensidade da força que o
automóvel exerce sobre o caminhão em sentido contrário.
e. Um passageiro que viaja em pé dentro de um ônibus, após uma freada, será impulsionado para frente
devido à aceleração do ônibus, confirmando, assim, a segunda lei de Newton.
17.
O fato de uma pessoa dentro de um automóvel“sentir-se lançada para fora” em uma curva é explicada pelo:
a. Princípio Fundamental da Dinâmica.
b. Princípio da inércia.
c. Princípio da ação e reação.
d. Princípio de Galileu.
e. Teorema do impulso.
18.
Dois corpos idênticos estão ligados por um fio ideal, passando por uma roldana,
conforme figura abaixo. Inicialmente, os corpos estão em repouso. Sendo
mA=mB = 3 kg, a densidade do fluido 0,6g/cm3, a densidade dos corpos 1,2
g/cm3 e g = 10 m/s2, a aceleração do sistema, após um certo intervalo de tempo,
será, em m/s2:
a. 0
b. 0,6
c. 1,6
d. 2,5
e. 2,6
B
A
19.
Puxa verticalmente para cima, a partir do repouso, uma caixa m, por uma distância d. Ela é puxada por uma
corda ideal com aceleração igual a g/5, em que g é a aceleração da gravidade. Acerca da caixa é correto
afirmar:
a. O tempo necessário para puxá-la é
.
b. A força necessária para puxá-la é
.
c. O trabalho realizado pela força peso é
.
d. A sua energia cinética final é
.
e. A variação de sua energia potencial é
.
20.
O fenômeno conhecido por El Niño é caracterizado pelo aquecimento acima do normal das águas do Oceano
Pacífico e é responsável por grandes alterações climáticas na Terra, como as inundações ocorridas no
Nordeste Brasileiro. Considerando os fenômenos térmicos envolvidos, é correto afirmar:
a. Supondo que o aumento de temperatura das águas seja igual a 5ºC, essa variação de temperatura equivale,
na escala Kelvin, a um aumento de 9 unidades.
b. Considerando o calor específico da água igual a 1 cal/(g.ºC), a quantidade de calor necessária para
aquecer de 5ºC uma massa de água igual a 10¹² kg é menor que 10¹² cal.
c. A água do mar, ao elevar a temperatura do ar na sua vizinhança, provoca transferência de calor por
condução na atmosfera.
d. A evaporação causada pelo aquecimento das águas oceânicas ocorre em temperaturas abaixo do ponto de
ebulição da água.
e. Para o aquecimento das águas oceânicas, a quantidade de calor transferida ao mar é inversamente
proporcional à variação de temperatura deste.
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Cargo: Professor de Física
21.
Uma barra de comprimento inicial Lo= 150 cm é submetida a uma variação de temperatura de 25º
C. Nessas condições, ela sofre uma dilatação térmica de 0,016 cm. Qual é, aproximadamente, o coeficiente
de dilatação linear da barra?
a.  4,3 x 10 -6ºC-1
b.  5,8 x 10 -8ºC-1
c.  6,4 x 10 -12ºC-1
d.  7,9 x 10 -4ºC-1
e.  8,2x 10 -6ºC-1
22.
Observe a figura abaixo:
Dados:
1 ml de água = 1g
1 cal = 4 J
c = 1 cal/gºC
O esquema mostra um calorímetro contendo 250 ml de água, onde foram colocados um termômetro e uma
resistência R. Ao ligar o gerador, a resistência fornece à água uma determinada quantidade de calor, fazendo
variar a sua temperatura num intervalo de tempo de 1000 segundos. Sobre esta situação, foram feitas as
seguintes afirmativas:
i.
a quantidade de calor recebida pela água vale 10 kcal.
ii.
a corrente que atravessa o resistor vale 1/3 A.
iii.
o valor da resistência é de 360 .
Assinale a opção correta:
a. apenas a afirmativa (i) é verdadeira.
b. apenas a afirmativa (ii) é verdadeira.
c. apenas as afirmativas (i) e (ii) são verdadeiras.
d. apenas as afirmativas (ii) e (iii) são verdadeiras.
e. todas as afirmativas são verdadeiras.
23.
A maior parte da energia usada hoje no planeta é proveniente da queima de combustíveis fósseis. O
protocolo de Kyoto, acordo internacional que inclui a redução da emissão de CO2 e de outros gases,
demonstra a grande preocupação atual com o meio ambiente. O excesso de queima de combustíveis fósseis
pode ter como conseqüências:
a. maior produção de chuvas ácidas e aumento da camada de ozônio.
b. aumento do efeito estufa e dos níveis dos oceanos.
c. maior resfriamento global e aumento dos níveis dos oceanos.
d. destruição da camada de ozônio e diminuição do efeito estufa.
e. maior resfriamento global e aumento da incidência de câncer de pele.
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24.
Cargo: Professor de Física
A seguir são apresentados dois tipos de lentes, ambas mais refringentes que o meio, e três casos em que estas
lentes são usadas.
retina
Olho míope
Máquina Fotográfica
Lente de aumento
Assinale a opção que representa a relação correta do tipo de lente e seu uso:
a. miopia: lente 2; máquina fotográfica: lente 1; lente de aumento: lente 2.
b. miopia: lente 1; máquina fotográfica: lente 1; lente de aumento: lente 1.
c. miopia: lente 1; máquina fotográfica: lente 2; lente de aumento: lente 1.
d. miopia: lente 1; máquina fotográfica: lente 1; lente de aumento: lente 2.
e. miopia: lente 2; máquina fotográfica: lente 1; lente de aumento: lente 1.
25.
A figura mostra um objeto A, colocado a 8m de um espelho plano, e um observador O, colocado a 4m desse
mesmo espelho.
12
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Cargo: Professor de Física
Um raio de luz que parte de A e atinge o observador O por reflexão no espelho percorrerá, em m, nesse
trajeto de A para O:
a. 15.
b. 12.
c. 10.
d. 18.
e. 20.
26.
A figura mostra como se refrata numa lente convergente um feixe de raios luminosos paralelos ao seu eixo
principal. Deseja-se associar a esta lente uma outra, divergente, de mesmo eixo principal, de distância focal
de módula igual a 5 cm, para que o sistema óptico por elas formado seja afocal.
Tendo-se em conta as distâncias indicadas na figura, a lente divergente deve ser colocada no ponto:
a. I.
b. II.
c. III.
d. IV.
e. V.
27.
28.
Com respeito ao arco-íris, pode-se afirmar que:
i.
Se uma pessoa observa um arco-íris a sua frente, então o Sol está necessariamente a Oeste.
ii.
O Sol está sempre à direita ou à esquerda do observador.
iii.
O arco-íris se forma devido ao fenômeno da dispersão da luz nas gotas de água.
Tem-se:
a. todas são corretas.
b. somente I é falsa.
c. somente III é falsa.
d. somente II e III são falsas.
e. somente I e II são falsas.
Atualmente, os circuitos eletrônicos estão presentes em quase todos os aparelhos que são usados no dia-adia, garantindo uma maior eficiência e confiabilidade. Entretanto, quando esses circuitos precisam ser
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Cargo: Professor de Física
manuseados, os fabricantes, em geral, recomendam que, antes de pegá-los, se toque em alguma parte
metálica, preferencialmente em contato com a terra, para que os circuitos eletrônicos não se danifiquem.
Essa recomendação é justificada, pois o contato com o metal:
a. descarrega a eletricidade estática acumulada no corpo humano.
b. carrega o corpo humano com cargas negativas presentes no metal.
c. eletriza o corpo humano com cargas que neutralizam o circuito.
d. eletriza o corpo humano positivamente, visto que elétrons passam para o metal.
e. transforma o corpo humano num isolante elétrico.
29.
As figuras E1, E2, E3, E4, e E5 mostram trechos de linhas de campo de possíveis campos elétricos.
Nesta figura é evidente que não pode ser eletrostático o campo:
a. E1.
b. E2.
c. E3.
d. E4.
e. E5.
30.
A figura abaixo representa o circuito interno de um aquecedor que funciona sob a tensão de 120 V.
Dados:
d = 1 g/ cm³
1 cal = 4 J
c = 1 cal/gºC
Num determinado dia este aquecedor foi utilizado para ferver 2,4 litros de água, desde a temperatura de 68ºF
até a temperatura de ebulição da água ao nível do mar. Desprezando-se as perdas e sabendo que a potência
dissipada se relaciona com a energia térmica através da relação P = Q / T, é correto afirmar que a potência
do aquecedor e o tempo necessário para atingir a ebulição valem, respectivamente:
a. 1200 W e 120 s.
b. 1200 W e 240 s.
c. 2400 W e 240 s.
d. 2400 W e 320 s.
e. 3600 W e 320 s.
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31.
Cargo: Professor de Física
No circuito representado abaixo, os geradores G1 e G2 são ideais e os resistores têm a mesma resistência R.
Se a potência dissipada por R2 é nula, então a razão entre a f.e.m. de G1 e G2 é:
a. 1/4
b. 1/2
c. 1
d. 2
e. 4
32.
A figura abaixo ilustra um estudo sobre uma instalação elétrica, onde uma extensão, com capacidade de
suportar até 20A, está conectada a uma rede de 120V. Nesta extensão estão conectados um aparelho de
potência nominal de 60W, um equipamento de resistência elétrica 120  e um benjamin (mais conhecido por
“T”). O benjamin possui capacidade de suportar intensidade de corrente elétrica até 15A. No benjamin estão
ligados um equipamento com resistência elétrica 30  e um outro aparelho com potência elétrica de 1200W.
É correto afirmar:
a. A extensão não poderá suportar todos os equipamentos ligados simultaneamente.
b. A extensão está dimensionada para suportar adequadamente todos os equipamentos da instalação.
c. A extensão tem condições de suportar a instalação de todos os equipamentos, mas o benjamin não
suporta a intensidade de corrente elétrica dos aparelhos nele instalados.
d. A extensão somente poderá ser utilizada se o equipamento com 60 W de potência for desligado.
e. As alternativas “a” e “d” estão corretas.
33.
Observe a figura a seguir:
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No circuito anterior têm-se R = 10 , e a corrente elétrica que passa pelo ponto B tem valor de 6A. Assim é
correto afirmar que a tensão do gerador V, em volts, é igual a:
a. 60
b. 80
c. 110
d. 120
e. 220
34.
O gráfico a seguir mostra como varia a tensão elétrica em um resistor mantido a uma temperatura
constante em função da corrente elétrica que passa por esse resistor. Com base nas informações contidas no
gráfico, é correto afirmar que:
a.
b.
c.
d.
e.
35.
a corrente elétrica no resistor é diretamente proporcional à tensão elétrica.
a resistência elétrica do resistor aumenta quando a corrente elétrica aumenta.
a resistência do resistor tem o mesmo valor qualquer que seja a tensão elétrica.
dobrando-se a corrente elétrica através do resistor, a potência elétrica consumida quadruplica.
o resistor é feito de um material que obedece a Lei de Ohm.
Um condutor percorrido por uma corrente elétrica de intensidade i é
colocado em uma região de campo como indicado na figura ao lado.
O condutor fica sujeito à ação de uma força magnética que tenderá a:
a. mantê-lo em repouso.
b. movê-lo no sentido do pólo sul do imã.
c. movê-lo para fora do imã.
d. movê-lo na direção e no sentido da corrente.
e. girá-lo verticalmente de 45º.
36. As Diretrizes Curriculares Nacionais são o conjunto de definições doutrinárias sobre princípios, fundamentos e
procedimentos da educação básica, expressas pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de
Educação, que orientarão as escolas brasileiras dos sistemas de ensino na organização, articulação,
desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas. São Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Fundamental, exceto:
a. As escolas deverão estabelecer como norteadores de suas ações pedagógicas os princípios éticos da
autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum.
b. Ao definir suas propostas pedagógicas, as escolas deverão explicitar o reconhecimento da identidade
pessoal de alunos, professores e outros profissionais e a identidade de cada unidade escolar e de seus
respectivos sistemas de ensino.
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c. As escolas utilizarão a parte diversificada de suas propostas curriculares para enriquecer e complementar
a base nacional comum, propiciando, de maneira específica, a introdução de projetos e atividades do
interesse de suas comunidades.
d. As escolas deverão estabelecer como norteadores de suas ações pedagógicas os princípios estéticos da
sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.
e. A base nacional comum dos currículos do ensino fundamental será organizada em áreas de
conhecimento, tais como: linguagens, códigos e suas tecnologias, objetivando a constituição de
competências e habilidades que permitam ao educando confrontar opiniões e pontos de vista sobre as
diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
37. Os princípios pedagógicos da Identidade, Diversidade e Autonomia, da Interdisciplinaridade e da
Contextualização, serão adotados como estruturadores dos currículos do ensino médio. Na observância da
Interdisciplinaridade as escolas terão presente que:
a. o ensino deve ir além da descrição e procurar constituir nos alunos a capacidade de analisar, explicar,
prever e intervir, objetivos que são mais facilmente alcançáveis se as disciplinas, integradas em áreas de
conhecimento, puderem contribuir, cada uma com sua especificidade, para o estudo comum de
problemas concretos, ou para o desenvolvimento de projetos de investigação e/ou de ação.
b. desenvolverão, mediante a institucionalização de mecanismos de participação da comunidade,
alternativas de organização institucional que possibilitem o uso das várias possibilidades pedagógicas de
organização, inclusive espaciais e temporais.
c. desenvolverão, mediante a institucionalização de mecanismos de participação da comunidade,
alternativas de organização institucional que possibilitem articulações e parcerias entre instituições
públicas e privadas, contemplando a preparação geral para o trabalho, admitida a organização integrada
dos anos finais do ensino fundamental com o ensino médio.
d. instituir mecanismos e procedimentos de avaliação de processos e produtos, de divulgação dos resultados
e de prestação de contas, visando desenvolver a cultura da responsabilidade pelos resultados e utilizando
os resultados para orientar ações de compensação de desigualdades que possam resultar do exercício da
autonomia.
e. fomentarão a diversificação de programas ou tipos de estudo disponíveis, estimulando alternativas, a
partir de uma base comum, de acordo com as características do alunado e as demandas do meio social,
admitidas as opções feitas pelos próprios alunos, sempre que viáveis técnica e financeiramente.
38. O Capítulo II, seção III, da Lei nº 9.394/1996 trata do Ensino Fundamental, estão corretas as afirmativas
abaixo, exceto:
a. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciandose aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão.
b. O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da
aprendizagem ou em situações emergenciais.
c. Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no ensino fundamental o
regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem,
observadas as normas do respectivo sistema de ensino.
d. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem ônus para os cofres públicos, de acordo com as
preferências manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis, em caráter interconfessional.
e. O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades
indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.
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39. Em relação à educação de jovens e adultos a LDB estabelece no Art. 38 que os sistemas de ensino manterão
cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao
prosseguimento de estudos em caráter regular. Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:
a. no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de dezoito anos.
b. no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de dezesseis anos.
c. no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de quinze anos.
d. no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos.
e. no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de vinte e um anos.
40. A LDB estabelece que os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser
complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida
pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. Assinale a opção
correta de acordo com essa regra:
a. A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da
Educação Básica, sendo sua prática obrigatória para todos os alunos.
b. A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da
Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa
nos cursos noturnos.
c. O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular
facultativo nos diversos níveis da Educação Básica.
d. Na parte diversificada do currículo a comunidade escolar poderá incluir, de forma facultativa, a partir
da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna.
e. O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a
formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia.
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