RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2006 Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa Relatório de Actividades 2006 Assembleia de Representantes Presidente: Profª. Coordenadora Anabela Graça Conselho Directivo Presidente: Prof. Coordenador Manuel Correia Conselho Científico Presidente: Prof.ª Coordenadora Helena Soares Conselho Pedagógico Presidente: Profª. Coordenadora Elisa Caria Secretária da Escola Dr.ª Manuela Madureira Divisão de Gestão Académica Responsável: Dr.ª Lídia Manteigas Divisão de Gestão Financeira Responsável: Zélia Santos Divisão de Gestão de Recursos Humanos Responsável: Dr.ª Ana Cartaxo Centro de Documentação e Informação Responsável: Dr.ª Maria da Luz Antunes Coordenação cientifica: Prof. Florentino Serranheira Centro de Informática, Audiovisuais e Multimédia Prof. Coordenador Manuel Correia Gabinete de Relações Públicas Responsável: Drª Cláudia Guerreiro Gabinete de Relações Internacionais Responsável: Dr.ª Cristina Marques Gabinete de Gestão de Projectos – Centro de Formação Avançada Profª Adjunta Luísa Veiga Gabinete de Logística Responsável: Dr.ª Ana Sabino Secretariado aos Órgãos Isabel Mateus Sónia Chatinho [email protected] Associação de Estudantes da ESTeSL Presidente da Direcção, estudante Marcelo Esteves [email protected] ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 1 Relatório de Actividades 2006 Índice Pág. 1. Introdução 1 2. Formação inicial 2 2.1 Candidatos 2 2.2 Matriculados 8 2.2.1 1º Ciclo 9 2.2.2 2º Ciclo 10 2.3 Percurso 12 2.3.1 Sucesso/ insucesso 12 2.3.2 Abandono 13 2.4 Diplomados 15 2.4.1 Diplomados Bacharéis 16 2.4.2 Diplomados Licenciados 17 2.5 Divisão de Gestão Académica 18 3. Formação avançada 19 3.1 Cursos de Mestrado 19 3.2 Cursos de Pós-Graduação 20 3.3 Cursos de formação, Reciclagem, actualização e aperfeiçoamento 21 3.3.1 Formação internacional 23 4. Actualização cientifica e tecnológica 23 4.1 Projectos de divulgação 23 4.2 Projectos de investigação cientifica e inovação pedagógica 24 4.3 Publicações cientificas 27 5. Serviços à comunidade 5.1 Projectos de prestação de serviços à comunidade 6. Redes, Relações e Parcerias 29 29 31 6.1 Relações Públicas 31 6.2 Relações Internacionais 32 7. Recursos Humanos 33 7.1 Corpo Docente 33 7.1.1 Caracterização 33 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 2 Relatório de Actividades 2006 7.1.2 Formação / Qualificação 37 7.1.3 Actividade do corpo docente 40 7.2 Pessoal Não Docente 40 7.2.1 Caracterização 40 7.2.2 Formação / qualificação 43 7.3 Gestão de Recursos Humanos 44 8. Espaços, Equipamentos e Materiais 45 8.1 Gestão de Espaços e Edifício 45 8.2 Saúde, Segurança, Higiene e Ambiente 46 8.3 Equipamento e material 46 9. Centro de Documentação e Informação 10. Relatório Financeiro 47 48 10.1 Financiamento 48 10.2 Custos 49 10.3 Divisão de Gestão Financeira 52 11. Considerações finais 53 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 3 Relatório de Actividades 2006 Lista de Quadros Quadro nº1 – Evolução do nº de candidatos em 1ª fase (2002/03 – 2006/07) Quadro nº2 – Distribuição, por curso, do nº de candidatos em 2005/06 e 2006/07 Quadro nº 3 - Relação Vagas e matriculas - 2006/07 Quadro nº 4 – Distribuição dos candidatos por curso e classificação do último colocado Quadro nº 5 – Distribuição, por curso, dos estudantes matriculados na ESTeSL, em 2005/06 e 2006/07 Quadro nº 6 – Forma de ingresso no 1º ano do 1º ciclo da ESTeSL (2005/06 - 2006/07) Quadro nº 7 - Forma de ingresso no 2º ciclo - 2005/06 2006/07 Quadro nº 8 – Distribuição, por curso, da taxa de repetentes no 1º e 2º ciclo em 2006/07 Quadro nº 9 – Distribuição, por curso, da taxa de abandono do 1º para o 2º ao do 1º ciclo (2005/06 – 2006/07) Quadro nº 10 – Taxa de eficácia – Diplomados Bacharéis (2004/05 – 2005/06) Quadro nº 11 – Taxa de eficácia – Diplomados Licenciados (2004/05 – 2005/06) Quadro nº 12 – Evolução das Matriculas e Diplomados no curso de Mestrado (I – IV Curso) Quadro nº 13 – Cursos de pós-graduação decorridos em 2006 Quadro nº 14 – Cursos de actualização, aperfeiçoamento e reciclagem realizados em 2006 Quadro nº 15 – Mapa financeiro dos projectos de formação organizados em 2006 Quadro nº 16 – Projectos (internacionais) de formação desenvolvidos em 2006 Quadro nº 17 – Eventos realizados pela ESTeSL em 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 4 Relatório de Actividades 2006 Quadro nº 18 – Projectos de Investigação Científica nos anos de 2005 e 2006 Quadro nº 19 – Projectos de Investigação (financiados) com a ESTeSL como instituição proponente ou participante Quadro nº 20 – Publicações comunicações apresentadas pelos docentes da ESTeSL (2005-2006) Quadro nº 21 – Descrição de Publicações (com referee) nacionais e internacionais (2006) de docentes em tempo integral Quadro nº 22 - Serviços à comunidade realizados em 2006 Quadro nº 23 - Parcerias estabelecidas em 2006 Quadro nº 24 - Mobilidade, por curso, de alunos e docentes em 2006 Quadro nº 25 - Distribuição de docentes por categoria, tempo de dedicação e departamento (2005/06 – 2006/07) Quadro nº 26 - Mapa financeiro de despesas de pessoal docente (2005-2006) Quadro nº 27 - Formação do corpo docente em 2005 e 2006 Quadro nº 28 - Docentes que frequentaram Mestrados ou Doutoramentos em 2005 e 2006 Quadro nº 29 - Mapa financeiro do orçamento para a Formação de docentes em 2006 Quadro nº 30 - Caracterização do corpo não docente (2006) Quadro nº 31 - Mapa financeiro de despesas de pessoal não docente em 2006 Quadro nº 32 - Formação do corpo não docentes em 2005 e em 2006 Quadro nº 33 - Equipamento adquirido em 2006 de valor superior a € 5.000,00 Quadro nº 34 - Aquisição de acervo bibliográfico em 2005 e 2006 Quadro nº 35 - Estrutura do financiamento em 2005 e 2006 Quadro nº 36 - Estrutura de custos em 2004 e 2005 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 5 Relatório de Actividades 2006 Lista de Gráficos Gráfico nº1 - Evolução do nº de candidatos em 1ª fase (2002/03 – 2006/07) Gráfico nº 2 - Distribuição por curso dos alunos colocados em 1ª opção (2005/06 – 2006/07) Gráfico nº3 - Factores considerados pelos estudantes (colocados no 1º ano) na escolha do estabelecimento de ensino (2006/07) Gráfico nº 4 - Evolução da taxa de repetentes no 1º e 2º ciclo - (2005/06 – 2006/07) Gráfico nº 5 - Evolução do nº de diplomados entre 2004/05 e 2005/06 Gráfico nº 6 - Regime de dedicação do corpo docente da ESTeSL (2006/07) Gráfico nº 7 - Qualificação académica do corpo docente (2006) Gráfico nº 8 - Mapa financeiro do orçamento para a Formação de docentes em 2006 Gráfico nº 9 - Habilitações académicas do corpo não docente (2006) Gráfico nº 10 – Frequência do CDI por meses e horas Gráfico nº 11 - Fontes de Financiamento da ESTeSL para 2006 Gráfico nº 12 - Estrutura de custos em 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 6 Relatório de Actividades 2006 Siglas e Abreviaturas ACSP Análises Clínicas e Saúde Pública APCT Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica BD CAP CC CDI cont. CP CPL Biblioteca e Documentação Contrato Administrativo de Provimento Conselho Científico Centro de Documentação e Informação Continuação Conselho Pedagógico Cardiopneumologia CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa DCNE Departamento das Ciências Naturais e Exactas DCSH Departamento das Ciências Sociais e Humanas DCTAIP Departamento das Ciências e Tecnologias de Avaliação e Intervenção Terapêutica DCTLIC Departamento das Ciências e Tecnologias Laboratoriais e Intervenção Comunitária DCTRBS Departamento das Ciências e Tecnologias das Radiações e Biosinais da Saúde DSC Departamento das Ciências da saúde DMRS Departamento de Modernização e Recursos Humanos DRHS Departamento de Recursos Humanos do Ministério da Saúde DT ESEAR ESTeSL Dietética Escola Superior de Enfermagem de Artur Ravara Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa ETI Equivalente a Tempo Integral FM Farmácia FT Fisioterapia IPL Instituto Politécnico de Lisboa ISCTE Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa MN Medicina Nuclear n.° Número ORP Ortoprotesia ORT Ortóptica PALOP PIDDAC Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central PRODEP Programa de Desenvolvimento Educativo para Portugal POEFDS Plano Operacional de Emprego Formação e Desenvolvimento Social RD Radiologia RT Radioterapia SA Saúde Ambiental TDT Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica UNL Universidade Nova de Lisboa UTL Universidade Técnica de Lisboa ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 7 Relatório de Actividades 2006 1. Introdução O ano de 2006 ficará registado na vida da ESTeSL como um período de reflexão, comemoração e perspectiva. Passados 25 anos muitas são as considerações sobre o que se fez, como se fez, mas sobretudo sobre o que se pretende e como se vai fazer. A celebração do 25º aniversário da Escola acrescentou aos objectivos definidos para o ano de 2006 uma apreciação global daquilo que a Escola tem preconizado ao longo dos últimos anos. Caracterizado pela estabilidade e continuidade, o ano de 2006 não registou mudanças face aos anos anteriores que se revelassem muito significativas ou que implicassem alterações estruturais, organizacionais ou mesmo funcionais. No decorrer deste ano, o qual envolve o já terminado ano lectivo 2005/06 e o ainda a decorrer 2006/07 a Escola garantiu o cumprimento da sua principal missão, assegurando a leccionação dos 12 cursos bietápicos no âmbito das tecnologias da saúde. Paralelamente, a formação avançada, bem como outros projectos de formação, investigação e divulgação foram, como previsto, desenvolvidos, assegurando-se assim o cumprimento das principais actividades a que a ESTeSL se dedica. É certo que nem todos os objectivos definidos no Plano de Actividades estiveram ao nosso alcance, ficando alguns por cumprir e redefinir. Porém, numa análise geral é possível fazer um balanço positivo quanto ao alcance das metas estabelecidas. A análise que se apresenta neste relatório espelha, no fundo, a actuação da ESTeSL ao longo do ano de 2006, bem como todos os factores que viabilizaram essa actividade. De um modo sucinto, o relatório descreve o desenvolvimento de todos os projectos correntes: • Formação Inicial; • Formação Avançada; • Investigação e Divulgação. Com o intuito de caracterizar a estrutura e dinâmica que sustentam o desenvolvimento destes projectos apresenta-se ainda uma breve caracterização: • Dos Recursos Humanos existentes (Docentes e Funcionários); • Dos Espaços, Equipamentos e materiais; • Das Redes, Relações parcerias (nacionais e internacionais); • Dos Recursos Financeiros disponíveis. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 1 Relatório de Actividades 2006 2. Formação inicial A principal missão da ESTeSL passa pelo ensino das Tecnologias da Saúde, cujo desenvolvimento decorreu, em 2006, pela formação inicial em 12 cursos de licenciatura bietápica – Análises Clínicas e Saúde Publica (ACSP), Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica (APCT), Cardiopneumologia (CPL), Dietética (DT), Farmácia (FM), Fisioterapia (FT), Medicina Nuclear (MN), Ortoprotesia (OPR), Ortóptica (ORT), Radiologia (RD), Radioterapia (RT) e Saúde Ambiental (SA), correspondendo o primeiro ciclo a 3 anos, conferente de grau de bacharel, e o segundo ciclo a 1 ano, conferente de grau de licenciado. 2.1 Candidatos Em 2006/07 a ESTeSL disponibilizou por curso, pela 1ª vez, 35 vagas de acesso ao concurso nacional, totalizando 420 vagas contra as 353 do ano anterior, o que corresponde a um aumento de 19% da sua oferta. A estas vagas concorreram em 1ª fase 2860 candidatos, um número substancialmente inferior ao do ano anterior (3547) mas na linha decrescente que se tem vindo a verificar nos últimos anos, conforme se pode observar no quadro nº 1 e no gráfico nº1. Quadro nº 1 Evolução do nº de candidatos em 1ª fase (2002/03 – 2006/07) Ano Lectivo Número de candidatos 2002/2003 3618 Gráfico nº1 Evolução do nº de candidatos em 1ª fase (2002/03 – 2006/07) 4000 3618 3547 3500 2003/2004 3125 3125 2004/2005 3129 2005/2006 3547 2006/2007 2860 3129 3000 2860 2500 2002/ 2003 2003/ 2004 2004/ 2005 2005/ 2006 2006/ 2007 Fonte: MCTES, Dezembro 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 2 Relatório de Actividades 2006 Enquadrando esta descida na tendência nacionalmente generalizada da diminuição progressiva de candidatos ao ensino superior percebe-se que não estamos perante uma situação particular despoletada por factores intrínsecos à Escola. Pelo contrário, trata-se de um problema instalado no país, que os estabelecimentos de ensino em geral e a ESTeSl em particular terão, a curto prazo, que estudar e estrategicamente colmatar. Porém, no caso especifico da ESTeSL há um outro factor que contribui largamente para esta acentuada redução, o qual diz respeito ao aumento da oferta educativa na áreas das Tecnologias da Saúde que se tem verificado nos últimos anos, pois se em 2001 existiam apenas 13 estabelecimentos de ensino para formação de Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, actualmente existem 24. Naturalmente, existindo um maior número de estabelecimentos de ensino, podendo os alunos optar tendo em conta as suas principais motivações, designadamente no que respeita à proximidade da sua zona de residência, a sua dispersão acaba por ser maior. Quadro nº 2 Distribuição, por curso, do nº de candidatos em 2005/06 e 2006/07 (Variação) 2005/2006 % 2006/2007 Candidatos 2005/06 / 2006/07 (1ª fase) 1ª Fase Vagas Candidatos Vagas Curso Vagas /Nº de candidatos 1ª Fase ACSP APCT 32 32 534 355 157 92 691 447 35 35 401 367 80 57 481 424 -24,9 -3,4 CPL 32 391 129 520 35 265 56 321 -32,2 DT 32 290 114 404 35 226 52 278 -22,1 FM 32 346 133 479 35 312 61 373 -9,8 FT 32 433 92 525 35 318 71 389 -26,6 MN 265 35 200 38 238 -2,4 45 2ª Fase Total 2ª Fase Total 20 205 60 ORP 30 166 90 256 35 122 167 -26,5 ORT 32 152 94 246 35 138 52 190 -9,2 RD 32 357 140 497 35 233 93 326 -34,7 RT 17 194 83 277 35 149 46 195 SA 32 124 98 222 35 129 43 172 -23,2 +4,0 Total 353 3547 1282 4829 420 2860 694 3554 -26,4 Fonte: ESTeSL /MCTES, Dezembro 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 3 Relatório de Actividades 2006 Não obstante a diminuição do número de candidatos, a ESTeSL mantém-se, por enquanto, num patamar favorável em que a procura contínua é muito superior à oferta. Como mostra o quadro nº 2, em alguns cursos como é o caso das ACSP e da APCT, o número de candidatos em 1ª fase seria suficiente para multiplicar por cerca de 11,5 ou 10,5 respectivamente, o número de alunos que são actualmente colocados no 1º ano destes cursos. Esta redução do número de candidatos não assumiu a mesma proporção em todos os cursos, apresentando os cursos de CPL (32,2%)e de RD (34,7%) as maiores variações negativas face ao ano anterior, enquanto os cursos de APCT (3,4%) e de MN (2,4%)foram os que registaram uma diminuição menos significativa, e o curso de SA teve mesmo uma ligeira subida. Observando o quadro nº3, constata-se porém que embora tenha havido um decréscimo generalizado do número de candidatos, as vagas foram preenchidas na totalidade logo na 1ª fase de acesso, reforçando a análise anterior em que se afirma que a procura é, por enquanto, muito superior à oferta. No entanto, a efectivação da matrícula por parte dos colocados em 1ª fase não é total: 75 dos colocados (18,6%) não se matriculam (Quadro nº 3), obrigando à abertura de uma 2ª fase ou, em alguns casos, de uma 3ª fase de acesso. Quadro nº3 Relação Vagas e matriculas - 2006/07 ACSP APCT CPL DT FM FT MN ORP ORT RD RT SA Candidatos 2ªFase Colocados Matriculas (%) Vagas realmente preenchidas Vagas Sobrantes Vagas1 Vagas Curso 1ª Fase Total 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 401 367 265 226 312 318 200 122 138 233 149 129 54 80 36 37 37 84 30 11 7 26 12 11 13,5% 21,8% 13,6% 16,4% 11,9% 26,4% 15,0% 9,0% 5,1% 11,2% 8,1% 8,5% 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 35 11 16 9 11 8 11 13 9 2 10 6 4 31,4% 45,7% 25,7% 31,4% 22,9% 31,4% 37,1% 25,7% 5,7% 28,6% 17,1% 11,4% 29 33 30 26 29 30 29 33 27 23 32 29 82,9% 94,3% 85,7% 74,3% 82,9% 85,7% 82,9% 94,3% 77,1% 65,7% 91,4% 82,9% 6 2 5 9 6 5 6 2 8 12 3 6 8 5 8 11 9 5 9 5 11 15 5 9 420 2860 425 14,9% 420 110 26,2% 350 83,3% 70 100 1ª Opção Total 1ª Opção Fonte: ESTeSL /MCTES, Dezembro 2006 1 O nº de vagas para a 2ªa fase é composto pelas vagas sobrantes da 1ªfase mais o nº de vagas dos concursos especiais de acesso. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 4 Relatório de Actividades 2006 Espartilhando esta análise por curso, verifica-se que é em RD, em DT e em ORT que com maior frequência os alunos colocados na 1ª fase de acesso não chegam a ingressar no curso, não concretizando a sua matrícula. Pelo contrário, nos cursos de APCT, RT e ORP a maioria dos alunos colocados não desiste desta primeira colocação. Uma análise critica sobre este aspecto remete-nos obrigatoriamente para as opções de candidatura dos estudantes. Como mostra o quadro nº3, a maioria dos candidatos não coloca a ESTeSL e/ou os seus cursos como 1ª opção de candidatura. A mesma análise para os estudantes colocados na ESTeSL mostra que também aqui a taxa de colocados em 1ª opção não é muito elevada em qualquer um dos cursos, o que poderá justificar a não concretização da matricula por parte de alguns estudantes, tentando assim uma colocação numa 2ª fase. Comparando os anos Gráfico nº2 Distribuição por curso dos alunos colocados em 1ª opção (2005/06 – 2006/07) lectivos 2005/06 e 2006/07 observa-se que na maioria (8 em 12) dos cursos 100% houve um aumento do número de estudantes colocados na sua primeira 80% opção de candidatura, tendo sido em CPL (19,5%) e em ORP (22,4%) que 60% este aumento foi mais significativo. Nos quatro cursos em que houve um decréscimo do número de estudantes colocados em 1ª opção, uma diminuição 20% com excepção do curso de FT em que se registou 40% 0% muito ACSP APCT CPL DT FM FT acentuada (21,7%), a variação foi MN ORP ORT RD RT SA 2005/06 2006/07 pouco relevante situando-se entre os 2 e 3%. No que se refere às notas de acesso dos estudantes colocados na ESTeSL (Quadro nº 4), manteve-se a tendência de há muitos anos, situando-se a nota do último colocado (mais conhecida como a “média” de entrada) entre os 14 e os 16 valores para a maioria dos cursos, registando-se nos cursos de ACSP, APCT e FT os valores mais elevados (≈16 valores). Relacionando esta variável com o número de candidatos, verifica-se que é precisamente nestes cursos que a procura é maior, concluindo-se que os cursos com maior visibilidade pública (maior número de candidatos) apresentam as notas de acesso mais elevadas. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 5 Relatório de Actividades 2006 Quadro nº 4 Distribuição dos candidatos por curso e classificação do último colocado Cursos 2005/06 2006/07 1ª Fase 1ª Fase Classificação do último colocado Nº de candidatos Classificação do último colocado Nº de candidatos ACSP APCT 16,02 16,33 534 355 15,53 16,29 401 367 CPL 16,01 391 15,26 265 DT 290 346 15,12 15,69 226 FM 15,63 15,85 FT 17,36 433 16,34 318 MN 15,66 205 14,93 200 ORP 14,06 152 13,25 122 ORT 14,24 166 13,68 138 RD 15,42 357 14,65 233 RT 15,39 194 14,18 149 SA 13,48 124 13,36 129 TOTAL 3547 312 2860 Fonte: ESTeSL, Dezembro de 2006 Não obstante os valores de tendência anteriormente referidos, a comparação dos anos lectivos 2005/06 e 2006/07 aponta para um decréscimo generalizado das notas de acesso ao ensino superior, havendo em qualquer um dos cursos uma diminuição face ao ano anterior. Como se verifica pela leitura do quadro nº4 no presente ano lectivo, as diminuições mais significativas ocorreram nos cursos de FT e de RT, em que a variação foi superior a um valor. Já nos cursos de APCT e SA a variação foi quase imperceptível não chegando a 2 décimas. Por fim, no que respeita aos candidatos importa ainda conhecer alguns aspectos sobre as opções de candidatura dos estudantes que ingressaram este ano na ESTeSL, interpretando as suas escolhas quanto ao estabelecimento e curso elegido. Quando questionados sobre os motivos que os levou a escolher a ESTeSL como instituição de ensino superior, uma grande parte dos candidatos (291 em 5092) aponta a localização como a razão da sua opção. Ainda que com menor frequência, o prestígio da instituição e a empregabilidade dos diplomados são também factores que muitos dos alunos apontam como motivo de escolha. 2 Número de estudantes inquiridos n acto da matricula – é superior ao nº de estudantes que se considera que ingressou na ESTeSL pois também contempla os repetentes do 1º ano (que quando se matriculam voltam a preencher o questionário) ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 6 Relatório de Actividades 2006 Gráfico nº3 Factores considerados pelos estudantes (colocados no 1º ano) na escolha do estabelecimento de ensino (2006/07) 300 291 250 200 150 125 104 100 34 42 60 22 50 0 De igual modo, quando fazem a escolha do curso os estudantes têm opor base um conjunto de factores que apoiam a sua opção. Questionados sobre este aspecto, os candidatos revelam que a vocação que consideram ter para a área/curso (305 em 509) e as saídas profissionais da mesma (289 em 509) são os factores que mais peso têm na sua decisão.. Gráfico nº4 Factores considerados pelos estudantes, colocados no 1º ano em 2006/07, na escolha do curso Outra razão 6 Sem média de entrada 3 Qualidade da vida académica 30 M édias de entrada elevadas 2 M édias de entrada acessiveis 99 B o a co mpo nente prática 66 B o a percentagemde diplo mado s 16 Curso No vo 25 305 Vo cação 289 Saídas pro fissio nais 0 50 100 150 200 250 300 350 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 7 Relatório de Actividades 2006 2.2 Matriculados No ano lectivo 2006/07, o número de estudantes matriculados é 0,3% superior ao número registado no ano anterior (2005/06), sendo portanto praticamente imperceptível no quotidiano da Escola. Este aumento traduz-se na existência de apenas mais 8 estudantes face ao ano lectivo 2005/06 e assume uma variação tão diminuta por dois aspectos: • No 1º ciclo a população estudantil cresceu em 103 alunos (8%). • No 2º ciclo registou-se um decréscimo de 98 alunos (17%); Globalmente, verifica-se que foi no curso de ACSP que se registou a maior quebra do número de estudantes (menos 46matriculados – reflectidos no 2º ciclo) e no curso de ORP o aumento (mais 32 matriculados) mais significativo. Neste último, esperava-se naturalmente, um aumento do número de matriculados, não só por o número de vagas para o 1º ciclo ter aumentado mas também por se tratar de um curso recente na ESTeSL (ministrado desde 2004/05) que começa agora a ganhar maior visibilidade. Quadro nº 5 Distribuição, por curso, dos estudantes matriculados na ESTeSL, em 2005/06 e 2006/07 Ano Lectivo 2005/06 1º ciclo Cursos Ano Lectivo 2006/07 2º ciclo 1º ciclo TOTAL 1º Ano 2º Ano 3º Ano Total 4º Ano ACSP APCT 42 47 33 122 123 42 37 31 110 CPL DT 46 46 40 40 38 28 FM 43 39 FT MN OPR 44 2º ciclo TOTAL 1º Ano 2º Ano 3º Ano Total 4º Ano 245 44 35 43 125 74 199 41 151 45 26 34 105 39 144 132 45 177 44 38 41 123 46 169 106 51 157 43 42 40 125 37 162 25 107 38 145 43 46 32 121 41 162 53 38 135 74 209 43 48 45 136 50 186 28 19 10 57 13 70 40 21 16 77 8 85 37 26 8 71 1 72 41 30 27 98 6 104 ORT RD RT 43 34 26 102 24 127 43 34 36 113 24 137 42 41 39 122 103 225 45 41 40 126 92 218 24 21 21 66 24 90 39 20 19 78 29 107 SA 42 26 25 93 37 130 40 33 30 103 30 133 473 427 324 1224 574 1798 510 414 403 1327 476 1803 TOTAL Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 8 Relatório de Actividades 2006 2.2.1 – 1º Ciclo O aumento de 103 alunos no 1º ciclo justifica-se, fundamentalmente, pelo aumento do número alunos no 3º ano e pelo aumento do número de vagas no 1º ano. Quanto à entrada dos alunos neste ciclo de ensino, o quadro nº6 mostra que a maior parte dos alunos continua a aceder através do concurso geral de acesso, sendo que em 2006/07,na ESTeSL, 85,5% dos estudantes ingressou através da candidatura normal de acesso (59,2% entrou na 1ª fase de candidatura e 26,3% nas 2ª e 3ª fases de candidatura), e os restantes (14,5%) através de concursos especiais de acesso, nomeadamente, alta competição, maiores de 23 ou Palops (8%), ou como repetentes (6,5%). Quadro nº6 Forma de ingresso no 1º ano do 1º ciclo da ESTeSL (2005/06 - 2006/07) 2005/06 2006/07 42 33 4 1 38 1 CPL 34 12 46 28 7 3 38 1 DT 32 7 39 23 8 4 35 1 FM 34 9 43 26 9 3 38 FT 32 9 41 29 3 2 34 MN 21 7 28 25 9 1 ORP 32 5 37 27 8 ORT 32 10 42 20 RD 34 8 42 RT 19 4 SA 33 TOTAL 370 1 1 1 2 TOTAL3 8 1 Subtotal 34 0 Especial estrangeiro APCT 2 Reingresso 36 ADHOC 1 Mudança de curso 12 Alta competição 23 Curso médio superior Subtotal 42 Palops + Timor 3ª Fase 9 Transferência 2ª Fase 33 Total ASCP CURSO 1ª Fase Concursos especiais de acesso Concursos especiais de acesso Concurso geral de acesso Concurso geral de acesso (1ª ,2ª e 3ª fase) Resumo 4 40 1 3 41 1 5 43 6 41 2 40 6 40 1 3 38 1 1 1 1 1 2 35 1 1 1 36 1 1 2 38 13 5 38 1 1 2 40 21 15 1 37 4 41 23 25 9 2 36 1 2 38 9 42 22 7 6 35 1 2 37 97 467 302 104 30 436 41 477 1 1 5 1 4 11 1 1 1 2 2 1 1 7 8 5 1 Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 3 Acrescenta 33 estudantes repetentes (Quadro nº 9) ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 9 Relatório de Actividades 2006 Comparando 2006/07 com o ano anterior, relativamente à forma como os estudantes ingressaram na ESTeSL, percebe-se que se pelo concurso geral de acesso ocorreu um aumento do número de ingressos, nos concursos de acesso especial passou-se exactamente o contrário, ocorrendo um decréscimo superior a 50%. Individualizando esta análise por curso, percebe-se ainda que terá sido nos cursos de CPL, FM, ORT e SA que se registou uma maior redução do número de ingressos através dos contingentes especiais de acesso. A comparação entre os dados de ingresso na 1ª^fase (302 estudantes) e os matriculados em 1ª fase (350 estudantes, quadro nº 3) reflecte um segundo fenómeno nos candidatos, equivalente à não concretização da matricula por parte dos candidatos (350 em 420 vagas, quadro nº 3): o facto de 48 estudantes matriculados (13,7% das matriculas ou 11,4% das vagas) se terem ainda assim candidatado em 2ª fase a outros cursos e sido transferidos. Pelo que, apesar de as 420 vagas terem sido preenchidas na 1ª fase, na realidade só 302 estudantes (71,9%) concretizaram e mantiveram a matrícula no curso em que foram colocados. O curso de APCT foi o que melhor resistiu a esta erosão (33 em 35 estudantes), enquanto os de ORT (20/35), RD (21/35), SA (22/35) e DT (23/35) foram os que pior resistiram. 2.2.2 – 2º Ciclo Por sua vez, quanto ao 2º ciclo, a análise que se tem vindo a apresentar nos instrumentos4 de apoio à gestão anteriores explica, precisamente, esta progressiva diminuição do número de alunos. De ano para ano, o número de candidatos que anteriormente tinha concluído a sua formação com bacharelato vem sendo cada vez menor, não preenchendo sequer o número de vagas disponíveis. Nos últimos anos estes estudantes têm vindo a completar a sua formação ao nível da licenciatura, havendo cada vez menos profissionais de Tecnologias da saúde que ainda não sejam licenciados. Assim, ao nível dos ingressos externos constata-se uma redução muito acentuada do número de estudantes (menos 93) face a 2005/06 quer pelo contingente B2 (ex- alunos da ESTeSL), quer pelo contingente B3 (alunos de outras instituições). 4 Instrumentos de apoio à gestão da ESTeSL: Plano de desenvolvimento quinquenal, Plano Anual de Actividades, Relatório Anual de Actividades ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 10 Relatório de Actividades 2006 Quadro nº7 Forma de ingresso no 2º ciclo - 2005/06 2006/07 20 9 4 8 CPL 28 11 1 4 1 DT 33 15 1 1 FM 27 7 1 2 FT 33 12 4 24 MN 10 2 1 ORT 19 4 RD 27 28 RT 14 9 SA 20 7 4 6 268 130 80 86 22 3 2 1 46 21 13 1 1 1 37 20 10 3 2 6 41 74 30 13 2 5 13 7 1 41 29 8 45 32 1 51 1 38 1 1 4 24 19 3 5 103 33 37 1 24 20 7 37 20 2 574 264 125 10 1 2 TOTAL Directos 23 Reingresso 8 Repetentes 9 29 1 21 12 123 1 ORTP alínea B3, nº 1 do art. B, Port nº 533 - A/99 APCT alínea B2, nº 1 do art. B, Port nº 533 - A/99 37 TOTAL 18 Reingresso alínea B3, nº 1 do art. B, Port nº 533 - A/99 43 2006/07 ACSP Total 25 alínea B2, nº 1 do art. B, Port nº 533 - A/99 Repetentes Directos Cursos 2005/06 74 39 50 8 2 6 2 13 7 24 2 92 2 29 2 5 1 30 38 35 14 476 Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 Por outro lado, verifica-se, pelo quadro nº 7, que o número de alunos que transita directamente do 1º ciclo se manteve estacionário, registando-se uma redução de apenas 4 estudantes face a 2005/2006. Deste modo, inferimos que se mantém um interesse contínuo por parte dos estudantes em prosseguir de imediato os seus estudos, com vista à obtenção do grau de licenciado. De acordo com a tendência instalada nos últimos anos, os cursos de Análises Clínicas e Saúde Pública e Radiologia continuam a ser os que apresentam um maior numero de estudantes inscritos no 2º ciclo, mas apresentando em 2006/07 uma tendência de descida que os aproxima dos restantes cursos. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 11 Relatório de Actividades 2006 2.3 Percurso Neste ponto de análise serão apresentados e interpretados os dados referentes aos factores que consideramos serem determinantes na avaliação da eficácia e eficiência de qualquer instituição de ensino superior: • Sucesso/insucesso (taxa de repetentes) • Desistências (Taxa de abandono) 2.3.1 Sucesso/Insucesso De acordo com os dados recolhidos e sistematizados no quadro nº 8, no 1º ciclo o insucesso escolar representa cerca de 10,1% do total de alunos matriculados, sendo nos cursos de FM (14%) e FT (16,9%) onde se encontra um maior número de repetentes. Contrariamente, os cursos de APCT (7,6%) e RT (5,1%) são, no 1º ciclo, aqueles que apresentam um menor número de repetentes. Quadro nº 8 Distribuição, por curso, da taxa de repetentes no 1º e 2º ciclo em 2006/07 ACSP APCT CPL DT FM FT MN OPR ORT RD RT SA TOTAL TOTAL 2005/06 Variação 2005/06 2006/07 2º ciclo % Repet Total Aluno (%) Média 4º Ano % Repet Aluno Total 3º Ano % Repet Aluno % Total 2º Ano Repet 1º Ano Total Aluno CURSO 1º Ciclo 44 45 44 43 43 43 40 41 43 45 39 40 4 4 1 2 3 3 2 3 3 4 1 3 9,1 8,9 2,3 4,7 7,0 7,0 5,0 7,3 7,0 8,9 2,6 7,5 35 26 38 42 46 48 21 30 34 41 20 33 2 3 4 6 10 15 4 3 2 3 2 1 5,7 11,5 10,5 14,3 21,7 31,3 19,0 10,0 5,9 7,3 10,0 3,0 46 34 41 40 32 45 16 27 36 40 19 30 4 1 7 7 4 5 1 3 6 4 1 5 8,7 2,9 17,1 17,5 12,5 11,1 6,3 11,1 16,7 10,0 5,3 16,7 8,0 7,6 9,8 12,0 14,0 16,9 9,1 9,2 9,7 8,7 5,1 8,7 74 39 46 37 41 50 8 6 24 92 29 30 23 8 8 13 10 13 1 3 37 7 2 31,1 20,5 17,4 35,1 24,4 26,0 12,5 0,0 12,5 40,2 24,1 6,7 510 33 6,5 414 55 13,3 406 48 11,8 10,2% 476 125 26,3 469 42 9,0 426 44 9,9 327 38 11,6 10,1% 574 130 22,6 (2,5%) (3,4%) (0,2%) (0,1%) 3,7% Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 12 Relatório de Actividades 2006 O 2º ano deste ciclo de ensino é, em geral, aquele que apresenta uma taxa de repetentes mais elevada (13,3% - 55 em 414 alunos), sendo também nos cursos de FM e FT que se verifica uma taxa mais elevada de repetentes. Da análise do quadro nº 8 verifica-se que a taxa global de repetentes, no 1º ciclo, em 2006/2007 aumentou ligeiramente (0,1%) face ao ano anterior, tendo sido no 2º ano onde o aumento foi mais relevante. De igual modo, no 2º ciclo, a taxa de repetentes sofreu um aumento entre 2005/06 e 2006/07, passando de 22,6% para 26,3%. Os cursos de ACSP, DT e RD são os que apresentam uma maior taxa de repetentes, e o de SA o que apresenta a menor taxa. Gráfico nº 4 Evolução da taxa de repetentes no 1º e 2º ciclo (2005/06 – 2006/07) 30% 1º Ciclo 2º Ciclo 25% 20% 15% 10% 5% 0% 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 2005/06 2006/07 2.3.2 Abandono O abandono, ao nível do ensino superior, poderá ser analisado por diversas perspectivas, consoante o fenómeno que se pretende compreender. Por norma, numa análise politica, quando se fala em abandono, este refere-se à percentagem de estudantes que abandonaram, por ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 13 Relatório de Actividades 2006 absoluto, o ensino superior, não se encontrando a frequentar qualquer oferta formativa da rede de estabelecimento de ensino de nível superior. Numa outra dimensão, de carácter qualitativo, o abandono refere-se à quantidade de estudantes que desistem de terminado curso ou instituição ou cursos, mas que podem continuar a ser alunos deste nível de ensino, e aqui o que está em causa será a própria instituição e a sua oferta. Ora, para a ESTeSL, enquanto instituição de ensino superior, esta segunda perspectiva é claramente a que interessa explorar. Assim, a análise que se apresenta no quadro nº 9 assenta numa interpretação factual do nº de desistentes por curso face ao número de inscritos no mesmo, considerando-se como desistentes todos os que se encontravam matriculados no 1º ano de determinado curso e no ano lectivo seguinte, não tendo ficado retidos, não se matricularam no 2º ano do mesmo curso. (5) Taxa de abandono (4) / (1) * 100 3 40 5 10,4% 42 4 33 5 11,9% +1,5% 49 4 35 10 20,4% 42 4 23 15 35,7% +15,3% CPL 48 8 38 2 4,2% 46 1 34 11 23,9% +19,7% DT 42 1 35 6 14,3% 39 2 36 1 2,6% -11,7% FM 47 5 32 10 21,3% 43 3 36 4 9,3% -12,0% FT 49 2 41 6 12,2% 43 3 32 8 18,6% +6,4% MN 25 4 18 3 12,0% 28 2 17 9 32,1% +20,1% ORP 28 2 26 0 0,0% 37 3 27 7 18,9% +18,9% ORT 44 6 33 5 11,4% 42 3 32 7 16,7% +5,3% RD 41 2 36 3 7,3% 42 4 37 1 2,4% -4,9% RT 24 18 6 25,0% 23 1 18 4 17,4% -7,6% SA 35 5 24 6 17,1% 42 3 31 8 19,0% +1,9% Total 482 42 376 62 12,9% 469 33 356 80 17,1% +4,2% Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 (3) Directos 2º Ano (4) Desistentes (1)-(2)-(3) (2) Retidos 1ºAno 48 APCT (3) Directos 2º Ano ACSP (1) Inscritos 1º ano (2004/05) (5) Taxa de abandono (4)/(1) * 100 (1) Inscritos 1º ano (2005/06) 2006/07 (4) Desistentes (1)-(2)-(3) (2) Reridos1ºAno CURSO 2005/06 Variação tx. de abandono 2006/07 - 2005/06 Quadro nº 9 Distribuição, por curso, da taxa de abandono do 1º para o 2º ano do 1º ciclo (2005/06 – 2006/07) ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 14 Relatório de Actividades 2006 O quadro nº 19 permite verificar que a taxa de abandono no 1º ano do 1º ciclo da ESTeSL é significativa, situando-se em 17,1%, um valor que subiu em 4,2% relativamente ao ano transacto. Abandonaram a Escola, neste ano, 80 estudantes, cerca de 4,4% da população estudantil total. A análise por curso mostra que a taxa de abandono não é uniforme. Em 2006/07, variou de 2,4% para o curso de RD até aos 35,7% para o curso de APCT. A comparação entre dois anos distintos mostra também uma grande variação para a maioria dos cursos: em MN a taxa cresceu 20,1%, enquanto que em FM desceu 12,0%. É de notar, contudo, que os cursos com maior visibilidade pública parecem ser menos afectados pela variabilidade: - ACSP (10,4%-11,9%), FT (12,2% - 18,6%) e RD (7,3% - 2,4%) - , apresentando inclusive valores gerais abaixo da média. Dado que esta análise não permite separar o abandono da escola das transferências internas, é possível que alguns destes valores (como o do curso de Radiologia) reflicta também a entrada de estudantes oriundos de outros cursos da ESTeSL. Só estudos mais prolongados no tempo permitiriam tirar conclusões mais significativas, mas os dados encontrados para o 1º ano do 1º ciclo estão em consonância com outros dados apresentados neste relatório, como sejam, as escolhas em 1ª opção por parte dos candidatos/colocados, e que são um reflexo da dificuldade ainda presente, de passar a imagem destes cursos para a população estudantil exterior à escola. 2.4 Diplomados Entre 2004/05 e 2005/06 o número de diplomados manteve-se praticamente estacionário tanto ao nível dos bacharéis como dos licenciados, havendo nos primeiros um decréscimo de 3 bacharéis e nos segundos um decréscimo de 34 licenciados. Não havendo uma grande oscilação do número de matriculados ao nível do 1º ciclo, na medida em que o aumento do número de vagas (feito em 2006/07) só terá efeitos a partir 2008/09, o não crescimento do número de bacharéis era já um resultado previsível pela ESTeSL. Do mesmo modo, a redução de licenciados, já prevista no Plano de Actividades, não representa também grande surpresa para a ESTeSL, uma vez que está em coerência com a diminuição do número de estudantes do 2º ciclo, devido ao menor número de candidatos B2 e B3. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 15 Relatório de Actividades 2006 Gráfico nº 5 Evolução do nº de diplomados entre 2004/05 e 2005/06 Em termos de eficácia importa, em primeiro lugar, ressalvar que a análise efectuada tem por base o calculo estatístico que considera que a taxa de sucesso corresponde ao número de alunos que completa o seu curso em tempo regulamentar5, no total de alunos que ingressaram no respectivo ciclo há 3 anos atrás, no caso dos bacharéis, ou no mesmo ano, no caso dos licenciados. Deste modo, correspondendo a eficácia ao total de alunos diplomados sobre o total de alunos inscritos, todos os fenómenos que podem ocorrer ao longo do percurso formativo, nomeadamente, repetências, desistências do curso, transferências, permutas, entre outros pesam negativamente nesta taxa, na medida em que contribuem para a diminuição de estudantes que, por qualquer motivo, não completam o curso em que estavam inicialmente inscritos. 2.4.1 Diplomados bacharéis No 1º ciclo (bacharelato) o número de diplomados manteve-se praticamente igual de 2004/05 para 2005/06, registando-se um ligeiro decréscimo de 4 bacharéis (De 268 para 265). Em termos de eficácia, embora também não se tenha registado uma variação muito relevante, houve um decréscimo de 3%, tendo sido os cursos de ACSP, DT, FM, MN e ORT que assinalaram os decréscimos mais significativos. Pelo contrário, nos cursos de APCT, RD e RT a taxa de eficácia 5 Tempo regulamentar :Bacharelato – 3 anos /Licenciatura: 1 ano ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 16 Relatório de Actividades 2006 aumentou consideravelmente, assinalando variações positivas entre os 8 e 15%. Quadro nº10 Taxa de eficácia – Diplomados Bacharéis (2004/05 – 2005/06) ACSP APCT CPL DT FM FT MN ORP ORT RD RT SA 38 39 39 36 37 43 19 29 34 22 31 37 20 28 32 27 33 10 20 27 14 20 34 18 24 27 24 28 8 17 26 12 18 89,5% 46,2% 61,5% 75,0% 64,9% 65,1% 42,1% 58,6% 76,5% 54,5% 58,1% 39 41 40 37 40 43 20 35 38 23 30 29 29 32 21 20 29 8 4 19 34 20 20 TOTAL 367 268 236 64,3% 386 265 (conclusão em 3anos) % Taxa de sucesso Diplomados Bacharéis (3 anos) (bacharéis) Total de diplomados 2003/04 (1ªa vez) Inscritos (conclusão em3 anos) % Taxa de sucesso 2005/06 Bacharéis (3 anos) Diplomados Total de diplomados (Bacharéis) 2002/03 Inscritos (1ªa vez) CURSO 2004/05 28 25 25 20 19 28 7 17 32 16 18 71,8% 61,0% 62,5% 54,1% 47,5% 65,1% 35,0% 48,6% 84,2% 69,6% 60,0% 235 60,9% Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 2.4.2 Diplomados licenciados No 2º ciclo, registou-se uma diminuição de quase 8% do total de licenciados entre 2004/05 e 2005/06. Contudo, a média da taxa de eficácia sobe de 73,5% para 81,2% no mesmo período entre, sendo de destacar que terá sido o curso de RT que mais contribuiu para este aumento, passando de 57,1% para 100%. Embora em menor proporção, os cursos de ACSP, DT e SA também registaram um aumento do número de diplomados em tempo regulamentar face ao ano anterior. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 17 Relatório de Actividades 2006 Quadro nº11 Taxa de eficácia – Diplomados Licenciados (2004/05 – 2005/06) 68 21 32 25 23 41 8 2 28 65 8 29 69,4% 70,0% 86,5% 80,6% 85,2% 69,5% 88,9% 28,6% 96,6% 67,0% 57,1% 82,9% 98 32 33 34 30 60 11 20 70 14 30 93 27 30 33 27 49 12 21 55 15 33 74 24 27 30 22 43 10 18 40 14 27 75,5% 75,0% 81,8% 88,2% 73,3% 71,7% 90,9% 90,0% 57,1% 100,0% 90,0% 473 429 350 74% 432 395 329 76,2% Taxa de sucesso (conclusão em 1 ano) % Total de Diplomados (Licenciados) 91 24 47 32 30 46 10 2 33 72 9 33 Diplomados Licenciados (1 ano) Inscritos (1ªa vez) 2005/06 98 30 37 31 27 59 9 7 29 97 14 35 Diplomados Licenciados (1 anos) Taxa de sucesso (conclusão em1 ano) % TOTAL Total de Diplomados (Licenciados) ACSP APCT CPL DT FM FT MN ORP ORT RD RT SA 2005/06 Inscritos (1ªa vez) 2004/05 CURSO 2004/05 Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 Comparativamente ao o 1º ciclo denota-se que, no 2º ciclo, existe um claro aumento da taxa de sucesso de diplomados, registando-se aqui, para a maioria dos cursos, uma eficácia acima dos 75%. Uma análise critica sobre esta discrepância aponta necessariamente para o fenómeno dos abandonos. De facto, considerando para o 1º ciclo uma taxa de abandono de 15% sobre os inscritos há 3 anos, a taxa de sucesso relativa subiria para valores na ordem dos 75%, semelhantes aos observados no 2º ciclo. 2.5 Divisão de Gestão académica A divisão de gestão académica manteve em 2006 a sua actividade de gestão corrente, assegurando assim o cumprimento da sua missão que consiste em garantir o normal funcionamento da vida escolar dos estudantes da ESTeSL. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 18 Relatório de Actividades 2006 Dando continuidade ao projecto “secretaria virtual”, implementado no ano anterior, em 2006 procedeu-se a um apuramento do processo de matrículas on-line, simplificando as diferentes fases do mesmo, pelo que actualmente os alunos da ESTeSL, com excepção dos que se matriculam pela primeira vez, já podem concretizar todo o processo sem se deslocarem à Escola. Também no âmbito da informatização de processos, em 2006, deu-se início à utilização do portal do IPL, através do qual os docentes já têm a possibilidade de efectuar o lançamento de notas. 3. Formação Avançada A formação avançada desenvolvida na ESTeSL engloba um conjunto de programas formativos divididos em mestrados, pós graduações e cursos de formação de actualização, reciclagem e aperfeiçoamento. A gestão deste nível de formação é da competência do Centro de formação Avançada (CFA), a quem compete toda a actividade de organização e divulgação dos projectos de formação que vão sendo desenvolvidos. Ao contrário do que se previa, ao longo do ano de 2006, não houve a possibilidade de avançar com o gabinete de gestão de projectos, pelo que a actividade do centro de formação avançada foi de algum modo comprometida, não tendo sido promovido tantos projectos de formação como se desejava. 3.1 Cursos de Mestrado A ESTeSL manteve em 2006 a parceria com a Universidade de Évora para a realização do IV Mestrado em Intervenção SócioOrganizacional na Saúde, mantendo também as duas especializações em Políticas de Administração e Gestão de Serviços de Saúde e em Diagnóstico e Intervenção Organizacional e Comunitária, implementadas em 2005. Tal como previsto, em 2006 tiveram lugar as primeiras discussões de teses, sendo diplomados os primeiros 14mestres da ESTeSL/UE. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 19 Relatório de Actividades 2006 I Curso (2003/05) II Curso (2004/06) III Curso (2005/07) IV Curso (2006/08) Total Mestres (diplomados) 37 ------37 --- 31 60 ----91 --- 2006 2005 2004 Cursos 2003 Quadro nº 12 Evolução das Matriculas e Diplomados no curso de Mestrado (I – IV Curso) 51 38 --89 --- 28 38 66 14 Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 3.2 Cursos de Pós-graduação A formação pós graduada desenvolvida na ESTeSL em 2006 manteve os moldes dos cursos realizados em anos anteriores, apresentando como principal objectivo proporcionar a especialização ou actualização científica dos técnicos de diagnóstico e terapêutica. Estes cursos têm uma duração entre 200 e 300 horas, podendo ser transversais a todas as áreas das tecnologias da saúde, como é o caso dos cursos de Administração e Gestão de Organizações de saúde, ou incidir em apenas algumas áreas, como é exemplo o curso em Hematologia e Imunohematologia. Em comparação com o ano anterior, constata-se que em 2006 não teve inicio nenhum curso de pósgraduação, tendo-se apenas terminado os que se iniciaram em 2005. Quadro nº 13 Cursos de pós-graduação decorridos em 2006 Nome: II Curso de Pós-Graduação em Hematologia e Imunohematologia Coordenador do Curso: Elisa Caria Departamento: Local: ESTeSL Período: DCTLIC 02/2005-04/2006 Nome: I Curso de Pós-Graduação em Administração e Gestão de Organizações de Saúde Coordenador do Curso: Paulo Sousa Departamento: DCSH Local: ESTeSL Nome: I Curso de Pós-Graduação em Física Médica e Radiações Coordenador do Curso: Nuno Teixeira Local: FCUL + ESTeSL Período: 04/2005-02/2006 Departamento: Período: DCNE 10/2005-07/2006 Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 O reduzido número de cursos de pós graduação indicia o ainda escasso desenvolvimento deste nível de formação na ESTeSL, pelo que se considera dever ser um dos pontos a melhorar nos anos que se seguem. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 20 Relatório de Actividades 2006 3.3 Cursos de formação, actualização e aperfeiçoamento Com o objectivo de permanente actualização cientifica e tecnológica de toda a comunidade em geral e dos profissionais das tecnologias da saúde em particular, a ESTeSL desenvolve anualmente um plano de formação composto por uma diversidade de cursos de curta duração que, à semelhança das pós graduações, poderão assumir uma transversalidade a todas as áreas da saúde, ou centrar-se em determinadas áreas cientificas. Quadro nº 14 Cursos de actualização, aperfeiçoamento e reciclagem realizados em 2006 Nome: A Voz Humana – Introdução à Técnica Vocal (6 cursos) Coordenador do Curso: Local: Nome: Drª Catarina Olim e Drª Sónia Neto ESTeSL Prof. João Lobato Local: ESTeSL Nome: Curso de Diagnóstico genético – Prático Laboratorial (2 Cursos) Coordenador do Curso: Prof. Rui Miguel Brito ESTeSL Nome: Saúde e Multiculturalidade Coordenador do Curso: Prof. Nuno Medeiros Local: ESTeSL Nome: Curso prático de PCR em Tempo Real Coordenador do Curso: Prof. Rui Miguel Brito Local: ESTeSL Nome: Inglês para as Tecnologias da saúde Coordenador do Curso: Nome: Conselho Directivo/ES de Educação ESTeSL Departamento: DCTLIC Prof. Mª Isabel Coutinho ESTeSL e Sonae-Modis Azambuja Departamento: DCNE Período: Junho/Julho Departamento: DCSH Período: Novembro Departamento: DCNE Período: Novembro Departamento: Período: Set/Dez Departamento: DCTAFIT Período: Set/Dez Departamento: DCTLIC Período: Abr Departamento: DCTLIC Período: Abr Tissue Microarray Coordenador do Curso: Dr. Hugo Lourenço, IPO de Lisboa Local: ESTeSL Nome: Citologia – casos clínicos Coordenador do Curso: Prof. Paula Mendonça, Prof. Magda Albuquerque Local: ESTeSL Nome: Fluorescent in situ Hibridization, Chromogenic in situ, Hibridization, Imunocitoquimica Coordenador do Curso: Local: Novembro Programa de ginástica laboral Coordenador do Curso: Local: C. Directivo Fevereiro/Maio Período: Local: Nome: Período: Suporte Básico de Vida – Reanimação cardio-respiratória (9 cursos) Coordenador do Curso: Local: Departamento: ESTeSL Prof. Mateus Crespo, Prof. Mário Matos Departamento: DCTLIC Período: Abr Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 21 Relatório de Actividades 2006 Em comparação como o Plano definido para 2006, também aqui se constata uma discrepância entre os cursos previstos e realizados, tendo ficado por realizar os cursos de: • Curso de Avaliação do Estado Nutricional • Curso de Classificação Internacional da Funcionalidade em Alterações • Curso de Tomografia de Emissão de Positrões, Aspectos Técnicos e Aplicações • Curso de Protecção e Segurança Radiológica • Curso de Tomografia Computorizada em Radioterapia. • Curso de Química Orgânica I – Nomenclatura e Estereoisometria • Curso de Química Orgânica II – Química dos Hidrocarbonetos A análise financeira sobre os projectos e formação desenvolvidos aponta para um balanço positivo, tendo sido possível o encaixe de uma verba de € 8.304,00. Apenas no curso “A voz humana – Introdução à Técnica vocal” se registou um saldo negativo, contrabalançado pelos restantes em que a receita foi sempre superior à despesa. Destaca-se o curso de “PCR em tempo real”, com um saldo de €6.635,44 que contribuiu em quase 80% para o total da verba conseguida. Quadro nº 15 Mapa financeiro dos projectos de formação organizados em 2006 Curso Inscr. A Voz Humana – Introdução à Técnica Vocal 12 Suporte Básico de Vida – Reanimação cardio-respiratória (9 cursos) 97 Curso de Diagnóstico genético – Prático Laboratorial 44 Saúde e Multiculturalidade 13 Curso prático de PCR em Tempo Real Inglês para as Tecnologias da saúde Receita Saldo 479,00 -59,00 6.955,00 6.797,02 157,98 12.100,00 11.702,00 397,52 2.725,00 2.696,26 28,74 27 10.800,00 4.164,56 6.635,44 16 2.870,00 1.726,92 1.143,08 Programa de ginástica laboral 0,00 0,00 0,00 Tissue Microrray 0,00 0,00 0,00 Citologia Casos clinicos 0,00 0,00 0,00 Fluorescent in situ Hibridization, Chromogenic in situ, Hibridization, Imunocitoquimica 0,00 0,00 0,00 35.870,00 27.565,76 8.304,24 Total 209 420,00 Despesa Fonte: ESTeSL, Dezembro de 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 22 Relatório de Actividades 2006 3.3.1 Formação internacional No âmbito da actualização científica e tecnológica, a ESTeSL, em 2006, teve ainda a oportunidade de ver alguns docentes envolvidos em projectos de formação a nível internacional. Embora se trate de uma dimensão ainda pouco explorada, os primeiros passos já começaram a ser dados concretizando-se os programas representados no quadro nº 16. Quadro nº 16 Projectos (internacionais) de formação desenvolvidos em 2006 Nome: EMPIRION – European Masters in Radiation Sciences and Oncology Coordenador do Curso: Bem Mijneer Departamento: DCNE Local: Inholland – Netherlands; ESTeSL Período: 2005-2008 Pour une approche cohérent et européenne de la formation continue dès professionnels de la santé (PROGRAMA LEONARDO DA VINCI) Nome: Coordenador do Curso: Anne – Valérie Pizzighella Departamento: DCTLIC Local: Europa Período: 2005-2008 Nome: Biomedical Engineering in Tajikistan an Kyrgyzstan Coordenador do Curso: Departamento: DCTRBS Local: ESTeSL; Karolinska Institutet; Huddingue Hospital; ShifCom Período: 2006-2009 Nome: “Building Up-Skills (PROGRAMA LEONARDO DAVINCI) Coordenador do Curso: Centro Pasteur Departamento: DCTLIC Local: Reims - França Período: Nome: Prévention et risques de la sur et de l´automédication chez les personnes âgées Coordenador do Curso: Centro Pasteur Departamento: DCTLIC Local: Reims - França Período: Nome: Integração da ESTeSL (DT) numa Rede Europeia de Escolas onde é leccionado o curso de DT Coordenador do Curso: Departamento: DCTLIC Local: Europa Período: Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 4. Actualização cientifica e tecnológica 4.1 Projectos de divulgação Reforçando o objectivo de permanente actualização cientifica da comunidade em geral e dos profissionais das tecnologias da saúde em particular, a ESTeSL promove anualmente, em parceria com instituições de diversa natureza, um conjunto de eventos que fomentam a relação com o exterior e a troca de conhecimentos, saberes práticas e experiências nas várias áreas de intervenção da Escola. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 23 Relatório de Actividades 2006 Financeiramente, como demonstra o quadro nº 17, os projectos têm um balanço positivo, permitindo à ESTeSL reunir mais algumas receitas, a somar ao seu Orçamento. De todos os eventos realizados, apenas as “III Jornadas Pedagógicas” tiveram um saldo negativo, contrabalançado pelas restantes actividades, em particular pelo III Congresso das Ciências e Tecnologias laboratoriais e Intervenção comunitária e pelo III Seminário de Medicina Nuclear da ESTeSL subordinado ao tema “Tecnologias de Medicina Nuclear em Neurociências” que entre si conseguiram uma receita de quase € 5.000,00. Quadro nº 17 Eventos realizados pela ESTeSL em 2006 Data Depart. Organizador V Conferência “Estatística e Qualidade na Saúde, EQS 2006” Nov DCNE 194 9.955,00 8.592,03 1.362,97 III Jornadas de Educação em Fisioterapia Mai DCTAFIT 142 4.097,02 4.091,28 5,74 III Congresso das Ciências e Tecnologias laboratoriais e Intervenção comunitária Mai DCTLIC 501 10.962,45 8.311,52 2.650,93 III Seminário de Medicina Nuclear da ESTeSL : “Tecnologias de MN em Neurociências” Mai DCTRBS 56 3.220,00 1.024,88 2.195,12 C. Pedagógico 127 2.447,00 2.704,91 -257,91 58 1.090,00 335,71 754,29 9.000,00 7.551,10 1.448,90 40.771,47 32.611,43 8.160,04 Evento III Jornadas Pedagógicas da ESTeSL Seminário em Farmácia Comunitária Nov DCTLIC Concerto “25 anos – ESTeSL” Nov C. Directivo TOTAL Insc. 1078 Recita Despesa Saldo Fonte: ESTeSL, Dezembro de 2006 4.2 Projectos de Investigação Científica e Inovação Pedagógica A investigação científica da ESTeSL é encarada sob duas perspectivas: uma, ainda maioritária, em que os seus docentes integram projectos desenvolvidos noutras Instituições, e outra, em crescimento, onde procuram desenvolver ou integrar projectos que se desenrolam em parte ou na totalidade na ESTeSL. A primeira tem a vantagem de permitir a continua actualização científica dos docentes enquanto ou quando a escola não possui as condições necessárias para o desenvolvimento de determinadas linhas ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 24 Relatório de Actividades 2006 de investigação. Contudo, é evidente que a segunda forma que representa uma mais valia para a Instituição, ao permitir desenvolver-se como centro de formação de saber e ao permitir a fixação dos seus docentes na totalidade da sua vida académica. O quadro nº 18 sumariza os projectos de investigação desenvolvidos em 2006, permitindo constatar que em comparação com o ano de 2005 foram desenvolvidos, na totalidade, menos 5 projectos. No entanto, o número de projectos com financiamento desenvolvidos pela ESTESL (como parceira ou em exclusivo) foi exactamente o mesmo (9 projectos). Tal como acontece noutros projectos, como a formação avançada ou os serviços à comunidade, a investigação científica na ESTeSL ainda não tem a dimensão pretendida, contudo nos últimos anos têm sido dados os primeiros passos nesse sentido. Quadro nº 18 Projectos de Investigação Científica nos anos de 2005 e 2006 2005 * 1,5 6 3 2 2 1 8 11 2 3 4 18 2 7 2 4 1 6 5 4 1 2 6 12 3 17 1 3 2 6 6 6 4 1 6 1 1 8 7 Total Projectos 4 Outra 6 ESTeSL/Outra 5 ESTeSL Terminados ESTeSL/Outra ESTeSL 2 Iniciados 9 24 0 4 8 2 15 2 8 15 57 s/ financ. Outra 1 c/ financ. Total Projectos 2 Outra Terminados 5 ESTeSL/Outra Iniciados 6 ESTeSL Outra 6 1,5 ESTeSL DCNE DCS DCSH DCTAFIC DCTLIC DCTRBS * Total s/ financ. ESTeSL/Outra c/ financ. 2006 18 4 5 6 14 5 52 Não contabiliza projectos comuns a vários Departamentos Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 Quadro nº 19 Projectos de Investigação (financiados) com a ESTeSL como instituição proponente ou participante Interacção entre factores alimentares e polimorfismos genéticos no aparecimento do cancro do cólon Título: e recto: o papel dos genes da via metabólica do ácido fólico e do gene APC Investigador Responsável/proponente: Valor: Miguel Brito (ACB) € 90.000,00 Local: Período: ESTeSL 2005-2007 Financiamento: Código: Fundação Calouste Gulbenkian projecto 68925 Bolseiros/Estudantes/Outros Alice Melão cujo trabalho seja Carla Mota ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 25 Relatório de Actividades 2006 desenvolvido na ESTeSL: Título: Bruno Carmona (estudante; docente equiparado - ACQ) Interacção de ácidos gordos e polimorfismos genéticos na Doença de Crohn Investigador Responsável/proponente: Local: ESTeSL Financiamento: Bolseiros/Estudantes/Outros cujo trabalho seja desenvolvido na ESTeSL: Miguel Brito (ACB) Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia Paula Ferreira Valor: Período: Código: € 8.000,00 2005-2007 s/informação Catarina Sousa Guerreiro (docente - ACDT) Joana Malta-Vacas (docente equiparada - ACB) Título: Contribuição para o estudo genético da diabetes tipo MODY na população portuguesa Investigador Responsável/proponente: Valor: José Silva Nunes € 5.000,00 Local: Período: ESTeSL/Centros de Saúde e Hospitais no Continente e Ilhas 2004-2006 Bolsa de Estudo Pedro Eurico Lisboa Financiamento: Código: s/informação SPD/Bayer Bolseiros/Estudantes/Outros João Lourenço Avaliação do stresse oxidativo em mulheres obesas e sua associação com parâmetros clínicos e Título: metabólicos Investigador Responsável/proponente: Valor: José Silva Nunes € 5.000,00 Local: Período: ESTeSL/ Hospital Curry Cabral 2004-2006 Bolsa de Estudo SPEDM/ABBOTT para Financiamento: Código: s/informação investigação em obesidade 2003 Alice Melão Bolseiros/Estudantes/Outros cujo trabalho seja Ana Moleirinho desenvolvido na ESTeSL: Título: Adiponectinemia, risco cardiovascular e aterogénese em mulheres obesas Investigador Responsável/proponente: José Silva Nunes Local: ESTeSL/ Hospital Curry Cabral Bolsa de Estudo SPEDM/ABBOTT para Financiamento: investigação em obesidade 2004 Ana Moleirinho Bolseiros/Estudantes/Outros cujo trabalho seja Zélia Gouveia desenvolvido na ESTeSL: Alice Melão Valor: Período: Código: € 2.370,10 2005-2007 s/informação Título: Determinismo genético na obesidade e na resposta aos programas de redução ponderal Investigador Responsável/proponente: Valor: José Silva Nunes € 10.000,00 Local: Período: ESTeSL/ Hospital Curry Cabral 2006-2008 Bolsa de Estudo SPEDM/ABBOTT para Financiamento: Código: s/informação investigação em obesidade 2006 Luísa Veiga (investigadora; ACQ) Bolseiros/Estudantes/Outros Ana Moleirinho cujo trabalho seja desenvolvido na ESTeSL: Exposição Profissional ao Formaldeído – Contributo para a caracterização da exposição e Título: consequentes efeitos na saúde em trabalhadores de Serviços Hospitalares de Anatomia Patológica Investigador Responsável/proponente:: João Prista (Escola Nacional de saúde pública) Valor: € 69.307,00 Local: Período: ESTeSL 2006-2008 Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Financiamento: Código: projecto 075MNA/06 Trabalho Bolseiros/Estudantes/Outros: Susana Gonçalves ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 26 Relatório de Actividades 2006 Título: LAXOR- large area X-ray detectors with optical readout Investigador Responsável/proponente:: Manuela Vieira Local: ISEL - ESTeSL Financiamento: FCT-MCTES Valor: Período: Código: € 8.561,00 2005-2008 POCTI/CTM/56078/2004 Título: Problem-Based Learning in Higher Education Investigador Responsável/proponente:: Prof. Isabel Chagas Local: ISEL ; ESTeSL ; IST Financiamento: FCT-MCTES Valor: Período: Código: € 15.182,00 2006-2009 POCTI/CTM/56078/2004 Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 4.3 Publicações cientificas A produção científica, sob a forma de livros, artigos, comunicações orais ou em poster é uma outra forma de medir a actividade científica da ESTeSL. O quadro nº 20 apresenta a informação disponíveis sobre as publicações e comunicações feitas pelos docentes da escola, ao longo do ano de 2006. Quadro nº 20 Publicações comunicações apresentadas pelos docentes da ESTeSL (2005-2006) 3 3 1 1 1 1 1 3 17 8 4 2 2 3 1 24 5 4 14 10 3 15 59 34 31 27 139 Publicações s/ referee 7 Publ. nacionais c/ refer 5 Publ. internac. c/ referee 17 Livros ou Capit. de Livros 17 4 1 2 1 10 3 Posters Nacionais 1 10 Posters Internacionais 1 9 Comunicações Orais Nacionais 7 Posters Nacionais 4 Posters Internacionais 1 Artigos Orais Nacionais Publicações s/ referee Publ. nacionais c/ refer 6 Sub-Total Total Comunicações Orais Internacionais DCNE DCS DCSH DCTAFIT DCTLIC DCTRBS Publ. internac. c/ referee Docentes a tempo inteiro Livros ou Capit. de Livros Artigos 2006 Orais Internacionais 2005 3 29 6 22 2 10 1 3 8 13 2 7 4 33 1 5 1 12 4 3 18 11 21 97 1 15 165 Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 27 42 Relatório de Actividades 2006 No ano de 2006 foram publicados menos 6 artigos do que no ano transacto e realizadas mais 26 comunicações do que no ano anterior. Como ilustra o quadro nº 20 muitas destas comunicações e artigos têm uma dimensão internacional o que atribui uma maior visibilidade da ESTeSL no espaço científico. Uma análise por departamento demonstra que O DCTLIC foi o que produziu um maior número de publicações e de comunicações, sendo este aspecto um ponto positivo para ESTeSL, na medida em que neste departamento que se concentram 5 das 12 áreas cientificas especificas das tecnologias da saúde (ACSP, APCT, CPL, DT, FM). Quadro nº 21 Descrição de Publicações (com referee) internacionais e de Livros (2006) de docentes em tempo integral Título: Protection against oxidative stress through SUA7/TFIB regulation in Saccharomyces cerevisiae Autores: J.P. De Faria, L. Fernandes Revista: Free Radical Biology&Medicine 41: 1684-1693 Título: Isolation of Besnoiti from infected cattle in Portugal. Autores: Cortes H. C., Reis Y. , Waap H., Vidal R., Soares H., et al Revista: Vet. Parasitol (2006) 141: 216-233 Microtubule cytoskeleton behaviour in the initial steps of host cell invasion by Besnoitia besnoiti Título: Autores: Reis Y., Cortes H., Viseu Melo L., Fazendeiro I., Leitão, A., and Soares H. Revista: FEBS Lett. (2006). FEBS Lett, Vol 580 (pp.4673-4682) Microtubule behavior under strong electromagnetic fields Título: Autores: Ramalho R.R., Soares H. and Melo, L. Revista: Mater. Sci. Eng. C (2006) in press Título: “Editores e livreiros: que papeis de mediação para o livro?” Autores: Nuno Medeiros Revista: Estudos de Sociologia da Leitura em Portugal no Século XX (pp. 343-385) Application of kDNA as a molecular marker to analyse Leishmania infantum diversity in Título: Portugal Autores: Cortes S., Maurício I., Almeida A., Cristóvão J., Pratlong F., Dedet J. and Campino L. Revista: Parasilogy International Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 28 Relatório de Actividades 2006 5. Serviços à comunidade 5.1 Projectos de Serviços à comunidade No âmbito dos projectos de serviços à comunidade, a ESTeSl tem vindo, desde 2005, a desenvolver um conjunto de actividades com uma dupla valência, que proporcionam por um lado o contacto dos estudantes com a realidade e por outro, o usufruto de pequenos serviços de saúde por parte da sociedade em geral. Embora, não tenha sido ainda possível em 2006 o desenvolvimento sustentado de projectos de serviços à comunidade que impliquem a recepção de utentes dentro das instalações da ESTeSL, foram já desenvolvidos alguns programas piloto nesse sentido – dois iniciados em 2005, nas áreas da Anatomia Patológica e da Saúde Ambiental, e dois com o seu início em 2006, nas áreas da Dietética e da Ortóptica. Neste ultimo caso, a ESTeSL iniciou a criação de um Centro de Reabilitação Funcional da Pessoa com Deficiência da Visão, um projecto suportado com verbas do POCI. Quadro nº 22 Serviços à comunidade realizados em 2006 Serviços à Comunidade – Acções permanentes Nome: Avaliação de peças veterinárias Áreas Cientificas Participantes: Anatomia Patológica / DNATech Serviços prestados: Serviços de anatomia patológica em peças veterinárias Local: Laboratório de Histopatologia – ESTeSL Lisboa Nome: Avaliação de Riscos Ambientais Áreas Cientificas Participantes: Saúde Ambiental Serviços prestados: Serviços de avaliação de riscos ambientais (ruído, compostos orgânicos, etc) Local: Empresas clientes Nome: Consultadoria em Nutrição e Dietética Áreas Cientificas Participantes: Dietética Serviços prestados: Serviços de consultadoria em Nutrição de Dietética Local: ESTeSL e Empresas clientes Nome: Centro de Reabilitação Funcional da Pessoa com Deficiência da Visão Áreas Cientificas Participantes: Ortóptica / Faculdade de Motricidade Humana Serviços prestados: (Fase de Instalação do Centro) – Projecto POCI Local: ESTeSL DCTLIC Departamento: Saldo 2006: DCTLIC Departamento: Saldo 2006: DCTLIC Departamento: Saldo 2006: DCAFIT Departamento: Saldo 2006: ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 29 Relatório de Actividades 2006 Por outro lado, a ESTeSL tem prosseguido o desenvolvimento de acções junto das populações, em estreita colaboração com entidades locais (Câmaras Municipais, Centros de Saúde) ou outras instituições (Rottarys Clubs, Pfizer, etc). Em 2006 desenvolveram-se oito projectos desta natureza em vários pontos do país, tendo estado envolvidas principalmente as áreas de Cardipneumologia, Dietética e Ortóptica. A terceira vertente dos serviços à comunidade prestados pela ESTeSL consiste em acções de divulgação e promoção da saúde, realizadas sobretudo junto de escolas primárias e secundárias, mas também em centros comerciais ou outros locais públicos. Em 2006 realizaram-se 10 acções deste tipo, envolvendo predominantemente as áreas da Dietética e Farmácia. Serviços à Comunidade – Acções desenvolvidas no terreno junto das populações Nome: 3ª Mostra de Saúde de Lisboa – Rottay Club Áreas Cientificas Participantes: Cardiopneumologia; Dietética e Ortóptica Parceiros/Organizadores Rotary Club Lisboa, Fundação Fernando Pádua e ESTeSL Local: C. Comercial Colombo Nome: 1ª Mostra de Saúde de Nisa Áreas Cientificas Participantes: Cardiopneumologia; Dietética; Farmácia; Ortóptica e Saúde Ambiental Parceiros/Organizadores Santa casa da Misericórdia de Nisa; Câmara Municipal de Nisa; centro de Saúde de Nisa e ESTeSL Local: Cidade de NIsa Nome: Expo Saúde de Setúbal Áreas Cientificas Participantes: Cardiopneumologia e Dietética Parceiros/Organizadores Departamento: Abril Período: Departamento: DCTAFIT, DCTLIC Maio Período: Departamento: DCTLIC; DCTAFIT Rotary Club de Setúbal; Fundação Professor Fernando Pádua Local: Setúbal Nome: Jornadas da Saúde de Cascais Áreas Cientificas Participantes: Cardiopneumologia e Dietética Parceiros/Organizadores Rotary Club Cascais Estoril; Lions Clube Cascais Cidadela e ESTeSL Local: Centro Comercial Cascais Vila Nome: 1º Encontro de Saúde e Desporto Áreas Cientificas Participantes: Cardiopneumologia; Dietética; Fisioterapia e Ortoprotesia Departamento: Parceiros/Organizadores Ajocor Social- Associação de Jovens de Coruche e ESTeSL Pavilhão gimno-desportivo de Coruche Local: DCTLIC/DCTAFIT Nome: Programa Mais (11 acções) Áreas Cientificas Participantes: Cardiopneumologia, Dietética e Ortóptica Parceiros/Organizadores Pfizer e ESTeSL Maio Período: Departamento: DCTLIC; DCTAFIT Maio Período: DCTAFIT, DCTLIC Maio Período: Departamento: ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ DCTLIC; DCTAFIT 30 Relatório de Actividades 2006 Vários pontos do país Local: Nome: Período: Mar; Abr; Mai; Jun Programa de Ginástica Laboral Áreas Cientificas Participantes: Fisioterapia Parceiros/Organizadores ESTeSL e Sonae Modis Local: ESTeSL e Sonae Modis Nome: Rastreio, na área da Ortóptica, aos residentes do Hospital Júlio de Matos Áreas Cientificas Participantes: Ortóptica Parceiros/Organizadores Hospital Júlio de Matos e ESTeSL Local: Hospital Júlio de Matos DCTAFIT Departamento: Período: DCTAFIT Departamento: Período: Janeiro -Julho FONTE: ESTeSL, Dezembro 2006 6. Redes, relações e parcerias Reconhecendo o carácter fulcral de uma relação permanente com o exterior, quer nacional, quer internacionalmente, a ESTeSL continuou, em 2006, a dirigir a sua acção no sentido da sedimentação e intensificação das parcerias já estabelecidas e da emergência de novos contactos que constituam uma mais valia para a instituição. 6.1 Relações públicas No âmbito das relações públicas, em que a missão recai essencialmente sobre a divulgação e promoção da Escola, o ano de 2006 ficará marcado por uma nova fase ao nível da gestão desta actividade, tendo ocorrido uma reestruturação da equipa, passando esta a contar com um técnico superior que assume a coordenação do serviço. Embora não se tenham registado alterações significativas ao nível da actividade diária do serviço, que se centra essencialmente na organização, divulgação e apoio aos diversos eventos é de salientar a actividade desenvolvida no âmbito da organização do evento de comemoração dos 25 anos da ESTeSL, realizada em Janeiro de 2007. Numa outra vertente, importa ainda destacar a intervenção do serviço nas actividades de apoio à comunidade, especificamente, ao nível dos rastreios realizados pelas diferentes áreas científicas. Neste campo, o Gabinete de Relações Públicas (GRP) tem tido uma actividade fulcral, na medida em que não existindo ainda um serviço, exclusivamente dedicado à gestão destes eventos, grande parte da sua organização fica sob a responsabilidade do GRP. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 31 Relatório de Actividades 2006 Por fim, evidencia-se concepção de um projecto de marketing da ESTeSL, a ser futuramente implementado através da criação de um espaço de vendas. 6.2 Relações internacionais Na dimensão internacional, a actividade da ESTeSL em 2006, seguindo a tendência dos últimos anos, centrou-se fundamentalmente nos acordos interinstitucionais que viabilizam os programas de mobilidade, como são exemplo o ERASMUS e o Leonardo Da Vinci. Tem sido objectivo contínuo da escola aumentar o número de parcerias que possibilitem oferecer aos estudantes e docentes uma maior quantidade e diversidade de instituições e realidades. Contudo, estando a mobilidade dependente do orçamento do IPL disponível para o efeito, nem sempre é possível responder à procura verificada. Ainda assim, tal como se definiu no plano de actividades, a ESTeSL conseguiu em 2006 aumentar o número de parcerias, bem como a mobilidade de estudantes e docentes. O quadro nº 24 mostra que em 2006 foi possível enviar para o exterior mais 8 alunos e receber mais 12 do que 2005. Já no que se refere aos docentes o número de mobilidade foi praticamente o mesmo que em 2005, tendo-se deslocado para o exterior 9 docentes e recebido 8. No âmbito da celebração de novas parcerias, destaca-se, em 2006, a realização de uma visita preparatória à Universidade de Strathclyde – Glasgow, como objectivo de vir a estabelecer mais uma parceria para a área da Ortoprotesia. Quadro nº 23 Parcerias estabelecidas em 2006 Quadro nº 24 Mobilidade, por curso, de alunos e docentes em 2006 País Nº Instituições Curso ACSP APCT Nº alunos Saídos 3 3 Nº alunos recebidos 2 5 Nº docentes saídos 1 1 Nº docentes recebidos 1 0 Dinamarca 2 Espanha 1 CPL 7 1 0 1 Estónia 1 DT 5 3 4 1 Total 4 FM 1 1 0 0 FT 13 20 1 3 MN 3 0 1 0 ORP 0 0 0 0 Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 ORT 5 0 0 0 RD 4 2 0 1 RT 7 1 0 0 SA 1 1 1 1 Total Total (2005/06) 52 36 9 8 44 24 8 8 Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 32 Relatório de Actividades 2006 Uma outra vertente das relações internacionais é a cooperação com os Países da CPLP que a ESTeSL tem mantido nos últimos anos. Esta relação de cooperação tem, fundamentalmente, em vista o desenvolvimento da formação em tecnologias da saúde nestes países. Como resultado deste investimento, em 2006, destacam-se: • O inicio de actividade da Escola Técnica e Profissional de Saúde de Luanda, estando a ser ministrados, os cursos de ACSP, APCT, CPL, DT, FM, FT e RD; • A deslocação, a Timor, de uma Delegação da ESTeSL com o objectivo de apoiar a formação na área das Tecnologias da Saúde; • A celebração de um protocolo entre o IPL e a comissão instaladora da Universidade de Cabo Verde, com a finalidade de, no futuro, a ESTeSL contribuir na formação de Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica; • A deslocação, a Moçambique, de uma Delegação da ESTeSL com o objectivo de avaliar as condições do Instituto Superior de Ciências da Saúde de Maputo com vista à implementação do Curso de Análises Clínicas. 7. Recursos humanos 7.1 Corpo docente 7.1.1 Caracterização Em 2006/07, a ESTeSL contou com a de colaboração 254 docentes, mantendo quase na totalidade o mesmo corpo de 2005/06. Como mostra o quadro nº 25, de 2005/06 para 2006/07 há uma diminuição de apenas 8 docentes (262/254), registando-se portanto um decréscimo de aproximadamente 3%. Esta equipa de docentes divide-se entre professores coordenadores, adjuntos e assistentes, os quais podem estar em dedicação integral ou parcial, e com diferentes vínculos contratuais. Até à data a ESTeSL tinha uma grande parte de docentes em prestação de serviços, situação que tem vindo extinguir-se, tal como se observa pela leitura do gráfico nº 6. No sentido de se estabilizar o corpo docente, em 2006, muitas das prestações de serviço foram assim substituídas por contratos administrativos de provimento (CAP), proporcionando-se, assim, um vínculo mais forte entre a escola e os seus professores. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 33 Relatório de Actividades 2006 Actualmente, a Escola já só conta com 14 docentes em regime de prestação de serviços, o que em comparação com o ano lectivo anterior (2005/06), representa um decréscimo de 35,9% deste regime contratual. O DCS continua a ser o Departamento que tem um maior número de docentes em prestação de serviços, enquanto que no DCNE e no DCSH já não existe nenhum docente nesse regime. Quadro nº 25 Distribuição de docentes por categoria, tempo de dedicação e departamento (2005/06 – 2006/07) 2005/06 Coord. Prestação Serviços Monitores Contr. Tempo inteiro Contr. Tempo parcial Prestação Serviços Contr. Tempo inteiro Contr. Tempo parcial Prestação Serviços Contr. Tempo inteiro Contr. Tempo parcial Prestação Serviços Monitores 0 7 2 0 4 5 0 0 28 20.1 5 6 0 7 3 0 4 4 0 0 29 20,3 DCS 1 1 2 3 26 11 0 7 4 0 55 17,8 1 1 1 4 29 7 0 4 1 0 48 17,0 DCSH 2 0 0 3 1 0 1 3 0 0 10 9,4 2 0 0 4 1 0 3 0 0 0 10 9,3 DCTAFIT 1 0 2 2 9 1 5 31 3 52 54 25,8 1 0 0 2 7 1 7 32 0 68 50 25,7 DCTLIC 3 3 0 5 7 0 9 22 8 0 57 32,0 3 1 0 11 10 0 4 28 1 215 58 32,3 DCTRBS 2 0 1 6 2 0 6 34 7 47 58 28,9 2 0 1 6 4 0 4 40 2 102 59 28,9 Total 14 9 5 26 47 12 25 102 22 0 262 134,9 14 8 2 34 54 8 22 108 4 385 254 133,5 ETI Contr. Tempo parcial 5 Total s/ monitores Contr. Tempo inteiro 5 ETI Prestação Serviços DCNE Total s/ monitores Contr. Tempo parcial Assist. Contr. Tempo inteiro Adjuntos Prestação Serviços Assist. Contr. Tempo parcial Adjuntos Contr. Tempo inteiro Coord. 2006/07 Fonte: ESTeSL, Dezembro de 2006 No que se refere ao tempo de dedicação dos docentes, embora se tenha conseguido uma ligeira melhoria relativa, o número de docentes em tempo integral o número de ETI’s ainda contínua longe do desejável, mantendo-se a necessidade de um crescimento a este nível. O DCSH continua a ser o que tem uma maior percentagem de docentes em tempo integral (9 em 10 – 90%), seguido do DCTLIC com 16 em 29 (55,2%). Contrariamente, o DCS é onde existe um menor ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 34 Relatório de Actividades 2006 número de docentes em tempo integral (5 em 48 – 10,4%), o que naturalmente é reflexo do elevado número de prestações de serviço deste departamento. A ESTeSL, no ano de 2006/07 mantém 133,5 ETI´S, ficando portanto muito abaixo dos 200 ETI’s recomendados (1800 estudantes/9 = 200 ETI’S). Gráfico nº 6 Regime de dedicação do corpo docente da ESTeSL (2006/07) 66,90% 70,0% 60,30% 60,0% 50,0% 40,0% 27,60% 30,0% 24,80% 14,90% 20,0% 8,70% 10,0% 0,0% Tempo inteiro Tempo parcial Prest. Serviços 2005/06 2006/07 Relativamente ao peso que as remunerações da classe docente têm sobre o orçamento total da ESTeSL, o quadro nº 26 mostra que face a 2005 ocorreu um aumento de 5,9%, claramente superior ao aumento das verbas atribuídas pelo Orçamento de Estado (3%; ver Cap. 10). Este aumento reflecte não só o aumento de vencimentos da Função Pública, mas também o progresso da carreira de muitos docentes, em particular do aumento do número de professores adjuntos (quadro nº 25). De facto, a rubrica referente a vencimentos teve um crescimento de 6,7% relativamente ao ano transacto, enquanto o valor em prestação de serviços e monitores se manteve relativamente estável (-2,5% e +3,8%, respectivamente). É de notar que a diminuição de docentes em prestação de serviços, observada no gráfico nº 6, se refere ao ano lectivo de 2006/07, pelo que essa medida deve ter o seu reflexo mais acentuadamente nas contas de 2007. Uma análise por departamento demonstra que é no Departamento das Ciências e Tecnologias Laboratoriais e Intervenção Comunitária (DCTLIC), do qual fazem parte 5 áreas cientificas (ACSP, APCT, DT, FM e SA) onde existe um maior gasto com remunerações. Contrariamente, pela sua ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 35 Relatório de Actividades 2006 pequena dimensão o Departamento das Ciências Sociais e Humanas (DCSH) é o que absorve uma menor quantia para a remuneração dos seus docentes. Departa mento Quadro nº26 Mapa financeiro de despesas de pessoal docente (2005-2006) 2005 Á. cientifica DCSH DCNE DCS P. Serviços Monitores TOTAL 28.172,81 € Psicologia 162.812,42 € 163.878,66 € 163.878,66 € Sociologia 125.890,53 € 125.656,14 € 125.656,14 € Sub-total 308.654,11 € 317.707,61 € 317.707,61 € Biologia 157.804,56 € 174.118,58 € 174.118,58 € Física 154.511,59 € 153.867,42 € 153.867,42 € Matemática 204.219,02 € 215.177,63 € 215.177,63 € Química 178.074,92 € 192.074,29 € 192.074,29 € Sub-total 694.610,09 € 735.237,92 € 735.237,92 € C. Médicas 30.659,60 € 32.167,98 € 11.167,98 € 43.885,47 € C. Morfofuncionais 93.085,64 € 91.525,95 € 39.599,75 € 131.125,70 € Patologia Diagnóstico 62.141,56 € 72.256,50 € 23.469,93 € 95.726,43 € 194.473,58 € 201.008,52 € 21.253,24 € 222.261,76 € 380.360,38 € 397.508,46 € 95.490,90 € 492.999,36 € Análises Clínicas e SP 292.460,52 € 267.749,87 € 1.204,53 € 34.426,95 € 303.381,35 € Anatomia Patológica 187.085,57 € 169.694,32 € 4.853,97 € 13.545,19 € 188.093,48 € Dietética 189.604,11 € 157.453,29 € 5.627,52 € 21.917,51 € 184.998,32 € Farmácia 221.744,96 € 195.731,45 € 3.522,53 € 34.321,05 € 233.575,03 € Saúde Ambiental 164.611,01 € 130.719,15 € 7.470,28 € 19.988,90 € 158.178,33 € 1.055.506,17 € 921.348,08 € 22.678,83 € 124.199,60 € 1.068.226,51 € Cardiopneumologia 300.279,64 € 257.976,60 € 18.706,59 € 23.237,69 € 299.920,88 € Medicina Nuclear 115.234,73 € 116.874,26 € 9.062,08 € 9.075,28 € 135.011,62 € Radiologia 191.782,98 € 141.401,18 € 13.106,71 € 23.520,75 € 178.028,64 € Radioterapia 146.767,10 € 123.996,35 € 10.207,51 € 16.747,05 € 150.950,91 € 754.064,45 € 640.248,39 € 51.082,89 € 72.580,77 € 763.912,05 € Fisioterapia 346.932,42 € 319.918,40 € 3.642,77 € 30.032,67 € 353.593,84 € Ortoprotesia 39.296,54 € 28.059,31 € 28.973,51 € 10.306,41 € 67.339,23 € Ortóptica 193.752,93 € 145.171,95 € 50.449,33 € 9.134,48 € 204.755,76 € Sub-total 579.981,89 € 493.149,66 € 76.051,18 € 49.473,56 € 618.674,40 € 3.773.177,09 € 3.505.200,12 € 245.303,80 € 246.253,93 € 3.996.757,85 € Sub-total DCTLIC * 28.172,81 € Saúde pública Sub-total DCTRBS Vencimentos 19.951,16 € C. Educação Sub-total DCTAFIT Total 2006 • • TOTAL Inclui subsidio férias, Natal e refeições, abonos, etc. Fonte: ESTeSL, Dezembro de 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 36 Relatório de Actividades 2006 7.1.2 Formação/Qualificação A qualificação do corpo docente, tal como o quadro nº 27 evidencia, sofreu algumas alterações de 2005 para 2006, sendo a mais relevante o aumento significativo dos docentes com o grau de mestre, passando de 38 para 59. No entanto, o número de docentes com o grau de Doutor sofreu um ligeiro decréscimo (de 23 para 20), na medida em que, alguns dos docentes que deixaram de colaborar com a escola eram detentores deste grau académico. Quadro nº 27 Formação do corpo docente em 2005 e 2006 2005 2006 6 DCS 8 29 15 6 8 29 4 9 40 53 3 10 35 48 7 3 10 8 2 10 1 3 7 40 47 3 1 DCSH DCTAFIT 2 7 49 58 DCTLIC 1 5 41 47 1 20 34 55 DCTRBS 1 4 37 42 1 8 49 58 Total 23 38 178 239 20 59 168 247 1 Terminou Continua 3 6 Mestrando Iniciou 3 15 Terminou Continua TOTAL Iniciou Doutorando Licenciatura Mestrado Doutoramento TOTAL Licenciatura Mestrado Doutoramento DCNE Habilitação 2 Outros cursos Em formação Habilitação 5 1 7 8 1 1 2 2 3 3 2 2 9 1 5 2 1 3 13 2 1 12 3 5 27 8 13 Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 Assim, no ano em análise (2006) a ESTeSL contou com um corpo docente em que 7,9% são Doutores, 23,2% são Mestres e 66,1% são licenciados. O número de bacharéis é já praticamente inexistente (5 em 254 – 2%), tendo a maioria dos docentes investido num grau académico superior. 6 7 Falta informação do Departamento de Ciências da Saúde – N entregou relatório Ao número total docentes acrescem ainda 5 docentes que têm o grau de bacharel. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 37 Relatório de Actividades 2006 Gráfico nº 7 Qualificação académica do corpo docente (2006) Doutor 10% Mestre 22% Licenciado 68% Por outro lado, realça-se que em 2006 houve um número significativo de docentes a investir na sua formação, havendo 20 docentes a frequentar Doutoramentos e 32 a frequentar mestrados. Houve ainda 13 docentes que frequentaram outros cursos sem equivalência académica. Quadro nº 28 Docentes que frequentaram Mestrados ou Doutoramentos em 2005 e 2006 2005 2006 Iniciou Continua Terminou Iniciou Continua Terminou Mestrado 7 28 6 5 27 8 Doutoramento 6 15 1 8 12 3 TOTAL 13 43 7 13 39 11 Fonte: ESTeSL, Dezembro de 2006 Em comparação com 2005, verifica-se que em 2006 o número de docentes que iniciaram Mestrados ou Doutoramentos foi o mesmo, havendo no entanto um decréscimo (de 43 para 39) do número de docentes que continuam em formação e um ligeiro aumento (de 7 para 11) daqueles que terminaram os seus cursos. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 38 Relatório de Actividades 2006 Mantendo a politica de actualização do corpo docente implementada em 2005, a ESTeSL proporcionou a cada departamento uma dotação orçamental específica para a formação do corpo docente. No ano de 2006 a verba disponível para esse efeito foi de € 55.193,19, sendo € 19.250,00 de dotação orçamental directa e € 35.943,19 resultante quer do saldo que transitou de 2005 quer de receitas conseguidas pelos departamentos. Pela leitura do quadro nº 29 verifica-se que dos € 55.193,19 apenas foram consumidos € 24.737,00 tendo sido o DCTLIC e o DCTRBS os que mais investiram em formação e o DCS o que menos investiu. À semelhança do que já aconteceu em 2005, o valor sobrante transitará para o ano de 2007, ficando disponível no Orçamento de cada departamento. Quadro nº 29 Mapa financeiro do orçamento para a Formação de docentes em 2006 Saldo inicial Despesa Saldo para 2007 DCNE 15.281,32 € 3.416,07 € 11.865,25 € DCSH 3.230,00 € 500,00 € 2.730,00 € DCS 1.785,00 € 1.575,48 € 209,52 € DCTLIC 19.451,69 € 8.100,43 € 11.351,26 € DCTRBS 9.166,61 € 8.299,41 € 867,20 € DCTAFIT 6.278,57 € 2.846,19 € 3.432,38 € 55.193,19 € 24.737,58 € 30.455,61 € Total Gráfico nº 8 Mapa financeiro do orçamento para a Formação de docentes em 2006 60.000,00 € 60.000,00 € 50.000,00 € 50.000,00 € 40.000,00 € 40.000,00 € 30.000,00 € 30.000,00 € 20.000,00 € 20.000,00 € 10.000,00 € 10.000,00 € 0,00 € 0,00 € DCNE DCNE DCS DCS DCTRBS Total DCTRBS Total Saldo inicial Despesa Saldo inicial Despesa Fonte: ESTeSL, Dezembro de 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 39 Relatório de Actividades 2006 7.1.3 Actividade do corpo docente O corpo docente da ESTeSL, paralelamente à sua principal actividade pedagógica encontra-se, anualmente, envolvido num conjunto de actividades de diferente natureza, onde se incluem: • Actividades de gestão: conselho directivo, conselho pedagógico, conselho cientifico, Direcção de departamento, coordenação de áreas cientificas, coordenação de cursos, etc. • Comissões organizadoras: eventos de divulgação da escola e respectivos cursos, eventos de actualização cientifica/tecnológica; eventos comemorativos, actividades de organização curricular (horários, projectos, programas). Deste modo, ao longo do ano os docentes, em conformidade com os diferentes cargos que ocupam, intervém activamente na actividade de gestão e organização da instituição, prestando uma importante contribuição para exequibilidade de tudo o que ocorre na ESTeSL. Tendo a comemoração dos 25 anos de existência da ESTeSL ocorrido em Janeiro de 2007, os últimos meses de 2006 foram exemplo das actividades paralelas muitas vezes desenvolvidas pelo corpo docentes. A comissão organizadora deste evento, que contou com a participação da maioria dos docentes que estão na Escola a tempo integral espelhou, pela sua actuação, a dedicação de toda a equipa. 7.2 Pessoal não docente 7.2.1 Caracterização Em 2006, a ESTeSL contou com 59 funcionários, dos quais 51 pertencendo ao mapa e 8 encontrando-se noutras situações, designadamente comissões ou prestações de serviços. Em comparação com o ano de 2005, verifica-se que o pessoal não docente se manteve praticamente inalterável, registando-se apenas o acréscimo de um funcionário. Assim, os serviços da ESTeSL continuaram em 2006 com uma enorme carência de recursos humanos, assinalando-se um total de 59 ETI’s, o que em relação ao desejável (150) continua muito longínquo. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 40 Relatório de Actividades 2006 Consequentemente, o objectivo de aumentar o número de recursos humanos da Escola, definido no Plano de actividades, não foi de todo alcançado, importando a este respeito salientar que o seu incumprimento decorreu de factores alheios à instituição, como é exemplo a reforma na administração pública, que implicou o “congelamento” das contratações. O quadro nº 30 caracteriza o corpo não docente quanto à sua categoria e vínculo contratual com a ESTeSL. Pela sua leitura constata-se que grande parte dos funcionários (40,7%) continua a incluir-se na carreira administrativa, existindo no entanto também um considerável número de técnicos (33,9%). Quadro nº 30 Caracterização do corpo não docente (2006) Caracterização do corpo não docente (2005; 2006) 2005 Técnico Técnico Informática Técnico Profissional Téc. Prof. de BD 2 1 1 2 3 3 0 3 1 0 1 2 0 2 0 0 0 2 3 6 1 1 5 4 1 22 18 3 1 3 1 4 6 21 Operário 1 1 0 Motorista 1 1 0 7 0 7 2 0 2 Auxiliar 7 Telefonistas Total 2 34 14 1 49 1 2 1 5 1 9 3 1 2 3 TOTAL Subtotal Avença Prestação Serviços 1 Acumulação 1 Requisição CES 2 Subtotal 7 1 Outras situações Comissão Seviço 4 2 15 Administrativo CAP TOTAL Subtotal Avença 1 1 2006 Mapa 0 3 3 Prestação Serviços 1 Acumulação 1 Requisição Subtotal Outras situações Comissão Serviço Dirigente Técnico Superior Téc. Sup. Estagiário Téc. Superior de BD CES CAP Mapa 0 1 3 8 0 0 0 1 0 1 2 0 2 0 0 0 2 5 5 1 3 2 1 4 1 1 5 6 24 0 24 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 2 9 0 2 8 59 7 58 36 1 7 2 14 2 2 51 1 1 6 Fonte: ESTeSL, Dezembro de 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 41 Relatório de Actividades 2006 Relativamente ao vínculo contratual, a maioria (61%) dos funcionários encontra-se num regime de contrato administrativo de provimento (CAP), existindo um número reduzido (10,2%) de aquisição de serviços, situação que tende a ser extinta num curto prazo de tempo. As remunerações do pessoal não docente continuam a representar a segunda maior fatia do Orçamento da ESTeSL, apresentando um valor global de € 832.570,36, correspondentes a 18,1% da verba atribuída pelo Orçamento de Estado (OE). Deste valor, € 763.544,33 (91,7%) correspondem a vencimentos e € 69.026,01 (8,3%) a prestações de serviço. O mapa de distribuição das despesas de pessoal por serviço encontra-se representado no quadro nº 31. Quadro nº 31 Mapa financeiro de despesas de pessoal não docente em 2006 2005 2006 TOTAL Serviços Orgãos de Gestão Divisão Académica Divisão Financeira Divisão Recursos Humanos Gab. Planeamento e Gestão Gab. Logística Gab.Relação Internacionais Gab. Relações Públicas CDI Secretariado Docência Expediente CFA Informática Vencimentos TOTAL P. Serviços 152.737,50 91.234,42 159.528,79 62.769,50 € € € € 128.479,52 90.649,84 158.241,67 51.453,11 € € € € 163.380,12 28.295,28 28.950,61 74.041,77 21.094,25 10.834,75 11.940,03 6.625,98 € € € € € € € € 124.274,54 28.847,48 47.072,96 68.824,70 37.819,85 11.788,88 11.303,18 € € € € € € € 43.258,27 € Multimédia * 854.691,27 € 4.788,60 € 763.544,33 € inclui subsidio férias, Natal e refeições, abonos, etc. 4.135,98 € 21.045,82 € 9.955,88 € 5917,02 TOTAL 128.479,52 90.649,84 158.241,67 51.453,11 4.135,98 145.320,36 28.847,48 47.072,96 78.780,58 37.819,85 11.788,88 11.303,18 0,00 € € € € € € € € € € € € € 27.971,33 € 32.759,93 € 69.026,03 € 832.570,36 € Fonte: ESTeSL, Dezembro de 2006 Paralelamente aos órgãos de gestão, a divisão financeira e o gabinete de logística são os que representam um maior peso na despesa com o pessoal não docente, pois é também nestes serviços que se concentram a maioria dos funcionários. Como mostra o quadro nº31, no ano de 2006 não se regista qualquer encargo financeiro com a área de informática, uma vez que a ESTeSL deixou de ter funcionários nesta área, passando a assistência informática a ser da inteira responsabilidade de uma empresa externa. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 42 Relatório de Actividades 2006 Existem ainda outras remunerações, essencialmente referentes ao pessoal não docente que representam mais um encargo da ESTeSL com recursos humanos. Nesta despesa incluem-se os gastos com a Segurança social, saúde e pensões. 7.2.2 Formação/Qualificação Ao nível das habilitações académicas denota-se um claro aumento da qualificação do corpo não docente, existindo em 2006 35% de licenciados e 30% de funcionários com o ensino secundário completo. Por outro lado, sabe-se que continua a existir grande interesse na progressão de estudos, pelo que se prevê que o aumento de qualificações venha a crescer progressivamente. Naturalmente satisfeita pela elevada qualificação dos seus recursos humanos, a ESTeSL depara-se cada vez mais com uma situação pouco comum, que consiste na ocupação de categorias indiferenciadas, como auxiliar, por funcionários com formação de nível superior. Gráfico nº 9 Habilitações académicas do corpo não docente (2006) 3º Ciclo 22% Ensino básico 4% Licenciatura 35% 10% Secundário inc Secundário Com p. 29% ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 43 Relatório de Actividades 2006 Paralelamente ao esforço desenvolvido no sentido de aumentar as habilitações académicas dos funcionários, ao longo de 2006 a ESTeSL manteve os processos de formação contínua que viabilizam a actualização, reciclagem e aperfeiçoamento das competências técnicas e comportamentais dos mesmos. Tal como ilustra o quadro nº32, no ano de 2006, os gastos com formação contínua foram praticamente o dobro dos gastos feitos em 2005. Na maioria, as horas de formação disponibilizadas destinaram-se ao pessoal administrativo, seguido dos técnicos superiores que comparativamente ao ano de 2006 viram crescer largamente a quantidade de formação que lhes foi destinada. Quadro nº 32 Formação do corpo não docentes em 2005 e em 2006 2005 2006 Nº de horas 87 20 72 248 6 433 4.487,71 Nº de horas 407 44 136 758 240 1585 8.690,09 Carreira Técnico Superior Técnico Técnico Profissional Assist administrativos Auxil administrativos Total Custo Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 7.3 Divisão de Gestão de Recursos Humanos A divisão de gestão de recursos humanos manteve em 2006 a sua actividade de gestão corrente orientada pela estratégia decorrente dos anos anteriores, não se tendo registado alterações significativas. Sendo o segundo ano de implementação do sistema de avaliação de desempenho, com um conhecimento mais concreto desta nova realidade realizou-se, no ano de 2006, um apuramento dos processos inerentes a este sistema, particularmente no que respeita à definição e medição dos objectivos e respectivas competências a avaliar. Por outro lado, realça-se o esforço desenvolvido no sentido de articulação dos processos que constituem o ciclo anual de gestão, designadamente ao nível do plano de formação, avaliação e instrumentos de apoio à gestão. A concertação destas actividades, ainda que distante do desejável conheceu em 2006 novos contornos, tendo-se sobretudo insistido na importância de concretização de rotinas anuais que promovam um ciclo de gestão assente numa visão e planeamento estratégico. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 44 Relatório de Actividades 2006 Na prática, a gestão de recursos humanos operacionalizou-se através das seguintes actividades: • Actividades de gestão diária tais como: aferição de cumprimento de objectivos com avaliados, garantia da execução de fichas de avaliação e auto - avaliação pelos intervenientes e envio de relatório final para IPL. • Actividades de dinamização como por exemplo: realização de reuniões entre avaliadores e avaliados, incentivo à frequência de actividades de formação profissional, encontros com experts para aconselhamento. • Actividades de acompanhamento do sistema de avaliação de desempenho nas fases de definição de objectivos, auto – avaliação, entrevistas e harmonização das avaliações. • Actividades de apoio aos instrumentos de suporte do sistema como por exemplo: - Aferição de competências e níveis de cumprimento dos objectivos; - Construção de escalas para medição de comportamentos a avaliar; - Registo de incidentes críticos (positivos/negativos) que apoiem o processo de avaliação. 8. Espaços, equipamentos e materiais A actividade de gestão, organização e manutenção dos espaços, edifício, equipamentos e materiais manteve-se, em 2006, inteiramente a cargo do gabinete de logística da ESTeSL, o qual viu acrescer às suas actividades de gestão corrente alguns projectos de maior complexidade, como foram exemplo o projecto “ Escola sem fumo” e o desenvolvimento do processo de reparação de anomalias do edifico imputáveis ao processo de construção. De um modo global, verifica-se que os objectivos definidos no plano de actividades foram superados, tendo ainda sido alcançados objectivos que não tinham sido inicialmente previstos. Ressalva-se, no entanto a impossibilidade temporal de cumprimento do objectivo de adaptação de um espaço do piso -2 para armazém geral da Escola, sendo que só a partir de 2007 se deu inicio a esta reestruturação. Sintetizando a actividade logística assinalam-se as seguintes intervenções: 8.1 Gestão de espaços e edifício • Criação do laboratório de Microscopia Óptica de ACSP • Reparação das anomalias do edifício e infra-estruturas imputáveis ao processo de construção, com vista à entrega definitiva da obra • Construção da zona laboratorial de Ortoprotesia ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 45 Relatório de Actividades 2006 8.2 Saúde, Segurança, Higiene e Ambiente • Concepção e implementação do projecto “Escola sem FUMO” • Concepção do projecto “Reciclagem de resíduos urbanos na ESTeSL” • Aumento do sistema de recolha de resíduos sólidos hospitalares implementado • Desenvolvimento do processo de concurso para prestação de serviços de vigilância • Plano de Emergência – reformulação das instruções gerais de segurança, com adaptação para docentes/não docentes e alunos 8.3 Equipamento e material Os cortes orçamentais que a Escola tem sofrido, associado em 2006 ao investimento no Laboratório de Ortoprotesia, têm limitado a aquisição de equipamento e material necessário. Apesar disso, efectuou-se algum investimento, em parte suportado por verbas oriundas de projectos de investigação e de serviços à comunidade. O quadro nº 33 mostra o equipamento de valor superior a € 5.000 adquirido neste ano, salientando-se a compra de um software de Gestão de Stocks para o serviço de Aprovisionamentos e um equipamento (Espectofotometro para Nanovolumes) para a área científica de Biologia. Quadro nº 33 Equipamento adquirido em 2006 de valor superior a € 5.000,00 Equipamento Local Valor Vedação do Espaço -2.1 Piso -2 (Espaço Arquivo) Unidade de Alimentação Ininterrupta Centro de Informática Espectofotometro para Nanovolumes A.C. Biologia Software–Implem. novos módulos GIAF Gest.Compras Serv. Aprovisionamento 6.030,05€ 6.031,85€ 12.214,95€ Total 18.755,00€ 43.031,85€ Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 Por outro lado, no que se refere à gestão de equipamento e material importa salientar a estratégia de rentabilização de impressoras, iniciado no ano de 2006. Com vista à redução destes equipamentos optou-se pela disponibilização de impressoras de piso, não sendo necessária a existência de uma impressora por cada gabinete ou sala. Contudo, este processo ainda não se encontra concluído, faltando implementar o sistema no piso zero. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 46 Relatório de Actividades 2006 9. Centro de documentação e informação O centro de documentação e informação (CDI), responsável pela pesquisa, gestão e divulgação da informação científica, técnica, pedagógica e cultural, através de diferentes suportes assistiu, em 2006, a um período de estabilização e apuramento das práticas implementadas nos anos anteriores, de entre as quais se destaca a utilização das tecnologias da informação e comunicação como recurso de pesquisa. Conforme se tinha previsto, ao longo do ano de 2006, tornou-se possível aumentar (200 novos livros) o arquivo digital, bem como o sucesso do serviço de referência, dando resposta a cerca de 57,3% dos pedidos em formato digital e 42,7% em formato papel. Relativamente à procura do CDI, constata-se que esta se mantém elevada, sendo os meses de Maio, Outubro e Novembro e os períodos entre as 14h e as 15h os que registam uma maior afluência, levando frequentemente ao esgotamento da capacidade de atendimento. Gráfico nº 10 Frequência do CDI por meses e horas 6000 6000 5000 5000 4000 4000 3000 2000 3000 1000 2000 11H 12H 13H 14H 15H 16H 17H 18H 19H Ju lh o M ai o br o N ov em br o 09H 10H Se te m 08H M ar ço 0 Ja ne iro 0 1000 No que concerne à aquisição de acervo bibliográfico, em 2006 foram gastos € 31.836,51, o que em comparação com o ano de 2005 representa um valor praticamente estacionário. No entanto, como mostra o quadro nº 34, tendo em consideração que em 2006 não houve a necessidade de despender qualquer verba para a B-on, a aquisição de monografias foi 16 vezes superior a 2005. Quadro nº 34 Aquisição de Acervo bibliográfico em 2005 e 2006 Aquisição de acervo bibliográfico em 2005 e 2006 2005 Monografias Periódicos B-On * Total 2006 Nº Valor 16 20 1 13 4.110,80 € 11.539,87 € 14.406,14 € 30.056,81 € Nº Valor 270 32 302 23.629,90 € 8.206,61€ 0,00 € 31,836,51€ * 50% do valor total, sendo o restante suportado pela Informática Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 47 Relatório de Actividades 2006 10. Relatório Financeiro 10.1 Financiamento Em 2006, a ESTeSL apresentou um orçamento global de € 8.119.527,00, que em comparação com 2005 representa um aumento de 5,5%. Este aumento, é reflexo de um aumento das verbas atribuídas pelo Orçamento de Estado (OE) (+3,0%), das receitas próprias (+15,6%) e do saldo de gerência transitado de 2005 (+9,2%). É de notar, contudo, que a receita liquidada foi inferior, já que, em 2006 e ao contrário de anos anteriores, a verba cativa do OE (€ 138.136,00) não foi transferida para as contas da Escola, tendo ficado retida de forma definitiva pelo Estado. Assim, o OE efectivamente recebido foi de € 4.472.464,00, o que se traduz numa diminuição real do OE de 0,1%. Apesar disso, o OE continua a ser a principal fonte de financiamento da Escola, correspondente a 56,8% do financiamento total, ou 68,3% sem o saldo de gerência. Este, dada a obrigatoriedade de se cumprir o equilíbrio orçamental, não pode ser utilizado em benefício da Escola, pelo que tem sido em regra aplicado de modo a gerar juros que são incluídos nas receitas próprias. Quadro nº 35 Estrutura do financiamento em 2005 e 2006 Orçamento de Estado 2006 4.610.610,00 € a) 2005 4.476.356,00 € 2.086.056,00 € 1.805.238,00 € 50.549,00 € 156.787,00 € OE – Acção Social Receitas Próprias Verbas comunitárias subtotal 6.747.215,00€ 6.438.381,00€ 1.372.312,00 € 1.256.849,00 € TOTAL 8.119.527,00€ 7.695.230,00€ Saldo de Gerência a) apenas foi recebido na Escola € 4.472.474,00 (€ 138.136,00 cativo na DGT) Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 48 Relatório de Actividades 2006 Nas receitas próprias, as propinas, no valor de € 1.359.202,00, representam a maioria dos proveitos, correspondendo a 65,1% do valor total. Comparativamente com 2005 observou-se um aumento desta receita de € 55.390,00 (+4,6%), devido em parte ao aumento da propina de € 675,00 para € 750,00 no ano lectivo de 2006/07. As multas, taxas e emolumentos, com um valor de € 235.579,00, representam também uma importante fonte de receita, embora apresentando um decréscimo de € 15.230,00 (-6,1%) relativamente ao ano anterior. Por outro lado, em 2006, a ESTeSL contou com menos € 106.238,00 de verbas comunitárias e tal como já tinha acontecido em 2005, o Orçamento da ESTeSL deixou de contar com verbas provenientes da acção social, pois passaram a ser os próprios serviços de acção social a gerir e distribuir este apoio pelos alunos. Gráfico nº 11 Estrutura do Financiamento da ESTeSL para 2006 Saldo de Gerência 17% RP 26% OE 57% Globalmente, analisando o quadro nº 35 e respectiva representação gráfica (gráfico nº 11) verificase que a ESTeSL continua muito dependente do OE, não havendo ainda um valor de Receitas próprias suficiente que viabilize alguma autonomia da Escola para novos investimentos. 10.2 Custos A análise dos custos efectuados em 2006 (Quadro nº 36) demonstra que, à semelhança de 2005, a maior parte (63,1%) das despesas da ESTeSL destina-se ao pagamento de vencimentos e prestações de serviços, verificando-se um aumento de 5,7% relativamente ao ano transacto. Este aumento deve-se sobretudo ao aumento da parcela dos vencimentos (+7,4%) que, por si, representam já 94,2% do OE (ou mais correctamente, 97,1% do OE efectivamente recebido). Por outro lado, as ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 49 Relatório de Actividades 2006 verbas dispendidas em prestações de serviço diminuíram muito ligeiramente (-3,4%), mas o seu total – que inclui aqui o pagamento de serviços de docência no mestrado, cursos de formação avançada e conferências, entre outros – ainda é muito significativo, tendo que ser assegurado o seu pagamento na sua quase totalidade por receitas próprias. Mas mais significativo, a realidade mostra que o crescimento desta parcela (+5,7%) é claramente mais acentuado que o crescimento do orçamento (+3,7%), o que a manter-se indicia um futuro problemático para a capacidade da Escola honrar os seus compromissos. Quadro nº 36 Estrutura de custos em 2005 e 2006 2006 2005 4.343.090,66 € 4.042.622,08 € 695.400,98 € 723.904,07 € 5.038.491,64 € 4.766.526,15 € Instalações 171.474,71 € 154.756,46 € Limpeza 151.935,91 € 153.574,67 € Segurança 189.201,59 € 202.704,33 € 70.695,36 € 76.387,47 € Subtotal (2) 583.307,57 € 587.422,93 € (1) + (2) 5.621.799,21 € 5.353.949,08 € Material de escritório 24.892,63 € 32.667,99 € Reagentes e outros 107.134,44 € 69.418,95 € Outros materiais 79.376,10 € 7.428,84 € Livros 35.164,44 € 30.725,84 € 7.494,00 € 7.312,00 € 254.061,61 € 147.552,93 € 269.723,56 € 269.723,52 € Vencimentos Prestações de serviços Subtotal (1) Comunicações Acção Social Subtotal (3) Obras Ortoprotesia Obras Arquivo 6.030,05 € Outro equipamento 175.578,55 € 135.104,75 € Trabalho especializado 249.078,42 € 235.523,44 € Outros 166.599,78 € 181.063,97 € Subtotal (4) 867.010,37 € 821.415,68 € (3) + (4) 1.121.071,97 € 968.968,61 € Saldo de Gerência TOTAL 1.238.519,82 € 7.981.391,00 € 1.372.312,31 € 7.695.230,00 € Fonte: ESTeSL, Dezembro 2006 ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 50 Relatório de Actividades 2006 Por outro lado, o custo com bens essenciais – água, luz, limpeza, segurança e comunicações – sofreu um decréscimo de 0,7%. A abertura de concursos para a limpeza e segurança permitiu conseguir em 2006 contratos mais vantajosos para a Escola, e verificou-se uma poupança significativa nas telecomunicações, mas o aumento das despesas com as instalações (maioritariamente água e luz) impediu um melhor resultado neste subgrupo. Apesar disso, verifica-se que a soma dos vencimentos com as despesas com bens essenciais já não é suportada de todo pelo OE, obrigando ao uso de receitas próprias. Gráfico nº 12 Estrutura de custos em 2006 Instalações 9% Prestações de serviços 10% Outras 17% Vencim entos 64% Nas outras despesas, pode-se observar um crescimento significativo das despesas com reagentes e consumíveis clínicos (+54,3%) e de outros materiais (+968%), reflexo não só do crescimento do número de aulas realizadas em laboratório, mas também – e principalmente – da entrada em funcionamento do Laboratório de Ortoprotesia. Em 2006, pagou-se também a segunda metade do custo das obras realizadas no piso -2 para a instalação deste laboratório. Refira-se igualmente um aumento na rubrica “Outro equipamento” (+30,0%), que inclui equipamento necessário às instalações, equipamento laboratorial – muito adquirido através de verbas inseridas em projectos de investigação, de serviços à comunidade ou de formação – e equipamento informático. Também as despesas em trabalho especializado – onde se inclui o apoio informático – cresceram ligeiramente (+5,8%). No global, observa-se um crescimento de 15,7% dos outros tipos de despesas, que são integralmente suportadas por receitas próprias, um valor equivalente ao crescimento destas (15,6%). Conclui-se, assim, que as principais dificuldades orçamentais vêm do crescimento acentuado das rubricas de vencimentos, que não são acompanhadas pelo crescimento do OE, e da incapacidade deste de suprir as despesas essenciais da Escola. Em consequência disso, e da cativação e não entrega de parte do OE em 2006, o saldo de gerência sofreu, pela primeira vez nos últimos anos, uma diminuição, passando agora a ser de € 1.238.519,82 (-9,7%). ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 51 Relatório de Actividades 2006 10.3 A Divisão de Gestão financeira A Divisão de Gestão Financeira, que exerce a sua actividade nos domínios patrimonial e da gestão contabilística e de tesouraria assegurou, em 2006, as suas actividades de gestão corrente as quais permitem o normal funcionamento da Escola, bem como o desenvolvimento de todos os projectos em que esta está envolvida. Como marco do ano de 2006, destaca-se a iniciativa da ESTeSL de certificar e publicitar as contas de 2005 num jornal de expansão nacional (“O Público”), promovendo assim a transparência e clareza financeira que se pretendem por parte de uma instituição pública. Este processo teve como suporte a prestação de serviços de um Revisor Oficial de Contas (ROC) que trabalha em parceria com o Instituto para o Desenvolvimento Tecnológico (IDT) que procedeu à verificação das contas tendo em vista a sua publicitação. Era também objectivo da ESTeSL proceder à certificação e publicitação das contas de 2006, no entanto face aos constrangimentos orçamentais não foi possível repetir este processo. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 52 Relatório de Actividades 2006 11. Considerações finais O ano de 2006 na ESTeSL, caracterizou-se, essencialmente pela continuidade dos projectos iniciados em anos anteriores, especialmente, no de 2005. Considerando o Plano de Actividades apresentado para 2006, verifica-se que a maioria dos objectivos foram alcançados, não existindo uma discrepância significativa entre o planeado e o realizado. Os projectos que sustentam a instituição, nomeadamente os 12 cursos bietápicos (ACSP, APCT, CPL, DT, FM, FT, MN, ORP, ORT, RD e RT) foram devidamente assegurados e desenvolvidos dentro dos mesmo moldes, assinalando-se como alteração mais significativa o alargamento do número de vagas para o 1º ciclo de todos os cursos, ficando cada um com um total de 35vagas. Os projectos de formação avançada mantiveram de igual modo, o mesmo modelo, salientando-se como ponto menos positivo a não iniciação de novos cursos de pós graduação. Contudo, o curso de Mestrado em parceria com a Universidade de Évora bem como o desenvolvimento de cursos de curta duração (actualização, aperfeiçoamento e reciclagem) tiveram a continuidade prevista. O desenvolvimento de investigação científica, embora tenha sido mantido, continua a representar uma das carências da Escola, não havendo ainda a exploração ideal deste domínio. A maioria dos projectos de investigação desenvolvidos em 2006 tinha já sido iniciados em anos anteriores, não existindo portanto um grande desenvolvimento neste mesmo ano. Financeiramente, o ano de 2006, à semelhança do anterior, assumiu contornos muito pouco favoráveis à Escola, não havendo a possibilidade de realizar novos investimentos que promovam a inovação e modernização. A ESTeSL, como já foi anteriormente referido, continua extremamente dependente do OE, que em 2006 foi dedicado, quase na totalidade, aos vencimentos. Ainda assim, com todos os constrangimentos orçamentais que, consequentemente, têm implicações a vários niveis, considera-se que em 2006, a ESTeSL, deu continuidade à sua missão: “ Promover uma formação de qualidade que assegure a continuidade de técnicos de Diagnóstico e terapêutica de excelência”. ESTeSL______________________________________________________________________________________________________ 53