EFEITOS DOS ALELOS ALC OGC E HP SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DE MATURAÇÃO E CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE FRUTOS DE TOMATEIRO1 JOELSON ANDRÉ DE FREITAS2 WILSON ROBERTO MALUF3 LUIZ ANTÔNIO AUGUSTO GOMES2 SEBASTIÃO MÁRCIO DE AZEVEDO4 RESUMO - Em ensaio conduzido sob estufa plástica no município de Ijaci-MG-Brasil, foram avaliados híbridos de tomate com constituição genotípica alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+; alc+/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+; alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp+ e alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp; juntamente com linhagens parentais femininas alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+ e com a cultivar testemunha Flora-Dade alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+. O experimento foi instalado num delineamento em blocos casualizados completos com 28 tratamentos, 3 repetições e 10 plan- tas/parcela. O genótipo alc+/alc promoveu o aumento da firmeza de frutos, a redução do tamanho de cicatriz peduncular e a perda de peso dos frutos, bem como um leve retardamento na taxa de incremento da coloração vermelha dos frutos, relativamente ao genótipo normal alc+/alc+. Os alelos ogc e hp em heterozigose não contribuíram para aumentar a firmeza dos frutos alc+/alc. O alelo ogc em heterozigose não promoveu incremento na coloração vermelha de frutos alc+/alc enquanto que o alelo hp a incrementou. TERMOS PARA INDEXAÇÃO: Lycopersicon esculentum, alcobaça, old gold-crimson, high pigment, conservação pós-colheita, longa vida. EFFECTS OF THE ALLELES ALC OGC E HP, ON THE CHARACTERISTICS OF MATURATION AND POSTHARVEST SHELF-LIFE OF TOMATO FRUITS ABSTRACT - The experiment was carried out under plastic greenhouse in the city of Ijaci-MG-Brazil, evalueting tomato hybrids with genotypic constitution alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+; alc+/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+; alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp+ and alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp, togther with female parental lines alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+ and with the control cultivar Flora-Dade alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+. The experiment was established in a randomized complete block design with 28 treatments, 3 replications and 10 plants per plot. The genotype alc+/alc promoted an increase in fruit firmness, a size reduction of the penducular scar and a loss of the fruit weight, as well as a slight delay in the uptake of fruit red coloration, relative to the normal genotype alc+/alc+. The alleles ogc and hp at heterozygosis did not contribute to increase the firmness of the alc+/alc fruit. While the ogc allele at heterozygosis did not promote an increase in red coloration of alc+/alc fruit, the hp allele showed an increase in red fruit coloration. INDEX TERMS: Lycopersicon esculentum, alcobaça, old gold crimson, high pigment, post-harvest conservation, shelf-life. INTRODUÇÃO A maior conservação pós-colheita dos frutos de tomate é um importante fator para os tomaticultores pois permite um maior período de comercialização de sua produção. Diversas propostas têm sido feitas no sentido de aumentar a conservação de frutos de tomate; dentre elas, a utilização de baixas temperaturas, atmosfera controlada e o uso de filmes plásticos protetores; todavia, estas propostas têm encontrado limitações de ordem econômica no Brasil (Chitarra e Chitarra, 1990). Em alguns países, os frutos de tomate são colhidos ainda verdes e iniciam o amadurecimento através 1. Parte da dissertação defendida pelo primeiro autor e apresentada à Universidade Federal de Lavras (UFLA), como um dos requisitos do Curso de Mestrado em Agronomia/Genética e Melhoramento de Plantas; 2. Eng. Agr., M.Sc. em Genética e Melhoramento de Plantas, DBI/UFLA, Caixa Postal 37, 37.200-000, Lavras-MG. 3. Prof. Titular, Ph.D em Melhoramento de Hortaliças, DAG/UFLA. 4. Eng. Agr., M.Sc. em Fitotecnia, DAG/UFLA. 570 de um tratamento com etileno. No entanto, este processo só produz frutos aceitáveis quando os mesmos são colhidos no estado verde-maduro (mature-green stage), o que nem sempre prevalece, pois frutos imaturos também podem ser colhidos. Outra possibilidade é a manipulação genética do processo de amadurecimento dos frutos, através do uso de mutantes como alc (alcobaça), rin (ripening inhibitor) e nor (non ripening). Os mutantes rin e nor foram estudados por Kopeliovitch et al. (1982), nas combinações rin/rin, nor/nor, rin+/rin, nor+/nor e rin+/rin nor+/nor, com relação ao sabor e aroma dos frutos. Segundo os autores doses desses alelos foram prejudiciais às estas características, além de provocar um retardamento na coloração vermelha dos frutos. Os efeitos ocorreram em maior grau devido ao alelo rin na condição rin+/rin, e em menor nível, pelo alelo nor na condição nor+/nor (Kopeliovitch et al., 1979). O uso do mutante natural do amadurecimento alcobaça em heterozigose, por conferir aos frutos um amadurecimento mais lento, oferece a possibilidade de se colher o fruto no início do desenvolvimento da pigmentação vermelha, assegurando a colheita de frutos maduros proporcionando adequada vida após a colheita. Segundo Lobo (1981), este mutante em homozigose tem efeito muito drástico ao inibir a maturação normal dos frutos, pois diminui o nível e atividade total da enzima poligalacturonase, a taxa de etileno e CO2 (Mutschler, 1984 e Mutschler et al., 1992), bem como os teores de pigmentos totais e a razão licopeno/betacaroteno (Mutschler, 1984; Mutschler et al., 1992; Lobo et al., 1985 e Souza, 1995) tidos como importantes atributos observado na comercialização dos frutos (Khudairi, 1972 e Resende, 1995). A constituição genotípica alc/alc não permite que os tomates atinjam todas as qualidades ideais de um fruto, o que inviabiliza sua utilização em linhas puras. Contudo, em heterozigose, como é possível fazer com o uso de híbrido F1, os efeitos deletérios na coloração são minorados ou mesmo eliminados (Mutschler et al., 1992 e Resende, 1995), restando ainda algum efeito no sentido de retardar o amadurecimento do fruto e prolongar sua conservação em pós-colheita (Souza, 1995 e Resende, 1995). Lampe e Watada (1971), sugerem ainda, a utilização de cultivares fixadas para os genes ogc (old gold crimson) e hp (high pigment), que além de intensificar a coloração vermelha dos frutos devido ao aumento no teor de licopeno, prolonga a vida de prateleira dos mesmos. O presente trabalho tem por objetivo quantificar os efeitos do alelo alc em heterozigose (alc+/alc) nas características de conservação e coloração de frutos do tomateiro em pós-colheita. Adicionalmente, quantificar-se-ão os efeitos dos alelos ogc e hp, também em heterozigose, no sentido de possíveis ganhos adicionais na coloração e firmeza de frutos dos genótipos alc+/alc. MATERIAIS E MÉTODOS Foram estudados 28 genótipos contrastantes de tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill), variáveis quanto ao background genotípico, e quanto à constituição genotípica nos locos alc, ogc e hp (Tabela 1). Dentre eles, incluíram-se cinco linhagens de constituição genotípica alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+, originadas do germoplasma Sunjay, de frutos graúdos e moles. Também foram avaliados vinte e dois híbridos sendo dezenove de constituição alc+/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+, e outros três de constituição alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+, alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp+ e alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp, juntamente com a testemunha Flora-Dade alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+, genótipo normal e quase isogênico ao parental masculino dos dezenove híbridos,TOM559, alc/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+, a exceção do loco alcobaça. O experimento foi instalado em blocos casualizados completos com vinte e oito tratamentos, três repetições e dez plantas por parcela, dispostas em estufa plástica modelo Capela, e conduzido no período de 2006-95 a 06-11-95 em Ijací-MG. Por ocasião das colheitas dos frutos, foram avaliadas o tamanho de cicatriz peduncular, a percentagem de perda de peso ao longo do período de pós-colheita, a relação comprimento/diâmetro, a firmeza e a coloração dos frutos. O tamanho da cicatriz peduncular (CICAT) foi avaliado tomando-se cinco frutos ao acaso em cada parcela, na 4a, 5a, 9a e 13a colheita. As medidas foram feitas com um paquímetro e os valores médios expressos em milímetros. A percentagem de perda de peso dos frutos (% P.P.) foi avaliada em cinco frutos colhidos do 2o e/ou 3o cachos no breaker stage. As avaliações foram feitas tomando-se o peso fresco dos frutos no 5o , 10o e 15o dia após a colheita e os resultados foram expressos em porcentagem de perda de peso relativo ao dia da colheita. A relação comprimento/diâmetro de fruto (C/D) foi determinada em 10 frutos por parcela e por colheita, na 4a, 5a, 9a e 13a colheita. Relações onde C/D<1, C/D=1 e C/D>1, correspondem, respectivamente, aos formatos achatado, redondo (desejável) e oblongo. A firmeza de frutos (FIRM) foi avaliada em cinco frutos/parcela, colhidos no breaker stage, durante um período de 14 dias a intervalos de um dia, de acordo com o método de aplanação descrito por Calbo e Nery (1995). Os resultados de firmeza foram expressos em N/m2. Ciênc. agrotec., Lavras, v.23, n.3, p.569-577, jul./set., 1999 571 TABELA 1 - Valores médios de 3 características de qualidade de fruto de tomate de 28 tratamentos avaliados em experimento conduzido sob estufa plástica no município de Ijaci-MG. UFLA: Lavras-MG, 1995. Tratamentos 1 Genótipo CICAT C/D %P.P.5 %P.P.10 %P.P.15 8.60 B • 14.05 B • 2.70 A 5.56 A 9.48 A 18.55 C ∗ 0.829 F ∗ 5.12 B • alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+ 17.52 B 0.832 F alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+ + + c+ c+ + 1)FLORA-DADE alc /alc og /og hp /hp 2)BPX-336C#0103-bulk 3)BPX-336C#0201-bulk + 17.32 B 0.916 A 4.11 B 7.46 B 9.79 A + + c+ c+ + + 19.78 C 0.842 E 4.38 B 7.39 B 11.45 A 5)BPX-336C#0801-bulk + + c+ c+ + alc /alc og /og hp /hp + 16.42 B 0.869 C 3.78 A 6.83 A 11.07 A 6)BPX-337C#0152-bulk alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+ 4)BPX-336C#0402-bulk alc /alc og /og hp /hp 23.15 D 0.919 A 4.86 B 7.43 B 12.95 B + c+ c+ + + 15.43 A 0.855 D 3.37 A 6.71 A 10.88 A 8)BPX-336B#0201 x TOM-559 + c+ c+ + alc /alc og /og hp /hp + 15.94 A 0.871 C 2.73 A 5.40 A 8.18 A 9)BPX-336B#0402 x TOM-559 alc+/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+ 7)BPX-336B#0103 x TOM-559 alc /alc og /og hp /hp 17.48 B 0.856 D 3.29 A 7.12 A 10.82 A + c+ c+ + + 16.07 A 0.876 C 3.55 A 6.44 A 10.49 A 11)BPX-337B#0152 x TOM-559 + c+ c+ + alc /alc og /og hp /hp + 16.63 B 0.887 B 3.63 A 6.86 A 10.52 A 12)BPX-336B#0301 x TOM-559 alc+/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+ 10)BPX-336B#0801 x TOM-559 alc /alc og /og hp /hp 16.19 A 0.870 C 3.66 A 6.70 A 13.54 B + c+ c+ + + 16.19 A 0.864 C 3.65 A 6.58 A 10.77 A 14)BPX-336B#0702 x TOM-559 + c+ c+ + alc /alc og /og hp /hp + 15.22 A 0.887 B 3.67 A 6.60 A 10.50 A 15)BPX-336B#0903 x TOM-559 alc+/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+ 13)BPX-336B#0502 x TOM-559 alc /alc og /og hp /hp 14.47 A 0.858 D 3.82 A 7.10 A 11.13 A + c+ c+ + + 18.62 C 0.868 C 3.71 A 7.05 A 11.24 A + c+ c+ + + 17.46 B 0.845 E 3.03 A 5.71 A 9.89 A + c+ c+ + + 16.66 B 0.858 D 3.98 B 7.81 B 12.09 B + c+ c+ + + 18.08 C 0.839 E 3.00 A 5.52 A 9.51 A + c+ c+ + + 15.77 A 0.846 E 2.85 A 5.98 A 9.95 A 21)FLORA-DADE x NC-8276 c+ c+ + alc /alc og /og hp /hp + 15.97 A 0.804 G 4.22 B 8.49 B 12.61 B 22)NC-8276 x TOM-559 alc+/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+ 14.20 A 0.823 F 4.65 B 8.60 B 14.34 B 15.10 A 0.832 F 4.33 B 8.44 B 12.38 B 16)BPX-336B#1103 x TOM-559 17)BPX-336B#1302 x TOM-559 18)BPX-336B#1401 x TOM-559 19)BPX-336B#1503 x TOM-559 20)BPX-336B#1703 x TOM-559 23)MARA-5-554 x NC-8276 alc /alc og /og hp /hp alc /alc og /og hp /hp alc /alc og /og hp /hp alc /alc og /og hp /hp alc /alc og /og hp /hp + + + c+ c + + c+ c + alc /alc og /og hp /hp + 24)MARA-4-107 x NC-8276 alc /alc og /og hp /hp 14.76 A 0.844 E 4.18 B 8.13 B 11.82 B 25)NC-EBR-1 x TOM-559 alc+/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+ 15.78 A 0.832 F 3.91 B 7.51 B 13.40 B + c+ c+ + hp /hp + 16.17 A 0.834 F 4.34 B 7.98 B 11.27 A 27)STEVENS x TOM-559 + c+ alc /alc og /og c+ + + 17.20 B 0.874 C 4.49 B 8.66 B 12.12 B 28)PIEDMONT x TOM-559 alc+/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+ 15.61 A 0.824 F 3.94 B 8.17 B 13.96 B 26)NC-EBR-2 x TOM-559 alc /alc og /og hp /hp 1 A cultivar - testemunha Flora-Dade deu origem como background recorrente aos parentais TOM559 (alc/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+), MARA-5-554 (alc/alc ogc/ogc hp+/hp+) e MARA-4-107 (alc/alc ogc/ogc hp/hp) que são pois, isogênicos, exceto nos locos que as acompanham. * Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Scott & Knott. • Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si ao nível de 10% pelo teste de Scott & Knott; CICAT (= tamanho de cicatriz peduncular - mm); C/D (=relação comprimento/diâmetro de fruto); % P.P.5, %P.P.10, %P.P.15 (= perda de água do fruto em base de peso fresco, avaliados a 5, 10 e 15 dias após a colheita, respectivamente - %). Ciênc. agrotec., Lavras, v.23, n.3, p.569-577, jul./set., 1999 572 A coloração de fruto (COL) foi determinada nos mesmos frutos que foram avaliados quanto à perda de peso e firmeza. Os frutos foram avaliados individualmente durante um período de 8 dias por três avaliadores, atribuindo-se notas na escala de 1 a 5, a saber: 1 (frutos no breaker stage ou seja, com poucas listras ou manchas de coloração vermelha); 2 (frutos com 20% a 40% da superfície com coloração vermelha); 3 (frutos com 40% a 60% da superfície com coloração vermelha); 4 (frutos com 60% a 80% da superfície com coloração vermelha) e 5 (frutos com mais de 80% da superfície com coloração vermelha). RESULTADOS E DISCUSSÃO Frutos alc+/alc tiveram reduzida cicatriz peduncular em relação aos dos genótipos normais testados (Flora-Dade e parentais femininos BPX-336C#0103bulk, BPX-336C#0201bulk, BPX-336C#0402bulk, BPX-336C# 0801bulk e BPX-337C#0152bulk). De um modo geral a grande maioria dos frutos alc+/alc tiveram cicatriz peduncular que foram de tamanhos inferiores aos de Flora-Dade. Apenas os frutos alc+/alc dos híbridos BPX336B#1103xTOM-559 e BPX-336B#1503xTOM-559, tiveram cicatriz peduncular de tamanho semelhante aos da testemunha normal Flora-Dade. (Tabela 1). Os frutos dos híbridos quase isogênicos, FLORA-DADExNC8276 (alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+), NC-8276xTOM559 (alc+/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+), MARA-5-554xNC8276 (alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp+) e MARA-4-107xNC8276 (alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp), apresentaram reduzidos tamanhos de cicatriz peduncular, refletindo a boa capacidade de combinação da linha NC-8276 quanto a esta característica. Também esses tamanhos de cicatriz peduncular não diferiram entre si, indicando para esta característica a ausência de efeitos dos genótipos ogc+/ogc e hp+/hp, respectivamente, sobre os genótipos alc+/alc e alc+/alc ogc+/ogc. A relação comprimento/diâmetro do fruto (C/D), indicativa do seu formato, foram ligeiramente maiores nas linhagens de BPX-336 e BPX-337 (alc+/alc+), e nos híbridos alc+/alc envolvendo estas linhagens (Tabela 1) do que na testemunha Flora-Dade. Todas estas linhagens e híbridos superaram na relação C/D de frutos, a testemunha Flora-Dade, que apresentou frutos levemente achatados. Os demais híbridos alc+/alc de um modo geral, pouco diferiram entre si e da testemunha Flora-Dade quanto a esta característica. Estes resultados indicam a variabilidade existente entre as linhas de BPX-336 e BPX-337 que as tornam promissoras para seleção de frutos graúdos e com relações C/D mais próxima de ‘1’ (valores mais desejáveis). Os valores de heterose relativos à média dos pais variaram de -0.2% a +3.2%, indicando uma ação gênica predominantemente aditiva no controle deste caráter, o que está de acordo com os resultados obtidos por Souza (1995). As perdas de peso (% P.P.) dos frutos alc+/alc, obtidos do cruzamento de linhagens BPX-336 e BPX337 (alc+/alc+) com TOM-559 (alc/alc), foram geralmente inferiores às de Flora-Dade (alc+/alc+), nas avaliações do 5o, 10o e 15o dia (Tabela 1). Os outros híbridos (alc+/alc) foram de um modo geral semelhantes à testemunha Flora-Dade (alc+/alc+). Estes resultados indicam uma boa capacidade de combinação das linhas de BPX-336 e BPX-337 com TOM-559 quanto à esta característica, bem como um possível efeito do genótipo alc+/alc em reduzir as perdas de peso, relativamente ao genótipo alc+/alc+ das linhas BPX-336 e BPX-337. Perdas de 4% que segundo Leal (1973), são suficientes para depreciar os frutos, foram observadas já no 5o dia após a colheita, nos frutos da testemunha Flora-Dade (alc+/alc+), das linhas BPX-336 e BPX-337 e de todos os outros híbridos que não envolveram BPX-336 ou BPX-337 como parental feminino. Por outro lado a maioria dos híbridos (alc+/alc) envolvendo estas últimas linhagens tiveram perdas de peso inferiores a 4%. Apenas o híbrido BPX-336B#1401xTOM-559 (alc+/alc) obteve perda de peso dos frutos, semelhante aos de Flora-Dade (Tabela 1). O fato de alguns híbridos alc+/alc ter apresentado maiores ou menores perdas de peso dos frutos, reforçam a hipótese de um possível efeito do background genético sobre esta característica. Contudo, um efeito correlacionado do alelo alc no sentido de reduzir a perda de peso dos frutos, parece ser evidente nos híbridos alc+/alc de BPX-336 e BPX-337 com TOM-559. É possível pois, que o genótipo alc+/alc reduz a perda de peso e o tamanho de cicatriz peduncular do fruto de tomate, explicando em parte sua maior conservação em pós-colheita. Resultados sobre o efeito do genótipo alc+/alc, no sentido de aumentar a firmeza de frutos, foram obtidos por Souza (1995), que verificou a superioridade desses híbridos em relação à testemunha Flora-Dade alc+/alc+ (isogênica ao parental TOM-559 alc/alc). O autor constatou que os frutos do híbrido PIEDMONTxTOM-559 alc+/alc, dentre outros, tiveram firmeza intermediária aos dos parentais alc+/alc+ e alc/alc, em virtude da incompleta recessividade do alelo alc (Tabela 2, Figura 4). Neste estudo, através de contrastes entre híbridos alc+/alc e a cultivar testemunha Flora-Dade alc+/alc+ ilustra-se na Tabela 2 e Figuras 3 e 1, que os frutos dos híbridos tiveram uma firmeza superior ou pelo menos semelhante aos da testemunha Flora-Dade, considerada de firmeza aceitável. Os frutos dos híbridos BPX-336B#0903xTOM-559 alc+/alc, BPX-336B#1503xTOM-559 alc+/alc e BPX336B#1703xTOM-559 alc+/alc, foram mais firmes do que os de Flora-Dade alc+/alc+; assim como outros hí- Ciênc. agrotec., Lavras, v.23, n.3, p.569-577, jul./set., 1999 573 bridos (FLORA-DADExNC-8276 alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+, NC-8276xTOM-559 alc+/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+, MARA-5-554xNC-8276 alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp+, MARA-4-107xNC-8276 alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp, NC-EBR-1xTOM559 alc+/alc, NC-EBR2xTOM-559 alc+/alc, STEVENSxTOM-559 alc+/alc e PIEDMONTxTOM-559 alc+/alc), também obtiveram frutos tão firmes quanto aos da testemunha normal Flora-Dade. Não se verificaram efeitos dos alelos ogc e hp em heterozigose, no sentido de incrementar a firmeza de frutos de genótipo alc+/alc, o que se infere pela não significância dos contrastes [(NC-8276xTOM-559 alc+/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+) vs (MARA-5-554xNC-8276 alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp+)] e [(MARA-5-554xNC-8276 alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp+) vs (MARA-4-107xNC-8276 alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp)], respectivamente, na Tabela 2, Figuras 2 e 3. Souza (1995) avaliando a textura de seis híbridos alc+/alc, através de penetrômetro, encon- trou apenas um, com frutos mais firmes relativamente à média dos pais. Cinco híbridos porém apresentaram frutos com textura inferior à média dos pais. Apesar dos resultados deste autor indicarem um efeito de heterose no sentido de reduzir o valor da textura dos frutos, parece improvável que se trate de efeito do alelo alc, uma vez que em medidas de firmeza pelo método de aplanação, neste estudo, este alelo favoreceu ao incremento da firmeza dos frutos. Não é de se esperar que resultados de firmeza obtidos pelo penetrômetro, ou outro equipamento, sempre coincidam com os obtidos pelo método de aplanação, face às diferentes propriedades físicas do material vegetal em estudo. Assim, os efeitos de heterose encontradas neste estudo (+15.4% a +35.7%), no sentido de aumentar a firmeza dos frutos, mostram a viabilidade do uso de híbridos alc+/alc, cujos frutos apresentam maior firmeza decorrente do alelo alc em heterozigose. TABELA 2 - Níveis de significância (α) com respectivas indicações das figuras, para diferentes contrastes envolvendo alguns híbridos e a testemunha Flora-Dade, avaliados quanto a firmeza e coloração de frutos de tomate, em experimento conduzido no município de Ijaci-MG. UFLA: Lavras-MG, 1995. Firmeza (período de 14 dias) Contrastes (α α) Figura Coloração (período de 8 dias) (α α) Figura 01 (FLORA-DADE x NC-8276) vs (FLORA-DADE) 0.145 1 0.035 5 02 (FLORA-DADE x NC-8276) vs (NC-8276 x TOM-559) 0.001 1 0.001 5 03 (FLORA-DADE x NC-8276) vs (MARA-5-554 x NC-8276) ns ns 0.001 6 04 (FLORA-DADE x NC-8276) vs (MARA-4-107 x NC-8276) ns ns 0.001 7 05 (NC-8276 x TOM-559) vs (FLORA-DADE) 0.035 2 0.035 8 06 (NC-8276 x TOM-559) vs (MARA-5-554 x NC-8276) ns 2 ns 8 07 (NC-8276 x TOM-559) vs (MARA-4-107 x NC-8276) ns ns 0.054 9 08 (MARA-5-554 x NC-8276) vs (FLORA-DADE) 0.035 3 0.035 10 09 (MARA-5-554 x NC-8276) vs (MARA-4-107xNC-8276) ns 3 0.029 10 10 (MARA-4-107 x NC-8276) vs (FLORA-DADE) 0.145 3 0.145 10 11 (PIEDMONT) vs (PIEDMONTxTOM559)* 0.109 4 ns ns 12 (PIEDMONT) vs (TOM-559)* 0.001 4 ns ns 13 (PIEDMONT x TOM-559) vs (TOM-559)* 0.109 4 ns ns * Dados extraídos de Souza (1995); ns/ Nível de significância > 0.183 pelo teste de Friedman. Ciênc. agrotec., Lavras, v.23, n.3, p.569-577, jul./set., 1999 574 FIGURA 1 FIGURA 2 2 N/m ) 0,5 2 N/m ) 0,5 0,4 5 5 0,4 0,3 0,3 0,2 0,2 0,1 0,1 0 0 0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 DIAS APÓS A COLHEITA 8 10 12 FLORA-DADE X NC-8276 NC-8276 X TOM-559 MARA-5-554 X NC-8276 NC-8276 X TOM-559 FLORA-DADE TOM-559 * FLORA-DADE TOM-559* FIGURA 3 14 FIGURA 4 0,5 2 2 N/m ) 0,5 N/m ) 6 DIAS APÓS A COLHEITA 0,4 5 5 0,4 0,3 0,3 0,2 0,2 0,1 0,1 0 0 0 2 4 6 8 10 12 0 14 2 4 6 8 10 12 14 DIAS APÓS A COLHEITA DIAS APÓS A COLHEITA MARA-5-554 X NC-8276 MARA-4-107 X NC-8276 PIEDMONT* PIEDMONT X TOM-559* FLORA-DADE TOM-559 * TOM-559 * FLORA-DADE* FIGURAS 1 A 4 - Firmeza de frutos de tomate (x105 N/m2), colhidos no breaker stage, ao longo de 14 dias após a colheita. UFLA: Lavras-MG, 1995. (*) Dados extraídos de Souza (1995). Os contrastes [(BPX-336B#0201xTOM-559 alc+/alc) vs (BPX-336C#0201bulk alc+/alc+)], [(BPX336B#0402xTOM-559 alc+/alc) vs (BPX+ + 336C#0402bulk alc /alc )], [(BPX-336B#0801xTOM559 alc+/alc) vs (BPX-336C#0801bulk alc+/alc+)] e [(BPX-337B#0152xTOM-559 alc+/alc) vs (BPX337C#0152bulk alc+/alc+)], foram todos significativos pelo teste de Friedman, evidenciando um leve retardamento da coloração dos frutos híbridos heterozigotos no loco alcobaça, em relação aos frutos da respectiva linhagem maternal. Apenas no contraste [(BPX336B#0103xTOM-559 alc+/alc) vs (BPX-336C#0103 bulk alc+/alc+)], essa evidência não foi significativa (α= 0.183). Verificou-se o retardamento na coloração dos frutos híbridos alc+/alc, através do contraste entre os tratamentos quase isogênicos [(FLORA-DADExNC8276 alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+) vs (NC-8276xTOM559 alc+/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+), onde os tratamentos diferem apenas no loco alcobaça (Tabela 2, Figura 5). Embora exista o efeito do genótipo alc+/alc no sentido de promover um leve retardamento na coloração dos frutos (Lobo et al., 1985), tal efeito não permite visualizar diferenças marcantes entre os frutos alc+/alc e normais alc+/alc+ (Lobo et al., 1985; Mutschler et al., 1992 e Resende, 1995). De modo semelhante, neste trabalho também não foram notadas diferenças visuais marcantes quanto à esta característica entre os frutos alc+/alc e alc+/alc+, uma vez que todos os frutos de todos genótipos foram comerciáveis. O contraste [(NC-8276xTOM-559 alc+/alc c+ og /ogc+ hp+/hp+) vs (MARA-5-554xNC-8276 alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp+) (Tabela 2 e Figura 8), onde os tratamentos diferem apenas no loco ogc, não evidenciou efeito do genótipo ogc+/ogc sobre o genótipo alc+/alc, no sentido de incrementar a coloração dos frutos. Esse fato pode ser explicado pela pouca expressão deste alelo Ciênc. agrotec., Lavras, v.23, n.3, p.569-577, jul./set., 1999 575 em heterozigose, uma vez que o maior acúmulo de licopeno promovido por este alelo ocorre no estado homozigoto recessivo (ogc/ogc) (Piccinino e Scott, 1985 e Resende, 1995). Resende (1995) relata que o aumento no teor de licopeno nos frutos, promovido pelo genótipo ogc+/ogc, pode conferir excelente coloração em frutos de determinados backgrounds. Já o alelo hp do genótipo heterozigoto analisado pelo contraste [(MARA-5554xNC-8276 alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp+) vs (MARA-4107xNC-8276 alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp)] (Tabela 2, Figura 10), incrementou a coloração dos frutos. No entanto, o pequeno efeito na coloração, encontrado nos frutos do híbrido MARA-4-107xNC-8276 alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp em relação aos do híbrido MARA-5554xNC-8276 alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp+, talvez deva-se a efeitos menores do alelo hp em heterozigose, uma vez que este expressa melhor seu fenótipo em homozigose recessiva (Kopeliovitch et al., 1979). Por outro lado, o híbrido FLORA-DADExNC-8276 alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+ em contraste com o parental Flora-Dade alc+/alc+ ogc+/ogc+ hp+/hp+ (Tabela 2 e Figura 5), demonstrou um efeito do background de NC-8276, favorecendo à uma coloração mais intensa nos frutos híbridos. Este resultado pode explicar o menor efeito do genótipo hp+/hp sobre a coloração dos frutos nesses genótipos envolvidos. Os efeitos dos genótipos ogc+/ogc e ogc+/ogc hp+/hp, não foram suficientemente expressivos nos híbridos com NC-8276 como progenitor, a ponto de favorecerem, respectivamente, os frutos de MARA-5-554xNC-8276 alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp+ e MARA-4-107xNC-8276 alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp, a um incremento na intensidade da coloração, relativamente à sua contrapartida alc+/alc ogc+/ogc+ hp+/hp+ (NC-8276xTOM559) (Tabela 2, Figuras 6 e 7). O efeito do alelo alc parece ter sido o responsável pelo retardamento na coloração de frutos nestes três híbridos, comparados aos da testemunha Flora-Dade (Tabela 2, Figuras 8 e 9). A coloração dos frutos híbridos alc+/alc estudada por Souza (1995), mostrou-se sempre intermediária aos dos parentais alc+/alc+ e alc/alc no período considerado, decorrente do efeito de dominância parcial do alelo alc, no sentido de retardar a coloração. Neste estudo as estimativas de heterose em relação à média dos pais (-25.6% a -5.9%), realizadas com os dados das linhas maternais testadas e os de Flora-Dade, isogênico ao parental TOM-559, também indicaram uma ação gênica de dominância parcial do alelo alc, no sentido de retardar a coloração vermelha dos frutos. Tais resultados sugerem a possibilidade do uso de híbridos alc+/alc, seja quando obtidos de genitores com bom background para coloração vermelha de frutos, ou ainda, com o uso de genes de coloração como ogc e hp (Resende, 1995), os quais conferem algum efeito no sentido de incrementar a coloração, em função do background envolvido. A vantagem adicional do alelo alc sobre o rin e nor por exemplo, se refere às condições favoráveis de coloração vermelha e ausência de efeitos deletérios nos teores de sólidos solúveis totais dos frutos (Resende, 1995), promovidas pelo alelo em apreço. Tais frutos permanecerão mais firmes após colhidos, durante os processos de embalagem, transporte e armazenamento, características que contribuiriam para o aumento de sua conservação pós-colheita. CONCLUSÕES Em heterozigose o genótipo alc+/alc tem efeitos no sentido de aumentar a firmeza de frutos, reduzir o tamanho de cicatriz peduncular e a perda de peso dos mesmos. O genótipo alc+/alc promoveu um leve retardamento na coloração vermelha dos frutos, embora não a tenha impedindo nem a tenha prejudicado substancialmente. Os alelos ogc e hp em heterozigose não contribuíram para aumentar a firmeza dos frutos no background testado; não reduziram o tamanho de cicatriz peduncular e perda de peso dos frutos, respectivamente, nos genótipos alc+/alc e alc+/alc ogc+/ogc. O alelo ogc em heterozigose não conferiu incremento na coloração dos frutos, enquanto que o alelo hp o fez. O uso de híbridos heterozigotos no loco alcobaça é vantajoso por propiciar frutos firmes, com estendida vida pós-colheita e de coloração vermelha; genótipos como alc+/alc ogc+/ogc hp+/hp poderão promover ainda uma ligeira melhora na coloração dos frutos maduros relativamente ao alc+/alc somente. AGRADECIMENTOS Os autores expressam seus agradecimentos aos Departamentos de Agricultura e Biologia da Universidade Federal de Lavras; ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq; à Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG; a empresa HortiAgro Sementes Ltda e à Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão FAEPE. Ciênc. agrotec., Lavras, v.23, n.3, p.569-577, jul./set., 1999 576 FIGURA 5 FIGURA 6 5 COLORAÇÃO (Nota 1- 5) COLORAÇÃO (Nota 1- 5) 5 4 3 2 1 4 3 2 1 0 0 1 2 3 4 5 6 7 1 8 2 3 FLORA-DADE X NC-8276 FLORA-DADE NC-8276 X TOM-559 FLORA-DADE X NC-8276 FLORA-DADE FIGURA 7 6 7 8 MARA-5-554 X NC-8276 FIGURA 8 COLORAÇÃO (Nota 1- 5) COLORAÇÃO (Nota 1- 5) 5 5 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 4 3 2 1 0 8 1 2 3 DIAS APÓS A COLHEITA FLORA-DADE X NC-8276 FLORA-DADE 4 5 6 7 8 DIAS APÓS A COLHEITA MARA-4-107 X NC-8276 MARA-5-554 X NC-8276 FLORA-DADE FIGURA 9 NC-8276 X TOM-559 FIGURA 10 5 5 COLORAÇÃO (Nota 1- 5) COLORAÇÃO (Nota 1- 5) 4 DIAS APÓS A COLHEITA DIAS APÓS A COLHEITA 4 3 2 1 4 3 2 1 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 DIAS APÓS A COLHEITA MARA-4-107 X NC-8276 FLORA-DADE NC-8276 X TOM-559 1 2 3 4 5 6 7 8 DIAS APÓS A COLHEITA MARA-5-554 X NC-8276 FLORA-DADE MARA-4-107 X NC-8276 FIGURAS 5 A 10 - Notas de coloração de frutos de tomate colhidos no breaker stage, ao longo de 8 dias após a colheita. UFLA: Lavras-MG, 1995. Ciênc. agrotec., Lavras, v.23, n.3, p.569-577, jul./set., 1999 577 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CALBO, A.G.; NERY, A.A. Medida de firmeza em hortaliças pela técnica de aplanação. Horticultura Brasileira, Brasília, v.13, n.1, p.14 -18, maio 1995. CHITARRA, M.I.F.; CHITARRA, A.B. Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. Lavras: ESAL/FAEPE, 1990. 320p. KHUDAIRI, A.K. The ripening of tomatoes. American Scientist, New Haven, v.60, n.6, p.696-702, Nov./Dec. 1972. KOPELIOVITCH, E.; MIZRAHI, Y.; RABINOWITCH, H.D.; KEDAR, N. Effect of the fruit-ripening mutant genes rin and nor on the flavor of tomato fruit. Journal of the American Society for Horticultural Science, Alexandria, VA, v.107, n.3, p.361-364, May 1982. KOPELIOVITCH, E.; RABINOWITCH, H.D.; MIZRAHI, Y.; KEDAR, N. The potential of ripening mutants for extending the storage life of the tomato fruit. Euphytica, Wageningem, v.28, n.1, p.99-104, Feb. 1979. LAMPE, C.; WATADA, A.E. 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