Arquivado perante a Securities and Exchange Commission em 28 de abril de 2015 UNITED STATES SECURITIES AND EXCHANGE COMMISSION Washington, DC 20549 FORMULÁRIO 20-F RELATÓRIO ANUAL EM CONFORMIDADE COM A SEÇÃO 13 OU 15(d) DO SECURITIES EXCHANGE ACT DE 1934 Para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014 Número de arquivamento na Comissão: 001-14668 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL (Nome Exato do Solicitante de Registro de acordo com o Especificado em Seu Estatuto) Energy Company of Paraná República Federativa do Brasil (Tradução em Inglês do Nome do Solicitante de Registro) (Jurisdição da Constituição ou Organização) Rua Coronel Dulcídio, 800 80420-170 Curitiba, Paraná, Brasil (Endereço da Sede) Luiz Fernando Leone Vianna +55 41 3222 2027 – [email protected] Rua Coronel Dulcídio, 800, 3º andar – 80420 - 170 Curitiba, Paraná, Brasil (Nome, telefone, e-mail e/ou número de fax e endereço da pessoa de contato da companhia) Títulos mobiliários registrados ou a serem registrados conforme a Seção 12(b) do Act: Título de Cada Classe Nome das Bolsas de Valores em que estão registrados Ações Preferenciais Classe B, sem valor nominal * American Depositary Shares (representadas por American Depositary Receipts), cada título representando uma Ação Preferencial Classe B Bolsa de Valores de Nova Iorque Bolsa de Valores de Nova Iorque * Não para negociação, mas somente com relação ao registro de American Depositary Shares na Bolsa de Valores de Nova Iorque Títulos registrados ou a serem registrados conforme a Seção 12(g) do Act: Nenhum Títulos para os quais há uma obrigação de comunicação de acordo com a Seção 15(d) do Act: Nenhum Indique o número de ações em circulação de cada uma das classes de capital ou ações ordinárias do Emitente em 31de dezembro de 2014: 145.031.080 Ações Ordinárias, sem valor nominal 380.291 Ações Preferenciais Classe A, sem valor nominal 128.244.004 Ações Preferenciais Classe B, sem valor nominal Indique se o interessado é um emitente experiente e conhecido, conforme definido na Norma 405 do Securities Act. Sim Não Se este relatório é um relatório anual ou de transição, indique se o interessado não é obrigado a arquivar relatórios conforme a Seção 13 ou 15(d) do Securities Exchange Act de 1934. Sim Não Indique se o interessado (1) protocolou todos os relatórios exigidos pela Seção 13 ou 15(d) do Securities Exchange Act de 1934 durante os 12 meses precedentes (ou por períodos menores em que o interessado era obrigado a protocolar tais relatórios) e (2) esteve sujeito a tais requisitos de protocolamento durante os últimos 90 dias. Sim Não Indique se o interessado protocolou eletronicamente e publicou em seu sítio eletrônico, se houver, todos os Arquivos Interativos de Dados de protocolo e publicação obrigatórios conforme a Norma 405 do Regulamento S-T (§232.405 desse capítulo) durante os 12 meses precedentes (ou por períodos menores em que o interessado era obrigado a protocolar tais arquivos). N/A Indique se o interessado é um large accelerated filer, um accelerated filer, ou um non-accelerated filer. Ver definição de "accelerated filer e large accelerated filer” na Norma 12b-2 do Securities Exchange Act de 1934. (Marque uma opção): Large accelerated filer Accelerated filer Non-accelerated filer Indique qual base de contabilidade o interessado usou para preparar as demonstrações financeiras contidas neste arquivamento: U.S. GAAP (PCGA nos EUA) IFRS Outra Se a opção “outra” foi marcada em resposta à questão anterior, indique qual item de demonstrações financeiras o interessado decidiu observar. N/A Se este é um relatório anual, indique se o interessado é uma shell company (conforme definido na Norma 12b-2 do Securities Exchange Act de 1934). Sim Não Sumário Página Apresentação de Informações Financeiras e Outras Informações .................................................................................2 Declarações Sobre o Futuro ...........................................................................................................................................2 Item 1. Identidade dos Conselheiros, da Alta Direção e dos Consultores ...........................................................3 Item 2. Estatísticas de Oferta e Cronograma Esperado........................................................................................3 Item 3. Informações Principais ............................................................................................................................4 Informações Financeiras Selecionadas ....................................................................................................4 Taxas de Câmbio .....................................................................................................................................5 Fatores de Risco ......................................................................................................................................6 Item 4. Informações Sobre a Companhia........................................................................................................... 17 A Companhia......................................................................................................................................... 17 O Setor Elétrico Brasileiro .................................................................................................................... 46 Item 4A. Comentários em Aberto......................................................................................................................... 61 Item 5. Revisão e Perspectivas Operacionais e Financeiras .............................................................................. 61 Item 6. Conselheiros, Diretores e Empregados.................................................................................................. 81 Item 7. Principais Acionistas e Transações com Partes Relacionadas ............................................................... 87 Transações com Partes Relacionadas .................................................................................................... 90 Item 8. Informações Financeiras........................................................................................................................ 90 Ações Judiciais ...................................................................................................................................... 91 Pagamento de Dividendos ..................................................................................................................... 92 Item 9. A Oferta e Listagem .............................................................................................................................. 95 Item 10. Informações Adicionais ......................................................................................................................... 97 Estatuto Social ....................................................................................................................................... 97 Contratos Relevantes ........................................................................................................................... 100 Controles de Câmbio ........................................................................................................................... 100 Tributação ........................................................................................................................................... 101 Dividendos e Agentes Pagadores ........................................................................................................ 107 Documentos à Disposição ................................................................................................................... 107 Item 11. Revelações Quantitativas e Qualitativas sobre Riscos do Mercado .................................................... 107 Item 12. Descrição de Outros Títulos Mobiliários............................................................................................. 107 Item 12A. Títulos de Dívida ................................................................................................................................. 107 Item 12B. Garantias e Direitos ............................................................................................................................. 107 Item 12C. Outros Títulos ...................................................................................................................................... 107 Item 12D. American Depositary Shares ............................................................................................................... 107 Item 13. Inadimplementos, Atrasos de Dividendos e Infrações Não Aplicáveis ............................................... 108 Item 14. Modificações Relevantes dos Direitos dos Portadores de Títulos e Uso dos Produtos de Venda ....... 108 Item 15. Controles e Procedimentos .................................................................................................................. 108 Item 16A. Especialista financeiro do Comitê de Auditoria .................................................................................. 109 Item 16B. Código de Ética ................................................................................................................................... 109 Item 16C. Honorários e Serviços do Auditor Principal – Honorários de Auditoria e Outros .............................. 110 Item 16D. Dispensa dos Padrões de Listagem para Comitês de Auditoria........................................................... 110 Item 16E. Compras de Ações pelo Emitente e por Compradores Coligados ....................................................... 110 Item 16F. Mudanças no Contador Certificador da Companhia ........................................................................... 110 Item 16G. Governanla Corporativa ...................................................................................................................... 111 Item 17. Demonstrações Financeiras ................................................................................................................. 112 Item 18. Demonstrações Financeiras ................................................................................................................. 112 Item 19. Anexos................................................................................................................................................. 112 Glossário de Termos Técnicos e Outros Termos .......................................................................................................114 Assinaturas ................................................................................................................................................................121 i APRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E OUTRAS INFORMAÇÕES Neste Relatório Anual, referimo-nos à Companhia Paranaense de Energia – Copel e, a menos que de outro modo exigido pelo contexto, às suas subsidiárias consolidadas, como “Copel”, a “Companhia”, “nós” ou “nos”. As referências a (i) “real”, “reais” ou “R$ ” dizem respeito a reais brasileiros (plural) e ao real brasileiro (singular), e a (ii) “dólares americanos”, “dólares” ou “US$” dizem respeito aos dólares dos Estados Unidos. Mantemos nossos livros e registros em reais. Alguns números incluídos neste relatório anual foram submetidos a ajustes de arredondamento. As demonstrações financeiras consolidadas da Copel em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012, e para cada período de três anos encerrado em 31 de dezembro de 2014 foram auditadas, conforme apresentado neste documento, e estão incluídas neste Relatório Anual. Preparamos nossas demonstrações financeiras consolidadas incluídas neste Relatório Anual de acordo com os Padrões Internacionais de Divulgação Financeira (International Financial Reporting Standards), ou IFRS, publicados pelo Conselho Internacional de Padrões de Contabilidade (International Accounting Standards Board), ou IASB. As referências neste Relatório Anual a “Ações Ordinárias”, “Ações Classe A” e “Ações Classe B” dizem respeito às nossas ações ordinárias, ações preferenciais classe A e ações preferenciais classe B, respectivamente. Referências ao “American Depositary Shares” ou “ADSs” dizem respeito ao American Depositary Shares, cada um representando uma ação classe B. As ADSs são representadas por American Depositary Receipts (“ADRs”). Alguns termos são definidos na primeira vez em que são usados neste Relatório Anual. Como usados no presente documento, “GW” e “GWh” significam, respectivamente, gigawatt e gigawatts-horas; “kW” e “kWh” significam, respectivamente, quilowatt e quilowatts-horas, “MW” e “MWh” significam, respectivamente, megawatt e megawatts-horas, e “kV” significa quilovolt. Esses e outros termos técnicos estão definidos no glossário técnico que começa na página 115. DECLARAÇÕES SOBRE O FUTURO Este Relatório Anual contém declarações sobre o futuro. Também podemos fazer comentários escritos ou orais sobre o futuro em nosso relatório anual aos acionistas, em nossas circulares e nossos prospectos de oferta, em press releases e em outros materiais escritos e em comentários orais feitas por nossos conselheiros, diretores ou empregados. Essas afirmações não são fatos históricos e são baseadas na percepção e nas estimativas atuais da administração sobre circunstâncias econômicas futuras, condições setoriais, desempenho da Companhia e resultados financeiros. As palavras “espera”, “acredita”, “estima”, “projeta”, “planeja” e expressões similares, no que dizem respeito à Companhia, servem para identificar afirmações sobre o futuro. Afirmações sobre declaração ou pagamento de dividendos, implementação das principais estratégias operacionais e financeiras e planos de investimento de capital, direção de operações futuras e fatores ou tendências que afetam a condição financeira, a liquidez ou os resultados operacionais são exemplos de afirmações sobre o futuro.As afirmações sobre o futuro são válidas somente na data em que são feitas, e não assumimos qualquer obrigação de atualizar publicamente quaisquer delas à luz de novas informações ou eventos futuros. As declarações sobre o futuro envolvem apenas a perspectiva atual da administração e estão sujeitas a vários riscos e incertezas a elas inerentes. Não há garantia de que eventos, tendências ou resultados esperados vão efetivamente ocorrer. Chamamos sua atenção para o fato de que uma série de importantes fatores pode fazer com que os resultados efetivos sejam diferentes, de modo relevante, dos contidos em qualquer afirmação sobre o futuro. Tais fatores incluem os seguintes, mas a eles não se limitam: • condições políticas e econômicas no Brasil; • condições econômicas no Estado do Paraná; • desdobramentos em outros países emergentes; 2 • nossa capacidade de obter financiamento; • ações judiciais; • condições técnicas e operacionais relativas ao fornecimento de serviços de energia; • mudanças ou dificuldades em adaptar-se a regulamentos governamentais; • concorrência; • escassez de energia; e • outros fatores discutidos abaixo em “Item 3. Informações Principais—Fatores de Risco”. Todas as declarações sobre o futuro envolvem expressamente, em sua totalidade, a ressalva objeto deste alerta, e você não deve confiar em nenhuma afirmação sobre o futuro contida neste Relatório Anual. Item 1. Identidade dos Conselheiros, da Alta Direção e dos Consultores Não aplicável. Item 2. Estatísticas de Oferta e Cronograma Esperado Não aplicável. 3 Item 3. Informações Principais INFORMAÇÕES FINANCEIRAS SELECIONADAS As informações contidas nesta seção devem ser lidas em conjunto com nossas demonstrações financeiras consolidadas anuais (incluindo as respectivas notas) e com as seções “Apresentação de Informações Financeiras e Outras Informações” e “Item 5. Revisão e Perspectivas Operacionais e Financeiras”. Incluímos informações relativas a dividendos e juros atribuíveis ao patrimônio líquido pagos aos portadores de nossas ações ordinárias e preferenciais desde 1º de janeiro de 2010, de acordo com o "Item 8. Informações Financeiras – Pagamento de Dividendos". Para os exercícios encerrados em 31 de dezembro 2014 Dados da Demonstração de Resultado: 13.919 Receitas operacionais ............................................................................................ Custo de vendas e serviços................................................................ (11.165) Lucro bruto ................................................................................................ 2.754 Receitas/despesas operacionais................................................................(1.044) Lucro antes de resultados financeiros e impostos................................ 1.710 148 Resultados financeiros........................................................................................... 1.858 Lucro antes de imposto de renda e contribuição social ................................ 2013 2012 (milhões de R$ ) 9.180 (7.038) 2.142 (916) 1.226 280 1.506 8.493 (6.540) 1.953 (953) 1.000 (27) 973 2011 7.776 (5.457) 2.319 (961) 1.358 226 1.584 2010(1) 6.901 (4.976) 1.925 (893) 1.032 348 1.380 Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro ................................(522) 1.336 Lucro líquido do exercício ................................................................ (405) (246) (407) (370) 1.101 727 1.177 1.010 Dados do Balanço Patrimonial: 5.218 Ativo circulante................................................................................................ 1.344 Conta de Resultados a Compensar (CRC)(2) ................................ 8.261 Ativo não circulante............................................................................................... 8.304 Ativo imobilizado (líquido) ................................................................ Ativo total................................................................................................ 25.618 Empréstimos, financiamentos e debêntures (atuais) ................................1.299 4.055 Passivo circulante ................................................................................................ 4.680 1.381 7.224 7.984 23.111 1.015 3.348 4.682 1.384 6.297 7.872 21.209 274 2.833 3.700 1.346 5.656 7.209 18.837 116 2.058 4.158 1.341 4.805 6.664 17.859 704 2.537 Empréstimos, financiamentos e debêntures (longo prazo) ................................ 4.755 3.517 2.988 2.058 1.281 7880 Passivo não circulante ........................................................................................... 13.683 Patrimônio líquido ................................................................................................ 13.331 Atribuível aos acionistas controladores.............................................................. 352 Atribuível a participações não controladoras................................ Capital social ................................................................................................6.910 6.835 12.929 12.651 277 6.910 6.014 12.362 12.097 265 6.910 4.701 12.078 11.835 243 6.910 4.027 11.296 11.030 266 6.910 (1) (2) Não comparável com o atual GAAP. Os dados referentes a 2010 não foram atualizados na aplicação do IAS 19 – Benefícios aos Funcionários (conforme revisado em 2011) e IFRS 11 – acordos de empreendimento conjunto. Em particular, os dados referentes a 2010 reflecem os resultados do empreendimento conjunto Dominó Holdings S.A através da consolidação proporcional em 2010, em oposição ao método de equivalência patrimonial aplicável em 2014, 2013, 2012 e 2011. Montantes devidos pelo Estado do Paraná que foram incluídos no ativo circulante totalizaram R$ 94,6 milhões em 2014, R$ 85,5 milhões em 2013, R$ 75,9 milhões em 2012, R$ 65,9 milhões em 2011 e R$ 58,8 milhões em 2010. Montantes devidos pelo Estado do Paraná que foram incluídos no ativo não circulante totalizaram R$ 1.249,5 milhões em 2014, R$ 1.295,1 milhões em 2013, R$ 1.308,4 milhões em 2012, R$ 1.280,6 milhões em 2011 e R$ 1.282,4 milhões em 2010. Vide Nota 8 das demonstrações financeiras consolidadas. Esse item inclui tanto os créditos correntes como os de longo prazo da CRC. 4 2014 2013 2012 (R$) 2011 2010 Lucro básico e diluído por ação: Ações ordinárias.................................................................................................... Ações preferenciais Classe A ............................................................................... Ações preferenciais Classe B ............................................................................... 4,21 4,63 4,63 3,74 4,49 4,12 2,44 4,17 2,69 4,04 5,33 4,44 3,45 5,20 3,79 Número de ações em circulação ao fim do exercício (em milhares): Ações ordinárias.................................................................................................... Ações preferenciais Classe A ............................................................................... Ações preferenciais Classe B ............................................................................... Total ....................................................................................................................... 145.031 380 128.244 273.655 145.031 381 128.243 273.655 145.031 381 128.243 273.655 145.031 384 128.240 273.655 145.031 390 128.234 273.655 Dividendos por ação ao fim do exercício: Ações ordinárias.................................................................................................... Ações preferenciais Classe A ............................................................................... Ações preferenciais Classe B ............................................................................... 2,17 2,53 2,39 1,96 2,53 2,15 0,94 2,53 1,03 1,47 2,53 1,62 0,98 2,53 1,08 TAXAS DE CÂMBIO A tabela seguinte apresenta informações sobre a taxa de câmbio para venda, expressa em reais por dólar americano (R$ /US$), nos períodos indicados. Ano 2010 ................................................................................................................... 2011 ................................................................................................................... 2012 ................................................................................................................... 2013 ................................................................................................................... 2014 ................................................................................................................... Taxa de câmbio da moeda brasileira por US$1,00 Fim do Mínimo Máximo Média(1) período 1,6554 1,8811 1,7589 1,6662 1,5345 1,9016 1,6709 1,8758 1,7024 2,1121 1,9588 2,0435 1,9528 2,4457 2,1741 2,3426 2,1974 2,7403 2,3599 2,6562 ____________ Fonte: Banco Central. (1) Representa a média das taxas de câmbio no último dia de cada mês do período. Mês Dezembro de 2014 .......................................................................................... Janeiro de 2015................................................................................................. Fevereiro de 2015 ............................................................................................. Março de 2015 .................................................................................................. Abril de 2015 (até 14 de abril de 2014) ......................................................... ____________ Fonte: Banco Central. 5 Mínimo 2,5607 2,5754 2,6894 2,8655 3,0466 Máximo 2,7403 2,7107 2,8811 3,2683 3,1556 FATORES DE RISCO Riscos Relativos ao Brasil As condições políticas e econômicas do Brasil podem afetar nosso negócio, o preço de mercado das ADSs e de nossas ações ordinárias. Além disso, a incerteza quanto a mudanças nessas condições pode afetar nosso negócio e o preço de mercado das ADSs e de nossas ações ordinárias. As políticas econômicas do governo brasileiro já envolveram no passado, entre outras medidas, controles de preços, desvalorizações cambiais, controles de capitais e limites a importações. Nossas operações, situação financeira, os resultados operacionais, o preço de mercado das ADSs, e de nossas ações ordinárias podem ser afetados adversamente por essas políticas econômicas caso sejam restabelecidas. O governo brasileiro tem exercido, e continua a exercer, uma influência significativa sobre a economia do país. Intervenções frequentes e significativas alteraram várias vezes as políticas monetária e tributária e as regulamentações de crédito e de tarifação para interferir no curso da economia. As ações do governo brasileiro para controlar a inflação e implementar outras políticas têm por vezes envolvido o controle de salários e preços, desvalorização do real em relação ao dólar norte-americano, mudanças nas políticas fiscais, bem como outras medidas intervencionistas, como nacionalização, aumento das taxas de juros, congelamento das contas bancárias, impondo controles de capitais e inibindo o comércio internacional no Brasil. Mudanças na política de tarifas, controles de câmbio, regulamentações e tributação poderiam ter um efeito adverso sobre os nossos negócios e os resultados financeiros das ADSs e das nossas ações ordinárias. Flutuações no valor do real em relação a moedas estrangeiras podem resultar em incerteza na economia brasileira e no mercado mobiliário brasileiro, flutuações que podem ter efeito adverso relevante sobre nosso lucro líquido e nossos fluxos de caixa. Nos últimos anos, o real flutuou frente a moedas estrangeiras, e o valor da moeda pode subir ou descer substancialmente em relação aos níveis atuais. Por exemplo, a desvalorização do real aumenta o custo do serviço de nossa dívida em moeda estrangeira e o custo de aquisição de energia de Itaipu, uma usina hidrelétrica que é um de nossos maiores fornecedores e que reajusta os preços da energia com base, parcialmente, em seus custos em dólares americanos. Sua desvalorização também cria pressões inflacionárias adicionais no Brasil que podem nos afetar negativamente, limitando o acesso aos mercados internacionais de capital, provocando intervenção governamental, reduzindo o valor em dólares americanos de nossos dividendos, e o valor equivalente em dólares americanos do preço de mercado de nossas ações ordinárias e das ADSs. Para informações adicionais sobre taxas de câmbio anteriores, ver "Taxas de Câmbio". Se o Brasil sofrer inflação substancial no futuro, nossas margens e o preço de mercado das ações classe B e ADSs podem ser reduzidos. O Brasil sofreu no passado taxas de inflação extremamente altas. Mais recentemente, os índices anuais de inflação no Brasil, medidos de acordo com a variação do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (“IGPDI”), foram de 2,4% no trimestre encerrado em 31 de março de 2015, 3,7% em 2014, 5,5% em 2013 e 8,1% em 2012. O governo brasileiro adotou no passado medidas para combater a inflação, e as especulações do público sobre possíveis ações governamentais futuras tiveram efeitos negativos significativos sobre a economia brasileira. Embora nossos contratos de concessão prevejam reajustes anuais com base em índices de inflação, se o Brasil sofrer inflação substancial no futuro, e se o governo adotar políticas de controle da inflação semelhantes àquelas adotadas no passado, nossos custos podem aumentar mais rápido que nossas receitas, nossas margens operacionais e líquidas podem diminuir e, se faltar confiança dos investidores, o preço das ações classe B e ADSs pode cair. Pressões inflacionárias podem também restringir a nossa capacidade de acesso a mercados financeiros estrangeiros e levar a uma maior intervenção na economia, incluindo a adoção de políticas governamentais que possam afetar adversamente o desempenho da economia brasileira como um todo. 6 Alegações de corrupção política contra o governo federal brasileiro e o poder legislativo poderiam resultar em instabilidade econômica e política. No passado, membros do governo federal e do poder legislativo receberam alegações de corrupção política. Consequentemente, vários políticos, inclusive o alto escalão e deputados federais renunciaram e/ou foram presos. Atualmente, vários membros dos poderes executivo e legislativo estão sendo investigados como resultado de alegações de conduta ilegal e antiética identificada na Operação Lava-Jato, investigação que está sendo conduzida pelo Ministério Público Federal. O possível resultado dessas investigações é desconhecido, porém já exercem um efeito adverso sobre a imagem e a reputação das empresas investigadas, além de afetar adversamente a percepção geral do mercado sobre a economia brasileira, bem como a conclusão desses processos ou outras alegações de conduta ilícita pode exercer efeitos adversos adicionais sobre a economia brasileira. Não podemos prever se as referidas alegações resultarão em maior instabilidade ou se novas alegações contra representantes do governo serão levantadas no futuro. Além disso, não podemos prever os resultados das referidas alegações e seus efeitos sobre a economia brasileira. Mudanças em políticas fiscais brasileiras podem ter efeito adverso sobre nós. O governo brasileiro tem mudado suas políticas fiscais de maneiras que impactam o setor elétrico e pode mudá-las novamente no futuro. Essas mudanças incluem aumentos nas alíquotas que afetam as empresas de energia e, ocasionalmente, a cobrança de tributos temporários relacionados a fins governamentais específicos. Se não pudermos ajustar nossas tarifas de acordo, podemos ser afetados adversamente. Evolução negativa de outras economias nacionais, especialmente nos países em desenvolvimento, pode afetar negativamente os investimentos estrangeiros no Brasil e o crescimento econômico do país. Os investidores internacionais em geral consideram o Brasil um mercado emergente. Historicamente, os desenvolvimentos adversos nas economias de mercados emergentes resultaram na percepção dos investidores de maior risco de investimentos em tais mercados. Tais constatações têm afetado significativamente o valor de mercado dos títulos de emissores brasileiros. Além disso, embora as condições econômicas sejam diferentes em cada país, as reações dos investidores à evolução em um país podem influenciar os preços dos títulos em outros países, inclusive no Brasil, e isso pode diminuir o interesse dos investidores por títulos de emissores brasileiros, inclusive os nossos. Riscos Relacionados a Nossa Companhia e nossas Operações Somos controlados pelo Estado do Paraná, e as políticas e prioridades governamentais afetam diretamente nossas operações e podem ser conflitantes com os interesses de nossos investidores. Somos controlados pelo Estado do Paraná, que detém 58,6% de nossas ações ordinárias em circulação com direito a voto na data deste Relatório Anual, e cujos interesses podem ser diferentes dos de outros acionistas. Como acionista majoritário, o Estado do Paraná detém o poder de controlar todas as nossas operações, incluindo o poder de eleger a maioria dos membros de nosso Conselho de Administração e determinar o resultado de qualquer ação que requeira aprovação dos portadores de ações ordinárias, incluindo transações com partes relacionadas e reestruturações societárias. As operações da Companhia têm tido e continuarão a ter um impacto importante sobre o desenvolvimento comercial e industrial do Estado. No passado, o governo do Paraná utilizou, e pode utilizar no futuro, sua condição de nosso acionista controlador para decidir se devemos realizar determinadas atividades e fazer determinados investimentos que visam, principalmente, promover os seus objetivos de políticas públicas e/ou sociais e não necessariamente cumprir o objetivo de melhorar o nosso negócio e/ou os nossos resultados operacionais. Dependemos em grande parte da economia do Estado do Paraná. Nosso mercado de distribuição para a maioria de nossas vendas de energia está localizado no Estado do Paraná. Embora um mercado mais competitivo envolvendo possíveis vendas a clientes fora do Estado possa desenvolver-se no futuro, nosso negócio depende, e espera-se que continue a depender em grande medida, das 7 condições econômicas do Paraná. Não podemos assegurar que as condições econômicas no Estado do Paraná nos serão favoráveis no futuro. O PIB (produto interno bruto) do Estado do Paraná aumentou 0,8% em 2014, enquanto o PIB do Brasil aumentou 0,1% no mesmo período. As condições econômicas em deterioração no Estado do Paraná e os maiores preços de energia poderão afetar tanto a capacidade de pagamento por parte de nossos clientes de distribuição, assim como os valores de nossas perdas comerciais. Um aumento dessas perdas comerciais ou recebíveis incobráveis poderiam afetar adversamente nossos negócios, condição financeira e resultado operacional. O desempenho geral da economia no Brasil e no Estado do Paraná registrou queda recentemente. O preço da energia pago pelos nossos clientes distribuidores vem aumentando, comprometendo a capacidade de pagamento por parte de alguns de nossos clientes de distribuição. Em 31 de dezembro de 2014, nossos recebíveis vencidos junto aos consumidores finais somavam aproximadamente R$ 393,3 milhões no total, ou 9,0% de nossa receita proveniente de vendas de energia aos consumidores finais no exercício findo em 31 de dezembro de 2014, e nossa provisão para devedores duvidosos relacionada com esses recebíveis totalizou R$ 158,2 milhões. Vide Nota 7 de nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas. Além disso, os preços mais elevados e uma economia em deterioração poderiam resultar em um número elevado de conexões ilegais em nossa rede, o que reduziria nossa receita proveniente de vendas de energia aos consumidores finais. Além disso, a energia que perdemos com essas conexões ilegais é considerada uma perda comercial, e podemos incorrer em penalidades regulatórias caso nossas perdas comerciais excedam os limites regulatórios estabelecidos. Estamos envolvidos em diversas ações judiciais que podem ter efeito adverso relevante sobre nosso negócio se seu desfecho nos for desfavorável. Somos réus em vários processos judiciais, principalmente relativos a pretensões civis, administrativas, trabalhistas e tributárias. Os desfechos são incertos e, se nos forem desfavoráveis, podem resultar em obrigações que podem afetar adversamente nossos resultados operacionais. Em 31 de dezembro de 2014, nossas reservas para perdas prováveis e razoavelmente estimadas eram de R$ 1.546,6 milhões. Para informações adicionais, ver “Item 8. Informações Financeiras – Ações Judiciais”. A construção e a expansão de nossos projetos de transmissão e geração de energia envolvem riscos significativos que podem exercer um efeito adverso sobre a Companhia. Para o desenvolvimento de projetos de transmissão e geração, precisamos realizar estudos de viabilidade, concessões ou autorizações governamentais, licenças e aprovações, acordos de desapropriação, contratos de fornecimento de equipamentos, contratos de engenharia, fornecimento e construção, participações, financiamentos suficientes e acordos quanto à localização, cada um dos quais envolve o consentimento de terceiros sobre os quais não temos controle. Além disso, o desenvolvimento do projeto está sujeito a riscos ambientais, de engenharia e de construção que podem implicar custos adicionais, atrasos e outros impedimentos à conclusão no prazo e dentro do orçamento do projeto. Não podemos assegurar que todas as licenças e aprovações exigidas serão obtidas, que conseguiremos sócios do setor privado, que seremos capazes de obter financiamento adequado para nossos projetos ou que haverá financiamento disponível para nós fundado em garantia específica. Se não pudermos concluir um projeto, quer em sua fase de desenvolvimento inicial, quer após a construção ter iniciado, ou caso a conclusão de um projeto seja adiada, isto poderá reduzir o nosso retorno financeiro esperado do projeto, o que poderá resultar em perda do valor recuperável (impairment). Caso vivenciemos este ou outros problemas relacionados com a expansão da transmissão de energia e capacidade de geração, talvez estejamos expostos a maiores custos, ou talvez não consigamos atingir a receita planejada com relação aos referidos projetos de expansão, o que poderá exercer um efeito adverso sobre nossa condição financeira e resultado operacional. 8 Estamos sujeitos a limitações quanto ao valor e à utilização de financiamento do setor público, que poderia nos impedir de obter financiamento e implantar nosso plano de investimento. Nosso orçamento atual antecipa dispêndios de capital para expansão, modernização, pesquisa, infraestrutura e projetos ambientais de aproximadamente R$ 2.476,9 milhões em 2015. Como uma empresa controlada pelo estado, estamos sujeitos a certas limitações definidas pelo Conselho Monetário Nacional (“CMN”) e pelo Banco Central do Brasil (“BACEN”) sobre o nível de crédito que as instituições financeiras podem oferecer a entidades do sector público. Em decorrência dessa regulamentação, talvez tenhamos dificuldade na obtenção de financiamento de instituições financeiras brasileiras e internacionais, prejudicando a execução do nosso plano de investimentos. As violações de segurança da informação poderiam comprometer nossos centros de dados e operações e expornos a arcar com as responsabilidades, o que prejudicaria os nossos negócios e a nossa reputação. Durante o nosso curso normal dos negócios, recolhemos e armazenamos os dados pessoais dos nossos clientes nos nossos bancos de dados. Apesar das nossas medidas de segurança, a nossa tecnologia da informação e infraestrutura podem ficar vulneráveis a ataques de hackers ou serem violadas devido ao erro de um funcionário, por má-fé ou outras motivações. Qualquer violação poderia comprometer nossas redes e as informações armazenadas nelas poderiam ser acessadas, divulgadas publicamente, perdidas ou roubadas, afetando nossas operações e resultar em queixas ou processos sob as leis brasileiras que protegem a privacidade das informações pessoais (dentre outros) e afetar a nossa reputação. Riscos Relacionados com o Setor Elétrico Brasileiro A renovação de certas concessões é incerta e algumas delas encerram em 2015. A Lei da Prorrogação de Concessões de 2013, dispõe que poderemos renovar nossas concessões vigentes a partir de 1995 (e, no caso das instalações de geração, os contratos de concessão de geração celebrados antes de 2003) por um período adicional de 30 anos (ou um período adicional de 20 anos, no caso de usinas termelétricas), se concordarmos em alterar os termos do contrato de concessão que pode ser renovado para refletir os novos termos e condições impostos pela Lei da Prorrogação de Concessões de 2013, que variam dependendo se a concessão for de geração, transmissão ou distribuição. Se não concordarmos com a alteração do contrato de concessão para refletir essas novas condições, ele não poderá ser renovado e estará sujeito à licitação após sua expiração, sendo que há a possibilidade de perdermos tal licitação. Até o momento, decidimos não renovar nossos contratos de concessão de geração que expiram até 2015 e, dessa forma, são passíveis de processos de licitação de acordo com essa Lei. Optamos por renovar nosso único contrato de concessão de transmissão que expira até 2015. Em relação às concessões de distribuição, não temos certeza de quais condições o Ministério de Minas e Energia (“MME”) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (“ANEEL”) exigirão para renovar esses contratos de concessão, e não podemos garantir que seremos capazes de renovar nosso principal contrato de distribuição, que expira em 7 de julho de 2015, em termos favoráveis a nós. A solicitação para a prorrogação da nossa principal concessão de distribuição foi apresentada à ANEEL em 31 de maio de 2012 confirmando o nosso interesse prorrogação, conforme os termos da Lei. Em de janeiro de 2014, recebemos uma carta-resposta da ANEEL afirmando que a agência analisou nossa solicitação, porém não emitiu uma determinação final. Se não renovarmos nossa concessão de distribuição, ou se ela for renovada em condições menos favoráveis, nossa condição financeira e nosso resultado operacional poderão ser afetados adversamente. Para mais informações, vide o “Item 4. Informações sobre a Companhia - Concessões.” 9 Nossos resultados operacionais dependem das condições hidrológicas atuais, que atualmente vêm se deteriorando. O impacto da falta de água e as medidas adotadas pelo governo no sentido de preservar energia podem exercer um efeito adverso sobre nossos negócios, condições financeiras e resultados operacionais. Dependemos das condições hidrológicas existentes no Brasil e na região geográfica em que operamos. De acordo com dados da ANEEL, aproximadamente 66% da capacidade instalada brasileira atual é proveniente de usinas de geração hidrelétrica. As condições hidrológicas são imprevisíveis devido a desvios não-cíclicos da precipitação média. Nos anos anteriores a 2001, passamos por um período de baixo índice pluviométrico, o que levou o governo brasileiro a instituir um programa de racionamento obrigatório para reduzir o consumo de energia, o qual esteve em vigor de 1º de junho de 2001 a 28 de fevereiro de 2002. Recentemente o Brasil vem vivenciando um período de baixo índice pluviométrico. Tal como ocorreu em 2001, as atuais condições hidrológicas poderiam levar o governo brasileiro a instituir um programa de racionamento, o que exigiria do nosso segmento de distribuição fornecer menos energia aos consumidores finais. Seríamos afetados adversamente por um programa obrigatório de racionamento, pois as receitas se baseiam parcialmente no volume de energia que fornece através de nossa rede de distribuição aos consumidores finais. Contudo, um programa obrigatório de racionamento envolve uma redução previsível de energia, o que permitiria nosso segmento de distribuição melhor estimar a quantidade de energia que deverá comprar para atender a demanda reduzida. Além disso, no contexto de um programa formal de racionamento, nosso segmento de distribuição seria totalmente compensado pela quantidade de energia adquirida antes do período de racionamento, além da quantidade de energia que lhe é permitido distribuir segundo o programa de racionamento, através do ajuste automático em seus contratos de fornecimento de energia. Por outro lado, até agora, o governo brasileiro reagiu às fracas condições hidrológicas não pela implementação de um programa formal de racionamento, porém fazendo com que os consumidores finais reduzam o consumo de energia de outras formas, por exemplo, através de campanhas gerais de conservação no sentido de conscientizar o público. O efeito dessas campanhas é menos previsível, tornando difícil ao nosso segmento de distribuição estimar com precisão o volume de energia necessário para aquisição visando a venda ao consumidor final. Além disso, na ausência de um programa formal de racionamento, nosso segmento de distribuição não é compensado pela quantidade de energia que havia contratado anteriormente, que agora excede a demanda do consumidor final pressionada recentemente. Até mesmo após o encerramento do programa de conservação ou racionamento, poderá levar vários anos para a demanda por parte do consumidor final se recuperar totalmente, se absolutamente. As condições hidrológicas em deterioração podem, portanto, exercer um efeito material adverso sobre nosso segmento de distribuição. Em 2014, o governo federal forneceu e facilitou várias formas de assistência às concessionárias de distribuição que vivenciam dificuldades de fluxo de caixa em virtude das fracas condições hidrológicas, que aumentaram os custos de aquisição de energia, dessa forma, resultando em descasamento do fluxo de caixa no curto prazo. As referidas formas de assistência abrangem financiamento por parte da Conta CDE, linhas de crédito contratadas pelo CCEE através da Conta ACR e o novo sistema de Bandeira Tarifária. Não há nenhuma garantia de que o governo federal continuará com essa assistência, que a prosseguirá em termos favoráveis ou que será suficiente para cobrir nossas perdas. Vide “Item 4. Informações sobre a Companhia – Cobranças Regulatórias do Setor de Energia—CDE” e Item 4. Informações sobre a Companhia – Cobranças Regulatórias do Setor de Energia— Conta do Mercado Regulado – Conta ACR”. No que diz respeito ao nosso segmento de geração, visando compensar as fracas condições hidrológicas e manter níveis adequados de água nos reservatórios, a ONS poderá determinar a redução de geração por parte das usinas hidrelétricas, o que poderia ser parcialmente compensado pela maior geração por parte das usinas termelétricas. Esse mecanismo de substituir a produção hidrelétrica pela produção termelétrica talvez não forneça toda a energia que necessitamos para cumprir nossas obrigações segundo os atuais contratos de fornecimento de energia. Para compensar esse déficit, nosso segmento de geração poderá ser obrigado a comprar energia no mercado à vista, geralmente a preços mais elevados, e não seríamos capazes de repassar esses preços. Esse mecanismo afeta todas as empresas de geração no Brasil, independente da região geográfica na qual um gerador específico esteja localizado esteja vivenciando um baixo índice pluviométrico, o que poderia exercer um efeito material adverso sobre nosso segmento de geração. 10 Além disso, se houvesse escassez de gás natural, isso aumentaria a demanda geral por energia no mercado e portanto aumentaria o risco de instalação de um programa de racionamento. Nossas receitas operacionais podem ser afetadas adversamente se a ANEEL tomar decisões quanto a nossas tarifas que nos sejam desfavoráveis. As tarifas que cobramos por vendas de energia a consumidores cativos são determinadas de acordo com um contrato de concessão com o governo brasileiro por intermédio da ANEEL. Além disso, as decisões da ANEEL podem ser contestadas judicial ou administrativamente por órgãos públicos ou clientes. A ANEEL possui substancial poder discricionário para estabelecer as tarifas que cobramos de nossos consumidores, que são determinadas de acordo com contratos de concessão com a ANEEL e estão sujeitas ao poder regulador da Agência. Nosso contrato de concessão de distribuição e a legislação brasileira estabelecem um mecanismo de preços máximos que permite três tipos de ajuste tarifário: (i) o reajuste anual, (ii) a revisão periódica e (iii) a revisão extraordinária. Temos o direito de requerer o reajuste anual, que é concebido para compensar alguns efeitos da inflação sobre as tarifas e para repassar aos consumidores alguns encargos de nossa estrutura de custos que estão fora de nosso controle, como o custo da energia que compramos de algumas fontes e alguns outros encargos regulamentares, incluindo encargos pelo uso de instalações de transmissão. Além disso, a ANEEL conduz uma revisão periódica a cada quatro anos para identificar variações em nossos custos e definir um índice baseado em nossa eficiência operacional que será aplicado sobre o índice de nossos reajustes anuais, e cujo efeito é garantir que compartilhemos os benefícios de maiores economias de escala com nossos consumidores. A qualquer momento, podemos também requerer uma revisão extraordinária de nossas tarifas no caso de eventos significativos e inesperados, incluindo eventos que alterem significativamente nossa estrutura de custos. Não podemos assegurar que a ANEEL estabelecerá tarifas que nos sejam favoráveis. Na medida em que nossos pedidos de reajustes não sejam concedidos pela ANEEL de maneira pontual, nossa condição financeira e os resultados operacionais poderão ser adversamente afetados. Além disso, as decisões da ANEEL sobre nossas tarifas podem ser contestadas por órgãos públicos ou por nossos clientes. Decisões judiciais ou administrativas resultantes de tais contestações podem modificar as decisões da ANEEL de modo desfavorável para nós, o que pode afetar adversamente nossa condição financeira e os resultados operacionais. Estamos sujeitos a abrangente regulamentação de nosso negócio, que afeta fundamentalmente nosso desempenho financeiro. Nosso negócio está sujeito a abrangente regulamentação por vários órgãos legais e regulamentares brasileiros, especialmente o MME e a ANEEL, que regulam e supervisionam vários aspectos de nosso negócio e estabelecem nossas tarifas. As modificações nas leis e regulamentações que regem nossas operações, ocorridas no passado, podem afetar adversamente nossa condição financeira e os resultados das nossas operações. Por exemplo, nos últimos anos, o governo brasileiro tomou a decisão de reduzir as tarifas. Para reduzir significativamente o preço da energia pago pelos consumidores finais, o governo brasileiro promulgou a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 que mudou substancialmente as condições sob as quais as concessionárias são capazes de renovar contratos de concessão. Sob essa Lei, a maioria das concessionárias de distribuição, transmissão e geração pode ser renovada por um período adicional de 30 anos, mas somente se a concessionária concordar em alterar os termos do contrato de concessão para refletir novos termos e condições. Vide “Item 4. Informações sobre a Companhia - Concessões.” Se o governo brasileiro aprovar regulamentações futuras ou novas leis para preços reduzir o preço da energia, essas novas leis e regulamentações podem afetar adversamente os resultados operacionais. Se formos obrigados a conduzir nosso negócio de maneira substancialmente diferente de nossas operações atuais, em razão de mudanças regulamentares, os resultados das nossas operações e nossas condições financeiras podem ser afetados adversamente. 11 Certos consumidores em nossa área de concessão de distribuição podem deixar de comprar energia da nossa unidade de distribuição. Nossa unidade de distribuição gera parte significativa de suas receitas ao vender energia comprada de empresas de geração. Grandes consumidores de energia na área geográfica de nossa concessão que preenchem certos requisitos regulamentares podem se qualificar como Consumidores Livres (“Consumidores Livres”). Os Consumidores Livres em nossa área de concessão de distribuição são elegíveis para adquirir energia diretamente de empresas de geração ao invés de fazerem isso através da nossa unidade de distribuição, caso em que deixarão de pagar nossa unidade de distribuição pela energia previamente fornecida por nós. Portanto, se o número de Consumidores Livres dentro da área geográfica da nossa concessão aumentar, as receitas e os resultados das operações da nossa unidade de distribuição serão afetados negativamente. Parte de nossas receitas operacionais é proveniente de Consumidores Livres, que podem buscar fornecedores de energia alternativos quando seus contratos conosco expirarem. Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos 29 Consumidores Livres, que representavam aproximadamente 3,7% da nossa receita operacional consolidada e cerca de 14,2% do nosso volume total de energia vendida a consumidores finais. De 1º de janeiro de 2015 a 31 de março de 2015, nós tivemos 2 contratos com Clientes Livres que expiraram e não foram renovados. Nossos contratos com Consumidores Livres normalmente têm duração entre dois e cinco anos. Aproximadamente 6,1% dos megawatts vendidos sob contratos a esses clientes estão prestes a expirar em 2015. Além disso, em de 31 de dezembro de 2014, tínhamos 53 clientes que eram elegíveis para adquirir energia como Consumidores Livres. Esses clientes representavam aproximadamente 4,6% do volume total de energia que vendemos em 2014 e aproximadamente 7,6% da nossa receita operacional pela venda de energia nesse ano. Não pode haver garantia de que os Consumidores Livres fecharão contratos ou prorrogarão seus contratos atuais de compra da nossa energia. Além disso, é possível que nossos grandes clientes industriais sejam autorizados pela ANEEL a gerarem energia elétrica para seu consumo próprio ou venda a terceiros, nesse caso poderiam obter autorização ou concessão para a geração de energia elétrica em um dado local, o que afetaria adversamente nosso resultado operacional. O quadro regulatório sob o qual operamos está sujeito a contestação judicial. O governo brasileiro implementou mudanças fundamentais na regulamentação do setor elétrico em 2004 por meio da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico e, recentemente, por meio da Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013. Ações de inconstitucionalidade de ambas as leis ainda estão pendentes perante o Supremo Tribunal Federal. Se essas leis forem declaradas, em todo ou em parte, inconstitucionais, isso terá consequências incertas quanto à validade da regulamentação existente e ao desenvolvimento posterior do quadro regulamentar. É difícil prever o desfecho das ações judiciais, mas elas podem ter impacto adverso sobre todo o setor elétrico, incluindo nossos negócios e nossos resultados operacionais. Podemos ser obrigados a adquirir energia no mercado à vista (“spot”) a preços mais altos se nossas projeções de demanda de energia não forem precisas, se houver falta de energia disponível no mercado regulado, ou se a energia contratada não for entregue, e podemos não ter direito a repassar quaisquer custos maiores aos nossos consumidores finais. De acordo com a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, os distribuidores de energia, incluindo a Companhia, devem contratar por meio de licitações públicas conduzidas pela ANEEL a compra de 100% de sua demanda de energia projetada para as respectivas áreas de concessão até cinco anos antes do efetivo fornecimento dessa energia. Não podemos assegurar que nossas projeções da demanda de energia em nossa área de concessão de distribuição serão precisas, em particular considerando as atuais campanhas de conservação por parte do governo brasileiro em resposta às fracas condições hidrológicas. Se nossas projeções ficarem aquém da demanda efetiva de energia, ou se não formos capazes de comprar energia através do mercado regulado devido à falta de energia no mercado, ou se uma empresa de geração não entregar a energia previamente contratada, poderemos ser obrigados a 12 cobrir a diferença com contratos de curto prazo para compra de energia no mercado à vista, no qual podemos pagar significativamente mais pela energia, sem que possamos repassar esses aumentos nos custos aos nossos consumidores finais. Além disso, se subestimarmos nossas necessidades de energia para distribuição, podemos estar sujeitos a penalidades impostas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (a “CCEE”). Além disso, se nossas projeções ultrapassarem a demanda real além da margem permitida (105% da demanda real), inclusive se a demanda está pressionada devido às campanhas do governo em resposta às fracas condições hidrológicas, não poderemos repassar aos nossos consumidores finais o custo da energia em excesso que adquirirmos. Nossos equipamentos, instalações e operações estão sujeitos a vários regulamentos ambientais e de saúde, que podem se tornar mais rígidos no futuro e resultar em maiores obrigações e maiores investimentos de capital. Nossas atividades de distribuição, transmissão e geração estão sujeitas a abrangente legislação federal, estadual e municipal e a fiscalização pelas agências governamentais brasileiras responsáveis pela implementação de leis e políticas ambientais e de saúde. Essas agências podem tomar medidas coercitivas contra a Companhia por inobservância de seus regulamentos e das exigências estabelecidas para a manutenção de nossas licenças ambientais. Essas ações podem resultar, entre outras coisas, na imposição de multas e revogação de licenças, que podem ter efeito adverso relevante sobre nossa condição financeira e nossos resultados operacionais. Regulamentos ambientais e de saúde mais rigorosos também podem nos forçar a alocar capital para cumpri-los e, em consequência, desviar recursos destinados a investimentos planejados. Tais desvios podem ter efeito adverso relevante sobre nossa condição financeira e os resultados operacionais. A ANEEL pode nos penalizar por inobservância dos termos de nossas concessões ou das leis e regulamentos aplicáveis, e podemos não recuperar o valor integral de nosso investimento no caso de extinção de quaisquer de nossas concessões. Os prazos de nossas concessões são de 20 a 35 anos e podem ser prorrogados mediante o cumprimento de certas condições. Caso deixemos de observar quaisquer dos termos de nossas concessões ou das leis e regulamentos aplicáveis, a ANEEL pode nos impor penalidades, que podem incluir a imposição de advertências, multas potencialmente substanciais (em certos casos, até 2% de nossas receitas no exercício fiscal imediatamente anterior a tal imposição) e restrições a nossas operações, entre outras. A ANEEL também pode extinguir nossas concessões antes de seu vencimento se deixarmos de observar suas disposições, ou se a ANEEL determinar, por meio de processo de desapropriação, que a extinção de nossa concessão é de interesse público. Se a ANEEL extinguir quaisquer de nossas concessões antes de seu vencimento, não poderemos operar o(s) segmento(s) de nosso negócio que eram autorizados pela concessão respectiva. Ademais, qualquer compensação que possamos receber do governo federal pela parte não amortizada de nosso investimento pode ser insuficiente para recuperarmos o valor integral de nosso investimento. A extinção antecipada ou a não-renovação de quaisquer de nossas concessões ou a imposição de multas ou penalidades severas pela ANEEL podem ter efeito adverso relevante sobre nossa condição financeira e sobre nossos resultados operacionais. Vide “Item 4. Informações sobre a Companhia - O Setor Elétrico Brasileiro Concessões”. A construção, expansão e operação de nossas instalações e equipamentos de geração, transmissão e distribuição de energia envolvem riscos significativos que podem causar perda de receitas ou aumento de despesas. A construção, expansão e operação de nossas instalações e equipamentos de geração, transmissão e distribuição de energia envolvem vários riscos, incluindo a incapacidade de obter as licenças e aprovações governamentais necessárias, interrupções de fornecimento, greves, interferência climática e hidrológica, problemas ambientais e de engenharia imprevistos, aumento de nossas perdas de energia (incluindo perdas técnicas e comerciais), e indisponibilidade de financiamento e equipamentos adequados. Caso enfrentemos esses problemas ou outros, podemos não ser capazes de gerar, transmitir e distribuir energia em quantidades e condições favoráveis, o que pode afetar adversamente nossa condição financeira e os resultados operacionais. 13 Se não pudermos concluir nosso programa proposto de investimentos no prazo, a operação e o desenvolvimento de nosso negócio podem ser afetados adversamente. Em 2015, planejamos investir aproximadamente R$ 1.300,1 milhões em nossas atividades de geração e transmissão (incluindo a UHE Baixo Iguaçu, a UHE Colíder e SPEs de linha de transmissão), R$ 162,6 milhões em parques eólicos, R$ 784,7 milhões em nossas atividades de distribuição e R$ 107,7 milhões em nossas atividades de telecomunicações. Nossa capacidade de concluir esse programa de investimentos depende de uma série de fatores, incluindo nossa capacidade de cobrar tarifas adequadas por nossos serviços e várias contingências regulatórias e operacionais. Não há garantia de que teremos os recursos financeiros para completar nosso programa proposto de investimentos, e nossa incapacidade de completá-lo pode afetar adversamente a operação e o desenvolvimento de nosso negócio levando à imposição de multas pela ANEEL assim como à redução nos níveis tarifários. Somos estritamente responsáveis por quaisquer danos decorrentes de prestação inadequada de serviços de energia elétrica, e nossas apólices de seguro podem não cobrir inteiramente tais danos. Somos estritamente responsáveis sob a legislação brasileira por danos resultantes da prestação inadequada de serviços de distribuição de energia. Além disso, nossos serviços públicos de distribuição, transmissão e geração de energia podem ser responsabilizados por danos causados aos outros como resultado de interrupções ou perturbações resultantes dos sistemas de geração, transmissão ou distribuição de energia do país, sempre que essas interrupções ou perturbações não forem atribuídas a um membro identificável do Operador Nacional do Sistema Elétrico (“ONS”). Não podemos assegurar que as nossas apólices de seguro cobrirão integralmente os danos decorrentes de inadequada prestação de serviços de energia elétrica, o que pode ter um efeito adverso sobre nós. Riscos relacionados com as ações classe B e ADSs Como portador de ADSs, você geralmente não terá direito de voto em nossas Assembleias Gerais. De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas do Brasil e com nosso Estatuto, portadores de ações classe B, e portanto de ADSs, não têm direito a voto em nossas Assembleias Gerais, exceto em circunstâncias limitadas. Isso significa, entre outras implicações, que você, como portador de ADSs, não pode votar em matérias corporativas, incluindo qualquer proposta de fusão. Além disso, nas circunstâncias limitadas em que os portadores de ações classe B têm direito a votar, eles podem exercer direitos de voto com relação às ações classe B representadas por ADSs somente em conformidade com as disposições do contrato de depósito relativo às ADSs. Não há disposições na legislação societária brasileira nem em nosso Estatuto que limitem a capacidade dos portadores de ADSs de exercer seus direitos de voto através do Depositário com respeito às correspondentes ações classe B. Entretanto, os passos procedimentais envolvidos criam limitações práticas à capacidade de voto dos portadores de ADSs. Por exemplo, nossos portadores de ações classe B poderão exercer seus direitos de voto quer comparecendo pessoalmente à Assembleia quer por procuração. De acordo com o Contrato de Depósito, enviaremos o aviso ao Depositário, que, por sua vez, assim que for praticável daí em diante, enviará aviso da Assembleia aos portadores de ADSs e um informe sobre a maneira pela qual podem ser dadas instruções pelos portadores. Para exercer seus direitos de voto, os portadores de ADS devem então instruir o Depositário sobre como votar. Por causa desse passo procedimental adicional envolvendo o Depositário, o processo para o exercício dos direitos de voto será mais demorado para os portadores de ADSs do que para os portadores diretos de ações classe B. As ADSs cujo o Depositário não receber instruções de voto em tempo hábil não terão voto. Como portador de ADSs você terá menos direitos de acionista e direitos menos bem definidos no Brasil do que nos Estados Unidos e em certas outras jurisdições. Nossos assuntos corporativos são regidos pelo nosso Estatuto e pela Lei das Sociedades Anônimas do Brasil, que podem diferir dos princípios legais que se aplicariam se fôssemos constituídos de acordo com a legislação dos Estados Unidos ou de algumas outras jurisdições fora do Brasil. Sob a Lei das Sociedades Anônimas do Brasil, você e os portadores de ações classe B podem ter menos direitos e direitos menos bem definidos para 14 proteger seus interesses relativamente às medidas tomadas por nosso Conselho de Administração ou pelos portadores de Ações Ordinárias do que sob as leis dos Estados Unidos e de certas jurisdições fora do Brasil. Embora a legislação brasileira imponha restrições a negociações com informações privilegiadas (insider trading) e à manipulação de preços, os mercados de títulos mobiliários brasileiros não são tão altamente fiscalizados quanto os mercados de títulos mobiliários dos Estados Unidos ou os mercados de certas outras jurisdições fora do Brasil. Por exemplo, as normas e políticas contra self-dealing e as relativas à proteção dos interesses dos acionistas minoritários podem ser menos desenvolvidas e cumpridas de maneira menos robusta no Brasil do que nos Estados Unidos e em outras jurisdições fora do Brasil, o que pode potencialmente colocá-lo em desvantagem como portador de ações preferenciais e ADSs. Além disso, acionistas das companhias brasileiras devem deter 5% do capital acionário circulante de uma empresa para poderem impetrar ações derivadas, e acionistas de empresas brasileiras normalmente não podem impetrar ação coletiva. Você pode não ter condições de exercer direitos de preferência relacionados com as ações preferenciais. Você não poderá exercer os direitos de preferência relacionados com as ações preferenciais classe B objeto das ADSs a menos que uma declaração de registro sob o United States Securities Act de 1933 e suas alterações (o ”Securities Act”) esteja em vigor com relação a esses direitos ou uma isenção quanto às exigências de registro do Securities Act esteja disponível. Portanto, o Depositário não lhe oferecerá direitos como portador de ADSs a menos que os direitos estejam registrados sob disposições do Securities Act ou estejam sujeitos a isenção das exigências de registro. Não somos obrigados a arquivar uma declaração de registro com relação às ações ou outros títulos mobiliários relacionados com esses direitos, e não podemos assegurar que iremos arquivar qualquer declaração de registro. Em consequência, você poderá receber somente o produto líquido da venda de seus direitos de preferência pelo Depositário e, se os direitos de preferência não puderem ser vendidos, prescreverão. Se você não tiver condições de participar em ofertas de direitos, os montantes que você detém também podem diluir-se. Os portadores de nossas ADSs talvez não consigam aplicar julgamentos contra nossos conselheiros ou diretores Todos os nossos conselheiros e diretores mencionados neste relatório anual residem no Brasil. Substancialmente todos os nossos ativos, assim como os ativos dessas pessoas, estão localizados neste país. Consequentemente, talvez não seja possível aos portadores de nossas ADSs intimar a Companhia ou seus conselheiros e diretores dentro dos Estados Unidos ou outras jurisdições fora do Brasil, penhorar seus bens, ou aplicar julgamentos contra a Companhia, seus conselheiros e diretores obtidos nos Estados Unidos ou outras jurisdições fora do Brasil. Considerando que os julgamentos dos tribunais norte-americanos para passivos cíveis com base na lei federal de mercado de capitais americano apenas podem ser executados no Brasil, caso algumas exigências sejam atendidas, os portadores das ADSs poderão enfrentar dificuldades em proteger seus interesses em ações contra a Companhia, ou seus conselheiros e diretores do que enfrentariam os acionistas de uma empresa constituída em um estado ou outra jurisdição dos Estados Unidos. Se você trocar suas ADSs por ações classe B, você se arrisca a tributos mais altos e à incapacidade de remeter moeda estrangeira para o exterior. A legislação brasileira exige que os interessados obtenham um registro perante o Banco Central a fim de serem autorizados a remeter moedas estrangeiras, incluindo dólares dos Estados Unidos, ao exterior. Para as ADSs, o custodiante brasileiro das ações classe B obteve o certificado necessário do Banco Central para os pagamentos de dividendos ou outras distribuições em dinheiro relacionadas com as ações preferenciais ou à alienação das ações preferenciais. Se você trocar suas ADSs pelas ações classe B por elas representadas, porém, você precisa obter o seu próprio certificado de registro ou registrar-se de acordo com as normas do Banco Central e da CVM a fim de obter e remeter dólares americanos ao exterior decorrentes da alienação de ações classe B ou distribuições relacionadas com as ações preferenciais. Se você não obtiver um certificado de registro, você não poderá remeter dólares dos Estados Unidos ou outras moedas ao exterior e poderá estar sujeito a um tratamento fiscal menos favorável sobre os ganhos relativos às ações preferenciais. De acordo com as normas do Banco Central, a obtenção desse registro exige transações de câmbio, que estão sujeitas a tributação no Brasil. Para maiores informações, ver “Item 10. Informações Adicionais - Tributação - Considerações sobre a Tributação Brasileira - Outros Tributos Brasileiros”. 15 Se você tentar obter seu próprio registro, você poderá incorrer em despesas ou sofrer demoras nesse processo que podem atrasar o recebimento de dividendos ou distribuições relacionados com as ações preferenciais ou o retorno de seu capital de forma oportuna. O registro do custodiante e qualquer registro de capital estrangeiro que você obtiver podem ser afetados por futuras mudanças na legislação. Restrições adicionais podem ser impostas no futuro à alienação das ações preferenciais classe B ou à repatriação do produto da alienação. O governo brasileiro pode impor controles de câmbio e restrições sobre remessas ao exterior que podem afetar adversamente sua capacidade de converter fundos em reais em outras moedas e remeter outras moedas ao exterior. No passado, o governo brasileiro impôs restrições à remessa a investidores estrangeiros do produto dos investimentos deles no Brasil e à conversão da moeda brasileira em moedas estrangeiras. O governo brasileiro pode novamente optar por impor esse tipo de restrições se, entre outras coisas, houver deterioração das reservas brasileiras de moeda estrangeira ou mudança na política cambial brasileira. A nova imposição dessas restrições prejudicaria ou impediria sua capacidade de converter dividendos, distribuições ou produto de venda de ações classe B, conforme o caso, de reais para dólares dos Estados Unidos ou outras moedas e de remeter esses fundos ao exterior. Não podemos assegurar que o governo brasileiro não tomará medidas similares no futuro. A relativa volatilidade e a iliquidez dos mercados de títulos mobiliários brasileiros podem restringir sua capacidade de vender as ações classe B objeto das ADSs. Os mercados de títulos mobiliários brasileiros são substancialmente menores, menos líquidos, mais concentrados e mais voláteis que os principais mercados de títulos mobiliários dos Estados Unidos e de certas outras jurisdições fora do Brasil e não são tão altamente regulamentados ou supervisionados como alguns desses outros mercados. A iliquidez e a relativamente pequena capitalização de mercado dos mercados de ações do Brasil podem fazer com que o preço de mercado dos títulos das companhias brasileiras, incluindo nossas ADSs e ações classe B, flutuem tanto nos mercados nacionais quanto nos internacionais, e podem limitar substancialmente sua capacidade de vender suas ações classe B objeto de ADSs pelo preço e em época que você deseje. 16 Item 4. Informações sobre a Companhia A COMPANHIA Somos uma companhia de energia elétrica envolvida na geração, transmissão, distribuição e venda de energia principalmente no Estado brasileiro do Paraná, conforme concessões outorgadas pela agência reguladora do setor elétrico, a ANEEL. Também prestamos serviços de telecomunicações e outros serviços. Em 31 de dezembro de 2014, gerávamos energia em 18 (dezoito) usinas hidrelétricas, uma usina eólica e uma termelétrica, com capacidade total instalada de 4.754,4 MW, da qual aproximadamente 99,6% é derivada de fontes renováveis. Incluindo a capacidade instalada das empresas de geração em que possuímos participação acionária, nossa capacidade instalada total é de 5.360,4 MW. Nosso negócio de energia elétrica está sujeito a abrangente regulamentação pela ANEEL. Detemos concessões para distribuir energia em 394 dos 399 municípios do Estado do Paraná e no município de Porto União, no Estado de Santa Catarina. Em 31 de dezembro de 2014, possuíamos e operávamos 2.174 quilômetros de linhas de transmissão e 189.925 quilômetros de linhas de distribuição, constituindo uma das maiores redes de distribuição do Brasil. Da energia que fornecemos a nossos consumidores finais em 2014, foram destinados: • 38,4% a consumidores industriais; • 25,8% a consumidores residenciais; • 19,4% a consumidores comerciais; e • 16,4% a consumidores rurais e outros. Os principais elementos de nossa estratégia de negócios incluem: • ampliar nossos sistemas de geração, transmissão e distribuição de energia e de telecomunicações; • aumentar as vendas de nossa unidade de geração para consumidores livres tanto dentro quanto fora do Estado do Paraná; • buscar melhoria da produtividade no curto prazo e crescimento sustentável no longo prazo; • esforçar-se para manter os consumidores satisfeitos e nossa força de trabalho motivada e preparada; • buscar eficiência de custos e inovação; • alcançar a excelência na transmissão de dados, imagens e voz; e • pesquisar novas tecnologias no setor de energia para aumentar a produção de energia com fontes renováveis e não-poluentes. Histórico Fomos criados em 1954 pelo Estado do Paraná para atuar na geração, transmissão e distribuição de energia, como parte do plano do Paraná de colocar o setor de energia elétrica sob controle estatal. No início da década de 70, adquirimos as principais empresas privadas do setor elétrico localizadas no Estado do Paraná. O período de 1970 a 1977 foi caracterizado por significativa expansão de nossas redes de transmissão e distribuição e pelo esforço para aumentar a conectividade de nosso sistema com os de outros Estados brasileiros. Em 1979, uma mudança na 17 legislação estadual nos permitiu expandir nossas atividades de geração para incluir produção de outras fontes além de usinas hidrelétricas e termelétricas. Somos atualmente a maior empresa de energia no Estado do Paraná. Somos uma sociedade anônima constituída e existente sob a legislação brasileira, sob o nome Companhia Paranaense de Energia – Copel. Nossa sede está localizada na Rua Coronel Dulcídio, 800, CEP 80420-170, Curitiba, Paraná, Brasil. O número do telefone de nossa sede é (55-41) 3322-3535 e nosso sítio na internet é www.copel.com. Relacionamento com o Estado do Paraná O Estado do Paraná possui 58,6% de nossas ações ordinárias e, consequentemente, tem o poder de controlar a eleição da maioria dos membros do Conselho de Administração, a designação da Diretoria, as futuras operações e as estratégias de negócios. Estrutura Societária Antes de 2001, a Copel operava como uma companhia integrada que atuava na geração, transmissão e distribuição de energia e atividades correlatas. De acordo com as modificações do regime normativo, transferimos nossas operações para quatro subsidiárias integrais – de geração, transmissão, distribuição e telecomunicações – e nossos investimentos em outras empresas para uma quinta subsidiária integral. Essa reestruturação societária foi concluída em julho de 2001. Em 2007, para cumprir com a legislação do setor elétrico, dividimos os ativos de nosso negócio de transmissão (a “Copel Transmissão S.A.”) entre nosso negócio de distribuição (a “Copel Distribuição S.A.”) e nosso negócio de geração (a “Copel Geração S.A.”). Assim, renomeamos o nome desta última para Copel Geração e Transmissão S.A. Também liquidamos a Copel Participações S.A. e distribuímos as participações que ela detinha em controladas entre a Copel Geração e Transmissão e nossa controladora. Em 2013, a Companhia foi reorganizada para melhorar a eficiência da nossa estrutura corporativa e reduzir nossos custos operacionais. Copel possui 14 subsidiárias integrais, as mais importantes são: a Copel Geração e Transmissão, a Copel Distribuição, a Copel Telecomunicações, a Copel Participações e a Copel Renováveis. A organização do grupo em 31 de dezembro de 2014 é descrita abaixo: Negócios No passado, nossos negócios de geração e distribuição eram integrados, e vendíamos a maior parte da energia que gerávamos para os consumidores de nossa unidade de distribuição. Isso mudou em razão da implementação da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, promulgada em 2004. Hoje os leilões abertos no mercado regulado são o principal canal de venda de energia de nossa unidade de geração, e um dos principais canais pelos quais nossa unidade de distribuição adquire energia para revender aos consumidores cativos. Nossa unidade de geração só vende energia para nossa unidade de distribuição por meio de leilões no mercado regulado. Nossa unidade de distribuição, como algumas outras empresas brasileiras de distribuição, também é obrigada a adquirir energia de Itaipu Binacional (a “Itaipu"), uma usina hidrelétrica de propriedade conjunta do Brasil e do Paraguai, em volume determinado pelo governo brasileiro com base em nossa participação proporcional no mercado de energia brasileiro. Itaipu possui capacidade instalada de 14.000 MW. De acordo com um tratado entre o Brasil e o Paraguai de 1973, as empresas brasileiras adquirem a maior parte da energia gerada por Itaipu. Para maiores informações, ver “Item 4. Informações sobre a Companhia - O Setor Elétrico Brasileiro”. 18 ORGANOGRAMA - PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA POSIÇÃO EM 31/12/2014 ESTADO DO PARANÁ 58,63% 31,07% Votante Total BNDESPAR 26,41% 23,96% Votante Total CUSTÓDIA EM BOLSA (Free Float) 13,70% Votante 44,17% Total ELETROBRAS 1,06% 0,56% Votante Total OUTROS ACIONISTAS 0,20% 0,24% Votante Total BM&FBOVESPA 13,14% Votante 27,13% Total NYSE 0,56% 17,02% 0,00% 0,02% Votante Total LATIBEX Votante Total COPEL (1) COPEL GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. 100,0% (4) MARUMBI TRANSMISSORA DE ENERGIA S.A. 80,0% Total (2) UEG ARAUCÁRIA LTDA. 60,0% Total (1) COPEL PARTICIPAÇÕES S.A. (1) COPEL DISTRIBUIÇÃO S.A. (1) COPEL TELECOMUNICAÇÕES S.A. (1) COPEL RENOVÁVEIS S.A. 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% (4) DOMINÓ HOLDINGS S.A. 49,0% Total (1) NOVA EURUS IV ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A. 100,0% (4) COSTA OESTE TRANSMISSORA DE ENERGIA S.A. 51,0% Total (1) NOVA ASA BRANCA I ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A. 100,0% (5) CONSÓRCIO ENERGÉTICO CRUZEIRO DO SUL 51,0% Total 50,1% Total (1) NOVA ASA BRANCA II ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A. (1) NOVA ASA BRANCA III ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A. (1) SANTA MARIA ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A. (1) SANTA HELENA ENERGIAS RENOVÁVEIS S.A. 49,0% Total (4) CANTAREIRA TRANSMISSORA DE ENERGIA S.A. 49,0% Total (5) CONSÓRCIO SÃO JERÔNIMO 41,2% Total SÃO BENTO DO NORTE I S.A. Total (3) SERCOMTEL S.A. TELECOMUNICAÇÕES 45,0% (1) VENTOS DE SANTO URIEL S.A. SÃO BENTO DO NORTE II S.A. (3) ESCOELECTRIC LTDA. 40,0% Total (3) FOZ DO CHOPIM ENERGÉTICA LTDA. 35,8% Total SÃO BENTO DO NORTE III S.A. Total SÃO MIGUEL I S.A. Total (3) DOIS SALTOS EMPREEND. DE GERAÇÃO ENERGIA ELÉTRICA LTDA. 30,0% Total 100,0% GE OLHO D'ÁGUA S.A. 100,0% (3) DONA FRANCISCA ENERGÉTICA S.A. 23,0% Total 100,0% Total SÃO MIGUEL III S.A. Total (2) UEG ARAUCÁRIA LTDA. 20,0% Total (3) COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ SANEPAR 7,6% Total (4) VOLTALIA SÃO MIGUEL DO GOSTOSO PARTICIPAÇÕES S.A. 49,0% Total (7) PARANÁ GÁS EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO S.A. 30,0% Total (4) TRANSMISSORA SUL BRASILEIRA DE ENERGIA S.A. Total (1) Subsidiária Integral (2) Controladas (3) Coligadas (4) Controladas em conjunto (5) Consórcios (6) Consórcios para Investimentos (7) Sem investimentos realizados (5) CONSÓRCIO TAPAJÓS 11,1% Total (6) CONSÓRCIO BAIXO IGUAÇU 30,0% Obs.: A Copel também possui 0,82% do Capital Total da Investco S/A (UHE Lajeado). Total 19 Total GE SÃO BENTO DO NORTE S.A. Total (2) COMPANHIA PARANAENSE DE GÁS COMPAGAS 51,0% Total Total GE FAROL S.A. 100,0% (4) PARANAÍBA TRANSMISSORA DE ENERGIA S.A. 24,5% Total 20,0% Total GE BOA VISTA S.A. 100,0% SÃO MIGUEL II S.A. 99,9% (2) ELEJOR - CENTRAIS ELÉTRICAS DO RIO JORDÃO S.A. 70,0% Total Total (1) SÃO BENTO ENERGIA Total 99,9% 100,0% (4) CAIUÁ TRANSMISSORA DE ENERGIA S.A. 48,0% 99,9% 100,0% (4) INTEGRAÇÃO MARANHENSE TRANS. DE ENERGIA S.A. 49,0% Total (3) COPEL AMEC S/C LTDA. (Em Liquidação) 99,9% 100,0% (4) MATRINCHà TRANSMISSORA DE ENERGIA (TP NORTE) S.A. 49,0% Total Total 99,9% 100,0% (4) GUARACIABA TRANSMISSORA DE ENERGIA (TP SUL) S.A. 49,0% Total 49,0% 99,9% 100,0% (4) MATA DE SANTA GENEBRA TRANSMISSÃO S.A. (1) CUTIA EMPREENDIMENTOS EÓLICOS SPE S.A. 100,0% (3) CARBOCAMPEL S.A. Total A tabela seguinte mostra a energia total que geramos e que adquirimos nos últimos cinco anos, revelando o volume total de energia gerado e adquirido pela Copel Geração e Transmissão e o volume total de energia adquirido pela Copel Distribuição. Exercício encerrado em 31 de dezembro 2014 2013 2012 Copel Geração e Transmissão 2011 2010 (GWh) Energia gerada .......................................................... 24.605 24.420 18.181 25.789 24.321 Energia adquirida de terceiros(1) .............................. 612 2.505 3.981 952 696 25.217 26.925 22.162 26.741 25.017 Energia adquirida de Itaipu(2)................................... 5.870 5.193 5.256 5.278 5.306 Energia adquirida em leilões – CCEAR - afiliadas 411 832 1.316 1.327 1.230 Energia adquirida em leilões – CCEAR - outras 16.281 14.715 17.457 16.771 15.405 Energia adquirida de terceiros(3) .............................. 6.171 6.149 3.267 3.106 3.090 Total de energia adquirida pela Copel Distribuição 28.733 26.889 27.296 26.482 25.031 Total de energia gerada e adquirida pela Copel Geração e Transmissão e pela Copel Distribuição 53.950 53.814 49.458 53.223 50.048 Total de energia gerada e adquirida pela Copel Geração e Transmissão Copel Distribuição ____________ (1) Inclui capacidade disponibilizada mas não totalmente entregue (incluindo energia do MRE e da CCEE). As concessionárias de distribuição que operam mediante concessões nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil compram energia gerada por Itaipu. (3) Inclui capacidade disponibilizada mas não totalmente entregue (incluindo energia da Elejor e da CCEE). (2) A tabela seguinte mostra a energia total que vendemos a consumidores livres, consumidores cativos, distribuidores, agentes comercializadores e outras concessionárias no sul do Brasil por meio do Sistema Interligado de Transmissão que interliga os Estados das regiões Sul e Sudeste do Brasil, discriminando o volume total de energia vendido pela Copel Geração e Transmissão e pela Copel Distribuição nos últimos cinco anos. Exercício encerrado em 31 de dezembro 2013 2012 4.016 4.082 GWh 1.404 7.392 5.233 1.367 2014 Copel Geração e Transmissão Energia fornecida aos consumidores livres Energia fornecida mediante contratos bilaterais Energia fornecida em leilões – CCEAR – afiliadas Energia fornecida em leilões – CCEAR - outras 2011 2010 919 1.054 1.051 1.455 411 832 1.316 1.327 1.230 4.695 6.389 13.780 14.139 13.405 Energia fornecida ao Sistema Interligado(1) 7.970 9.796 3.856 8.625 7.233 Energia total fornecida pela Copel Geração e Transmissão 24.484 26.332 21.723 26.061 24.377 Energia fornecida aos consumidores cativos 24.208 22.926 23.248 22.454 21.304 Energia fornecida a distribuidores no Paraná 699 620 635 600 568 Mercado à vista (CCEE) 362 43 36 341 61 Total de energia fornecida pela Copel Distribuição 25.269 23.589 23.919 23.395 21.933 Subtotal 49.753 49.921 45.645 49.456 46.310 Perdas da Copel Geração e Transmissão e da Copel Distribuição 4.197 3.893 3.816 3.767 3.738 Energia total fornecida pela Copel Geração e Transmissão e pela Copel Distribuição, incluindo perdas 53.950 53.814 49.458 53.223 50.048 Copel Distribuição ____________ (1) Inclui capacidade disponibilizada mas não totalmente entregue. 20 Geração Em 31 de dezembro de 2014, vendemos energia através de dezoito (18) usinas hidrelétricas, uma usina eólica e uma termelétrica, com capacidade instalada total de 4.754,4 MW. Em 14 de fevereiro de 2014, no vencimento do contrato de concessão de uma de nossas usinas hidrelétricas (Rio dos Patos), deixamos de vender a energia produzida por esta usina, porém continuamos operando e mantendo-a até que o vencedor do próximo processo de licitação a ser conduzido pela ANEEL assuma a usina. Incluindo a capacidade instalada das empresas de geração em que possuímos participação acionária, nossa capacidade instalada total em 31 de dezembro somava 5.360,4 MW. Produzimos energia quase exclusivamente através de nossas usinas hidrelétricas. Nossa energia assegurada totalizou 2.067,6 MW médios em 2014. Nossa geração varia de ano a ano em razão de condições hidrológicas e outros fatores. Geramos 24.604,8 GWh em 2014, 24.420,4 GWh em 2013, 18.180,9 GWh em 2012, 25.789 GWh em 2011 e 24.321 GWh em 2010. A geração de energia elétrica em nossas usinas é supervisionada, coordenada e operada por nosso Centro de Operação da Geração e Transmissão em Curitiba, que é responsável pela coordenação da operação de aproximadamente 99,9% de nossa capacidade instalada total, incluindo algumas das usinas em que possuímos participações societárias parciais. Instalações de Geração Hidrelétrica A tabela seguinte apresenta algumas informações relativas às nossas principais usinas hidrelétricas em operação em 31 de dezembro de 2014. Usina Foz do Areia Capacidade Instalada (MW) 1.676 Energia Assegurada (1) (GWh/ano) 5.045,8 Entrada em Operação Término da Concessão 1980 2023 Segredo 1.260 5.282,3 1992 2029 Salto Caxias 1.240 5.299,8 1999 2030 Capivari Cachoeira 260 954,8 1970 2015 Mauá 185(2) 876,0 2012 2042 ____________ (1) (2) Valores usados para determinação de volumes comprometidos para venda. Corresponde a 51% da capacidade instalada da usina (363 MW), pois operamos essa usina através de um consórcio. Governador Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia). A Usina Hidrelétrica de Foz do Areia está localizada no rio Iguaçu, aproximadamente 350 km a sudoeste da cidade de Curitiba. Governador Ney Aminthas de Barros Braga (Segredo). A Usina Hidrelétrica de Segredo está localizada no rio Iguaçu, aproximadamente 370 km a sudoeste da cidade de Curitiba. Governador José Richa (Salto Caxias). A Usina Hidrelétrica de Salto Caxias está localizada no rio Iguaçu, aproximadamente 600 km a sudoeste da cidade de Curitiba. Governador Pedro Viriato Parigot de Souza (Capivari-Cachoeira). A Usina Hidrelétrica de CapivariCachoeira é a maior usina hidrelétrica subterrânea do Brasil. O reservatório está localizado no rio Capivari, aproximadamente 50 km ao norte da cidade de Curitiba, e a usina está localizada no rio Cachoeira, aproximadamente 15 km do reservatório. Mauá. A Usina Hidrelétrica de Mauá está localizada no rio Tibagi, no Paraná. Foi construída entre 2008 e 2012 pelo Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, em que a Copel possui uma participação de 51,0% e a Eletrosul 21 Centrais Elétricas S.A. (“Eletrosul”) detém os outros 49,0%. Está localizada aproximadamente a 250 km de Curitiba, na municipalidade de Telêmaco Borba. Além de nossas unidades de geração, possuímos participações em várias outras empresas de geração hidrelétrica. Entre 2004 e 2010, fomos obrigados por lei a deter maioria das ações com direito a voto de todas as companhias em que adquiríssemos participação. A partir de 2010, foi possível para nós manter participações minoritárias em outras empresas. A tabela a seguir apresenta informações sobre as usinas de geração hidrelétrica em que possuíamos participação em 31 de dezembro de 2014: Usina Capacidade Instalada (MW) Energia Assegurada (GWh/ano) Entrada em Operação 1.229,0 Julho de 2005 Junho de 2006 Nosso Percentual de Participação (%) Elejor (Santa Clara e Fundão) 246,4 Dona Francisca 125,0 683,3 Fevereiro de 2001 23,0 2033 Foz do Chopim 29,1 178,7 Outubro de 2001 35,8 2030 902,5 4.613,0 Dezembro de 2001 0,8 2032 Lajeado (Investco S.A.) 70,0 Vencimento da Concessão 2036 Complexo Elejor. O Complexo Elejor abrange as usinas hidrelétricas de Santa Clara e Fundão, ambas localizadas no rio Jordão, no Estado do Paraná. A capacidade instalada total das unidades é de 246,4 MW, incluindo duas pequenas centrais hidrelétricas instaladas no mesmo local. A Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. (a “Elejor”) assinou o contrato de concessão de 35 anos para o complexo de Santa Clara e Fundão em outubro de 2001. Em 31 de dezembro de 2014, possuíamos 70,0% das ações ordinárias, e a Paineira Participações detinha os 30,0% restantes das ações ordinárias da Elejor. A Elejor deve efetuar pagamentos mensais ao governo federal pelo uso de recursos hidrelétricos, totalizando montantes anuais de R$ 19,0 milhões. Esse montante é corrigido, anualmente, pelo Índice Geral de Preços do Mercado (o “IGP-M”). Assinamos um contrato de compra de energia com a Elejor que prevê que nós compraremos toda a energia produzida pelas usinas de Santa Clara e Fundão por uma tarifa fixa até abril de 2019, corrigida anualmente pelo IGP-M. Em 2014, a receita líquida e lucro líquido da Elejor somavam R$ 241,2 milhões e R$ 19,2 milhões respectivamente, enquanto em 2013, a receita líquida e lucro líquido eram de R$ 217,4 milhões e R$ 41,9 milhões, respectivamente. Dona Francisca. Possuímos participação de 23,03% das ações ordinárias da Dona Francisca Energética S.A. (“DFESA”). Os outros acionistas são a Gerdau S.A., com participação de 51,82%, a Celesc S.A., com participação de 23,03%, e a Desenvix, com participação de 2,12%. A Usina Hidrelétrica DFESA está localizada no rio Jacuí, no Estado do Rio Grande do Sul, e iniciou suas operações em 2001. Em 31 de dezembro de 2014, a DFESA tinha empréstimos e financiamentos no valor total de R$ 5,1 milhões. Os empréstimos estão garantidos por ações da DFESA. Até março de 2015, tínhamos um contrato de compra de energia com a DFESA, no valor anual de R$ 81,3 milhões, segundo o qual a Copel Geração e Transmissão adquiriu 100% da energia assegurada da DFESA. Em abril de 2015, assinamos um novo contrato de compra de energia com duração de 10 anos com a DFESA, avaliado em R$ 18,9 milhões anualmente, segundo o qual a Copel Geração e Transmissão adquire 23,03% da energia assegurada da DFESA (proporcional à participação da Copel). Em 2014, a receita líquida e lucro líquido da DFESA totalizavam R$ 109,9 milhões e R$ 43,8 milhões respectivamente, enquanto em 2013 a receita líquida e lucro líquido somavam R$ 104,4 milhões e R$ 39,0 milhões respectivamente. Foz do Chopim. A Usina Hidrelétrica de Foz do Chopim está localizada no rio Chopim, no Estado do Paraná. Possuímos 35,77% das ações ordinárias da Foz do Chopim Energética Ltda., a controladora da Usina 22 Hidrelétrica da Foz do Chopim, e a Silea Participações Ltda. detém os 64,23% restantes. A operação e a manutenção da usina hidrelétrica Foz do Chopim é realizada pela Copel Geração e Transmissão S.A. através de contratos de fornecimento de energia executados a uma tarifa média de R$ 202,56/MWh. A Foz do Chopim Energética Ltda. também tem autorização para operar a PCH Bela Vista, uma usina hidrelétrica que se localiza no mesmo rio e tem capacidade semelhante. O processo de obtenção da licença ambiental necessária está em andamento. Em 2014, a receita líquida e o lucro líquido da usina Foz do Chopim foi de R$ 40,2 milhões e R$ 23,7 milhões, respectivamente, enquanto que, em 2013, a receita líquida e o lucro líquido foram de R$ 38,8 milhões e R$ 28,8 milhões, respectivamente. Instalações de Geração de Energia Eólica Desde 2013, estamos expandindo nossa capacidade de geração de energia e diversificando nossa matriz de energia através do desenvolvimento de fontes de energia renovável, tal como a construção de parques eólicos no estado do Rio Grande do Norte. A tabela a seguir apresenta informações sobre nossas usinas eólicas operantes em 31 de dezembro de 2014: Entrada em operação Vencimento da concessão 46,3 6,3 Fevereiro de 2015 - 2046 - 30,0 15,3 - - 30,0 14,6 - - Farol 20,0 10,1 - - Palmas 2,5 0,5 Fevereiro de 1999 2029 Usina Capacidade instalada Energia assegurada (MW) (MW média) 94,0 14,0 Olho d'Água São Bento do Norte São Bento Energia(1) Boa Vista __________________________ (1) São Bento iniciou suas operações em 26 de fevereiro de 2015. São Bento Energia. Em 26 de fevereiro de 2015, os quatro parques eólicos (Boa vista, Olho d’Água, São Bento do Norte e Farol) inclusive no Complexo do Parque Eólico de São Bento, localizado no estado do Rio Grande do Norte iniciaram suas operações. Com capacidade instalada de 94 MW e energia assegurada média de 46,3 MW, o projeto é o primeiro de uma série de cinco complexos a serem construídos pela Companhia no estado do Rio Grande do Norte até 2019. Em agosto de 2010, uma média de 43,7 MW de energia gerada a um preço médio ponderado de R$ 134,4 MW/h (reajustado anualmente pelo IPCA) foi vendido para 15 concessionárias de distribuição em leilões públicos da ANEEL. A energia a ser gerada por esses parques eólicos foi vendida através de contratos a termo de 20 anos. Instalações de Geração Termelétrica A tabela a seguir apresenta informações sobre as usinas termelétricas em operação em 31 de dezembro de 2014: Usina Araucária Figueira Capacidade instalada Energia assegurada (MW) (GWh/ano) 484,1 20,0 3.199,2 (1) 90,2 Entrada em operação Nosso Percentual de Participação Vencimento da concessão (%) Setembro de 2006 80,0 2029 Março de 1969 100,0 2019 (1) A energia assegurada de usinas termelétricas como Araucária varia dependendo do preço do gás natural, conforme critérios estabelecidos pelo Ministério de Minas e Energia. 23 Araucária. Possuímos participação de 80,0% na UEG Araucária Ltda., que é proprietária da Usina Termelétrica de Araucária. Em dezembro de 2006, a UTE Araucária Ltda. celebrou contrato de locação da usina com a Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras, e esta assinou contrato de operação e manutenção com nossa subsidiária Copel Geração e Transmissão, sob o qual a Copel Geração e Transmissão opera e mantém a usina. Ambos os contratos venceram em 31 de janeiro de 2014. Desta forma, a partir de 1º de fevereiro de 2014, a UEG Araucária Ltda. é responsável pela venda de energia produzida pela Usina Termelétrica Araucária. Atualmente, essa energia não é vendida em contratos de longo prazo, mas sim distribuída no mercado à vista, conforme estabelecido pela ONS. Expansão da Capacidade Geradora Esperamos investir R$ 929,2 milhões em 2015 para expandir nossa capacidade de geração, incluindo a participação em novos negócios, dos quais R$ 345,1 milhões serão investidos na Usina Hidrelétrica Colíder, R$ 158,5 milhões serão investidos na Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu e R$ 221,4 milhões serão investidos em usinas eólicas. O valor restante será investido em manutenção de equipamentos, na modernização da Usina Hidrelétrica de Foz do Areia, entre outros projetos. Projetos de Usinas Hidrelétricas Temos participações em vários projetos de geração hidrelétrica. A tabela a seguir apresenta informações a respeito de nossos principais projetos de geração hidrelétrica planejados e aquisições recentes de usinas de geração hidrelétrica. Capacidade Instalada Energia Assegurada Estimada (1) Custo de Conclusão Orçado (MW) (GWh/ano) (R$ milhões) UHE Colíder 300,0 1.573 1.800 Abril de 2016 100,0 Concessão outorgada UHE Baixo Iguaçu 350,2 1.514 1.600 Dezembro de 2017 (2) 30,0 Concessão outorgada Usina Início de Operação (Previsto) Nosso Percentual de Participação Situação (%) _____________________ (1) (2) Valores usados para determinação de volumes comprometidos para venda. A operação comercial esperada em 2016 foi alterada, pois a licença de instalação ambiental foi suspensa (a unidade de geração 1 está programada para iniciar sua operação comercial em 31 de dezembro de 2017 e as unidades de geração 2 e 3 em janeiro e fevereiro de 2018, respectivamente). Colíder. Em julho de 2010, conquistamos em leilão da ANEEL a concessão, por 35 anos, para construir e operar a Usina Hidrelétrica Colíder, no rio Teles Pires, no Estado do Mato Grosso. A usina de Colíder terá capacidade instalada de 300,0 MW e estará situada nos municípios de Nova Canaã do Norte, Colíder, Itaúba e Cláudia. A construção da usina começou em 2011. O projeto encontra-se em seu estágio final de construção, com a aplicação da cobertura e sistema de drenagem instalados. O equipamento eletromecânico está sendo instalado na usina geradora. A primeira unidade de geração encontra-se em seu estágio avançado. Devido a caso fortuito ocorrido no início de 2013, o cronograma original de construção foi prejudicado. A Copel GeT está solicitando à ANEEL o reconhecimento de uma exclusão de obrigação pelo adiamento no início das operações da usina e vem entregando energia de acordo com os termos do CCEAR da Colíder desde 1 janeiro de 2015, com energia proveniente de seus próprios complexos de geração. A geração comercial está prevista para abril de 2016. Da energia assegurada da usina de 179,6 MW médios, 125,0 MW médios estão comprometidos sob contrato de 30 anos, ao preço de R$ 103,40/MWh, a partir de 1º de julho de 2010 (corrigido anualmente pelo IPCA). Os 54,6 MW médios remanescentes não vendidos sob esse contrato ainda não foram contratados e estão disponíveis para venda a grandes consumidores no mercado livre. Baixo Iguaçu. Em junho de 2013, nós adquirimos participação de 30% na UHE Baixo Iguaçu através de um consórcio, sem pagamento de prêmio. Este é o último projeto de energia planejado para o Rio Iguaçu, principal rio do Estado do Paraná e será localizada a cerca de 30 km a jusante da UHE Governador José Richa, a UHE Salto Caxias, que pertence inteiramente à Copel. A Usina Baixo Iguaçu terá capacidade instalada de 350,2 MW e estará localizada nos municípios de Capanema, Capitão Leonidas Marques, Planalto, Realeza e Nova Prata do Iguaçu. A 24 usina terá energia assegurada de 172,8 MW média, sendo 120,96 MW médios comprometidos em um contrato de distribuição de 30 anos ao preço de R$ 98,98/MWh, a partir de 1º de julho de 2008 (corrigido anualmente pelo IPCA), com início de suprimento em dezembro de 2017. Os 51,84 MW médios remanescentes ainda não foram contratados e estão disponíveis para venda a grandes consumidores no mercado livre. A construção da usina começou em 2013. A operação comercial estimada em 2016 foi modificada pois a licença de instalação ambiental foi suspensa desde junho de 2014 devido à disputas judiciais. O 4o Tribunal Regional Federal determinou a suspensão dos seus trabalhos de construção, pois entendeu que a construção não obteve aprovação da ICMBio, agência ambiental responsável pelo Parque Nacional do Iguaçu (a reserva natural situa-se 500 metros da usina). A unidade de geração 1 agora está programada para iniciar sua operação comercial em 31 de dezembro de 2017 e as unidades de geração 2 e 3 em janeiro e fevereiro de 2018, respectivamente. Projetos de Parques Eólicos Atualmente, detemos 100% de participação acionária em vinte (20) usinas eólicas em construção, totalizando 528,1 MW de capacidade instalada e também detemos 49,0% de participação acionária no Complexo do Parque Eólico São Miguel do Gostoso, composto por quatro (4) usinas eólicas com 108,0 MW de capacidade instalada. Toda a energia a ser produzida desses parques eólicos foi vendida às concessionárias de energia através de contratos com duração de 20 anos. A tabela abaixo apresenta as informações sobre nossos projetos de parques eólicos: Parque Eólico Copel Brisa Potiguar Nova Eurus IV Nova Asa Branca I Nova Asa Branca II Nova Asa Branca III Santa Maria Santa Helena Ventos de Santo Uriel Cutia Capacidade instalada (1) (MW) Energia Assegurada Estimada (Average MW) Custo de Conclusão Orçado (R$ milhões) Início de Operação (Previsto) Nosso Percentual de Participação (%) 196,1 92,9 972,5 2015 100,0 30,0 30,0 30,0 30,0 30,0 30,0 16,1 13,7 13,2 12,8 12,5 15,7 16,0 9,0 - - - 332,0 126,2 1.310,7 - 100,0 Dreen Cutia Dreen Guajiru Esperança do Nordeste GE Jangada GE Maria Helena Paraíso dos Ventos do Nordeste Potiguar São Bento do Norte I São Bento do Norte II São Bento do Norte III São Miguel I São Miguel II São Miguel III 25,2 21,6 30,0 30,0 30,0 30,0 28,8 24,2 24,2 22,0 22,0 22,0 22,0 9,6 8,3 9,1 10,3 12,0 10,6 11,5 9,7 10,0 9,6 8,7 8,4 8,4 - 2017 2017 2017 2017 2017 2017 2017 2019 2019 2019 2019 2019 2019 - Voltália São Miguel do Gostoso I 108,0 57,1 513,9 2015 49,0 27,0 27,0 27,0 27,0 13,1 14,4 15,3 14,3 - - - Carnaúbas Reduto Santo Cristo São João Situação Concessão outorgada Concessão outorgada Concessão outorgada - _______________________________ (1) A capacidade instalada de nossos projetos de parque eólico pode ser reduzida durante a implementação dos projetos. Copel Brisa Potiguar: Em agosto de 2013, adquirimos 100% dos ativos de geração da Salus Fundos de Investimento em Participações, uma companhia dona de sete parques eólicos que são sociedades de propósito específico localizados no estado do Rio Grande do Norte, com capacidade instalada total de 196,1 MW. Uma média de 92,9 MW (dos parques eólicos Asa Branca I, Asa Branca II, Asa Branca III e Eurus IV) foi comprometida em contrato de distribuição de energia elétrica no leilão de energia alternativa realizado em agosto de 2010, ao preço médio ponderado de R$ 135,40/ MWh (ajustado anualmente pelo IPCA). Uma media de 40,7 MW (dos parques 25 eólicos Santa Helena, Santa Maria e Santo Uriel) foi comprometida em contrato no leilão de energia reserva em agosto de 2011, ao preço médio ponderado de 101,98/ MW/h (corrigido anualmente pelo IPCA). A energia a ser gerada foi vendida através de contratos de 20 anos, com início de suprimento abril de 2015. Cutia. Em 31 de outubro de 2014, no 6o Leilão de Energia de Reserva (LER), vendemos em média 71,2 MW do complexo de parques eólicos de Cutia (Dreen Cutia, Dreen Guajiru, Esperança do Nordeste, GE Jangada, GE Maria Helena, Paraíso dos Ventos do Nordeste e Potiguar) por R$ 144,00/MWh (preço máximo do leilão). Os sete parques eólicos possuem uma capacidade combinada de 195,6 MW, energia assegurada média de 71,4 MW e serão construídos nas cidades de Pedra Grande e São Bento do Norte, no estado do Rio Grande do Norte. Além disso, no 20o Leilão de Nova Energia (A-5), realizado em 28 de novembro de 2014, vendemos um adicional médio de 54,8 MW de energia eólica (por R$ 136,97/MWh), através de Acordos de Disponibilidade com um prazo de abastecimento de 20 anos. Com uma capacidade total de 136,4 MW e energia assegurada média de 54,8 MW, os seis novos parques eólicos (São Bento do Norte I, São Bento do Norte II, São Bento do Norte III, São Miguel I, São Miguel II e São Miguel III) que pertencem ao complexo de parques eólicos de Cutia serão construídos em São Bento do Norte, no estado do Rio Grande do Norte, na mesma região de outros complexos de parques eólicos que pertencem à Copel. São Miguel do Gostoso. Em 5 de junho de 2014, negociamos com a Voltalia Energia do Brasil Ltda. (Voltalia), a aquisição de participação de 49% no complexo de parques eólicos de São Miguel do Gostoso, no estado do Rio Grande do Norte (Brasil). O complexo do parque eólico de São Miguel do Gostoso, que já está sendo implementado, compreende quatro parques eólicos, 108 MW de capacidade instalada, cuja energia foi vendida no Quarto Leilão de Energia de Reserva pelo preço médio de R$ 98,92 MWh, através de contratos com prazo de 20 anos, com o fornecimento iniciando em abril de 2015. Projetos Propostos Estamos participando de várias iniciativas para o estudo da viabilidade técnica, econômica e ambiental de alguns projetos de geração hidrelétrica, eólica e termelétrica. Esses projetos de geração propostos somariam 876,2 MW de capacidade instalada. A tabela a seguir apresenta informações a respeito desses projetos de geração propostos. Projetos Propostos Capacidade Instalada Estimada Energia Assegurada Estimada Nosso Percentual de Participação (MW) (GWh/ano) (%) UHE São Jerônimo 331,0 1.560 41,2 PCH BelaVista 29,0 157,4 36 PCH Dois Saltos 25,0 119,1 30 PCH Pinhalzinho 10,9 52,1 30 PCH Burro Branco 10,0 45,1 30 PCH Foz do Turvo 8,8 41,2 30 29,5 142,2 15 PCH Foz do Curucaca PCH Salto Alemã 29,0 139,7 15 PCH São Luiz 26,0 125,3 15 PCH Alto Chopim 20,3 98,0 15 PCH Rancho Grande 17,7 85,3 15 Parque eólico Complexo Alto Oriente 60,0 247,5 100 Parque eólico Complexo Jandaia 99,0 428,2 100 UTE Norte Pioneiro 180,0 1.190,2 100 TOTAL 876,2 4.458,3 - 26 Em 2015, planejamos disputar concessões de construção e operação de novas usinas hidrelétricas nos leilões do mercado regulado para novos projetos de geração. Estamos estudando a viabilidade de nossa participação nos projetos hidrelétricos e eólicos que deverão ser listados nos Leilões A-5 em 2015. Também faremos estudos de novas usinas hidrelétricas. Além dos projetos descritos acima, também conduzimos estudos relativos a leilões governamentais futuros de usinas eólicas, pequenas usinas hidrelétricas e usinas termelétricas, dos quais podemos vir a participar. Outros projetos de energia renovável sob estudo ou desenvolvimento incluem o uso de detritos sólidos municipais para geração elétrica, cultivo de microalgas para produção de energia, energia eólica, energia solar fotovoltaica, energia a partir de óleo vegetal bruto e produção de biogás por microalgas. Transmissão e Distribuição Geral A energia é transferida das usinas para os clientes através de sistemas de transmissão e distribuição. Transmissão é a transferência de grandes volumes de energia das instalações geradoras aos sistemas de distribuição por meio do Sistema Interligado de Transmissão, em tensões iguais ou superiores a 230 kV. Distribuição é a transferência de energia aos consumidores finais, em tensões iguais ou inferiores a 138 kV. A tabela seguinte apresenta informações relativas às nossas redes de transmissão e distribuição nas datas indicadas. Em 31 de dezembro 2014 2013 2012 2011 2010 Linhas de transmissão (km): 230 kV e 500 kV.................................................................................. 2.197,3 2.160,9 2.010,7 2.016,3 1.900,4 138 kV .................................................................................................. 7,2 7,2 7,2 7,2 7,2 - 5,4 5,4 5,4 5,4 (1) 69 kV ................................................................................................. Linhas de distribuição (km): 230 kV .................................................................................................. 123,5 63,3 68,3 66,1 66,1 138 kV .................................................................................................. 5.153,5 5.054,7 4.880,1 4.705,3 4.586,3 69 kV .................................................................................................... 727,2 932,5 968,5 1.003,5 981,5 34,5 kV ................................................................................................. 82.232,5 81.546,1 81.253,3 80.662,2 79.496,2 13,8 kV ................................................................................................. Capacidade de transformação (MVA): 101.688,7 100.279,8 99.195,1 97.981,0 96.863,6 Subestações de transmissão e distribuição (69 kV – 500 kV)(2) ....... 21.649,7 20.576,5 19.454,8 19.415,3 18.398,6 Subestações elevadoras de geração ................................................... 6.312,4 5.006,8 5.006,8 5.006,8 5.006,8 Subestações de distribuição (34,5 kV) ............................................... 1.545,0 1.480,2 1.504,8 1.539,6 1.533,7 Transformadores de distribuição ........................................................ 11.278,2 10.882,2 10.325,3 9.961,6 9.312,4 Perdas totais de energia ....................................................................... 7,0% 7,2% 7,7% 7,1% 7,5% ________________ (1) (2) Conforme aprovado pela ANEEL em 2008, essas linhas de transmissão de 69 kV da Copel Distribuição foram transferidas para a Copel Geração e Transmissão, uma vez que eram parte do nosso segmento de negócios de transmissão. Esse número inclui transformadores de tensão primária de 69 e 138 kV, que pertencem à Copel Distribuição mas foram instalados em subestações de 230 kV e 525 kV, que pertencem à Copel Geração e Transmissão. 27 Transmissão Nosso sistema de transmissão abrange todos os nossos ativos de 230 kV ou voltagem superior e uma pequena parcela dos ativos de 69 kV e 138 kV, que são usados para transmitir a energia que geramos e a energia que recebemos de outras fontes. Além de usar as linhas de transmissão para fornecer energia a clientes no Estado do Paraná, transmitimos energia através do Sistema Interligado de Transmissão. Duas companhias pertencentes ao Governo Federal, a Eletrosul e Furnas Centrais Elétricas S.A. (“Furnas”), também mantêm sistemas de transmissão significativos no Estado do Paraná. Furnas é responsável pela transmissão de energia de Itaipu, enquanto o sistema de transmissão da Eletrosul interliga os Estados do Sul do Brasil. A Copel, assim como todas as outras companhias que possuem instalações de transmissão, é obrigada a permitir que terceiros utilizem suas instalações de transmissão em troca de pagamento em nível estabelecido pela ANEEL. Atualmente, realizamos a operação e a manutenção de 2.204 km de linhas de transmissão, trinta e duas (32) subestações no Estado do Paraná e uma subestação no estado de São Paulo. Além disso, realizamos parcerias com outras empresas para operar 1.442 km de linhas de transmissão e quatro subestações através de sociedades com propósito específico (SPEs). A tabela abaixo apresenta informações sobre nossos ativos de transmissão em operação: Subsidiária/SPE Linhas de Transmissão Extensão TL (km) No. de Subestações Data de Término da Concessão COPEL GeT Principal Concessão de Transmissão(1) 1.919 32 Dez-42 COPEL GeT TL Bateias - Jaguariaiva 137 - Jul-31 COPEL GeT TL Bateias - Pilarzinho 32 - Mar-38 COPEL GeT TL Foz - Cascavel Oeste 116 - Nov-39 COPEL GeT Subestação Cerquilho III - 1 Out-40 2.204 33 - Subtotal Copel GeT Costa Oeste Copel GeT - 51% Eletrosul - 49% LT Cascavel Oeste Umuarama Sul SE Umuarama Sul 143 1 Jan-42 Transmissora Sul Brasileira Copel GeT - 20% Eletrosul - 80% Nova Sta Rita - Camaquã 798 1 Mai-42 TL Guaíra - Umuarama Sul TL Cascavel Norte - Cascavel Oeste Subestação Santa Quitéria / Subestação Cascavel Norte 136 2 Mai-42 Subtotal SPEs 1.442 4 Total 3.616 37 Caiuá Transmissora Copel GeT - 49% Elecnor - 51% (1) Nossas principais concessões de transmissão abrangem várias linhas de transmissão. A construção de novos ativos de transmissão de 230 kV e superiores deve ser concedida por meio de licitação ou autorizada pela ANEEL. Estamos autorizados pela ANEEL a efetuar pequenas melhorias em algumas das instalações existentes de 230 kV e 500 kV. 28 Em junho de 2010, a Copel venceu o leilão para a construção e operação de duas instalações, ambas localizadas no Estado de São Paulo. A primeira é a linha de transmissão Araraquara II – Taubaté que é uma linha de transmissão a 500 kV e 356 km. Esperamos concluir as obras de construção dessas instalações até março de 2016. Em dezembro de 2011, Sociedade de Propósito Específico Marumbi Transmissora, um acordo estratégico entre a Copel (80%) e a Eletrosul (20%), ganhou um leilão da ANEEL para a construção e operação de 28 km de linhas de transmissão e uma subestação no Estado do Paraná. A operação está programada para começar em abril de 2015. Em março de 2012, a Copel (49%), juntamente com a State Grid Brazil Holding (51%), através da Sociedade de Propósito Específico Matrinchã Transmissora e da Guaraciaba Transmissora, ganhou um leilão público da ANEEL para a construção e a operação de 1.605 km de novas linhas de transmissão e quatro novas subestações, que irão transmitir a energia produzida por cinco novas usinas hidrelétricas, que estão previstas para serem construídas no rio Teles Pires, no norte do Mato Grosso, para a região Sudeste do Brasil. Essas linhas e subestações estão programadas para entrar em operação em julho de 2015. Em junho de 2012, a Copel ganhou um leilão público para a construção e operação de 98 km de linhas de transmissão. A Copel adquiriu uma concessão para a construção de linhas de transmissão de 230kV que ligarão as subestações Londrina - Figueira (88km), localizadas no norte do Paraná, e as usinas Foz do Chopim e Salto Osório (10 km), ambas localizadas no sudoeste do Paraná. Essas linhas começaram a ser construídas em 2013. A linha Foz do Chopim - Salto Osório (10 km) entrou em operação comercial em 26 de março de 2015, enquanto que a linha Londrina - Figueira (88km) deve entrar em operação em maio de 2015. Em dezembro de 2012, um acordo estratégico entre a Copel (24,5%), a Furnas (24,5%) e a State Grid Brazil Holding (51%), a Sociedade de Propósito Específico Paranaíba Transmissora ganhou um leilão público para a construção e operação de 967 km de linhas de transmissão nos estados de Goiás, Minas Gerais e Bahia. O correspondente contrato de concessão foi assinado em maio de 2013 e as linhas de transmissão deverão entrar em operação em maio de 2016. No mesmo leilão público, a Copel adquiriu o direito de construir e operar 37 km de linhas de transmissão no estado de São Paulo, entre as cidades de Assis e Paraguaçu Paulista. O correspondente contrato de concessão foi assinado em fevereiro de 2013 e as linhas de transmissão deverão entrar em operação em setembro de 2015. Em novembro de 2013, a Copel ganhou um leilão público da ANEEL para a construção e operação de 33 km de linhas de transmissão e uma subestação no Estado do Paraná. O correspondente contrato de concessão foi assinado em janeiro de 2014 e as linhas de transmissão deverão entrar em operação em janeiro de 2016. No mesmo leilão, a Sociedade de Propósito Específico Mata de Santa Genebra Transmissora, um acordo estratégico entre a Copel (50,1%) e Furnas (49,9%), ganhou o direito de construir e operar 847 km de linhas de transmissão e três subestações nos estados do Paraná e São Paulo. O correspondente contrato de concessão foi assinado em maio de 2014 e as linhas de transmissão deverão entrar em operação em outubro de 2017. Em maio de 2014, a Copel venceu o leilão público da ANEEL para a construção e operação de dois lotes de linhas de transmissão, o primeiro lote composto por 53 km de linhas de transmissão e uma subestação no Estado do Paraná e o segundo lote composto por 120 km de linhas de transmissão nos estados do Paraná e São Paulo. Os correspondentes contratos de concessão foram assinados em setembro de 2014 e suas instalações deverão entrar em operação em março e setembro de 2017, respectivamente. No mesmo leilão público, o acordo estratégico entre a Copel (49%) e Elecnor (51%) ganhou o direito de construir e operar 328 km de linhas de transmissão nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Os correspondentes contratos de concessão foram assinados em setembro de 2014 e as linhas de transmissão deverão entrar em operação em março de 2018. A tabela abaixo resume as informações relacionadas com nossos ativos de transmissão atualmente em construção: 29 Subsidiária/ SPE Linhas de Transmissão TL Araraquara II — Taubaté TL Londrina - Figueira COPEL GeT COPEL GeT Participação da Companhia Início das operações (esperado) Estado km Número de subestações SP 356 - 100% Mar/2016 PR 88 - 100% Mai/2015 COPEL GeT TL Assis — Paraguaçu Paulista II Subestação Paraguaçu Paulista II SP 37 1 100% Set/2015 COPEL GeT TL Bateias - Curitiba Norte PR 33 1 100% Jan/2016 COPEL GeT TL Foz do Chopim Realeza PR 53 1 100% Mar/2017 COPEL GeT TL Assis – Londrina SP / PR 120 - 100% Set/2017 697 3 PR 28 1 80% Abr/2015 MT 1.005 3 49% Jul/2015 MT / GO / MG 600 1 49% Jul/2015 BA / MG / GO 967 - 24,5% Mai/2016 Subtotal Copel Get Marumbi Matrinchã Guaraciaba TL Curitiba - Curitiba Leste TL Paranaíta Ribeirãozinho TL Ribeirãozinho Marimbondo Paranaíba TL Barreiras II - Pirapora II Mata de Santa Genebra TL Araraquara II - Bateias SP / PR 847 3 50,1% Out/2017 TL Estreito - Fernão Dias SP / MG 328 - 49% Mar/2018 Subtotal SPC 3.775 8 Total 4.472 11 Cantareira Distribuição Nosso sistema de distribuição consiste de ampla rede de linhas aéreas e subestações com tensões de até 138 kV e uma pequena parcela de nossos ativos de 230 kV. Energia em tensão mais alta é fornecida a consumidores industriais e comerciais maiores, e energia em tensão mais baixa é fornecida a consumidores residenciais, pequenos consumidores industriais, consumidores comerciais e outros. Em 31 de dezembro de 2014, fornecíamos energia a uma área geográfica que abrangia 98% do Paraná e atendíamos a mais de 4,3 milhões de consumidores. Nossa rede de distribuição inclui 189.925,4 km de linhas de distribuição, 388.883 transformadores de distribuição e 230 subestações de distribuição de 34,5 kV, 35 subestações de 69 kV e 96 subestações de 138 kV. Em 2014, foram feitas 145.477 novas ligações, incluindo consumidores ligados por meio dos programas de eletrificação rural e urbana. Continuamos implementando redes compactas de distribuição em áreas urbanas com grande concentração de árvores perto das redes de distribuição. Possuímos 28 consumidores diretamente supridos em alta tensão (69 kV e acima) mediante conexões com nossas linhas de distribuição. Esses consumidores responderam por aproximadamente 2,9% do volume total de energia vendido pela Copel Distribuição ou 1,5% de nosso volume total de energia vendida em 2014. Somos responsáveis por expandir a rede de distribuição de 138 kV e 69 kV em nossa área de concessão. 30 Desempenho do Sistema Determinamos as perdas de energia de nosso sistema de distribuição separadamente das perdas de nosso sistema de transmissão. As perdas totais de nossa rede de distribuição são calculadas pela diferença entre a energia alocada ao sistema e a energia fornecida aos consumidores. Nossas perdas de distribuição de energia (inclusive perdas técnicas e comerciais) totalizaram 12,1% de nossa energia disponível em 2014 e incluíram a participação do segmento de distribuição das perdas da rede básica de transmissão (que estão alocadas entre nossas operações de distribuição e transmissão). Informações sobre a duração e frequência de interrupções para nossos clientes nos anos indicados são apresentadas na tabela seguinte: Qualidade do indicador de fornecimento DEC - Duração de interrupções por consumidor - por ano (em horas) ....................................................................................... 2014 2013 2012 2011 2010 14h06min 11h37min 10h15min 10h38min 11h28min 9,08 8,06 7,84 8,26 9,46 FEC - Frequência de interrupções por consumidor por ano (número de interrupções)...................................................................... Superamos o indicador de meta de qualidade estabelecidos pela ANEEL para 2014, o qual penaliza as interrupções no fornecimento de energia que ultrapassem uma frequência média de interrupções e tivemos um desempenho abaixo do esperado no indicador de meta de qualidade estabelecido pela ANEEL em 2014 que penaliza a falta de energia além do número médio de horas por cliente, em cada caso calculados numa base anual. Esses limites variam de acordo com a região geográfica, e o limite médio estabelecido pela ANEEL para a nossa empresa de distribuição foi de 12 horas e 14 minutos de interrupções por cliente por ano, um total de 10,02 interrupções por cliente por ano. O não cumprimento desses padrões predeterminados em relação a um consumidor final resulta na redução do valor que podemos cobrar de tais consumidores em períodos futuros. Além disso, os indicadores de meta de qualidade são considerados pela ANEEL durante procedimentos de renovação da concessão de distribuição e também influenciam o cálculo da ANEEL referente aos nossos ajustes tarifários. Para obter mais informações, consulte "Tarifas de Distribuição". Compras A tabela a seguir contém informações sobre os volumes, os custos e as tarifas médias das principais fontes de energia que adquirimos nos últimos três anos. 31 Fonte 2014 2013 2012 Itaipu Volume (GWh) ............................................................. 5.870 5.193 5.256 Custo (milhões de R$ ) ................................................ 756,1 610,4 503,3 Tarifa média (R$ /MWh) ............................................. 128,81 117,54 95,76 1.046 1.050 - Angra (1) Volume (GWh) ............................................................. Custo (milhões de R$ ) ................................................ 156,2 142,5 - Tarifa média (R$ /MWh) ............................................. 149,31 135,67 - Volume (GWh) ............................................................. 1.315 1.272 - Custo (milhões de R$ ) ................................................ 42,5 40,8 - Tarifa média (R$ /MWh) ............................................. 32,34 32,07 - CCGF Leilões no mercado regulado Volume (GWh) ............................................................. 16.692 15.645 19.003 Custo (milhões de R$ ) ................................................ 3.394,2 2.305,8 1.927,9 Tarifa média (R$ /MWh) ............................................. 203,34 147,38 _______________ (1) Antes de 2013, as aquisições da Angra foram realizadas através de leilões no mercado regulado. (2) Esses números não incluem energia de curto prazo adquirida na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). 101,45 Itaipu Adquirimos 5.870 GWh de energia de Itaipu em 2014, o que constituiu 20,4% de nossa disponibilidade total de energia em 2014 e 10,9% da disponibilidade de energia da Copel Distribuição em 2014. Nossas compras representaram aproximadamente 9,1% da produção total de Itaipu. As concessionárias de distribuição que operam mediante concessões nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do Brasil são obrigadas por lei a adquirir a porção brasileira da energia gerada por Itaipu proporcionalmente ao volume de energia que elas fornecem aos clientes. As tarifas pelas quais essas companhias são obrigadas a comprar energia de Itaipu são fixadas para cobrir as despesas operacionais de Itaipu e o pagamento do principal e juros dos empréstimos de Itaipu em dólares americanos, assim como o custo de transmissão até suas áreas de concessão. Essas tarifas são expressas em dólares americanos e foram fixadas em US$ 38,07 por kW em 2015. Em 2014, pagamos uma tarifa média de R$ 125,49 por MWh pela energia adquirida de Itaipu, contra R$ 117,5 por MWh durante 2013. Esses números não incluem a tarifa de transmissão que as companhias de distribuição devem pagar pela transmissão de energia de Itaipu. ANGRA Devido ao fato de a Eletronuclear ter renovado a concessão de geração da Angra de acordo com a Lei da Renovação das Concessões de 2013, a energia gerada pela Angra não é mais vendida no mercado regulado. De acordo com essa Lei, a energia é vendida para distribuidores de acordo com o sistema de cotas estabelecido pela Lei da Renovação das Concessões de 2013, de tal forma que a Copel Distribuição foi obrigada a comprar 1.046 GWh da Angra em 2014 e 1.050 GWh em 2013. Contrato de Cotas de Garantia Física – CCGF De acordo com a Lei da Renovação das Concessões de 2013, algumas concessionárias de geração renovaram seus contratos de geração e, deste modo, não vendem mais a energia produzida por essas unidades de geração em leilões no mercado regulado. Essa energia é vendida para companhias de distribuição de acordo com o sistema de cotas estabelecido pela Lei da Renovação das Concessões de 2013. Para mais informações, vide “item 4. 32 O Setor Elétrico Brasileiro”. A Copel Distribuição é obrigada a comprar energia dessas concessionárias de geração que renovaram as concessões de geração de acordo com o sistema de cotas. Consequentemente, a Copel Distribuição foi obrigada a comprar 1.315 GWh em contratos de CCGF em 2014 e 1.272 GWh em 2013. Leilões no Mercado Regulado Em 2014, adquirimos 16.692 GWh de energia termelétrica e hidrelétrica por meio de leilões no mercado regulado. Essa energia representa 67,0% da energia total que adquirimos. Para mais informações sobre o mercado regulado e o mercado livre, ver “O Setor Elétrico Brasileiro - A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico". Vendas a Consumidores Finais Em 2014, fornecemos aproximadamente 97% da energia distribuída diretamente a consumidores cativos no Paraná. Nossa área de concessão inclui 4,3 milhões de clientes localizados no Paraná e em um município do Estado de Santa Catarina, localizado ao sul do Paraná. Também vendemos energia a 29 consumidores livres, quatro dos quais localizados fora de nossa área de concessão. Em 2014, o consumo total de energia de nossos consumidores cativos e nossos consumidores livres foi de 28.224 GWh, um aumento de 4,5% contra os 27.008 GWh em 2013. A tabela seguinte apresenta informações sobre os volumes de energia vendidos a diferentes classes de compradores para os períodos indicados. Exercício encerrado em 31 de dezembro Categoria de compradores 2014 2013 2012 2011 2010 (GWh) Consumidores Industriais .............................................................. 10.841 10.675 8.799 8.377 8.146 Residencial ..................................................................................... 7.267 6.888 6.559 6.224 5.925 Comercial ....................................................................................... 5.482 5.086 5.058 4.778 4.466 Rural ............................................................................................... 2.252 2.081 2.025 1.872 1.774 Outros(1) .......................................................................................... 2.382 2.279 2.211 2.122 2.048 28.224 27.008 24.652 23.373 22.359 (2) Total ............................................................................................ ____________ (1) (2) Inclui serviços públicos como iluminação pública, fornecimento a municípios e outros órgãos governamentais e nosso consumo próprio. O total de GWh não inclui nossas perdas de energia. A seguinte tabela apresenta o número de consumidores finais da Copel em cada categoria em 31 de dezembro de 2014. Categoria de consumidores Número de Consumidores Finais Industrial ................................................................................................................................................. 91.096 Residencial.............................................................................................................................................. 3.437.030 Comercial ................................................................................................................................................ 369.206 Rural ........................................................................................................................................................ 372.464 Outras ................................................................................................................................................... 57.203 Total........................................................................................................................................................ 4.326.999 (1) ____________ (1) Inclui iluminação pública, fornecimento a municípios e outros órgãos governamentais, serviços públicos e nosso consumo próprio. Consumidores industriais e comerciais responderam por aproximadamente 31% e 21%, respectivamente, de nossas receitas totais de vendas a consumidores finais em 2014. Em 2014, 35% das nossas receitas totais de vendas de energia provieram de vendas a consumidores residenciais. 33 Tarifas Tarifas de Fornecimento. Classificamos nossos consumidores em dois grupos (“Consumidores do Grupo A” e “Consumidores do Grupo B”), com base no nível de tensão em que a energia é fornecida e em serem eles consumidores industriais, comerciais, residenciais ou rurais. Cada consumidor se enquadra num determinado nível tarifário definido por lei e baseado na classificação do consumidor, embora haja alguma flexibilidade de acordo com a natureza da demanda de cada consumidor. Sob a legislação brasileira, consumidores em baixa tensão como os consumidores residenciais (excluídos os consumidores residenciais de baixa renda, como definido abaixo) pagam as tarifas mais altas, seguidos pelos consumidores em 13,8 kV e 34,5 kV, geralmente comerciais, e pelos consumidores em 69 kV e 138 kV, geralmente industriais. Os Consumidores do Grupo A recebem energia em tensões de 2,3 kV ou superiores, e as tarifas aplicáveis a eles baseiam-se no nível de tensão efetivo em que a energia é fornecida no horário do dia em que a energia é fornecida. As tarifas têm dois componentes: “demanda” e “energia”. O componente “demanda”, expresso em reais por kW, baseia-se no maior entre (i) a capacidade firme contratada e (ii) a capacidade efetivamente utilizada. O componente “energia”, expresso em reais por MWh, baseia-se no volume de energia efetivamente consumido, registrado por nossas medições. Os consumidores do grupo B recebem energia em tensões inferiores a 2,3 kV, e as tarifas aplicáveis a eles abrangem somente um componente “energia” e baseiam-se na classificação dos consumidores. A ANEEL atualiza nossas tarifas anualmente, geralmente em junho. Para maiores informações sobre os ajustes de tarifas de distribuição concedidos pela ANEEL em anos recentes, vide “Item 5. Revisão e Perspectivas Operacionais e Financeiras – Visão Geral – Tarifas e Preços”. A tabela seguinte apresenta as tarifas médias para cada categoria de Consumidores Finais em 2014, 2013 e 2012. Tarifas 2014 2013 2012 (R$ /MWh) Industrial ................................................................................................................ 236,35 202,68 220,00 Residencial............................................................................................................. 292,99 257,92 293,62 Comercial............................................................................................................... 269,00 234,05 265,67 Rural....................................................................................................................... 178,48 157,28 178,04 Outros consumidores ............................................................................................ 208,73 180,89 206,89 Todos os consumidores finais .............................................................................. 252,63 219,94 245,80 Consumidores Residenciais de Baixa Renda. Pela legislação brasileira, somos obrigados a oferecer tarifas com desconto para certos consumidores residenciais de baixa renda (os “Consumidores Residenciais de Baixa Renda”). Em 2014, atendemos cerca de 408.251 Consumidores Residenciais de Baixa Renda. Para atender esses consumidores, em 2014, recebemos do Governo Federal subsídio de R$ 69,5milhões, aprovado pela ANEEL. A tabela abaixo apresenta as atuais taxas mínimas de desconto aprovadas pela ANEEL para cada categoria de Consumidores Residenciais de Baixa Renda. Consumo Desconto sobre a Tarifa Básica Até 30 kWh por mês......................................................................................... 65% De 31 a 100 kWh por mês. .............................................................................. 40% De 101 a 220 kWh por mês ............................................................................. 10% 34 Consumidores Especiais. Consumidores de nossa unidade de distribuição que consomem pelo menos 500 kV (“Consumidores Especiais”) podem escolher seu fornecedor de energia se este gerar sua energia a partir de fontes alternativas, tais como pequenas centrais hidrelétricas, usinas eólicas ou de biomassa. Os Consumidores Especiais que optarem por adquirir energia de outro fornecedor que não a Copel Geração e Transmissão continuam a usar nossa rede de distribuição e a pagar nossa tarifa de distribuição. Entretanto, como incentivo para os Consumidores Especiais adquirirem energia de fontes alternativas, somos obrigados a reduzir a tarifa paga por eles em 50%. Esse desconto é subsidiado pelo governo federal brasileiro e, portanto, não tem impacto sobre as receitas de nossa unidade de distribuição. Tarifas de Transmissão. As concessionárias de transmissão fazem jus a receitas anuais baseadas na rede de transmissão que possuem e operam. Essas receitas são reajustadas anualmente conforme critérios estipulados nos respectivos contratos de concessão. Somos parte direta de onze contratos de concessão de transmissão, cinco dos quais estão em fase operacional e seis em construção, sendo que o modelo de receita não é igual para todos. 9,1% de nossas receitas de transmissão são corrigidas anualmente pelo IGP-M e os outros 90,9% estão sujeitos ao processo de revisão tarifária. De todas nossas concessões de transmissão em estágio operacional, nossa principal concessão de transmissão (que envolve nossas principais instalações de transmissão) representaram cerca de 82,6% de nossas receitas brutas de transmissão em 2014. A primeira revisão periódica de nossa concessão principal de transmissão prevista para 2005 só foi realizada em 2007, momento em que a ANEEL reduziu as tarifas em 15,08%. Esse reajuste foi aplicado retroativamente a julho de 2005 e repassado a nossos consumidores finais até junho de 2009. Além disso, em julho de 2010, de acordo com a segunda revisão periódica de nossa concessão principal, a ANEEL aprovou provisoriamente uma redução em nossa tarifa de transmissão de 22,88%, aplicada às receitas de novas instalações do Sistema Interligado, e aplicada retroativamente a partir de 1º de julho de 2009. Em junho de 2011, a ANEEL revisou os números da segunda revisão periódica e reduziu a receita anual para 19,94%. O restante de nossas receitas anuais foi reajustado pelo IGP-M ou IPCA, conforme o contrato. No final de 2012, a Copel decidiu antecipar a prorrogação do contrato de sua principal de concessão de transmissão (que corresponde a 87% das linhas de transmissão da Companhia em operação), que venceria em 2015, de acordo com as novas normas da Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013. Em dezembro de 2012, a Copel executou o Terceiro Aditamento do Contrato de Concessões 060/2001, prorrogando esse contrato de concessão de transmissão até 31 de dezembro de 2042. Para corrigir a receita anual permitida desses ativos de acordo com as novas normas da Lei da Renovação das Concessões de 2013, a ANEEL reduziu as tarifas de transmissão cobradas em 38,0%. Além deste, temos outros quatro contratos de concessão para linhas e subestações de transmissão em operação, que correspondem juntos a 17,4% de nossas receitas de transmissão. As receitas que devemos receber, de acordo com um desses contratos, são corrigidas anualmente pelo IGP-M e não são sujeitas ao processo de revisão tarifária. No entanto, esse valor anual será reduzido em 50% do 16º ano em diante, a partir de 2016. Outras três receitas contratuais estão sujeitas ao processo de revisão tarifária e corrigidas pelo IPCA. Em 2013, nosso maior contrato de concessão de transmissão foi corrigido pelo IPCA e melhorias ao sistema foram aprovadas pela ANEEL (aumento de 8,9%). Dos outros três contratos de concessão de transmissão que estavam vigentes em 2013, um foi corrigido pelo IPCA (aumento de 6,5%), outro pelo IGP-M (aumento de 6,2%), e o último passou pela primeira revisão tarifária (redução de 8,9%). Consequentemente, as receitas anuais permitidas para o ciclo de 2013/2014 dos nossos ativos de transmissão tiveram um aumento líquido de 8,4% sobre as nossas receitas anuais permitidas, seguindo a renovação da nossa principal concessão de transmissão em 2012. Em 2014, (i) dois de nossos contratos de concessão de transmissão (inclusive nosso principal contrato de concessão de transmissão, foram ajustados pelo IPCA e benfeitorias no sistema foram aprovados pela ANEEL (aumento médio de 18,2%), (ii) um deles foi ajustado pelo IPCA (6,4%), (iii) e o outro pelo IGP-M (7,8%) e (iv) um tornou-se operacional em 28 de julho de 2014, adicionando R$4,2 milhões à nossa receita anual permitida. Como 35 resultado, a receita anual permitida referente o ciclo de 2014/2015 de nossos ativos de transmissão reflete um aumento de 19,9% em relação à receita anual permitida do ciclo 2013/2014. A tabela abaixo demonstra nossa RAP (R$ milhões) referente os últimos quatro ciclos das linhas de transmissão sobre as quais detemos 100%: Contrato Linha de Transmissão / Subestação Jul.2014 Jun.2015 Jul.2013 Jun.2014 Jan.2013 Jun.2013 Jul.2012 Dez.2012 Receita Anual Permitida (R$ milhões) 075/2001 Principal Concessão de Transmissão(1) Bateias – Jaguariaiva 16,5 15,3 14,4 14,4 006/2008 Bateias – Pilarzinho 0,9 0,8 0,9 0,9 027/2009 Foz do Iguaçu - Cascavel Oeste 10,1 9,1 8,5 8,5 015/2010 Cerquilho III - - - 181,8 151,6 139,9 328,6 060/2001 Total 150,1 126,4 116,1 304,8 ____________ (1) Nossas principais concessões de transmissão abrangem várias linhas de transmissão. Outros Negócios Telecomunicações Copel Telecomunicações S.A. Conforme autorização da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL (a “ANATEL”), oferece serviços de telecomunicações nos Estados do Paraná e Santa Catarina. Oferecemos esses serviços desde agosto de 1998 por meio do uso de nossa rede de fibra óptica (que totalizava 25.425 mil quilômetros de cabos de fibra óptica ao fim de 2014). Em 2014, atendemos os 399 municípios do Estado do Paraná e mais dois municípios no Estado de Santa Catarina (atendendo um número total de 21.761 clientes) e também estamos envolvidos em projeto educacional que visa fornecer acesso à Internet em banda larga a escolas do ensino público fundamental e médio no Estado do Paraná. Atendemos a maioria dos principais operadores brasileiros de telecomunicações que operam no Estado do Paraná. No total, possuímos 21.761 clientes (4.227 clientes pessoa jurídica, incluindo supermercados, universidades, bancos, provedores de internet e redes de televisão e 17.534 clientes do varejo). Também prestamos uma série de serviços diferentes de telecomunicações a nossas subsidiárias. Sercomtel. Possuímos 45,0% das ações da Sercomtel Telecomunicações S.A. (“Sercomtel”). A Empresa detém concessões para fornecer serviços de telefonia fixa e móvel nos municípios de Londrina e Tamarana, no Estado do Paraná, e obteve autorização da ANATEL para fornecer serviços de telefonia a todas as outras cidades do Paraná. Atualmente, a Sercomtel opera em regime de autorização com sua própria rede em onze (11) cidades do Estado do Paraná. Por meio de uma aliança conosco, em vigor desde março de 2012, a Sercomtel presta serviços telefônicos a outras 63 cidades do Estado do Paraná, inclusive Curitiba. Sercomtel tem concessões da ANATEL para fornecer serviços de televisão a cabo em São José (Estado de Santa Catarina) e Osasco (Estado de São Paulo) e transmissão de televisão por ondas de rádio em Maringá (Estado do Paraná). Em 31 de dezembro de 2014, a Sercomtel , em sua área de concessão de telefonia fixa, tinha um total de 202.423 linhas telefônicas instaladas, 166.358 das quais estavam em operação. Em 31 de dezembro de 2014, a Sercomtel tinha capacidade instalada de 85.000 terminais em seu sistema Global System for Mobile Communications - GSM, dos quais 32.585 estavam em operação. Em dezembro de 2009, a Sercomtel começou a fornecer serviços 3G com capacidade de 20.000 linhas, das quais 19.937 estão atualmente instaladas. As receitas líquidas da Sercomtel em 2014 foram de R$ 145,4 milhões, com lucro líquido de R$ 7,1 milhões. 36 Água e Saneamento Em Janeiro de 2008, a Copel adquiriu a participação de 30% na Dominó Holdings S.A. (a "Dominó Holdings") detida pela Sanedo Ltda., uma subsidiária integral do Grupo Veola, por R$ 110,2 milhões. Em Março de 2014, concluímos a reestruturação societária de nossa participação acionária na Dominó Holdings e sua subsidiária Companhia de Saneamento do Paraná – Sanepar (“Sanepar”), uma concessionária que fornece água a aproximadamente 10,4 milhões de pessoas e saneamento a 6,7 milhões de pessoas em 345 localidades urbanas e rurais no Estado do Paraná. Na conclusão da reestruturação, a Daleth Participações S.A. não mais detém qualquer participação na Dominó Holdings e atualmente detemos diretamente (i)14,86% das ações preferenciais da Sanepar ou 7,63% de seu capital total e (ii) 49,0% do capital social total em circulação da Dominó Holdings, enquanto a Andrade Gutierrez Concessões detém os 51% restantes. A Dominó Holdings detém 24,7% das ações com direito a voto ou 12,2% do capital total da Sanepar. Considerando a participação detida através da Dominó Holdings, a participação direta e indireta da COPEL na Sanepar representa 13,58% de seu capital social. O Estado do Paraná detém 75,0% do capital com direito a voto em circulação ou 51,4% do capital total da Sanepar. O lucro líquido da Dominó Holdings em 2014 foi de R$ 83,1 milhões. Gás Distribuição de Gás Estamos envolvidos na distribuição de gás natural através da Companhia Paranaense de Gás (a “Compagas”), a companhia que possui direitos exclusivos de fornecer gás canalizado no Estado do Paraná. A Compagas opera a rede de distribuição de gás no Estado do Paraná, com 726 km de extensão em 2014, um aumento de 12,8% em comparação com 646 km em 2013. Em 2014, a receita líquida da Compagas foi de R$ 1.664,6 milhões, um aumento de 336% comparado com 2013, e o lucro líquido foi de R$ 60,4 milhões, um aumento de 226% comparado com 2013. Os clientes da Compagas incluem usinas termelétricas, usinas de cogeração, postos de combustíveis, outras empresas e residências. A Compagas está concentrando sua estratégia de negócios no aumento do volume de gás distribuído a consumidores por meio da divulgação dos benefícios da substituição do petróleo e outros combustíveis pelo gás, como meio de alcançar maior eficiência energética. A base de clientes da Compagas cresceu 24%, de 21.018 em 2013 para 26.052 em 2014. A Compagas registrou aumento de 2% no volume médio diário de gás natural distribuído a consumidores finais para 1.058.697 m3/dia em 2014 (excluindo o volume de gás fornecido à termelétrica UEG Araucária de 1.042.124 m3/dia em 2013. Além disso, a Compagas disponibiliza sua rede de distribuição para o transporte de gás natural para a UEG Araucária. Em 2014, a Petrobras S.A. entregou 636,7 milhões de metros cúbicos de gás para a UEG Araucária, contra 477,6 milhões em 2013. Em 31 de dezembro de 2014, possuíamos participação de 51,0% no capital social da Compagas, contabilizada por meio de consolidação, desde que controlamos essa companhia. Os acionistas minoritários da Compagas são a Petrobras e a Mitsui Gas, cada uma delas com 24,5% do capital social da Compagas. Exploração de Gás Em 28 de novembro de 2013, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis anunciou que o consórcio composto pela Copel (30%), Tucumann Engenharia (10%), Bayar Participações (30%) e Petra Energia (30%) ganhou o direito de explorar, desenvolver e produzir gás natural em quatro blocos localizados na região centro-sul do Estado do Paraná (Bacia do Paraná), uma área de 11.297 km², equivalente a 7% da área total leiloada. O consórcio ofereceu um bônus de assinatura no valor de R$ 12,5 milhões para esses quatro blocos; e um programa exploratório mínimo que prevê investimentos de R$ 78,1 milhões. Essa concessão tem a duração de quarto anos a partir da celebração do contrato e poderá ser prorrogado por dois anos, totalizando seis anos. A operadora do consórcio será a Petra Energia. A aquisição desses blocos está em linha com as estratégias da Copel e 37 permite o acesso à produção de gás, que pode ser usado em usinas de geração térmica a serem construídas junto aos poços de gás. Em 28 de abril de 2015, nosso consórcio apenas celebrou contratos de concessão para dois desses blocos e nenhum programa exploratório foi iniciado. Serviços Possuímos 40,0% do capital social da Escoelectric Ltda. (“ESCO”), uma companhia que auxilia os clientes no uso da energia por meio de serviços de consultoria, planejamento e implementação de projetos, automação, operação, manutenção, treinamento e assistência técnica. O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento – LACTEC detém os 60,0% remanescentes. A ESCO também comercializa produtos e serviços destinados a obter maior eficiência energética e conservação de energia. Todas as operações dessa empresa foram encerradas em 2008, e planejamos liquidar a ESCO nos próximos anos. Concessões Operamos nossos negócios de geração, transmissão e distribuição mediante concessões outorgadas pelo Governo Federal. De acordo com a legislação brasileira, as concessões estão sujeitas a licitações ao final de seus respectivos prazos. Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 Até recentemente, as regras brasileiras que governavam as concessões de geração proporcionavam às concessionárias o direito de renovar por mais 20 anos os contratos de concessão celebrados antes de 2003. Para concessões de distribuição e transmissão outorgadas após 1995, as concessionárias possuíam o direito de renovar esses contratos por mais 30 anos. Em 11 de setembro de 2012, o governo brasileiro promulgou uma lei (“Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013”), que havia sido precedida por uma medida provisória que mudou significativamente as condições sob as quais as concessionárias são capazes de renovar contratos de concessão. De acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, as concessionárias de geração, transmissão e distribuição podem renovar as concessões vigentes a partir de 1995 (e, no caso de instalações de geração, os contratos de concessão de geração celebrados antes de 2003) por um período adicional de 30 anos (ou 20 anos, no caso de usinas termelétricas), contanto que a concessionária concorde em alterar o contrato de concessão pra refletir uma série de novas condições. O objetivo desse novo regime era reduzir significativamente o custo da energia paga pelos consumidores finais e estimular o crescimento econômico. De acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, as concessionárias devem decidir 60 meses antes do final de cada prazo de concessão se irão alterar e renovar ou encerrar cada contrato de concessão ao final de seu respectivo prazo. Para contratos de concessão que vencem em 60 meses a partir de 12 de setembro de 2012, é necessário que as concessionárias tomem uma decisão até 15 de outubro de 2012. Até o momento, com relação aos nossos contratos que vencem nesse período, decidimos não renovar nossos contratos de geração, mas solicitar a renovação dos nossos contratos de transmissão e distribuição. Para concessionárias de instalações de geração existentes, a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 altera o escopo desses contratos de concessão. Anteriormente, a concessionária de geração possuía o direito de vender a energia gerada pelas instalações sujeitas à concessão para obter lucro. Por outro lado, as concessões renovadas de acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, não concederão às concessionárias o direito de vender a energia gerada por essas instalações. Em vez disso, essas concessões somente abrangerão somente a operação e manutenção das instalações de geração. A energia gerada por essas instalações será alocada pelo governo federal brasileiro em cotas para o mercado regulado, as quais serão adquiridas por concessionárias de distribuição. Por outro lado, em relação às novas instalações de geração, a concessionária ainda terá o direito de vender a energia produzida pelas instalações de geração. Além disso, para alterar o escopo das concessões de geração, a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, estabeleceu o novo regime tarifário que afeta significativamente o tratamento das quantias a serem investidas pelas concessionárias para melhorar e manter as usinas de geração. Devido ao fato de a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 exige a aprovação prévia da ANEEL para investimentos feitos pelas concessionárias de geração 38 a fim de receber compensação, a nova lei que aumenta o risco de uma concessionária de geração não conseguir investir oportunamente, ou de não recuperar as quantias investidas. Espera-se que essas mudanças diminuam significativamente as margens das concessionárias de geração e afetem negativamente suas condições financeiras. Além disso, a ANEEL deve emitir futuras regulamentações para concessões de geração sob a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013. Não sabemos quais serão as consequências dessas regulamentações. A Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 afeta de maneira distinta as concessões de distribuição e transmissão. A principal mudança é que as quantias investidas em projetos de modernização, reformas estruturais, equipamentos e contingências serão submetidas à aprovação prévia da ANEEL. No entanto, a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 não afeta a maneira pela qual as concessionárias de transmissão e distribuição podem recuperar as quantias investidas na infraestrutura de transmissão. A Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 é aplicada a todos os contratos de geração, transmissão e distribuição vigentes a partir de 1995 (e, no caso de concessões de geração, contratos celebrados antes de 2003), independentemente de o contrato conceder à concessionária o direito de renovar a concessão em seus termos originais. Por exemplo, vários de nossos contratos de concessão contêm provisões que nos permitem renovar essas concessões por 20 anos. De acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, para renovar esses contratos, teríamos que aceitar a aplicação das condições impostas pela Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, sendo que o contrato de concessão seria então renovado por 30 anos, em vez de 20. Se optarmos por renovar um contrato de concessão que possui uma provisão de renovação, seríamos indenizados pelo governo brasileiro com recursos do Fundo RGR (vide Encargos Regulatórios do Setor Elétrico), em uma quantia igual à porção de nossos investimentos ainda não amortizados ou depreciados, como calculado pela ANEEL. Se uma concessionária optar por não aceitar o novo regime tarifário em relação a um contrato de concessão e, portanto, decidir não renovar o contrato, a concessão terminará ao final do prazo original, e o governo brasileiro organizará uma nova licitação para a concessão. A concessionária original pode participar da nova licitação. Concessões de Geração De nossas 18 concessões de geração, temos três concessões de geração (Capivari Cachoeira, Mourão e Chopim I, com capacidades instaladas de 260,0 MW, 8,2 MW e 1,8MW, respectivamente, que estão programadas para expirarem em 2015 e nós decidimos não renovar). Além disso, não renovamos o contrato de concessão de uma de nossas usinas hidrelétricas (Rio dos Patos, com capacidade instalada de 1,8 MW) que expirou em 14 de fevereiro 2014. Embora a Companhia não venda mais a energia produzida por essa usina, ela continua operando e mantendo a usina até que o vencedor de um novo processo licitatório a ser conduzido pela ANEEL assuma a usina. Nossa administração determinou que a renovação dessas concessões de geração, sob os termos da Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, seria desvantajosa para nosso segmento de geração. Portanto, a administração decidiu deixar que os contratos expirassem e participar das licitações para essas concessões. Entretanto, continuamos sendo responsáveis pela operação e manutenção dessas usinas até que o vencedor do processo licitatório assuma a usina. Até então, a Copel receberá uma tarifa previamente estabelecida para operar e manter a usina, conforme definido pela resolução MME 170/2014. Sob as regras em vigor antes da promulgação da Lei Renovação de Concessões de 2013, 13 de nossas usinas de geração tiveram suas concessões prorrogadas pelas autoridades brasileiras, desde 1999, com prazo de 20 anos em cada caso, conforme regulamentação anterior. De acordo com a lei anterior, essas concessões não fizeram jus a uma segunda prorrogação. No entanto, conforme descrito acima, a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 permite a prorrogação dessas concessões por um período adicional de 30 anos, se optarmos por aceitar a aplicação do novo regime tarifário. Concessões para projetos de geração outorgadas após 2003, como o da Usina Hidrelétrica de Mauá, não são renováveis, o que significa que no vencimento do prazo de 35 anos, a nova concessão será oferecida mediante licitação. A Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 não impacta as concessões de geração outorgadas após 2003. 39 As tabelas a seguir apresentam informações sobre os prazos e as prorrogações de nossas principais concessões de geração hidrelétrica, termelétrica e eólica (das quais detemos participação acionária direta): Data inicial da concessão Primeiro vencimento Data de prorrogação Data final de vencimento Fevereiro de 1984 Fevereiro de 2014 Não sujeito a prorrogação Fevereiro de 2014 Abril de 1965 Maio de 1995 Junho de 1999 Julho de 2015 Mourão Janeiro de 1964 Janeiro de 1994 Junho de 1999 Julho de 2015 Chopim I Março de 1964 Março de 1994 Junho de 1999 Julho de 2015 Foz do Areia Maio de 1973 Maio de 2003 Janeiro de 2001 Maio de 2023 Dezembro de 1974 Dezembro de 2004 Abril de 2003 Dezembro de 2024 Apucaraninha Outubro de 1975 Outubro de 2005 Abril de 2003 Outubro de 2025 Guaricana Agosto de 1976 Agosto de 2006 Agosto de 2005 Agosto de 2026 Chaminé Agosto de 1976 Agosto de 2006 Agosto de 2005 Agosto de 2026 Segredo Novembro de 1979 Novembro de 2009 Setembro de 2009 Novembro de 2029 Derivação do Rio Jordão Novembro de 1979 Novembro de 2009 Setembro de 2009 Novembro de 2029 Maio de 1980 Maio de 2010 Setembro de 2009 Maio de 2030 Cavernoso Janeiro de 1981 Janeiro de 2011 Setembro de 2009 Janeiro de 2031 Marumbi Março de 1956 Sob revisão da ANEEL Sob revisão da ANEEL Sob revisão da ANEEL Melissa Maio de 2002 Indefinido - - Pitangui Maio de 2002 Indefinido - - Salto do Vau Maio de 2002 Indefinido - - (2) Junho de 2007 Julho de 2042 Não prorrogável Julho de 2042 Janeiro de 2011 Janeiro de 2046 Não prorrogável Janeiro de 2046 Fevereiro de 2011 Fevereiro de 2046 Não prorrogável Fevereiro de 2046 Agosto de 2012 Agosto de 2047 Não prorrogável Agosto de 2047 Usina Hidrelétrica Rio dos Patos(1) Capivari Cachoeira São Jorge Salto Caxias Mauá Colíder (3) Cavernoso II Baixo Iguaçu (4) ____________ (1) Nossas A concessão do Rio dos Patos expirou em fevereiro de 2014 e não foi renovada. Até que um novo processo licitatório seja concluído com relação a essa instalação, continuaremos a operá-la de acordo com os termos e condições da Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013. (2) A UHE Mauá foi construída pelo Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, em que a Copel possui uma participação de 51,0% e a Eletrosul 49,0% os restantes. (3) Início de operações agendado para abril de 2016. (4) Em construção pelo Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu, no qual a Copel detém 30% e a Geração Céu Azul detém os 70% restantes. Estima-se que as operações iniciem em 2017. Usinas Termelétricas Figueira Data inicial da concessão Março de 1969 Primeiro vencimento Março de 1999 40 Data de prorrogação Junho de 1999 Data final de vencimento Junho de 2019 Usinas Eólicas Data inicial da concessão Data do primeiro vencimento 26 de abril de 2011 25 de abril de 2046 Asa Branca II 1 de junho de 2011 31 de maio de 2046 Asa Branca III(1) 1 de junho de 2011 31 de maio de 2046 Nova Eurus IV(1) 28 de abril de 2011 27 de abril de 2046 Santa Maria(1) 9 de maio de 2012 8 de maio de 2047 10 de abril de 2012 9 de abril de 2047 Ventos de Santo Uriel 10 de abril de 2012 9 de abril de 2047 Boa Vista 28 de abril de 2011 27 de abril de 2046 Farol 20 de abril de 2011 19 de abril de 2046 Olho D'Água 1 de junho de 2011 31 de maio de 2046 São Bento do Norte 19 de maio de 2011 18 de maio de 2046 São João(2) 26 de março de 2012 25 de março de 2047 9 de abril de 2012 8 de abril de 2047 16 de abril de 2012 15 de abril de 2047 Asa Branca I(1) (1) Santa Helena (1) (1) (2) Carnaúbas (2) Reduto (2) Santo Cristo 18 de abril de 2012 17 de abril de 2047 (4) Aguardando publicação da autorização 35 anos(5) Guariju(3) Aguardando publicação da autorização(4) 35 anos(5) Jangada(3) Aguardando publicação da autorização(4) 35 anos(5) Maria Helena(3) Aguardando publicação da autorização(4) 35 anos(5) Potiguar(3) Aguardando publicação da autorização(4) 35 anos(5) Esperança do Nordeste(3) Aguardando publicação da autorização(4) 35 anos(5) Paraíso dos Ventos do Nordeste(3) Aguardando publicação da autorização(4) 35 anos(5) São Bento do Norte I(3) Aguardando publicação da autorização(4) 35 anos(5) São Bento do Norte II(3) Aguardando publicação da autorização(4) 35 anos(5) São Bento do Norte III(3) Aguardando publicação da autorização(4) 35 anos(5) São Miguel I(3) Aguardando publicação da autorização(4) 35 anos(5) São Miguel II(3) Aguardando publicação da autorização(4) 35 anos(5) São Miguel III(3) Aguardando publicação da autorização(4) 35 anos(5) Cutia (3) (1) Usinas eólicas situadas no parque eólico Brisa Potiguar da Copel em construção. Em construção pela Voltália Energia do Brasil S.A. A Copel detém participação de 49%. Início das operações estimado para abril de 2015. (3) Usinas eólicas situadas no parque eólico Cutia da Copel em construção. (4) Leiloado no leilão da ANEEL no. 08/2014 em 31 de outubro de 2014. A autorização deverá ser emitida dentro de 180 dias a partir da data do leilão. (5) A autorização concedida expira 35 anos após a publicação da autorização. (6) Leiloado no leilão da ANEEL no. 06/2014 em 28 de novembro de 2014. A concessão deverá ser emitida dentro de 180 dias a partir da data do leilão. (2) 41 Também possuímos participações em cinco outras empresas de geração. A tabela a seguir apresenta informações sobre os prazos das concessões das demais instalações de geração em que possuíamos tal participação parcial em 31 de dezembro de 2014: Usina de Geração Companhia Data inicial da concessão Vencimento Prorrogação UHE Dona Francisca Dona Francisca Energética SA ‒ DFESA Julho de 1979 Agosto de 2033 Possível UHE Santa Clara e Fundão Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - ELEJOR Outubro de 2001 Outubro de 2036 Possível UEG Araucária Ltda. Dezembro de 1999 Dezembro de 2029 Possível Foz do Chopim Energética Abril de 2000 Abril de 2030 Possível Carnaúbas São Miguel do Gostoso I Abril de 2012 Abril de 2047 Não é possível Reduto São Miguel do Gostoso I Abril de 2012 Abril de 2047 Não é possível Santo Cristo São Miguel do Gostoso I Abril de 2012 Abril de 2047 Não é possível São João São Miguel do Gostoso I Março de 2012 Março de 2047 Não é possível UTE Araucária UHE Foz do Chopim Complexo Eólico São Miguel do Gostoso Concessões de Transmissão De acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 e sob os termos de nossas concessões de transmissão, temos o direito de solicitar à ANEEL prorrogações de 30 anos para nossas concessões, desde que a solicitação seja feita dentro de 36 meses da data vencimento de cada contrato. Nossa concessão principal de transmissão, que correspondia a 82,6% de nossas receitas de transmissão em 2014, foi renovada de acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 e, portanto, irá expirar em dezembro de 2042. Além disso, temos outros quatro contratos de concessão para linhas de transmissão e subestação atualmente operacionais e que expiram em julho de 2031, março de 2038, novembro de 2039 e outubro de 2040, respectivamente, que correspondem juntos a 17,4% de nossas receitas de transmissão em 2014. De acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, cada um esses contratos podem ser prorrogados por mais 30 anos. Planejamos continuar solicitando prorrogações para todas as nossas concessões de transmissão. A tabela a seguir apresenta informações sobre os prazos e a prorrogação de nossas concessões de transmissão(nas quais detemos participação acionária direta): 42 Data inicial da concessão Primeiro vencimento Possibilidade de prorrogação Data de vencimento esperada (ou final) Julho de 2001 Julho de 2015 Prorrogado Dezembro de 2042 Bateias – Jaguariaíva Agosto de 2001 Agosto de 2031 Possível Agosto de 2061 Bateias – Pilarzinho Março de 2008 Março de 2038 Possível Março de 2068 Novembro de 2009 Novembro de 2039 Possível Novembro de 2069 Subestação Cerquilho III Outubro de 2010 Outubro de 2040 Possível Outubro de 2070 Araraquara 2 – Taubaté (1) Outubro de 2010 Outubro de 2040 Possível Outubro de 2070 Agosto de 2012 Agosto de 2042 Possível Agosto de 2072 Fevereiro de 2013 Fevereiro de 2043 Possível Fevereiro de 2073 Janeiro de 2014 Janeiro de 2044 Possível Janeiro de 2074 Instalação de transmissão Principal concessão de transmissão Foz do Iguaçu – Cascavel Oeste Foz do Chopim - Salto Osorio (1) (1) Assis – Paraguaçu Paulista II Bateias – Curitiba Norte(1) Estreito – Fernão Dias (1) Assis - Londrina(1) _________________________ (1) Setembro de 2014 Setembro de 2044 Possível Setembro de 2074 Setembro de 2014 Setembro de 2044 Possível Setembro de 2074 Instalação em construção. Possuímos participações acionárias em outros 10 projetos de transmissão por meio de sociedades de propósito específico. A tabela a seguir apresenta informações relacionadas aos prazos das concessões das instalações de transmissão em que detemos as referidas participações acionárias a partir de 31 de dezembro de 2014. Instalação de Transmissão Sociedade de Propósito Específico Possibilidade de prorrogação Data de vencimento esperada (ou final) Data inicial da concessão Primeiro vencimento Janeiro de 2012 Janeiro de 2042 Possível Janeiro de 2072 Cascavel Oeste – Umuarama Costa Oeste Transmissora de Energia S.A Nova Santa Rita Camaquã 3 Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A Maio de 2012 Maio de 2042 Possível Maio de 2072 Umuarama Guaira Caiuá Transmissora de Energia S.A Maio de 2012 Maio de 2042 Possível Maio de 2072 Açailândia Miranda II Integração Maranhense Transmissora de Energia S.A. Maio de 2012 Maio de 2042 Possível Maio de 2072 Curitiba Curitiba Leste(1) Marumbi Transmissora de Energia S.A. Maio de 2012 Maio de 2042 Possível Maio de 2072 Paranaíta – Ribeirãozinho(1) Matrinchã Transmissora de Energia S.A. Maio de 2012 Maio de 2042 Possível Maio de 2072 Ribeirãozinho – Marimbondo II(1) Guaraciaba Transmissora de Energia S.A Maio de 2012 Maio de 2042 Possível Maio de 2072 Barreiras II – Pirapora II(1) Paranaíba Transmissora de Energia S.A Maio de 2013 Maio de 2043 Possível Maio de 2073 Itatiba – Bateias(1) Mata de Santa Genebra Transmissora S.A Maio de 2014 Maio de 2044 Possível Maio de 2074 Estreito – Fernão Dias(1) Cantareira Transmissora de Energia S.A. Setembro de 2014 Setembro de 2044 Possível Setembro de 2074 ________________________ Instalação em construção. (1) 43 Concessões de Distribuição Operamos nosso negócio de distribuição sob um contrato de concessão assinado em 24 de junho de 1999, que vence em 7 de julho de 2015. De acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, temos o direito de renovar essa concessão por um período adicional de 30 anos, ao aceitar uma alteração no contrato de concessão. Apesar das mudanças introduzidas pela Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, concluímos que a renovação da nossa concessão de distribuição de acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 não afetaria materialmente os resultados das nossas operações. Do mesmo modo, após uma avaliação cuidadosa das condições impostas pelo governo federal brasileiro para a prorrogação da nossa concessão de distribuição, resolvemos solicitar a renovação desse contrato. Entretanto, ainda não recebemos a alteração a ser proposta pelo poder concedente. Assim, não podemos garantir que seremos capazes de renovar nosso contrato de concessão de distribuição em termos favoráveis a nós. O poder concedente deve emitir sua decisão sobre esse assunto até 18 meses antes da data de vencimento da concessão. De acordo com o nosso principal contrato de distribuição, a ANEEL deveria ter respondido a nossa solicitação até o dia 7 de janeiro de 2014, mas o fato de que não recebemos uma resposta da ANEEL até essa data não impacta nossa capacidade de renovar esse contrato de acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013. Concorrência Recebemos concessões para distribuir energia em praticamente todo o Estado do Paraná e não enfrentamos concorrência das cinco empresas de energia que detêm concessões para o restante do Estado. Como resultado de legislação aprovada em 2004, porém, outros fornecedores podem oferecer energia a nossos consumidores livres existentes a preços menores do que os que atualmente cobramos. Entretanto, quando um consumidor cativo se torna um consumidor livre ele ainda deve pagar pelo uso de nossa rede de distribuição. A redução na receita líquida de nosso negócio de distribuição é, portanto, compensada por redução nos custos da energia que teríamos de adquirir para vender a esses consumidores. Além disso, sob certas circunstâncias, os consumidores livres podem ter o direito de se conectar diretamente ao Sistema Interligado de Transmissão em vez de nossa rede de distribuição. Ao contrário da escolha de um consumidor livre por outro fornecedor de energia, caso em que ele ainda precisa usar nossa rede de distribuição e consequentemente nos pagar a tarifa cabível, nossa unidade de distribuição deixa de receber tarifas de consumidores que se conectam diretamente ao Sistema Interligado de Transmissão. A migração de consumidores da rede de distribuição para a rede de transmissão resulta, portanto, em perda de receita para nosso negócio de distribuição. As empresas de transmissão e distribuição são obrigadas a permitir o uso de suas linhas e instalações auxiliares para a distribuição e transmissão de energia por terceiros mediante pagamento de uma tarifa. Os consumidores livres se limitam a: • consumidores existentes (aqueles ligados à rede de distribuição antes de julho de 1995) com demanda de pelo menos 3 MW suprida em níveis de tensão iguais ou superiores a 69 kV; • novos consumidores (aqueles ligados à rede de distribuição depois de julho de 1995) com demanda de pelo menos 3 MW em qualquer tensão; e • consumidores com demanda de pelo menos 500 kW que optem por fornecimento de energia proveniente de fontes alternativas, tais como projetos de energia eólica, pequenas centrais hidrelétricas ou projetos de biomassa. Em 31 dezembro de 2014, possuíamos 29 consumidores livres, que representam aproximadamente 3,7% de nossa receita operacional consolidada e aproximadamente 8,1% do total de energia que vendemos. Em 31 de março 44 de 2015, tivemos 2 contratos com clientes livres que expiraram e não foram renovados. Os nossos contratos com Clientes Livres normalmente são por períodos de mais de dois e menos de cinco anos. Aproximadamente 6,1% dos megawatts totais vendidos sob contratos a esses consumidores vencem em 2015. Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2014, tínhamos 53 consumidores que se qualificavam para adquirir energia como consumidores livres. Esses consumidores representavam aproximadamente 4,6% do volume total de energia vendido em 2014 e aproximadamente 7,6% de nossa receita operacional de venda de energia nesse ano. No negócio de geração, qualquer produtor pode obter concessão para construir ou administrar instalações termelétricas ou pequenas centrais hidrelétricas no Estado do Paraná. A legislação brasileira prevê licitação de concessões de geração para usinas hidrelétricas com capacidade superior a 30 MW. No negócio de transmissão, a legislação brasileira estabelece licitações para concessões de transmissão referentes a instalações em tensão de 230 kV ou superior que farão parte do Sistema Interligado de Transmissão. A legislação brasileira exige que todas as nossas concessões de geração, transmissão e distribuição se sujeitem a licitações ao seu término. Podemos enfrentar concorrência significativa de terceiros nas licitações para renovar tais concessões ou para concessões novas. A perda de algumas concessões poderia afetar adversamente os resultados das nossas operações. Meio Ambiente Nossas atividades de construção e operação associadas à geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, à distribuição de gás natural e ao nosso negócio de telecomunicações estão sujeitas a normas ambientais federais, estaduais e municipais. Todas as nossas atividades seguem nossa Política de Sustentabilidade e Cidadania Empresarial, que integra planejamento corporativo e gestão da sustentabilidade para otimizar nosso desempenho financeiro, social e ambiental. Solicitamos e renovamos nossas licenças ambientais de acordo com o regulamento ambiental emitido pelas autoridades federais, estaduais e municipais. Estamos cumprindo todos os regulamentos ambientais relevantes, e nossos projetos mais recentes (após 1986) de geração, transmissão e distribuição estão de acordo com as normas federais, estaduais e municipais. Visando cumprir o licenciamento ambiental das unidades de transmissão anteriores aos requisitos de licenciamento ambiental de 1986, a Copel e o ambiente regulador para o Estado do Paraná ("Instituto Ambiental do Paraná - IAP") assinaram, em 2010, o termo de ajuste de conduta – TAC, um contrato em que nos comprometíamos a concluir o processo de licenciamento ambiental dessas instalações até 2012. Concluímos esse processo para todas as nossas instalações de transmissão em 2012. Em 2014, quatro auditorias ambientais compulsórias (AACs) foram realizadas, três (3) das quais em subestações e uma (1) linha de transmissão. Com início em 2012, essas inspeções ambientais compulsórias são exigidas por lei como condição para a renovação das licenças ambientais, contudo, desde agosto de 2014 não somos mais obrigados a realizar as referidas inspeções como condição para renovação de nossas licenças ambientais. Em dezembro de 2010, recebemos as licenças de instalação necessárias para dar início à construção da Usina Hidrelétrica de Colíder. Essas licenças foram concedidas após a aprovação do Plano Ambiental Básico da Colíder, que contém 32 programas e subprogramas concebidos para evitar, mitigar e compensar quaisquer impactos ambientais e sociais negativos de cada projeto, aumentando seus impactos positivos. Durante 2014, continuamos a implementar vários desses programas do Plano Ambiental Básico da Colíder. Estamos envolvidos em programas ambientais e sociais incluindo o Programa de Educação para a Sustentabilidade e o Programa de Gestão Socioambiental de Reservatórios. O Programa de Gestão Socioambiental 45 de Reservatórios tem como objetivo melhorar a qualidade e disponibilidade das águas dos reservatórios da Copel por meio da gestão e do monitoramento dos divisores de água. Para reforçar nosso compromisso com a sustentabilidade ambiental, social e econômica, somos signatários do Pacto Global das Nações Unidas e buscamos ativamente implantar os princípios do Pacto Global em nossas atividades cotidianas e em nossa cultura corporativa. Ativo imobilizado Nossos principais bens consistem em instalações de geração e telecomunicações descritas em “Negócios Geração e Compradores de Energia”. Do valor contábil líquido do nosso imobilizado em 31 de dezembro de 2014 (incluindo obras em curso), as instalações da Copel Geração e Transmissão representavam 72,6%, as usinas eólicas representavam 11,6%, as da Copel Telecomunicações 5,3%, as da Elejor 5,4%, e as da Usina Termelétrica de Araucária 5,1%. Acreditamos que nossas instalações são de modo geral adequadas para nossas necessidades atuais e apropriadas para as finalidades pretendidas. O Processo de Desapropriação Embora nos sejam outorgadas concessões do Governo Federal para construir instalações hidrelétricas, não recebemos títulos sobre as terras em que as instalações se localizam. Para podermos construir essas instalações, é necessário desapropriar terras. As terras necessárias à implementação de uma usina hidrelétrica somente podem ser desapropriadas em conformidade com legislação específica. Geralmente negociamos com as comunidades e com os proprietários individuais que ocupam as terras, de modo a reassentar tais comunidades em outras áreas e indenizar os proprietários individuais. Nossa política de reassentamento e indenização geralmente tem solucionado por meio de acordo as contendas relativas a desapropriações. Em 31 de dezembro de 2014, estimamos nosso passivo em relação à resolução dessas disputas em aproximadamente R$ 52,8 milhões. Esse montante é adicional aos valores para desapropriação incluídos nos orçamentos de cada uma de nossas instalações hidrelétricas. O SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO Geral Em dezembro de 2014, o MME aprovou um plano decenal de expansão que projeta um aumento da capacidade instalada do Brasil para 195,9 GW em 2023, prevendo-se que, desse total, 59,7% será de fonte hidrelétrica, 14,5% de termelétrica, 1,7% de nuclear e 24,1% de fontes alternativas de energia tais como eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. Aproximadamente 34% da capacidade de geração instalada do Brasil é de propriedade da Eletrobras (incluindo sua subsidiária integral Eletronuclear e sua participação de 50,0% em Itaipu). Por meio de suas subsidiárias, a Eletrobras também é responsável por 55% da capacidade instalada de transmissão igual ou superior a 230 kV no Brasil. Além disso, alguns Estados brasileiros controlam empresas envolvidas na geração, transmissão e distribuição de energia, tais como a Companhia Energética de São Paulo – CESP, a Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG e a Copel, entre outras. Principais Autoridades Reguladoras Ministério de Minas e Energia – MME O MME é o principal agente regulador do setor elétrico e atua como órgão do governo brasileiro detentor de competências para elaboração de políticas, regulamentação e supervisão. 46 Conselho Nacional da Política Energética - CNPE O Conselho Nacional da Política Energética ( "CNPE" ), criado em agosto de 1997, presta serviços de consultoria ao Presidente da República em relação ao desenvolvimento e à criação de uma política energética nacional. O CNPE é presidido pelo MME e é composto por seis ministros do Governo Federal e três membros escolhidos pelo Presidente da República. O CNPE foi criado a fim de otimizar a utilização dos recursos energéticos no Brasil e garantir o suprimento nacional de energia elétrica. Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL O setor elétrico brasileiro é regulado pela ANEEL, uma agência reguladora federal independente. A responsabilidade principal da ANEEL é regular e supervisionar o setor elétrico de acordo com as políticas ditadas pelo MME e atuar em matérias que lhe forem delegadas pelo governo brasileiro e pelo MME. As responsabilidades da ANEEL incluem, entre outras, (i) conceder e fiscalizar as concessões de geração, transmissão e distribuição de energia, incluindo a aprovação das tarifas elétricas; (ii) baixar normas para o setor elétrico; (iii) implementar e regular o uso de fontes de energia, incluindo o uso da energia hidrelétrica; (iv) promover, monitorar e administrar licitações para novas concessões; (v) resolver conflitos administrativos entre entidades do setor elétrico e compradores de energia; e (vi) definir os critérios e a metodologia para a fixação das tarifas de transmissão e distribuição. Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) é uma entidade privada sem fins lucrativos composta de concessionárias de energia elétrica atuantes na geração, transmissão e distribuição de energia, além de outros participantes privados, como importadores, exportadores e consumidores livres. O papel primordial do ONS é coordenar e regular as operações de geração e transmissão no Sistema Interligado Nacional (“SIN”), sujeito a supervisão e regulamentação da ANEEL. Os objetivos e principais responsabilidades do ONS incluem, entre outros, o planejamento operacional para o setor da geração, a organização do uso do SIN e das interligações internacionais, a garantia de acesso para todos os participantes do setor à rede de transmissão de modo não discriminatório, a contribuição para a expansão do sistema elétrico, a apresentação de propostas ao MME sobre ampliação do SIN e a formulação das normas de operação do sistema de transmissão para aprovação pela ANEEL. Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE A CCEE é uma entidade privada sem fins lucrativos sujeita a autorização, fiscalização e regulamentação por parte da ANEEL. A CCEE é responsável, entre outras atribuições, por (i) registrar todos os Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (os “CCEAR”) e registrar os contratos resultantes de ajustes de mercado e o volume de energia contratada no Mercado Livre, e (ii) contabilizar e liquidar transações de curto prazo. A CCEE é composta de detentores de concessões, permissões e autorizações no setor elétrico e consumidores livres, e seu conselho de administração é composto por quatro membros indicados por esses agentes e por um membro indicado pelo MME, que será o presidente do conselho de administração. Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE O CMSE foi criado pela Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico para monitorar as condições de serviço e recomendar medidas preventivas para garantir a adequação do fornecimento de energia, incluindo ações sobre a demanda e a contratação de reservas de energia. Empresa de Pesquisa Energética - EPE Em agosto de 2004, o governo brasileiro criou a Empresa de Pesquisa Energética ("EPE"), uma empresa pública federal responsável pela condução de pesquisa e estudos estratégicos no setor da energia, incluindo as indústrias de energia elétrica, petróleo, gás natural, carvão e fontes de energia renováveis. Os estudos e pesquisas realizados pela EPE subsidiam a formulação da política energética do MME. 47 Eletrobras A Eletrobras atua como controladora das seguintes empresas pertencentes ao Governo Federal: Companhia Hidrelétrica do São Francisco - CHESF, Furnas, Eletrosul, Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A - Eletronorte, Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - CGTEE e Eletrobras Termonuclear S.A. - Eletronuclear. A Eletrobras administra fundos financiados por certos encargos regulamentares, assim como a comercialização da energia de Itaipu e de fontes alternativas de energia, sob o Proinfa. Histórico da Legislação do Setor A Constituição brasileira prevê que o desenvolvimento, o uso e a venda de energia elétrica podem ser realizados diretamente pelo governo federal ou indiretamente através da outorga de concessões, permissões ou autorizações. Historicamente, o setor elétrico brasileiro tem sido dominado por concessionárias de geração, transmissão e distribuição controladas pelo governo federal ou pelos governos estaduais. Desde 1995, o governo brasileiro tem tomado uma série de medidas para reformar o setor elétrico brasileiro. Em linhas gerais, o objetivo dessas medidas tem sido aumentar o papel do investimento privado e eliminar as barreiras existentes ao investimento estrangeiro, com vistas a aumentar assim a concorrência e a produtividade geral no setor. Abaixo segue resumo dos principais desdobramentos no quadro regulamentar e jurídico do setor elétrico brasileiro: • Em 1995, (i) a constituição federal foi alterada para permitir o investimento estrangeiro em geração de energia; (ii) a Lei de Concessões foi promulgada, exigindo que todas as concessões de serviços relacionados a energia sejam outorgadas mediante licitação, prevendo a criação de produtores independentes e consumidores livres e garantindo aos fornecedores de energia e aos consumidores livres acesso livre a todos os sistemas de distribuição e transmissão; e (iii) uma parte das participações controladoras detidas pela Eletrobras e por vários estados brasileiros em empresas de geração e distribuição foi vendida a investidores privados. • Em 1998, a Lei do Setor Elétrico foi promulgada, prevendo, entre outras medidas, a criação do ONS e a indicação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (“BNDES”), banco de desenvolvimento controlado 100% pelo Governo Federal, como agente financiador do setor elétrico, especialmente para apoiar novos projetos de geração. • Em 2001, o Brasil sofreu uma séria crise energética que perdurou até o fim de fevereiro de 2002. Durante esse período, o governo brasileiro implementou um programa de racionamento do consumo de energia nas regiões mais adversamente afetadas, ou seja, o Sudeste, o Centro-Oeste e o Nordeste do país. Em abril de 2002, o governo brasileiro implementou pela primeira vez um reajuste tarifário extraordinário para compensar as perdas sofridas pelos fornecedores de energia em razão do período de racionamento. • Em 2004, o governo brasileiro promulgou a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, em um esforço para novamente reestruturar o setor elétrico com o objetivo de proporcionar aos consumidores um fornecimento de energia estável a preços razoáveis. • Em 2012, o governo brasileiro promulgou duas Medidas Provisórias que trouxeram mudanças importantes para a estrutura regulatória do setor elétrico brasileiro: (i) Medida Provisória Nº 577, de 29 de agosto de 2012 (convertida na Lei 12.767, de 27 de dezembro de 2012); e (ii) Medida Provisória Nº 579, de 11 de setembro de 2012 (convertida na Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013). A Medida Provisória Nº 577 estabeleceu a obrigação do poder concedente de prestar serviços de energia caso uma concessão termine, bem como as novas regras de intervenção pelo poder concedente em concessões de energia para garantir um desempenho adequado dos serviços de utilidade pública. A Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 estabeleceu novas regras que mudaram a capacidade das concessionárias de renovar contratos de concessão. De acordo com essa Lei, as concessionárias de distribuição e geração podem renovar seus contratos de concessão vigentes a partir de 1995 e as 48 concessionárias de transmissão podem renovar seus contratos de concessão vigentes antes e a partir de 1995 por um período adicional de 30 anos, contanto que as concessionárias concordem em alterar os contratos de concessão para refletir o novo regime tarifário a ser estabelecido pela ANEEL. Concessões As companhias ou consórcios que desejam construir ou operar instalações de geração, transmissão ou distribuição de energia no Brasil devem participar de licitações ou requerer ao MME ou à ANEEL uma concessão, permissão ou autorização, conforme o caso. As concessões dão direito a gerar, transmitir ou distribuir energia dentro de área de concessão específica por período determinado. Esse período é de 35 anos para concessões de geração outorgadas após 2003 e de 30 anos para novas concessões de transmissão ou distribuição. De acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, as concessionárias de geração e distribuição podem renovar seus contratos de concessão vigentes a partir de 1995 e as concessionárias de transmissão podem renovar seus contratos de concessão vigentes antes e a partir de 1995 por um período adicional de 30 anos, contanto que as concessionárias concordem em alterar os contratos de concessão para refletir os novos termos e condições estabelecidos pela lei. A Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 não afeta as concessões de geração outorgadas após 2003, pois não são renováveis. A Lei de Concessões estabelece, entre outras disposições, as condições que a concessionária deve observar na prestação de serviços de energia, os direitos do consumidor e os direitos e as obrigações da concessionária e do poder concedente. A concessionária deve cumprir, além da Lei de Concessões, os regulamentos gerais que regem o setor elétrico. As principais disposições da Lei de Concessões e dos regulamentos associados da ANEEL são resumidas a seguir: Serviço adequado. A concessionária deve prestar serviço adequado a todos os consumidores sob sua concessão e deve manter certos padrões relativos a regularidade, continuidade, eficiência, segurança e acessibilidade. Uso da terra. A concessionária pode usar terras públicas ou requerer que o poder concedente desaproprie terras particulares necessárias em benefício da concessionária. Nesse último caso, a concessionária deve indenizar os proprietários particulares afetados. Responsabilidade objetiva. A concessionária é objetivamente responsável por todos os danos resultantes da prestação de seus serviços. Mudanças no controle acionário. O poder concedente precisa aprovar qualquer mudança direta ou indireta no controle acionário da concessionária. Intervenção pelo poder concedente. O poder concedente pode intervir na concessão, por meio da ANEEL, para garantir a prestação adequada dos serviços, assim como o pleno cumprimento das disposições contratuais e regulamentares aplicáveis. Uma vez que a ANEEL determine a intervenção, limitada a um ano, mas prorrogável por mais dois anos, o poder concedente deverá nomear um terceiro para administrar a concessão. Dentro de 30 dias da determinação da intervenção, o representante do poder concedente deve dar início a processo administrativo em que a concessionária terá o direito de contestar a intervenção. O processo administrativo deve ser concluído em um ano. Os acionistas da concessionária sob intervenção devem encaminhar à ANEEL, no prazo de 60 dias a partir da determinação da intervenção, um plano de recuperação e correção. Se a ANEEL aprovar esse plano, a intervenção é encerrada. Se a ANEEL não aprovar o plano, o poder concedente poderá: (i) declarar o cancelamento da concessão; (ii) determinar a cisão, incorporação, fusão ou transformação da concessionária, incorporação de uma controlada ou cessão de cotas/ações a terceiros; (iii) determinar a mudança de controle da concessionária; (iv) determinar o aumento de capital da concessionária; ou (v) determinar a incorporação de uma sociedade de propósito específico. Extinção da concessão. A extinção do contrato de concessão pode ocorrer por meio de encampação e/ou caducidade. A encampação é a extinção prematura de uma concessão por motivo de interesse público. As encampações devem ser aprovadas especificamente por lei ou decreto. A caducidade deve ser declarada pelo poder concedente depois que a ANEEL ou o MME tiverem determinado, em instância administrativa final, que a 49 concessionária, entre outras hipóteses, (i) deixou de prestar serviços adequados ou de cumprir as leis e os regulamentos aplicáveis, (ii) perdeu a capacidade técnica, financeira ou econômica de prestar serviços adequados, ou (iii) não cumpriu as penalidades impostas pelo poder concedente. A concessionária pode contestar judicialmente qualquer encampação ou declaração de caducidade. Um contrato de concessão também pode ser extinto (i) por acordo mútuo entre as partes, (ii) por falência ou dissolução da concessionária, ou (iii) por decisão judicial final transitada em julgado em ação impetrada pela concessionária. Quando um contrato de concessão é extinto, todos os ativos, direitos e privilégios relacionados de modo relevante com a prestação dos serviços de energia são revertidos para o governo brasileiro. Em razão da extinção, a concessionária faz jus a indenização por seus investimentos em ativos não totalmente amortizados ou depreciados, deduzidos todos os montantes referentes a multas e danos devidos pela concessionária. Vencimento. Quando vence o prazo da concessão, todos os ativos, direitos e privilégios relacionados de modo relevante com a prestação dos serviços de energia são revertidos para o governo brasileiro. Ao término da concessão, a concessionária faz jus a indenização por seus investimentos em ativos não totalmente amortizados ou depreciados no momento do vencimento. Penalidades. Os regulamentos da ANEEL regem a imposição de sanções contra participantes do setor elétrico e determinam as penalidades apropriadas com base na natureza e importância da infração (incluindo avisos, multas, suspensão temporária do direito de participar de licitações de novas concessões, de licenças e de autorizações e declaração de caducidade). Para cada infração, a multas podem ser de até 2% da receita da concessionária (líquida de ICMS e encargos) no período de 12 meses anterior à notificação da penalidade. Algumas infrações que podem resultar em multas dizem respeito à omissão do agente em requerer a aprovação da ANEEL para certos atos, incluindo: (i) assinatura de certos contratos entre partes relacionadas; (ii) venda ou cessão dos ativos relacionados a serviços prestados, assim como constituição de qualquer ônus (incluindo garantia, fiança, aval, penhor e hipoteca) sobre eles ou quaisquer outros ativos relacionados à concessão ou às receitas dos serviços de energia; (iii) mudanças no controle acionário do detentor da autorização ou concessão; e (iv) certas mudanças no estatuto social. No caso de contratos entre partes relacionadas submetidos à aprovação da ANEEL, a agência pode buscar impor restrições aos termos e condições desses contratos e, em circunstâncias extremas, exigir que o contrato seja rescindido. A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico introduziu mudanças relevantes na regulamentação do setor elétrico, com vistas a (i) fornecer incentivos para que entidades públicas e privadas construam e mantenham empreendimentos de geração e (ii) garantir o fornecimento de energia no Brasil a baixas tarifas por meio de leilões de energia. Os principais pontos da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico incluem: • A garantia de existência de dois mercados: (i) o mercado regulado, um mercado mais estável em termos de oferta de energia; e (ii) um mercado destinado especificamente a certos participantes (consumidores livres e empresas de comercialização, por exemplo), chamado de mercado livre, que permite certo grau de competição em relação ao mercado regulado. • Restrições a determinadas atividades de distribuição, incluindo a exigência de que os distribuidores se concentrem em seu core business para oferecer serviços mais eficientes e confiáveis aos consumidores cativos. • Extinção do auto suprimento (self-dealing) por meio de incentivo para os distribuidores à compra de energia pelos menores preços disponíveis em vez da compra de energia fornecida por partes relacionadas. • Respeito aos contratos firmados anteriormente à Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, para assegurar estabilidade regulamentar às transações realizadas antes de sua promulgação. 50 A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico excluiu a Eletrobras e suas subsidiárias do Plano Nacional de Privatização, que foi criado pelo governo brasileiro em 1990 para promover a privatização de companhias estatais. Para concessionárias de instalações de geração existentes, a Lei de Renovação das Concessões de 2013 alterou a natureza dos contratos de concessão. Anteriormente, uma concessionária de geração detinha o direito de vender a energia gerada pelas instalações sob a sua concessão para obter lucro. Por outro lado, as concessões de geração para as instalações de geração existentes (inclusive aquelas renovadas de acordo com a Lei de Renovação das Concessões de 2013) não concederão às concessionárias o direito de vender a energia gerada por essas instalações. Em vez disso, essas concessões somente abrangerão a operação e a manutenção das instalações de geração. A energia gerada por essas instalações será alocada pelo governo federal brasileiro em cotas para o mercado regulado, para ser adquirida por concessionárias de distribuição. Para novas instalações de geração, a concessionária terá o direito de vender a energia produzida pela instalação. Ambiente Paralelo de Comercialização de Energia Elétrica Sob a Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico, a compra e venda de energia são realizadas em dois segmentos distintos: (i) o mercado regulado, no qual ocorrerá a compra pelas concessionárias de distribuição de toda a energia necessária ao suprimento de seus clientes por meio de leilões e (ii) o mercado livre, no qual se dará a compra de energia por entidades não reguladas (como consumidores livres e comercializadores de energia). No entanto, a energia proveniente das seguintes fontes está sujeita a regras específicas, diferentes das aplicáveis para os mercados livre e regulado: (i) de projetos de geração de baixa capacidade localizados próximos aos pontos de consumo (como certas usinas de cogeração e pequenas centrais hidrelétricas), (ii) de usinas registradas no Proinfa, programa do governo federal para incentivar o desenvolvimento de fontes alternativas de energia, tais como eólica, pequenas centrais hidrelétricas e biomassa, (iii) de Itaipu, (iv) de Angra 1 e 2 a partir de 2013 e (v) os contratos de concessão de geração prorrogados ou sujeitos a nova licitação de acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013. A energia gerada por Itaipu continuará a ser vendida pela Eletrobras às concessionárias de distribuição que operam nas áreas Sul-Sudeste-Centro-Oeste do Sistema Interligado Nacional. As tarifas de comercialização da energia gerada em Itaipu são expressas em dólares americanos e estabelecidas de acordo com um tratado entre o Brasil e o Paraguai. Assim, as tarifas de Itaipu aumentam ou diminuem conforme a variação da taxa de câmbio entre o real e o dólar. As variações no preço da energia gerada em Itaipu, entretanto, estão sujeitas ao mecanismo de recuperação de custos da Parcela A discutido a seguir em “—Tarifas de Distribuição”. A partir de janeiro de 2013, a energia gerada pelas usinas nucleares Angra 1 e 2 começou a ser vendida pela Eletronuclear à concessionárias de distribuição por tarifa calculada pela ANEEL. A Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico não afetou contratos bilaterais celebrados antes de 2004. O Mercado Regulado No mercado regulado, as concessionárias de distribuição devem comprar a demanda projetada de energia para seus consumidores cativos por meio de leilões no mercado regulado. Os leilões são administrados pela ANEEL, diretamente ou por meio da CCEE, sob certas diretrizes emitidas pelo MME. As compras de energia são realizadas mediante dois tipos de contratos bilaterais: Contratos de Quantidade de Energia e Contratos de Disponibilidade de Energia. No Contrato de Quantidade de Energia, o gerador compromete-se a suprir determinado montante de energia e assume o risco de o suprimento de energia ser afetado adversamente por condições hidrológicas e níveis baixos em reservatórios, entre outras condições que possam interromper o suprimento de energia. Nesse caso em que o gerador deverá adquirir a energia de outras fontes para cumprir suas obrigações de suprimento. No Contrato de Disponibilidade de Energia, o gerador compromete-se a disponibilizar certa capacidade ao mercado regulado. Nesse caso, a receita do gerador é garantida, e os distribuidores correm o risco de escassez no suprimento. 51 A estimativa de demanda dos distribuidores é o principal fator da determinação do volume de energia que o sistema como um todo contratará. Os distribuidores são obrigados a adquirir 100% de suas necessidades de energia projetadas. Discrepâncias entre a demanda efetiva e a demanda projetada podem resultar em penalidades aos distribuidores. No caso de subcontratação, os distribuidores são penalizados diretamente em valor que aumenta à medida que a diferença entre a demanda contratada e a demanda efetiva aumenta. Os distribuidores que subcontratam também devem pagar para suprir sua demanda comprando energia no mercado de curto prazo. No caso de supercontratação, quando o volume contratado fica entre 100% e 105% da demanda efetiva, os distribuidores não são penalizados e os custos adicionais são compensados por meio de aumentos nas tarifas aos consumidores. Quando o volume contratado é superior a 105% da demanda efetiva, os distribuidores devem vender energia no mercado à vista. Se o preço contratual for mais baixo que o preço atual no mercado à vista, os distribuidores vendem seu excesso de energia com lucro. Por outro lado, se o preço contratual for mais alto que o preço no mercado à vista, os distribuidores vendem sua energia em excesso com prejuízo. Quanto à outorga de novas concessões, os regulamentos recentemente promulgados exigem que as propostas submetidas nas licitações para novas instalações de geração hidrelétrica incluam, entre outros itens, a porcentagem mínima de energia a ser fornecida em leilões no mercado regulado. Concessões para novos projetos de geração, como o de Mauá e Colíder, em nosso caso, não são renováveis, o que significa que em seu vencimento a concessionária deverá participar novamente de licitação. O Mercado Livre O mercado livre cobre transações entre concessionárias de geração, Produtoras Independentes de Energia PIEs, autogeradores, comercializadores de energia, exportadores e importadores de energia e consumidores livres. O mercado livre também cobre contratos bilaterais existentes entre geradores e distribuidores assinados sob o modelo antigo do setor elétrico, até seu vencimento. Após o vencimento, esses contratos deverão ser realizados sob as diretrizes da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico. Consumidores com direito a escolher seu fornecedor só podem fazê-lo após o vencimento de seus contratos com os distribuidores locais e com aviso prévio ou, no caso de contrato sem data de vencimento, com aviso prévio de 15 dias em relação à data em que o distribuidor deve informar o MME sobre sua demanda anual de energia estimada. Nesse último caso, o contrato só será rescindido no ano seguinte. Após ter optado pelo mercado livre, o consumidor só pode retornar ao sistema regulado depois de fornecer aviso prévio de cinco anos ao distribuidor de sua região, mas o distribuidor pode reduzir esse prazo como lhe convier. Esse longo período de aviso visa assegurar que, se necessário, o distribuidor possa adquirir energia adicional em leilões no mercado regulado sem impor custos extras ao mercado cativo. Os geradores privados podem vender energia diretamente a consumidores livres. Os geradores estatais podem vender energia diretamente a consumidores livres, mas são obrigados a fazê-lo somente por meio de leilões privados realizados por eles exclusivamente para consumidores livres ou realizados pelos consumidores livres. Regulamentação da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico e outras regras promulgadas Um decreto de julho de 2004 regulamentou a compra e venda de energia no mercado regulado e no mercado livre, assim como a outorga de autorizações e concessões para projetos de geração de energia. Esse decreto inclui, entre outros itens, regras relativas a procedimentos de leilão, à forma dos contratos de compra de energia e ao mecanismo de repasse de custos aos consumidores finais. Esses regulamentos estabelecem diretrizes sob as quais os agentes que adquirem energia devem contratar sua demanda de energia. Os agentes que comercializam energia devem comprovar que a energia a ser vendida provém de instalações de geração existentes ou planejadas. Os agentes que não cumprirem essas exigências estão sujeitos a penalidades impostas pela ANEEL. Esses regulamentos também exigem que as companhias de distribuição contratem 100% de suas necessidades de energia primordialmente por meio de leilões públicos. Além desses leilões, as companhias de 52 distribuição podem adquirir montantes limitados (até 10% de sua demanda) de: (i) companhias de geração conectadas diretamente à companhia de distribuição (exceto usinas hidrelétricas com capacidade superior a 30 MW e certas usinas termelétricas), (ii) empreendimentos de geração de energia participantes da fase inicial do Proinfa, (iii) Itaipu e (iv) cotas dos contratos de concessão de geração prorrogados ou sujeitos a nova licitação, de acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013. O MME estabelece o montante total de energia a ser contratado no mercado regulado, o número e tipo de empreendimentos de geração que serão leiloados a cada ano. Todas as companhias de geração, distribuição e comercialização de energia, todos os produtores independentes de energia e os consumidores livres são obrigados a notificar ao MME, até 1º de agosto de cada ano, quanto a sua demanda ou geração estimada de energia, conforme o caso, para cada um dos cinco anos subsequentes. Antes de cada leilão de energia, as companhias de distribuição são também obrigadas a notificar ao MME quanto aos volumes de energia que pretendem contratar no leilão. Além disso, as companhias de distribuição são obrigadas a especificar a parcela do volume contratado que pretendem usar para suprir consumidores livres potenciais. Leilões no Mercado Regulado Os leilões de energia para projetos novos de geração são realizados (i) no quinto ano antes da data de fornecimento inicial (“Leilões A-5”) e (ii) no terceiro ano antes da entrada em operação comercial (“Leilões A-3”). Os leilões de energia existente são realizados (i) no ano anterior à data de fornecimento inicial (“Leilões A-1”) e (ii) até quatro meses antes da data de fornecimento (chamados de “Ajustes de Mercado”). Geradores de energia nova e existente podem participar dos leilões de energia de reserva desde que aumentem a capacidade do sistema elétrico ou que não tenham começado a operar comercialmente até janeiro de 2008. Convites para participação nos leilões são preparados pela ANEEL conforme as diretrizes estabelecidas pelo MME, incluindo a exigência de que o menor lance será vencedor do leilão. Cada companhia de geração que participa do leilão firma contrato de compra e venda de energia com cada companhia de distribuição, na proporção da demanda estimada de energia de cada companhia de distribuição, exceto nos leilões de ajuste e de energia de reserva. Os contratos para Leilões A-5 e A-3 têm prazo de 15 a 30 anos, e os contratos para Leilões A-1 têm prazo de 5 a 15 anos. Contratos resultantes de Leilões de Ajuste de mercado têm prazo limitado a dois anos. Os contratos de energia de reserva estão limitados a 35 anos. A quantidade de energia contratada de instalações existentes de geração pode ser reduzida por três razões: (i) compensação pela saída de consumidores cativos que se tornam consumidores livres; (ii) compensação de desvios em relação às projeções estimadas de mercado (até 4% ao ano do volume contratado anual, com início dois anos depois da estimativa da demanda inicial de energia); e (iii) ajustes no volume de energia estabelecido em contratos bilaterais celebrados antes da promulgação da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico. Entretanto, no que diz respeito ao item (i) acima, a redução nas receitas líquidas registrada quando um consumidor cativo se torna um consumidor livre é compensada pelo valor adicional que os consumidores livres devem pagar pelo uso de nosso sistema de distribuição. Entretanto, os consumidores livres podem se desconectar de nossa rede de distribuição (deixando, portanto, de pagar nossa tarifa de distribuição) se optarem por se conectar diretamente à Rede Básica ou se gerarem energia para consumo próprio e a transportarem sem usar nossa rede de distribuição. Como os consumidores livres que se conectam diretamente à Rede Básica deixam de nos pagar a tarifa de distribuição, podemos não ser capazes de recuperar totalmente essa perda de receita. Desde 2004, a CCEE realizou 20 leilões de energia de nova, 14 leilões de energia existente, seis leilões de energia de reservas para aumentar a segurança do fornecimento e 18 leilões de ajuste. No máximo até 1º de agosto de cada ano, os geradores e distribuidores apresentam sua geração ou demanda de energia estimada para os cinco anos subsequentes. Com base nessas informações, o MME estabelece o volume total de energia a ser negociado no leilão e determina as companhias de geração que dele participarão. O leilão é realizado eletronicamente em duas fases. 53 Ao final do leilão (exceto no caso de leilão de energia de reserva), geradores e distribuidores firmam o CCEAR, determinando o preço e o volume da energia negociada no leilão. O preço é corrigido anualmente com base nas variações de preços publicadas pelo IPCA. Os distribuidores fornecem garantias financeiras aos geradores (principalmente contas a receber pelo serviço de distribuição) para garantir suas obrigações de pagamento previstas nos CCEARs. Também ao fim do leilão, as concessionárias de geração e a CCEE firmam o Contrato de Energia de Reserva, determinando o preço e o volume da energia negociada no leilão. Os distribuidores, consumidores livres e autoprodutores firmam então o Contrato de uso da Energia de Reserva (o "CONUER") com a CCEE, para estabelecer os termos de uso da energia de reserva. Os consumidores de energia de reserva fornecem garantias financeiras à CCEE para garantir suas obrigações de pagamento sob o CONUER. Valor Anual de Referência A regulamentação brasileira estabelece um mecanismo (“Valor Anual de Referência”) que limita os custos que podem ser repassados aos consumidores finais. O Valor Anual de Referência corresponde à média ponderada dos preços de energia nos leilões A-5 e A-3 (exceto leilões de fontes alternativas), calculados para todas as companhias de distribuição. A regulamentação estabelece as seguintes limitações permanentes à capacidade de repasse de custos aos consumidores pelas companhias de distribuição: (i) nenhum repasse de custos de aquisição de energia que exceda 105% da demanda efetiva; (ii) repasse limitado de custos de aquisição de energia em Leilão A-3, se o volume da energia adquirida exceder 2% do volume de energia contratada em Leilões A-5; e (iii) se o volume contratado de instalações existentes de geração sofrer queda superior a 4%, novos contratos de energia de novas instalações de geração estão autorizados a realizar repasse limitado. O MME estabelece o preço máximo de aquisição para energia existente. Se os distribuidores não cumprirem a obrigação de contratar toda sua demanda, o repasse de custos da energia adquirida no mercado de curto prazo é o menor entre o preço spot e o Valor Anual de Referência. Convenção de Comercialização de Energia Elétrica A Convenção de Comercialização de Energia Elétrica regula a organização e o funcionamento da CCEE e define, entre outras disposições, (i) os direitos e as obrigações dos agentes da CCEE, (ii) as penalidades a serem impostas a agentes inadimplentes, (iii) os meios de solução de controvérsias, (iv) normas de comercialização nos mercados regulado e livre e (v) o processo de contabilidade e liquidação de transações de curto prazo. Atividades Restritas dos Distribuidores Não é permitido às concessionárias de distribuição na Rede Básica (i) desenvolver atividades relacionadas à geração e à transmissão de energia elétrica, (ii) vender energia a consumidores livres, exceto aos situados em sua área de concessão e sob as mesmas condições e tarifas aplicáveis a consumidores cativos, (iii) manter, direta ou indiretamente, quaisquer participações em qualquer outra companhia, sociedade anônima, ou acordo estratégico, ou (iv) desenvolver atividades não relacionadas a suas concessões, exceto as permitidas por lei ou pelo contrato de concessão pertinente. As concessionárias de geração não podem manter participações acima de 10% em nenhuma concessionária de distribuição. Eliminação do “Self-Dealing” Como a compra de energia para consumidores cativos se dará por meio de leilões no mercado regulado, o chamado “self-dealing” (pelo qual as concessionárias de distribuição podiam adquirir até 30% de sua demanda de energia elétrica por meio de autoprodução ou de companhias afiliadas) não é mais permitido. 54 Impugnação da Constitucionalidade da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico A constitucionalidade da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico está atualmente sendo contestada perante o Supremo Tribunal Federal. O governo brasileiro pleiteou a extinção das ações, alegando que os argumentos constitucionais eram questionáveis uma vez que diziam respeito a uma medida provisória já convertida em lei. Até o momento, o STF ainda não chegou a uma deliberação final, e não sabemos quando isso pode acontecer. Enquanto o Tribunal analisa a lei, suas disposições permanecem em vigor. Independentemente da decisão final do Supremo Tribunal Federal, espera-se que permaneçam em pleno vigor certas partes da Lei do Novo Modelo do Setor Elétrico referentes a restrições sobre atividades dos distribuidores não relacionadas à distribuição de energia, incluindo a venda de energia pelos distribuidores a consumidores livres e a eliminação do self-dealing. Desafios da Constitucionalidade da Lei sobre a Prorrogação de Concessões - 2013 A Lei sobre a Prorrogação de Concessões de 2013 atualmente está sendo questionada com relação à sua constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal pela CNTI (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria). Não é possível prever se a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 continuará válida no futuro. Enquanto o supremo tribunal estiver revendo a lei, seus dispositivos permanecem em pleno efeito e vigor. Tarifas pelo Uso dos Sistemas de Distribuição e Transmissão A ANEEL regula o acesso aos sistemas de distribuição e transmissão e estabelece tarifas pelo uso desses sistemas. As tarifas são (i) encargos pelo uso da rede, que são encargos pelo uso das redes locais de propriedade das concessionárias de distribuição (“TUSD”), e (ii) tarifa pelo uso do sistema de transmissão, que compreende a Rede Básica e suas instalações auxiliares (“TUST”). TUSD Os usuários das redes de distribuição pagam às concessionárias de distribuição uma tarifa conhecida como TUSD (Tarifa pelo Uso do Sistema de Distribuição). A TUSD é dividida em duas partes: uma relativa à potência contratada em R$ /kW e outra relativa aos encargos regulatórios em R$ /kWh. O montante a ser pago pelos usuários da rede de distribuição é calculado multiplicando-se a potência máxima contratada com a concessionária de distribuição para cada ponto de conexão pela tarifa em R$ /kW, mais o produto do consumo de energia pela tarifa em R$ /kWh, mensalmente. Em relação aos consumidores cativos, a TUSD é parte da tarifa de fornecimento que é calculada com base na tensão usada por cada consumidor. TUST A TUST (Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão) é paga pelas concessionárias de distribuição e de geração e pelos consumidores livres às concessionárias de transmissão pelo uso da Rede Básica (o sistema elétrico de transmissão com tensão igual ou superior a 230 kV). Essa tarifa é revista anualmente de acordo com (i) a localização do usuário do Sistema Interligado de Transmissão e (ii) as receitas anuais que as concessionárias de transmissão são autorizadas a receber pelo uso de seus ativos no Sistema Interligado de Transmissão. O ONS, entidade que representa todas as concessionárias de transmissão que têm ativos na Rede Básica, coordena o pagamento das tarifas de transmissão a essas concessionárias. Os usuários da Rede Básica assinaram contratos com o ONS que lhes permitem usar a rede de transmissão mediante o pagamento da TUST. Tarifas de Distribuição As tarifas de distribuição a consumidores finais (incluindo a TUSD) estão sujeitas a revisão pela ANEEL, que possui autoridade para reajustar e rever tarifas em resposta a mudanças nos custos de aquisição de energia e nas condições de mercado. Ao reajustar tarifas de distribuição, a ANEEL divide os custos das concessionárias de distribuição entre (i) custos que estão fora do controle das concessionárias (“custos da Parcela A”) e (ii) custos que 55 estão sob o controle das concessionárias (“custos da Parcela B”). A fórmula de reajuste tarifário da ANEEL trata essas duas categorias de maneira diferente. Os custos da Parcela A incluem, entre outros, os seguintes: • os custos da energia comprada pela concessionária para suprir consumidores cativos, de acordo com o modelo regulatório vigente; • encargos de conexão e uso das redes de transmissão e distribuição; e • encargos regulamentares setoriais. Os custos da Parcela B incluem, entre outros, os seguintes: • um componente projetado para compensar o distribuidor pelo investimento nos ativos da concessão; • custos de depreciação; e • um componente projetado para compensar o distribuidor por seus custos operacionais e de manutenção. O contrato de concessão de cada companhia de distribuição também prevê um reajuste anual de tarifas. Geralmente, os custos da Parcela A são repassados integralmente aos consumidores. Os custos da Parcela B, entretanto, são apenas corrigidos pela inflação com base no índice IGP-M, menos o fator X. As concessionárias de distribuição de energia também fazem jus a uma revisão periódica a cada quatro ou cinco anos. Essas revisões visam (i) assegurar receitas necessárias para cobrir custos operacionais eficientes da Parcela B e compensação adequada para investimentos considerados essenciais para os serviços no âmbito da concessão de cada concessionária e (ii) determinar o fator X. O fator X de cada concessionária de distribuição é calculado com base nos componentes a seguir: • P, baseado na produtividade da concessionária, que é medido em termos de aumento nos ativos (quilômetros de rede de energia), volume total de energia vendido e no número de consumidores finais para os quais a energia é vendida; • T, baseado na trajetória dos custos operacionais da concessionária, medido como a diferença entre os custos padrão estabelecidos pela ANEEL e os custos operacionais efetivos da concessionária; e • Q, baseado em indicadores de meta de qualidade que medem a interrupção no fornecimento de energia para consumidores finais. Além disso, as concessionárias de distribuição fazem jus a uma revisão extraordinária de suas tarifas, conforme o caso, para assegurar o seu equilíbrio financeiro e compensar custos imprevisíveis, incluindo tributos, que alterem significativamente sua estrutura de custos. Revisões extraordinárias foram concedidas (i) em junho de 1999, para compensar os custos maiores da energia adquirida de Itaipu em razão da desvalorização do real frente ao dólar, (ii) em 2000, para compensar o aumento da COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) de 2% para 3%, (iii) em dezembro de 2001, para compensar as perdas causadas pelo Programa de Racionamento; (iv) em janeiro de 2013, devido à promulgação da Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013; e (v) em março de 2015, para compensar custos com a quota da CDE e com a aquisição de energia. Desde outubro de 2004, na data de seu reajuste anual ou revisão periódica subsequente, o que ocorrer antes, as companhias de distribuição têm sido obrigadas a celebrar contratos separados para conexão e uso da rede de distribuição e para a venda de energia a seus consumidores potencialmente livres. 56 Bandeiras Tarifárias Em vigor a partir de 1 de janeiro de 2015, um novo sistema foi introduzido pela ANEEL de modo a permitir que as concessionárias de distribuição repassem ao consumidor final determinados aumentos de custo variável atribuíveis às alterações nas condições hidrológicas no Brasil, antes das revisões periódicas formais das tarifas realizadas pela ANEEL. Segundo este modelo, uma bandeira verde, amarela ou vermelha, conforme seja determinado pela ANEEL, é incluída nas contas enviadas aos consumidores finais, refletindo as condições hidrológicas nacionais (exceto estados do Amazonas, Amapá e Roraima). Caso a bandeira verde seja adicionada à conta do consumidor final devido às condições hidrológicas satisfatórias, nenhuma cobrança adicional ocorrerá. Por outro lado, caso as contas de energia contenham a bandeira amarela ou vermelha, isso indicará que as concessionárias de distribuição estão enfrentando maiores custos variáveis decorrentes da aquisição de energia e tiveram que repassá-los ao consumidor final. Incentivos Em 2000, um decreto federal criou o Programa Prioritário de Termoenergia (o “PPT”) para diversificar a matriz energética brasileira e reduzir sua grande dependência em relação a usinas hidrelétricas. Os incentivos concedidos às usinas termelétricas incluídas no PPT são: (i) garantia de fornecimento de gás por 20 anos, de acordo com regulamentação do MME, (ii) garantia de que os custos relativos à aquisição da energia gerada por usinas termelétricas sejam repassados aos consumidores por meio das tarifas até o limite do valor normativo fixado pela ANEEL e (iii) garantia de acesso ao programa especial de financiamento do BNDES para o setor elétrico. Em 2002, o governo brasileiro estabeleceu o Proinfa para estimular o desenvolvimento de fontes alternativas de energia. Por meio do Proinfa, a Eletrobras deverá adquirir a energia gerada por essas fontes alternativas por um período de 20 anos. O Proinfa se limita em seu estágio inicial a uma capacidade contratada total de 3.300 MW. Em sua segunda fase, que deverá ter início quando a capacidade de 3.300 MW for atingida, o Proinfa pretende adquirir de fontes alternativas energia equivalente a 10% do consumo de energia elétrica anual do Brasil. A primeira fase do Proinfa começou em 2004. Encargos Regulatórios do Setor Elétrico Compensação de ICMS a Estados e Municípios De 1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2012, as concessionárias de distribuição foram obrigadas a pagar uma taxa de 0,3% de suas receitas operacionais anuais, que foi transferida a certos estados e municípios a título de compensação por perda de receitas fiscais resultantes da conexão desses estados e municípios ao Sistema Interligado Nacional, devido ao fato de que não recebem mais energia de fontes locais. Esses recursos devem ser usados por estados e municípios para aumentar o acesso à energia, financiar projetos sociais e ambientais, conduzir pesquisa e desenvolvimento e apoiar iniciativas de eficiência energética. EER O Encargo de Energia de Reserva (o “EER”) é um encargo regulamentar destinado a levantar fundos para reservas energéticas contratadas por meio da CCEE e que são depositados na Conta de Energia de Reserva – CONER). Essas reserves energéticas, que são obrigatórias, foram criadas para tentar garantir fornecimento de energia suficiente ao SIN. O EER deve ser cobrado de todos os consumidores finais do Sistema Interligado Nacional. A partir de 2010, esse encargo tem sido cobrado mensalmente. Fundo RGR Em certas circunstâncias, as companhias de energia são ressarcidas por alguns ativos vinculados a uma concessão se a concessão é revogada ou não é renovada. Em 1971, o Congresso Brasileiro criou um fundo de reserva destinado a prover tais ressarcimentos (“Fundo RGR”). Em fevereiro de 1999, a ANEEL estabeleceu uma 57 taxa exigindo que as companhias de energia do setor público façam contribuições mensais ao Fundo RGR com alíquota anual igual a 2,5% dos ativos fixos em serviço da companhia, sem exceder 3% das receitas operacionais totais em qualquer ano. Desde a promulgação da Lei de Renovação das Concessões de 2013, o Fundo RGR tem sido usado para financiar a compensação advinda do término das concessões que não foram renovadas. A Lei de Renovação das Concessões de 2013 também permitiu que os recursos do Fundo RGR fossem transferidos à CDE. De acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, a partir de 1º de janeiro de 2013, os contratos de concessão das concessionárias de (i) distribuição; (ii) transmissão cuja licitação tenha ocorrido após 12 de setembro de 2012; e (iii) transmissão e geração cujo contrato de concessão tenha sido renovado ou cujas instalações tenham sido submetidas a nova licitação, não são mais obrigados a pagar a taxa anual de RGR. UBP Alguns empreendimentos de geração hidrelétrica (exceto pequenas usinas hidrelétricas) são obrigados a fazer contribuições ao Fundo de Uso de Bem Público (o “Fundo UBP”) de acordo com as normas da licitação para obtenção de concessão correspondente. A Eletrobras recebe os pagamentos ao Fundo UBP em conta específica. Vide Nota 27 de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas. ESS Os custos decorrentes da manutenção da confiabilidade e da estabilidade do sistema no atendimento à demanda por energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) são denominados Encargos de Serviço do Sistema (ESS). Estes valores são pagos por todos agentes com medição de consumo registrada na CCEE, na proporção de seu consumo. Os ESS são expressos em R$/MWh e são pagos apenas aos agentes geradores térmicos que atendem a solicitação de despacho do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para realizar geração fora da ordem de mérito de custo. CDE Em 2002, o governo brasileiro instituiu a Conta de Desenvolvimento Energético (a “CDE”), que é suprida por (i) pagamentos anuais por parte das concessionárias pelo uso de bens públicos, (ii) penalidades e multas impostas pela ANEEL, (iii) taxas anuais pagas pelos agentes que comercializam energia para consumidores finais, por meio de um encargo adicionado às tarifas de uso das redes de distribuição e transmissão e (iv) créditos detidos pelo governo federal contra Itaipu. A CDE foi originalmente criada, entre outros, para promover a disponibilidade de serviços de energia elétrica no Brasil e a competitividade da energia produzida por fontes alternativas. A CDE é regulamentada pelo Poder Executivo e administrada pela Eletrobras. Essa cobrança foi significativamente reduzida pela Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 (em aproximadamente 75% em relação a 31 de dezembro de 2011), em uma tentativa de reduzir o custo da energia pago pelos consumidores finais, entre outros. A Lei sobre a Prorrogação de Concessões de 2013 também permitiu que os fundos provenientes do Fundo RGR fossem transferidos para a Conta CDE e permitiu que os fundos depositados na Conta CDE sejam utilizados no suporte do programa de geração de energia em sistemas elétricos isolados) (a Conta de Consumo de Combustíveis). Em 7 de março de 2014, o governo brasileiro autorizou a transferência às concessionárias de distribuição de fundos depositados na Conta CDE para cobrir seus respectivos custos decorrentes da exposição involuntária ao mercado à vista em janeiro de 2014, como resultado das fracas condições hidrológicas em 2013 e 2014, que determinaram a aquisição de energia termelétrica a preços mais elevados no mercado à vista, custos que as concessionárias de distribuição não eram capazes de repassar aos consumidores finais através das Tarifas regulares de Varejo anterior à revisão periódica formal das tarifas conduzida pela ANEEL. Em 31 de dezembro de 2014, a Eletrobras nos liberou R$ 114,6 milhões provenientes da Conta CDE para este fim específico. As concessionárias de distribuição poderão repassar ao consumidor final um encargo da Conta CDE à medida necessária para quitar suas obrigações de financiamento contratadas pelo CCEE através da Conta ACR. Vide “Conta do Mercado Regulado – Conta ACR.” 58 Conta no Ambiente de Contratação Regulada – Conta ACR Em abril de 2014, o governo brasileiro criou a Conta no Ambiente de Contratação Regulada – Conta-ACR (“Conta ACR”), para auxiliar as concessionárias de distribuição a cobrirem seus respectivos custos pela aquisição de energia termelétrica referente o período entre fevereiro de 2014 e dezembro de 2014, incorrido como resultado das fracas condições hidrológicas, que determinaram a aquisição de energia termelétrica a preços mais elevados no mercado à vista, custos que as concessionárias de distribuição não eram capazes de repassar aos consumidores finais através das Tarifas regulares de Varejo anterior à revisão periódica formal das tarifas conduzida pela ANEEL. Até 31 de março de 2015, o governo federal autorizou o CCEE a contratar linhas de crédito junto às instituições financeiras brasileiras, cujos recursos (totalizando R$ 21,2 bilhões) foram desembolsados em três tranches separadas e depositados na Conta ACR para imediatamente financiar as despesas das concessionárias de distribuição incorridas com relação à aquisição de energia termelétrica. As concessionárias de distribuição quitarão este financiamento contratado pelo CCEE através da aplicação de encargos adicionais mensais da Conta CDE aos consumidores finais, por um período de 54 meses, após a conclusão dos respectivos procedimentos de ajuste de tarifa em 2015. O processo de contratar financiamento junto às instituições financeiras brasileiras e o processo de utilização dos fundos depositados na Conta ACR são administrados pelo CCEE. Em 31 de dezembro de 2014, o CCEE nos liberou R$ 1.137,5 milhões da Conta ACR. Tarifa de Transmissão de Itaipu A Usina Hidrelétrica de Itaipu possui uma rede de transmissão exclusiva que não faz parte do Sistema Interligado Nacional. As concessionárias que fazem jus ao recebimento de energia de Itaipu pagam uma tarifa de transmissão em valor igual à sua cota proporcional da energia gerada por Itaipu. Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos Os detentores de concessões e autorizações para exploração de recursos hídricos devem pagar um encargo total de 6,75% do valor da energia que geram, calculado com base em tarifa fixada pela ANEEL. A partir de 1º de janeiro de 2015, a ANEEL fixou essa tarifa em R$ 85,26/MWh. Os recursos dessa compensação são repartidos entre os estados e municípios em que esteja localizada a usina ou seu reservatório e certas agências federais. Taxa de Fiscalização da ANEEL (TFSEE) A Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica da ANEEL é um encargo anual devido pelos detentores de concessões, permissões ou autorizações equivalente a uma porcentagem de suas receitas fixada pela ANEEL. A Taxa de Fiscalização da ANEEL exige que as partes afetadas paguem até 0,5% de suas receitas anuais à Agência em 12 parcelas mensais. Não-Pagamento de Encargos Regulamentares O não-pagamento das contribuições obrigatórias ao Fundo RGR, ao Proinfa e à CDE ou de certos desembolsos, como os devidos pela compra de energia elétrica no Mercado Regulado ou de Itaipu, impedirá a parte inadimplente de receber reajustes ou revisões de suas tarifas (exceto revisões extraordinárias) e também impedirá a parte inadimplente de receber recursos do Fundo RGR, ou da CDE. Cumprimos as obrigações de pagamento relativas a encargos regulamentares. Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) O Mecanismo de Realocação de Energia visa mitigar os riscos a que estão expostos os geradores hidrelétricos devido à variação nas vazões dos rios (risco hidrológico). De acordo com a legislação brasileira, a cada usina hidrelétrica é atribuído determinado volume de “energia assegurada”, conforme os critérios de risco de suprimento de energia definidos pelo MME, com base nos históricos de vazão dos rios. A energia assegurada também representa a energia máxima que pode ser vendida pelo 59 gerador conforme previsto no contrato de concessão, independentemente do volume de energia efetivamente gerado pela usina. O MRE tenta assegurar que todas as usinas participantes recebam a receita correspondente à sua energia assegurada, independentemente do volume de energia gerado por elas. Em outras palavras, o MRE efetivamente realoca a energia, transferindo o excedente dos que produziram além de sua energia assegurada para os que produziram menos que sua energia assegurada. A realocação, que ocorre no Sistema Interligado Nacional, é determinada pelo ONS, levando em conta a demanda nacional de energia e as condições hidrológicas, independentemente do contrato de compra de energia de cada gerador individual. O volume de energia efetivamente gerado pela usina, seja maior ou menor que o quociente de energia assegurada atribuído, faz jus a uma tarifa conhecida como “Tarifa de Energia de Otimização”, calculada para cobrir apenas os custos variáveis de operação e manutenção da usina, de modo que os geradores são pouco afetados pelo despacho efetivo de suas usinas. Cada usina hidrelétrica cujo contrato de concessão tenha sido renovado de acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 não participará mais do mecanismo MRE e o risco hidrológico dessas usinas ficará sob a responsabilidade das concessionárias de distribuição do Sistema Interligado Nacional. Esse risco não afeta nosso segmento de distribuição, pois podemos aumentar as tarifas de distribuição de nossos clientes para compensar os custos resultantes de tal risco hidrológico. Pesquisa e Desenvolvimento As companhias que detêm concessões e permissões para distribuição de energia são obrigadas a investir pelo menos 0,50% de suas receitas operacionais líquidas anuais em pesquisa e desenvolvimento e 0,50% em programas de eficiência energética. A partir de 1º de janeiro de 2016, esses percentuais serão de 0,75% e 0,25%, respectivamente. As companhias que detêm concessões e autorizações para geração e transmissão de energia são obrigadas a investir pelo menos 1% de suas receitas operacionais líquidas anuais em pesquisa e desenvolvimento. As companhias que geram energia exclusivamente por meio de pequenas centrais hidrelétricas, de cogeração e de empreendimentos de energia de fontes alternativas não estão sujeitas a essa exigência. O montante a ser investido em pesquisa e desenvolvimento deve ser distribuído da seguinte forma: • 40% para os projetos de pesquisa e desenvolvimento da companhia, sob a supervisão da ANEEL; • 40% para o Ministério da Ciência e Tecnologia, para ser investido em projetos nacionais de pesquisa e desenvolvimento; e • 20% para o MME, para custear a EPE. Legislação Ambiental A Constituição Federal Brasileira inclui as questões ambientais entre as questões sujeitas à competência legislativa concomitante, o que significa que o governo federal brasileiro promulga regras gerais complementadas por regras impostas pelos estados; os municípios, por sua vez, promulgam regras locais ou complementam a legislação estadual e/ou federal. Uma das principais regras foi a Lei Federal de Crimes Ambientais, vigente desde 1998, que estabelece um quadro geral de responsabilização por infrações a normas ambientais. Leis e regulamentos federais estabeleceram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e o Conselho Nacional de Recursos Hídricos para tratar das principais questões ambientais envolvendo o setor hidrelétrico e os usuários de recursos hídricos. Em 2000, o Governo Federal criou uma agência independente, a Agência Nacional de Águas, para regular e supervisionar o uso de recursos hídricos. 60 O Código Florestal Brasileiro e os regulamentos associados estabelecem regras de manutenção e aquisição de áreas afetadas por reservatórios de usinas hidrelétricas. Esses regulamentos podem resultar em custos maiores de manutenção, reflorestamento e desapropriação para as concessionárias do setor elétrico. Desenvolvemos ações de preservação em nossas usinas desde sua construção, como estabelecido no Código Florestal. Além disso, a legislação estadual estabelece auditoria ambiental obrigatória para empresas cujas atividades possam ter impacto sobre o meio ambiente no estado. O infrator da legislação ambiental pode estar sujeito a sanções administrativas e penais e, em caso de dano ambiental, será obrigado a reparar os danos ambientais causados ou pagar indenização por eles à parte afetada. As sanções administrativas podem incluir multas significativas e a suspensão das atividades; as sanções penais podem incluir multas e, para pessoas físicas, incluindo diretores e empregados de empresas que cometam crimes ambientais, eventual pena de reclusão. Nossas instalações de geração, distribuição e transmissão de energia estão sujeitas a processos de licenciamento ambiental, que podem incluir a preparação de relatórios de impacto ambiental antes da construção dessas instalações. Depois da obtenção das licenças ambientais correspondentes, a manutenção dessas instalações continua sujeita à observância de certas exigências. Fomos uma das primeiras concessionárias de energia no Brasil a apresentar um relatório de impacto ambiental relativo à construção de uma usina elétrica (Usina de Segredo, 1987) e manter a excelência na implementação de programas ambientais. Item 4A. Comentários em Aberto Nenhum. Item 5. Revisão e Perspectivas Operacionais e Financeiras As informações derivadas de nossas demonstrações financeiras consolidadas para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 foram preparadas de acordo com as normas do IFRSs emitidas pelo IASB. Para maiores informações, ver “Apresentação de Informações Financeiras e Outras Informações" e a Nota 2 de nossas demonstrações financeiras consolidadas referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014. Visão Geral Condições Econômicas Brasileiras Todas as nossas operações são no Brasil e somos afetados pelas condições gerais da economia brasileira. Em particular, o desempenho geral da economia brasileira afeta a demanda por energia e a inflação afeta nossos custos e margens. O ambiente econômico brasileiro caracteriza-se por variações significativas nas suas taxas de crescimento, sendo baixo entre 2001 e 2003 e uma recuperação econômica que levou a um aumento entre 2004 e 2009. Desde então, o crescimento do PIB tem variado de 0,9% em 2012 para 2,3% em 2013 e 0,1% em 2014. A tabela a seguir apresenta dados econômicos selecionados para os períodos indicados: 61 Exercício encerrado em 31 de dezembro 2014 2013 2012 Inflação (IGP-DI) ............................................................................................... 3,78% 5,52% 8,10% Valorização (desvalorização) do real vs. U.S. dólar ........................................ (11,81)% (12,77)% (8,21)% Taxa de câmbio no fim do período – US$ 1,00(1)............................................. 2,6562 2,3426 2,0435 Taxa de câmbio média – US$ 1,00 ................................................................... 2,3599 2,1741 1,9588 Variação do PIB real .......................................................................................... 0,1% 2,3% 0,9% Taxa de juros interbancária média (2) ................................................................. 10,83% 8,18% 8,30% ______________ (1) A taxa de câmbio do real em relação ao dólar americano em 14 de abril de 2015 era de R$ 3,0880 por US$ 1,00. Calculada de acordo com a metodologia da CETIP, Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos (com base em taxas nominais). Fontes: FGV - Fundação Getúlio Vargas, Banco Central, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e CETIP. (2) Tarifas e Preços Nossos resultados operacionais são significativamente afetados por variações nos preços de geração e venda de energia, como também nos preços adquiridos pela distribuição no mercado regulado e revende-a aos consumidores finais por tarifas reguladas. Nosso negócio de geração vende energia a preços não regulados no mercado regulado, no mercado livre e no mercado à vista. Nosso negócio de geração aloca a quantidade de energia que vende em cada um desses mercados, em busca da maximização da rentabilidade, com base em fatores como: (i) as exigências de seus contratos de concessão, muitos dos quais definem um percentual mínimo da energia gerada em uma determinada concessão que deve ser vendida no mercado regulado; (ii) o volume de energia que tencionamos vender para consumidores livres em um determinado ano; e (iii) as perspectivas para os preços da energia em geral a curto, médio e longo prazos. Embora as vendas no mercado livre e no mercado à vista não sejam diretamente reguladas, são influenciadas pela política de regulamentação de energia. Os preços pelos quais nosso negócio de geração vende energia não são regulados. O nosso negócio de distribuição compra energia suficiente para satisfazer todas as demandas previstas para os consumidores finais em leilões a preços não regulados no mercado regulado. Essa energia é revendida a tarifas reguladas que consideram o preço em que foi comprada. Se nossas previsões forem inferiores à demanda real dos consumidores finais, podemos ser forçados a compensar o déficit por meio da assinatura de contratos de curto prazo para a compra de energia no mercado à vista. Se nossas previsões excederem a demanda real de nossos consumidores finais, nosso negócio de distribuição vende o excesso de energia no mercado à vista. Exceto pelos possíveis efeitos futuros gerados pela Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, as margens do nosso negócio de distribuição tendem a ser relativamente estáveis devido à natureza regulada do negócio de distribuição, enquanto que as margens do nosso negócio de geração são tipicamente maiores, mas menos estáveis, já que são substancialmente reguladas pelo mercado. A venda aos consumidores finais (que incluem vendas feitas por nossa unidade distribuição para consumidores cativos e vendas realizadas por nosso negócio de geração para Consumidores Livres) representou cerca de 52,3% do volume de energia que disponibilizamos em 2014 e respondeu por 50,0% de nossas receitas de venda de energia. Quase todas essas vendas foram a consumidores cativos. Para maiores informações, ver “Item 4. Informações sobre a Companhia - O Setor Elétrico Brasileiro - Tarifas de Distribuição”. Geralmente, se nossos custos de energia aumentam, o processo tarifário nos permite recuperá-los de nossos consumidores por meio de tarifas mais altas em períodos futuros. Entretanto, se não recebermos aumentos tarifários para cobrir nossos custos, ou se a recuperação destes atrasar, ou se nosso Conselho de Administração resolver reduzir o aumento tarifário concedido pela ANEEL, nossos lucros e fluxos de caixa podem ser adversamente afetados. A ANEEL atualiza nossas Tarifas de Fornecimento anualmente, geralmente em junho. Desde janeiro de 2010, os reajustes foram os seguintes: 62 • Em fevereiro de 2010, nosso contrato de concessão de distribuição com a ANEEL foi alterado. Assim, o aumento subsequente de nossas tarifas de distribuição foi reduzido, causando redução de aproximadamente 0,5% em nossas receitas de distribuição. Nosso Conselho de Administração aprovou a alteração com vistas a mitigar a possibilidade de ação judicial relativa a essa questão. Não podemos assegurar, entretanto, que nenhuma ação judicial será impetrada. • Em junho de 2010, a ANEEL aprovou o reajuste anual de nossas Tarifas de Fornecimento, com aumento de 9,74% em média, dos quais 6,88% dizem respeito ao reajuste tarifário e 2,86% ao aumento da recuperação de contas regulatórias diferidas (CVA). O reajuste entrou em vigor em 24 de junho de 2010. Depois da aplicação da recuperação dos custos da Parcela A, o efeito médio desse reajuste sobre nossos consumidores cativos foi um aumento de 2,46% nas tarifas. • Em junho de 2011, a ANEEL aprovou o reajuste anual de nossas Tarifas de Fornecimento, com aumento de 5,55% em média, dos quais 5,77% dizem respeito ao reajuste tarifário e 0,22% ao decréscimo da recuperação de contas regulatórias diferidas (CVA). O reajuste entrou em vigor em 24 de junho de 2011. Depois da aplicação da recuperação dos custos da Parcela A, o efeito médio desse reajuste sobre nossos consumidores cativos foi um aumento de 2,99% nas tarifas. • Em junho de 2012, a ANEEL aprovou a terceira revisão tarifária periódica e o impacto médio dessa revisão foi uma redução de 0,65%. • Em janeiro de 2013, devido à promulgação da Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, fomos submetidos a uma revisão extraordinária aprovada pela ANEEL cujo impacto médio foi uma redução de 19,28%, que levou a uma queda de aproximadamente 14,4% em nossas receitas de distribuição, uma vez que a diferença foi quitada com verba federal. • Em junho de 2013, a ANEEL aprovou o reajuste anual de nossas Tarifas, com uma elevação média de 13,08%, dos quais 11,40% referem-se ao aumento da tarifa e 1,68% ao aumento na recuperação de contas regulatórias diferidas (CVA). Após a efetivação da recuperação dos custos da Parcela A, o efeito médio desse ajuste tarifário em nossos clientes cativos foi equivalente a um incremento de 14,61%. Entretanto, a Copel Distribuição solicitou o diferimento desse ajuste, que foi autorizado pela ANEEL e aprovado em 9 de julho de 2013. Assim, o montante de R$ 255.9 milhões não foi diferido e será incluso como componente financeiro no reajuste anual de 2014. O diferimento reduziu o efeito médio do ajuste tarifário para 9,55%. • Em junho de 2014, a ANEEL aprovou o reajuste anual de nossas Tarifas, com um aumento médio de 35,38%, dos quais 25,05% estava relacionado com o aumento de tarifas e 10,34% se referiam a um aumento na recuperação de contas regulatórias diferidas (CVA). Após fazer cumprir a recuperação dos custos da Parcela A, o efeito médio do reajuste da tarifa sobre nossos clientes cativos foi um aumento de 39,71%. Contudo, a Copel Distribuição solicitou o diferimento parcial desse ajuste, que foi autorizado pela ANEEL e aprovado em 22 de julho de 2014. O valor de R$ 898,3 milhões foi portanto diferido e será incluído como componente financeiro no reajuste anual de 2015. Este diferimento reduziu o efeito médio do reajuste da tarifa para 24,86%. • Em março de 2015, a ANEEL aprovou uma revisão extraordinária devido a uma série de eventos que impactaram de forma significativa os custos das concessionárias de distribuição, não originalmente previstos no aumento da Tarifa de 2014, tais como o aumento das tarifas de Itaipu (46,14%) e preços elevados para aquisição de energia nos últimos leilões de energia. A revisão de tarifa média da Copel Distribuição aprovada pela ANEEL foi de 36,79% iniciando em 2 de março de 2015. Desse total, 22,14% está relacionado com os encargos da Conta CDE que foram repassados aos consumidores e 14,65% se refere (i) ao aumento da tarifa da Itaipu e (ii) os preços elevados pagos pela Companhia para aquisição de energia nos últimos leilões de energia que foram repassados aos consumidores. 63 Compra e Revenda de Energia Nosso negócio de distribuição adquire energia de concessionárias de geração e revende-a para os consumidores finais a tarifas reguladas. Para maiores informações, ver “Item 4. Informações sobre a Companhia Negócio - Geração” e “Item 4. Informações sobre a Companhia - Negócio - Compras”. Nossos principais contratos de longo prazo ou obrigações de compra são descritos abaixo. • Adquirimos energia de Itaipu a preços determinados com base nos custos do empreendimento, incluindo o serviço de sua dívida expressa em dólares americanos. Em 2014, nossas compras de energia de Itaipu totalizaram R$ 756,1 milhões. • Nossa unidade de distribuição é obrigada a adquirir uma grande parte de sua demanda de energia no mercado regulado. Para maiores informações, vide “Item 4. Informações sobre a Companhia - A Companhia - Distribuição - Leilões no Mercado Regulado”. Sob a legislação atual, o montante que nosso negócio de distribuição cobra dos consumidores finais é composto por dois encargos: um encargo pela energia efetiva consumida e um encargo pelo uso de nossa rede de distribuição. Como as tarifas reguladas pelas quais nosso negócio de distribuição vende energia aos consumidores finais são substancialmente as mesmas pelas quais compramos energia (depois de contabilizadas as deduções e o custo da energia comprada para revenda), nosso negócio de distribuição não gera lucro operacional a partir da venda de energia a consumidores finais. Em vez disso, nosso negócio de distribuição gera lucro operacional principalmente pela cobrança de tarifas pelo uso de nossa rede de distribuição. Impacto da CRC Um de nossos ativos mais significativo abrange as obrigações do Estado do Paraná sob um contrato que foi alterado pela última vez em janeiro de 2005. Essas obrigações derivam de montantes que tínhamos o direito de recuperar sob um regime regulamentar anterior e são assim conhecidas como Conta de Resultados a Compensar ou "CRC". Em 31 de dezembro de 2014, o saldo total remanescente sob o Acordo da CRC era de R$ 1.344,1 milhões. O saldo é ajustado conforme o IGP-DI, mais juros de 6,65%, e devido em prestações mensais até abril de 2025. Se o Estado do Paraná deixar de efetuar pagamentos nas datas apropriadas, podemos abater dos dividendos devidos ao Governo do Estado como acionista da Copel conforme o Acordo da CRC. Para informações adicionais, leia a Nota 8 de nossas demonstrações financeiras consolidadas. Obrigações Especiais As contribuições que recebemos do governo federal e dos consumidores exclusivamente para investimentos na rede de distribuição de energia elétrica são chamadas de obrigações especiais. Registramos o valor dessas contribuições em nossas demonstrações financeiras como redução de nossos ativos intangíveis e financeiros, sob a rubrica “obrigações especiais”, e, no momento da conclusão ou extinção da concessão operacional que nos foi concedida, o montante dessas contribuições será deduzido de nossos ativos intangíveis e financeiros. O valor registrado como obrigações especiais em 31 de dezembro de 2014 foi de R$ 224,0 milhões como redução de ativos intangíveis e R$ 2.269,0 milhões como redução de ativos financeiros. Políticas Contábeis Críticas Ao preparar nossas demonstrações financeiras, fazemos estimativas com relação a uma série de matérias, como mencionado na Nota 2.4. Algumas dessas matérias são altamente incertas e nossas estimativas envolvem julgamentos que fazemos com base nas informações que nos estão disponíveis. No item “Visão Geral”, anteriormente, discutimos certas políticas contábeis relacionadas a matérias regulamentares. Na discussão a seguir, identificamos diversas outras matérias em relação às quais nossas informações financeiras seriam afetadas de forma relevante se (i) usássemos razoavelmente diferentes estimativas ou (ii) no futuro alterássemos nossas estimativas em resposta a mudanças cuja ocorrência se revele razoavelmente provável. 64 A discussão a seguir aborda apenas as estimativas que consideramos relevantes, baseadas no grau de incerteza e possíveis impactos para diferentes cenários. Há muitas outras áreas em que utilizamos expectativas sobre matérias incertas, mas o efeito provável de estimativas alteradas ou diferentes não é relevante para nossaa demonstrações financeiras. Por favor, leia a Nota 2.4 de nossas demonstrações financeiras consolidadas incluídas neste documento para uma discussão mais detalhada da aplicação dessas e de outras políticas contábeis. Ativo imobilizado Adotamos o método do custo atribuído para determinar o valor justo do ativo imobilizado da Copel Geração e Transmissão, especificamente para a atividade de geração na data de transição das demonstrações financeiras para o IFRS (1º de janeiro de 2009). Esses bens do ativo imobilizado estão depreciados pelo método linear com base nas taxas anuais estabelecidas e revisadas periodicamente pela ANEEL, as quais são praticadas e aceitas pelo mercado como representativas da vida útil econômica dos bens vinculados à infraestrutura da concessão, limitadas ao prazo da concessão, quando aplicável. A vida útil estimada, os valores residuais e a depreciação são revisados no final da data de divulgação e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente. Para os ativos relacionados à atividade de telecomunicações, estudos internos apontaram que os saldos contabilizados em 1º de janeiro de 2009 estavam aderentes aos seus valores justos e suportados pelos testes de recuperação ou impairment. Os custos diretamente atribuídos às obras, bem como os juros e encargos financeiros referentes a empréstimos tomados com terceiros, durante o período de construção, são registrados no ativo imobilizado em curso. Contabilidade de contratos de concessão Contabilizamos nossos contratos de concessão de transmissão e distribuição de acordo com a IFRIC 12 – Contratos de Concessão de Serviços. A IFRIC 12 determina que as concessionárias de energia elétrica devem registrar e mensurar receitas de acordo com a IAS 11 – Contratos de Construção e a IAS 18 – Receitas, mesmo quando regidas por um único contrato de concessão. Quando investimos em infraestrutura utilizada na prestação de serviços de distribuição e transmissão de energia elétrica realizados de acordo com o contrato de concessão, capitalizamos esses investimentos como ativos intangíveis e financeiros e contabilizamos a receita e os custos de construção relacionados a esses investimentos. Os ativos intangíveis representam o direito de acesso e operação da infraestrutura que nos é fornecida ou que construímos e adquirimos como parte do contrato de concessão. O valor do ativo intangível é determinado com base no valor justo de construção deduzido os ativos financeiros estimados correspondentes, descritos detalhadamente abaixo, de qualquer amortização acumulada e das perdas por redução ao valor recuperável (impairment), quando aplicável. O padrão de amortização do intangível reflete nossas estimativas dos benefícios econômicos desses ativos, limitada ao prazo da concessão. Esses ativos intangíveis são amortizados pelo menor dos seguintes itens: (i) vida útil remanescente do ativo relacionado; ou (ii) o período remanescente até o final do prazo de concessão. Calculamos o valor dos ativos financeiros relacionados ao nosso negócio de distribuição com base em acordos de concessão de distribuição. Eles representam o modo de entender o direito incondicional de receber do concedente pagamentos em dinheiro após a expiração da concessão, conforme estipulado em nossos acordos de concessão. Esses pagamentos destinam-se a nos indenizar pelos investimentos realizados em infraestruturas e que não foram recuperados mediante a cobrança de tarifas dos usuários. Os ativos financeiros relacionados ao nosso negócio de distribuição não possuem fluxos de caixa fixos determináveis, uma vez que a Companhia utiliza a premissa de que o valor de pagamentos de caixa que receberemos do concedente ao final da concessão terá como base o custo de reposição dos ativos da concessão. Como esses ativos financeiros não possuem as características necessárias para serem classificados nas demais categorias de ativos financeiros de acordo com as IFRS, são classificados como “disponíveis para venda”. Os fluxos de caixa atrelados a esses ativos são determinados considerando o valor de substituição de ativo imobilizado chamado Base de Remuneração Regulatória (BRR), que é definida pela ANEEL. A remuneração desse ativo financeiro é baseada 65 no custo médio ponderado de capital homologado pela ANEEL no processo de revisão tarifária periódica a cada quatro anos. Calculamos o valor dos ativos financeiros relacionados ao nosso negócio de transmissão com base em: (i) receitas de tarifas baseadas na construção da infraestrutura de transmissão para sua disponibilização aos usuários; (ii) receitas de tarifas baseadas na operação e manutenção de ativos de infraestrutura relacionados a nossas concessões; e (iii) remuneração financeira sobre tais ativos que são garantidos pela ANEEL e que não são de outra maneira recuperados por meio de tarifas ao final do prazo da concessão. Por serem calculadas com base nos ativos de infraestrutura disponibilizados para os usuários do sistema como um todo, as tarifas agregadas de transmissão que coletamos não estão sujeitas ao risco de demanda e são, portanto, consideradas como receita garantida. Essas receitas, que são calculadas considerando o prazo total da concessão de transmissão, são denominadas Receita Anual Permitida (RAP). Os valores são faturados mensalmente aos usuários da infraestrutura, conforme relatório emitido pelo Operador Nacional do Sistema – OSN. No vencimento da concessão, o concedente deve pagar o saldo remanescente ainda não recebido relacionado à construção, operação e manutenção da infraestrutura, a título de indenização pelos investimentos efetuados e não recuperados por meio da tarifa. Como esses ativos financeiros não possuem um mercado ativo, e não apresentam fluxos de caixa fixos e determináveis, são classificados como “empréstimos e recebíveis”. Esses ativos financeiros são inicialmente estimados com base em seus respectivos valores justos e posteriormente mensurados pelo custo amortizado calculado pelo método de juros efetivos. Como descrito acima, reconhecemos esses ativos financeiros juntamente com as concessões de transmissão. Entretanto, renovamos o Contrato de Concessão 060/2001 de acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, que exigiu que aceitássemos as alterações relativas a esse contrato de concessão. Vide “Item 4. Informações sobre a Companhia – Concessões.” Um dos efeitos dessas alterações é que deixamos de reconhecer ativos financeiros para concessões renovadas de acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013, pois o escopo da concessão foi reduzido para abranger somente a manutenção e operação das instalações de transmissão. Como resultado, os ativos financeiros contabilizados anteriormente como concessões que foram renovadas de acordo com a Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013 foram convertidos em recebíveis, já que o governo é obrigado a pagar esses valores. Em 31 de dezembro de 2012, estimamos receber R$ 160,2 milhões relativos aos ativos financeiros constituídos antes de maio de 2000, e incluímos esse valor em nossas contas a receber, além dos R$ 893,9 milhões acordados relacionados aos ativos financeiros constituídos após maio de 2000. Em 31 de dezembro de 2014, o valor contabilizado em “Contas a Receber Vinculadas à Prorrogação da Concessão” totalizou R$ 461,3 milhões, representando uma redução de R$ 256,5 milhões em relação a 31 de dezembro de 2013 devido às amortizações no período. As concessões de geração são consideradas fora do escopo da IFRIC 12 e são contabilizadas sob outras normas IFRS aplicáveis. Além de nossos ativos financeiros e ativos intangíveis, de acordo com o IFRS, também reconhecemos receitas e custos de construção para as atividades de construção que desempenhamos relacionadas às nossas concessões de distribuição e transmissão. O nosso negócio de distribuição terceiriza a construção de infraestrutura de distribuição de energia. Como resultado, sob o IFRS, reconhecemos os custos e as receitas de construção em aproximadamente o mesmo montante. Por outro lado, uma vez que o nosso negócio de transmissão realiza grande parte da construção de infraestrutura de transmissão, reconhecemos a receita de construção em montantes que excedem os custos de construção. A margem resultante para receitas de construção do nosso negócio de transmissão foi de 1,65% em 2014 e 2013, e é calculada com base numa metodologia que leva em conta o risco empresarial. A definição do prazo de amortização dos quatro ativos intangíveis e do valor justo de nossos ativos financeiros, relacionados com os nossos contratos de concessão, está sujeito a premissas e estimativas, e o uso de diferentes premissas poderia afetar os saldos reconhecidos. As vidas úteis estimadas dos ativos subjacentes, assim como a taxa de retorno dos ativos financeiros, também exigem premissas e estimativas significativas. Diferentes premissas e estimativas e mudanças em circunstâncias futuras podem ter impacto significativo sobre nossos resultados operacionais. Informações adicionais sobre a contabilização de ativos financeiros e intangíveis decorrentes dos acordos de concessão estão incluídas nas Notas 3.7 e 3.12 de nossas demonstrações financeiras consolidadas. 66 Reconhecimento de Receitas O faturamento de consumidores residenciais, industriais e comerciais é efetuado mensalmente. As receitas não faturadas até o fim do mês são estimadas com base no faturamento do mês anterior e reconhecidas como receita no fim do mês em que o serviço foi prestado. Fazemos a leitura dos medidores de certos consumidores individuais sistematicamente ao longo do mês para estimar quanta energia vendemos aos consumidores individuais como grupo. Ao fim de cada mês, os montantes de energia fornecidos aos consumidores desde a data da última leitura de medidor são estimados, e a correspondente receita não faturada é estimada com base no consumo diário estimado por classe e nas tarifas aplicáveis aos consumidores que refletem tendências e experiência históricas significativas. As diferenças entre receitas não faturadas estimadas e efetivas, que não têm sido significativas, são registradas no mês seguinte. Ativos e Passivos Financeiros Setoriais Líquidos Até 2009, as normas contábeis brasileiras permitiam que as concessionárias de distribuição contabilizassem a diferença, se houvesse, entre os valores que as concessionárias teriam o direito de cobrar segundo seus respectivos contratos de concessão e os valores realmente cobrados, referidos como ativos e passivos setoriais. As variações positivas ou negativas desses valores seriam incluídos nas tarifas no próximo ajuste anual de tarifas. Com a adoção do IFRS em 2010, esses ativos e passivos não foram mais contabilizados nas demonstrações financeiras das concessionárias de distribuição. Como resultado de um termo aditivo ao nosso contrato de concessão de distribuição, foi adicionada a garantia que, se a concessão for extinta por qualquer razão, os valores residuais dos itens dos custos da Parcela A e outros componentes financeiros que não foram recuperados nem devolvidos via tarifa serão incorporados no cálculo da indenização pelo poder concedente. Em 31 de dezembro 2014, registramos R$ 1.041,1 milhões, que representa nosso saldo líquido de ativos e passivos financeiros setoriais. Para mais informações, vide Nota 9 das demonstrações financeiras consolidadas. Deterioração de Ativos de Longo Prazo Os ativos de longo prazo, especialmente o ativo imobilizado e ativos intangíveis, compõem parte significativa de nossos ativos totais. Avaliamos nossos ativos de longa vida e fazemos julgamentos e estimativas relativas ao valor líquido desses ativos, incluindo montantes a serem capitalizados, taxas de depreciação/amortização e vidas úteis. O valor líquido desses ativos é revisto tocante à deterioração, ou sempre que eventos ou mudanças circunstanciais indiquem que os montantes líquidos não são recuperáveis. Uma perda por deterioração é registrada no período em que se determina que o montante líquido não é recuperável. Isso exige que façamos previsões de longo prazo de receitas e custos futuros relacionados com os ativos sujeitos a revisão. Essas previsões exigem pressuposições sobre a demanda de nossos produtos e serviços, condições futuras de mercado e mudanças na legislação. Mudanças significativas e imprevistas nessas pressuposições poderiam exigir uma provisão para deterioração em período futuro. Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE Para fins de contabilização, registramos custos e receitas relativos a compras e vendas de energia no mercado à vista com base em estimativas internas, que são revisadas pela CCEE. Pleiteamos um crédito com base nas compras de energia de Itaipu durante o período de racionamento em 2001, quando houve diferença significativa entre o preço de compra da energia de Itaipu e a energia vendida com prejuízo no mercado à vista. No entanto, podemos ser obrigados a contribuir com os valores devidos por outras empresas de energia em outras ações semelhantes, e em 31 de dezembro de 2014 tínhamos provisão de R$ 41,9 milhões para cobrir prejuízos prováveis relativos a essas outras ações. 67 Provisões para Riscos (Processos Trabalhistas, Civis, Fiscais e Ambientais) Nós e nossas subsidiárias somos partes em certas ações judiciais no Brasil resultantes da condução normal dos negócios e relativas a causas tributárias, trabalhistas, civis e ambientais. Contabilizamos os riscos com base na determinação de que é mais provável que um evento futuro confirme que um ativo foi deteriorado ou que um passivo foi registrado na data das demonstrações financeiras, e de que o montante de prejuízo pode ser razoavelmente estimado. Dada sua natureza, os riscos só serão resolvidos quando um evento ou eventos futuros ocorrerem ou deixarem de ocorrer; tipicamente esse eventos ocorrerão anos adiante. A avaliação desses riscos é realizada pelos nossos consultores jurídicos internos e externos. A contabilização de riscos requer um julgamento significativo da administração quanto às probabilidades estimadas e faixas de exposição a passivos potenciais. A avaliação pela administração de nossa exposição a riscos pode mudar à medida que novos eventos ocorram ou mais informações se tornem disponíveis. O desfecho dos riscos pode variar significativamente e pode ter impacto substancial sobre os resultados consolidados de nossas operações, nossos fluxos de caixa e nossa posição financeira. A provisão para contingências em 31 de dezembro de 2014 era de R$ 1.546,6 milhões, dos quais R$ 291,8 milhões eram relativos a ações tributárias, R$ 755,1 milhões a ações civis, R$ 326,2 milhões a ações trabalhistas, R$ 114,5 milhões a benefícios aos empregados e R$ 58,5 milhões a ações regulatórias e R$ 0,5 milhão a ações ambientais. Em 31 de dezembro de 2014, estimamos que o montante total dos processos contra nós, excluindo os litígios que envolvem reclamações não monetárias e reclamações que não podem ser avaliadas na fase atual do processo, classificadas como perdas possíveis, era de aproximadamente R$ 2.738,8 milhões, dos quais R$ 558,9 milhões correspondem a processos trabalhistas; R$ 107,1 milhões a benefícios a empregados; R$ 18,5 milhões a processos regulamentares; R$ 698,1 milhões a ações cíveis; e R$ 1.356,2 milhão a processos tributários. Para mais informações, vide Nota 29 das demonstrações financeiras consolidadas. Benefícios de Aposentadoria e Saúde aos Empregados Patrocinamos (i) um plano de aposentadoria de benefício definido e (ii) um plano de aposentadoria de contribuição definida que dão cobertura a praticamente todos os nossos empregados. Também estabelecemos plano de saúde para empregados e aposentados. Calculamos nossas obrigações a esses planos com base em cálculos efetuados por atuários independentes utilizando pressuposições que fornecemos sobre taxas de juros, taxas de retorno de investimentos, taxas de inflação, taxas de mortalidade e níveis de emprego futuros. Essas pressuposições afetam diretamente nosso passivo relativo a benefícios pós-emprego. Em 2014, registramos despesas de R$ 201,5 milhões relativas aos planos previdenciário e assistencial. Estimamos ter despesas no valor de R$ 143,2 milhões em 2015 (de acordo com cálculos atuariais), além dos custos mensais desses planos. Tributos Diferidos Reconhecemos ativos e passivos fiscais diferidos com base nas diferenças entre os valores líquidos das demonstrações financeiras e a base tributária dos ativos e passivos utilizando as alíquotas predominantes. Revisamos regularmente nossos ativos tributários diferidos quanto à sua capacidade de recuperação e baixamos sua reserva com base na renda tributável histórica, na renda tributável futura estimada, e no momento esperado de reversão de diferenças temporárias existentes. Se não conseguirmos gerar renda tributável suficiente no futuro, ou se houver diferenças relevantes nas alíquotas efetivas ou nos períodos em que as diferenças temporárias se tornem tributáveis ou dedutíveis, podemos ser obrigados a realizar a baixa do total ou uma parcela significativa de nossos ativos tributários diferidos que resultaria em aumento substancial de nossa alíquota tributária efetiva e impacto adverso relevante sobre nossos resultados operacionais. Os saldos de tributos sujeitos a inspeção pela Receita Federal são os constituídos sobre a base fiscal dos últimos cinco anos. 68 Análise da Venda de Energia e do Custo com Compra de Energia A tabela a seguir apresenta o volume e os componentes tarifários médios das compras e vendas de energia para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012: Exercício encerrado em 31 de dezembro 2014 2013 2012 Venda de Energia Fornecimento de Energia (Vendas a Consumidores Finais) Preço médio (R$ /MWh):(1) Consumidores industriais (2) ........................................................................ Consumidores residenciais .......................................................................... Consumidores comerciais ........................................................................... Consumidores rurais .................................................................................... Outros consumidores (3) ............................................................................... Todos os consumidores (2)............................................................................ Volume (GWh): Consumidores industriais (2) ........................................................................ Consumidores residenciais .......................................................................... Consumidores comerciais ........................................................................... Consumidores rurais .................................................................................... Outros consumidores (3) ............................................................................... Todos os consumidores (2)............................................................................ Receitas totais das vendas a Consumidores Finais (em milhões de R$ ) ....... Suprimento de Energia (Vendas a distribuidores) (4) Preço médio (R$ /MWh)(1) ......................................................................... Volume (GWh)(5)......................................................................................... Receitas totais (milhões de R$ ) ................................................................. Compra de Energia Energia de Itaipu Custo Médio (R$ /MWh)(6) ......................................................................... Volume (GWh) ............................................................................................ Porcentagem do total da produção de Itaipu adquirida ............................. Custo total (milhões de R$ )(7) .................................................................... Energia de Angra Custo Médio (R$ /MWh) ............................................................................ Volume (GWh) ............................................................................................ Custo total (milhões de R$ )(7) .................................................................... Energia da CCGF Custo Médio (R$ /MWh) ............................................................................ Volume (GWh) ............................................................................................ Custo total (milhões de R$ )(7) .................................................................... Energia de outros fornecedores (4) Custo Médio (R$ /MWh) ............................................................................. Volume (GWh) ............................................................................................. Custo total (milhões de R$ )(7)...................................................................... 180,95 305,85 245,25 164,33 187,03 224,79 151,77 260,52 210,80 145,06 161,34 190,91 170,81 245,86 225,01 155,29 172,84 200,81 10.841 7.267 5.482 2.252 2.382 28.224 6.344 10.675 6.888 5.086 2.081 2.278 27.008 5.156 8.799 6.559 5.058 2.025 2.211 24.652 4.950 292,96 14,920 4.370,8 135,65 14.242 1.932,0 102,07 15.910 1.624,0 128,81 5.870 7,6 756,1 117,54 5.193 5,8 610,4 95,76 5.256 5,9 503,3 149,31 1.046 156,2 135,67 1.050 142,5 - 32,34 1.315 42,5 32,07 1.272 40,8 - 203,34 16,692 3.394,2 147,38 15.645 2.305,8 131,46 17.529 2.304,4 ___________ (1) Os preços ou custos médios foram calculados dividindo-se (i) as receitas ou despesas correspondentes sem dedução de ICMS pelo (ii) volume em MWh de energia vendida ou comprada. (2) Inclui consumidores livres fora do Paraná. (3) Inclui serviços públicos como iluminação pública, assim como o fornecimento a órgãos governamentais e nosso consumo próprio. (4) Não inclui a energia negociada entre as subsidiárias da Copel. (5) Não inclui o Mecanismo de Realocação de Energia. (6) Nossas compras de energia gerada por Itaipu são expressas em reais e pagas com base em um componente demanda expresso em dólares americanos por kW mais uma taxa de "wheeling” ou transporte expressa em reais por kWh. (7) Vide “Item 4. Informações sobre a Companhia - Negócio - Geração” e “Item 4. Informações sobre a Companhia - –Negócio - Compras” para uma explicação dos custos da Copel relacionados a compras de energia. 69 Resultados das Operações dos Exercícios Encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 A tabela a seguir resume os resultados operacionais para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012. As demonstrações financeiras a seguir apresentam nossos custos operacionais de vendas e serviços por classe. Entretanto, de acordo com os IFRSs, a Nota 32 das demonstrações financeiras consolidadas apresenta essa informação por natureza dos custos ou despesas. Para facilitar a compreensão, a análise abaixo reflete as informações apresentadas por natureza dos custos. Exercício encerrado em 31 de dezembro 2014 2013 2012 (milhões de R$ ) Receitas operacionais: Fornecimento de Energia (Venda a Consumidores Finais): Residencial .......................................................................................... Industrial.............................................................................................. Comercial, serviços e outras atividades............................................. Rural .................................................................................................... Outras classes ...................................................................................... Suprimento de Energia ............................................................................... Disponibilidade da rede elétrica ................................................................ Residencial .......................................................................................... Industrial.............................................................................................. Comercial, serviços e outras atividades............................................. Rural .................................................................................................... Outras classes ...................................................................................... Outras receitas de distribuição e transmissão ................................... Receita de construção ................................................................................ Receita de telecomunicações ..................................................................... Distribuição de gás canalizado .................................................................. Resultado dos ativos e passivos financeiros setoriais ............................. Outras receitas operacionais ...................................................................... Custos operacionais: Energia comprada para revenda ................................................................ Uso da rede de Distribuição e Transmissão.............................................. Pessoal e administradores .......................................................................... Planos previdenciário e assistencial .......................................................... Material ....................................................................................................... Materiais e insumos para geração de energia ........................................... Gás natural e insumos para a operação de gás ......................................... Serviços de terceiros .................................................................................. Depreciação e amortização ........................................................................ Provisões e reversões ................................................................................. Custos de construção.................................................................................. Outros custos e despesas............................................................................ Resultado de equivalência patrimonial ..................................................... Resultados financeiros ............................................................................... Lucro antes de imposto de renda e contribuição social ........................... Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro .............................. Lucro líquido do exercício ......................................................................... Lucro líquido atribuível aos acionistas controladores ............................. Lucro líquido atribuível aos acionistas não controladores ...................... Outros lucros abrangentes.......................................................................... Lucro abrangente ........................................................................................ Lucro abrangente atribuível aos acionistas controladores................ Lucro abrangente atribuível aos acionistas não controladores......... 70 4.371.2 1.429,6 1.563,1 838,3 260,8 279,4 4.370,8 2.237,5 793,0 398,6 506,2 109,3 166,2 264,2 1.279,0 165,5 391,3 1.033,9 69,3 13.918,5 3.344,6 1.074,1 1.263,1 626,9 165,1 215,4 1.932,3 2.029,0 720,3 357,1 445,3 136,8 152,0 217,5 1.076,1 141,3 368,6 288,3 9.180,2 2.625,5 782,3 926,6 573,8 148,9 193,9 1.623,5 2.830,6 830,3 576,4 564,3 165,6 187,9 506,1 749,8 125,6 325,0 213,3 8.493,3 5.097,7 (384,9) (1.052,8) (201,6) (74,4) (150,9) (1.469,8) (424,5) (629,9) (1.203,7) (1.285,9) (392,5) (12.368,6) 160,0 147,7 1.857,6 (522,0) 1.335,6 1.206,0 129,6 90,0 1.425,6 1.297,2 128,4 (3.336,4) (407,3) (1.096,3) (176,2) (70,4) (27,2) (295,7) (423,5) (603,2) (199,5) (1.088,3) (343,6) (8.067,6) 113,6 280,3 1.506,5 (405,1) 1.101,4 1.072,5 28,9 (129,1) 972,3 943,4 28,9 (2.807,7) (772,4) (1.245,7) (182,9) (69,7) (25,5) (247,8) (408,9) (549,9) (218,8) (733,5) (238,0) (7.500,8) 6,7 (26,7) 972,5 (246,0) 726,5 700,7 25,8 (30,5) 696,0 550,7 145,3 Resultados das Operações de 2014 em comparação com 2013 Receitas Operacionais Nossas receitas operacionais cresceram 51,6%, ou R$ 4.738,3 milhões, em 2014 comparado a 2013. Desse incremento, R$ 2.438,5 milhões corresponderam ao aumento nas vendas de energia a distribuidores; R$ 1.033,9 milhões foram provenientes do reconhecimento de ativos e passivos financeiros setoriais; R$ 1.026,6 milhões decorrentes de um aumento nas vendas de energia aos consumidores finais; R$ 208,5 milhões decorrentes de um aumento na receita anual permitida de nosso principal contrato de transmissão; R$ 202,9 milhões proveniente de um aumento na receita de construção; e R$ 46,9 milhões decorrente de um aumento na receita de telecomunicações e distribuição de gás canalizado. Esses aumentos foram parcialmente compensados pela redução de R$ 218,9 milhões em outras receitas operacionais. Fornecimento de Energia (Vendas a Consumidores Finais). Nossas receitas de vendas de energia a Consumidores Finais aumentaram 30,7%, ou R$ 1.026,6 milhões em 2014, devido a um aumento de 24,9% na tarifa média paga pelos consumidores finais e um aumento de 5,6% no volume de energia vendida para a maioria das classes de Consumidores Finais. O crescimento no volume de energia vendida a Consumidores Finais em 2014 em comparação com 2013 refletiu o aumento no número de Consumidores Finais em cada classe. • • • • O volume de energia vendida a clientes residenciais cresceu 5,5% em 2014 em comparação com 2013. Deste aumento, 3,5% foi devido a um aumento do número de clientes e 1,5% deveu-se ao incremento no consumo médio por consumidor residencial. Esse aumento no consumo, decorre principalmente do resultado da manutenção de condições econômicas favoráveis e altas temperaturas em 2014. O volume de energia vendida a clientes industriais, incluindo clientes cativos e clientes livres, aumentou 1,6% em 2014 em comparação com 2013, principalmente devido ao crescimento da produção industrial nos setores de bebidas, madeira, papel e celulose no Estado do Paraná. O volume de energia vendida aos clientes comerciais aumentou 7,8% em 2014 em comparação com 2013. Esse aumento deveu-se principalmente a um crescimento de 9,1% no número de clientes comerciais, além das temperaturas elevadas em 2014. O volume de energia vendida aos clientes rurais aumentou 8,2% em 2014 em comparação com 2013. Este aumento foi devido principalmente ao sólido desempenho do agronegócio no Estado do Paraná e um aumento de 1,1% no número de clientes rurais durante o período. Suprimento de Energia (Vendas a Distribuidores). Nossas receitas de vendas de energia a distribuidores aumentaram 126,2%, ou R$ 2.438,5 milhões, totalizando R$ 4.370,8 milhões em 2014, em comparação a R$ 1.932,3 milhões em 2013. Esse aumento deveu-se principalmente a elevação em nossas receitas de suprimento no mercado de curto prazo (CCEE), que cresceu R$ 2.439,0 milhões, ou 445,0%, de R$ 548,1 milhões para R$ 2.987,1 milhões, devido principalmente a (i) a venda de energia gerada pela usina termelétrica UEG Araucária que estava alugada para a Petrobras até 31 de janeiro de 2014 (portanto, não reconhecemos receita pela venda dessa energia em 2013) e (ii) preços mais elevados de energia vendida no mercado de curto prazo (CCEE) em 2014 em comparação com 2013. Disponibilidade da Rede Elétrica. Nossas receitas de uso da rede de distribuição e transmissão aumentaram 10,3%, ou R$ 208,5 milhões, para R$ 2.237,5 milhões em 2014, comparado a R$ 2.029,0 milhões em 2013. Esse aumento deveu-se principalmente: (i) aos aumentos de tarifas aplicados pela Copel Distribuição, (ii) crescimento de 5,3% no mercado fio da Copel Distribuição, e (iii) ajuste da Receita Anual Permitida de nossos ativos de transmissão para refletir a inflação e entrada em operação de novos ativos de transmissão. Receita de construção. Nossas receitas de construções cresceram 18,9%, ou R$ 202,9 milhões, para R$ 1.279,0 milhões em 2014, comparado a R$ 1.076,1 milhões em 2013. Este aumento foi devido principalmente à expansão nas melhorias que realizamos em nossa infraestrutura de distribuição e transmissão em 2014 comparado a 2013. 71 Receita de Telecomunicações. As receitas de nosso segmento de telecomunicações aumentaram 17,1%, ou R$ 24,2 milhões, em 2014 em comparação a 2013, devido principalmente a um aumento no número de clientes. Em 2014, a base de clientes expandiu 173%, passando de 8.270 em dezembro de 2013 para 21.761 em dezembro de 2014. Distribuição de Gás Canalizado. As receitas de distribuição de gás canalizado aumentaram 6,2%, ou R$ 22,7 milhões, em 2014 comparado a 2013, principalmente devido ao ajuste de tarifa de 7,0% em março de 2014. Ativos e Passivos Financeiros Setoriais. Em 2014, reconhecemos a receita líquida de R$ 1.033,9 milhões relacionada com nossos ativos e passivos financeiros setoriais devido a um termo aditivo em 2014 em nosso contrato de concessão de distribuição, que esclareceu que se a concessão for extinta por qualquer motivo, nossos custos da Parcela A e determinados componentes financeiros que não recuperamos deverão ser indenizados pelo pode concedente. A resolução subsequente da CVM tornou o reconhecimento das receitas relativas a esses ativos e passivos financeiros obrigatório. Outras receitas operacionais. Outras receitas operacionais diminuíram 75,9%, ou R$ 219,09 milhões, totalizando R$ 69,3 milhões em 2014, contra R$ 288,3 milhões em 2013, devido principalmente à menor receita com aluguel devido à rescisão em 31 de janeiro de 2014 do contrato de arrendamento com a Petrobras referente à usina termelétrica UEG Araucária. Custos operacionais Nossos custos operacionais totais de vendas e serviços prestados aumentaram 53,3%, ou R$ 4.301,0 milhões, passando de R$ 8.067,6 milhões em 2013 para R$ 12.368,6 milhões em 2014, incluindo os valores reconhecidos como outras despesas operacionais. Apresentamos abaixo os principais fatores do aumento de nossos custos operacionais de vendas e serviços: • Energia elétrica comprada para revenda. Nossos custos aumentaram 52,8%, ou R$ 1.761,3 milhões, para R$ 5.097,7 milhões em 2014, comparado a R$ 3.336,4 milhões em 2013. Esse aumento foi mais significativamente afetado em decorrência dos custos elevados na aquisição de energia de leilões no mercado regulado decorrente (a) dos maiores preços para novos contratos, (b) do maior despacho termelétrico dos novos e atuais contratos e (c) da correção monetária dos contratos existentes. Esse aumento também refletiu: (i) maiores custos de aquisição de energia no mercado de curto prazo pelo nosso segmento de distribuição devido à exposição involuntária, que foi parcialmente compensado por recursos obtidos junto à Conta CDE e Conta ACR, que somaram R$ 1.253,4 milhões em 2014; e (ii) maiores custos de aquisição para energia adquirida pelo nosso segmento de geração devido à reduções na energia assegurada, refletindo as fracas condições hidrológicas em 2014 em comparação com 2013. • Encargos de Uso da Rede Elétrica. As despesas incorridas para o uso da rede de distribuição e transmissão diminuíram 5,5%, ou R$ 22,4 milhões, para R$ 384,9 milhões em 2014, comparado a R$ 407,3 milhões em 2013, devido principalmente aos recursos EER de R$232,7 milhões provenientes da Conta CONER (Conta de Reserva de Energia) que nos foram reembolsados, parcialmente compensado (i) pelos maiores custos decorrentes de novos ativos de transmissão que iniciaram suas operações em 2014 e (ii) reajuste anual de 17,1% na tarifa de transmissão. • Provisões e Reversões. As despesas com provisões e reversões aumentaram 503,4%, ou R$ 1.004,2 milhões em 2014, passando de R$ 199,5 milhões em 2013 para R$ 1.203,7 milhões em 2014. Esse aumento decorre do reconhecimento de R$ 807,3 milhões de perda do valor recuperável de ativos de geração (em particular, UHE Colíder), refletindo uma redução no fluxo de caixa futuro esperado desses ativos principalmente devido (a) aos atrasos na construção de projetos, devido principalmente às restrições ambientais e (b) maior exposição potencial ao mercado de curto prazo devido às fracas condições hidrológicas. Esse aumento também refletiu R$ 323,8 milhões em novas provisões para contingências em 2014, principalmente relacionadas com reclamações trabalhistas. 72 • Gás Natural e Insumos para a Operação de Gás. Despesas com compra de gás natural aumentaram 397,1%, ou R$ 1.174,1 milhões, para R$ 1,469.8 milhões em 2014 comparado a R$ 295,7 milhões em 2013. Esse aumento resultou da aquisição de gás natural pela Compagas, principalmente para abastecer a usina termelétrica de Araucária e atender o crescimento de mercado. • Pessoal e Administradores. Despesas com pessoal e gestão caíram 4,0%, ou R$ 43,5 milhões, para R$ 1.052,8 milhões em 2014, em comparação a R$ 1.096,3 milhões em 2013, devido principalmente a (i) uma redução na provisão para indenização trabalhista relacionada com nosso programa de incentivo à aposentadoria e (ii) uma redução de 0,6% nas provisões trabalhistas, parcialmente compensado (a) por um aumento na participação dos lucros e (b) por aumentos salariais de 7,0% a partir de outubro de 2013 e 7,5% a partir de 2014. • Materiais e Insumos para Energia. Essas despesas aumentaram 454,8%, ou R$ 123,7 milhões, para R$ 150,9 milhões em 2014, comparado a R$ 27,2 milhões em 2013, refletindo custos de aquisição de carvão para a usina termelétrica de Figueira e gás natural para a usina termelétrica de Araucária. • Custos de Construção. Os custos de construção cresceram 18,2%, ou R$ 197,6 milhões, totalizando R$ 1.285,9 milhões em 2014, contra R$ 1.088,3 milhões em 2013. Esse aumento reflete os custos incorridos com melhorias realizadas em nossa infraestrutura de distribuição e de transmissão em 2014. • Planos Previdenciário e Assistencial. Despesas com planos de saúde e de pensão aumentaram 14,4%, ou R$ 25,4 milhões, para R$ 201,6 milhões em 2014, comparado a R$ 176,2 milhões em 2013. • Material. Despesas com materiais aumentaram 5,7%, ou R$ 4,0 milhões, totalizando R$ 74,4 milhões em 2014, contra R$ 70,4 milhões em 2013. • Serviços de Terceiros. As despesas com serviços de terceiros aumentaram 0,2%, ou R$ 1,0 milhão, totalizando R$ 424,5 milhões em 2014, comparado a R$ 423,5 milhões em 2013, devido principalmente a menores despesas relacionadas com o sistema elétrico e serviços de consultoria e auditoria, parcialmente compensado pelos custos mais elevados em manutenção de instalações. • Outros custos e despesas. Outros custos e despesas aumentaram 14,2%, ou R$ 48,9 milhões, de R$ 343,6 milhões em 2013, para R$ 392,5 milhões em 2014. Esse aumento deveu-se principalmente às maiores despesas com impostos relacionados com o REFIS (Programa de Refinanciamento de Dívida Fiscal) e indenizações fiscais. Resultado de equivalência patrimonial O resultado de equivalência patrimonial totalizou R$ 160,0 milhões em 2014, em comparação com R$ 113,6 milhões em 2013. Em 2014, esse resultado positivo líquido deveu-se: (i) ao lucro de R$ 60,8 milhões proveniente da Dominó Holdings; (ii) receita de R$ 30,6 milhões da Matrinchã; (iii) receita de R$ 15,9 milhões da Sanepar; (iv) receita de R$ 15,8 milhões da Guaraciaba; (v) receita de R$ 10,1 milhões da Dona Francisca Energética; (vi) receita de R$ 8,5 milhões da Foz do Chopim; (vii) receita de R$ 3,5 milhões da Integração Maranhense e (iii) receita de R$ 3,2 milhões da Paranaíba. Essa receita foi parcialmente compensada por um prejuízo de R$ 3,8 milhões proveniente da Sercomtel Telecomunicações. Resultado Financeiro Reconhecemos uma receita financeira líquida de R$ 147,7 milhões em 2014, comparada a uma receita financeira líquida de R$ 280,3 milhões em 2013. A receita financeira aumentou 6,5%, ou R$ 42,1 milhões, em 2014 comparado a 2013, devido principalmente a (i) maior correção monetária sobre contas a receber relacionadas com 73 nossa concessão de distribuição e (ii) maior receita proveniente de investimentos financeiros, refletindo maiores taxas de juros e inflação no período. As despesas financeiras aumentaram 46,9%, ou R$ 174,7 milhões, de R$ 372,1 milhões em 2013, para R$ 546,8 milhões em 2014, devido principalmente aos maiores encargos da dívida relacionados com a nova emissão de debêntures em 2014, assim como correção monetária e taxas de juros. Imposto de Renda e Contribuição Social Em 2014, registramos despesa com imposto de renda e contribuição social de R$ 522,0 milhões, refletindo uma alíquota efetiva de 28,1% em nosso lucro antes dos impostos. Em 2013, registramos despesa com imposto de renda e contribuição social de R$ 405,1 milhões, refletindo uma alíquota efetiva de 26,9% em nosso lucro antes dos impostos. Resultados das Operações de 2013 em comparação com 2012 Receitas Operacionais Nossas receitas operacionais cresceram 8,1%, ou R$ 686,9 milhões, em 2013 comparado a 2012. Desse incremento, R$ 719,1 milhões corresponderam ao aumento nas vendas de energia a Consumidores finais, R$ 308,8 milhões ao aumento nas vendas de energia a distribuidores, R$ 326,3 milhões ao aumento nas receitas de construção e R$ 134,3 milhões ao aumento na receita de telecomunicações, distribuição de gás canalizado e outras receitas operacionais. Todos esses incrementos foram parcialmente compensados pela redução de R$ 801,6 milhões no uso de nossa principal rede de transmissão. Fornecimento de Energia (Vendas a Consumidores Finais). Nossas receitas de vendas de energia a Consumidores Finais aumentaram 27,4%, ou R$ 719,1 milhões, em 2013, devido a um aumento de 9,6% na tarifa média paga pelos consumidores finais e a um aumento no volume de energia vendida para a maioria das classes de Consumidores Finais. Além disso, a revisão tarifária anual emitida pela ANEEL em junho de 2012 aumentou o percentual da receita que contabilizamos como vendas de energia elétrica, em comparação com a percentagem que contabilizamos como encargos do uso da rede de distribuição. Além disso, a Copel Geração e Transmissão vendeu 190,8% a mais de energia a Consumidores Livres. O aumento no volume de energia vendida a Consumidores Finais em 2013 em comparação com 2012 refletiu o aumento no número de Consumidores Finais em cada categoria. • • • O volume de energia vendida a clientes residenciais cresceu 5,0% em 2013 em comparação com 2012. Deste aumento, 3,9% foi devido a um aumento do número de clientes e de 1,1% deveu-se ao incremento no consumo médio por consumidor residencial. Esse aumento foi principalmente o resultado de (i) temperaturas acima da média, especialmente no último trimestre de 2013, que levou ao aumento do consumo de energia; e (ii) a venda de produtos consumidores de energia, como consequência de uma maior disponibilidade de crédito ao consumidor. O volume de energia vendida a clientes industriais, incluindo clientes cativos e clientes livres, aumentou 21,3% em 2013 em comparação com 2012. Isso é consequência do crescimento industrial no Paraná em 2013 (crescimento de 5,6%, em comparação com o crescimento de 1,2% no Brasil) e à estratégia da Copel Geração e Transmissão para alocar mais energia para as vendas a consumidores livres, incluindo clientes industriais em outros estados. O volume de energia vendida a clientes comerciais aumentou 0,6% em 2013 em comparação com 2012. Este aumento é devido principalmente a um aumento do número de clientes comerciais e um aumento geral nas vendas no varejo na área de concessão. 74 • O volume de energia vendida a consumidores rurais aumentou 2,8% em 2013 em comparação com 2012. Este aumento é devido principalmente a um incremento de 2,7% do consumo médio por consumidor rural e um aumento de 0,1% no número de clientes rurais no período. Suprimento de Energia (Vendas Distribuidores). Nossas receitas de vendas de energia a distribuidores aumentaram 19,0%, ou R$ 308,8 milhões, totalizando R$ 1.932,3 milhões em 2013, em comparação a R$ 1.623,5 milhões em 2012. Esse aumento deveu-se principalmente a: (i) um aumento em nossas receitas de venda de energia a distribuidores no mercado à vista (CCEE), que cresceu R$ 299,4 milhões, ou 136,0%, de R$ 220,2 milhões para R$ 519,6 milhões, devido principalmente ao aumento dos preços pagos pelos distribuidores de energia vendida no mercado à vista (CCEE), e (ii) o aumento do volume de acordos bilaterais, que cresceram 282,2% em 2013 em comparação a 2012, de 1.367 GWh para 5.233 GWh. Este aumento foi parcialmente compensado pela diminuição da receita dos leilões no mercado regulado, devido ao vencimento de contratos de longo prazo no ambiente regulado. Disponibilidade da rede elétrica. Nossas receitas de uso da principal rede de distribuição e transmissão diminuíram 28,3%, ou R$ 801,6 milhões, para R$ 2.029,0 milhões em 2013, comparado a R$ 2.830,6 milhões em 2012, devido principalmente: (i) à revisão tarifária anual emitida pela ANEEL em junho de 2012, que reduziu o percentual da receita que contabilizamos como encargos do uso da rede de distribuição, em relação ao percentual da receita que contabilizamos como vendas de energia a consumidores finais; (ii) a renovação da nossa principal concessão de transmissão sob a Lei da Renovação das Concessões de 2013, cujo resultado foi uma redução de aproximadamente R$ 188,7 milhões em nossa receita anual permitida; e (iii) queda de 0,7% na revisão tarifária periódica em 24 de junho de 2012 para o uso de nossa rede de distribuição. Essas reduções foram parcialmente compensadas por um aumento de 4,2% em nossas receitas de uso da rede de distribuição, devido a um aumento no volume de energia que distribuímos aos consumidores finais. Receita de construção. Nossas receitas de construções cresceram 43,5%, ou R$ 326,3 milhões, em 2013 em comparação com 2012. Este aumento foi devido principalmente à expansão nas melhorias que realizamos em nossa infraestrutura de distribuição e transmissão em 2013 comparado a 2012. Receita de Telecomunicações. As receitas de nosso segmento de telecomunicações aumentaram 12,5%, ou R$ 15,7 milhões, em 2013 em comparação a 2012, devido principalmente um aumento no número de clientes. A maioria desses novos clientes eram residenciais, que geram menos receitas do que clientes corporativos em média. Em 2013, a base de clientes expandiu 163,3%, passando de 3.141 em dezembro de 2012 para 8.270 em dezembro de 2013. Distribuição de Gás Canalizado. As receitas de distribuição de gás canalizado aumentaram 13,4%, ou R$ 43,6 milhões, em 2013 comparado a 2012, principalmente devido a dois aumentos tarifários: 8,0% em agosto de 2012 e 6,5% em março de 2013. Outras receitas operacionais. Outras receitas operacionais aumentaram 35,2%, ou R$ 75,0 milhões, totalizando R$ 288,3 milhões em 2013, versus R$ 213,3 milhões em 2012, refletindo principalmente: (i) a maior renda da UEG Araucária, uma vez que parte do pagamento da locação é variável, dependendo quanta de energia a UEG Araucária produz, e a produção aumentou em 2013 em comparação a 2012; (ii) As receitas provenientes da compensação financeira pela indisponibilidade de energia por certas empresas de geração do aumento do custo da energia adquirida pela Copel Distribuição no mercado à vista, depois destas empresas de geração não forneceram energia de acordo com os contratos de vendas. Custos Operacionais Nossos custos de vendas e serviços prestados aumentou 7,6%, ou R$ 566,8 milhões, passando de R$ 7.500,8 milhões em 2012 para R$ 8.067,6 milhões em 2013, incluindo os valores reconhecidos como outras despesas operacionais. Seguem abaixo os principais fatores relacionados ao aumento dos nossos custos operacionais de vendas e serviços prestados: 75 • Energia comprada para revenda. Nossos custos de energia adquirida para revenda aumentaram 18,8%, ou R$ 528,7 milhões, para R$ 3.336,4 milhões, comparado a R$ 2.807,7 milhões em 2012. Isso se deveu principalmente ao aumento nos custos de aquisição de leilões no mercado regulado, de Itaipu (refletindo parcialmente a valorização do dólar), e em acordos bilaterais, impulsionados pelo (i) aumento dos custos de contratos de energia térmica, e (ii ) ajustes de inflação em contratos de fornecimento de energia a longo prazo. Os custos de compra de energia no mercado à vista foram parcialmente compensados pelos recursos da CDE, que somaram R$ 294,1 milhões em 2013. • Encargos de uso da rede elétrica. As despesas incorridas para o uso da rede de distribuição e transmissão principal diminuíram 47,3%, ou R$ 365,1 milhões, para R$ 407,3 em 2013, comparado a R$ 772,4 milhões em 2012, devido principalmente a menores custos de encargos do uso do sistema de transmissão como um todo, como resultado da Lei sobre Prorrogação de Concessões de 2013. Além disso, recebemos R$ 319,6 milhões da CDE em 2013 para compensar esses custos. • Pessoal e Administradores. Despesas com pessoal e gestão caíram 12,0%, ou R$ 149,4 milhões, para R$ 1.096,3 milhões em 2013, em comparação a R$ 1.245,7 milhões em 2012, devido principalmente a (i) menores provisões para indenizações relacionadas ao Programa de Demissão Voluntária, e (ii) menores despesas com remuneração e encargos sociais. Este valor já inclui os aumentos salariais de 5,6% a partir de outubro de 2012, de 1,0% a partir de maio de 2013 e de 7,0% em outubro de 2013. • Planos Previdenciário e Assistencial. Despesas com planos de saúde e de pensão caíram 3,7%, ou R$ 6,7 milhões, para R$ 176,2 milhões em 2013, comparado a R$ 182,9 milhões em 2012. Esta redução reflete a apropriação de valores relativos a planos de pensão e de saúde, refletindo a redução dos custos dos planos de saúde, de acordo com o cálculo atuarial realizado por atuário independente. • Materiais. Despesas com materiais e suprimentos aumentaram 1,0%, ou R$ 0,7 milhão, totalizando R$ 70,4 milhões em 2013, contra R$ 69,7 milhões em 2012. • Materiais e Insumos para geração de Energia. Essas despesas aumentaram 6,7%, ou R$ 1,7 milhão, totalizando R$ 27,2 milhões em 2013, comparado a R$ 25,5 milhões em 2012. Este aumento deveuse principalmente a um aumento no custo unitário de carvão mineral adquirido para a Usina Termelétrica de Figueira. • Gás Natural e Insumos para a Operação de Gás. Despesas com compra de gás natural aumentaram 19,3%, ou R$ 47,9 milhões, totalizando R$ 295,7 milhões em 2013, comparado a R$ 247,8 milhões em 2012. Esse aumento foi causado pela elevação no preço do gás natural adquirido de terceiros pela Compagas. O incremento no preço de compra do gás natural deveu-se principalmente aos efeitos da recente desvalorização do real e a um aumento no preço do petróleo, que impacta o preço do gás. • Serviços de Terceiros. As despesas com serviços de terceiros aumentaram 3,6%, ou R$ 14,6 milhões, totalizando R$ 423,5 milhões em 2013, comparado a R$ 408,9 milhões em 2012, devido principalmente aos maiores gastos com manutenção de instalações, comunicações e processamento de dados. Esse aumento foi parcialmente compensado por uma redução no custo dos serviços de consultoria. • Provisões e reversões. Provisões e reversões diminuíram 8,8%, ou R$ 19,3 milhões, passando de R$ 218,8 milhões em 2012 para R$ 199,5 milhões, refletindo principalmente a (i) reversão de provisões fiscais e (ii) menores provisões para litígios relacionados a processos civis e administrativos. • Custo de Construção. Os custos de construção cresceram 48,8%, ou R$ 354,8 milhões, totalizando R$ 1.088,3 milhões, contra R$ 733,5 milhões em 2012. Esse aumento reflete os custos incorridos com melhorias realizadas em nossa infraestrutura distribuição e de transmissão em 2013. • Outros custos e despesas. Outros custos e despesas aumentaram 44,4%, ou R$ 105,6 milhões, de R$ 238,0 milhões em 2012 para R$ 343,6 milhões em 2013. Este aumento deveu-se principalmente (i) 76 aos custos relacionados com a desativação e alienação de ativos em 2013, refletindo mudanças nas regras da ANEEL com relação à contabilização de ativos e (ii) ao aumento dos custos para uso de recursos hídricos, refletindo um aumento no volume de energia hidrelétrica que produzimos em 2013 em comparação com 2012. Resultado de equivalência patrimonial O resultado de equivalência patrimonial somou R$ 113,6 milhões em 2013, comparado a R$ 6,7 milhões em 2012. Investimentos de capital refletem o resultado ou perda da equivalência patrimonial de nossas coligadas joint ventures. Em 2013, este resultado positivo líquido refletiu principalmente: (i) a receita de R$ 96,6 milhões da Sanepar; (ii) a receita de R$ 10,3 milhões da Foz do Chopim; e (iii) a receita de R$ 9,0 milhões da Dona Francisca Energética; que foi parcialmente compensada pela perda de R$ 13,6 milhões da Sercomtel Telecomunicações. Resultado Financeiro Reconhecemos uma receita financeira líquida de R$ 280,3 milhões em 2013, comparada a uma despesa financeira líquida de R$ 26,7 milhões em 2012. A receita financeira aumentou 0,6%, ou R$ 4,0 milhões, em 2013 comparado a 2012, devido principalmente a ajustes de inflação sobre os pagamentos de indenizações relacionadas à extensão nossas concessões de transmissão, que aumentaram de zero em 2012 para R$ 84,6 milhões em 2013. Este aumento foi parcialmente compensado por uma redução em ajustes inflacionários sobre contas a receber relacionadas com nossas concessões, que diminuíram de R$ 165,6 milhões em 2012 para R$ 108,2 milhões em 2013, devido ao menor nível da inflação no período. As despesas financeiras diminuíram 44,9%, ou R$ 302,9 milhões, de R$ 675,0 milhões em 2012 para R$ 372,1 milhões em 2013, devido principalmente à natureza não recorrente do reconhecimento da nova mensuração do valor justo dos ativos financeiros da Copel Distribuição em 2012, o que gerou uma despesa financeira de R$ 401,1 milhões em 2012. Imposto de Renda e Contribuição Social Em 2013, registramos despesa com imposto de renda e contribuição social de R$ 405,1 milhões, refletindo uma alíquota efetiva de 26,9% em nosso lucro antes dos impostos. Em 2012, registramos uma despesa com imposto de renda e contribuição social de R$ 246,0 milhões, refletindo uma alíquota efetiva de 25,3% em nosso lucro antes dos impostos. Liquidez e Recursos de Capital Nossas principais necessidades de capital e liquidez são para financiar a expansão e melhoria de nossa infraestrutura de transmissão e distribuição e a expansão de nossas instalações de geração. Também utilizamos o caixa para, principalmente, pagamento de dividendos e serviço de dívida. Os investimentos de capital totalizaram R$ 2.464,5 milhões em 2014 e R$ 1.955,4 milhões em 2013. A tabela seguinte apresenta nossas aplicações de capital para os períodos indicados. Exercício encerrado em 31 de dezembro 2014 2013 2012 Geração e transmissão................................................................................. Distribuição ................................................................................................. Telecomunicações ....................................................................................... Resultado de Equivalência Patrimonial ..................................................... Usina Termelétrica de Araucária................................................................ Compagas .................................................................................................... Elejor ............................................................................................................ 758,4 857,7 107,5 628,6 32,7 79,1 0,1 (milhões de R$ ) 478,7 816,5 74,1 519,3 19,4 42,1 5,3 988,2 809,0 79,9 57,3 1,7 31,1 2,3 Total............................................................................................................. 2.464,5 1.955,4 1.969,5 77 Nossos investimentos totais de capital orçados para nossas subsidiárias integrais em 2015 são de R$ 2.476,9 milhões, dos quais: • R$ 1.042,2 milhões são para investimentos em geração e transmissão, incluindo R$ 345,1 milhões para a construção da UHE Colíder e R$ 158,5 milhões para a construção da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu; • R$ 784,7 milhões são para investimentos em distribuição; • R$ 107,7 milhões são para investimentos em telecomunicações; • R$ 536,8 milhões são destinados aos novos negócios. Os investimentos de capital orçados por nossas companhias controladas em 2015 são apresentados abaixo: • Compagas: R$ 80,9 milhões; • Araucária: R$ 26,0 milhões; e • Elejor: R$ 12,3 milhões. Historicamente, temos financiado nossa liquidez e necessidades de capital principalmente com recursos propiciados por nossas operações e mediante financiamento externo. Nossas atividades operacionais foram nossa principal fonte de recursos em 2014. Os recursos líquidos proporcionados por nossas atividades operacionais foram de R$ 1.091,4 milhões em 2014, contra R$ 1.337,6 milhões em 2013. Em 2015, esperamos financiar nossa liquidez e nossos requisitos de capital principalmente com dinheiro fornecido por nossas operações e através de financiamento do BNDES e do mercado de capital brasileiro. Como nos anos anteriores, pretendemos fazer investimentos significativos em períodos futuros para expandir e atualizar nosso negócio de geração, transmissão e distribuição. Além disso, podemos buscar investir em participações em outras companhias elétricas existentes, em serviços de comunicações ou em outras áreas, que podem exigir financiamento doméstico e internacional adicional. A nossa capacidade de gerar recursos suficientes para atender a nossos investimentos previstos depende de uma variedade de fatores, incluindo nossa capacidade de manter níveis adequados de tarifas, de obter as autorizações legais e ambientais necessárias, de ter acesso a mercados de capitais domésticos e internacionais e de uma série de contingências operacionais e outras. Prevemos que nosso caixa fornecido pelas operações possa ser insuficiente para satisfazer esses gastos de capital planejados, e que possamos precisar de um financiamento suplementar proveniente de fontes como o BNDES e o mercado de capitais brasileiro. As regulamentações da ANEEL exigem aprovação prévia da ANEEL para qualquer transferência de fundos entre nossas subsidiárias sob a forma de empréstimos ou adiantamentos. A aprovação da ANEEL não é necessária para dividendos, desde que os dividendos não excedam um limite de dividendos ("Limiar de dividendos") igual ao que for maior: lucro líquido ajustado ou reservas de receita disponíveis para distribuição. O Limiar de dividendos é estabelecido pelo Direito Societário Brasileiro. Os dividendos que recebemos de nossas subsidiárias têm sido historicamente suficientes para satisfazer as nossas necessidades de fluxo de caixa sem exceder o Limiar de dividendos. Como resultado, não procuramos obter a aprovação da ANEEL para receber empréstimos ou adiantamentos de nossas subsidiárias ou dividendos de nossas subsidiárias que excedam o Limiar de dividendos. Não esperamos que essas restrições sobre empréstimos e adiantamentos e sobre dividendos superiores ao Limiar de dividendos tenham impacto sobre nossa capacidade de cumprir as nossas obrigações pecuniárias, uma vez que esperamos que os dividendos abaixo do Limiar de dividendos seja suficiente no futuro. 78 Como outras companhias estatais, estamos sujeitos a certas restrições do CMN quanto à nossa capacidade de obter financiamentos de instituições financeiras nacionais e internacionais. As restrições do CMN podem limitar nossa capacidade de ter acesso a financiamentos bancários, mas não afetam a nossa capacidade de acessar os mercados de capitais brasileiro e internacional, e não restringem nosso acesso aos financiamentos bancários com o objetivo de rolar ou refinanciar a dívida. Nossos empréstimos e financiamentos totais (incluindo debêntures) em 31 de dezembro de 2014 eram de R$ 6.054,4 milhões. Aproximadamente R$ 71,2 milhões do endividamento total em 31 de dezembro de 2014 eram expressos em dólares americanos. Para mais informações sobre os termos e as condições desses empréstimos e financiamentos, indicando a suas datas de vencimento e taxa de juros, ver Notas 22 e 23 de nossas demonstrações financeiras consolidadas. Nossos principais contratos de empréstimos e financiamentos são: Banco do Brasil • Devemos R$ 1.558,5 milhões ao Banco do Brasil (não incluindo as debêntures listadas acima), que foram emprestados para pagar debêntures emitidas em 2002, 2005 e 2006 e por meio de linha de crédito fixa assinada em setembro de 2010. Debêntures • Em 30 de outubro de 2012, a Copel Distribuição emitiu R$ 1.000,0 milhão em debêntures não conversíveis de cinco anos, todas subscritas pelo Banco do Brasil S.A. Essas debêntures possuem uma taxa de juros equivalente ao CDI + 0,99% a.a., com pagamentos de juros semestrais. Em 31 de dezembro de 2014, registramos um saldo total de R$1.019,0 milhões de dívida relacionada com essa emissão. • Em maio de 2014, a Copel Holding emitiu R$1.000,0 milhão de debêntures não conversíveis, com uma taxa de juros de 115,5% do CDI a.a., vencimento de cinco anos e pagamento de juros semestrais. Em 31 de dezembro de 2014, registramos um saldo total em aberto de R$1.010,5 milhões. • Em 10 de junho de 2014, os parques eólicos da Copel Brisa Potiguar emitiu R$330,0 milhões em debêntures não conversíveis, garantidas pela Copel Holding, com uma taxa de juros do índice CDI mais 0,9% a.a., com vencimento de 12 meses. Desse total, R$150,0 milhões foram utilizados para quitar notas promissórias emitidas relacionadas com esse projeto. Em 31 de dezembro de 2014, registramos um saldo total de R$350,3 milhões de dívida em aberto relacionada com essas debêntures. BNDES • Em dezembro de 2013, recebemos a aprovação de financiamento do BNDES para a UHE Colíder no valor total de R$ 1.041,2 milhões. Em 31 de dezembro de 2013 havíamos recebido R$ 840,1 milhões deste valor, com o restante a ser desembolsado de acordo com o cronograma de construção. Além disso, o BNDES aprovou um financiamento para a subestação de transmissão Cerquilho III no valor de R$ 17,0 milhões, que foi liberado em uma única parcela. Em 31 de dezembro de 2014, o saldo total em aberto dos dois contratos totalizava R$ 868,1 milhões. • O BNDES forneceu empréstimo à Copel de R$ 339 milhões para financiar a construção da Usina Hidrelétrica de Mauá. A Usina de Mauá pertence ao Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, no qual a Copel tem participação de 51,0%, e a Eletrosul, de 49,0%. O BNDES está financiando 50,0% do valor do empréstimo, e o Banco do Brasil S.A. está financiando os outros 50,0%. Todas as receitas dessa usina servirão de garantia ao BNDES e ao Banco do Brasil até pagamento integral do empréstimo. Em 31 de dezembro de 2014, o total agregado era de R$ 298,4 milhões em dívidas em aberto para com o BNDES e o Banco do Brasil relativas a esse projeto. 79 • Registramos R$130,8 milhões de dívida em aberto com a Eletrobras (i) referente a usina de Salto Caxias e (ii) programas do governo para financiar projetos de distribuição. • Em setembro de 2014, o BNDES aprovou o financiamento de benfeitorias no sistema de distribuição da região metropolitana de Curitiba. Levantamos um financiamento de R$100,0 milhões em dezembro de 2014 e em 31 de dezembro de 2014, registramos uma saldo total em aberto de R$100,1 milhões. • Em setembro de 2012, celebramos um contrato de financiamento com o BNDES no valor total de R$ 73,1 milhões para a construção da PCH Cavernoso II. Em 31 de dezembro de 2014, registramos uma saldo total de R$67,7 milhões de dívida em aberto relacionada com este contrato. • Em dezembro de 2011, obtivemos um financiamento junto ao BNDES, no montante de R$ 44,7 milhões, para a construção da Linha de Transmissão Foz do Iguaçu – Cascavel Oeste, por um período de 14 anos. Em 31 de dezembro de 2014, o total agregado era de R$ 36,3 milhões em dívida em aberto. FINEP • Em novembro de 2010, a Copel Telecomunicações assinou contrato de empréstimo no valor de R$ 52,2 milhões para financiar parcialmente o projeto BEL (Banda Extra Larga). Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos um saldo remanescente de R$ 33,2 milhões. Somos parte em diversas ações judiciais que poderiam ter impacto adverso relevante sobre nossa liquidez em caso de julgamentos que nos sejam adversos. Além disso, estamos questionando a determinação da ANEEL que nos obrigaria a pagar montantes adicionais por energia que adquirimos para revenda durante o período de racionamento em 2001 e no primeiro trimestre de 2002. Também estamos envolvidos em diversas ações judiciais, incluindo o questionamento da legalidade de certos tributos federais que nos foram cobrados, alegações de consumidores industriais de que certos aumentos nas tarifas de energia entre março e novembro de 1986 seriam ilegais, e diversas ações trabalhistas. Essas contingências são descritas em “Item 8. Informações Financeiras – Ações Judiciais”. Se quaisquer dessas ações forem julgadas contra nós individual ou coletivamente, elas poderão ter efeito adverso relevante sobre nossa liquidez e nossa condição financeira. Obrigações Contratuais Na tabela abaixo apresentamos algumas obrigações contratuais em 31 de dezembro de 2014 e o período em que elas vencem. Total Obrigações contratuais: Empréstimos e financiamentos ............. Debêntures Fornecedores(1) ...................................... Obrigações de compra(2)........................ Encargos de concessão(3)....................... Eletrobras - Itaipu Pagamentos devidos por período Menos de um ano 1 a 3 anos 3 a 5 anos (milhões de R$ ) Mais de 5 anos Benefícios pós-emprego(4) .................... 5.329,9 3.388,6 1.507,7 117.586,2 2.319,6 10.327,0 7.947,4 1.092,3 708,3 1.475,6 4.565,4 55,9 1.163,8 459,9 1.281,1 1.884,3 32,1 9.412,9 122,7 1.931,2 923,1 904,6 796,0 10.511,3 134,9 2.221,6 874,3 2.051,9 93.096,6 2.006,1 5.010,4 5.690,1 Total ............................................... 148.406,4 9.521,2 15.587,4 15.442,7 107.855,1 ___________ (1) Consiste principalmente em gás fornecido pela Petrobras para a Usina Termelétrica de Araucária. Consiste em compromissos vinculantes de compra de energia. (3) Pagamentos ao governo federal em razão do contrato de concessão das instalações da Elejor, Mauá, Colíder, Cavernoso, Apucaraninha, Chopim I, Chaminé, Rio Jordão e Baixo Iguaçu. (4) Para maiores detalhes, vide Nota 24 das demonstrações financeiras consolidadas. (2) 80 Também estamos sujeitos a riscos relativos a questões tributárias, trabalhistas e civis e registramos provisões para um passivo acumulado de ações judiciais relativas a essas questões de R$ 1.546,6 milhões em 31 de dezembro de 2014. Para maiores informações, vide “Item 8. Informações Financeiras - Ações Judiciais” e as Notas 15 e 29 de nossas demonstrações financeiras consolidadas. Ajustes fora do balanço patrimonial Não fizemos nenhum ajuste fora do balanço patrimonial que tenham ou razoavelmente possam ter efeito presente ou futuro sobre nossa condição financeira, nossas receitas ou despesas, os resultados operacionais, nossa liquidez e nossos investimentos ou recursos de capital e que sejam relevantes para os investidores. Item 6. Conselheiros, Diretores e Empregados Somos dirigidos por: • Um Conselho de Administração, que pode ser composto por sete a nove membros, atualmente composto por nove membros; e • Uma Diretoria, composta por cinco membros. Conselho de Administração O Conselho de Administração se reúne ordinariamente a cada três meses e é responsável, entre outras atribuições, por: • estabelecer a nossa estratégia corporativa; • definir a orientação geral dos nossos negócios; • definir as responsabilidades dos membros de nossa Diretoria; e • eleger os membros de nossa Diretoria. As reuniões do Conselho de Administração exigem como quórum a maioria dos conselheiros e as decisões são tomadas por voto da maioria. Os membros do Conselho de Administração são eleitos para mandatos de dois anos e podem ser reeleitos. Dos nove membros atuais do Conselho de Administração: • sete são eleitos pelos acionistas controladores; • um é eleito pelos acionistas minoritários; e • um é eleito pelos nossos empregados. O membro de nosso Conselho de Administração eleito pelos acionistas não controladores tem o direito de vetar (desde que com a devida justificativa) a nomeação do auditor independente feita pela maioria dos membros do Conselho de Administração. O Governo do Paraná e o BNDES Participações S.A. – BNDESPAR (“BNDESPAR”), atuando por meio da Companhia e da Paraná Investimentos S.A., são partes num acordo de acionistas datado de 22 de dezembro de 1998, aditado em 29 de março de 2001 (“Acordo de Acionistas”). O BNDESPAR é uma subsidiária integral do BNDES. Sob o Acordo de Acionistas, as partes concordam em exercer seus direitos de voto de modo que: • o Governo do Paraná indique cinco membros do Conselho de Administração; e 81 • o BNDESPAR indique dois membros do Conselho de Administração. De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas brasileira, os acionistas minoritários têm direito de indicar e remover um membro do Conselho de Administração, em eleição separada, quando tais acionistas minoritários (i) possuírem pelo menos 15% das ações com direito a voto da companhia ou (ii) possuírem pelo menos 10% das ações sem direito a voto e em circulação da companhia. O mandato dos atuais membros do Conselho de Administração expira em Abril de 2017. Os atuais membros do Conselho de Administração são os seguintes: Nome Cargo Desde Presidente 2015 Luiz Fernando Leone Vianna ................................................................ Membro do Conselho de Administração 2015 Marlos Gaio ................................................................................................ Membro do Conselho de Administração 2015 Mauro Ricardo Machado Costa ................................................................ Fernando Xavier Ferreira ................................................................................................ Membro do Conselho de Administração 2015 José Richa Filho ................................................................................................Membro do Conselho de Administração 2011 Mauricio Borges Lemos ................................................................................................ Membro do Conselho de Administração 2013 Carlos Homero Giacomini ................................................................................................ Membro do Conselho de Administração 2011 Hélio Marques da Silva ................................................................................................ Membro do Conselho de Administração 2015 Vaga em aberto ................................................................................................ Membro do Conselho de Administração - Abaixo são apresentados breves currículos de cada um dos membros do Conselho de Administração: Fernando Xavier Ferreira. O Sr. Ferreira tem 66 anos de idade e é formado em engenharia elétrica – opção telecomunicações, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC/RJ (1971). Cursou o Management Training Course da Business School da Western Ontario University(Canadá) (1982). O Sr. Ferreira é Presidente do nosso Conselho de Administração desde 10 de fevereiro de 2015. O Sr. Ferreira é Secretário da Educação do Estado do Paraná e atua, também, como membro do Conselho Superior Estratégico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - Fiesp; membro do Conselho de Administração do Centro Educacional João Paulo II; e membro do Conselho da Associação Amigos do Hospital das Clínicas. Foi diretor presidente da Telecomunicações Brasileiras - Telebras e da Telecomunicações do Paraná - Telepar. Atuou também como Diretor Geral Brasileiro da Itaipu Binacional S.A. e como Presidente da Northern Telecom do Brasil. Sr. Ferreira também foi membro do Comitê Latino-Americano da Bolsa de Valores de Nova York - NYSE (EUA) e Presidente do Conselho Superior de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp. Luiz Fernando Leone Vianna. O Sr. Vianna tem 63 anos de idade e é formado em administração de empresas (1974) e em engenharia elétrica (1978) pela Universidade Federal do Paraná e possui Especialização em Geração Hidrelétrica; Pós-graduação em Materiais para Equipamentos Elétricos, pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (1992); Especialização em Gerência de Manutenção (Eletrobras) (1984); Especialização em Manutenção de Usinas Hidrelétricas (Eletrobras) (1982). Atualmente, Sr. Vianna é membro do nosso Conselho de Administração e nosso Diretor Presidente desde 1 de janeiro de 2015. Anteriormente, atuou como consultor no Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico - FMASE; Membro Fundador do Fórum das Associações do Setor Elétrico Brasileiro e foi vice presidente do Conselho Consultivo da Empresa de Pesquisa Energética - EPE/Concepe. Sr. Vianna também foi Presidente do Conselho de Administração da Associação dos Produtores Independentes de Energia Elétrica - Apine (2004-2014); conselheiro da Associação dos Produtores Independentes de Energia Elétrica - Apine (entre 2001 e 2003); membro do Conselho Temático de Meio Ambiente da Confederação Nacional das Indústrias - CNI; consultor da Vianna Consultoria Ltda., diretor de Relações Institucionais da Copel Holding (jan./2002 - dez./2002) e Diretor Presidente da Copel Geração S.A. (1999 - 2002). Sr. Vianna também foi membro do Conselho Paranaense de Recursos Hídricos, do Mercado Atacadista de Energia - MAE e da Administradora do Mercado Atacadista de Energia – Asma e Diretor Presidente da Duke do Brasil. Marlos Gaio. O Sr. Gaio tem 41 anos de idade e é formado em Direito, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2001) e possui Especialização em Planejamento Tributário, pelo Instituto Internacional de 82 Educação e Gerência - Iege (2004); Especialização em Direito Empresarial, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2002). O Sr. Gaio é membro de nosso Conselho de Administração desde abril de 2015. Anteriormente, exerceu importantes cargos ao longo de sua carreira profissional: foi membro da Comissão de Governança nas Empresas de Controle Estatal, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC (2008-2009); Conselheiro de Administração da Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. - Elejor (2007-2008); Presidente do Conselho Deliberativo da Fundação Copel de Previdência e Assistência Social (2006-2010); Superintendente da Secretaria da Administração Societária da Copel (2005-2011); além de exercer atividades jurídicas em diversas áreas da Copel. Atualmente é, também, advogado, sócio fundador e diretor da Gaio & Flor Junior Advogados Associados (2001atual) e sócio fundador e administrador da empresa FBG Participações e Administração de Imóveis Ltda. (2010atual). Mauro Ricardo Machado Costa. O Sr. Costa tem 53 anos de idade e é formado em administração de empresas e em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas – FGV. Atualmente, Sr. Costa é membro do nosso conselho de administração e Secretário de Estado da Fazenda do Paraná. Anteriormente, Sr. Costa foi Secretário da Fazenda da Prefeitura de Salvador; auditor fiscal da Receita Federal; Secretário de Estado da Fazenda de São Paulo (2007-2010); Secretário de Finanças de São Paulo (2005-2006 e 2011-2012); diretor presidente da Fundação Nacional de Saúde - Funasa; diretor presidente da Companhia de Saneamento de Minas Gerais - Copasa; e dirigente da Zona Franca de Manaus – Suframa. José Richa Filho. O Sr. Richa Filho tem 52 anos. É graduado em engenharia civil pela Universidade Católica do Paraná e em gestão pública pela Sociedade Paranaense de Ensino e Informática. Exerce atualmente o cargo de Secretário de Estado de Transporte, Infraestrutura e Logística do Paraná. O Sr. Richa Filho serviu anteriormente como Membro do Conselho de Administração da Companhia de Informática do Paraná - Celepar (2011-2013); Secretário Municipal de Administração da Prefeitura de Curitiba (2005-2010); Diretor Administrativo e Financeiro da Agência de Fomento do Paraná S.A. (2003-2004); e Diretor Administrativo e Financeiro do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná - DER-PR (2000-2002). O Sr. Richa Filho foi indicado pelo Governo do Paraná. Maurício Borges Lemos. O Sr. Lemos tem 65 anos. É graduado em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais e possui Doutorado e Mestrado em Economia pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp. Atualmente, é diretor de gestão, finanças e operações indiretas no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES. Anteriormente, o Sr. Lemos foi Diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, nas áreas: social (2004-2006); planejamento (2003-2004); e industrial (2003); Membro do Conselho de Administração da Companhia Paranaense de Energia - Copel (2003); Secretário Municipal de Coordenação de Política Social de Belo Horizonte - MG (2001-2002) e Secretário Municipal de Planejamento de Belo Horizonte - MG (1993 - 2000). Foi indicado pelo BNDES Participações S.A. – BNDESPAR. Carlos Homero Giacomini. O Sr. Giacomini tem 61 anos. Possui mestrado em saúde pública pela Universidade Estadual de Londrina - UEL; especialização em pediatria, com residência no Hospital Evangélico do Paraná; e graduação em medicina pela Faculdade Evangélica de Medicina do Paraná. Anteriormente, o Sr. Giacomini foi Diretor do Hospital Oswaldo Cruz (1985-1986); Diretor de Planejamento e Superintendente do Instituto Municipal de Administração Pública - Imap (1997-1998); Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba - IPMC (1999); Secretário Municipal de Recursos Humanos da Prefeitura de Curitiba (1999-2002); Presidente do Imap de Curitiba (2005-2012); e Secretário Municipal de Planejamento e Gestão da Prefeitura de Curitiba (2009-2012). O Sr. Giacomini foi nomeado pelo Estado do Paraná. Hélio Marques da Silva. O Sr. Marques da Silva tem 53 anos de idade e é bacharel em direito pelas Faculdades Maringá, de Maringá - PR (2010) e possui Especialização em Direito Aplicado pela Escola da Magistratura do Paraná - Núcleo Maringá (2011). É Membro do Conselho de Administração da Companhia Paranaense de Energia - Copel, eleito na 60ª Assembleia Geral Ordinária, de 23.04.2015, para o mandato 20152017, como representante dos empregados. Atualmente, exerce a função de Técnico Industrial de Eletrotécnica da Companhia Paranaense de Energia - Copel. Anteriormente, atuou como Técnico de manutenção (1993-2005); Mecânico de manutenção (1993); Mecânico aprendiz (1991-1993); e Guarda de segurança (1987-1991) da Copel. 83 Diretoria A Diretoria da Copel se reúne quinzenalmente e é responsável por sua administração cotidiana. Cada Diretor possui também responsabilidades individuais estabelecidas pelo nosso Estatuto. De acordo com nosso Estatuto, a Diretoria consiste de cinco membros. Os Diretores são eleitos pelo Conselho de Administração para mandatos de três anos, mas podem ser destituídos pelo Conselho de Administração a qualquer tempo. Pelo Acordo de Acionistas, o BNDESPAR tem direito de indicar um membro da Diretoria. O mandato dos atuais membros da Diretoria expira em Dezembro de 2017. Os atuais membros da Diretoria são: Nome Cargo Desde Luiz Fernando Leone Vianna .............................................. Diretor Presidente 2015 Marcos Domakoski .............................................................. Diretor de Gestão Empresarial 2013 Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani ...................................... Diretor de Finanças e de Relações com Investidores 2015 Jonel Nazareno Iurk ............................................................. Diretor de Desenvolvimento de Negócios 2013 Cristiano Hotz.................................….............................. Diretor de Relações Institucionais 2015 Abaixo são apresentadas breves descrições biográficas de cada um de nossos atuais diretores. Luiz Fernando Leone Vianna. O Sr. Vianna é nosso Diretor Presidente desde 1º de janeiro de 2015. Para informações biográficas sobre o Sr. Vianna, vide “— Conselho de Administração”. Marcos Domakoski. O Sr. Domakoski tem 62 anos. Engenheiro Civil, o Sr. Domakoski é Mestre em Administração. Ele atua como Diretor de Gestão Corporativa da Copel e Presidente do Conselho de Administração da Copel Geração e Transmissão S.A. desde 2013; Vice-presidente do Movimento Pró-Paraná desde 2012; Membro permanente do Conselho Superior da Associação Comercial do Paraná - ACP desde 2004; Signatário do Pacto Global da ONU desde 2003; Membro do Conselho de Administração do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento - Lactec desde 1998. Anteriormente, ele exerceu funções como Diretor de Gestão Empresarial da Companhia Paranaense de Energia - Copel; Membro do Conselho de Administração do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE (2003-2004); Presidente da Associação Comercial do Paraná (20002004); Membro do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade - IBQP (20002004); Diretor Administrativo Financeiro da Cia. Melhoramentos de São Paulo - Indústria de Papel (1986-1987) e Diretor Financeiro da Santa Maria Cia. de Papel e Celulose (1984-1986); Vice-presidente da Rio Branco Cia. de Seguros (1982-1983); e Professor na Universidade Federal do Paraná (1981-2009). Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani. O Sr. Sebastiani tem 53 anos, é formado em economia pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (1984) e possui Pós-Graduação em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (1988). O Sr. Sebastiani é Diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Copel. Anteriormente , ele atuou como Secretário de Estado da Fazenda do Estado do Paraná (2014); Membro do Conselho de Administração da Companhia Paranaense de Energia - Copel (2014); Diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Companhia Paranaense de Energia - Copel (2013-2014); Secretário Chefe da Casa Civil do Governo do Paraná (2012); Membro do Conselho Fiscal da Companhia Paranaense de Energia - Copel (2011-2012); Presidente do Conselho Fiscal da Companhia de Saneamento do Paraná - Sanepar (2011-2012); Secretário de Estado da Administração e da Previdência do Paraná - Seap (2011-2012); Secretário Municipal de Finanças de Curitiba (2005-2010); Membro do Conselho de Administração da Companhia de Habitação de Curitiba - Cohab - CT (20052010); Diretor de Transporte e Presidente do Conselho de Administração da Urbanização de Curitiba S.A. - Urbs (2005); Conselheiro Titular e Representante do Paraná no Conselho Federal de Economia - Cofecon, onde presidiu a Comissão de Orçamento e Tomada de Contas (2001-2002); e Presidente do Conselho Regional de Economia do Paraná - Corecon-PR (1998-2000). Jonel Nazareno Iurk. O Sr. Iurk tem 61 anos e possui mestrado em Ciência do Solo e Gestão de Bacias Hidrográficas pela Universidade Federal do Paraná (2005), especialização em Gestão e Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Paraná (1999), e bacharelado em Matemática (1975) e Engenharia Civil (1978) pela 84 Universidade Estadual de Ponta Grossa. Atualmente tem a relevante posição de Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Copel e de Presidente do Conselho de Administração da Copel Renováveis S.A., eleito (por escritura de constituição) para o mandato 2013-2015. Anteriormente, o Sr. Iurk exerceu funções como Diretor de Meio Ambiente e Cidadania Empresarial da Companhia Paranaense de Energia - Copel (2012-2013); Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná (2011-2013); Diretor Técnico da empresa ECOBR - Engenharia e Consultoria Ambiental (2002-2010); Superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama no Paraná (1995-1999); Coordenador de Saneamento Ambiental na Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba - Comec (1994); e Engenheiro de Desenvolvimento Operacional e Coordenador do Saneamento Rural e de Estudos Ambientais na Companhia de Saneamento do Paraná - Sanepar (1992-2002). Cristiano Hotz. O Sr. Hotz tem 42 anos de idade e é formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC/PR, com especialização em Direito Constitucional pela ABDConst - Curitiba - PR, Atualmente, Sr. Hotz é Diretor de Relações Institucionais da Companhia Paranaense de Energia - Copel. Anteriormente, ele atuou como membro do Conselho de Administração da Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. (2014); Suplente do Conselho de Administração da Dominó Holdings S.A. (2014); Assessor do Governador do Estado do Paraná (2011-2014); Membro da Comissão de Direito Eleitoral da OAB Paraná (2011-2014); Suplente do Conselho Fiscal da Fomentos Paraná - Agência de Fomento do Paraná (2011); Professor de Direito Eleitoral na Escola Superior de Advocacia - ESA - OAB/PR (2006-2008); Procurador Geral do Município de Pontal do Paraná (2005); Assessor Especial da Secretaria de Finanças da Prefeitura Municipal de Curitiba (2002-2004); Chefe de Gabinete da Secretaria de Governo da Prefeitura Municipal de Curitiba (2000-2002); Membro fundador do Instituto Paranaense de Direito Eleitoral - Iprade; Presidente da 6ª Turma de Julgamento do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB Paraná; Membro da Câmara Especial de Julgamento do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB Paraná; e Membro do Grupo de Pesquisa para Mestrado em Direito Empresarial e Cidadania da Unicuritiba: Responsabilidade Civil e Ambiental sob a Perspectiva Civil-Constitucional. Conselho Fiscal Temos um Conselho Fiscal permanente, que geralmente se reúne a cada três meses. O Conselho Fiscal se compõe de cinco membros efetivos e cinco suplentes, eleitos pelos acionistas na Assembleia Geral Ordinária, com mandato de um ano. O Conselho Fiscal, que é independente da administração e dos auditores externos da Copel, é responsável por: • examinar e dar parecer sobre as Demonstrações financeiras da Companhia a nossos acionistas; • emitir pareceres especiais sobre mudanças no capital social, orçamento da Companhia, propostas de distribuição de dividendos e reestruturação organizacional; e • em geral fiscalizar as atividades da administração da Copel e dar parecer sobre elas aos acionistas. A tabela a seguir lista os membros e suplentes atuais do Conselho Fiscal, indicados na 60ª Assembleia Geral Ordinária em 23 de abril de 2015 e cujos mandatos vencem em abril de 2016: Nome Desde Joaquim Antonio Guimarães de Oliveira Portes – Presidente ........................................................... 2011 George Hermann Rodolfo Tormin ....................................................................................................... 2015 Nelson Leal Junior ................................................................................................................................ 2015 Massao Fabio Oya ................................................................................................................................. 2015 João Carlos Flor Junior ......................................................................................................................... 2015 Suplentes Desde Osni Ristow ........................................................................................................................................... 2011 Roberto Brunner ................................................................................................................................... 2011 85 Gilmar Mendes Lourenço ..................................................................................................................... 2013 Jorge Michel Lepeltier .......................................................................................................................... 2015 Vinícius Flor .......................................................................................................................................... 2015 Comitê de Auditoria De acordo com a Norma 10A-3 do Securities Exchange Act e nosso Estatuto Social, temos um Comitê de Auditoria composto de pelo menos três membros de nosso Conselho de Administração, com mandato de dois anos, podendo ser reeleitos. De acordo com o estatuto do Comitê de Auditoria, os membros do Comitê de Auditoria são indicados por resolução do Conselho de Administração e podem por ele ser substituídos. Desde 24 de abril de 2014, os membros do Comitê de Auditoria são os Srs. José Richa Filho e Carlos Homero Giacomini. Há uma vaga em aberto no Comitê de Auditoria. Todos os membros do Comitê de Auditoria são membros de nosso Conselho de Administração. O Comitê de Auditoria é responsável por ajudar a preparar nossas demonstrações financeiras, assegurando o cumprimento de todas as exigências legais relacionadas com as obrigações de divulgação, monitorando o trabalho dos auditores independentes e de nossa equipe encarregada da auditoria interna da Companhia e revisando a eficácia dos procedimentos e pessoal de controle interno e gerenciamento de riscos. Sob a legislação societária brasileira, a função de contratar auditores independentes é reservada ao conselho de administração das empresas. Assim, nosso Conselho de Administração atua como nosso Comitê de Auditoria, conforme especificado pela Seção 3(a)(58) do Securities Exchange Act, para fins de aprovação, caso a caso, de qualquer convocação de nossos auditores independentes para realizar para nós ou nossas subsidiárias qualquer auditoria ou serviços de outra natureza. Exceto nesses aspectos, nosso Comitê de Auditoria é comparável com os comitês de auditorias de empresas dos Estados Unidos e realiza as mesmas funções desses comitês. Remuneração dos Conselheiros e Diretores Para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014, o montante agregado das remunerações pagas pela Copel a todos os Membros do Conselho de Administração, aos Diretores e aos membros do Conselho Fiscal foi de R$ 8,5 milhões, dos quais 81,4% foram pagos a nossa Diretoria, 12,5% a nosso Conselho de Administração, e 6,1% a nosso Conselho Fiscal, conforme aprovado pela 59ª Assembleia Geral Ordinária da Copel realizada em 24 de Abril de 2014. Não possuímos contratos de prestação de serviço com nossos diretores prevendo benefícios ao término do emprego. Empregados Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos 8.592 empregados, contra 8.647 empregados em 31 de dezembro de 2013 e 9.468 empregados em 31 de dezembro de 2012. Incluindo os empregados da Compagas, da Elejor e da UEG Araucária (companhias em que possuímos participação majoritária), tínhamos 8.772 empregados no fim de 2014. A tabela seguinte mostra o número de empregados e o desdobramento dos empregados por categoria de atividade nas datas indicadas para cada área de nossas operações: Em 31 de dezembro Área 2014 2013 2012 Geração e transmissão ........................................................................................... 1.554 1.448 1.188 Distribuição ............................................................................................................ 6.071 6.069 6.241 Telecomunicações. ................................................................................................ 601 360 340 Staff corporativo e pesquisa e desenvolvimento .................................................. 329 755 1.668 Outros empregados ................................................................................................ 37 15 31 86 Total de empregados das subsidiárias integrais da Copel................................... 8.592 8.647 9.468 Compagas ............................................................................................................... 160 152 143 Elejor ...................................................................................................................... 7 8 8 Araucária ................................................................................................................ 13 10 10 Total ....................................................................................................................... 8.772 8.817 9.629 Todos os nossos empregados são cobertos por acordos coletivos de trabalho que renegociamos anualmente com os sindicatos representativos das várias categorias profissionais. Em 2014, negociamos e assinamos acordos trabalhistas com os sindicatos que representam nossos empregados, com vigência a partir de outubro, por um período de um ano. Concordamos em reajustar os salários em 7,5% em 2014 em relação aos salários de 2013. Fornecemos uma série de benefícios a nossos empregados. O mais significativo é o patrocínio, pela Companhia, da Fundação Copel de Previdência e Assistência Social (a “Fundação Copel”), que suplementa a aposentadoria concedida pelo governo federal e os benefícios na área de saúde disponíveis para nossos empregados. Em 31 de dezembro de 2014, aproximadamente 99% dos nossos empregados tinham optado por participar de um plano de contribuição definida. De acordo com a legislação federal e a nossa política de remuneração, nossos empregados participam de um plano de participação nos lucros. A quantia, estabelecida mediante acordo entre nós e uma comissão de empregados, está sujeita à aprovação do Conselho de Administração e dos acionistas. O recebimento de participação nos lucros pelos empregados está condicionado à consecução de certos objetivos descritos no acordo mencionado acima, confirmados em nossas demonstrações financeiras publicadas ao fim do exercício. O montante de distribuições de participação nos lucros provisionado e aprovado para o exercício fiscal de 2014 foi de R$ 93,2 milhões. O montante de distribuições de participação nos lucros provisionado e aprovado para o exercício fiscal de 2013 (incluindo a Compagas) foi de R$ 80,0 milhões. Os termos do acordo de participação nos lucros estão atualmente sendo revisados e renegociados para anos futuros. Entre março de 2011 e dezembro de 2012, implantamos um programa de desligamento voluntário (“PSDV”) que visa reduzir custos e preparar sucessores para os profissionais aposentados. De acordo com o plano, um empregado que tenha trabalhado por pelo menos 20 anos na Copel e que tenha, no mínimo, 50 anos de idade poderia optar por aderir ao programa até 31 de dezembro de 2012 e teria até 12 meses para preparar seu sucessor. O custo total desse programa (em 2011 e 2012) foi de aproximadamente R$ 206,2 milhões. Um total de 1.021 empregados aderiram ao programa e deixaram a companhia entre 2011 e 2013. Em 1 de novembro de 2013, lançamos um outro programa de incentivo à aposentadoria ("PDI"), no qual um empregado que trabalhou pelo menos 20 anos na Copel e tinha ao menos 55 anos de idade poderia participar. O prazo para a adesão a esse programa (ainda vigente) é o final do mês seguinte à data em que o empregado se qualifica sob os seguintes requisitos: 55 anos de idade e um período de contribuição ao INSS igual ou superior a 35 anos para os homens e 30 anos para as mulheres, e o prazo de optar por sair é até 60 dias após a data de adesão. Até 2014, 265 pessoas optaram por sair a um custo total de R$ 35,2 milhões. Participação Acionária Em 31 de março de 2015, nossos conselheiros e diretores, coletivamente, detinham, direta ou indiretamente, menos de 1,0% de nossas ações de qualquer classe. Item 7. Principais Acionistas e Transações com Partes Relacionadas Desde 1954, o Estado do Paraná possui a maioria das nossas ações ordinárias e exerce o controle da Copel. Em 31 de dezembro de 2014, o Estado do Paraná detinha diretamente 58,6% das ações ordinárias, e o BNDESPAR detinha diretamente 26,4% das ações ordinárias. O Estado do Paraná não tem nenhum direito de voto diferenciado, mas vomo detém a maioria das ações ordinárias, ele possui o direito de eleger a maioria dos nossos conselheiros. A tabela seguinte apresenta informações relativas à propriedade das ações ordinárias da Copel em 31 de dezembro de 2014. 87 Acionista Ações ordinárias (milhares) Estado do Paraná ................................................................................................... 85.029 (% do total) 58,6 BNDESPAR .......................................................................................................... 38.299 26,4 Eletrobras ............................................................................................................... 1.531 1,1 Em circulação - ADSs ........................................................................................... 815 0,6 Em circulação - BM&FBovespa .......................................................................... 19.060 13,1 Outros..................................................................................................................... 297 0,2 (1) ............. - – Total ................................................................................................................. 145,031 100,0 Membros do Conselho de Administração e Diretores, em conjunto ____________ (1) Nossos conselheiros e diretores detêm um total de 9 ações ordinárias. A tabela seguinte apresenta informações relativas à propriedade de nossas ações classe B em 31 de dezembro de 2014. Acionista Ações Classe B (% do total) (milhares) Estado do Paraná ........................................................................................................................ BNDESPAR ................................................................................................................................ Eletrobras .................................................................................................................................... Negociadas como ADSs ............................................................................................................ Negociadas na BM&FBOVESPA ............................................................................................. Outros .......................................................................................................................................... Membros do Conselho de Administração e Diretores, em conjunto....................................... Total....................................................................................................................................... 27.282 – 45.768 55.065 129 128.244 – 21,3 – 35,6 42,9 0,1 – 100,0 Em 31 de março de 2015, 3,0% das ações ordinárias e 19,3% das ações classe B pertenciam a 274 portadores registrados na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC (a “CBLC”) como residentes nos Estados Unidos. Na mesma data, as ADSs representavam 0,1% das ações ordinárias e 36,1% das ações preferenciais classe B; juntas, representavam aproximadamente 17,3% de nosso capital social total. Até março de 2015, nossos acionistas aprovaram a conversão de 1.411 ações classe A em ações classe B. Durante os últimos três anos fiscais, não tivemos nenhuma alteração no montante de nosso capital social emitido, conforme o número de nossas ações ou quaisquer mudanças nos direitos de voto de nossas ações. Acordo de Acionistas Sob o Acordo de Acionistas, o Estado do Paraná não poderá aprovar, sem autorização prévia do BNDESPAR, as seguintes matérias: 88 • reforma de nosso Estatuto; • redução ou aumento de nosso capital social; • mudança em nosso objeto social; • criação de uma nova classe de nossas ações preferenciais; • emissão de títulos conversíveis em nossas ações ou opções de compra para nossas ações; • agrupamento ou desdobramento de ações emitidas; • constituição de reservas, fundos ou provisões contábeis que afetem os direitos e interesses dos acionistas minoritários; • liquidações ou reestruturações societárias voluntárias; • fusão, cisão, transformação, transferência ou aquisição de participações em outras companhias; • criação de subsidiárias integrais; • adoção de política em relação aos acionistas minoritários em caso de fusão, cisão e transferência de controle da Copel; e • redução de dividendos obrigatórios. 89 TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS Realizamos transações, incluindo venda de energia elétrica, com nossos principais acionistas e com nossas coligadas. As tarifas que cobramos sobre a energia elétrica vendida a nossas partes relacionadas são aprovadas pela ANEEL, e os montantes não são significativos. Transações com Acionistas Segue abaixo um resumo das transações mais significativas com nossos principais acionistas: Governo do Estado do Paraná O Estado do Paraná possui 58,6% de nossas Ações Ordinárias. Possuíamos um crédito a receber do governo do Estado do Paraná referente ao Acordo da CRC no valor de R$ 1.344,1 milhões em 31 de dezembro de 2014. O crédito é remunerado com juros à taxa anual de 6,7% e ajustado de acordo com o índice de inflação IGP-DI. Registramos receita de juros e variação monetária a receber do Governo do Estado do Paraná sob a Conta de CRC no valor de R$ 157,4 milhões em 2014. Para maiores informações, ver “Item 5. Revisão e Perspectivas Operacionais e Financeiras – Visão Geral – Impacto da CRC”. Também tínhamos montantes a pagar de ICMS de R$ 85,7 milhões em 31 de dezembro de 2014. Despesas com ICMS totalizaram R$ 2,6 bilhões em 2014. BNDES e BNDESPAR O BNDESPAR é uma subsidiária integral do BNDES, detém 26,4% de nossas ações ordinárias e tem o direito de nomear dois membros de nosso Conselho de Administração. O BNDES tem nos concedido empréstimos para financiar a construção de empreendimentos de geração e transmissão de energia. Em 31 de dezembro de 2014, o total de R$ 1.526,1 milhões era devido ao BNDES e sob esses instrumentos. Fundação Copel A Fundação Copel é um fundo de pensão fechado, patrocinado pela Copel, Compagas e outras entidades, que opera planos de benefícios, previdência e assistência social. Em 2014, a Copel fez pagamentos à Fundação Copel a título de: (i) aluguel, no valor de R$ 11,1 milhões, e (ii) despesas com os planos previdenciário e assistencial, no valor de R$ 201,5 milhões. Transações com Coligadas Dona Francisca Energética S.A. Possuímos 23,0% do total das ações emitidas e em circulação da Dona Francisca Energética S.A. Tínhamos contas a pagar no valor de R$ 6,5 milhões em 31 de dezembro de 2014. Prestamos garantia a Dona Francisca em relação a empréstimos obtidos do Banco Bradesco S.A. e do BNDES, em valor proporcional a nossa participação em Dona Francisca. O saldo desses empréstimos e financiamentos era de R$ 1,2 milhões em 31 de dezembro de 2014. Temos um contrato de compra de energia com a Dona Francisca no valor anual de R$ 72,0 milhões, com vigência até março de 2015, que obriga a Copel Geração e Transmissão a adquirir 100,0% da energia gerada em Dona Francisca. Item 8. Informações Financeiras Vide páginas F-1 a F-122. 90 AÇÕES JUDICIAIS Estamos atualmente sujeitos a diversos processos de natureza civil, administrativa, trabalhista e tributária. Nossas demonstrações financeiras consolidadas apenas incluem provisões para perdas e gastos prováveis e razoavelmente estimáveis a que podemos estar sujeitos em relação a litígios pendentes. Em 31 de dezembro de 2014, as provisões para tais riscos eram de R$ 1.546,6 milhões, que acreditamos serem suficientes para cobrir perdas prováveis e razoavelmente estimáveis no caso de decisões judiciais desfavoráveis nos processos em que somos parte, mas não podemos assegurar que essas provisões serão suficientes. Em 31 de dezembro de 2014, estimamos que o valor total de ações contra nós, excluindo-se disputas envolvendo ações monetárias ou ações que não podem ser avaliadas na sua fase atual, classificadas como perda possível, era aproximadamente R$ 2.738,8 milhões, dos quais R$ 558,9 milhões correspondem a ações trabalhistas, R$ 107,1 milhões como benefícios ao empregado, R$ 18,5 milhões como ações regulatórias, R$ 698,1 milhões para ações civil e R$ 1.356,2 milhões para ações tributárias. Para mais informações, vide Nota 29 das demonstrações financeiras consolidadas. Determinações da ANEEL Estamos questionando uma determinação da ANEEL que nos obrigaria a reconhecer, em nosso passivo circulante em 31 de dezembro de 2014, aproximadamente R$ 1.737 milhões relacionados à energia adquirida de Itaipu durante o período de racionamento em 2001, quando houve uma diferença significativa entre o preço de compra de energia de Itaipu e da energia vendida no mercado cativo. Nossa administração acredita ser remoto o risco de incorrermos em perdas resultantes da decisão final dessa disputa, de modo que não fizemos nenhuma provisão relacionada a essa questão. No entanto, podemos ser obrigados a contribuir com os valores devidos por outras empresas de energia em outras ações semelhantes, e em 31 de dezembro de 2014 tínhamos provisão de R$ 41,9 milhões para cobrir prejuízos prováveis relativos a essas outras ações. Ações Relativas a Impostos e Contribuições Sociais No segundo semestre de 2010, duas ações judiciais foram julgadas pelo Tribunal Regional Federal em favor do governo federal, revertendo julgamento anterior que reconhecia a imunidade da Copel ao pagamento de COFINS. Como resultado desse julgamento, a Receita Federal lavrou autos de infração exigindo o pagamento de COFINS relativo aos períodos de agosto de 1995 a dezembro de 1996 e outubro de 1998 a junho de 2001. Em 31 de dezembro de 2014, havíamos provisionado R$ 61,0 milhões e R$ 193,4 milhões para cada período, respectivamente, totalizando provisão de R$ 254,4 milhões para cobrir perdas prováveis relativas a essas ações. Somos parte em processos administrativos e judiciais em que questionamos exigências das autoridades da Previdência Social para pagarmos contribuições sociais adicionais relativas ao período entre 2000 e 2006. Nessas ações, estimamos que o valor de nossa perda provável seja de R$ 39,3 milhões. Ações Trabalhistas Somos réus em várias ações trabalhistas impetradas por empregados atuais ou ex-empregados da Copel, relativas a horas extras, condições perigosas de trabalho, transferências e outras questões. Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos uma provisão de R$ 326,3 milhões para cobrir perdas prováveis relativas a essas ações. Ações Regulatórias Estamos questionando certas medidas regulatórias e legais relativas às alegações da ANEEL de que violamos os padrões regulatórios. Estabelecemos uma provisão de R$ 58,4 milhões em 31 de dezembro de 2014 para cobrir perdas prováveis relativa a essas ações. 91 Outras Ações Somos parte em várias ações judiciais relativas a acidentes envolvendo equipamentos usados em nossas redes de transmissão e distribuição de energia, acidentes com veículos e ações judiciais para a recuperação de comissões pela Tradener (para mais informações, vide a Nota 29.1(b) das demonstrações financeiras consolidadas). Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos uma provisão de R$ 256,2 milhões para cobrir perdas prováveis relativas a essas ações. Em julho de 2004, a Rio Pedrinho Energética S.A. (a “Rio Pedrinho”) e a Consórcio Salto Natal Energética S.A. (a “Salto Natal”) deram início a um procedimento arbitral contra a Copel Distribuição, pleiteando aproximadamente R$ 25,0 milhões cada uma por saldos e penalidades cobrados de nós conforme contratos de compra de energia. Em setembro de 2005, o painel de arbitragem sentenciou a Copel Distribuição ao pagamento de aproximadamente R$ 27,5 milhões a cada empresa. Impetramos ação judicial em novembro de 2005 na justiça local de Curitiba visando anular a decisão do painel de arbitragem. Subsequentemente, a Rio Pedrinho e a Salto Natal impetraram pedido de execução judicial visando nos obrigar a pagar a elas os montantes atribuídos pela arbitragem. A Copel apresentou perante os tribunais uma carta de garantia visando garantir eventuais pagamentos devidos a Rio Pedrinho e Salto Natal. As chances de perdas nesse processo continuam sendo classificadas como prováveis, já que os autores da ação ainda estão pleiteando a execução de R$28,3 milhões contra a Companhia. Em 31 de dezembro de 2014, registramos provisões de R$60,7 milhões para cobrir perdas prováveis relativas a essa ação. Em razão de ação impetrada em novembro de 2004 pela Ivaí Engenharia de Obras S.A. (a "Ivaí"), a Copel foi obrigada a pagar R$ 180,9 milhões com base no pleito da Ivaí de que a remuneração paga pela Copel era insuficiente para cobrir os custos da Ivaí com o projeto do Rio Jordão. A Copel recorreu e obteve sucesso parcial, com a rejeição da cumulação da taxa Selic com os juros moratórios. Obtivemos liminar para suspender esse pagamento, que também resultou em suspensão da execução provisória proposta pela Ivaí. Estabelecemos provisões de R$ 349,1 milhões em 31 de dezembro de 2014 para cobrir perdas prováveis relativa a essa ação. Somos parte em várias ações impetradas por proprietários de terras cujas propriedades foram afetadas por nossas linhas de transmissão e distribuição. Em 31 de dezembro de 2014, tínhamos uma provisão de R$ 25,4 milhões para cobrir perdas prováveis relativa a essas ações. PAGAMENTO DE DIVIDENDOS De acordo com o nosso Estatuto Social e a Lei das Sociedades Anônimas, pagamos regularmente dividendos anuais para cada exercício fiscal dentro de 60 dias depois de sua declaração na Assembleia Geral Ordinária dos Acionistas. Na medida em que haja valores disponíveis para distribuição, somos obrigados a distribuir como dividendos obrigatórios um valor agregado igual a pelo menos 25,0% do lucro líquido ajustado. Os dividendos são alocados de acordo com a fórmula descrita em “Prioridade de Dividendos das Ações Classe A e Ações Classe B” a seguir. Pela Lei das Sociedades Anônimas brasileira, não podemos suspender o dividendo obrigatório devido com relação às Ações Ordinárias, às Ações Classe A e às Ações Classe B em qualquer exercício. A legislação societária brasileira permite, porém, que uma companhia suspenda o pagamento de todos os dividendos se o Conselho de Administração, com a aprovação do Conselho Fiscal, informar à Assembleia Geral dos Acionistas que a distribuição seria prejudicial à situação financeira da Companhia. Nesse caso, as companhias com ações negociadas em bolsa devem apresentar um relatório à CVM contendo as razões para a suspensão do pagamento de dividendos. Apesar do exposto acima, a Lei das Sociedades Anônimas e nosso Estatuto Social preveem que as Ações Classe A e as Ações Classe B adquirirão direito de voto se suspendermos o pagamento do dividendo obrigatório por mais de três anos consecutivos e que esse direito de voto persistirá até que todos os pagamentos de dividendos, incluindo pagamentos vencidos, tenham sido feitos. Não estamos sujeitos a nenhuma limitação contratual à nossa capacidade de pagar dividendos. 92 Cálculo do Lucro Líquido Ajustado Dividendos anuais são descontados de nosso lucro líquido ajustado para o exercício fiscal correspondente. A Lei das Sociedades Anônimas brasileira define “lucro líquido” para qualquer exercício fiscal como o resultado de tal exercício depois da dedução do imposto de renda e das contribuições sociais de tal exercício e depois da dedução de eventuais montantes alocados à participação dos empregados e dos diretores no resultado de tal exercício. O “lucro líquido” para um dado exercício fiscal está sujeito a ajuste pela adição ou subtração de montantes alocados à reserva legal e a outras reservas, resultando no que chamamos de lucro líquido ajustado. De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas do Brasil, devemos manter uma reserva legal, à qual devemos alocar um mínimo de 5% do nosso lucro líquido de cada exercício fiscal até que tal reserva alcance um montante igual a 20,0% de nosso capital acionário (calculado de acordo com a Lei das Sociedades Anônimas do Brasil). Não somos obrigados, entretanto, a alocar quaisquer montantes à nossa reserva legal em exercícios fiscais em que a reserva legal, quando somada às nossas outras reservas de capital estabelecidas, exceder 30,0% de nosso capital total. Os montantes a serem alocados a tal reserva devem ser aprovados por nossos acionistas em assembleia e podem ser usados apenas para o aumento do capital social ou para a compensação de prejuízos. Em 31 de dezembro de 2014, nossa reserva legal era de R$ 685,1 milhões, ou aproximadamente 9,9% de nosso capital acionário naquela data. Além da dedução de importâncias para a reserva legal, pela Lei das S.A. o lucro líquido pode também ser ajustado mediante dedução de importâncias alocadas a outras duas reservas: • a reserva de contingências: sob a Lei das S.A., nossa assembleia de acionistas, mediante proposta justificada de nosso Conselho de Administração ou de nossa Diretoria, pode decidir alocar um percentual de nosso lucro líquido a uma reserva de contingências para perdas previstas e consideradas prováveis em exercícios futuros, cujo valor pode ser estimado; • a reserva de incentivos fiscais: sob a Lei das S.A., nossa assembleia de acionistas, mediante proposta justificada de nosso Conselho de Administração ou de nossa Diretoria, pode decidir alocar um percentual de nosso lucro líquido resultante de doações ou subsídios governamentais para fins de investimento. Por outro lado, o lucro líquido também pode ser aumentado: • pela reversão de montantes anteriormente alocados a uma reserva de contingências no exercício fiscal em que a perda prevista não ocorre como estimado ou em que a perda prevista ocorre mas é inferior à contingência alocada; e • por quaisquer montantes incluídos na reserva de lucros não realizados que foram realizados no exercício fiscal em questão e que não foram usados para compensar perdas, conforme aprovado por nossa assembleia de acionistas, mediante proposta de nosso Conselho de Administração ou de nossa Diretoria. Os montantes disponíveis para distribuição são determinados com base em demonstrações financeiras legais preparadas utilizando-se o método exigido pela Lei das S.A. brasileira, que difere de nossas demonstrações financeiras consolidadas incluídas neste Relatório. Prioridade de Dividendos das Ações Classe A e Classe B De acordo com o nosso Estatuto, as ações classe A e classe B fazem jus a dividendos anuais mínimos não cumulativos pelo menos 10% maiores que os dividendos por ação pagos aos portadores de ações ordinárias. As ações classe A têm prioridade para recebimento de dividendos sobre as ações classe B, e as ações classe B têm prioridade sobre as ações ordinárias. Na medida em que os dividendos sejam pagos, devem ser pagos na seguinte ordem: 93 • primeiro, os portadores de ações classe A têm direito de receber dividendos mínimos iguais a 10% do capital acionário total representado pelas ações classe A existentes ao final do exercício fiscal em relação ao qual os dividendos estão sendo declarados; • segundo, na medida em que haja montantes adicionais a serem distribuídos após todos os montantes alocados às ações classe A terem sido pagos, os portadores de ações classe B têm direito de receber dividendos mínimos por ação iguais (i) ao dividendo obrigatório dividido pelo (ii) número total de ações classe B existente ao final do exercício fiscal em relação ao qual os dividendos estão sendo declarados; e • terceiro, na medida em que haja montantes adicionais a serem distribuídos após todos os montantes alocados às ações classe A e às ações classe B terem sido pagos, os portadores de ações ordinárias têm direito de receber uma importância por ação igual (i) à distribuição obrigatória dividida pelo (ii) número total de ações ordinárias existente ao final do exercício em relação ao qual os dividendos tenham sido declarados, desde que os portadores de ações classe A e classe B recebam dividendos pelo menos 10% maiores que os dividendos por ação pagos aos portadores de ações ordinárias. Na medida em que haja montantes adicionais a serem distribuídos depois de todos os montantes descritos nos itens precedentes e na forma neles descrita terem sido pagos, tais montantes adicionais deverão ser divididos igualmente entre todos os nossos acionistas. Pagamento de Dividendos Somos obrigados a realizar uma assembleia geral ordinária de acionistas até 30 de abril de cada ano, na qual, entre outras matérias, dividendos anuais podem ser declarados por decisão dos acionistas com base em recomendação da Diretoria aprovada pelo Conselho de Administração. O pagamento de dividendos anuais é baseado nas demonstrações financeiras preparadas para o exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro. Pela Lei das S.A. brasileira, devemos pagar dividendos aos acionistas registrados dentro de 60 dias após a data da assembleia de acionistas que declarou os dividendos. Uma resolução dos acionistas pode estabelecer outra data de pagamento, que deve ocorrer antes do fim do ano fiscal em que os dividendos foram declarados. Não somos obrigados a ajustar o montante do capital integralizado pela inflação para o período que vai do final do ano fiscal até a data da declaração ou ajustar o montante dos dividendos pela inflação para o período que vai do final do ano fiscal pertinente até a data de pagamento. Em consequência, o montante dos dividendos pagos aos portadores de ações classe B podem ser substancialmente reduzidos devido à inflação. De acordo com nosso Estatuto, nossa administração pode declarar dividendos provisórios a serem pagos dos lucros em nossas demonstrações financeiras semestrais aprovadas por nossos acionistas. Qualquer pagamento de dividendos provisórios é descontado do dividendo obrigatório relativo ao exercício em que os dividendos provisórios foram pagos. De acordo com a Lei das S.A. brasileira, podemos pagar juros sobre o capital em vez de dividendos como forma alternativa de efetuar distribuições a acionistas. Podemos tratar um pagamento de juros sobre o capital como despesa dedutível para fins tributários, desde que não exceda o menor entre: • o produto da (i) taxa de juros de longo prazo (a “TJLP”) multiplicado pelo (ii) patrimônio líquido total (determinado de acordo com a Lei das S.A.) menos certas deduções prescritas pela Lei das S.A.; e • o maior de (i) 50,0% do lucro líquido corrente (depois da dedução da contribuição social sobre o lucro líquido - CSLL e antes de serem consideradas tais distribuições e quaisquer deduções de imposto de renda corporativo) para o ano em relação ao qual o pagamento é feito ou (ii) 50,0% dos lucros retidos e das reservas de lucros para o ano anterior ao ano em relação ao qual o pagamento é feito. 94 Para poder receber montantes remetidos em moeda estrangeira para fora do Brasil, os acionistas que não sejam residentes no Brasil devem registrar-se no Banco Central a fim de receber dividendos, produtos de vendas ou outras importâncias relativas a suas ações. As ações classe B objeto das ADSs são mantidas no Brasil pelo Custodiante, como agente do Depositário, que é o proprietário registrado de nossas ações. Pagamentos de dividendos e distribuições, se houver, serão efetuados em moeda brasileira ao Custodiante em nome do Depositário, o qual então converterá tais valores em dólares americanos e fará com que esses dólares sejam entregues ao Depositário para distribuição aos portadores de ADSs. No caso de não ser possível ao Custodiante converter imediatamente a importância em moeda brasileira recebida como dividendos em dólares americanos, o montante de dólares americanos devido aos portadores de ADSs pode ser adversamente afetado por desvalorizações da moeda brasileira que ocorram antes de tais dividendos serem convertidos e remetidos. A tabela abaixo apresenta as distribuições em espécie que pagamos/pagaremos como dividendos e juros sobre o capital próprio nos períodos indicados. Ano Data de Pagamento Distribuição (em milhares de R$) Pagamento por ação (R$) Ordinárias Preferencial A Preferencial B 2010 Maio de 2011 281.460 0,98027 2,52507 1,07854 2011 Maio de 2012 421.091 1,46833 2,52507 1,61546 2012 Maio de 2013 268.554 0,93527 2,52507 1,02889 2013 Maio de 2014 560.537 1,95572 2,52507 2,15165 Junho de 2015 622.523 2,17236 2,52507 2,39000 2014 (1) ____________ (1) Antecipação de parte dos dividendos e juros sobre o capital próprio– JCP em novembro de 2014 (R$ 350,8 milhões em dividendos e R$ 30,0 milhões em juros sobre o capital próprio). A tabela abaixo apresenta as distribuições em espécie que pagamos como dividendos e juros sobre o capital, convertidas em dólares americanos pela taxa de câmbio do fim do exercício, nos períodos indicados. Ano Data de Pagamento Distribuição (em milhares de US$) Pagamento por lote de mil ações (US$) Preferencial A Preferencial B 2010 Maio de 2011 168.923 0,58833 1,51547 0,64731 2011 Maio de 2012 224.486 0,78278 1,34613 0,86121 2012 Maio de 2013 131.419 0,45768 1,23566 0,50349 2013 Maio de 2014 239.280 0,83485 1,07789 0,91849 0,81785 0,95063 0,89978 2014 (1) Junho de 2015 234.366 Ordinárias (1) Antecipação de parte dos dividendos e juros sobre o capital próprio– JCP em novembro de 2014 (R$ 132,1 milhões em dividendos e R$ 11,3 milhões em juros sobre o capital próprio). Item 9. A Oferta e Listagem O principal mercado de negócios para as ações classe B é a Bolsa de Valores de São Paulo, mantida pela BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (o “Mercado da BOVESPA”). Em 31 de março de 2015, aproximadamente 2.530 acionistas detinham ações classe B. A tabela seguinte apresenta os preços máximos e mínimos de fechamento para as ações classe B na Bolsa de Valores de São Paulo, para os períodos indicados. 95 2010 .............................................................................................................................................. 2011 .............................................................................................................................................. 2012 .............................................................................................................................................. 2013 .............................................................................................................................................. 1o Trimestre ................................................................................................................... 2o Trimestre ................................................................................................................... 3o Trimestre ................................................................................................................... 4o Trimestre ................................................................................................................... 2014 .............................................................................................................................................. 1o Trimestre ................................................................................................................... 2o Trimestre ................................................................................................................... 3o Trimestre ................................................................................................................... 4o Trimestre ................................................................................................................... 2015, até 14 de abril de 2015 1o Trimestre ................................................................................................................... Janeiro........................................................................................................................ Fevereiro.................................................................................................................... Março......................................................................................................................... 2o Trimestre ................................................................................................................... Abril ........................................................................................................................... Preço por Ações Classe B Máximo Mínimo (R$) 44,60 33,00 46,50 31,93 48,29 26,40 37,01 26,21 33,22 27,97 37,01 26,21 31,50 27,49 33,40 29,85 40,40 23,64 31,05 23,64 34,99 29,30 40,40 27,96 38,00 30,30 34,77 34,72 34,50 34,77 30,75 31,20 30,75 31,65 36,75 34,20 Nos Estados Unidos, as ações classe B são negociadas na forma de ADSs, cada uma representando uma ação classe B (em razão do grupamento), emitidas pelo The Bank of New York Mellon, como depositário (“Depositário”), conforme contrato de depósito (“Contrato de Depósito”) entre a Copel, o Depositário e os portadores registrados e usufrutuários ocasionais de ADSs. As ADSs são negociadas sob os símbolos ELP e ELPVY. A tabela seguinte apresenta os preços máximos e mínimos de fechamento para as ADSs na Bolsa de Nova Iorque, para os períodos indicados. 96 Em dólares americanos por ADS Máximo Mínimo (US$) 2010 .................................................................................................................................................................. 26,28 18,07 2011 .................................................................................................................................................................. 29,41 17,80 2012 .................................................................................................................................................................. 26,03 17,25 2013 .................................................................................................................................................................. 1o Trimestre ...................................................................................................................................... 18,05 11,77 16,77 14,05 2o Trimestre....................................................................................................................................... 18,05 11,77 3o Trimestre ...................................................................................................................................... 4o Trimestre ...................................................................................................................................... 14,09 14,64 11,84 12,72 2014 .................................................................................................................................................................. 1o Trimestre ...................................................................................................................................... 18,12 13,23 9,97 9,97 2o Trimestre....................................................................................................................................... 15,95 13,07 3o Trimestre ...................................................................................................................................... 4o Trimestre ...................................................................................................................................... 18,12 15,91 12,46 12,08 2015, até 14 de abril de 2015 ........................................................................................................................ 1o Trimestre ....................................................................................................................................... 13,00 9,88 Janeiro ........................................................................................................................................... Fevereiro ....................................................................................................................................... 13,00 12,23 11,60 10,91 Março ............................................................................................................................................ 11,71 9,88 11,72 11,03 2o Trimestre ....................................................................................................................................... Abril .............................................................................................................................................. Em 19 de junho de 2002, nossas ações passaram a ser listadas no Latibex, que é parte da Bolsa de Valores de Madri (o “Latibex” ). O Latibex é um mercado europeu para títulos latino-americanos. As ações são negociadas sob o símbolo XCOP. Item 10. Informações Adicionais ESTATUTO SOCIAL Organização Somos uma companhia de capital aberto devidamente registrada na CVM sob o no. 1431-1. De acordo com o artigo 1º de nosso Estatuto, estamos autorizados a buscar, diretamente ou através de consórcios em ou parceria com empresas privadas, os seguintes objetivos e propósitos: • pesquisar e estudar, técnica e economicamente, todas as fontes de energia, fornecendo soluções para o desenvolvimento sustentável; • pesquisar, estudar, planejar, construir e desenvolver a produção, transformação, transporte, armazenamento, distribuição e comercialização de energia em qualquer de suas formas, principalmente de energia elétrica, assim como combustíveis e matérias primas energéticas; • estudar, planejar, projetar, construir e operar barragens e seus reservatórios, bem como outros empreendimentos para o aproveitamento múltiplo de recursos hídricos; • fornecer serviços de informações e assistência técnica com relação ao uso racional de energia pelas empresas, com vistas a implementar e desenvolver atividades econômicas consideradas relevantes para o desenvolvimento do Estado; e • implementar transmissão eletrônica de dados, comunicações eletrônicas, sistemas de telefonia celular e outros empreendimentos que possam ser considerados relevantes para a Companhia e o Estado do Paraná. 97 Exceto como descrito nesta seção, nosso Estatuto não contém disposições relativas aos deveres, poderes e responsabilidades dos conselheiros e da direção, os quais são estabelecidos pela Lei das Sociedades Anônimas do Brasil. Qualificação dos Conselheiros Nosso Estatuto também exige que cada conselheiro seja um acionista da Companhia e cidadão brasileiro e residente no Brasil. Limitações aos Poderes de Conselheiros e Diretores Pela Lei das S.A., se um conselheiro ou diretor tiver um conflito de interesses com a companhia em relação a qualquer transação proposta, esse conselheiro ou diretor não pode votar em qualquer decisão do Conselho de Administração ou da Diretoria relativa a essa transação e deve revelar a natureza e a dimensão do interesse em conflito para que sejam transcritas na ata da reunião. Conselheiros e diretores não podem fazer nenhum negócio com uma empresa, incluindo a aceitação de empréstimos, exceto sob termos e condições razoáveis e justos para a Companhia e que sejam idênticos aos termos e condições prevalecentes no mercado ou oferecidos por terceiros. De acordo com nosso Estatuto, os acionistas determinam a remuneração agregada a ser paga aos conselheiros e aos diretores. Para maiores informações, ver o “Item 6. Conselheiros, Diretores e Empregados”. Nosso Estatuto não fixa nenhum limite de idade para aposentadoria compulsória. Assembleias Gerais de Acionistas A convocação de assembleias gerais de acionistas é feita mediante publicação de edital em dois jornais, conforme determinado pela Assembleia Geral de Acionistas anterior. Geralmente, publicamos esse edital no Diário Oficial do Estado e na Gazeta do Povo. De acordo com a Lei das S.A. brasileira, as publicações devem ser feitas no jornal oficial do Estado em que se encontra nossa sede, em um jornal de grande circulação localizado na mesma cidade que nossa sede. O edital deve ser publicado pelo menos três vezes, com início pelo menos 30 dias corridos antes da data marcada para a assembleia. Direito de Retirada A Lei das Sociedades Anônimas do Brasil estabelece que, sob certas circunstâncias, um acionista dissidente tem o direito de retirar sua participação acionária numa companhia e receber um pagamento pela parcela do patrimônio líquido atribuível a sua participação acionária. De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas brasileira, cada ação preferencial de uma classe que seja admitida para negociação nas bolsas de valores brasileiras deve ter certos direitos previstos pelo estatuto da Companhia. Nosso Estatuto está em conformidade com as diretrizes da Lei das Sociedades Anônimas brasileira, da seguinte maneira: (i) nossas ações classe A terão prioridade na distribuição de dividendos mínimos de 10% ao ano, pro rata, calculados como porcentagem do capital integralizado representado por tais ações no dia 31 de dezembro do ano fiscal precedente; (ii) nossas ações classe B terão prioridade na distribuição de dividendos mínimos, pro rata, em montante equivalente a 25,0% de nosso lucro líquido, ajustado de acordo com o artigo 202 da Lei nº 6.404/76, calculados como proporção do capital integralizado representado por tais ações no dia 31 de dezembro do exercício fiscal precedente; (iii) os dividendos previstos no item “ii” acima para as ações classe B deverão ser pagos apenas com lucros remanescentes após o pagamento dos dividendos prioritários para as ações classe A; e (iv) os dividendos a serem pagos por ação preferencial, independentemente de classe, deverão ser pelo menos 10% maiores que os dividendos pagos por ação ordinária. Liquidação No caso de liquidação da Companhia, após todos os credores terem sido pagos, todos os acionistas participarão igual e proporcionalmente de quaisquer ativos residuais remanescentes. 98 Responsabilidade dos Acionistas por Novas Chamadas de Capital Nem a Lei das Sociedades Anônimas brasileira nem o nosso Estatuto dispõem sobre chamadas de capital. A responsabilidade do acionista é limitada ao pagamento do preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. Direitos de conversão Nosso estatuto prevê que a única conversão permitida de ações é de ações classe A para ações classe B. Nossas ações não são conversíveis de outra forma. Forma e Transferência Nossas ações são mantidas como registro contábil com um agente de transferência (“Agente de Transferência”). Para efetuar transferência de ações, o Agente de Transferência promove uma entrada no registro, com débito para a conta de ações do transferente e crédito para a conta de ações daquele para quem as ações foram transferidas. As transferências de ações por investidor estrangeiro são feitas da mesma maneira e executadas pelo agente local do investidor em nome do investidor. Contudo, se o investimento original foi registrado no Banco Central de acordo com um mecanismo de investimentos estrangeiros regulamentado pela Resolução 4.373 de 29 de setembro de 2014, do Conselho Monetário Nacional (“Resolução 4.373”) como descrito em “Controles de Câmbio” abaixo, o investidor estrangeiro deve declarar a transferência em seu registro eletrônico. Os acionistas podem escolher, a seu arbítrio individual, manter suas ações por meio da CBLC. As ações são acrescentadas ao sistema da CBLC por intermédio de instituições brasileiras que tenham contas de compensação na CBLC. O nosso registro de acionistas indica quais as ações que estão registradas no sistema da CBLC. Cada acionista participante deve, por sua vez, registrar-se num registro de acionistas usufrutuários mantido pela CBLC e é tratado como os demais acionistas registrados. Regulamentos e Restrições relativos a Investidores Estrangeiros Não há restrições legais quanto à posse de ações ordinárias, ações classe A, ações classe B ou ADSs por investidores estrangeiros. A capacidade de converter em moeda estrangeira pagamentos de dividendos e produtos de vendas de ações classe B ou direitos de preferência e de remeter essas importâncias para fora do Brasil está sujeita a restrições sob a legislação de investimentos estrangeiros, que geralmente requer, entre outras medidas, o registro do investimento pertinente no Banco Central. Qualquer investidor estrangeiro que se registre na CVM de acordo com a Resolução nº 4.373 do CMN pode comprar e vender títulos mobiliários em bolsas de valores brasileiras sem obter um certificado de registro separado para cada transação. O Anexo II da Resolução nº 4.373 do CMN (o “Regulamento do Anexo II”) permite que empresas brasileiras emitam depositary receipts em mercados estrangeiros. O nosso programa de ADS está devidamente registrado no Banco Central e na CVM. O nosso Estatuto não impõe nenhuma limitação aos direitos de residentes no Brasil ou de não residentes de possuir nossas ações e de exercer os direitos inerentes a elas. Revelação de Participação Acionária Os regulamentos brasileiros requerem que qualquer pessoa ou grupo de pessoas representando a mesma participação que tenha atingido direta ou indiretamente uma participação correspondente a 5% ou mais de qualquer classe de ações, ou de direitos sob essas ações, de uma empresa com ações negociadas em bolsa revele sua propriedade acionária ao diretor de relações com investidores, que, por sua vez, fornecerá tal informação à CVM e às bolsas de valores em que as ações são negociadas. Qualquer aumento ou redução subsequente de 5% ou mais na 99 propriedade de ações de qualquer classe deve da mesma forma ser revelado. A mesma obrigação se aplica se qualquer pessoa ou grupo de pessoas detendo uma participação correspondente a 5% ou mais de qualquer classe de ações de uma empresa com ações negociadas em bolsa por qualquer razão deixar de possuir essa participação. Se tal aumento resultar em mudança de controle corporativo ou estrutura administrativa, ou se o aumento impuser uma oferta pública, além de informar o diretor de relações com investidores uma declaração contendo certas informações necessárias deve ser publicada em jornais de ampla circulação no Brasil. CONTRATOS RELEVANTES Para informações sobre nossos contratos relevantes, vide “Item 4. Informações sobre a Companhia” e “Item 5. Revisão e Perspectivas Operacionais e Financeiras”. CONTROLES DE CÂMBIO A propriedade de ações classe A, ações classe B ou ações ordinárias da Companhia por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas fora do Brasil está sujeita a certas condições estabelecidas na legislação brasileira, conforme descrito abaixo. O direito de converter pagamentos de dividendos e produtos de vendas de títulos mobiliários em moeda estrangeira e remeter tais importâncias para fora do Brasil está sujeito a restrições da legislação brasileira sobre investimentos estrangeiros, a qual geralmente requer, entre outras exigências, que os investimentos em questão tenham sido registrados no Banco Central. Essas restrições à remessa de capital estrangeiro para o exterior podem dificultar ou impedir o Itaú Unibanco S.A. (o “Custodiante”), que age como custodiante para as ações classe B representadas por ADSs, ou portadores que substituíram ADSs por ações classe B, de converter dividendos, distribuições ou produtos de qualquer venda de tais ações classe B, conforme o caso, em dólares americanos e de remeter tais dólares ao exterior. Os portadores de ADSs poderiam ser adversamente afetados por demoras ou recusas na concessão de qualquer aprovação governamental necessária para as conversões de pagamentos em moeda brasileira e remessas ao exterior relativas a ações classe B objeto das ADSs. Conforme a Resolução nº 4.373/2014, os investidores estrangeiros podem investir em quase todos os ativos financeiros e efetuar quase todas as transações disponíveis nos mercados financeiros e de capitais brasileiros, contanto que certas exigências sejam atendidas. A definição de investidor estrangeiro inclui pessoas físicas, pessoas jurídicas, fundos mútuos e outras entidades de investimento coletivas, com domicílio ou sede no exterior. Para poder investir nos mercados financeiros e de capitais brasileiros, os investidores estrangeiros devem: 1. indicar pelo menos um representante no Brasil com poderes para praticar atos relativos a investimentos estrangeiros; 2. registrar-se como investidor estrangeiro perante a CVM; 3. registrar o investimento estrangeiro perante o Banco Central; e 4. constituir pelo menos uma instituição custodiante autorizada pela CVM. Títulos mobiliários e outros ativos financeiros pertencentes a investidores estrangeiros devem ser registrados ou mantidos em contas de depósito ou sob custódia de uma entidade devidamente licenciada pelo Banco Central ou pela CVM. Ademais, a negociação de títulos mobiliários está restrita a transações efetuadas nas bolsas de valores ou nos mercados de balcão organizados licenciados pela CVM. O Regulamento do Anexo II prevê a emissão de depositary receipts em mercados estrangeiros representando ações de emitentes brasileiros. Antes da emissão das ADSs, o programa de ADS havia sido aprovado pelo Banco Central e pela CVM segundo o Anexo V da Resolução CMN 2.689, que autorizava as empresas brasileiras a emitirem recibos depositários nos mercados de câmbio e ficou vigente durante o período em que as ADSs foram emitidas. Os recibos depositários atualmente são regidos pela Resolução 4.373. As receitas de vendas 100 de ADSs por portadores de ADSs fora do Brasil estão livres dos controles brasileiros sobre investimentos estrangeiros, e os portadores de ADSs não residentes de paraísos fiscais farão jus a tratamento fiscal favorável. Para maiores informações, ver “Tributação - Considerações sobre a Tributação Brasileira - Tributação de Ganhos fora do Brasil”. Um registro eletrônico foi emitido em nome do Depositário com respeito às ADSs e é mantido pelo Custodiante em nome do Depositário. Com amparo nesse registro eletrônico, o Custodiante e o Depositário podem converter dividendos e outras distribuições com respeito às ações classe B representadas por ADSs em moeda estrangeira e remeter o produto para fora do Brasil. Caso um portador de ADSs substitua tais ADSs por ações classe B, tal portador deve procurar obter seu próprio registro eletrônico no Banco Central. De acordo com a Resolução nº 4.373/2014 do Banco Central, a retirada de ações classe B após o cancelamento das ADSs exige transações de câmbio simultâneas caso o investidor decida não se desfazer das ações classe B. As transações cambiais simultâneas são exigidas para obter certificado de registro de ações classe B perante o Banco Central. Essa transação estará sujeita a tributação no Brasil. Para maiores informações, ver “Tributação - Considerações sobre a Tributação Brasileira - Outros Tributos Brasileiros”. Depois disso, o portador de ações classe B pode não ser capaz de converter em moeda estrangeira e remeter para fora do Brasil o produto da alienação ou distribuição relativa a essas ações classe B, a menos que esse portador obtenha seu próprio registro eletrônico. O portador que obtiver um registro eletrônico poderá estar sujeito a um tratamento fiscal brasileiro menos favorável que um portador de ADSs. Para mais informações, ver “Tributação Considerações sobre a Tributação Brasileira”. O governo federal pode impor restrições temporárias à remessa de capital estrangeiro para o exterior no caso de um sério desequilíbrio ou de previsão de um sério desequilíbrio na balança de pagamentos do Brasil. Por aproximadamente 6 meses em 1989 e no início de 1990, o governo federal congelou todas as repatriações de dividendos e de capital detidos pelo Banco Central que eram de propriedade de investidores estrangeiros no mercado acionário, a fim de preservar as reservas brasileiras de moeda estrangeira. Essas importâncias foram posteriormente liberadas de acordo com diretrizes do governo federal. Não há garantias de que o governo federal não imporá restrições semelhantes à repatriação de capital estrangeiro no futuro. TRIBUTAÇÃO O resumo seguinte contém uma descrição das principais consequências em relação ao imposto de renda brasileiro e americano da aquisição, propriedade e alienação de ações classe B ou ADSs, mas não pretende ser uma descrição abrangente de todas as considerações tributárias que podem ser relevantes a uma decisão de adquirir ações classe B ou ADSs. O resumo é baseado nas leis tributárias do Brasil e suas regulamentações e nas leis tributárias dos Estados Unidos e suas regulamentações em vigência na data deste documento, as quais estão sujeitas a alterações. Os potenciais compradores de ações classe B ou ADSs devem consultar seus próprios conselheiros fiscais em relação às consequências tributárias da aquisição, propriedade e alienação de ações classe B ou ADSs. Embora não haja atualmente nenhum tratado sobre imposto de renda entre o Brasil e os Estados Unidos, as autoridades fiscais dos dois países mantiveram discussões que podem culminar em tal tratado. Nenhuma certeza pode ser dada sobre se e quando um tratado entrará em vigor ou como ele afetará os portadores americanos de ações classe B ou ADSs. Os potenciais portadores de ações classe B ou ADSs devem consultar seus próprios conselheiros fiscais em relação às consequências tributárias da aquisição, propriedade e alienação de ações classe B ou ADSs sob suas circunstâncias particulares. Considerações sobre a Tributação Brasileira A discussão seguinte resume as principais consequências, sob a legislação fiscal brasileira, da aquisição, propriedade e alienação de ações classe B ou ADSs por indivíduos, pessoas jurídicas, trustes ou organizações residentes ou domiciliados fora do Brasil para fins da tributação brasileira (“Portador Não Brasileiro”). Ela é baseada na legislação brasileira atualmente em vigor, que está sujeita a diferentes interpretações e mudanças que podem ser aplicadas retroativamente. Essa discussão não trata de todas as considerações tributárias brasileiras que 101 podem ser aplicáveis a qualquer Portador Não Brasileiro em particular, e cada Portador Não Brasileiro deve consultar seu próprio conselheiro fiscal sobre as consequências fiscais brasileiras do investimento em ações classe B ou ADSs. Tributação dos Dividendos Os dividendos pagos pela Companhia em dinheiro ou em espécie em relação a lucros de períodos iniciados a partir de 1º de janeiro de 1996 (i) ao Depositário com respeito às ações classe B representadas por ADSs ou (ii) a um Portador Não Brasileiro com respeito a ações classe B geralmente são isentos de imposto de renda na fonte. Os dividendos pagos por lucros gerados antes de 1º de janeiro de 1996 podem estar sujeitos à retenção de imposto de renda brasileiro na fonte com alíquotas variáveis dependendo do ano em que os lucros foram obtidos. Distribuições de Juros sobre o Capital De acordo com a Lei nº 9.249 de 26 de dezembro de 1995 e posteriores alterações, as empresas brasileiras podem fazer pagamentos a acionistas caracterizados como distribuições de juros sobre o capital da companhia, como alternativa à distribuição de dividendos. A taxa de juros não pode ser maior que a TJLP, determinada periodicamente pelo Banco Central. O montante total distribuído como juros sobre o capital não pode exceder, para fins tributários, o maior de (i) 50,0% do lucro líquido (depois da contribuição social sobre os lucros e antes da provisão para imposto de renda corporativo e dos montantes atribuíveis aos acionistas como juro líquido sobre o capital) relativo ao período em relação ao qual o pagamento é efetuado e (ii) 50,0% da soma dos lucros retidos e das reservas de lucro na data de início do período em relação ao qual o pagamento é feito. As distribuições de juros sobre o capital a Portadores Brasileiros e Não Brasileiros de ações classe B, incluindo pagamentos ao Depositário em relação às ações classe B representadas por ADSs, são dedutíveis pela Companhia para fins do imposto de renda brasileiro para pessoas jurídicas e da contribuição social sobre lucro líquido, desde que os limites descritos acima sejam observados. Esses pagamentos aos acionistas estão sujeitos a retenção de imposto de renda brasileiro na fonte com alíquota de 15,0%, excetuando-se os pagamentos a beneficiários situados em paraísos fiscais (isto é, um país ou local que não imponha qualquer imposto de renda, ou que imponha um imposto com alíquota máxima inferior a 20%, ou cujas leis imponham restrições à revelação de composição de propriedade acionária ou da propriedade de títulos ou do beneficiário da renda resultante de transações conduzidas e atribuíveis a um Portador Não Brasileiro – “Portador de Paraíso Fiscal”), pagamentos estes que estão sujeitos a retenção imposto de renda na fonte com alíquota de 25,0%. Esses pagamentos podem ser incluídos, pelo seu valor líquido, como parte de qualquer dividendo obrigatório. Na medida em que o pagamento de juros sobre o capital for assim incluído, a empresa é obrigada a distribuir aos acionistas um montante adicional para garantir que o montante líquido recebido por eles, depois do pagamento do imposto de renda aplicável na fonte, mais o montante de dividendos declarados, seja pelo menos igual ao dividendo obrigatório. Tributação de Ganhos Fora do Brasil De acordo com a Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003 (“Lei nº 10.833/03”), os ganhos de capital realizados na alienação de ativos localizados no Brasil por Portadores Não Brasileiros, seja para outros Portadores Não Brasileiros ou para Portadores Brasileiros, estão sujeitos à tributação no Brasil. Assim, se ações classe B forem alienadas por um Portador Não Brasileiro, como elas são definidas como ativos localizados no Brasil, tal portador estará sujeito a imposto de renda sobre os ganhos auferidos, conforme as normas descritas abaixo, seja a alienação conduzida no Brasil ou no exterior e com residente do Brasil ou não. Uma alienação de ações classe B pode ocorrer no exterior se o investidor decidir cancelar seu investimento em ADSs e registrar as ações classe B subjacentes como investimento estrangeiro direto sob a Lei nº 4.131. Qualquer ganho de capital resultante da venda ou alienação de ações classe B fora do Brasil está sujeito a imposto de renda brasileiro à alíquota de 15,0% ou, se o investidor for um Portador de Paraíso Fiscal, 25,0%, que devem ser retidos pelo comprador das ações classe B fora do Brasil ou por seu representante no Brasil. Quanto às ADSs, embora a matéria não esteja livre de controvérsia, os ganhos realizados por Portador Não Brasileiro na alienação de ADSs a outro Portador Não Brasileiro não deveriam taxados no Brasil, com base na teoria 102 de que as ADSs não constituem ativos localizados no Brasil para fins da Lei 10.833/03. Entretanto, não podemos garantir que os tribunais brasileiros venham a adotar essa teoria. Assim, o ganho na alienação de ADSs por Portador Não Brasileiro a residente no Brasil (ou possivelmente até a um Portador Não Brasileiro caso os tribunais considerem que a ADSs constituem propriedade localizada no Brasil) pode estar sujeito a imposto de renda no Brasil. Tributação de Ganhos no Brasil Para fins de tributação brasileira, as normas de imposto de renda sobre ganhos relacionados à alienação de ações classe B variam conforme o domicílio do Portador Não Brasileiro, a forma pela qual tal Portador Não Brasileiro registrou seu investimento perante o Banco Central brasileiro e/ou como a alienação é efetuada, conforme descrito abaixo. Geralmente, os ganhos são a diferença positiva entre o valor realizado na venda ou troca de um título e seu custo de aquisição. Ganhos auferidos na alienação de ações classe B realizada em bolsa de valores no Brasil (incluindo transações realizadas em mercados de balcão organizados) são: 1. isentos de imposto de renda quando auferidos por Portador Não Brasileiro registrado sob a Resolução no 4.373 do CMN (“Portador conforme a Resolução no 4.373”) e que não seja um Portador de Paraíso Fiscal; ou 2. sujeitos a imposto de renda com alíquota de 15,0% em quaisquer outros casos, incluindo ganhos auferidos por Portador Não Brasileiro que (i) não seja um Portador conforme a Resolução no 4.373, ou (ii) seja um Portador conforme a Resolução no 4.373 e um Portador de Paraíso Fiscal. Nesses casos, um imposto de renda na fonte de 0,005% sobre o valor da venda será aplicável e poderá ser descontado do imposto de renda final devido sobre ganho de capital. Não há garantia de que o tratamento preferencial atual para Portadores conforme a Resolução nº 4.373 continuará no futuro. Quaisquer outros ganhos auferidos na alienação de ações classe B que não seja realizada em bolsa de valores brasileira estão sujeitos a alíquota de 15,0%, exceto no caso de ganhos auferidos por Portadores de Paraíso Fiscal, que estão sujeitos a alíquota de 25,0%. Caso esses ganhos estejam relacionados a transações conduzidas nos mercados de balcão não organizados brasileiros, por meio de intermediário, o imposto de renda na fonte de 0,005% sobre o valor da venda também será aplicável e poderá ser descontado do imposto de renda final devido sobre ganho de capital. O depósito de ações classe B em troca de ADSs pode estar sujeito à tributação do imposto de renda brasileiro se o custo de aquisição das ações classe B for menor que (i) o preço médio por ação classe B na bolsa de valores brasileira em que o maior número de tais ações tenha sido vendido no dia do depósito; ou (ii) se nenhuma ação classe B tiver sido vendida naquele dia, o preço médio na bolsa de valores brasileira em que o maior número de ações classe B tenha sido vendido nos 15 pregões imediatamente precedentes ao depósito. Nesse caso, a diferença entre o custo de aquisição e o preço médio das ações classe B, calculado conforme demonstrado acima, deverá ser considerada ganho de capital sujeito a imposto de renda com alíquota de 15,0% ou 25,0% no caso de investidores que são Portadores de Paraíso Fiscal. Pode haver argumentos para pleitear que essa tributação não é aplicável no caso de Portador Não Brasileiro registrado sob a Resolução nº 4.373 (exceto Portadores de Paraísos Fiscais), que não deveria estar sujeito a imposto de renda nessa transação. A retirada de ações classe B quando do cancelamento de ADSs não está sujeita ao imposto de renda brasileiro, desde que os regulamentos sejam observados adequadamente quanto ao registro do investimento perante o Banco Central. No caso de resgate de ações classe B ou ADSs ou de redução de capital de empresas brasileiras, com subsequente retirada das ADSs, como a Copel, a diferença positiva entre o montante efetivamente recebido pelo Portador Não Brasileiro e o custo de aquisição dos títulos resgatados é tratada como ganho de capital derivado da 103 venda ou troca de ações não conduzida em bolsa de valores brasileira e está então sujeita a imposto de renda com alíquota de 15,0% ou 25,0% conforme o caso. Nenhum exercício de direitos preferenciais relacionados a ações classe B ou ADSs estará sujeito à tributação brasileira. Ganhos na venda ou transmissão de direitos preferenciais estarão sujeitos ao mesmo tratamento fiscal aplicável à alienação de ações classe B. Outros Tributos Brasileiros Não há impostos sobre herança, doação ou sucessão aplicáveis à propriedade, transferência ou alienação de ações classe B ou ADSs por um Portador Não Brasileiro, exceto tributos sobre doação e herança impostos por alguns Estados do Brasil sobre doações ou heranças conferidas por pessoas ou entidades não residentes ou domiciliadas no Brasil ou no Estado em questão a pessoas ou entidades residentes ou domiciliadas em tal Estado. Não há impostos de selo, emissão, registro ou similares ou encargos devidos por portadores de ações classe B ou ADSs. Conforme o Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007 (o "Decreto nº 6.306/07"), um imposto sobre operações de câmbio (o “IOF/Câmbio”) pode ser aplicado sobre a conversão de moeda brasileira em moeda estrangeira (para fins de pagamento de dividendos e juros, por exemplo) ou vice-versa. Atualmente, a alíquota do IOF/Câmbio para a maioria das transações de câmbio é de 0,38%, exceto: (i) transações de câmbio para a entrada de recursos relativos a investimentos em títulos de renda variável feitos por Portador Não Brasileiro no mercado financeiro e de capitais brasileiro, caso no qual a alíquota é de 0%, e (ii) pagamento de dividendos, ganhos de capital e juros sobre o patrimônio líquido relativos ao investimento mencionado no item (i) acima, caso no qual a alíquota é zero. Entretanto, o governo brasileiro pode aumentar essa alíquota a um máximo de 25,0%. Nenhum aumento será aplicado retroativamente. A retirada de ações classe B após o cancelamento das ADSs estará sujeita ao IOF/Câmbio à alíquota de 0,38%, uma vez que exige transações de câmbio simultâneas caso o investidor decida manter as ações classe B, conforme a Resolução nº 3.845 do Banco Central brasileiro. Também conforme o Decreto nº. 6.306, o imposto sobre operações com títulos (“IOF/Títulos”) pode ser aplicado a transações envolvendo debêntures ou ações, incluindo as transações efetuadas em bolsas de valores, mercadorias e futuros brasileiras. Como regra geral, a alíquota do IOF/Títulos é atualmente de 0%. O governo brasileiro pode, entretanto, aumentar a alíquota até um máximo de 1,5% ao dia, aplicável somente a transações futuras. O IOF/ Títulos é cobrado à alíquota de 1,5% sobre a transferência de ações negociadas no mercado de ações brasileiro para permitir a emissão de ADSs. Considerações relativas ao Imposto de Renda Federal dos Estados Unidos As afirmações relativas à legislação fiscal americana apresentadas abaixo baseiam-se nas leis americanas em vigor na data deste Relatório Anual, e mudanças na legislação posteriores à data deste Relatório Anual podem afetar as consequências fiscais aqui descritas, possivelmente com efeito retroativo. Este resumo descreve as principais consequências da propriedade e alienação de ações classe B ou ADSs quanto ao imposto de renda federal americano, mas não pretende ser uma descrição abrangente de todas as consequências fiscais nos Estados Unidos que podem ser relevantes para uma decisão de adquirir ou alienar ações classe B ou ADSs. Esse resumo se aplica apenas a adquirentes de ações classe B ou ADSs que mantenham as ações classe B ou ADSs como ativos de capital e não se aplica a casos especiais de portadores, como corretores de títulos mobiliários ou moedas, portadores cuja moeda não seja o dólar americano, portadores de 10% ou mais de nossas ações (levando-se em conta ações possuídas diretamente ou através de contratos de depósito), organizações que gozem de isenção fiscal, instituições financeiras, portadores com direito ao imposto mínimo alternativo, negociadores de títulos que escolham responder por seus investimentos em ações classe B ou ADSs numa base de marcação a mercado (mark-to-market), consórcios ou pass-through entities (empresas que repassam os impostos diretamente para as declarações dos proprietários), empresas de seguros, expatriados americanos e pessoas que detenham ações classe B ou ADSs numa operação de hedging ou como parte de uma operação de bolsa com opção de compra e venda (straddle), de uma operação de conversão ou de outra transação integrada para fins do imposto de renda federal americano. 104 Cada portador deve consultar seu próprio conselheiro fiscal com relação ao conjunto das consequências fiscais para ele, incluindo as consequências sob outras leis além das leis federais de imposto de renda americanas, de um investimento em ações classe B ou ADSs. Nesta discussão, as referências a um “portador americano” dizem respeito ao titular usufrutuário de uma ADS ou ação classe B (i) que seja pessoa física ou residente dos Estados Unidos, (ii) que seja uma corporação, ou qualquer outra entidade tributável como corporação, organizada sob as leis dos Estados Unidos ou qualquer Estado americano, ou o Distrito de Columbia, ou (iii) que esteja de qualquer modo sujeito ao imposto de renda federal americano em base líquida com respeito a ADSs ou ações classe B. Para os fins do Código da Receita Federal americana de 1986, com as alterações posteriores (o “Código”), os portadores de ADSs serão tratados como portadores das Ações Classe B representadas por tais ADSs. Tributação de Distribuições Um portador americano reconhecerá rendimentos normais de dividendos para os fins do imposto de renda federal americano numa importância igual a qualquer soma em dinheiro e ao valor de qualquer bem distribuído por nós como dividendos na medida em que tal distribuição seja paga com base em nossos rendimentos e lucros correntes ou acumulados, como determinado para os fins do imposto de renda federal americano, quando tal distribuição for recebida pelo Custodiante ou pelo portador americano, no caso de um portador de ações classe B. O montante de qualquer distribuição incluirá o valor do imposto brasileiro retido sobre a importância distribuída, e o montante de uma distribuição efetuada em reais será medido tendo como referência a taxa de câmbio para conversão de reais em dólares americanos em vigor na data em que a distribuição foi recebida pelo Custodiante (ou por um portador americano no caso de ações classe B). Se o Custodiante (ou portador americano no caso de um portador de ações classe B) não converter esses reais em dólares americanos na data de seu recebimento, é possível que o portador americano apure perda ou ganho em moeda estrangeira, que seria perda ou ganho ordinário, quando os reais forem convertidos em dólares americanos. Os dividendos pagos por nós não fazem jus à dedução de dividendos recebidos permitida a empresas pelo Código. Sujeito a certas exceções para posições de curto prazo e objeto de hedge, o montante em dólares americanos de dividendos recebidos por um indivíduo em relação a ADSs estará sujeito a tributação a taxas preferenciais se os dividendos forem “dividendos qualificados”. Dividendos pagos em relação a ADSs serão tratados como dividendos qualificados se (i) as ADSs forem imediatamente negociáveis em um mercado de títulos mobiliários estabelecido nos Estados Unidos e (ii) nós não tivermos sido, no exercício anterior àquele em que o dividendo foi pago, nem no exercício em que o dividendo for pago, uma companhia de investimento estrangeiro passivo (“CIEP”). Os ADSs são registrados na Bolsa de Valores de Nova Iorque e serão qualificados como imediatamente negociáveis em um mercado de títulos mobiliários estabelecido nos Estados Unidos enquanto permanecerem registrados. Com base em nossas demonstrações financeiras auditadas e nos dados pertinentes de mercado e acionistas, acreditamos que não fomos tratados como uma CIEP para fins de imposto de renda americano em relação ao nosso exercício tributável de 2014. Além disso, com base em nossas demonstrações financeiras auditadas e em nossas expectativas atuais quanto ao valor e à natureza de nossos ativos, às fontes e à natureza de nosso lucro, e nos dados pertinentes de mercado e acionistas, não esperamos nos tornar uma CIEP no exercício tributável de 2015. Com base na orientação existente, não se sabe se os dividendos recebidos em relação às ações classe B serão tratados como dividendos qualificados, pois as ações classe B não estão registradas em bolsa de valores nos Estados Unidos. Além disso, o Tesouro americano anunciou sua intenção de promulgar normas segundo as quais os portadores de ADSs ou ações classe B e intermediários por meio dos quais esses títulos mobiliários são detidos poderão utilizar-se de certificados de emitentes para tratar dividendos como qualificados para fins de declaração de imposto. Como esses procedimentos ainda não foram publicados, não se sabe se poderemos observálos. Os portadores de ADSs e ações classe B devem consultar seus próprios consultores fiscais quanto à disponibilidade da alíquota reduzida sobre dividendos à luz das considerações discutidas acima e de suas circunstâncias particulares. Distribuições feitas com base em rendimentos e lucros com respeito às ADSs ou ações classe B geralmente serão tratadas como rendimentos de dividendos de fontes fora dos Estados Unidos e geralmente serão tratadas separadamente junto com outros itens de renda “passiva” para fins de determinação do crédito relativo a impostos de renda estrangeiros permitido sob o Código. Sujeito a certas limitações, o imposto de renda na fonte brasileiro pago 105 em função de qualquer distribuição relativa a ADSs ou ações classe B pode ser considerado como crédito contra o imposto de renda americano devido por um portador americano, se tal portador americano escolher para aquele ano creditar todos os impostos de renda estrangeiros. Alternativamente, esse imposto de renda brasileiro na fonte pode ser considerado como uma dedução da renda tributável. Os créditos de impostos estrangeiros não serão permitidos para impostos retidos na fonte aplicados com respeito a posições de curto prazo ou objeto de hedge e podem não ser permitidos em relação a arranjos em que o lucro econômico esperado do portador americano, depois dos impostos estrangeiros, for insignificante. Os portadores americanos devem consultar seus próprios consultores fiscais sobre as implicações dessas normas à luz de suas circunstâncias particulares. Distribuições de ações adicionais a portadores com respeito a suas ADSs ou ações classe B que forem feitas como parte de uma distribuição pro rata a todos os nossos acionistas geralmente não estarão sujeitas ao imposto de renda federal americano. O portador de uma ADS ou ação classe B que for uma empresa estrangeira ou um indivíduo estrangeiro não residente (um "Portador Não Americano”) geralmente não estará sujeito ao imposto de renda federal americano ou a retenção de tributo em distribuições com respeito a ADSs ou ações classe B que sejam tratadas como renda de dividendos para os fins do imposto de renda federal americano, a menos que tais dividendos estejam efetivamente vinculados à condução, pelo portador, de um comércio ou negócio nos Estados Unidos. Tributação de Ganhos de Capital Sobre a venda ou outra forma de alienação de uma ADS ou ação classe B, um portador americano geralmente reconhecerá ganho ou perda para os fins do imposto de renda federal americano. O montante do ganho ou perda será igual à diferença entre a importância realizada em função da alienação da ADS ou ação classe B (incluindo o montante bruto do produto da alienação antes da dedução de qualquer imposto brasileiro) e a base fiscal do portador americano na ADS ou ação classe B. Esse ganho ou perda geralmente estará sujeito ao imposto de renda federal americano e será tratado como ganho ou perda de capital e será ganho ou perda de capital de longo prazo se a propriedade do ADS ou ação classe B tiver mais de um ano na data da alienação. O montante líquido de ganho de capital de longo prazo apurado por um portador individual geralmente está sujeito a taxas preferenciais. Perdas de capital podem ser deduzidas da renda tributável, sujeita a certas limitações. Ganhos realizados por um portador americano em uma venda ou alienação de ADSs ou ações classe B geralmente serão tratados como renda de uma fonte americana. Em consequência, se impostos brasileiros forem aplicados sobre esse ganho, o portador americano não poderá usar o crédito de imposto estrangeiro correspondente, a menos que o portador tenha outras rendas de fontes estrangeiras de tipo apropriado com relação às quais o crédito possa ser usado. Alternativamente, esse imposto brasileiro pode ser aplicado como dedução da renda tributável se o portador americano não receber crédito de nenhum imposto de renda estrangeiro durante o ano tributável. Um Portador não Americano não estará sujeito ao imposto de renda federal americano ou a retenção de imposto sobre ganho realizado na venda ou outra forma de alienação de uma ADS ou ação classe B, a menos (i) que tal ganho esteja efetivamente vinculado à condução, pelo portador, de um comércio ou negócio nos Estados Unidos, ou (ii) que tal portador seja um indivíduo que tenha estado presente nos Estados Unidos por 183 dias ou mais no exercício fiscal da venda e que outras condições determinadas se verifiquem. “Backup Withholding25” e Fornecimento de Informações Dividendos e produtos da venda ou outra alienação de ADSs ou Ações Classe B pagos a um portador americano geralmente podem estar sujeitos às exigências de fornecimento de informações do Código e podem estar sujeitos a backup withholding a menos que o portador americano (i) seja uma companhia ou outro beneficiário isento ou (ii) forneça um número de identificação do contribuinte válido e certifique que não houve perda de isenção de backup withholding. A quantia de qualquer retenção sobre um pagamento a um portador americano será reconhecida como crédito contra as obrigações de imposto de renda federal americano e pode ensejar o direito à restituição, desde que certas informações sejam prestadas à Receita Federal americana. 25 N. do T.: uma forma de retenção de imposto na fonte. 106 Um Portador não Americano geralmente estará dispensado do fornecimento de informações e de backup withholding, mas pode ser obrigado a atender a certos procedimentos de certificação e identificação para poder estabelecer seu direito a essa dispensa em relação a pagamentos recebidos nos Estados Unidos ou por meio de certos intermediários relacionados aos Estados Unidos. DIVIDENDOS E AGENTES PAGADORES O direito a dividendos se constitui na data de aquisição de nossas ações ou ADSs. Para uma descrição das restrições relacionadas com o pagamento de dividendos a investidores estrangeiros, ver “Estatuto - Regulamento e Restrições sobre Investidores Estrangeiros” e “Controles de Câmbio”. O Depositário distribuirá dividendos e outras distribuições aos portadores de nossas ADSs. DOCUMENTOS À DISPOSIÇÃO Arquivamos relatórios, incluindo relatórios anuais em formulário 20-F, e outras informações na SEC, conforme as normas e regulamentos da SEC que se aplicam a emitentes privados estrangeiros. Você pode ler e copiar quaisquer materiais arquivados na SEC em sua Sala de Referência Pública em 100 Fifth Street, N.W., Washington, D.C., 20459. Você pode obter informações sobre o funcionamento da Sala de Referência Pública ligando para a SEC no número 1-800-SEC-0330. Somos obrigados a realizar arquivamentos na SEC por meios eletrônicos. Qualquer arquivamento que efetuamos eletronicamente estará disponível ao público pela Internet no site da SEC em http://www.sec.gov. Item 11. Revelações Quantitativas e Qualitativas sobre Riscos do Mercado Ver Nota 35.2 de nossas demonstrações financeiras consolidadas sobre abertura do risco de mercado. Item 12. Descrição de Outros Títulos Mobiliários Não aplicável. Item 12A. Títulos de Dívida Não aplicável. Item 12B. Garantias e Direitos Não aplicável. Item 12C. Outros Títulos Não aplicável. Item 12D. American Depositary Shares O The Bank of New York Mellon atua como depositário de nossas ADSs. Os portadores de ADSs devem pagar várias taxas ao Depositário, e o Depositário pode se negar a prestar qualquer serviço para o qual é cobrada taxa até que ela seja paga. Os portadores de ADSs devem pagar ao Depositário: (i) uma taxa anual de até US$ 0,02 por ADS (ou fração) pela administração do programa de ADSs, e (ii) montantes relativos a despesas incorridas pelo Depositário ou seus agentes em nome dos portadores e ADSs, incluindo despesas resultantes da observância da legislação aplicável, impostos ou outros encargos governamentais, transmissão de facsimile, ou conversão de moeda estrangeira em dólares americanos. Em ambos os casos, o Depositário pode decidir, a seu exclusivo critério, receber pagamento pelo envio de cobrança aos portadores ou pela dedução do encargo de um ou mais dividendos ou outras distribuições em dinheiro. 107 Os portadores de ADSs também devem pagar encargos adicionais por certos serviços prestados pelo Depositário, conforme a tabela abaixo: Taxa devida pelos Portadores de Serviço do Depositário ADSs US$ 5,00 ou menos por 100 ADSs (ou Emissão de ADSs, incluindo emissões resultantes de distribuição de ações ou direitos ou outros ativos ............ frações de 100) US$ 5,00 ou menos por 100 ADSs (ou Cancelamento de ADSs para fins de retirada, incluindo vencimento do contrato de depósito .............................. frações de 100) Distribuição de dividendos ................................................................................................................................ US$ 0,02 ou menos por ADS Taxa equivalente àquela que seria devida caso os títulos distribuídos ao Distribuição de títulos distribuídos aos portadores dos títulos depositados que são distribuídos pelo portador fossem ações e essas ações Depositário aos portadores registrados de ADSs ................................................................................................fossem depositadas para emissão de ADSs US$ 0,02 (ou menos) por ADS por Serviços de Depositário .............................................................................................................................................. ano cronológico Transferência e registro de ações no registro de ações do Depositário de e para o nome do Depositário Taxas de registro ou transferência ou de seu agente quando o portador deposita ou retira ações................................................................................... Às custas do Depositário Transmissões por cabo, telex e facsimile (quando expressamente previstas no contrato de depósito) ................. Às custas do Depositário Conversão de moeda estrangeira em dólares americanos......................................................................................... Impostos e outros encargos governamentais que o Depositário ou custodiante sejam obrigados a pagar Conforme necessário em relação a qualquer ADS ou ação subjacente (p.ex., impostos de transferência de ações, imposto do selo ou impostos retidos na fonte) ............................................................................................................................. Conforme necessário Quaisquer encargos incorridos pelo Depositário ou seus agentes pelo serviço dos títulos depositados ............... Pagamentos pelo Depositário O Depositário nos paga um montante estabelecido, que inclui reembolsos de certas despesas que incorremos em relação ao programa de ADS. Essas despesas reembolsáveis incluem atualmente honorários advocatícios e contábeis, taxas de listagem, despesas de relações com investidores e honorários pagos a prestadores de serviços pela distribuição de materiais aos portadores de ADRs. Para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014, esse montante foi de US$ 450,3 mil. Item 13. Inadimplementos, Atrasos de Dividendos e Infrações Não aplicável. Item 14. Modificações Relevantes dos Direitos dos Portadores de Títulos e Uso dos Produtos de Venda Nenhum. Item 15. Controles e Procedimentos Responsabilidade Financeira, Controles e Procedimentos de Divulgação, e Relatório sobre o Controle Interno de Divulgação Financeira (a) Controles e Procedimentos de Divulgação Conduzimos uma avaliação sob a supervisão e com a participação de nossa administração, incluindo o Diretor Presidente e o Diretor Financeiro, da eficácia da concepção e operação dos controles e procedimentos de divulgação vigentes em 31 de dezembro de 2014. Nossos controles e procedimentos de divulgação são elaborados de modo a fornecer uma garantia razoável de que atingirão seus objetivos. Com base em nossa avaliação, nosso Diretor Presidente e nosso Diretor Financeiro concluíram que os controles e procedimentos de divulgação vigentes em 31 de dezembro de 2014 foram eficazes para fornecer garantia razoável de que as informações que somos obrigados a revelar nos relatórios que arquivamos e apresentamos de 108 acordo com o Securities Exchange Act de 1934, com suas alterações posteriores, são registradas, processadas, resumidas e divulgadas dentro dos períodos estipulados pelas normas e formulários aplicáveis e que elas são acumuladas e apresentadas a nossa direção de modo apropriado para permitir decisões oportunas quanto à divulgação obrigatória. (b) Relatório Anual da Administração sobre o Controle Interno de Divulgação Financeira Nossa administração é responsável por estabelecer e manter controle interno de divulgação financeira conforme definido nas Normas 13a-15(f) e 15d-15(f) do Securities Exchange Act de 1934. Nossos controles internos foram concebidos para fornecer garantia razoável quanto à confiabilidade das informações financeiras e à preparação de demonstrações financeiras para fins externos de acordo com princípios contábeis geralmente aceitos. Todos os controles internos, por mais bem concebidos que sejam, têm limitações inerentes, inclusive a possibilidade de erro humano e violação ou intervenção dos controles e procedimentos. Assim, mesmo os sistemas avaliados como eficazes podem não impedir ou detectar informações incorretas. Além disso, projeções de qualquer avaliação de eficácia para períodos futuros estão sujeitas ao risco de inadequação futura dos controles devido a mudanças nas circunstâncias ou à possível queda do nível de observância das políticas ou dos procedimentos. Nossa administração avaliou a eficácia de nossos controles internos de divulgação financeira em 31 de dezembro de 2014. Ao conduzir tal avaliação, ela usou os critérios estabelecidos no Controle Interno - Quadro Integrado (1992) publicado pelo Comitê de Organizações Patrocinadoras da Comissão Treadway - COSO. Com base em sua avaliação e nesses critérios, nossa administração concluiu que nosso controle interno de divulgação financeira era eficaz em 31 de dezembro de 2014. A KPMG Auditores Independentes, uma firma de contabilidade pública registrada independente, emitiu um relatório de certificação (“attestation report”) sobre nosso controle interno de divulgação financeira em 31 de dezembro de 2014. Atualmente, estamos no processo de implementar estrutura adequada de controles internos para avaliar a eficácia de nossos controles internos sobre a divulgação financeira referente o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 com base nos critérios estabelecidos em Controle Interno – Estrutura Integrada (2013) emitidos pela COSO. Mudanças nos Controles Internos A administração da Companhia não identificou nenhuma mudança no seu controle interno sobre os relatórios financeiros durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 que tenha afetado significativamente ou tenha uma possibilidade razoável de afetar significativamente o seu controle interno sobre relatórios financeiros. Item 16A. Especialista Financeiro do Comitê de Auditoria Nosso Conselho de Administração examinou as qualificações e os históricos dos membros do Comitê de Auditoria e estabeleceu que o Sr. José Richa Filho é um “especialista financeiro do comitê de auditoria” nos termos do Item 16A e satisfaz os requisitos da Regra 10A-3 do Securities Exchange Act.. Para maiores informações sobre nosso Comitê de Auditoria, ver “Item 6. Conselheiros, Diretores e Empregados - Comitê de Auditoria”. Item 16B. Código de Ética Em novembro de 2003, adotamos um código de ética que também se aplica a nosso Diretor Presidente, a nosso Diretor Financeiro e ao principal executivo de nossa Contabilidade. Em junho de 2008, atualizamos nosso código de ética com base nas práticas de governança corporativa publicadas pela Global Reporting Initiative - GRI Accountability 1000 – AA1000. Reproduzimos esse código de ética, que chamamos de nosso “Código de Conduta”, em nosso site na Internet, disponível no endereço www.copel.com/ri. Cópias de nosso código de ética também podem ser obtidas gratuitamente por carta dirigida ao endereço que consta da capa deste Formulário 20-F. Não concedemos quaisquer isenções implícitas ou explícitas de qualquer dispositivo de nosso código de ética aos diretores enumerados acima desde a adoção do código. 109 Item 16C. Honorários e Serviços do Auditor Principal- Honorários de Auditoria e Outros A KPMG Auditores Independentes atuou como nossa firma de contabilidade pública registrada e independente para os exercícios fiscais encerrados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012. A tabela abaixo mostra o montante total pago à KPMG Auditores Independentes pelos serviços realizados em 2014, 2013 e 2012, e discrimina os montantes por categoria de serviço: Exercício encerrado em 31 de dezembro 2014 2013 2012 (milhões de R$) Honorários de Auditoria ............................................................................................ 1,5 1,4 1,3 Honorários Relacionados a Auditoria....................................................................... – – – Honorários de Consultoria Fiscal.............................................................................. – – – Todos os Demais Honorários .................................................................................... – – – Total ........................................................................................................................... 1,5 1,4 1,3 Honorários de Auditoria Os honorários de auditoria são honorários cobrados pela auditoria de nossas demonstrações financeiras anuais e pela revisão de nossas informações financeiras trimestrais no que toca a apresentações e arquivamentos legais e regulamentares. Políticas e Procedimentos de Pré-Aprovação do Comitê de Auditoria Nem nosso Conselho de Administração nem nosso Comitê de Auditoria estabeleceram políticas e procedimentos de pré-aprovação para a convocação de serviços de nossa firma de auditoria pública registrada. Nosso Conselho de Administração aprova expressamente, caso a caso, qualquer convocação de nossa firma de auditoria pública registrada para realizar para nós ou nossas subsidiárias qualquer auditoria ou serviços de outra natureza. Nosso Comitê de Auditoria oferece recomendações a nosso Conselho de Administração quanto a essas convocações. Para maiores informações sobre nosso Conselho de Administração e nosso Comitê de Auditoria, ver “Item 6. Conselheiros, Diretores e Empregados”. Item 16D. Dispensa dos Padrões de Listagem para Comitês de Auditoria Segundo as normas da NYSE e da SEC com relação ao comitê de auditoria de uma empresa de capital aberto, devemos cumprir a Norma 10A-3 do Exchange Act, que exige que nós estabeleçamos um comitê de auditoria composto por membros do conselho de administração que atenda às exigências específicas. Com base na isenção da Norma 10A-3(b)(iv)(E), designamos dois membros do nosso Comitê de Auditoria, Srs. José Richa Filho e Carlos Homero Giacomini, pessoas designadas pelo Estado do Paraná, que é nosso acionista controlador, portanto, uma de nossas afiliadas. Em nossa avaliação, cada um desses membros atua de forma independente na execução de responsabilidades de um comitê de auditoria segundo a lei Sarbanes-Oxley e atende as outras exigências da Norma 10A-3 do Exchange Act. Item 16E. Compras de Ações pelo Emitente e por Compradores Coligados Nenhuma. Item 16F. Mudanças no Contador Certificador da Companhia Em 18 de abril de 2011, a KPMG Auditores Independentes (a “KPMG”) substituiu a Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes (a "Deloitte") como nossa firma de contabilidade pública independente para os 110 anos fiscais começando em 1º de janeiro de 2011. A mudança de auditores foi feita em conformidade com norma brasileira que limita os mandatos consecutivos que certos prestadores de serviços podem exercer. Devido aos limites impostos nessa norma, não procuramos renovar o contrato com a Deloitte em seu vencimento, e a Deloitte não tentou se candidatar a reeleição. A substituição da Deloitte pela KPMG foi aprovada por nosso Conselho de Administração e nosso Conselho Fiscal. Item 16G. Governança Corporativa Seção 303A.01 303A.03 303A.04 303A.05 303A.06 303A.07 Regra de Governança Corporativa da Bolsa de Nova Iorque para emissores americanos Prática da Copel Independência dos Membros do Conselho de Administração Companhias listadas na Bolsa de Valores de Nova A Copel é uma empresa controlada, pois a maior parte das ações Iorque ("companhias listadas”) devem ter maioria com direito a voto pertence ao Estado do Paraná. Como uma de membros independentes em seu Conselho de empresa controlada, a Copel não seria obrigada a cumprir a Administração. As “companhias controladas” não exigência de que a maioria dos conselheiros sejam independentes estão obrigadas a cumprir essa exigência. se fosse uma emissora americana. Não existe qualquer disposição legal ou política que exija que tenhamos conselheiros independentes. . Os conselheiros não-executivos de uma companhia Os conselheiros não-executivos da Copel não participam de listada devem participar de sessões executivas sessões executivas regularmente agendadas sem a diretoria. regularmente agendadas sem a diretoria. Comitê de Governança Corporativa e de Nomeação Uma companhia listada deve possuir um Comitê de A Copel não apresenta um Comitê de Governança Corporativa e Governança Corporativa e de Nomeação composto, de Nomeação. Como uma companhia controlada, a Copel não em sua totalidade, por diretores independentes, com precisaria cumprir a exigência de ter Comitê de Governança um estatuto escrito que aborda certas obrigações Corporativa e de Nomeação se fosse uma companhia americana. específicas mínimas. As “companhias controladas” não estão obrigadas a cumprir essa exigência. Comitê de Compensação Uma companhia listada deve possuir um comitê de A Copel não possui um comitê de compensação. Como uma compensação composto, em sua totalidade, por companhia controlada, a Copel não precisaria cumprir a diretores independentes, com um estatuto escrito exigência de ter comitê de compensação se fosse uma companhia que aborda certas obrigações específicas mínimas. americana. As “companhias controladas” não estão obrigadas a cumprir essa exigência. Comitê de Auditoria Uma companhia listada deve possuir um comitê de Nossos acionistas alteraram nosso estatuto para estabelecer um auditoria com um mínimo de 3 (três) diretores Comitê de Auditoria composto de pelo menos três conselheiros independentes que satisfaçam os requisitos de (todos eles deverão atender as exigências estabelecidas na independência da Lei 10A-3 sob o Securities Norma 10A-3 segundo o Securities Exchange Act), com mandato Exchange Act, com um estatuto escrito que aborda de dois anos, podendo ser reeleitos. De acordo com o Estatuto do certas obrigações específicas mínimas. Comitê de Auditoria, os membros do Comitê de Auditoria são indicados pelo Conselho de Administração e podem por ele ser substituídos. Todos os membros do Comitê de Auditoria são membros de nosso Conselho de Administração. O Comitê de Auditoria é responsável por nossas demonstrações financeiras, assegurando o cumprimento de todas as exigências legais relacionadas com as obrigações de divulgação, monitorando o trabalho dos auditores independentes e de nossa equipe encarregada da auditoria interna da Companhia e revisando a eficácia dos procedimentos e pessoal de controle interno e de gerenciamento de riscos. Planos de Ações para Funcionários 111 Deve-se dar a oportunidade aos acionistas de votar em todos os planos de ações para funcionários e em todas as suas revisões relevantes, com exceções limitadas determinadas nas regras da Bolsa de Nova Iorque. 303A.08 Sob a Lei das S.A., a pré-aprovação dos acionistas é requerida para a adoção de qualquer plano de ações para funcionários e quaisquer revisões substanciais de tais planos. Diretrizes de Governança Corporativa Uma companhia listada deve adotar e divulgar A Copel não possui diretrizes formais de governança corporativa diretrizes de governança corporativa que abordem que abordem todos os tópicos especificados nas regras da Bolsa certas matérias específicas mínimas. de Nova Iorque. Entretanto, a Copel adotou as diretrizes de governança corporativa que seguem o modelo proposto pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC. 303A.09 Código de Conduta e Ética para seus Conselheiros, Diretores e Empregados Uma companhia listada deve adotar e divulgar seu A Copel adotou um código de conduta que se aplica ao conselho código de conduta e ética para seus conselheiros, de administração, ao conselho fiscal, à diretoria e aos diretores e empregados e deve também apresentar empregados. A Copel publicará qualquer abdicação das prontamente qualquer abdicação do código para exigências do código para conselheiros ou diretores no seu seus conselheiros ou diretores. relatório anual em formulário 20-F. 303A.10 Exigências de Certificação O presidente de uma empresa listada deve O presidente da Copel notificará prontamente a Bolsa de Nova prontamente notificar a Bolsa de Nova Iorque, por Iorque, por escrito, caso algum de seus diretores tome escrito, caso algum de seus diretores tome conhecimento de qualquer descumprimento relevante de conhecimento de qualquer descumprimento qualquer um dos termos aplicáveis das normas de governança relevante de qualquer um dos termos aplicáveis da corporativa da Bolsa e também certificará que ele não tem Seção 303A e certificar que ele não tem conhecimento de nenhuma violação pela empresa listada dos conhecimento de nenhuma violação pela empresa padrões de listagem e governança corporativa da Bolsa de listada dos padrões de listagem e governança Valores de Nova Iorque. corporativa da Bolsa de Valores de Nova Iorque, qualificando a certificação conforme necessário. A Copel apresenta anualmente uma Declaração por Escrito Cada empresa listada deve apresentar uma Anual à Bolsa de Valores de Nova Iorque e submeterá uma Declaração por Escrito assinada anualmente à Declaração por Escrito provisória quando necessário. Bolsa. Além disso, cada empresa listada deve apresentar uma Declaração por Escrito provisória quando exigido pelo formulário de Declaração por Escrito provisória especificado pela Bolsa. 303A.12 Item 17. Demonstrações Financeiras Não Aplicável. Item 18. Demonstrações financeiras Referência é feita às páginas F-1 até F-122. Item 19. Anexos 1.1 Estatuto da Companhia Paranaense de Energia – Copel, com alterações, aprovado e consolidado pela 187ª AGO de 10 de outubro de 2013, e alterado pela 190ª AGE de 23 de abril de 2015, juntamente com uma tradução para o inglês. 2.1 Contrato de Depósito (ações preferenciais) datado de 21 de março de 1996, com alterações e atualizações até 21 de novembro de 2007, arquivado perante a SEC em 12 de fevereiro de 2009 como anexo de nossa Declaração de Registro em Formulário F-6 e incorporado a este documento por referência (Arquivo no. 333-157278). 4.1 Termo de Ajuste celebrado em 4 de agosto de 1994 entre o Estado do Paraná e a Companhia Paranaense de Energia – Copel (o “Termo de Ajuste”) (incorporado por referência ao nosso Formulário F-1 333-7148, arquivado na SEC em 30 de junho de 1997) e Quarto Termo Aditivo ao Termo de Ajuste celebrado em 21 de janeiro de 2005, com tradução em inglês (incorporado por referência a nosso relatório anual em Formulário 20-F para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, arquivado perante a SEC em 30 de junho de 2006) (Arquivo no. 001-14668). 8.1 Lista de subsidiárias. 112 12.1 Certificação pelo Diretor Presidente da Copel, conforme as Regras 13a-14 e 15-d-14 do Securities Exchange Act de 1934. 12.2 Certificação pelo Diretor Financeiro da Copel, conforme as Regras 13a-14 e 15-d-14 do Securities Exchange Act de 1934. 13.1 Certificação pelo Diretor Presidente da Copel, conforme a Seção 906 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002. 13.2 Certificação pelo Diretor Financeiro da Copel, conforme a Seção 906 da Lei Sarbanes-Oxley de 2002. Existem, omitidos dos anexos arquivados com este relatório anual ou nele incorporados por referência, algumas notas promissórias e outros instrumentos e contratos com relação à dívida de longo prazo da Companhia, nenhum dos quais autoriza garantias em valor total que exceda a 10% dos ativos totais da Companhia. Concordamos, pelo presente, em fornecer à Securities and Exchange Commission cópias de quaisquer das notas promissórias ou outros instrumentos omitidos que a Comissão requisitar. 113 GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS E OUTROS TERMOS Ações classe A: As ações preferenciais classe A da Companhia. Ações classe B: As ações preferenciais classe B da Companhia. Ações Ordinárias: As ações ordinárias da Companhia. Acordo de acionistas: Acordo de acionistas de 22 de dezembro de 1998, conforme alterado em 29 de março de 2001, entre o Estado do Paraná e o BNDESPAR. Acordo de Depósito: Acordo de Depósito periódico entre a Copel, o Depositário e os titulares registrados e detentores beneficiários de ADSs. ADRs: American Depositary Receipts. ADSs: American Depositary Shares, cada uma representando uma ação Classe B. Ajustes de mercado: Denominação dos leilões de energia conduzidos por geradores de energia no ambiente regulado brasileiro em até quatro meses antes da data de entrega. Alta Voltagem ou Tensão: uma classe de tensões nominais do sistema igual ou maior do que 100.000 volts e menor do que 230.000 volts. ANATEL: Agência Nacional de Telecomunicações. ANEEL: Agência Nacional de Energia Elétrica. Banco Central: Banco Central do Brasil. BM&FBovespa: BM&FBovespa S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros. BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. BNDESPAR: BNDES Participações S.A. – BNDESPAR. Garantia Física: o nível de potência elétrica que a Copel pode entregar a partir de uma usina elétrica específica com um grau de certeza de 95,0%, determinado de acordo com certos modelos estatísticos prescritos. Capacidade Instalada: o nível de potência elétrica que pode ser entregue de uma unidade geradora específica numa base contínua de carga plena sob condições especificadas, como indicado pelo fabricante. CBLC: Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia. CCEAR: Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado. CCEE: Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. CMN: Conselho Monetário Nacional. CNPE: Conselho Nacional de Política Energética. Código: O Código de Receita Interna dos EUA de 1986, conforme alterado. 114 Código: U.S. Internal Revenue Code of 1986, o código de arrecadação de impostos dos Estados Unidos, conforme alterado. Compagas: Companhia Paranaense de Gás. Componente “Demanda”: encargo nas vendas de energia baseado no montante de potência firme contratado por um consumidor e que é independente do montante de energia efetivamente consumido por aquele consumidor. Componente “Energia”: encargo nas vendas de energia a um consumidor baseado no montante de energia efetivamente consumido pelo consumidor. Concessionária: uma entidade que detém uma concessão ou autorização para gerar, transmitir ou distribuir energia elétrica no Brasil. Consumidor Final: aquele que usa energia para suas próprias necessidades. Consumidores do Grupo A: consumidores que usam energia a 2,3 kV ou tensões superiores. As tarifas aplicadas a esse grupo baseiam-se no nível de tensão efetivo em que a energia é fornecida e na época do ano e no horário do dia em que a energia é fornecida. Consumidores do Grupo B: consumidores que recebem energia em tensões inferiores a 2,3 kV. As tarifas aplicáveis a eles abrangem somente um componente “energia” e baseiam-se na classificação dos consumidores. Consumidores Especiais: Consumidores que consomem pelo menos 500 kV. Podem escolher seu fornecedor de energia se este gerar sua energia a partir de fontes alternativas, tais como pequenas centrais hidrelétricas, usinas eólicas ou de biomassa. Consumidores Livres: Consumidores de energia que podem escolher seus fornecedores de energia pois preenchem os seguintes requisitos: (i) demanda de pelo menos 3 MW em qualquer tensão no caso de consumidores novos (conectados à rede de distribuição depois de julho de 1995); (ii) demanda de pelo menos 3 MW e supridos em tensão igual ou maior que 69 kV no caso de existentes consumidores (conectados à rede de distribuição antes de julho de 1995); e (iii) demanda de pelo menos 500 kW e que optem por receber energia de fontes alternativas, tais como usinas eólicas, pequenas centrais hidrelétricas ou projetos de biomassa (também conhecidos como Consumidores Especiais). Consumidores Residenciais de Baixa Renda: consumidores que consomem menos de 220 kWh por mês e solicitaram benefícios sob qualquer um dos programas sociais do governo federal. Os consumidores residenciais de baixa renda são considerados um subgrupo dos consumidores residenciais e não estão sujeitos ao pagamento de encargos de capacidade ou aquisição emergenciais ou a qualquer tarifa extraordinária aprovada pela ANEEL. Conta CDE: A Conta de Desenvolvimento Energético foi criada pelo governo brasileiro em 2002 para, dentre outros, promover a disponibilidade de serviços de energia elétrica para todo o Brasil e para a competitividade da energia produzida por fontes alternativas. Essa conta é regulamentada pelo Poder Executivo e administrada pela Eletrobrás. Conta CRC: Conta de Resultados a Compensar. Contrato de Depósito: um Contrato de Depósito entre a Copel, o Depositário e os detentores registrados e legítimos proprietários de tempos em tempos de ADSs. Contrato de Disponibilidade de Energia: Contrato em que o gerador se compromete a disponibilizar certa capacidade elétrica ao mercado regulado. Nesse caso, a receita do gerador é garantida, e os distribuidores correm o risco de escassez no suprimento. 115 Contrato de Quantidade de Energia: Contrato em que o gerador se compromete a suprir determinado montante de energia e assume o risco de o suprimento de energia ser afetado adversamente por condições hidrológicas e níveis baixos em reservatórios, o que poderia interromper o suprimento de energia, caso em que o gerador deverá adquirir essa energia de outras fontes para cumprir suas obrigações de suprimento. Contratos Iniciais: Requisito imposto às concessionárias de distribuição e geração para garantir acesso a um suprimento estável de energia a preços que garantam uma taxa de retorno fixa para as empresas de geração durante o período de transição até o estabelecimento de um mercado de energia livre e competitivo. Copel Distribuição: A entidade da Companhia responsável pelo negócio de distribuição. Copel Geração e Transmissão: Entidade da Companhia dedicada ao negócio de generação e transmissão. Custodiante: Itaú Unibanco S.A., como custodiante das Ações Classe B Shares representadas por ADSs. Custos da Parcela A: Os custos definidos pela ANEEL como fora do controle da distribuidora. Tais custos são considerados em ajustes e revisão de tarifas de distribuição a Consumidores Finais. Custos da Parcela B: Os custos definidos pela ANEEL como sob o controle da distribuidora. Tais custos são considerados em ajustes e revisão de tarifas de distribuição a Consumidores Finais. Decreto 6.306/07: Decreto brasileiro 6.306, de 14 de dezembro de 2007, que regulamenta o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF. Deloitte: Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes. Depositário: The Bank of New York Mellon, na qualidade de depositário. Distribuição: a transferência de energia das linhas de transmissão em pontos de suprimento da rede e sua entrega a consumidores por meio de linhas de distribuição com voltagens entre 13,8 kV e 44 kV. Distribuidor: uma entidade que fornece energia elétrica a um grupo de consumidores por meio de uma rede de distribuição. Dólares Americanos, dólares ou US$: Dólares norte-americanos. EER: O Encargo de Energia de Reserva é uma taxa regulamentar que objetiva angariar fundos para reservas de energia contratada por meio da CCEE. Elejor: Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. Eletrosul: Eletrosul Centrais Elétricas S.A. Energia Assegurada: Montante determinado atribuído a cada usina hidrelétrica de acordo com critérios de risco de fornecimento de energia definidos pelo MME. A energia assegurada também representa a energia máxima que pode ser vendida pelo gerador conforme previsto no contrato de concessão, independentemente do volume de energia efetivamente gerado pela usina. EPE: Empresa de Pesquisa Energética. Fundação Copel: A Fundação Copel de Previdência e Assistência Social é patrocinada pela Companhia e complementa a aposentadoria e os benefícios de saúde do governo brasileiro disponíveis para os funcionários. 116 Fundo RGR: Um fundo de reserva criado para fornecer pagamentos compensatórios a companhias de energia para certos ativos utilizados juntamente com uma concessão caso a concessão seja revogada ou não seja renovada. Furnas: Furnas Centrais Elétricas S.A Gigawatt-hora (GWh): um gigawatt de potência suprido ou demandado por uma hora, ou um bilhão de watts-horas. IASB: International Accounting Standards Board. Ibovespa: O Índice BM&FBovespa. IFRS: International Financial Reporting Standards, as normas internacionais de contabilidade. IGP-DI: Índice Geral de Preços—Disponibilidade Interna. Índice IGP-M: Índice Geral de Preços do Mercado. IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Itaipu: Itaipu Binacional, usina hidrelétrica igualmente administrada pelo Brasil e Paraguai, com capacidade instalada de 14.000 MW. Ivaí: Ivaí Engenharia de Obras S.A. KPMG: KPMG Auditores Independentes. Latibex: Mercado de valores latino-americanos em euros, parte da Bolsa de Valores de Madri. Lei de Renovação das Concessões 2013: Lei 12.783, sancionada em 11 de janeiro de 2013, a qual prevê que a maior parte das concessões de geração, transmissão e distribuição podem ser renovadas a pedido da concessionária por um período adicional de 30 anos, sob a condição de a concessionária concordar em alterar os termos do contrato de concessão para refletir um novo regime de tarifas a ser estabelecido pela ANEEL. Leilão de Ajustes: A denominação de leilões de energia realizados por produtores de energia existentes no Leilões A-1: Denominação de leilões de energia no ambiente regulado brasileiro conduzidos pelos atuais geradores de energia no ano anterior à data de entrega inicial. Leilões A-3: Denominação de leilões de energia para novos projetos de geração, conduzidos no ambiente regulado brasileiro no terceiro ano antes da data inicial de entrega. Leilões A-5: Denominação de leilões de energia para novos projetos de geração, conduzidos no ambiente regulado brasileiro no quinto ano antes da data inicial de entrega. Limite de Dividendos: Limite de dividendos estabelecido pela Lei das Sociedades por Ações, equivalente ao lucro líquido ajustado ou reservas de lucro disponível para distribuição. Megavolt Ampère (MVA): mil volts amperes. Megawatt (MW): um milhão de watts. Megawatt médio: montante de energia em MWh dividido pelo tempo (em horas) em que essa energia é produzida ou consumida. 117 Megawatt-hora (MWh): um megawatt de potência suprido ou demandado por uma hora, ou um milhão de watts-horas. Mercado Livre: Segmento do mercado que permite certo grau de competição. O mercado livre abrange especificamente compra de energia por entidades não reguladas como consumidores livres e comercializadores de energia. Mercado Regulado: segmento do mercado em que as concessionárias de distribuição adquirem toda a energia para suprir consumidores por meio de leilões públicos. Os leilões são administrados pela ANEEL, diretamente ou por meio da CCEE, sob certas diretrizes emitidas pelo MME. O mercado regulado é geralmente considerado o mais estável em termos de fornecimento de energia. Mercado de curto prazo: Segmento de mercado não regulado em que a energia é comprada ou vendida para entrega imediata. Em geral, o preço de compra de energia no mercado à vista tende a ser substancialmente maior que o preço da energia sob contratos de compra de energia de longo prazo. MME: Ministério de Minas e Energia. MRE: O Mecanismo de Realocação de Energia busca mitigar os riscos dos agentes de geração causados por variações nas vazões de rios (risco hidrológico). ONS: Operador Nacional do Sistema Elétrico. Paraíso Fiscal: Um acionista situado em paraísos fiscais (isto é, um país ou local que não cobre imposto de renda ou onde a alíquota máxima seja inferior a 20% ou onde a legislação local imponha restrições à divulgação da composição acionária ou a titularidade do investimento ou o beneficiário efetivo dos rendimentos provenientes de transações realizadas e atribuíveis a um Detentor Não Brasileiro). PCH - Pequena Central Hidrelétrica: usinas hidrelétricas com capacidade geradora entre 1.000 kW e 30.000 kW cujo reservatório cobre área igual ou inferior a 3,0 km2. PIE: Produtor Independente de Energia, uma pessoa jurídica ou consórcio que detém uma concessão ou autorização para gerar energia para venda por sua própria conta a concessionárias do serviço público de energia elétrica ou a consumidores livres. Programa de Racionamento: Um programa instituído pelo governo federal com vistas à redução do consumo de energia, em vigor de primeiro de junho de 2001 a 28 de fevereiro de 2002, período em que o nível de chuva no Brasil foi baixo. Quilovolt (kV): 1.000 volts. Quilowatt-hora (kWh): um quilowatt de potência suprido ou demandado por uma hora, ou mil watts-horas. Real, Reais ou R$ : Real Receita Anual Permitida: A receita anual estabelecida pela ANEEL a ser cobrada por uma concessionária de transmissão pelo uso de suas linhas de transmissão por terceiros, o que inclui consumidores livres, geradores e distribuidores. Resolução 2.689: Resolução 2.689 de 26 de janeiro de 2000 do CMN. Sanepar: Companhia de Saneamento do Paraná – Sanepar. Securities Act: Lei de Valores Mobiliários (the United States Securities Act) de 1933, conforme alterada. 118 Securities Exchange Act: Lei de Negociação de Valores Mobiliários (the United States Securities Exchange Act) de 1934, conforme alterada. Securities Exchange Act: Lei de Valores Mobiliários (U.S. Securities Exchange Act) de 1934, conforme alterada. Sercomtel Telecomunicações: Sercomtel Telecomunicações S.A. Sistema Interligado Nacional: sistemas ou redes para a transmissão de energia interligados por meio de uma ou mais linhas e/ou transformadores. Subestação: um conjunto de equipamentos que comuta e/ou altera ou regula a tensão da energia num sistema de transmissão e distribuição. Tarifa de Fornecimento: Receita cobrada pelas concessionárias de distribuição de seus consumidores. Cada consumidor se enquadra num determinado nível tarifário definido por lei e baseado na classificação do consumidor, embora haja alguma flexibilidade de acordo com a natureza da demanda de cada consumidor. As tarifas de fornecimento estão sujeitas a reajustes anuais pela ANEEL. Tarifa de Transmissão: receita cobrada pelas concessionárias de transmissão com base na rede de transmissão que possuem e operam. As tarifas de transmissão estão sujeitas a revisões periódicas pela ANEEL. Tarifa Média: Receita total de vendas dividida pelo total de MWh vendidos para cada período considerado, incluindo, no caso da Companhia, energia não faturada, ou energia entregue mas cuja fatura ainda não foi entregue. A receita total de venda, para fins de cálculo da tarifa média, inclui tanto o faturamento bruto (antes da dedução do ICMS) como vendas de energia não faturadas, sobre as quais o ICMS ainda não incidiu. Titular Não-Brasileiro: Um indivíduo, entidade, fundo ou organização residente ou domiciliado fora do Brasil por motivos de tributação brasileira que adquire, possui e vende Ações Classe B ou ADSs. Titular Não-Norte-americanos: Detentores de Ações Classe B ou ADSs que são entidades estrangeiras ou indivíduos estrangeiros não residentes nos Estados Unidos. Titular residente nos EUA: Um titular beneficiário de uma Ação da Classe B ou ADS que é (i) um indivíduo cidadão ou residente nos Estados Unidos da América; (ii) uma empresa ou qualquer outra entidade geradora de imposto como uma empresa, criada em conformidade com a legislação dos Estados Unidos, de qualquer estado do país ou do Distrito de Colúmbia; ou (iii) sujeito à tributação federal dos Estados Unidos numa base líquida em relação à Ação da Classe B ou ADS. Titulares Residentes em Paraísos Fiscais: Um acionista que reside em jurisdições de paraíso fiscal (i.e. um país ou região que não cobra imposto de renda ou onde a alíquota de imposto de renda máxima é abaixo de 20% ou onde a legislação local impõe restrições na divulgação da composição ou participação acionária do investimento ou o titular beneficiário da renda é decorrente de transações executadas por e atribuíveis a um Titular Não-Residente no Brasil). TJLP: Taxa de Juros a Longo Prazo. Transmissão: a transferência em grosso de energia de instalações de geração à rede de distribuição em um centro de carga por meio da rede de transmissão (em linhas com capacidade entre 69 kV e 525 kV). TUSD: Tarifa estabelecida pela ANEEL para encargos de uso do sistema, i.e. encargos pelo uso do sistema local próprio das distribuidoras. 119 TUST: A tarifa estabelecida pela ANEEL para o uso do sistema de transmissão, que é o Sistema Interligado de Transmissão e suas instalações auxiliares. Unidade Geradora: um gerador elétrico juntamente com a turbina ou outro dispositivo que o impulsiona. Usina Hidrelétrica: uma unidade geradora que usa a força da água para movimentar o gerador elétrico. Usina Termelétrica: unidade geradora que utiliza combustível como carvão, óleo, diesel, gás natural ou outros hidrocarbonetos como fonte de energia para movimentar o gerador elétrico. Valor Anual de Referência: Um mecanismo estabelecido pela legislação brasileira que limita os custos que podem ser repassados aos consumidores finais. O mecanismo corresponde à média ponderada dos preços da energia nos Leilões A-5 e A-3 (excluindo leilões de energia alternativa), calculados para todas as empresas de distribuição. Volt: a unidade básica de força elétrica análoga à pressão da água em libras por polegada quadrada. Watt: a unidade básica de potência elétrica. 120 ASSINATURAS A registrante certifica por meio desta que ela atende a todas as exigências para arquivamento em Formulário 20-F e que autorizou devidamente o signatário abaixo a assinar por ela este relatório anual. COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Por: /s/ Luiz Fernando Leone Vianna Nome: Luiz Fernando Leone Vianna Cargo: Diretor Presidente Por: /s/ Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani Nome: Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani Cargo: Diretor Financeiro e de Relações com Investidores Data: 28 de abril de 2015. 121 KPMG Auditores Independentes Al. Dr. Carlos de Carvalho, 417 - 16º 80410-180 - Curitiba, PR - Brasil Caixa Postal 13533 80420-990 - Curitiba, PR - Brasil Central Tel Fax Internet 55 (41) 3544-4747 55 (41) 3544-4750 www.kpmg.com.br Relatório dos auditores independentes registrados no PCAOB(*) Ao Conselho de Administração e aos Acionistas da Companhia Paranaense de Energia – COPEL Examinamos o balanço patrimonial consolidado da Companhia Paranaense de Energia – COPEL e suas controladas (“Companhia”) em 31 de dezembro de 2014 e 2013, e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, da mutação do patrimônio liquido, e dos fluxos de caixa para cada um dos exercícios no período de três exercícios findos em 31 de dezembro de 2014. Também examinamos os controles internos sobre relatórios financeiros da Companhia em 31 de dezembro de 2014, baseados no critério estabelecido no Internal Control - Integrated Framework (1992) emitido pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO). A Administração da Companhia é responsável por essas demonstrações financeiras consolidadas, por manter controles internos efetivos sobre relatórios financeiros, e pela avaliação da efetividade destes controles internos sobre relatórios financeiros, incluindo o relatório da gerência dos controles internos sobre relatórios. Nossa responsabilidade é de expressar uma opinião sobre estas demonstrações financeiras consolidadas e uma opinião sobre os controles internos sobre relatórios financeiros da Companhia baseados em nossas auditorias. Nossas auditorias foram conduzidas de acordo com as normas do Public Company Accounting Oversight Board - PCAOB (Estados Unidos da América). Essas normas requerem que uma auditoria seja planejada e executada para obter segurança razoável sobre o quanto as demonstrações financeiras estão livres de erro material e o quanto controles internos efetivos sobre relatórios financeiros são mantidos em todos os aspectos relevantes. Nossas auditorias das demonstrações financeiras consolidadas incluíram o exame, com base em testes, de evidências suportes dos saldos e divulgações nas demonstrações financeiras, avaliação dos princípios contábeis utilizados e as estimativas significativas feitas pela Administração, e avaliação da apresentação geral das demonstrações financeiras. Nossa auditoria dos controles internos sobre relatório financeiro incluiu obtenção de entendimento dos controles internos sobre relatório financeiro, avaliação do risco de que fraquezas materiais existam, e teste e avaliação do desenho e da efetividade operacional dos controles internos baseado no risco avaliado. Nossas auditorias também incluíram a execução de outros procedimentos conforme considerado necessário nas circunstâncias. Nós acreditamos que nossas auditorias proporcionam uma base razoável para as nossas opiniões. 1 KPMG Auditores Independentes., uma sociedade simples brasileira, de responsabilidade limitada, e firma-membro da rede KPMG de firmasmembro independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative (“KPMG International”), uma entidade suíça. KPMG Auditores Independentes, a Brazilian limited liability company and a member firm of the KPMG network of independent member firms affiliated with KPMG International Cooperative (“KPMG International”), a Swiss entity. O controle interno sobre relatório financeiro de uma companhia é um processo desenhado para fornecer segurança razoável quanto à confiabilidade do relatório financeiro e a preparação das demonstrações financeiras para fins externos, de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos. Os controles internos sobre relatórios financeiros de uma companhia incluem aquelas políticas e procedimentos que (1) se referem à manutenção de registros que, com detalhe razoável, refletem com exatidão e adequadamente as transações e vendas dos ativos da companhia; (2) forneçam segurança razoável de que as transações são registradas conforme necessário para permitir a preparação das demonstrações financeiras de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos, e que recebimentos e gastos da companhia vêm sendo feitos somente de acordo com autorizações da administração e diretoria da companhia; e (3) forneçam segurança razoável relativa à prevenção ou à detecção em tempo hábil de aquisição, uso ou venda não autorizados de ativos da companhia, que possam ter um efeito material sobre as demonstrações financeiras. Devido às suas limitações inerentes, os controles internos sobre relatório financeiro podem não prevenir ou detectar erros. Além disso, projeções de qualquer avaliação de efetividade para períodos futuros estão sujeitas ao risco de que os controles possam tornar-se inadequados devido a mudanças nas condições, ou devido ao fato de que o grau de conformidade com as políticas ou procedimentos pode se deteriorar. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas acima apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição financeira da Companhia e suas controladas em 31 de dezembro de 2014 e 2013, e o resultado de suas operações e dos fluxos de caixa para cada um dos exercícios no período de três exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, em conformidade com International Financial Reporting Standards (IFRS) como emitido pelo International Accounting Standards Board (IASB). Também em nossa opinião, a Companhia manteve, em todos os aspectos relevantes, controles internos efetivos sobre relatórios financeiros em 31 de dezembro de 2014, com base no critério estabelecido no Internal Control – Integrated Framework (1992) emitido pelo Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO). Curitiba, Brasil 28 de abril de 2015 (Original em inglês emitido por) KPMG Auditores Independentes (*) Conselho de Supervisão de Contabilidade das Companhias abertas nos Estados Unidos da América (PCAOB - Public Company Accounting Oversight Board). 2 Companhia Paranaense de Energia - Copel Demonstrações Financeira Consolidadas de 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012 e Relatório dos Auditores Independentes COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Balanço Patrimonial Consolidado Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma ATIVO NE nº 31.12.2014 31.12.2013 CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa Títulos e valores mobiliários Cauções e depósitos vinculados Clientes Dividendos a receber Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná Ativos financeiros setoriais líquidos Contas a receber vinculadas à concessão Contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão Outros créditos Estoques Imposto de renda e contribuição social Outros tributos a recuperar Despesas antecipadas 4 5 6 7 16.1 8 9 10 11 12 13 14.1 14.3 - 740.131 459.115 13.497 2.178.816 26.332 94.579 609.298 7.430 301.046 415.818 150.622 105.074 96.285 20.133 5.218.176 1.741.632 389.222 1.976 1.337.628 9.500 85.448 4.396 352.161 395.890 139.278 133.158 70.013 19.982 4.680.284 NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Títulos e valores mobiliários Cauções e depósitos vinculados Clientes Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná Depósitos judiciais Ativos financeiros setoriais líquidos Contas a receber vinculadas à concessão Contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão Outros créditos Imposto de renda e contribuição social Imposto de renda e contribuição social diferidos Outros tributos a recuperar Despesas antecipadas Partes relacionadas 5 6 7 8 15 9 10 11 12 14.1 14.2 14.3 16.1 132.210 56.956 75.696 1.249.529 736.253 431.846 4.417.987 160.217 85.324 128.615 526.046 123.481 175 137.137 8.261.472 120.536 45.371 132.686 1.295.106 675.225 3.484.268 365.645 29.435 197.659 753.413 124.498 399 7.224.241 17 18 19 1.660.150 8.304.188 2.174.156 1.187.927 7.983.632 2.035.361 20.399.966 18.431.161 25.618.142 23.111.445 Investimentos Imobilizado Intangível TOTAL DO ATIVO As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstraçõs financeiras. F-1 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Balanço Patrimonial Consolidado Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma PASSIVO NE nº 31.12.2014 31.12.2013 CIRCULANTE Obrigações sociais e trabalhistas Fornecedores Imposto de renda e contribuição social Outras obrigações fiscais Empréstimos e financiamentos Debêntures Dividendos a pagar Benefícios pós-emprego Encargos do consumidor a recolher Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público Outras contas a pagar 20 21 14.1 14.3 22 23 24 25 26 27 28 252.618 1.587.205 309.881 137.329 867.626 431.491 19.691 37.404 23.233 175.972 54.955 157.988 4.055.393 239.685 1.092.239 297.620 300.731 957.106 57.462 18.713 29.983 37.994 127.860 51.481 137.011 3.347.885 NÃO CIRCULANTE Fornecedores Imposto de renda e contribuição social diferidos Outras obrigações fiscais Empréstimos e financiamentos Debêntures Benefícios pós-emprego Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público Outras contas a pagar Provisões para litígios 21 14.2 14.3 22 23 24 26 27 28 29 17.625 15.218 87.129 2.601.324 2.153.957 861.214 159.792 436.772 306 1.546.632 7.879.969 50.121 420.501 68.402 2.366.678 1.150.483 937.249 154.721 420.293 233 1.266.127 6.834.808 6.910.000 976.964 685.147 4.516.825 241.753 13.330.689 6.910.000 983.159 624.849 3.897.833 235.498 12.651.339 352.091 277.413 13.682.780 12.928.752 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Atribuível aos acionistas da empresa controladora Capital social Ajustes de avaliação patrimonial Reserva legal Reserva de retenção de lucros Dividendo adicional proposto 30.1 Atribuível aos acionistas não controladores 30.2 TOTAL DO PASSIVO 25.618.142 As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstraçõs financeiras. F-2 23.111.445 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Demonstração do Resultado Consolidado Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma OPERAÇÕES CONTINUADAS NE nº 31.12.2014 31.12.2013 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 31 13.918.517 9.180.214 8.493.252 Custos Operacionais 32 (11.165.077) (7.037.998) (6.540.636) 2.753.440 2.142.216 1.952.616 LUCRO OPERACIONAL BRUTO Outras Receitas (Despesas) Operacionais Despesas com vendas Despesas gerais e administrativas Outras receitas (despesas), líquidas Resultado da equivalência patrimonial 32 32 32 17.2 LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E DOS TRIBUTOS Resultado Financeiro Receitas financeiras Despesas financeiras (120.987) (552.116) (530.378) 159.955 (1.043.526) 1.709.914 33 33 LUCRO OPERACIONAL 694.523 (546.806) 147.717 1.857.631 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Imposto de renda e contribuição social Imposto de renda e contribuição social diferidos 14.4 14.4 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Atribuído aos acionistas da empresa controladora Atribuído aos acionistas não controladores LUCRO LÍQUIDO BÁSICO E DILUÍDO POR AÇÃO ATRIBUÍDO AOS ACIONISTAS DA EMPRESA CONTROLADORA - em reais Ações ordinárias Ações preferenciais classe "A" Ações preferenciais classe "B" (747.869) 225.853 (522.016) (95.615) (530.104) (403.910) 113.606 (916.023) 1.226.193 652.363 (372.052) 280.311 1.506.504 (554.520) 149.451 (405.069) (65.659) (541.913) (352.551) 6.685 (953.438) 999.178 648.321 (674.971) (26.650) 972.528 (458.257) 212.249 (246.008) 30.2 1.335.615 1.205.950 129.665 1.101.435 1.072.560 28.875 726.520 700.688 25.832 30.1 30.1 30.1 4,20899 4,62953 4,62989 3,74278 4,49001 4,11741 2,44350 4,17424 2,68795 As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstraçõs financeiras. F-3 31.12.2012 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Demonstrações Consolidadas de Resultados Abrangentes Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma NE nº LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Outros resultados abrangentes 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 1.335.615 1.101.435 726.520 Itens que nunca serão reclassificados para o resultado Ganhos (perdas) com passivos atuariais benefícios pós-emprego benefícios pós-emprego - equivalência patrimonial Tributos sobre outros resultados abrangentes 30.1.2 30.1.2 140.383 (582) (48.584) (216.967) 18.881 73.769 (207.947) 63.374 1.070 (190) (2.777) 647 89.967 (6.929) (306) 2.460 (129.092) 2.261 (13.116) 406 3.164 2.476 (149.382) 1.425.582 972.343 577.138 1.297.225 128.357 943.468 28.875 550.680 26.458 Itens que são ou talvez sejam reclassificados para o resultado Ganhos (perdas) com ativos financeiros disponíveis para venda aplicações financeiras contas a receber vinculadas à concessão investimentos Outros ajustes - controlada Tributos sobre outros resultados abrangentes Total de outros resultados abrangentes, líquido de tributos RESULTADO ABRANGENTE DO EXERCÍCIO Atribuível aos acionistas da empresa Controladora Atribuível aos acionistas não controladores 30.1.2 30.1.2 As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstraçõs financeiras. F-4 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Demonstrações Consolidadas das Mutações do Patrimônio Líquido Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Atribuível aos acionistas da empresa controladora Reservas de lucros Atribuível Reserva Dividendo acionistas Reserva de retenção adicional Lucros legal de lucros proposto acumulados Ajustes de avaliação patrimonial NE nº aos Custo Outros Capital atribuído do resultados social imobilizado abrangentes 6.910.000 30.1.2 - - (5.435) - - - - (5.435) 626 (4.809) - - (144.573) - - - - (144.573) - (144.573) Resultado abrangente total do excercício Realização - custo atribuído do imobilizado 30.1.2 - - 700.688 101.644 Destinação proposta à A.G.O.: Reserva legal Juros sobre o capital próprio Dividendos Reserva de retenção de lucros 30.1.3 30.1.3 2.838.551 - 84.875 - - - - - - - - - - - 35.034 - 498.744 64.474 - 6.910.000 - 1.341.098 - (126.704) 571.221 - 3.337.295 - 64.474 - (84.875) 700.688 (35.034) (138.072) (130.482) (498.744) 550.680 (84.875) (138.072) (66.008) - 26.458 (4.786) - 577.138 (84.875) (138.072) (70.794) - 30.1.2 - - (4.775) - - - - (4.775) - (4.775) 30.1.2 - - (124.317) - - - - (124.317) - (124.317) Resultado abrangente total do excercício Realização - custo atribuído do imobilizado 30.1.2 - - 1.072.560 102.143 - - - - - - Destinação proposta à A.G.O.: Reserva legal Juros sobre o capital próprio Dividendos Reserva de retenção de lucros - - - 53.628 - 560.538 235.498 - 6.910.000 - 1.238.955 - (255.796) 624.849 - 3.897.833 - 235.498 - 30.1.3 30.1.3 (102.143) Saldo em 31 de dezembro de 2013 Lucro líquido do exercício Outros resultados abrangentes Perdas com ativos financeiros, líquidas de tributos 30.1.2 - - Ganhos (perdas) atuariais, líquidos de tributos 30.1.2 - - Resultado abrangente total do excercício Realização - custo atribuído do imobilizado Realização - perdas atuariais 30.1.2 30.1.2 - Deliberação do dividendo adicional proposto Destinação proposta à A.G.O.: Reserva legal Juros sobre o capital próprio Dividendos Reserva de retenção de lucros Saldo em 31 de Dezembro de 2014 30.1.3 30.1.3 6.910.000 (101.851) 1.137.104 (129.092) - (700) (64.474) (53.628) (180.000) (380.537) (560.538) 1.205.950 - - - - 91.975 - - - - 91.275 4.381 - - 60.298 (160.140) 685.147 850 (4.381) 622.523 4.516.825 (235.498) 241.753 241.753 As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstraçõs financeiras. F-5 1.205.950 99.394 (60.298) (30.000) (592.523) (622.523) - 943.468 (64.474) (180.000) (145.039) 12.651.339 1.205.950 (700) 91.975 264.506 28.875 12.078.493 726.520 Perdas atuariais, líquidas de tributos - 12.097.384 1.072.560 242.834 25.832 Saldo em 31 de dezembro de 2013 Lucro líquido do exercício Outros resultados abrangentes Perdas com ativos financeiros, líquidas de tributos Deliberação do dividendo adicional proposto 1.072.560 11.835.659 700.688 Total Consolidado 30.1.2 (150.008) - 536.187 - ladores Perdas atuariais, líquidas de tributos (101.644) 23.304 - Total Saldo em 1º de janeiro de 2012 Lucro líquido do exercício Outros resultados abrangentes Perdas com ativos financeiros, líquidas de tributos Deliberação do dividendo adicional proposto 1.442.742 - não contro- 28.875 (15.968) 277.413 129.665 12.361.890 1.101.435 972.343 (64.474) (180.000) (161.007) 12.928.752 1.335.615 (550) (1.250) (758) 91.217 1.297.225 (1.607) (235.498) 128.357 - 1.425.582 (1.607) (235.498) (30.000) (350.770) 13.330.689 (53.679) 352.091 (30.000) (404.449) 13.682.780 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma NE nº FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro líquido do exercício Ajustes para a reconciliação do lucro líquido do exercício com a geração de caixa das atividades operacionais: Depreciação Amortização Variações monetárias e cambiais não realizadas - líquidas Atualização do valor justo de contas a receber vinculadas à concessão Remuneração de contas a receber vinculadas à concessão Resultado de ativos e passivos financeiros setoriais Resultado da equivalência patrimonial Imposto de renda e contribuição social Imposto de renda e contribuição social diferidos Reversão de provisão para perdas com desvalorização de investimentos Provisão para créditos de liquidação duvidosa Provisão para perdas em consórcios Provisão para perdas com créditos tributários Provisão para redução ao valor recuperável de ativos Provisão (reversão) para litígios Provisão para benefícios pós-emprego Provisão para pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética Baixas de contas a receber vinculadas à concessão Resultado das baixas de imobilizado Resultado das baixas de intangíveis Redução (aumento) dos ativos Clientes Dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná Contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão Depósitos judiciais Outros créditos Estoques Imposto de renda e contribuição social Outros tributos a recuperar Partes relacionadas Despesas antecipadas 18.3 19.1 10.1 31 17.2 14.4 14.2.1 17.2 32.5 32.5 32.5 32.5 29.1 24.4 26.2 10.1 18.3 19.1 8.1 11.1 Aumento (redução) dos passivos Obrigações sociais e trabalhistas Fornecedores Imposto de renda e contribuição social pagos Outras obrigações fiscais Encargos de empréstimos e financiamentos pagos Encargos de debêntures pagos Benefícios pós-emprego Encargos do consumidor a recolher Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público Outras contas a pagar Provisões para lítígios 22.9 23.1 24.4 26.2 27.2 29.1 CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (continua) F-6 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 1.335.615 1.101.435 726.520 374.157 255.786 322.768 (58.782) (1.033.866) (159.955) 747.869 (225.853) (6.981) 53.193 13.003 6.394 807.281 323.811 220.500 115.368 23.884 5.670 10.479 366.016 237.186 27.600 (33.974) (113.606) 554.520 (149.451) (7.887) 47.458 274 154.178 195.673 79.961 45.795 9.794 18.004 331.330 218.525 (90.669) 401.104 (396.168) (6.685) 458.257 (212.249) 22.826 (3.135) 199.105 196.087 74.464 24.313 3.871 8.325 (789.176) 43.860 172.078 306.814 (61.028) (90.184) (11.344) 97.512 (17.879) (137.137) 80 20.614 49.009 163.078 440.656 (100.854) (168.211) (14.469) (132.071) (11.902) (6.366) 104.421 27.494 150.864 (143.651) (79.887) (21.007) 22.180 (17.853) (8.855) 12.792 94.244 (736.613) (144.932) (259.388) (197.715) (148.731) (14.761) (85.584) (51.716) 33.182 (53.343) (144.323) (232.915) (430.767) 80.567 (329.105) (90.121) (146.457) (18.504) (76.765) (48.966) 47.209 (44.702) 159.932 187.160 (439.858) 735 (158.309) (2.139) (136.720) (14.013) (76.613) (44.411) 3.208 (49.136) 1.091.372 1.337.611 1.419.363 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (continuação) NE nº FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Aplicações financeiras Aquisições de controladas - efeito líquido do caixa adquirido Aquisições de investimentos Aquisições de imobilizado Aquisições de intangível Participação financeira do consumidor Alienação de intangíveis 17.2 18.3 19.1 19.1 CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO PELAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Ingressos de empréstimos e financiamentos obtidos com terceiros Ingressos de debêntures emitidas Amortizações de principal de empréstimos e financiamentos Amortizações de principal de debêntures Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos 22.9 23.1 22.9 23.1 CAIXA LÍQUIDO GERADO (UTILIZADO) PELAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO TOTAL DOS EFEITOS NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 (103.603) 149.760 (628.621) (894.575) (1.254.570) 168.933 - 279.406 (65.519) (519.315) (420.227) (1.299.073) 160.614 - (151.287) (57.328) (875.509) (851.804) 107.995 191 (2.562.676) (1.864.114) (1.827.742) 221.556 1.383.378 (425.554) (40.608) (668.969) 1.239.126 203.000 (31.508) (10.152) (591.548) 81.723 1.000.000 (37.868) (224.705) 469.803 808.918 819.150 282.415 410.771 1.459.217 1.741.632 1.048.446 1.459.217 282.415 410.771 - 119.590 (1.001.501) 4 4 Saldo inicial de caixa e equivalentes de caixa Saldo final de caixa e equivalentes de caixa VARIAÇÃO NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 1.741.632 740.131 (1.001.501) As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações financeiras. Informações adicionais sobre os fluxos de caixa Transações não envolvendo caixa Aquisições de imobilizado com acréscimo no saldo de fornecedores (NE nº 18.3) F-7 120.134 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 1 Contexto Operacional A Companhia Paranaense de Energia (Copel, Companhia ou Controladora), com sede na Rua Coronel Dulcídio, 800, Batel, Curitiba, Estado do Paraná, é uma sociedade anônima, de capital aberto, cujas ações são negociadas no Nível 1 de Governança Corporativa dos Segmentos Especiais de Listagem da BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, na bolsa de valores dos Estados Unidos da América (NYSE EURONEXT) e no Latibex - o braço latino-americano da Bolsa de Valores de Madrid. É uma sociedade de economia mista, controlada pelo Governo do Estado do Paraná. A Copel e suas controladas têm como principais atividades regulamentadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel (vinculada ao Ministério de Minas e Energia - MME), pesquisar, estudar, planejar, construir e explorar a produção, transformação, transporte, distribuição e comercialização de energia, em qualquer de suas formas, principalmente a elétrica. Adicionalmente, a Copel tem participação em consórcios e em empresas privadas e de economia mista, com o objetivo de desenvolver atividades principalmente nas áreas de energia, telecomunicações, gás natural e saneamento básico. 2 2.1 Base de Preparação Declaração de conformidade As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (International Financial Reporting Standards - IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB e também de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP). A emissão das demonstrações financeiras foi autorizada pelo Conselho de Administração em 18.03.2015. 2.2 Moeda funcional e moeda de apresentação As demonstrações financeiras são apresentadas em real, que é a moeda funcional da Companhia. As informações financeiras foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma. 2.3 Base de mensuração As demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico com exceção dos seguintes itens materiais reconhecidos nos balanços patrimoniais: • os instrumentos financeiros não-derivativos designados pelo valor justo por meio do resultado, são mensurados pelo valor justo; F-8 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma • os ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados pelo valor justo; • os investimentos em controladas, em empreendimentos controlados em conjunto e em coligadas são avaliados pelo método de equivalência patrimonial; e • o valor do passivo assistencial líquido é reconhecido pela dedução do valor justo dos ativos do plano do valor presente da obrigação atuarial calculada por atuário contratado. 2.4 Uso de estimativas e julgamentos Na preparação destas demonstrações financeiras, a Administração utilizou julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis da Copel e de suas controladas e os valores reportados dos ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. As estimativas e premissas são revisadas de forma contínua. As revisões das estimativas são reconhecidas prospectivamente. 2.4.1 Julgamentos As informações sobre julgamentos realizados na aplicação das políticas contábeis que têm efeitos significativos sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas estão incluídas nas seguintes notas explicativas: • NE nº 3.2 – Base de consolidação; • NE nº 3.7 - Contas a receber vinculadas à concessão; • NE nº 3.8 - Contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão; • NE nº 3.12 - Intangível; • NE nº 3.29 - Arrendamentos; e • NEs nº 3.13 e 18.11 - Redução ao valor recuperável de ativos - impairment. s 2.4.2 Incertezas sobre premissas e estimativas As informações sobre as incertezas relacionadas a premissas e estimativas que possuem um risco significativo de resultar em um ajuste material no próximo exercício financeiro, estão incluídas nas seguintes notas explicativas: • NEs nº 3.3 e 35 - Instrumentos financeiros; • NE nº 3.5 - Clientes (PCLD e CCEE); • NEs nº 3.6 e 9 - Ativos e passivos financeiros setoriais; • NEs nº 3.10 e 14.2 - Imposto de renda e contribuição social diferidos; • NEs nº 3.11 e 18 - Imobilizado; • NEs nº 3.12 e 19 - Intangível; • NEs nº 3.13 e 18.11 - Redução ao valor recuperável de ativos; s s s s s s F-9 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma • NEs nº 3.15 e 24 - Benefícios pós-emprego; e • NEs nº 3.19 e 29 - Provisões para litígios e passivo contingente. s s 3 Principais Políticas Contábeis 3.1 Mudanças nas políticas contábeis Durante o exercício de 2014, o IASB emitiu revisões de pronunciamentos as quais não produziram efeitos nas principais políticas contábeis e nas demonstrações financeiras da Companhia. 3.2 Base de consolidação As distribuições de resultados reduzem o valor contábil dos investimentos. Quando necessário, para cálculo das equivalências patrimoniais, as demonstrações financeiras das investidas são ajustadas para adequar suas políticas contábeis às da Controladora. As operações em conjunto (consórcios) são contabilizadas na proporção de quota-parte de ativos, passivos e resultado, na empresa que possui a participação. 3.2.1 Controladas As demonstrações financeiras das controladas são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas a partir da data em que o controle se inicia até a data em que deixa de existir. Os saldos de ativos, passivos e resultados das controladas são consolidados linha a linha. Os saldos das contas patrimoniais e de resultado referentes às transações entre as empresas consolidadas são eliminados. A participação de acionistas não controladores é apresentada no patrimônio líquido, separadamente do patrimônio líquido atribuível aos acionistas da Controladora. Os lucros, os prejuízos e os outros resultados abrangentes também são atribuídos separadamente dos atribuídos aos acionistas da Controladora, ainda que isto resulte em que as participações de acionistas não controladores tenham saldo deficitário. 3.2.2 Empreendimentos controlados em conjunto e coligadas Os empreendimentos controlados em conjuntos são as entidades em que a investidora, vinculada a um acordo, não exerce individualmente o poder de decisões financeiras e operacionais, independentemente do percentual de participação no capital votante. As coligadas são as entidades sobre as quais a investidora tem influência significativa, mas não o controle. F-10 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Quando a participação nos prejuízos de um empreendimento controlado em conjunto ou de uma coligada se igualar ou exceder o saldo contábil de sua participação na investida, a investidora deve descontinuar o reconhecimento de sua participação em perdas futuras. Perdas adicionais serão consideradas, e um passivo reconhecido, somente se a investidora incorrer em obrigações legais ou construtivas (não formalizadas) ou efetuar pagamentos em nome da investida. Se a investida subsequentemente apurar lucros, a investidora deve retomar o reconhecimento de sua participação nesses lucros somente após o ponto em que a parte que lhe cabe nesses lucros posteriores se igualar à sua participação nas perdas não reconhecidas. 3.2.3 Combinação de negócios A análise da aquisição é feita caso a caso para determinar se a transação representa uma combinação de negócios ou uma compra de ativos. Transações entre empresas sob controle comum não configuram uma combinação de negócios. Os ativos e passivos adquiridos em uma combinação de negócios são contabilizados utilizando o método de aquisição e são reconhecidos pelos seus respectivos valores justo na data de aquisição. O excesso do custo de aquisição sobre o valor justo dos ativos líquidos adquiridos (ativos identificáveis adquiridos, líquidos dos passivos assumidos) é reconhecido como ágio (goodwill), no ativo intangível. Quando o valor gera um montante negativo, o ganho com compra vantajosa é reconhecido diretamente no resultado do exercício. Nas aquisições de participação em coligadas e em empreendimentos controlados em conjunto, apesar de não configurarem uma combinação de negócios, os ativos líquidos adquiridos também são reconhecidos pelo valor justo. O ágio é apresentado no investimento. 3.3 Instrumentos financeiros A Companhia mantem fundos de investimentos que operam com instrumentos financeiros derivativos, com objetivo exclusivo de proteger a carteira desses fundos. Os instrumentos financeiros não derivativos são reconhecidos imediatamente na data de negociação, ou seja, na concretização do surgimento da obrigação ou do direito. São inicialmente registrados pelo valor justo acrescido ou deduzido de quaisquer custos de transação diretamente atribuíveis. Os valores justos são apurados com base em cotação no mercado para instrumentos financeiros com mercado ativo e aos sem cotação disponível no mercado, os valores justos são apurados pelo método do valor presente de fluxos de caixa esperados. Posteriormente ao reconhecimento inicial, os instrumentos financeiros não derivativos são mensurados conforme descrito a seguir: F-11 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Ativos financeiros 3.3.1 Instrumentos financeiros ao valor justo por meio do resultado Um instrumento financeiro é assim classificado se for designado como mantido para negociação no seu reconhecimento inicial e se a Companhia gerencia esses investimentos e toma as decisões de compra e venda com base em seu valor justo, de acordo com a estratégia de investimento e gerenciamento de risco. Após o reconhecimento inicial, os custos de transação e os juros atribuíveis, quando incorridos, são reconhecidos no resultado. 3.3.2 Empréstimos e recebíveis Ativos não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis que não estão cotados em um mercado ativo, reconhecidos pelo método do custo amortizado com base na taxa de juros efetiva. 3.3.3 Instrumentos financeiros disponíveis para venda São instrumentos financeiros cujo reconhecimento inicial é efetuado com base no valor justo e sua variação, proveniente da diferença entre a taxa de juros de mercado e a taxa de juros efetiva, é registrada diretamente no patrimônio líquido, líquido dos efeitos tributários. A parcela dos juros definidos no início do contrato, calculada com base no método de juros efetivos, assim como quaisquer mudanças na expectativa de fluxo de caixa, é registrada no resultado do exercício. No momento da liquidação, as perdas ou os ganhos acumulados no patrimônio líquido são reclassificados no resultado do exercício. 3.3.4 Instrumentos financeiros mantidos até o vencimento Os instrumentos financeiros são classificados nesta categoria se a Companhia tem intenção e capacidade de mantê-los até o seu vencimento. São mensurados pelo custo amortizado utilizando o método da taxa de juros efetiva, deduzido de eventuais reduções em seu valor recuperável. F-12 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Passivos financeiros e instrumentos de patrimônio 3.3.5 Passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado São os passivos financeiros designados dessa forma no reconhecimento inicial e os classificados como mantidos para negociação. São demonstrados ao valor justo e os respectivos ganhos ou perdas são reconhecidos no resultado. Os ganhos ou as perdas líquidos reconhecidos no resultado incorporam os juros pagos pelo passivo financeiro. 3.3.6 Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros (incluindo empréstimos) são mensurados pelo valor de custo amortizado utilizando o método de juros efetivos. Esse método também é utilizado para alocar a despesa de juros desses passivos pelo respectivo período. A taxa de juros efetiva é a taxa que desconta exatamente os fluxos de caixa futuros estimados (inclusive honorários pagos ou recebidos que constituem parte integrante da taxa de juros efetiva, custos da transação e outros prêmios ou descontos), ao longo da vida estimada do passivo financeiro ou, quando apropriado, por um período menor, para o reconhecimento inicial do valor contábil líquido. 3.3.7 Baixas de passivos financeiros Os passivos financeiros somente são baixados quando as obrigações são extintas, canceladas ou liquidadas. A diferença entre o valor contábil do passivo financeiro baixado e a contrapartida paga e a pagar é reconhecida no resultado. 3.4 Caixa e equivalentes de caixa Compreendem numerários em espécie, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras de curto prazo com alta liquidez, que possam ser resgatadas no prazo de 90 dias da data de contratação em caixa. Essas aplicações financeiras estão demonstradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data de encerramento do exercício e com risco insignificante de mudança de valor. 3.5 Clientes São considerados ativos financeiros classificados como empréstimos e recebíveis. Os saldos de parcelamento de débitos de clientes são trazidos a valor presente, considerando o montante a ser descontado, as datas de realização, as datas de liquidação e a taxa de desconto. O saldo de clientes é apresentado líquido da provisão para créditos de liquidação duvidosa PCLD, reconhecida em valor considerado suficiente pela Administração para cobrir as perdas na realização de contas a receber de consumidores e de títulos a receber, cuja recuperação é considerada improvável. F-13 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma A PCLD dos consumidores é constituída considerando os parâmetros recomendados pela Aneel, com base nos valores a receber da classe residencial vencidos há mais de 90 dias, da classe comercial vencidos há mais de 180 dias e das classes industrial, rural, poderes públicos, iluminação pública e serviços públicos vencidos há mais de 360 dias, além da experiência em relação ao histórico das perdas efetivas. 3.6 Ativos e passivos financeiros setoriais líquidos As normas contábeis vigentes no Brasil até 2009 permitiam o reconhecimento das variações entre os valores previstos nas tarifas e os valores efetivamente desembolsados pelas concessionárias de distribuição de energia elétrica - denominados ativos e passivos regulatórios, sendo as variações positivas ou negativas consideradas nas tarifas no próximo reajuste anual. A partir da adoção das IFRS em 2010, estes ativos e passivos deixaram de ser registrados nas demonstrações financeiras societárias das concessionárias de distribuição, sendo assim totalmente apropriados no resultado. Com o advento do termo aditivo ao contrato de concessão das concessionárias de distribuição, aprovado pelo Despacho Aneel nº 4.621 de 25.11.2014, o qual prevê que, no caso de extinção da concessão por qualquer motivo, os valores residuais de itens da Parcela A e outros componentes financeiros não recuperados ou devolvidos via tarifa sejam incorporados no cálculo da indenização ou descontados dos valores da indenização de ativos não amortizados, fica resguardado o direito ou a obrigação do concessionário junto ao Poder Concedente quanto a esses ativos e passivos. Desta forma, os ativos e passivos financeiros setoriais passam a atender os critérios estabelecidos pela estrutura conceitual para demonstrações financeiras, emitidas pelo IASB, tornando obrigatório o reconhecimento de determinados ativos ou passivos financeiros setoriais nas distribuidoras de energia elétrica a partir do exercício de 2014. Assim, a Copel Distribuição reconheceu os correspondentes ativos e passivos financeiros setoriais em suas demonstrações financeiras societárias em dezembro de 2014. Os efeitos do aditamento dos contratos de concessão e permissão não caracterizam mudança de política contábil, mas sim de uma nova situação, consequentemente, a sua aplicação foi prospectiva ao evento e o reconhecimento inicial adotado baseou-se na composição dos valores dos ativos e passivos financeiros setoriais levantados até a data da assinatura dos aditivos dos contratos de concessão, ocorrida em 10.12.2014. Portanto, o seu reconhecimento inicial foi registrado como um componente da receita líquida. F-14 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.7 3.7.1 Contas a receber vinculadas à concessão Ativo financeiro - distribuição Refere-se à indenização prevista no contrato de concessão de serviços públicos de distribuição de energia elétrica e que, no entendimento da Administração, assegura o direito incondicional de receber caixa ao final da concessão, a ser pago pelo Poder Concedente. Essa indenização tem como objetivo reembolsar a Companhia pelos investimentos efetuados em infraestrutura e que não foram recuperados, por meio da tarifa, até o vencimento da concessão, por possuírem vida útil superior ao prazo da concessão. Esses ativos financeiros, por não possuírem fluxos de caixa fixos determináveis, uma vez que a premissa da indenização terá como base o custo de reposição dos ativos da concessão, e por não possuírem as características necessárias para serem classificados nas demais categorias de ativos financeiros, são classificados como “disponíveis para venda”. Os fluxos de caixa atrelados a esses ativos são determinados considerando o valor da base tarifária denominada Base de Remuneração Regulatória - BRR, definida pelo Poder Concedente, cuja metodologia utilizada é o custo de reposição dos bens integrantes da infraestrutura de distribuição vinculada à concessão. Essa base tarifária (BRR) é revisada a cada quatro anos considerando diversos fatores e tem como objetivo refletir a variação de preços dos ativos físicos, incluindo as baixas, depreciações e adições dos bens integrantes desta infraestrutura (ativo físico). A remuneração deste ativo financeiro é baseada no Custo Médio Ponderado de Capital WACC regulatório homologado pela Aneel no processo de revisão tarifária periódica a cada quatro anos e seu montante está incluído na composição da receita de tarifa faturada aos consumidores e recebida mensalmente. 3.7.2 Ativo financeiro - transmissão Refere-se a créditos a receber relacionados aos contratos de concessão da atividade de transmissão e estão representados pelos seguintes valores: (i) receita de construção da infraestrutura de transmissão para sua disponibilização aos usuários e (ii) remuneração financeira garantida pelo Poder Concedente durante o prazo da concessão sobre tais receitas. A receita dos contratos de concessão de transmissão é realizada pela disponibilização da infraestrutura aos usuários do sistema, não tem risco de demanda e é, portanto, considerada receita garantida, denominada Receita Anual Permitida - RAP, a ser recebida durante o prazo da concessão. Os valores são faturados mensalmente aos usuários da infraestrutura, conforme relatório emitido pelo Operador Nacional do Sistema - ONS. No vencimento da concessão, se houver saldo remanescente ainda não recebido relacionado à construção da infraestrutura, esse será recebido diretamente do Poder Concedente por ser um direito incondicional de receber caixa, conforme previsto no contrato de concessão, a título de indenização pelos investimentos efetuados e não recuperados por meio da RAP. F-15 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Esses ativos financeiros não possuem um mercado ativo, apresentam fluxos de caixa fixos e determináveis, e, portanto, são classificados como “empréstimos e recebíveis”, sendo inicialmente estimados com base nos respectivos valores justos e posteriormente mensurados pelo custo amortizado calculado pelo método da taxa de juros efetiva. Especificamente ao Contrato de Concessão 060/2001, adições subsequentes à renovação que representem ampliação, melhoria ou reforço da infraestrutura são reconhecidas como ativo financeiro, em virtude de representar futura geração de caixa operacional adicional, conforme regulamentação específica do poder concedente. 3.8 Contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão Referem-se a valores a receber previstos na Medida Provisória 579/12 - MP 579, convertida na Lei nº 12.783/13, em virtude da opção da Companhia pela prorrogação do contrato de concessão de transmissão nº 060/2001. Para os ativos que entraram em operação após maio de 2000, conforme Nota Técnica 396/12 SRE/ANEEL, o recebimento da indenização foi parcelado em 31 prestações mensais com vencimento a partir de janeiro de 2013, calculadas pelo Sistema de Amortização Constante SAC, atualizadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA e remunerada pelo WACC de 5,59% real ao ano. Para os ativos não depreciados, existentes em 31.05.2000, o artigo 1º da resolução normativa Aneel nº 589 de 13.12.2013 define metodologia a ser aplicada na mensuração do valor da indenização. Esta resolução limitou-se apenas a reconhecer o direito das concessionárias à indenização definindo a forma da sua valoração. A Administração realizou avaliação dos ativos passíveis de indenização, aplicando a metodologia proposta e concluiu que a expectativa de indenização suporta os montantes registrados em 31.12.2014. A Administração contratou empresa especializada para a elaboração do laudo conforme previsto em resolução, o qual está em elaboração, que deverá ser protocolado na Aneel até 31.03.2015. 3.9 Estoque Os materiais no almoxarifado classificados no ativo circulante e aqueles destinados a investimentos, classificados no ativo imobilizado, estão registrados pelo custo médio de aquisição. Os valores contabilizados não excedem seus valores de realização. 3.10 Tributos As receitas de vendas e de serviços estão sujeitas à tributação pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS e Imposto sobre Serviços - ISS às alíquotas vigentes, assim como à tributação pelo Programa de Integração Social - PIS e pela Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - Cofins. F-16 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma As receitas de ativos financeiros setoriais reconhecidas na demonstração do resultado, consistente com o procedimento adotado em exercícios anteriores, estão sendo tributadas no momento de seu faturamento ao consumidor final. Os créditos decorrentes da não cumulatividade do PIS e da Cofins são apresentados deduzindo os custos operacionais na demonstração do resultado. Os créditos decorrentes da não cumulatividade do ICMS, PIS e da Cofins relacionados às aquisições de bens são apresentados deduzindo o custo de aquisição dos respectivos ativos. As antecipações ou valores passíveis de compensação são demonstrados no ativo circulante ou não circulante, de acordo com a previsão de sua realização. A tributação sobre o lucro compreende o imposto de renda e a contribuição social calculados com base nos resultados tributáveis (lucro ajustado) de cada entidade tributável e às alíquotas aplicáveis segundo a legislação vigente, sendo 15%, acrescido de 10% sobre o que exceder a R$ 240 anuais, para o imposto de renda, e 9% para a contribuição social. Para fins de apuração dos resultados tributáveis foi adotado o Regime Tributário de Transição RTT, conforme previsto na Lei 11.941/09, ou seja, considerou-se os critérios contábeis da Lei 6.404/76, antes das alterações da Lei 11.638/07. A Companhia e suas subsidiarias integrais não optaram em 2014 pela adoção inicial da Lei 12.973 de 13.05.2014. O prejuízo fiscal e a base negativa de contribuição social são compensáveis com lucros tributáveis futuros, observado o limite de 30% do lucro tributável no período, não estando sujeitos a prazo prescricional. O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos sobre as diferenças entre os ativos e passivos reconhecidos para fins fiscais e os correspondentes valores reconhecidos nas demonstrações financeiras. O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente na extensão em que seja provável que existirá base tributável positiva, para a qual as diferenças temporárias possam ser utilizadas e os prejuízos fiscais possam ser compensados. Os ativos e passivos fiscais diferidos são divulgados por seu valor líquido caso haja um direito legal de compensar passivos e ativos fiscais correntes, e eles se relacionam a tributos lançados pela mesma autoridade tributária sobre a mesma entidade sujeita à tributação. 3.11 Imobilizado Os bens do ativo imobilizado vinculados aos contratos de concessão de serviço público estão depreciados pelo método linear com base nas taxas anuais estabelecidas e revisadas periodicamente pela Aneel, as quais são praticadas e aceitas pelo mercado como representativas da vida útil econômica dos bens vinculados à infraestrutura da concessão. No F-17 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma entanto, os bens vinculados aos contratos de uso de bem público sob o regime de produtor independente de energia elétrica estão sendo depreciados com base nas taxas anuais estabelecidas pela Aneel limitados ao prazo da concessão. Os demais bens do ativo imobilizado são depreciados pelo método linear com base na estimativa de vida útil. A vida útil estimada, os valores residuais e a depreciação são revisados no final da data do balanço patrimonial e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente. Os custos diretamente atribuídos às obras, bem como os juros e encargos financeiros referentes a empréstimos tomados com terceiros, durante o período de construção, são registrados no ativo imobilizado em curso. 3.12 Intangível 3.12.1 Contrato de concessão - distribuição de energia elétrica Compreende o direito ao acesso e de exploração da infraestrutura, construída ou adquirida pelo operador ou fornecida para ser utilizada pelo operador como parte do contrato de concessão do serviço público de energia elétrica (direito de cobrar dos usuários do serviço público por ela prestado), em consonância com o IAS 38 – Ativos Intangíveis – contratos de concessão. O ativo intangível é determinado como sendo a parcela remanescente após a determinação do ativo financeiro (valor residual), em virtude de sua recuperação estar condicionada à utilização do serviço público, neste caso, do consumo de energia pelos consumidores, portanto, com risco de demanda. É reconhecido pelo valor justo de aquisição e de construção, deduzido da amortização acumulada e das perdas por redução ao valor recuperável, quando aplicável. A amortização do intangível reflete o padrão em que se espera que os benefícios econômicos futuros do ativo sejam consumidos pela Copel Distribuição, com expectativa de amortização durante o prazo da concessão. 3.12.2 Contrato de concessão - distribuição de gás Ativo intangível relativo à construção de infraestrutura e à aquisição de bens necessários para a prestação dos serviços de distribuição de gás que corresponde ao direito de cobrar dos usuários pelo fornecimento de gás. Para fins de divulgação, os valores relativos à construção de infraestrutura e aquisição de bens são considerados como prestação de serviços do Poder Concedente, o Estado do Paraná. F-18 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Este ativo intangível é avaliado inicialmente pelo custo de aquisição, formação ou construção, inclusive juros e demais encargos financeiros capitalizados. A controlada Compagás utiliza o método de amortização linear definida com base na avaliação da vida útil estimada de cada ativo ou considerando o período remanescente da concessão, dos dois o menor. Também integram este ativo intangível os valores de ativos representados por softwares, adquiridos de terceiros e os gerados internamente, que são mensurados pelo custo total de aquisição menos as despesas de amortização pelo prazo de cinco anos. 3.12.3 Ativos intangíveis adquiridos separadamente Ativos intangíveis com vida útil definida, adquiridos separadamente, são registrados ao custo, deduzido da amortização e das perdas por redução ao valor recuperável acumuladas. A amortização é reconhecida linearmente com base na vida útil estimada dos ativos. A vida útil estimada e o método de amortização são revisados no fim de cada exercício e o efeito de quaisquer mudanças nas estimativas é contabilizado prospectivamente. 3.12.4 Baixa de ativos intangíveis Um ativo intangível é baixado na alienação ou quando não há benefícios econômicos futuros resultantes do uso ou da alienação. Os ganhos ou as perdas resultantes da baixa de um ativo intangível, mensurados como a diferença entre as receitas líquidas da alienação e o valor contábil do ativo, são reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado. 3.13 Redução ao valor recuperável de ativos Os ativos são avaliados anualmente para identificar evidências de perdas não recuperáveis ou, ainda, sempre que eventos ou alterações significativas nas circunstâncias indiquem que o valor contábil pode não ser recuperável. Quando houver perda, decorrente das situações em que o valor contábil do ativo ultrapasse seu valor recuperável, definido pelo maior valor entre o valor em uso do ativo e o valor de preço líquido de venda do ativo, esta é reconhecida no resultado do exercício. 3.14 Dividendos Conforme as disposições legais e estatutárias vigentes, a base de cálculo dos dividendos mínimos obrigatórios é obtida a partir do lucro líquido, diminuído da quota destinada à reserva legal. Contudo, a Administração deliberou acrescentar na citada base de cálculo a realização dos ajustes de avaliação patrimonial, de forma a anular o efeito causado ao resultado pelo aumento da despesa com depreciação, decorrente da adoção das normas contábeis estabelecidas pelo IAS 16 - Ativo Imobilizado. Este procedimento reflete a política de remuneração aos acionistas da Companhia, a qual será praticada durante a realização de toda a reserva de ajustes de avaliação patrimonial. F-19 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma A distribuição dos dividendos mínimos obrigatórios é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras da Companhia ao final do exercício. O dividendo adicional proposto corresponde à parcela do valor proposto pela Administração à Assembleia Geral Ordinária - AGO, excedente aos dividendos mínimos obrigatórios previstos no estatuto social, é mantido em reserva específica no patrimônio líquido até a deliberação definitiva por parte da AGO, quando então é reconhecido como dívida no passivo circulante. O benefício fiscal dos juros sobre capital próprio é reconhecido na demonstração de resultado no momento do seu registro em contas a pagar. 3.15 Benefícios pós-emprego A Companhia patrocina planos de benefícios a empregados. Os valores destes compromissos atuariais (contribuições, custos, passivos e/ou ativos) são calculados anualmente por atuário independente, com data base que coincide com o encerramento do exercício. A adoção do método da unidade de crédito projetada agrega cada ano de serviço como fato gerador de uma unidade adicional de benefício, somando-se até o cálculo da obrigação final. Os ativos do plano de benefícios são avaliados pelos valores de mercado (marcação a mercado). São utilizadas outras premissas atuariais que levam em conta tabelas biométricas e econômicas, além de dados históricos dos planos de benefícios, obtidos da Fundação Copel de Previdência e Assistência, entidade que administra estes planos. Ganhos ou perdas atuariais, motivados por alterações de premissas e/ou ajustes atuariais, são reconhecidos em outros resultados abrangentes. 3.16 Programa de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D e Programa de Eficiência Energética - PEE As concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição, geração e transmissão de energia elétrica estão obrigadas a destinar anualmente o percentual de 1% de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico e em programas de eficiência energética, conforme Lei nº 9.991/00 e Resoluções Normativas Aneel nº 504/12 e 556/13. F-20 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.17 Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público Correspondem aos valores estabelecidos no contrato de concessão relacionado ao direito de exploração do potencial de energia hidráulica (concessão onerosa), cujo contrato é assinado na modalidade de Uso do Bem Público - UBP. O registro contábil é feito na data da assinatura do contrato de concessão, independentemente do cronograma de desembolsos estabelecido no contrato. O registro inicial desse passivo (obrigação) e do ativo intangível (direito de concessão) correspondem aos valores de obrigações futuras trazidas a valor presente (valor presente do fluxo de caixa dos pagamentos futuros). Posteriormente, é atualizado pelo método da taxa de juros efetiva e reduzido pelos pagamentos contratados. 3.18 Provisão de custos socioambientais ou obrigações socioambientais É registrada à medida que a Companhia assume obrigações formais com reguladores ou tenha conhecimento de potencial risco relacionado às questões socioambientais, cujos desembolsos de caixa sejam considerados prováveis e seus valores possam ser estimados. Durante a fase de implantação do empreendimento, os valores provisionados são registrados em contrapartida ao ativo imobilizado ou intangível em curso. Após a entrada em operação comercial do empreendimento, todos os custos ou despesas incorridos com programas socioambientais relacionados com as licenças de operação e manutenção do empreendimento são registrados diretamente no resultado do exercício. 3.19 Provisões As provisões são reconhecidas para obrigações presentes (legal ou constituída) resultantes de eventos passados, em que seja possível estimar os valores de forma confiável e cuja liquidação seja mais provável que sim do que não ocorrer. As estimativas de desfechos e de efeitos financeiros são determinadas pelo julgamento da Administração da Companhia, complementados pela experiência de transações semelhantes e, em alguns casos, por relatórios de peritos independentes. Quando alguns ou todos os benefícios econômicos requeridos para a liquidação de uma provisão são esperados que sejam recuperados de um terceiro, um ativo é reconhecido se, e somente se, o reembolso for virtualmente certo e o valor puder ser mensurado de forma confiável. 3.20 Capital social O capital social está representado por ações ordinárias e preferenciais. Nas Assembleias Gerais, cada ação ordinária tem direito a um voto. As ações preferenciais não têm direito a voto e são de classes “A” e “B”. F-21 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma As ações preferenciais classe “A” têm prioridade no reembolso do capital e na distribuição de dividendos mínimos de 10% a.a., não cumulativos, calculados com base no capital próprio a esta espécie e classe de ações. As ações preferenciais classe “B” têm prioridade no reembolso do capital e direito ao recebimento de dividendos, correspondentes à parcela do valor equivalente a 25% do lucro líquido ajustado, de acordo com a legislação societária e o estatuto da Companhia, calculados com base no capital próprio a esta espécie e classe de ações. Os dividendos assegurados à classe “B” são prioritários apenas em relação às ações ordinárias e somente são pagos à conta dos lucros remanescentes, depois de pagos os dividendos prioritários das ações preferenciais classe “A”. De acordo com o artigo 17 e seus parágrafos, da Lei Federal nº 6.404/76, os dividendos atribuídos às ações preferenciais são, no mínimo, 10% maiores do que os atribuídos às ações ordinárias. 3.21 Ajustes de avaliação patrimonial Na adoção inicial das IFRS, foram reconhecidos os valores justos do ativo imobilizado - custo atribuído. A contrapartida desse ajuste, líquido do imposto de renda e contribuição social diferidos, foi reconhecida na conta ajustes de avaliação patrimonial, no patrimônio líquido, inclusive por equivalência patrimonial. A realização de tais ajustes é contabilizada na conta de lucros acumulados, na medida em que ocorra a depreciação ou eventual baixa dos itens avaliados. Nessa conta também são registrados os ajustes decorrentes das variações de valor justo envolvendo os ativos financeiros disponíveis para venda, bem como os ajustes dos passivos atuariais. 3.22 Reserva legal e reserva de retenção de lucros A reserva legal é constituída com base em 5% do lucro líquido do exercício, antes de qualquer destinação, limitada a 20% do capital social. A reserva de retenção de lucros visa à cobertura do programa de investimento da Companhia, conforme o artigo 196 da Lei nº 6.404/1976. Sua constituição ocorre mediante retenção do remanescente do lucro líquido do exercício, após a reserva legal, os juros sobre o capital próprio e os dividendos. 3.23 Lucro por ação O lucro ou prejuízo líquido por ação é calculado com base na média ponderada do número de ações em circulação durante o período de divulgação. Para todos os períodos apresentados, a Companhia não tem nenhum instrumento potencial equivalente a ações ordinárias que pudesse ter efeito dilutivo, desta forma, o lucro básico por ações é equivalente ao lucro por ação diluído. F-22 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Uma vez que os acionistas preferenciais e ordinários possuem direitos a dividendos, a voto e a liquidação diferentes, os lucros básicos e diluídos por ação foram calculados pelo método de "duas classes". O método de "duas classes" é uma fórmula de alocação do lucro que determina o lucro por ação preferencial e ordinária de acordo com os dividendos declarados, conforme o estatuto social da Companhia e os direitos de participação sobre lucros não-distribuídos calculados de acordo com o direito a dividendos de cada classe de ações. 3.24 Apuração do resultado As receitas, custos e despesas são reconhecidas pelo regime de competência, ou seja, quando os produtos são entregues e os serviços efetivamente prestados, independentemente de recebimento ou pagamento. 3.25 Reconhecimento da receita As receitas operacionais são reconhecidas quando: (i) o valor da receita é mensurável de forma confiável; (ii) os custos incorridos ou que serão incorridos em respeito à transação podem ser mensurados de maneira confiável; (iii) é provável que os benefícios econômicos sejam recebidos pela Companhia; e (iv) os riscos e benefícios tenham sido integralmente transferidos ao comprador. A receita é mensurada pelo valor justo da contrapartida recebida ou a receber, deduzida de descontos e/ou bonificações concedidos e encargos sobre vendas. 3.25.1 Receita não faturada Corresponde ao reconhecimento da receita de fornecimento e suprimento de energia elétrica e de encargos de uso da rede elétrica, não faturada ao consumidor, calculada em base estimada referente ao período da última medição efetuada até o último dia do mês. 3.25.2 Receita de dividendos e juros A receita de dividendos de investimentos/instrumentos financeiros é reconhecida quando o direito do acionista de receber tais dividendos é estabelecido. A receita de juros é reconhecida quando for provável que os benefícios econômicos futuros deverão fluir para a Companhia e o valor da receita possa ser mensurado com confiabilidade. A receita de juros é reconhecida pelo método linear com base no tempo e na taxa de juros efetiva sobre o montante do principal em aberto, sendo a taxa de juros efetiva aquela que desconta exatamente os recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida estimada do ativo financeiro em relação ao valor contábil líquido inicial desse ativo. F-23 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.26 Receita de construção e custo de construção As controladas da Companhia contabilizam as receitas de construção relativas a serviços de construção da infraestrutura utilizada na prestação de serviços de distribuição e transmissão de energia elétrica conforme estágio de execução. Os respectivos custos são reconhecidos, quando incorridos, na demonstração do resultado do exercício como custo de construção. Considerando que a Copel Distribuição terceiriza a construção de infraestrutura de distribuição com partes não relacionadas e o grande volume de obras é realizado em curto prazo de tempo, e por não ser uma atividade fim, a margem de construção para a atividade de distribuição resulta em valores não significativos. A margem de construção adotada para a atividade transmissão referente ao exercício de 2014 e de 2013 é de 1,65%, e deriva de metodologia de cálculo que considera o risco do negócio. Na construção da infraestrutura de distribuição de gás, semelhante a Copel Distribuição, a receita é reconhecida por um montante igual ao seu custo, uma vez que a construção da infraestrutura é realizada por partes não relacionadas, durante curto prazo de tempo. 3.27 Operações de compra e venda de energia elétrica na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE Os registros das operações de compra e venda de energia na CCEE são reconhecidos pelo regime de competência de acordo com informações divulgadas por aquela entidade ou por estimativa preparada pela Administração das empresas quando essas informações não estão disponíveis tempestivamente. 3.28 Segmentos operacionais Segmentos operacionais são definidos como atividades de negócios das quais pode se obter receitas e incorrer em despesas, cujos resultados operacionais são regularmente revistos pelo principal gestor das operações da Companhia para a tomada de decisões sobre recursos a serem alocados ao segmento e para a avaliação do seu desempenho e para o qual haja informação financeira individualizada disponível. 3.29 Arrendamentos Os arrendamentos são classificados como financeiros sempre que os termos do contrato de arrendamento transferirem substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade do bem para o arrendatário. Os outros arrendamentos que não se enquadram nas características acima são classificados como operacionais. F-24 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 3.30 Novas normas, alterações e interpretações que ainda não estão em vigor Uma série de novas normas, alterações e interpretações serão efetivas para exercícios iniciados após 1º.01.2015 e não foram adotadas na preparação destas demonstrações financeiras. Aquelas que podem ser relevantes para a Companhia e suas controladas estão mencionadas a seguir. A Companhia não planeja adotar estas normas de forma antecipada. IFRS 9 - Instrumentos financeiros Inclui orientação revista sobre a classificação e mensuração de instrumentos financeiros, incluindo um novo modelo de perda esperada de crédito para o cálculo da redução ao valor recuperável de ativos financeiros e novos requisitos sobre a contabilização de hedge. A norma mantém as orientações existentes sobre o reconhecimento e desreconhecimento de instrumentos financeiros da IAS 39. A IFRS 9 é efetiva para exercícios iniciados em ou após 1º.01.2018, com adoção antecipada permitida. IFRS 15 - Receita de contratos com clientes Exige uma entidade a reconhecer o montante da receita refletindo a contraprestação que elas esperam receber em troca do controle desses bens ou serviços. A nova norma vai substituir a maior parte da orientação detalhada sobre o reconhecimento da receita que existe atualmente , quando for adotada e é aplicável a partir de ou após 1º.01.2017, com adoção antecipada permitida pela IFRS. A norma poderá ser adotada de forma retrospectiva, utilizando uma abordagem de efeitos cumulativos. A Companhia e suas controladas estão avaliando os efeitos que a IFRS 15 vai ter nas demonstrações financeiras e nas suas divulgações e ainda não escolheram o método de transição para a norma nem determinaram os efeitos nos relatórios financeiros atuais. 4 Caixa e Equivalentes de Caixa 31.12.2014 152.373 587.758 740.131 Caixa e bancos conta movimento Aplicações financeiras de liquidez imediata 31.12.2013 130.311 1.611.321 1.741.632 As aplicações financeiras referem-se a Certificados de Depósitos Bancários - CDBs e a operações compromissadas, que se caracterizam pela venda de título com o compromisso, por parte do vendedor (Banco), de recomprá-lo, e do comprador, de revendê-lo no futuro. As aplicações são remuneradas, em média, à taxa da variação do Certificado de Depósito Interbancário - CDI. F-25 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 5 Títulos e Valores Mobiliários Categoria Títulos disponíveis para venda Operação Compromissada Letras Financeiras do Tesouro - LFT Certificados de Depósitos Bancários - CDB Letras do Tesouro Nacional - LTN LF Caixa Notas do Tesouro Nacional - Série F - NTN-F Cotas de fundos de investimentos Títulos para negociação Cotas de fundos de investimentos LTN Fundo Multimercado Letras Financeiras Depósito a Prazo com Garantia Especial do FGC - DPGE Certificado de Recebimentos Imobiliários - CRI Operação Compromissada Loan - Operação de Crédito (Mútuo) Debêntures CDB Tesouraria LFT Nível NE 35.1 Indexador 2 1 2 1 2 1 1 Pré-Fixada Selic CDI Pré-Fixada CDI CDI CDI 93.558 87.979 36.718 17.153 12.450 2.001 99 249.958 26.995 130.369 36.983 63.663 11.141 1.990 90 271.231 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 CDI Selic CDI CDI CDI IGPDI Pré-Fixada IPCA CDI CDI Selic 164.281 52.798 43.021 32.041 14.224 12.230 10.320 8.357 2.961 1.128 6 341.367 591.325 459.115 132.210 93.529 60.800 13.375 38.433 24.164 3.215 5.011 238.527 509.758 389.222 120.536 Circulante Não circulante 31.12.2014 31.12.2013 A Copel e suas controladas possuem títulos e valores mobiliários que rendem taxas de juros variáveis. O prazo desses títulos varia de 1 a 60 meses a partir do final do período de relatório. Nenhum desses ativos está vencido nem apresenta problemas de recuperação ou redução ao valor recuperável no encerramento do exercício. F-26 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Entre os principais valores aplicados, estão fundos exclusivos e garantias: Fundos exclusivos Copel Geração e Trasmissão - Banco do Brasil Copel Distribuição - Banco do Brasil UEG Araucária - BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM S.A. UEG Araucária - Banco do Brasil UEG Araucária - Caixa Econômica Federal UEG Araucária - Bradesco Garantias Leilões da Aneel Contratos de Comercialização de Energia (Garantia CCEE ) Financiamentos para construção de Usinas Hidrelétricas e Linhas de Trasmissão Atendimento do art. 17 da lei nº 11.428 e eventual autorização do Instituto Ambiental do Paraná - IAP, pelo Consórcio Energético Cruzeiro do Sul 6 31.12.2013 65.391 3 167.629 90.521 21.704 61.370 406.618 99.843 3 124.946 113.546 338.338 3.753 81.926 62.049 374 118.647 16.452 36.662 184.390 33.849 169.322 Cauções e Depósitos Vinculados Caução STN (6.1) Outros Circulante Não circulante 6.1 31.12.2014 31.12.2014 56.956 13.497 70.453 13.497 56.956 31.12.2013 45.371 1.976 47.347 1.976 45.371 Caução - Secretaria do Tesouro Nacional - STN Constituição de garantias, sob a forma de caução em dinheiro, destinadas a amortizar os valores de principal correspondentes aos Par Bond e Discount Bond, quando da exigência de tais pagamentos, em 11.04.2024 (NE nº 22.1). Os valores são atualizados mediante aplicação da média ponderada das variações percentuais dos preços do Bônus de Zero Cupom do Tesouro dos Estados Unidos da América, pela participação de cada série do instrumento na composição da carteira de garantias de principal, constituídas no contexto do Plano Brasileiro de Financiamento - 1992. F-27 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 7 Clientes Saldos Vencidos Vencidos há vincendos até 90 dias mais de 90 dias Consumidores Residencial Industrial Comercial Rural Poder público Iluminação pública Serviço público Receita de fornecimento não faturada Parcelamento de débitos Subsídio baixa renda - Eletrobras Governo do Paraná - luz fraterna (NE nº 16.1.1) Outros créditos Concessionárias e permissionárias Suprimento de energia elétrica CCEAR - leilão Contratos bilaterais CCEE (7.1) Regime de Cotas Ressarcimento de geradores Encargos de uso da rede elétrica Rede elétrica Rede básica e de conexão . Telecomunicações . Distribuição de gás . PCLD (7.2) Circulante Não circulante 7.1 Saldo 31.12.2014 Saldo 31.12.2013 188.300 172.436 147.786 28.049 26.214 20.581 21.042 414.774 116.463 13.368 2.680 43.206 1.194.899 109.802 30.312 34.624 9.717 19.382 113 466 5.916 11.076 221.408 45.809 17.821 20.230 2.216 10.911 126 439 25.486 48.813 171.851 343.911 220.569 202.640 39.982 56.507 20.820 21.947 414.774 147.865 13.368 2.680 103.095 1.588.158 262.180 170.320 152.308 35.054 68.962 16.379 29.528 274.059 99.655 25.415 78.987 58.379 1.271.226 87.823 98.424 483.685 2 669.934 805 11.201 12.006 6.646 25 14 2 1.256 7.943 95.274 98.449 494.900 4 1.256 689.883 106.060 79.031 45.642 1.256 231.989 16.028 12.327 28.355 615 615 2.357 4.346 6.703 18.385 17.288 35.673 17.110 14.668 31.778 6.080 9.501 36.353 51.934 40.279 44.332 2.306 437 47.075 32.496 1.943.600 1.867.904 75.696 245.836 245.836 - (158.211) 65.076 65.076 - (158.211) 2.254.512 2.178.816 75.696 (137.454) 1.470.314 1.337.628 132.686 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE Do saldo apresentado referente às parcelas de novembro e dezembro de 2014, o valor de R$ 470.268 refere-se a UEG Araucária. A liquidação financeira referente aos meses de novembro e dezembro foi recebida parcialmente, nos valores de R$ 160.757, em 14.01.2015 e de R$ 124.273 em 10.02.2015, respectivamente. O saldo remanescente, referente a liquidação financeira dos meses de novembro e dezembro, tem previsão de recebimento para o mês de março de 2015. F-28 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 7.2 Provisão para créditos de liquidação duvidosa Saldo em 1º.01.2012 Consumidores, concessionárias e permissionárias Residencial Industrial Comercial Rural Poder público Iluminação pública Serviço público Concessionárias e permissionárias Telecomunicações 8 28.953 25.163 19.466 1.805 2.359 79 41 37.370 683 115.919 Adições/ (reversões) 27.123 8.568 8.026 4.582 6.957 50 72 (37.146) 3.550 21.782 Saldo em Perdas 31.12.2012 (16.847) (2.739) (3.480) (861) (1.012) (24.939) Adições/ (reversões) 39.229 30.992 24.012 5.526 9.316 129 113 224 3.221 112.762 19.197 9.739 5.285 1.621 3.727 (48) 70 6.414 866 46.871 Saldo em Perdas 31.12.2013 (12.249) (5.700) (2.532) (740) (125) (833) (22.179) Adições/ (reversões) 46.177 35.031 26.765 6.407 13.043 81 183 6.513 3.254 137.454 25.323 14.762 18.400 (4.798) (3.888) 71 917 1.023 51.810 Saldo em Perdas 31.12.2014 (11.982) (11.479) (5.327) (336) 6 (701) (1.234) (31.053) 59.518 38.314 39.838 1.273 9.155 81 260 6.729 3.043 158.211 Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná Por meio do quarto termo aditivo, assinado em 21.01.2005, foi renegociado, com o Governo do Estado do Paraná, o saldo em 31.12.2004, da Conta de Resultados a Compensar - CRC, no montante de R$ 1.197.404, em 244 prestações recalculadas pelo sistema price de amortização, atualizado pela variação do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - IGP-DI, e juros de 6,65% a.a., os quais são recebidos mensalmente, com vencimento da primeira parcela em 30.01.2005 e as demais com vencimentos subsequentes e consecutivos. O Governo do Estado vem cumprindo o pagamento das parcelas renegociadas, conforme estabelecido no quarto termo aditivo. As amortizações são garantidas com recursos oriundos de dividendos. 8.1 Mutação do CRC Em 1º.01.2013 Juros Variação monetária Transferências Amortizações Em 31.12.2013 Juros Variação monetária Transferências Amortizações Em 31.12.2014 8.2 Ativo circulante 75.930 87.149 2.522 82.925 (163.078) 85.448 86.630 1.418 93.161 (172.078) 94.579 Ativo não circulante 1.308.354 69.677 (82.925) 1.295.106 47.584 (93.161) 1.249.529 Total 1.384.284 87.149 72.199 (163.078) 1.380.554 86.630 49.002 (172.078) 1.344.108 Vencimento das parcelas de longo prazo 31.12.2014 100.869 107.577 114.732 122.362 130.499 673.490 1.249.529 2016 2017 2018 2019 2020 Após 2021 F-29 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 9 Ativos Financeiros Setoriais Líquidos Conforme mencionado na NE nº 3.6, a Copel Distribuição registrou um ativo financeiro setorial em contrapartida à receita operacional líquida. A possibilidade desse registro se concretizou quando da assinatura do 4º Termo Aditivo ao Contrato de Concessão 046/99, em 10.12.2014. A composição e a movimentação dos ativos financeiros setoriais estão demonstradas a seguir. 9.1 Mutação dos ativos financeiros setoriais líquidos Reconhecimento inicial em 10.12.2014 Diferimento Amortização Atualização Saldo em 31.12.2014 Conta de Consumo de Combustíveis - CCC 4.757 (503) 4.254 Encargos de uso do sistema de transmissão - rede básica Energia elétrica comprada para revenda - Itaipu Encargos de Serviços do Sistema - ESS 89.226 8.932 (94.232) (13.789) (370.572) (8.182) Conta de Desenvolvimento Energético - CDE 9.663 386 96.852 (388) (108.701) (1.674) (370.765) 635 (137) 90 5.148 - (544) - 4.604 601.099 18.976 (19.175) 2.574 603.474 Transporte de energia comprada de Itaipu Outros componentes financeiros (292) 16.304 Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia - Proinfa Energia elétrica comprada para revenda - CVA Energ (1.692) 16.892 1.867 201 (20) 9 2.057 751.342 43.143 (8.289) 6.281 792.477 1.004.939 49.916 (20.989) 7.278 1.041.144 Circulante Não Circulante 9.2 609.298 431.846 Composição dos saldos de ativos financeiros setoriais líquidos por ciclo tarifário Ativos financeiros setoriais - reajuste tarifário 2014 CCC Rede básica Energia elétrica comprada para revenda - Itaipu ESS CDE Proinfa CVA Energ Transporte de energia comprada de Itaipu Outros componentes financeiros Ativos financeiros setoriais - reajuste tarifário 2015 Rede básica Energia elétrica comprada para revenda - Itaipu ESS CDE CVA Energ Transporte de energia comprada de Itaipu Outros componentes financeiros Diferimento IRT 2013 Diferimento IRT 2014 (constituição) Outros componentes financeiros F-30 Ativo circulante 31.12.2014 Ativo não circulante 31.12.2014 4.254 14.304 2.469 (81.703) 1.160 4.604 162.114 165 70.085 177.452 - 41.274 (55.585) (144.531) 7.866 220.680 946 41.274 (55.585) (144.531) 7.866 220.680 946 140.337 159.364 61.495 431.846 609.298 140.337 159.634 61.495 431.846 431.846 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 9.3 Reajuste tarifário da Copel Distribuição Em 24.06.2014, a Aneel homologou o Reajuste Tarifário Anual da Copel Distribuição pela Resolução Homologatória nº 1.740, em que autoriza a aplicação de 35,05% no reajuste das tarifas. Este reajuste não inclui a parcela correspondente ao diferimento parcial do reajuste tarifário 2013, solicitado pela Copel Distribuição e aprovado pela Aneel naquele ano, no montante atualizado de R$ 275.910 em junho de 2014. Caso este valor fosse considerado, o percentual de reajuste em 2014 chegaria a 39,71%. A Copel Distribuição solicitou junto à Aneel o efeito suspensivo do reajuste tarifário 2014, com a perspectiva de diferimento na aplicação do índice de reajuste tarifário autorizado de 35,05%. Atendendo à solicitação da Companhia, em 22.07.2014 pela Resolução Homologatória nº 1.763, a Aneel aprovou o diferimento parcial do reajuste tarifário de 2014, equivalente ao valor de R$ 622.427. Em 31.12.2014, os valores dos diferimentos acumulados e corrigidos pelo IGP-M somam o montante de R$ 776.854 composto pelo diferimento IRT 2013, no valor de R$ 177.452, diferimento IRT 2014 (constituição), no valor de R$ 280.674, e o saldo remanescente dos Ativos Financeiros Setoriais - Reajuste Tarifário 2014, no valor de R$ 318.728. Considerando a aprovação do diferimento de 2014 e a prorrogação do diferimento de 2013, a serem incluídos nos processos de reajuste tarifário subsequentes, a aplicação do reajuste médio foi de 24,86%, retroativo a 24.06.2014. F-31 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 10 10.1 Contas a Receber Vinculadas à Concessão Mutação das contas a receber vinculadas à concessão Saldos Em 1º.01.2013 Capitalizações do intangível em curso Transferências entre circulante e não circulante Transferências para encargos do uso da rede - clientes Transferências para o imobilizado Transferências do imobilizado - Resolução nº 367/2009 Transferências para o intangível em serviço Variação monetária Remuneração Receita de construção Baixas Baixas - Resolução nº 367/2009 Em 31.12.2013 Capitalizações do intangível em curso Transferências entre circulante e não circulante Transferências para encargos do uso da rede - clientes Transferências para o imobilizado Variação monetária Remuneração Receita de construção Baixas Em 31.12.2014 Ativo circulante 5.319 21.532 (22.455) 4.396 38.741 (35.707) 7.430 Ativo não circulante Obrigações Ativo especiais (a) Consolidado 4.557.599 (1.911.773) 2.651.145 712.947 (82.878) 630.069 (21.532) (22.455) (1.562) (1.562) 1.082 1.082 (2.589) (2.589) 210.310 (102.051) 108.259 33.974 33.974 136.536 136.536 (28.233) 3.235 (24.998) (20.797) (20.797) 5.577.735 (2.093.467) 3.488.664 785.325 (119.829) 665.496 (38.741) (35.707) (11.073) (11.073) 148.864 (71.875) 76.989 58.782 58.782 206.150 206.150 (40.050) 16.166 (23.884) 6.686.992 (2.269.005) 4.425.417 A Administração realizou avaliação dos ativos passíveis de indenização, aplicando a metodologia do valor novo de reposição e concluiu que a sua expectativa de indenização suporta os montantes registrados em 31.12.2014. 10.2 Compromissos relativos às concessões de transmissão Compromissos assumidos com os fornecedores de equipamentos e serviços referentes aos seguintes empreendimentos: Linhas de Transmissão e Subestações Contrato nº 010/10 - Linha de transmissão Araraquara 2 - Taubaté Contrato nº 022/12 - LT 230 kV - Foz do Chopim - Salto Osório C2 e Londrina Figueira Contrato nº 002/13 - LT 230 kV - Assis - Paraguaçu Paulista Contrato nº 005/14 - LT 230kV Bateias - Curitiba Norte e SE 230kV Curitiba Norte Contrato nº 021/14 - LT 230kV Foz do Chopim Realeza Sul e SE 230 kV Realeza Sul Contrato nº 022/14 - LT 500kV Londrina - Assis 11 Valor 233.974 38.457 48.254 51.800 2.933 6.244 Contas a Receber Vinculadas à Prorrogação da Concessão A Companhia recebeu as parcelas vencidas até setembro de 2014, sendo que a expectativa da Administração é o recebimento das demais parcelas em atraso, no montante de R$ 95.619, em 31.12.2014, assim que os recursos da CDE sejam recompostos pelo Poder Concedente. F-32 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 11.1 Mutação das contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão Saldos Em 1º.01.2013 Transferências do não circulante para o circulante Amortizações Variação monetária Remuneração Em 31.12.2013 Transferências Amortizações Variação monetária Remuneração Em 31.12.2014 12 Ativo circulante 356.085 352.160 (440.656) 43.591 40.981 352.161 205.428 (306.814) 28.672 21.599 Ativo não circulante 717.805 (352.160) 365.645 (205.428) - Total 1.073.890 (440.656) 43.591 40.981 717.806 (306.814) 28.672 21.599 301.046 160.217 461.263 Outros Créditos . Repasse CDE (12.1) Serviços em curso (a) Adiantamento a fornecedores (b) Adiantamento a empregados Adiantamento para indenizações imobiliárias Desativações em curso Parcerias em consórcios Outros créditos 31.12.2014 31.12.2013 210.808 51.067 96.107 94.000 95.311 122.311 24.452 27.831 16.159 40.403 11.211 10.980 102 25.540 46.992 53.193 501.142 425.325 Circulante 415.818 395.890 Não circulante 85.324 29.435 (a) Referem-se, em sua maioria, aos programas de P&D e PEE, os quais, após seu término, são compensados com o respectivo passivo registrado para este fim, conforme legislação regulatória. (b) Referem-se a adiantamentos previstos em cláusulas contratuais. 12.1 Repasse CDE O saldo apresentado em 31.12.2014 de R$ 210.808 refere-se a recursos da CDE para cobrir os descontos incidentes sobre as tarifas aplicáveis aos usuários do serviço público de distribuição, de acordo com a Resolução Homologatória nº 1.586 de 13.08.2013. A Aneel homologou o valor mensal de R$ 28.697 (Resolução nº 1.763/14) a ser repassado à Copel Distribuição, em recursos da CDE, no período de junho/2014 à maio/2015, sendo R$ 26.712 para custear descontos incidentes sobre as tarifas conforme estabelecido no Decreto nº 7.891 de 23.01.2013 e R$ 1.985 referente à diferença entre os valores previstos e os realizados no período de fevereiro/2013 a maio/2014. A Companhia recebeu as parcelas referentes até a competência de maio/2014 em 31.12.2014, recebendo duas parcelas (junho e julho de 2014) em janeiro de 2015, tendo a expectativa de receber as demais assim que a CDE tiver seu fundo recomposto pelas quotas de 2015. F-33 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Do saldo apresentado em 31.12.2013, o valor de R$ 30.025, repassado em 2014, refere-se a recursos da CDE para compensação de custos adicionais de energia previstos no Decreto nº 7.945 de 07.03.2013, com finalidade de neutralizar a exposição das concessionárias de distribuição no mercado de curto prazo, bem como do risco hidrológico verificado no período e que levou ao despacho de usinas termoelétricas acionadas em razão de segurança energética. 13 Estoques Operação / Manutenção Copel Distribuição Copel Geração e Transmissão Copel Telecomunicações Compagás 14 14.1 31.12.2014 101.399 29.389 17.684 2.150 150.622 31.12.2013 96.866 31.298 10.046 1.068 139.278 Tributos Imposto de renda e contribuição social . Ativo circulante IR e CSLL a compensar IR e CSLL a compensar com o passivo Ativo não circulante IR e CSLL a recuperar Passivo circulante IR e CSLL a recolher IR e CSLL a compensar com o ativo F-34 31.12.2014 31.12.2013 448.599 (343.525) 105.074 375.722 (242.564) 133.158 128.615 128.615 197.659 197.659 653.406 (343.525) 309.881 540.184 (242.564) 297.620 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 14.2 Imposto de renda e contribuição social diferidos 14.2.1 Mutação do imposto de renda e contribuição social diferidos . Reconhecido Reconhecido no no resultado Saldo em resultado do abrangente do exercício 1º.01.2013 exercício Ativo não circulante Provisões para litígios Efeitos IAS 36 - redução ao valor recuperável de ativos Planos previdenciário e assistencial Provisão para compra de energia Provisão para P&D e PEE Efeitos IAS 19 - benefícios a empregados PCLD Efeitos IFRIC 12- contratos de concessão Amortização do direito de concessão Provisão para participação nos lucros INSS - liminar sobre depósito judicial Prejuízo fiscal e base de cálculo negativa Provisão para perdas tributárias Programa de sucessão e demissão voluntária Juros sobre capital próprio Outros (-) Passivo não circulante Efeitos IAS 16 - custo atribuído Ativos financeiros setoriais Diferimento de ganho de capital Provisão para deságio Efeitos IFRIC 12 - contratos de concessão Efeitos IAS 39- instrumentos financeiros Capitalização de encargos financeiros Outros Líquido Ativo apresentado no Balanço Patrimonial Passivo apresentado no Balanço Patrimonial Líquido 14.3 338.028 178.312 97.033 46.790 58.944 41.452 87.299 36.429 9.671 2.486 14.847 53.986 21.709 18.916 1.005.902 689.160 175.450 25.297 115 15.042 5.357 4.732 915.153 90.749 681.285 (590.536) 90.749 37.308 Reconhecido no resultado abrangente Saldo em do exercício 31.12.2014 Reconhecido Saldo em no resultado Outros 31.12.2013 do exercício - - 375.336 17.172 8.074 19.976 8.230 (17.717) 257 16.882 6.773 7.227 93 (52.670) (21.709) (1.501) 28.395 73.579 579 74.158 16.483 16.483 195.484 105.107 66.766 132.523 49.682 69.582 36.686 26.553 23.256 9.713 14.940 1.316 17.994 1.124.938 (52.619) (67.916) (5.885) 5.364 (121.056) 149.451 (1.881) (190) (2.071) 76.229 16.483 636.541 107.534 25.297 115 7.276 5.357 9.906 792.026 332.912 753.413 (420.501) 332.912 92.229 - 274.476 24.887 57.136 26.815 11.492 (23.323) 256 3.885 6.351 8.115 2.174 (1.292) 7.252 490.453 (48.584) (408) (48.992) 274.476 220.371 162.243 93.581 83.939 61.174 46.259 36.942 30.438 29.607 17.828 17.114 24 24.838 1.566.399 (50.760) 353.989 (67.916) 19.113 1.235 8.939 264.600 225.853 (110) (945) (1.055) (47.937) 585.781 353.989 39.618 25.297 19.228 8.401 5.357 17.900 1.055.571 510.828 526.046 (15.218) 510.828 Outros tributos a recuperar e a recolher . Ativo circulante ICMS a recuperar PIS/Pasep e Cofins a compensar PIS/Pasep e Cofins a compensar com o passivo Outros tributos a compensar Ativo não circulante ICMS a recuperar PIS/Pasep e Cofins Outros tributos a compensar Passivo circulante ICMS a recolher PIS/Pasep e Cofins a recolher PIS/Pasep e Cofins a compensar com o ativo IRRF sobre JSCP Outros tributos Passivo não circulante INSS a recolher - liminar sobre depósito judicial F-35 467.565 31.12.2014 31.12.2013 92.247 69.771 (66.263) 530 96.285 43.092 61.093 (35.596) 1.424 70.013 34.977 55.206 33.298 123.481 72.347 51.653 498 124.498 85.674 97.758 (66.263) 2.222 17.938 137.329 184.369 79.291 (35.596) 39.440 33.227 300.731 87.129 87.129 68.402 68.402 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 14.4 Conciliação da provisão para imposto de renda e contribuição social . Lucro antes do IRPJ e CSLL IRPJ e CSLL (34%) Efeitos fiscais sobre: Equivalência patrimonial Juros sobre o capital próprio Dividendos Finam Despesas indedutíveis Incentivos fiscais Compensação de prejuízo fiscal e base negativa da CSLL Diferença entre as bases de cálculo do lucro real e presumido Outros IRPJ e CSLL correntes IRPJ e CSLL diferidos Alíquota efetiva - % 15 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 1.857.631 1.506.504 972.528 (631.595) (512.211) (330.660) 47.897 10.200 238 1.745 (8.209) 20.248 35.146 1.924 390 (747.869) 225.853 28,1% 32.423 61.200 309 1.972 (3.130) 10.364 4.004 (554.520) 149.451 26,9% 52 75.802 241 (3.331) 11.688 200 (458.257) 212.249 25,3% Depósitos Judiciais . Fiscais Trabalhistas . Cíveis Fornecedores Cíveis Servidões de passagem Consumidores . Outros F-36 31.12.2014 437.100 31.12.2013 417.570 144.251 118.240 95.558 43.412 8.036 3.391 150.397 95.558 28.849 8.106 2.397 134.910 4.505 736.253 4.505 675.225 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 16 16.1 Partes Relacionadas Créditos com partes relacionadas . Controlador Estado do Paraná (16.1.1) 31.12.2014 31.12.2013 137.137 137.137 - 6.211 4.072 313 2.211 665 566 227 8.116 3.930 21 26.332 85 6.311 478 403 360 88 227 840 182 8.974 Coligadas e Controladas em conjunto Dividendos e/ou juros sobre o capital próprio Dona Francisca Energética Sanepar Dominó Holdings Costa Oeste Marumbi Transmissora Sul Brasileira Caiuá Integração Maranhense Matrinchã Guaraciaba Cantareira . Outros investimentos Ativo circulante - Dividendos a receber - 526 163.469 9.500 26.332 9.500 Ativo circulante - Partes relacionadas - - Ativo não circulante 137.137 - 16.1.1 Crédito referente Luz Fraterna A Diretoria da Copel, através da 2065ª Redir de 10.09.2013, aprovou a transferência da dívida do Governo do Estado do Paraná relativa ao Programa Luz Fraterna, da Copel Distribuição para a Copel, bem como a alteração dos procedimentos para que futuras dívidas deste programa de governo sejam assumidas pela Copel. A Aneel, por meio do despacho n° 1.560 de 13.05.2014, anuiu a transação. Em 31.05.2014 foi celebrado o “Instrumento de Cessão de Crédito” transferindo os direitos creditórios da Copel Distribuição para a Copel, da conta Luz Fraterna, referente ao período de setembro de 2010 a fevereiro de 2014, incluindo os encargos por atraso no pagamento (multa de 2%, atualização monetária pela variação do IGPM e juros de 1% ao mês), totalizando o montante de R$ 115.696, com vencimento em 31.05.2014. A Copel, por sua vez, realizou o repasse da mesma quantia à Copel Distribuição para quitação das faturas vencidas. F-37 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma O Instrumento também prevê que a Copel Distribuição realize semestralmente a transferência à Copel, a título de direitos creditórios, dos faturamentos subsequentes e respectivos encargos por atraso no pagamento (multa de 2%, atualização monetária pela variação do IGPM e juros de 1% ao mês) referentes ao Programa Luz Fraterna eventualmente não quitados a partir de 1º.03.2014. Nesse contexto, em 2014 foi transferido o valor de R$ 21.441. A Copel, por sua vez, deverá realizar o repasse da mesma quantia à Copel Distribuição para quitação das faturas vencidas. Caso venha a ocorrer inadimplemento do repasse por parte da Copel para a Copel Distribuição, implicará na atualização monetária dos valores pela variação do IGPM até o efetivo repasse. Com base no Instrumento de Cessão de Crédito a Copel emitirá nota de débito ao Governo do Estado do Paraná. A partir da data de emissão da nota de débito até o efetivo pagamento pelo Governo do Estado do Paraná, incidirá atualização monetária pela variação do IGPM e juros de 1% ao mês. 16.1.2 Financiamentos repassados - STN A Companhia repassou os empréstimos e financiamentos para suas subsidiárias integrais, quando de sua constituição em 2001. Entretanto, como os contratos de transferências para as respectivas subsidiárias não foram passíveis de formalização com as instituições financeiras, tais compromissos encontram-se igualmente registrados na Controladora. Os financiamentos mencionados são repassados com a mesma incidência de encargos assumidos pela Companhia e são apresentados separadamente, como crédito com as subsidiárias integrais, e como obrigações por empréstimos e financiamentos nas subsidiárias (NE nº 22.1). 17 17.1 Investimentos Combinação de negócios 17.1.1 São Bento Energia, Investimentos e Participações S.A. A Companhia adquiriu da Galvão Participações S.A., em 16.10.2014, 100% das ações da São Bento Energia, Investimentos e Participações S.A. que detém o controle societário das empresas GE Olho D’Água S.A., GE Boa Vista S.A., GE Farol S.A. e GE São Bento do Norte S.A.. A aquisição do controle desse empreendimento atende ao objetivo estratégico da Copel de aumentar a participação no segmento de geração por meio de fontes renováveis em sua matriz energética. F-38 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma O direito de autorização gerado na aquisição, alocado no grupo de Investimentos no balanço individual da Controladora, e no grupo Intangível no balanço consolidado, será amortizado a partir de janeiro de 2015 até o vencimento das autorizações das empresas controladas pela São Bento Energia, em 2046: Participação adquirida 213.426 (124.589) 88.837 Contraprestação transferida Ativos líquidos adquiridos em 30.09.2014 Direito de autorização Os dados seguintes detalham a composição dos ativos adquiridos e dos passivos assumidos que foram reconhecidos na data da aquisição, e que correspondem aos seus valores justos: 30.09.2014 ATIVO Ativo circulante Ativo não circulante Realizável a longo prazo Investimentos PASSIVO Passivo circulante Passivo não circulante Patrimônio líquido Ativos líquidos adquiridos 136.369 13.378 122.991 178 122.813 136.369 11.774 6 124.589 Caso este empreendimento tivesse sido consolidado a partir de 1º.01.2014, na demonstração do resultado consolidado teria sido incluído o lucro de R$ 9.845. F-39 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 17.2 Mutação dos investimentos Ajuste de Saldo em Equivalência avaliação Aporte 1º.01.2014 patrimonial patrimonial e/ou Afac Empreendimentos controlados em conjunto (17.4) Dominó Holdings 456.703 60.739 (2.822) Cutia 5.625 24 145 Voltália (17.4.2) 1.179 51.242 Voltália - direito de autorização (17.4.2) 11.693 Costa Oeste 18.700 1.317 3.742 Marumbi 21.797 9.311 34.448 Transmissora Sul Brasileira 63.797 2.799 7.000 Caiuá 40.318 2.009 2.911 Integração Maranhense 85.378 3.541 2.916 Matrinchã 97.999 30.553 321.987 Guaraciaba 38.828 15.783 95.117 Paranaíba 17.850 3.172 47.286 Mata de Santa Genebra (1.153) 27.304 Cantareira 87 15.207 846.995 129.361 (2.822) 620.998 Coligadas (17.5) Sanepar 15.919 633 Dona Francisca 58.176 10.076 Foz do Chopim 15.788 8.467 Sercomtel (3.750) 3.750 Carbocampel 1.407 (4) 118 Dois Saltos 720 Copel Amec 182 10 Escoelectric (124) 258 76.273 30.594 633 4.126 Outros investimentos Finam 1.323 (1) Finor 212 11 Investco S.A. 9.210 184 Nova Holanda Agropecuária S.A. 14.868 Provisão para perda Nova Holanda (6.981) Bens destinados a uso futuro 4.290 Adiantamento para futuro investimento 233.469 3.494 Outros investimentos 8.268 (384) 3 264.659 (190) 3.497 1.187.927 159.955 (2.379) (a) Reestruturação societária da Dominó Holdings (NEs nºs 17.4.1 e 17.5.1). (b) Aquisição de ações (NE nº 17.5.1). (c) Alienação do investimento e reversão de provisão para perda. (d) Transferência para o intangível (NE nº 19). F-40 628.621 Combinação de negócios Dividendos e JSCP propostos (5.794) (5.794) (10.170) 165 (1.809) (305) (477) (7.277) (3.749) (21) (23.643) (218.753) (218.753) (224.547) (13.357) (14.344) (9.348) (37.049) (60.692) Saldo em 31.12.2014 Outros (279.116) (a) 225.334 52.421 11.693 23.924 63.747 73.291 44.761 91.835 443.262 145.979 68.308 26.151 15.273 (279.116) 1.285.979 279.116 (b) 279.116 (14.868) 6.981 (2.638) (18.210) (28.735) (28.735) (c) (c) (d) (d) 282.311 53.908 14.907 1.521 720 192 134 353.693 1.322 223 9.394 1.652 7.887 20.478 1.660.150 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Saldo em 1º.01.2013 Empreendimentos controlados em conjunto (17.4) Dominó Holdings Cutia Costa Oeste Marumbi Transmissora Sul Brasileira Caiuá Integração Maranhense Matrinchã Guaraciaba Paranaíba Coligadas (17.5) Sercomtel Dona Francisca Foz do Chopim Carbocampel Dois Saltos Copel Amec Escoelectric Outros investimentos Finam Finor Investco S.A. Nova Holanda Agropecuária S.A. Provisão para perda Nova Holanda Bens destinados a uso futuro Adiantamento para futuro investimento Outros investimentos 17.3 Ajuste de Dividendos Reversão de Equivalência avaliação Aporte e JSCP provisão p/ Saldo em patrimonial patrimonial e/ou Afac propostos perda 31.12.2013 358.114 5.247 1.049 2.212 9.577 7.747 9.630 10.130 6.963 410.669 96.635 (465) 2.409 1.969 1.516 565 1.016 3.453 908 210 108.216 18.881 18.881 843 15.720 18.018 53.065 32.094 74.959 85.256 31.139 17.640 328.734 (16.927) (478) (402) (361) (88) (227) (840) (182) (19.505) - 456.703 5.625 18.700 21.797 63.797 40.318 85.378 97.999 38.828 17.850 846.995 10.567 59.753 15.872 1.413 300 180 88.085 (13.567) 8.963 10.316 (6) 2 (318) 5.390 - 3.000 420 318 3.738 (10.540) (10.400) (20.940) - 58.176 15.788 1.407 720 182 76.273 1.323 312 9.282 14.868 (14.868) 4.290 46.631 8.397 70.235 568.989 113.606 186.838 5 186.843 519.315 (40.445) 7.887 7.887 7.887 (100) (72) (134) (306) 18.575 1.323 212 9.210 14.868 (6.981) 4.290 233.469 8.268 264.659 1.187.927 Controladas Participação % Sede Atividade principal 31.12.2014 Copel Geração e Transmissão S.A. (Copel GeT) Curitiba/PR Geração e transmissão de energia elétrica Copel Distribuição S.A. Curitiba/PR Distribuição e comercialização de energia elétrica Copel Telecomunicações S.A. Curitiba/PR Serviços de telecomunicações e de comunicações Copel Renováveis S.A. Curitiba/PR Controle e gestão de pariticipações Copel Participações S.A. Curitiba/PR Controle e gestão de pariticipações Nova Asa Branca I Energias Renováveis S.A. (a) S. Miguel do Gostoso/RN Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas Nova Asa Branca II Energias Renováveis S.A. (a) Parazinho/RN Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas Nova Asa Branca III Energias Renováveis S.A. (a) Parazinho/RN Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas Nova Eurus IV Energias Renováveis S.A. (a) Touros/RN Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas Santa Maria Energias Renováveis S.A. (a) Maracanaú/CE Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas Santa Helena Energias Renováveis S.A. (a) Maracanaú/CE Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas Ventos de Santo Uriel S.A. (a) João Câmara/RN Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas Cutia Empreendimentos Eólicos SPE S.A. São Paulo/SP Controle e gestão de pariticipações Companhia Paranaense de Gás - Compagás Curitiba/PR Distribuição de gás canalizado Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão S.A. Curitiba/PR Geração de energia elétrica UEG Araucária Ltda. Curitiba/PR Geração de energia elétrica utilizando gás natural São Bento Energia, Investimentos e Participações S.A.São Paulo/SP Controle e gestão de pariticipações GE Olho D’Água S.A. São Bento do Norte/RN Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas GE Boa Vista S.A. São Bento do Norte/RN Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas GE Farol S.A. São Bento do Norte/RN Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas GE São Bento do Norte S.A. São Bento do Norte/RN Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas Central Geradora Eólica São Bento do Norte I S.A. (a) São Bento do Norte/RN Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas Central Geradora Eólica São Bento do Norte II S.A. (a) São Bento do Norte/RN Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas Central Geradora Eólica São Bento do Norte III S.A. (a)São Bento do Norte/RN Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas Central Geradora Eólica São Miguel I S.A. (a) São Bento do Norte/RN Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas Central Geradora Eólica São Miguel II S.A. (a) São Bento do Norte/RN Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas Central Geradora Eólica São Miguel III S.A. (a) São Bento do Norte/RN Geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas (a) Fase pré-operacional. F-41 Copel 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 51,00 70,00 20,00 100,00 - Copel GeT 60,00 - São Bento 100,00 100,00 100,00 100,00 - Cutia 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Não controladores 49,00 30,00 20,00 - COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 17.3.1 Demonstrações financeiras das controladas com participação de não controladores Compagás 31.12.2014 Elejor UEG Araucária ATIVO Ativo circulante Ativo não circulante 634.221 323.872 310.349 719.621 51.471 668.150 1.236.838 815.529 421.309 PASSIVO Passivo circulante Passivo não circulante Patrimônio líquido 634.221 286.277 69.918 278.026 719.621 124.950 509.855 84.816 1.236.838 275.907 8.857 952.074 1.748.045 (1.664.860) 1.832 (24.651) 60.366 (1.548) 58.818 241.205 (134.835) (77.506) (9.679) 19.185 (1.832) 17.353 2.134.822 (1.514.198) 28.648 (177.617) 471.655 471.655 98.002 (79.912) 46.907 64.997 34.427 99.424 64.997 62.623 158 (81.633) (18.852) 47.584 28.732 (18.852) 306.647 (135.528) (190.000) (18.881) 21.843 2.962 (18.881) DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO Receita operacional líquida Custos e despesas operacionais Resultado financeiro Tributos Lucro líquido do exercício Outros resultados abrangentes Resultado abrangente total DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA Fluxo de caixa das atividades operacionais Fluxo de caixa das atividades de investimento Fluxo de caixa das atividades de financiamento TOTAL DOS EFEITOS NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Saldo inicial de caixa e equivalentes de caixa Saldo final de caixa e equivalentes de caixa VARIAÇÃO NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 17.4 Empreendimentos controlados em conjunto 31.12.2014 Dominó Holdings S.A. (17.4.1) Sede Curitiba/PR Atividade principal Participação em sociedade de saneamento básico Costa Oeste Transmissora de Energia S.A. Curitiba/PR Transmissão de energia elétrica Marumbi Transmissora de Energia S.A. (a) Curitiba/PR Transmissão de energia elétrica Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A. Curitiba/PR Transmissão de energia elétrica Caiuá Transmissora de Energia S.A. Curitiba/PR Transmissão de energia elétrica Integração Maranhense Transmissora de Energia S.A. (a) Rio de Janeiro/RJTransmissão de energia elétrica Matrinchã Transmissora de Energia (TP NORTE) S.A. (a) Curitiba/PR Transmissão de energia elétrica Guaraciaba Transmissora de Energia (TP SUL) S.A. (a) Curitiba/PR Transmissão de energia elétrica Paranaíba Transmissora de Energia S.A. (a) Rio de Janeiro/RJTransmissão de energia elétrica Mata de Santa Genebra Transmissão S.A. (a) Rio de Janeiro/RJTransmissão de energia elétrica Cantareira Transmissora de Energia S.A. Rio de Janeiro/RJTransmissão de energia elétrica Voltalia São Miguel do Gostoso I Participações S.A. (17.4.2) São Paulo/SP Participação em sociedades (a) Fase pré-operacional. Patrimônio Valor Participação % Líquido + Copel Copel contábil da Copel Afac PAR GeT participação 459.866 - 49,00 225.334 46.910 79.684 366.454 91.349 187.419 904.617 297.917 278.810 52.198 31.169 106.981 49,00 - 51,00 80,00 20,00 49,00 49,00 49,00 49,00 24,50 50,10 49,00 - 23.924 63.747 73.291 44.761 91.835 443.262 145.979 68.308 26.151 15.273 52.421 17.4.1 Dominó Holdings S.A. Na Assembleia Geral Extraordinária - AGE, realizada em 28.03.2014, os acionistas da Dominó Holdings aprovaram o resgate e o cancelamento de 150.431.809 ações ordinárias representativas do capital social da Dominó Holdings. Com o resgate integral das ações de um dos acionistas e com o redimensionamento das participações dos outros acionistas, a participação da Copel no capital social da Dominó Holdings passou de 45% para 49%. F-42 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Em 29.12.2014, as ações da Dominó Holdings foram transferidas da Copel para a Copel Participações, pelo valor patrimonial de R$ 226.889, registrado em 30.11.2014. 17.4.2 Voltalia São Miguel do Gostoso I Participações S.A. Em 1º.09.2014, a Copel adquiriu 49% das ações da Voltalia São Miguel do Gostoso Participações S.A., gerando um direito de autorização no valor de R$ 11.693 que será amortizado a partir do início da operação comercial dos parques eólicos das suas controladas, previsto para março de 2015, até o seu vencimento, em abril de 2047. Em 18.12.2014, visando atender demanda junto ao agente financiador do empreendimento, foi constituída a Voltalia São Miguel do Gostoso I Participações S.A., sendo que a integralização do capital social foi exclusivamente com ações da Voltalia São Miguel do Gostoso Participações S.A. Desta forma a investida da Copel passou a ser a holding constituída, que fará a gestão do empreendimento. 17.4.3 Principais grupos de ativo, passivo e resultado dos empreendimentos controlados em conjunto 31.12.2014 . ATIVO Ativo circulante Caixa e equivalentes de caixa Outros ativos circulantes Ativo não circulante . PASSIVO Passivo circulante Passivos financeiros Outros passivos circulantes Passivo não circulante Passivos financeiros Afac Outros passivos não circulantes Patrimônio líquido . DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO Receita operacional líquida Custos e despesas operacionais Resultados financeiros Equivalência patrimonial Provisão para IR e CSLL Lucro (prejuízo) do exercício Outros resultados abrangentes Resultado abrangente total (a) Práticas ajustadas às da Copel. 17.5 Dominó (a) Costa Oeste Marumbi Transmissora Sul Brasileira 470.097 19.578 2.459 17.119 450.519 92.085 1.739 692 1.047 90.346 128.894 10.234 10.011 223 118.660 730.831 54.544 33.008 21.536 676.287 470.097 10.231 10.231 459.866 92.085 9.777 2.817 6.960 37.736 32.579 2.338 2.819 44.572 128.894 12.175 1.376 10.799 70.547 33.347 33.512 3.688 46.172 87.434 (73.433) 556 (2.918) 11.639 11.639 43.468 (1.996) (38.163) (10.502) (1.006) 95.591 (1.716) 83.093 2.583 1.009 84.102 2.583 Mata de Santa Genebra Cantareira Voltália 654.665 295.667 294.062 1.605 358.998 102.175 40.385 39.772 613 61.790 34.836 2.186 1 2.185 32.650 106.981 704 1 703 106.277 751.893 430.464 401.144 29.320 23.512 23.512 297.917 654.665 369.264 354.527 14.737 6.591 6.591 278.810 102.175 49.977 49.557 420 52.198 34.836 480 480 3.187 3.187 31.169 106.981 106.981 458.024 (461.491) 56.824 (21.150) 32.207 32.207 285.982 (288.874) 22.441 (6.599) 12.950 12.950 Integração Maranhense Matrinchã 223.598 25.544 7.251 18.293 198.054 377.605 30.952 753 30.199 346.653 1.551.898 76.872 73.749 3.123 1.475.026 751.893 39.425 37.171 2.254 712.468 730.831 37.872 20.756 17.116 346.505 321.184 20.000 5.321 346.454 223.598 30.239 5.865 24.374 102.010 82.876 19.134 91.349 377.605 15.388 10.440 4.948 174.798 136.541 38.257 187.419 1.551.898 62.348 24.637 37.711 958.098 528.634 373.165 56.299 531.452 206.965 (171.992) (19.309) (1.666) 13.998 13.998 78.290 (67.548) (4.815) (1.825) 4.102 4.102 92.381 (73.680) (7.989) (3.484) 7.228 7.228 Caiuá 813.467 (819.071) 117.192 (49.236) 62.352 62.352 Guaraciaba Paranaíba 61.493 29.613 (64.274) (29.385) 480 118 (168) (2.301) 178 (2.301) 178 1.098 1.098 1.098 Coligadas Patrimônio Participação Valor Líquido + Copel contábil da 31.12.2014 Sede Atividade principal Afac % participação Sanepar (17.5.1) Curitiba/PR Saneamento básico 3.702.336 7,6252 282.311 Dona Francisca Energética S.A. Agudo/RS Energia elétrica 234.073 23,0303 53.908 Foz do Chopim Energética Ltda. Curitiba/PR Energia elétrica 41.674 35,77 14.907 Carbocampel S.A. Figueira/PR Exploração de carvão 3.104 49,00 1.521 Dois Saltos Empreendimentos de Geração de Energia Elétrica Ltda. (a) Curitiba/PR Energia elétrica 2.400 30,00 720 Copel Amec S/C Ltda.- em liquidação Curitiba/PR Serviços 401 48,00 192 Escoelectric Ltda. Curitiba/PR Serviços 336 40,00 134 Sercomtel S.A. Telecomunicações (b) Londrina/PR Telecomunicações 45,00 (a) Fase pré-operacional. (b) Investimento reduzido a zero em 2013 por conta dos testes de recuperação de ativos. F-43 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 17.5.1 Companhia de Saneamento do Paraná - Sanepar Em 17.04.2014, a Companhia passou a deter uma participação direta de 36.343.267 ações preferenciais (PN) da Sanepar, equivalente à 14,86% das ações PN e a 7,6252% do capital total, conforme evento aprovado na AGE da Dominó Holdings, realizada em 28.03.2014. Esta participação direta na S anepar é decorrente das seguintes medidas adotadas pela Dominó Holdings: (i) conversão de ações ordinárias da Sanepar em ações preferenciais, na proporção de uma nova ação preferencial para cada ação ordinária convertida; e (ii) redução do capital social, através da transferência de ações PN da Sanepar aos acionistas da Dominó Holdings. As ações da Sanepar foram adquiridas pela Copel com a finalidade de mantê-las como investimento permanente. 17.5.2 Principais grupos de ativo, passivo e resultado das principais coligadas Sanepar (a) 31.12.2014 . ATIVO Ativo circulante Ativo não circulante . PASSIVO Passivo circulante Passivo não circulante Patrimônio líquido . DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO Receita operacional líquida Custos e despesas operacionais Resultado financeiro Provisão para IR e CSLL Lucro líquido do exercício . Outros resultados abrangentes Resultado abrangente total (a) Práticas ajustadas às da Copel. 18 Dona Francisca (a) Foz do Chopim 7.452.990 558.580 6.894.410 260.014 82.304 177.710 44.977 5.971 39.006 7.452.990 764.481 2.986.173 3.702.336 260.014 22.819 3.122 234.073 44.977 2.701 602 41.674 2.617.040 (1.956.277) (109.568) (129.609) 421.586 108.741 (53.053) 7.324 (19.256) 43.756 40.180 (15.229) 68 (1.348) 23.671 43.756 23.671 8.296 429.882 Imobilizado De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto nº 41.019/57, os bens e instalações utilizados principalmente na geração de energia elétrica são vinculados a tais serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do Órgão Regulador. A Resolução Aneel nº 20/99, todavia, regulamentou a desvinculação de bens das concessões do serviço público de energia elétrica, concedendo autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação, determinando que o produto da alienação seja depositado em conta bancária vinculada para aplicação na concessão. Para os contratos de concessão na modalidade de UBP, as restrições de utilização da infraestrutura estão estabelecidas no artigo 19 do Decreto nº 2.003/96. F-44 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 18.1 Imobilizado por empresa Custo Depreciação acumulada 31.12.2014 Em serviço Copel 17 Copel Geração e Transmissão (a) 12.442.625 Copel Telecomunicações 539.076 Elejor 595.074 UEG Araucária 717.218 Cutia 19 GE Boa Vista 59.652 GE Farol 87.885 GE Olho D’Água 135.896 GE São Bento do Norte 128.286 14.705.748 Custo Depreciação acumulada 31.12.2013 17 (7.628.429) 4.814.196 (334.092) 204.984 (158.705) 436.369 (297.991) 419.227 (19) (3.993) 55.659 (5.869) 82.016 (9.062) 126.834 (8.555) 119.731 (8.446.715) 6.259.033 5 12.483.418 504.115 594.856 685.801 14.268.195 (7.370.317) (312.251) (140.657) (263.587) (8.086.812) 5 5.113.101 191.864 454.199 422.214 6.181.383 306 306 1.216.378 - 1.216.378 238.706 238.706 13.567 13.567 1.721 1.721 41.907 41.907 88.508 88.508 34.999 34.999 60.374 60.374 35.624 35.624 109.439 109.439 128.690 128.690 53.736 53.736 3.185 3.185 2.700 2.700 7.328 7.328 7.987 7.987 2.045.155 - 2.045.155 16.750.903 (8.446.715) 8.304.188 (a) Custo líquido da provisão para redução ao valor recuperavél. 24 1.475.064 174.113 13.292 478 14.184 12.135 13.124 12.496 36.013 39.432 11.894 1.802.249 16.070.444 (8.086.812) 24 1.475.064 174.113 13.292 478 14.184 12.135 13.124 12.496 36.013 39.432 11.894 1.802.249 7.983.632 Em curso Copel Copel Geração e Transmissão (a) Copel Telecomunicações Elejor UEG Araucária Cutia Nova Asa Branca I Nova Asa Branca II Nova Asa Branca III Nova Eurus IV Santa Maria Santa Helena Ventos de Santo Uriel GE Boa Vista GE Farol GE Olho D’Água GE São Bento do Norte 18.2 Imobilizado por classe de ativos Custo Em serviço Reservatórios, barragens, adutoras Máquinas e equipamentos Edificações Terrenos Veículos Aeronaves Móveis e utensílios (-) Provisão para redução ao valor recuperável (a) (-) Obrigações especiais Em curso Custo (-) Provisão para redução ao valor recuperável (a) (-) Obrigações especiais Depreciação acumulada 31.12.2014 Custo Depreciação acumulada 31.12.2013 7.619.405 5.256.847 1.520.232 277.620 44.388 17.067 16.774 (4.642.025) (2.720.761) (1.029.827) (5.214) (33.183) (5.770) (9.935) 2.977.380 2.536.086 490.405 272.406 11.205 11.297 6.839 7.618.902 4.793.335 1.519.516 263.620 60.833 11.989 (4.493.402) (2.551.632) (997.021) (2.481) (33.884) (8.392) 3.125.500 2.241.703 522.495 261.139 26.949 3.597 (46.571) (14) 14.705.748 (8.446.715) (46.571) (14) 6.259.033 14.268.195 (8.086.812) 6.181.383 2.805.865 - 2.805.865 1.802.264 (760.710) (760.710) (15) 2.045.155 - 2.045.155 1.802.249 16.750.903 (8.446.715) 8.304.188 16.070.444 (a) Referem-se a ativos de concessão de geração de energia elétrica (NE nº 18.11). F-45 (8.086.812) 1.802.264 (15) 1.802.249 7.983.632 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 18.3 Mutação do imobilizado Saldos Em 1º.01.2013 Efeito da primeira consolidação de controladas Aquisições Imobilizações de obras Transferências de contas a receber vinculadas à concessão Transferências (de) para contas a receber vinculadas à concessão Resolução nº 367/2009 Transferências de (para) o intangível (NE nº 19.1) Quotas de depreciação no resultado Quotas de depreciação - créditos de Pis/Pasep e Cofins Baixas Baixas - Resolução nº 367/2009 Em 31.12.2013 Efeito da primeira consolidação de controladas Aquisições Aquisições - transações não envolvendo caixa Provisão para perda ao valor recuperável de ativos Provisão para litígios adicionada ao custo das obras Encargos financeiros transferidos para o custo das obras Imobilizações de obras Transferências de contas a receber vinculadas à concessão Transferências do intangível (NE nº 19.1) Quotas de depreciação no resultado Quotas de depreciação - créditos de Pis/Pasep e Cofins Baixas Em 31.12.2014 18.4 em serviço 5.499.913 1.054.115 1.405 Imobilizado em curso 2.371.840 65.519 420.227 (1.054.115) 157 Total 7.871.753 65.519 420.227 1.562 1.742 (165) (366.016) (1.032) (1.262) (7.317) 6.181.383 389.407 (46.571) 105.184 11.073 (374.157) (1.924) (5.362) 6.259.033 (2.824) 2.660 (1.215) 1.802.249 13.300 894.575 120.134 (760.710) 11.887 27.852 (105.184) 41.360 (308) 2.045.155 (1.082) 2.495 (366.016) (1.032) (2.477) (7.317) 7.983.632 402.707 894.575 120.134 (807.281) 11.887 27.852 11.073 41.360 (374.157) (1.924) (5.670) 8.304.188 Baixas (84) (5.598) (38) (21) Capitalizações/ Transferências (2.567) 43.493 (11.581) 11.581 1.799 Mutação do imobilizado por classe de ativos Terrenos Reservatórios, barragens, adutoras Edificações, obras civis e benfeitorias Máquinas e equipamentos Veículos Aeronaves Móveis e utensílios (-) Provisão para redução ao valor recuperável (NE nº 32.5) Outros Terrenos Reservatórios, barragens, adutoras Edificações, obras civis e benfeitorias Máquinas e equipamentos Veículos Móveis e utensílios Outros Saldo em 1º.01.2014 328.362 3.165.733 530.349 2.629.296 27.347 7.978 Adições Depreciação 28.246 (2.733) 48.058 (148.624) 62.197 (32.806) 705.815 (184.780) 5.161 (5.742) (284) 421 (1.112) 1.294.567 7.983.632 (807.281) 607.257 649.874 (376.081) 71 (5.670) Saldo em 1º.01.2014 310.891 3.024.040 484.996 2.541.016 29.834 8.161 1.472.815 7.871.753 Adições Depreciação 19.952 (2.481) 253.350 (150.608) 80.706 (33.869) 287.019 (173.945) 3.176 (5.663) 3.269 (482) (161.726) 485.746 (367.048) Baixas (11) (288) (8.601) (107) (787) (9.794) F-46 9.708 52.433 Capitalizações/ Transferências 38.962 (1.196) (16.193) (2.863) (15.735) 2.975 Saldo em 31.12.2014 353.875 3.065.167 557.089 3.188.226 15.147 11.297 9.065 (807.281) 1.911.603 8.304.188 Saldo em 31.12.2013 328.362 3.165.733 530.349 2.629.296 27.347 7.978 1.294.567 7.983.632 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 18.5 Efeitos da Lei nº 12.783/2013 no imobilizado do segmento de geração Em 12.09.2012, foi publicada a MP nº 579 que dispõe sobre a prorrogação das concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, alcançadas pela lei nº 9.074 de 1995. Em 17.09.2012 foi publicado o Decreto nº 7.805/12 que regulamenta a MP nº 579. De acordo com a MP 579/12, as Companhias que possuem contratos de concessões de geração, transmissão e distribuição de energia, vincendas entre 2015 e 2017, têm a opção de prorrogar os prazos de concessão, a critério do Poder Concedente, uma única vez pelo prazo de até 30 anos, desde que aceitem ter o vencimento antecipado de seus atuais contratos para dezembro de 2012. A referida prorrogação está vinculada à aceitação de determinadas condições estabelecidas pelo Poder Concedente, tais como: i) receita fixada conforme critérios estabelecidos pela Aneel; ii) submissão aos padrões de qualidade do serviço fixados pela Aneel; e, iii) concordância com os valores estabelecidos como indenização dos ativos vinculados à concessão. A Companhia não manifestou interesse em prorrogar as concessões de geração vincendas até 2017, conforme descrito no quadro da NE nº 35.2.5 e, por conseguinte, o evento da MP nº 579 e normativas posteriores publicadas para aquelas Usinas, não afetarão o fluxo de caixa até o final das atuais concessões, exceto em relação ao teste de Impairment descrito na NE n° 18.11 referente as unidades geradoras de caixa com indicativos em 2014 de perdas por redução ao valor recuperável de ativos. O Decreto nº 7.805/12 corrobora a premissa atualmente adotada nos testes de recuperabilidade de ativos, pois restabelece a condição de indenização a valor novo de reposição - VNR, a critério do Poder Concedente, do saldo residual dos ativos contabilizados em cada concessão. A Administração entende ter direito contratual assegurado no que diz respeito à indenização dos bens vinculados ao final das concessões de serviço público, admitindo, para cálculo de recuperação o valor novo de reposição - VNR que considerará a depreciação e a amortização acumuladas a partir da data de entrada em operação da instalação. Para as usinas alcançadas pela Lei nº 12.783, a Companhia manifestou tempestivamente junto a Aneel o interesse no recebimento dos valores complementares relativos à parcela dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou não depreciados e não indenizados, devendo formalizar a comprovação da realização dos respectivos investimentos junto aquela agência reguladora logo após o vencimento da maioria das concessões prevista para julho de 2015. F-47 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 18.6 Taxas médias de depreciação Taxas médias de depreciação (%) 31.12.2014 31.12.2013 6,38 3,36 3,37 2,13 3,32 2,30 4,39 4,39 5,00 6,92 3,56 3,43 2,35 3,63 2,30 4,39 4,39 5,00 3,33 6,25 6,20 14,29 3,33 6,25 6,25 14,29 6,87 14,60 7,18 7,70 10,50 6,30 Geração Equipamento geral Máquinas e equipamentos Geradores Reservatórios, barragens e adutoras Turbina hidráulica Turbinas a gás e a vapor Resfriamento e tratamento de água Condicionador de gás Unidade de geração eólica Administração central Edificações Máquinas e equipamentos de escritório Móveis e utensílios Veículos Telecomunicações Equipamentos de transmissão Equipamentos terminais Infraestrutura Depreciação de ativos que integram o Projeto Original das Usinas de Mauá e Colíder Os ativos do projeto original das usinas de Mauá e Colíder, ambos concessão da Copel Geração e Transmissão, são considerados pelo Poder Concedente, sem total garantia de indenização do valor residual ao final do prazo da concessão destes empreendimentos. Esta interpretação está fundamentada na lei nº 8.987/95 e no Decreto nº 2.003/96. Dessa forma, a partir da entrada em operação desses ativos, a depreciação é realizada com as taxas determinadas pela Aneel, limitadas ao prazo de concessão. Conforme previsto nos contratos de concessão, os investimentos posteriores e não previstos no projeto original, desde que aprovados pelo Poder Concedente e ainda não amortizados, serão indenizados ao final do prazo das concessões, e depreciados com as taxas estabelecidas pela Aneel a partir da entrada em operação. 18.7 UHE Colíder Em 30.07.2010, por meio do Leilão de Energia Nova nº 003/10 Aneel, a Copel Geração e Transmissão S.A. conquistou a concessão para exploração da Usina Hidrelétrica Colíder, com prazo de 35 anos, a partir de 17.01.2011, data da assinatura do Contrato de Concessão nº 001/11-MME-UHE Colíder. F-48 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma O empreendimento está inserido no Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, do Governo Federal, e será constituído por uma casa de força principal de 300 MW de potência instalada, suficientes para atender cerca de 1 milhão de habitantes, a partir do aproveitamento energético inventariado no rio Teles Pires, na divisa dos municípios de Nova Canaã do Norte e Itaúba, na região Norte do Estado do Mato Grosso. O BNDES aprovou o enquadramento do projeto da UHE Colíder para análise da viabilidade de apoio financeiro e o contrato de financiamento, no montante total de R$ 1.041.155. Em dezembro de 2013 foi liberado o montante de R$ 840.106 conforme NE nº 22.5. O início da geração comercial da unidade 1 está previsto para 30.04.2016 e das unidades 2 e 3 para maio e junho de 2016, respectivamente. A energia da UHE Colíder foi comercializada em leilão da Aneel, à tarifa final de R$ 103,40/MWh, na data base de 1º.07.2010, atualizada pela variação do IPCA para R$ 134,95 em 31.12.2014. Foram negociados 125 MW médios, a serem fornecidos a partir de janeiro de 2015, por 30 anos. A Copel Geração e Transmissão protocolou junto à Aneel um pedido de excludente de responsabilidade para que a obrigatoriedade do fornecimento da energia vendida seja postergado. O pedido encontra-se em análise pela Aneel. A garantia física do empreendimento, estabelecida no contrato de concessão, é de 179,6 MW médios, após a completa motorização. Os gastos realizados neste empreendimento apresentavam, em 31.12.2014, o saldo de R$ 1.595.148. Os compromissos totais assumidos com fornecedores de equipamentos e serviços, referentes à UHE Colíder, montam em R$ 210.761, em 31.12.2014. 18.8 Consórcio Tapajós A Copel Geração e Transmissão assinou Acordo de Cooperação Técnica com outras oito empresas para desenvolver estudos nos rios Tapajós e Jamanxim, na Região Norte do Brasil, compreendendo estudos de viabilidade e ambientais de cinco aproveitamentos hidrelétricos, totalizando 10.682 MW de capacidade instalada prevista no início dessa etapa de estudos. Os gastos realizados nesse empreendimento apresentavam, em 31.12.2014, o saldo de R$ 14.359. F-49 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 18.9 Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu Em 27.08.2013, a Copel Geração e Transmissão constituiu consórcio com a Geração Céu Azul S.A., cujo percentual de participação é 30% e 70%, respectivamente, para construir e explorar o empreendimento Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu, com potência instalada mínima de 350,20 MW, localizado no Rio Iguaçu, entre os Municípios de Capanema e de Capitão Leônidas Marques, e entre a UHE Governador José Richa e o Parque Nacional do Iguaçu, no Estado do Paraná, com geração através de 3 turbinas Kaplan. Esse consórcio recebeu a denominação "Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu" - Cebi. O início da geração comercial da unidade 1 previsto para 31.12.2017 e das unidades 2 e 3 para janeiro e fevereiro de 2018, respectivamente, sofreram alterações em função da suspensão da Licença de Instalação, conforme a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-RS), ocorrida em 16.06.2014, e que paralisou as obras a partir de seu recebimento em 07.07.2014. Os gastos realizados nesse empreendimento apresentavam, em 31.12.2014, o saldo de R$ 216.570. 18.10 Compromissos das usinas eólicas Os compromissos totais assumidos com fornecedores de equipamentos e serviços, referentes às usinas eólicas, perfazem um montante previsto de R$ 330.000, em 31.12.2014. 18.11 Redução ao valor recuperável de ativos do segmento de geração - Impairment As principais premissas que sustentam as conclusões dos testes de recuperação do imobilizado são as seguintes: • menor nível de unidade geradora de caixa: concessões de geração, analisadas individualmente; • valor recuperável: valor em uso, ou valor equivalente aos fluxos de caixa descontados (antes dos impostos), derivados do uso contínuo do ativo até o fim de sua vida útil; e • apuração do valor em uso: baseada em fluxos de caixa futuros, em moeda constante, trazidos a valor presente por taxa de desconto real e antes dos impostos sobre a renda. Os respectivos fluxos de caixa são estimados com base nos resultados operacionais realizados, no orçamento empresarial anual da Companhia, aprovado em reunião ordinária do CAD, com consequente orçamento plurianual, e tendências futuras do setor elétrico. No que tange ao horizonte de análise, leva-se em consideração a data de vencimento de cada concessão. Com relação ao crescimento de mercado, as projeções estão compatíveis com os dados históricos e perspectivas de crescimento da economia brasileira. F-50 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Os respectivos fluxos são descontados por taxa média que variam entre 7% e 8%, obtida por meio de metodologia usualmente aplicada pelo mercado, referenciada pelo Órgão Regulador e aprovada pela Administração da Companhia. A Administração entende ter direito contratual assegurado, no que diz respeito à indenização dos bens vinculados ao final das concessões de serviço público, admitindo, para fim de cálculo de recuperação a valorização dessa indenização por seu valor novo de reposição (VNR). Assim, a premissa de valorização do ativo residual ao final das concessões ficou estabelecida nos valores registrados contabilmente. No exercício de 2014 a Companhia efetuou a revisão do valor recuperável de seus ativos devido principalmente a indicativos decorrentes de período prolongado de escassez de chuvas e restrições legais ambientais. As fontes hidrelétricas de geração em 2014 foram fortemente impactadas pela escassez prolongada de chuvas ocasionando redução da oferta liquida de energia da Companhia em decorrência do relevante percentual de déficit hídrico (GSF). Os projetos de geração em construção da Companhia sofreram em 2014 impactos com a paralisação temporária das obras em decorrência de condicionantes e restrições legais ambientais a destacar a negociação da supressão vegetal da área do reservatório junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Mato Grosso. A revisão resultou no reconhecimento no resultado do exercício de uma perda por redução ao valor recuperável para os ativos do segmento de geração no montante de R$ 807.281, deste R$ 678.529 referem-se ao ativo da UHE Colíder, em construção, localizado no Estado do Mato Grosso, e R$ 128.752 referem-se aos ativos localizados no Estado do Paraná. A perda por redução ao valor recuperável foi incluída na rubrica de custos operacionais, provisões e reversões, na demonstração do resultado (NE nª 32.5). Em 2013, apesar de não ter ocorrido nenhum indicador de perda de valor recuperável de seus ativos operacionais, a Companhia realizou o teste de recuperação e não identificou necessidade de constituição de provisão para redução do valor do ativo imobilizado ao valor recuperável. F-51 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 19 Intangível Custo Em serviço Com vida útil definida Copel Geração e Transmissão (c) Copel Distribuição Copel Distribuição-obrigações especiais (19.2) Copel Telecomunicações Compagás Elejor (c) UEG Araucária Elejor Cutia São Bento (NE nº 17.1.1) Nova Asa Branca I Nova Asa Branca II Nova Asa Branca III Nova Eurus IV Santa Maria Santa Helena Ventos de Santo Uriel São Bento do Norte I São Bento do Norte II São Bento do Norte III São Miguel I São Miguel II São Miguel III Sem vida útil definida Compagás Em curso Copel Copel Geração e Transmissão Copel Distribuição Copel Distribuição-obrigações especiais (19.2) Copel Telecomunicações Compagás Nova Asa Branca I Nova Asa Branca II Nova Asa Branca III Nova Eurus IV Santa Maria Santa Helena Ventos de Santo Uriel Direito de concessão e de autorização amortização acumulada (a) Custo Contrato de concessão amortização acumulada (a) Custo Direito de uso de softwares amortização acumulada (b) Outros 31.12.2014 22.626 8.712 88.837 54.979 55.087 53.342 56.583 29.421 31.674 14.871 2.518 2.518 2.289 2.289 2.289 2.289 430.324 16.780 - 3.593.663 (327.071) 275.245 263.920 (6.602) (6.602) 3.822.537 (1.941) 18.136 (3.454.194) 302.734 - 23.371 (118.263) 5.325 (77.921) 401 (3.349.585) 47.233 (8.802) (13.249) (3.734) (269) (26.054) 43 3.510 3.553 24.216 139.469 (24.337) 10.122 158.573 189.509 132 16.024 8.712 88.837 54.979 55.087 53.342 56.583 29.421 31.674 14.871 2.518 2.518 2.289 2.289 2.289 2.289 921.406 430.324 (6.602) 3.822.537 (3.349.585) 47.233 (26.054) 21 21 3.574 21 21 921.427 3.062 151 450 44 46 250 57 442 38 52 4.592 3.062 32.103 1.299.068 (199.650) 5.805 111.412 44 46 250 57 442 38 52 1.252.729 - - 24.983 1.299.068 (199.650) 111.412 1.235.813 - 6.969 5.355 12.324 - 2.174.156 (a) Amortização durante o período de concessão/autorização a partir do início da operação comercial do empreendimento. (b) Taxa anual de amortização: 20%. (c) Direito de UBP, na modalidade de concessão onerosa. F-52 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Direito de concessão e de autorização amortização custo acumulada (a) Em serviço Com vida útil definida Copel Geração e Transmissão (c) Copel Distribuição Copel Distribuição-obrigações especiais (19.2) Copel Telecomunicações Compagás Elejor (c) UEG Araucária Elejor Cutia Nova Asa Branca I Nova Asa Branca II Nova Asa Branca III Nova Eurus IV Santa Maria Santa Helena Ventos de Santo Uriel Sem vida útil definida Compagás Em curso Copel Geração e Transmissão Copel Distribuição Copel Distribuição-obrigações especiais (19.2) Copel Telecomunicações Compagás Nova Asa Branca I Nova Asa Branca II Nova Asa Branca III Nova Eurus IV Santa Maria Santa Helena Ventos de Santo Uriel Contrato de concessão amortização custo acumulada (a) Direito de uso de softwares amortização custo acumulada (b) Outros 31.12.2013 22.626 5.809 51.659 51.745 49.948 53.154 26.813 28.955 13.445 304.154 15.884 - 3.664.119 (326.007) 239.239 263.920 (5.847) (5.847) 3.857.155 (732) 17.734 (3.269.508) 256.417 - 22.386 (101.937) 5.221 (69.141) 373 (3.184.901) 45.714 (6.108) (9.280) (3.296) (206) (18.890) 43 6.286 6.329 26.821 394.611 (69.590) 13.106 139.227 201.065 167 16.779 5.809 51.659 51.745 49.948 53.154 26.813 28.955 13.445 1.003.714 304.154 (5.847) 3.857.155 (3.184.901) 45.714 (18.890) 21 21 6.350 21 21 1.003.735 2.531 85 44 44 190 42 447 42 52 3.477 21.680 1.091.217 (154.965) 2.117 70.716 44 44 190 42 447 42 52 1.031.626 - - 17.209 1.091.217 (154.965) 70.716 1.024.177 - 1.940 2.032 3.972 - 2.035.361 (a) Amortização durante o período de concessão/autorização a partir do início da operação comercial do empreendimento. (b) Taxa anual de amortização: 20%. (c) Direito de UBP, na modalidade de concessão onerosa. F-53 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 19.1 Mutação do intangível . Saldos Em 1º.01.2013 Aquisições Participação financeira do consumidor Outorga Aneel - uso do bem público Transferências de contas a receber vinculadas à concessão Transferências de (para) o imobilizado (NE nº 18.3) Capitalizações para contas a receber vinculadas à concessão (NE nº 10.1) Capitalizações para intangível em serviço Quotas de amortização - concessão e autorização Quotas de amortização - créditos de Pis/Pasep e Cofins Baixas Baixas - Resolução nº 367/2009 Em 31.12.2013 Efeito da primeira consolidação de controladas Aquisições Participação financeira do consumidor Outorga Aneel - uso do bem público Transferências de bens destinados a uso futuro Transferências de investimentos (NE nº 17.2) Transferências para o imobilizado (NE nº 18.3) Capitalizações para contas a receber vinculadas à concessão (NE nº 10.1) Capitalizações para intangível em serviço Quotas de amortização - concessão e autorização Quotas de amortização - créditos de Pis/Pasep e Cofins Baixas Ajuste de ativos financeiros disponíveis para a venda Em 31.12.2014 19.2 Contrato de concessão Obrigações especiais em serviço em curso em serviço em curso 946.895 966.299 (108.976) (83.748) - 1.018.057 - (160.614) 5.087 - - - - Direito de concessão e autorização em serviço 23.343 38.535 275.719 - Outros em curso 6.804 5.297 - Total 1.789.152 1.299.073 (160.614) 5.087 2.589 165 (2.660) 2.589 (2.495) (712.947) 87.599 (87.599) (272.967) (14.135) (5.443) (9.755) (105) 741.844 1.179.142 - 1.105.649 8.669 2.638 - (6.519) 43.163 2.460 282 (69.590) - 82.878 6.519 (154.965) (168.933) - (755) 298.307 126.170 - 1.697 (6.627) (497) (2.669) (19) 33.174 - (1.697) (295) 7.449 11.385 22.751 18.210 (41.360) (630.069) (237.186) (12.172) (17.880) (124) 2.035.361 11.385 1.254.570 (168.933) 8.669 2.638 18.210 (41.360) (785.325) 68.275 (68.275) (294.681) (14.342) (3.807) (7.035) 497.289 1.435.463 (4.419) 46.809 2.500 363 (24.337) 119.829 4.419 (199.650) (755) 423.722 1.519 (7.159) (4) (2.777) 24.753 (1.519) 16.916 (665.496) (255.786) (11.846) (10.479) (2.777) 2.174.156 Copel Distribuição - obrigações especiais As obrigações especiais representam os recursos relativos à participação financeira do consumidor, das dotações orçamentárias da União, verbas federais, estaduais e municipais e de créditos especiais destinados aos investimentos aplicados nos empreendimentos vinculados à concessão. As obrigações especiais não são passivos onerosos e não são créditos do acionista. O prazo esperado para liquidação dessas obrigações era a data de término da concessão. Com a Resolução Normativa Aneel nº 234/06, alterada pela Resolução Normativa Aneel nº 338/08, que estabelece os conceitos gerais, as metodologias aplicáveis e os procedimentos iniciais, para realização do segundo ciclo de revisão tarifária periódica das concessionárias de serviço público de distribuição de energia elétrica, a característica dessas obrigações sofreu modificação. Tanto o saldo quanto as novas adições passaram a ser amortizados contabilmente a partir de 1º.07.2008, conforme Despacho Aneel nº 3.073/06 e Ofício Circular nº 1.314/07. A amortização é calculada utilizando a mesma taxa média da atividade de distribuição. De acordo com a regulamentação da Aneel, as obrigações especiais devem ser registradas no balanço como um redutor do total do ativo intangível e financeiro. O saldo de obrigações especiais que consta no intangível será amortizado durante o prazo da concessão. F-54 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 20 Obrigações Sociais e Trabalhistas Obrigações Sociais Impostos e contribuições sociais Encargos sociais sobre férias e 13º salário Obrigações trabalhistas Folha de pagamento, líquida Férias Participação nos lucros e/ou resultados Desligamentos voluntários Consignações a favor de terceiros 21 31.12.2014 31.12.2013 35.975 32.306 68.281 39.115 30.008 69.123 1.252 89.830 93.153 72 30 184.337 252.618 2.524 84.071 80.048 3.871 48 170.562 239.685 Fornecedores Energia elétrica Materiais e serviços Gás para revenda Encargos de uso da rede elétrica Gás para usina termelétrica - repactuação Petrobras Circulante Não circulante F-55 31.12.2014 757.174 509.674 252.103 85.879 1.604.830 1.587.205 17.625 31.12.2013 581.968 373.195 51.502 72.151 63.544 1.142.360 1.092.239 50.121 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 21.1 Principais contratos de compra de energia Contratos de compra de energia firmados em ambiente regulado, apresentados pelo valor original e reajustados anualmente pelo IPCA: Período de suprimento Energia comprada (MWmédio anual) 2007 a 2014 2008 a 2015 2009 a 2016 2007 a 2014 2010 a 2014 2010 a 2014 2012 a 2014 01.01.2014 até 31.12.2014 01.01.2014 até 30.06.2015 01.01.2014 até 31.12.2016 01.05.2014 até 31.12.2019 01.05.2014 até 31.12.2019 37,49 52,05 45,01 49,52 0,01 0,01 15,60 328,91 19,49 162,86 73,18 187,22 971,35 07.12.2004 02.04.2005 11.10.2005 14.12.2006 30.11.2009 30.11.2009 30.11.2011 17.12.2013 17.12.2013 17.12.2013 30.04.2014 30.04.2014 75,46 83,13 94,91 104,74 99,14 80,00 79,99 191,41 165,20 149,99 262,00 271,00 Leilão de energia nova 1º Leilão - Produto 2008 Hidro 1º Leilão - Produto 2008 Termo 1º Leilão - Produto 2009 Hidro 1º Leilão - Produto 2009 Termo 1º Leilão - Produto 2010 Hidro 1º Leilão - Produto 2010 Termo 3º Leilão - Produto 2011 Hidro 3º Leilão - Produto 2011 Termo 4º Leilão - Produto 2010 Termo 5º Leilão - Produto 2012 Hidro 5º Leilão - Produto 2012 Termo 6º Leilão - Produto 2011 Termo 7º Leilão - Produto 2013 Hidro 7º Leilão - Produto 2013 Termo 8º Leilão - Produto 2012 Hidro 8º Leilão - Produto 2012 Termo 2008 a 2037 2008 a 2022 2009 a 2038 2009 a 2023 2010 a 2039 2010 a 2024 2011 a 2040 2011 a 2025 2010 a 2024 2012 a 2041 2012 a 2026 2011 a 2025 2013 a 2042 2013 a 2027 2012 a 2041 2012 a 2026 3,61 25,10 3,54 40,88 69,87 65,01 57,66 54,22 15,44 53,24 115,38 9,89 110,96 0,01 0,15 624,96 16.12.2005 16.12.2005 16.12.2005 16.12.2005 16.12.2005 16.12.2005 10.10.2006 10.10.2006 26.07.2007 16.10.2007 16.10.2007 17.09.2008 30.09.2008 30.09.2008 27.08.2009 27.08.2009 106,95 132,26 114,28 129,26 115,04 121,81 120,86 137,44 134,67 129,14 128,37 128,42 98,98 145,23 144,00 144,60 Leilão de projetos estruturantes Santo Antonio Jirau 2012 a 2041 2013 a 2042 91,71 217,49 309,20 10.12.2007 19.05.2008 78,87 71,37 F-56 Data do leilão Preço médio de compra (R$/MWh) . Leilão de energia existente 1º Leilão - Produto 2007 2º Leilão - Produto 2008 4º Leilão - Produto 2009 5º Leilão - Produto 2007 8º Leilão - Produto 2010 Q5 8º Leilão - Produto 2010 D5 10º Leilão - Produto 2012 Q3 12º Leilão - Produto 2014 12M 12º Leilão - Produto 2014 18M 12º Leilão - Produto 2014 36M 13º Leilão - Produto 2014-DIS 13º Leilão - Produto 2014-QTD COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 22 Empréstimos e Financiamentos Principal Moeda estrangeira STN (22.1) Eletrobras Moeda nacional Banco do Brasil (22.2) Eletrobras (22.3) Finep (22.4) BNDES (22.5) Banco do Brasil Repasse BNDES (22.6) Notas promissórias 22.1 Encargos Passivo circulante 31.12.2014 31.12.2013 Passivo não circulante 31.12.2014 31.12.2013 - 596 596 596 596 2.154 7 2.161 70.601 70.601 62.661 62.661 570.202 49.460 5.675 59.525 157.837 24 62 12.420 728.039 49.484 5.737 71.945 716.067 49.329 6.935 20.776 830.446 81.277 27.431 1.454.196 886.893 130.427 33.622 1.104.333 11.369 696.231 696.231 456 170.799 171.395 11.825 867.030 867.626 11.838 150.000 954.945 957.106 137.373 2.530.723 2.601.324 148.742 2.304.017 2.366.678 Secretaria do Tesouro Nacional - STN Nº de Vencimento AmortiEncargos financeiros a.a. Valor do Tipo de bônus parcelas final zação (juros + comissão) contrato 31.12.2014 31.12.2013 Capitalization Bond 21 10.04.2014 semestral 8,0% + 0,20% 12.225 1.595 Par Bond 1 11.04.2024 única 6,0% + 0,20% 17.315 42.107 37.385 Discount Bond 1 11.04.2024 única Libor semestral+0,8125%+0,20% 12.082 29.090 25.835 71.197 64.815 Circulante 596 2.154 Não circulante 70.601 62.661 Empresa: Copel Data da emissão: 20.05.1998 Garantias: Conta corrente bancária centralizadora da arrecadação das receitas. Garantias depositadas (NE nº 6.1): Par Bond, no valor de R$ 33.525 (R$ 26.671 em 31.12.2013), e Discount Bond, no valor de R$ 23.431 (R$ 18.700 em 31.12.2013). Observação: Reestruturação da dívida da Controladora referente aos financiamentos sob amparo da Lei nº 4.131/62. F-57 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 22.2 Banco do Brasil S.A. Contrato Data da emissão Lei 8.727/93 (a) 21/02155-4 (b) 21/02248-8 (c) CCB 21/11062X (d) CCB 330600773 (e) NC 330600129 (f) NC 330600132 (g) NC 330600151 (h) NC 330600156 (i) NC 330600157 (j) NC 330600609 (k) 30.03.1994 10.09.2010 22.06.2011 26.08.2013 11.07.2014 31.01.2007 28.02.2007 31.07.2007 28.08.2007 31.08.2007 19.08.2011 Nº de parcelas 240 3 1 3 3 1 1 1 1 1 2 Vencimento final 1º.03.2014 15.08.2015 1º.06.2015 27.07.2018 11.07.2019 31.01.2014 28.02.2019 31.07.2019 28.08.2014 31.08.2014 21.07.2016 Encargos financeiros a.a. (juros + comissão) Valor do contrato TJLP e IGP-M + 5,098% 98,5% da taxa média do CDI 99,5% da taxa média do CDI 106,0% da taxa média do CDI 111,8% da taxa média do CDI 106,5% da taxa média do CDI 106,2% da taxa média do CDI 106,5% da taxa média do CDI 106,5% da taxa média do CDI 106,5% da taxa média do CDI 109,41% da taxa média do CDI 28.178 350.000 150.000 151.000 116.667 29.000 231.000 18.000 14.348 37.252 600.000 Circulante Não circulante 31.12.2014 173.240 205.642 171.209 121.175 239.075 18.878 629.266 1.558.485 728.039 830.446 Empresas: Copel Distribuição: (a) (b) (c) (d) (e) Copel: (f) (g) (h) (i) (j) (k) Prestações anuais: Juntamente com os juros proporcionais às parcelas; a primeira no valor de R$ 116.666, vencida em 25.08.2013 e as demais no valor de R$ 116.667, vencíveis em 11.07.2014 e 15.08.2015: (b) Juntamente com os juros proporcionais às parcelas, no valor de R$ 50.333, vencíveis em 27.07.2016, 27.07.2017 e 27.07.2018: (d) Juntamente com os juros proporcionais às parcelas, no valor de R$ 38.889, vencíveis em 11.07.2017, 11.07.2018 e 11.07.2019: (e) Destinação: Renegociação de dívida com a União: (a) Capital de giro: (b) (c) (d) Exclusivo para quitação de empréstimos: (e) (f) (g) (h) (i) (j) (k) Garantias: Receita própria: (a) Penhor de duplicatas mercantis de até 360 dias: (b) (c) Cessão de créditos: (d) (e) Observações: Em 28.02.2014, o aditivo de retificação e ratificação à NC 330600132 prorrogou o vencimento e alterou a forma de pagamento e os encargos financeiros da mesma: (f) F-58 31.12.2013 66 311.286 184.735 152.135 30.156 238.591 18.718 14.821 38.439 614.013 1.602.960 716.067 886.893 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 22.3 Contrato 1293/94 (a) 980/95 (b) 981/95 (c) 982/95 (d) 983/95 (e) 984/95 (f) 985/95 (g) 002/04 (h) 142/06 (i) 206/07 (j) 273/09 (k) 2540/06 (l) Eletrobrás - Centrais Elétricas Brasileiras S.A. Data da Nº de Vencimento emissão parcelas final 23.09.1994 180 30.06.2016 22.12.1994 80 15.11.2018 22.12.1994 80 15.08.2019 22.12.1994 80 15.02.2020 22.12.1994 80 15.11.2020 22.12.1994 80 15.11.2020 22.12.1994 80 15.08.2021 07.06.2004 120 30.07.2016 11.05.2006 120 30.09.2018 03.03.2008 120 30.08.2020 18.02.2010 120 30.12.2022 12.05.2009 60 30.10.2016 Encargos financeiros a.a. (juros + comissão) 5,5% à 6,5% + 2,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 8,0% 5,0% + 1,0% 5,0% + 1,0% 5,0% + 1,0% 5,0% + 1,5% Valor do contrato 307.713 11 1.169 1.283 11 14 61 30.240 74.340 109.642 63.944 2.844 Circulante Não circulante 31.12.2014 50.237 11 311 119 154 72 99 1.737 13.588 50.455 13.154 824 130.761 49.484 81.277 31.12.2013 83.362 12 376 142 179 77 47 2.846 17.286 59.357 14.798 1.274 179.756 49.329 130.427 Empresas: Copel Geração e Transmissão: (a) Copel Distribuição: (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) (i) (j) (k) (l) Destinação: Cobertura financeira de até 29,14% do total do projeto de Implantação da UHE Governador José Richa e do sistema de transmissão: (a) Programa Nacional de Irrigação - Proni: (b) (c) (d) (e) (f) (g) Programa de Eletrificação Rural - Luz para Todos: (h) (i) (j) (k) Programa Nacional de Iluminação Pública Eficiente - Reluz: cobertura de 75% do custo total do município de Ponta Grossa/PR: (l) Garantias: Representada pela receita própria, suportada por procuração outorgada por instrumento público, e na emissão de notas promissórias em igual número das parcelas a vencer. 22.4 Financiadora de Estudos e Projetos - Finep Contrato 2070791-00 (a) 2070790-00 (b) 21120105-00 (c) 21120105-00 (c) Data da Nº de Vencimento Encargos financeiros a.a. Valor do emissão parcelas final (juros + comissão) contrato 31.12.2014 31.12.2013 28.11.2007 49 15.12.2014 0,37% acima da TJLP 5.078 1.147 28.11.2007 49 15.12.2014 0,13% acima da TJLP 3.535 547 17.05.2012 81 15.10.2020 4% 35.095 18.344 21.223 17.05.2012 81 15.10.2020 3,5% + TR 17.103 14.824 17.640 33.168 40.557 Circulante 5.737 6.935 Não circulante 27.431 33.622 Empresas: Copel Geração e Transmissão: (a) (b) Copel Telecomunicações: (c) Destinação: Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento GER 2007: (a) Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento TRA 2007: (b) Projeto BEL - serviço de internet banda ultra larga (Ultra Wide Band - UWB): (c) Garantias: Bloqueio de recebimentos na conta corrente da arrecadação: (a) (b) (c) F-59 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 22.5 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES Contrato 820989.1 (a) 1120952.1-A (b) 1120952.1-B (c) 1220768.1 (d) 13211061 (e) 13210331 (f) 14205611-A (g) 14205611-B (h) 14205611-C (i) 11211521 (j) 11211531 (k) 11211541 (l) 11211551 (m) Data da Nº de Encargos financeiros a.a. Valor do Vencimento emissão parcelas inicial final (juros + comissão) contrato 17.03.2009 179 15.02.2012 15.01.2028 1,63% acima da TJLP 169.500 16.12.2011 168 15.05.2012 15.04.2026 1,82% acima da TJLP 42.433 16.12.2011 168 15.05.2012 15.04.2026 1,42% acima da TJLP 2.290 28.09.2012 192 15.08.2013 15.07.2029 1,36% acima da TJLP 73.122 04.12.2013 192 15.11.2015 15.10.2031 1,49% acima da TJLP 1.041.155 03.12.2013 168 15.09.2014 15.08.2028 1,49% e 1,89% acima da TJLP 17.644 15.12.2014 72 15.02.2015 15.01.2021 2,09% a.a. acima da TJLP 41.583 15.12.2014 6 15.02.2016 15.02.2021 2,09 a.a. acima da TR BNDES 17.821 15.12.2014 113 15.02.2015 15.06.2024 6% a.a. 78.921 19.03.2012 192 15.07.2014 15.06.2030 2,34% a.a. acima da TJLP 54.100 19.03.2012 192 15.07.2014 15.06.2030 2,34% a.a. acima da TJLP 40.050 19.03.2012 192 15.07.2014 15.06.2030 2,34% a.a. acima da TJLP 90.900 19.03.2012 192 15.07.2014 15.06.2030 2,34% a.a. acima da TJLP 97.000 Circulante Não circulante Empresa: Copel Geração e Transmissão: (a) (b) (c) (d) (e) (f) Copel Distribuição: (g) (h) (i) GE Farol: (j) 31.12.2014 149.196 34.451 1.859 67.700 850.782 17.273 30.008 17.874 52.170 58.635 43.349 98.311 104.533 31.12.2013 160.572 37.484 2.022 67.259 840.106 17.666 - 1.526.141 71.945 1.454.196 1.125.109 20.776 1.104.333 GE Boa Vista: (k) GE São Bento do Norte: (l) GE Olho D'Agua: (m) Destinação: Implementação da UHE Mauá e sistema de transmissão associado: (a) Implantação de linha de transmissão entre as subestações Foz do Iguaçu e Cascavel Oeste: (b) Aquisição de máquinas e equipamentos nacionais para a implantação da linha de transmissão descrita acima: (c) Implantação da PCH Cavernoso II: (d) Implantação da UHE Colíder e sistema de transmissão associado: (e) Implantação da Subestação Cerquilho III em 230/138kV: (f) Investimento em preservação de negócios, melhorias, suporte operacional e investimentos gerais em expansão: (g) (h) Máquinas e equipamentos nacionais credenciados no BNDES: (i) Construção e implantação da central geradora eólica Eol Farol: (j) Construção e implantação da central geradora eólica Eol Dreen Boa Vista: (k) Construção e implantação da central geradora eólica Eol Dreen São Bento do Norte: (l) Construção e implantação da central geradora eólica Eol Dreen Olho D'Água: (m) Garantias: Totalidade da receita proveniente da venda e/ou comercialização de energia dos CCEARs relativos ao projeto, através de Contrato de Cessão de Vinculação de Receitas, Administração de Contas e Outras Avenças: (a) (d) Cessão fiduciária dos direitos decorrentes do Contrato de Concessão nº 027/2009-Aneel, do Contrato de Prestação de Serviços de Transmissão nº 09/2010-ONS e dos contratos de uso do Sistema de Transmissão, celebrados entre o ONS, as Concessionárias e as Usuárias do Sistema de Transmissão, inclusive a totalidade da receita proveniente da prestação dos serviços de transmissão: (b) (c) Cessão fiduciária dos direitos decorrentes do Contrato de Concessão nº 01/2011MME-UHE Colíder e cessão fiduciária em decorrência do Contrato de Compra e Venda de Energia Elétrica (CCVEE) celebrado entre Copel e Sadia S.A.: (e) Cessão fiduciária dos direitos decorrentes do Contrato de Concessão de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica nº 015/2010-Aneel, celebrado entre Copel e União Federal: (f) Fiança da Companhia Paranaense de Energia; cessão fiduciária de receitas e direitos indenizatórios da concessão: (g) (h) (i) Penhor de ações de emissão das controladas pertencentes à São Bento; cessão fiduciária de recebíveis provenientes da receita de venda de energia elétrica; cessão fiduciária das máquinas e equipamentos montados ou construídos com os recursos originados deste contrato: (j) (k) (l) (m) F-60 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 22.6 Banco do Brasil - repasse de recursos do BNDES Data da Nº de Encargos financeiros a.a. Valor do Vencimento Contrato emissão parcelas inicial final (juros + comissão) contrato 31.12.2014 31.12.2013 21/02000-0 16.04.2009 179 15.03.2013 15.01.2028 2,13% acima da TJLP 169.500 149.198 160.580 149.198 160.580 Circulante 11.825 11.838 Não circulante 137.373 148.742 Empresa: Copel Geração e Transmissão Destinação: Implementação da UHE Mauá e sistema de transmissão associado, em consórcio com a Eletrosul. Garantias: Totalidade da receita proveniente da venda e/ou comercialização de energia dos CCEARs relativos ao projeto, através de Contrato de Cessão de Vinculação de Receitas, Administração de Contas e Outras Avenças. 22.7 Composição dos empréstimos e financiamentos por tipo de moeda e indexador Variação da moeda estrangeira e indexadores acumulada no período (%) 31.12.2014 % 31.12.2013 % Moeda estrangeira Dólar norte-americano 13,39 71.197 71.197 2,05 2,05 64.822 64.822 1,95 1,95 Moeda nacional TJLP IGP-M Ufir Finel CDI TR IPCA Sem indexador 0,00 3,69 0,00 0,73 10,22 0,86 6,41 - 1.605.429 80.524 50.236 1.558.486 14.824 17.821 70.433 3.397.753 3.468.950 867.626 2.601.324 46,28 2,32 1,45 44,93 0,43 0,51 2,03 97,95 100,00 1.308.607 65 96.394 83.361 1.752.895 17.640 3.258.962 3.323.784 957.106 2.366.678 39,37 2,90 2,51 52,74 0,53 98,05 100,00 Circulante Não circulante 22.8 Vencimentos das parcelas de longo prazo Moeda estrangeira Moeda nacional 514.886 317.161 310.288 250.470 129.680 70.601 1.008.238 70.601 2.530.723 31.12.2014 2016 2017 2018 2019 2020 Após 2021 F-61 Total 514.886 317.161 310.288 250.470 129.680 1.078.839 2.601.324 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 22.9 Mutação de empréstimos e financiamentos Em 1º.01.2013 Ingressos Encargos Variação monetária e cambial Transferências Amortização - principal Pagamento - encargos Em 31.12.2013 Efeito da 1ª consolidação São Bento (NE nº 17.1.2) Ingressos Encargos Variação monetária e cambial Transferências Amortização - principal Pagamento - encargos Em 31.12.2014 22.10 Moeda estrangeira circulante não circulante 3.317 56.034 2.732 258 7.974 1.347 (1.347) (1.478) (4.015) 2.161 62.661 2.722 (138) 7.940 (736) (3.413) 596 70.601 Moeda nacional circulante não circulante 257.973 1.933.554 150.000 1.089.126 143.636 38.210 241 1.342 758.215 (758.215) (30.030) (325.090) 954.945 2.304.017 20.747 288.911 221.556 229.589 59.039 45 (303) 342.497 (342.497) (424.818) (255.975) 867.030 2.530.723 Total 2.250.878 1.239.126 184.578 9.815 (31.508) (329.105) 3.323.784 309.658 221.556 291.350 7.544 (425.554) (259.388) 3.468.950 Cláusulas contratuais restritivas A Companhia e suas controladas contrataram empréstimos com cláusulas que requerem a manutenção de determinados índices econômico-financeiros dentro de parâmetros préestabelecidos, bem como outras condições a serem observadas, tal como: não alterar a participação acionária da Companhia no capital social das controladas que represente alteração de controle sem a prévia anuência. O descumprimento das condições mencionadas poderá implicar vencimento antecipado das dívidas e/ou multas. Em 31.12.2014, todas as condições foram plenamente atendidas. F-62 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 23 Emissão 5ª (a) 1ª (b) 2ª (c) 1ª (d) 1ª (e) Debêntures Data da emissão Nº de parcelas 13.05.2014 30.10.2012 26.09.2013 15.06.2013 10.06.2014 3 2 60 40 1 Vencimento inicial final 13.05.2017 30.10.2016 26.10.2013 15.09.2015 - Encargos financeiros a.a. (juros) Valor do contrato 13.05.2019 111,5% acima da DI 1.000.000 30.10.2017 DI + Spread 0,99% a.a. 1.000.000 26.09.2018 DI + Spread 1,00% a.a. 203.000 15.12.2018 TJLP+1,7% a.a.+1,0% a.a. 62.626 10.06.2015100% CDI + Spread 0,90% a.a. 330.000 Circulante Não circulante Empresas: Copel: (a) Copel Distribuição: (b) Elejor: (c) Compagás: (d) Nova Asa Branca I: (e) Nova Asa Branca II: (e) Nova Asa Branca III: (e) Nova Eurus IV: (e) 31.12.2014 31.12.2013 1.010.485 1.019.037 152.040 53.554 350.332 1.015.389 192.556 - 2.585.448 431.491 2.153.957 1.207.945 57.462 1.150.483 Santa Maria: (e) Santa Helena: (e) Ventos de Santo Uriel: (e) Características: Debêntures simples, série única, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, para distribuição pública com esforços restritos de colocação, nos termos da Instrução CVM nº 476, nos valores mínimos de: R$ 1.000.000 (a e b) e R$ 203.000 (c) Foram emitidos títulos com valor unitário de R$ 10, nas quantidades de: 100.000 (a e b) e 20.300 (c) Debêntures simples, série única, não conversíveis em ações, da espécie flutuante, emissão privada no valor de R$ 62.626: (d) Foram emitidos títulos com valor unitário de R$ 1, na quantidade de: 62.626 (d) Debêntures simples, série única, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, para distribuição pública com esforços restritos de colocação, nos termos da Instrução CVM nº 476, nos valores mínimos de: R$ 53.000 - N. Asa Branca I; R$ 58.000 - N. Asa Branca II; R$ 50.000 - N. Asa Branca III; R$ 30.000 - N. Eurus IV; R$ 50.000 - Santa Maria; R$ 58.000 - Santa Helena; e R$ 31.000 - Ventos de Santo Uriel: (e) Foram emitidos títulos com valor unitário de R$ 10, nas quantidades de: 5300 - N. Asa Branca I; 5800 - N. Asa Branca II; 5000 - N. Asa Branca III; 3000 - N. Eurus IV; 5000 - Santa Maria; 5800 - Santa Helena; 3100 - Ventos Santo Uriel: (e) O valor unitário das debêntures não será atualizado monetariamente: (a) (b) (c) (d) (e) Encargos financeiros: Juros pagos semestralmente em maio e novembro: (a) Juros pagos semestralmente em abril e outubro: (b) Juros pagos mensalmente: (c) Juros pagos trimestralmente em março, junho, setembro e dezembro: (d) Juros pagos em uma única parcela na data de vencimento: (e) Destinação: Capital de giro e/ou realização de investimentos da emissora: (a) e (b) Liquidação total do contrato de mútuo com a Copel: (c) Financiar plano de investimentos da emissora: (d) Resgate de notas promissórias e investimento nos parques eólicos: (e) Garantias: Fidejussória: (a) (b) (c) (e) Flutuante: (d) Interveniente garantidora: Copel: (b) (e) Copel, na proporção de 70% e Paineira Participações S.A., na proporção de 30%: (c) Compagás: (d) Agente fiduciário: Pentágono: (a) C&D Distribuidora de Títulos e Valores Mobilíarios S.A.: (b) (c) (e) BNDES Participações S.A. - BNDESPAR: (d) F-63 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 23.1 Mutação das debêntures circulante 12.719 40.600 89.282 15.134 (10.152) (90.121) 57.462 330.000 233.888 48.464 (40.608) (197.715) 431.491 Em 1º.01.2013 Ingressos Encargos Transferências Amortização - principal Pagamento - encargos Em 31.12.2013 Ingressos Encargos Transferências Amortização - principal Pagamento - encargos Em 31.12.2014 23.2 não circulante 997.958 162.400 5.259 (15.134) 1.150.483 1.053.378 (1.440) (48.464) 2.153.957 Total 1.010.677 203.000 94.541 (10.152) (90.121) 1.207.945 1.383.378 232.448 (40.608) (197.715) 2.585.448 Cláusulas contratuais restritivas A Copel emitiu debêntures com cláusulas que requerem a manutenção de determinados índices econômico-financeiros dentro de parâmetros pré-estabelecidos, com exigibilidade de cumprimento anual, bem como outras condições a serem observadas, tais como: não alterar a participação acionária da Companhia no capital social, que represente alteração de controle sem a prévia anuência dos debenturistas; não realizar, sem prévia e expressa autorização dos debenturistas, distribuição de dividendos ou pagamentos de juros sobre capital próprio, caso estejam em mora relativamente ao cumprimento de quaisquer de suas obrigações pecuniárias ou não atendam aos índices financeiros estabelecidos. O descumprimento destas condições poderá implicar vencimento antecipado das debêntures. Em 31.12.2014, todas as condições foram plenamente atendidas. 24 Benefícios Pós-Emprego A Companhia patrocina planos de complementação de aposentadoria e pensão (Plano Unificado e Plano III) e de assistência médica e odontológica (Plano Assistencial), para seus empregados ativos e pós-emprego e seus dependentes legais. 24.1 Plano de benefício previdenciário O plano previdenciário unificado é um plano de Benefício Definido - BD em que a renda é prédeterminada em função do nível salarial de cada indivíduo, e o plano previdenciário III é um plano de Contribuição Definida - CD. As parcelas de custos assumidas pelas patrocinadoras desses planos são registradas de acordo com avaliação atuarial preparada anualmente por atuários independentes, de acordo com o IAS 19 (R1) e IFRIC 14. As premissas econômicas e financeiras para efeitos da avaliação atuarial são discutidas com os atuários independentes e aprovadas pela Administração das patrocinadoras. F-64 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 24.2 Plano de benefício assistencial A Companhia aloca recursos para a cobertura das despesas de saúde dos empregados e de seus dependentes, dentro de regras, limites e condições estabelecidos em regulamentos específicos. A cobertura inclui exames médicos periódicos e é estendida a todos os aposentados e pensionistas vitaliciamente. 24.3 Balanço patrimonial e resultado do exercício Os valores consolidados reconhecidos no passivo, na conta de Benefícios pós-emprego, estão resumidos a seguir: Plano previdenciário Plano assistencial Circulante Não circulante 31.12.2014 31.12.2013 1.030 897.588 898.618 37.404 861.214 5 967.227 967.232 29.983 937.249 Os valores consolidados reconhecidos no demonstrativo de resultado estão resumidos a seguir: Plano previdenciário (CD) Plano previdenciário (CD) - administradores Plano assistencial - pós-emprego Plano assistencial Plano assistencial - administradores 24.4 31.12.2014 31.12.2013 53.955 1.256 102.108 44.086 137 51.857 988 76.815 46.435 101 31.12.2012 46.345 751 94.456 41.269 57 201.542 176.196 182.878 Mutação dos benefícios pós-emprego Circulante Não circulante 25.819 675.230 76.524 Em 1º.01.2013 Apropriação do cálculo atuarial Contribuições previdenciárias e assistenciais Ajuste referente a perdas atuariais 119.149 - 119.149 - 216.967 216.967 Transferências 31.472 Amortizações (146.457) Em 31.12.2013 Apropriação do cálculo atuarial Contribuições previdenciárias e assistenciais Ajuste referente a perdas atuariais Transferências Amortizações Em 31.12.2014 29.983 118.392 37.760 (148.731) 37.404 F-65 Total 701.049 76.524 (31.472) 937.249 102.108 (140.383) (37.760) 861.214 (146.457) 967.232 102.108 118.392 (140.383) (148.731) 898.618 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 24.5 Avaliação atuarial 24.5.1 Premissas atuariais As premissas atuariais utilizadas para determinação dos valores de obrigações e custos, para 2014 e 2013, estão demonstradas a seguir: Real Econômicas Inflação a.a. Taxa de desconto/retorno esperados a.a. Planos de benefícios previdenciários Planos de benefícios assistenciais Crescimento salarial a.a. Demográficas Tábua de mortalidade Tábua de mortalidade de inválidos Tábua de entrada em invalidez 6,10% 6,15% 2,00% 2014 Nominal Real 6,40% 12,89% 12,94% 8,53% 6,08% 6,20% 2,00% AT - 2000 WINKLEVOSS A. VINDAS 2013 Nominal 5,93% 12,37% 12,50% 8,05% AT - 2000 AT - 83 Light M 24.5.2 Número de participantes e beneficiários Número de participantes ativos Número de participantes inativos Número de dependentes Total Plano previdenciário 31.12.2014 31.12.2013 8.723 9.325 7.702 7.211 16.425 16.536 Plano assistencial 31.12.2014 31.12.2013 8.429 8.824 7.458 6.233 24.935 24.307 40.822 39.364 24.5.3 Expectativa de vida a partir da idade média – Tábua AT-2000 (em anos) Em 31.12.2014 Participantes aposentados Participantes pensionistas Em 31.12.2013 Participantes aposentados Participantes pensionistas Plano BD Plano CD 16,75 17,17 24,67 32,62 17,72 18,48 26,67 30,12 A idade média dos participantes inativos dos planos de aposentadoria e assistência médica da Companhia é de 64,0 anos. 24.5.4 Avaliação atuarial Com base na revisão das premissas, os valores do plano previdenciário para 31.12.2014 totalizaram um superávit do plano de R$ 183.117, enquanto que, em 31.12.2013, a posição era de R$ 362.035, resumidas abaixo: F-66 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Obrigações total ou parcialmente cobertas Valor justo dos ativos do plano Estado de cobertura do plano Ativo não reconhecido Plano Previdenciário 4.379.430 (4.562.547) (183.117) 183.117 - Plano Assistencial 1.047.284 (149.696) 897.588 897.588 31.12.2014 5.426.714 (4.712.243) 714.471 183.117 897.588 31.12.2013 5.033.805 (4.428.613) 605.192 362.035 967.227 A Companhia procedeu ajustes no seus passivos assistenciais através de relatório atuarial, data base 31.12.2014, quando efetuaram os registros, em outros resultados abrangentes, do valor total de R$ 140.383, correspondente a uma redução apurada naquela data base. 24.5.5 Movimentação do passivo atuarial Valor presente da obrigação atuarial líquida em 1º.01.2012 Custo de serviço Custo dos juros Benefícios pagos Benefícios concedidos (Ganhos) / perdas atuariais Plano previdenciário 3.807.850 330 342.636 (264.676) 244 677.202 Plano assistencial 563.823 2.341 83.074 (13.278) 212.796 Valor presente da obrigação atuarial líquida em 31.12.2012 Custo de serviço Custo dos juros Benefícios pagos Benefícios concedidos (Ganhos) / perdas atuariais Valor presente da obrigação atuarial líquida em 31.12.2013 Custo de serviço Custo dos juros Benefícios pagos (Ganhos) / perdas atuariais Valor presente da obrigação atuarial líquida em 31.12.2014 4.563.586 1.115 359.412 (249.939) (244) (732.822) 3.941.108 600 405.498 (276.463) 308.687 4.379.430 848.756 11.852 62.241 (46.373) 216.221 1.092.697 8.055 110.906 (65.911) (98.463) 1.047.284 F-67 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 24.5.6 Movimentação do ativo atuarial Plano previdenciário Valor justo do ativo do plano em 1º.01.2012 Retorno esperado dos ativos Plano assistencial 3.984.143 120.790 421.581 13.867 Contribuições e aportes 27.027 Benefícios pagos (264.676) Benefícios concedidos Ganhos / (perdas) atuariais Valor justo do ativo do plano em 31.12.2012 Retorno esperado dos ativos Contribuições e aportes Benefícios pagos Benefícios concedidos Ganhos / (perdas) atuariais Valor justo do ativo do plano em 31.12.2013 Retorno esperado dos ativos Contribuições e aportes Benefícios pagos Ganhos / (perdas) atuariais Valor justo do ativo do plano em 31.12.2014 (13.277) 244 - 973.555 27.316 5.141.874 438.761 2.077 (249.939) (244) (1.029.386) 4.303.143 524.992 27.321 (276.463) (16.446) 4.562.547 148.696 (46.373) 23.147 125.470 15.945 8.281 149.696 24.5.7 Custos estimados Os custos (receitas) estimados para 2015 estão demonstrados a seguir: Custo do serviço corrente Custo estimado dos juros Rendimento esperado do ativo do plano Contribuições estimadas dos empregados Custos (receitas) Plano previdenciário 471 559.365 (564.871) (229) (5.264) F-68 Plano assistencial 34.803 127.622 (19.223) 143.202 2015 35.274 686.987 (584.094) (229) 137.938 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 24.5.8 Análise de sensibilidade As tabelas a seguir apresentam a análise de sensibilidade, que demonstra o efeito de um aumento ou uma redução de um ponto percentual nas taxas presumidas de variação dos custos assistenciais, sobre o agregado dos componentes de custo de serviço e custo de juros dos custos assistenciais líquidos periódicos pós-emprego e a obrigação de benefícios assistenciais acumulada pós-emprego. . Atual Sensibilidade da taxa de juros de longo prazo Impactos nas obrigações do programa previdenciário Impactos em milhares de reais - R$ Impactos nas obrigações do programa de saúde Impactos em milhares de reais - R$ Sensibilidade da taxa de crescimento de custos médicos Impactos nas obrigações do programa de saúde Impactos em milhares de reais - R$ Sensibilidade ao custo do serviço Impactos nas obrigações do programa previdenciário Impactos em milhares de reais - R$ Impactos nas obrigações do programa de saúde Impactos em milhares de reais - R$ 6,10% Cenários projetados Aumento 1% Redução 1% -6,28% (275.214) -14,70% (153.192) 8,41% 368.335 10,21% 106.421 1,00% 3,70% 63.641 -9,22% (158.440) 1,00% -0,18% (7.918) -4,97% (51.861) 0,24% 10.598 3,76% 39.167 6,15% 1,00% 24.5.9 Benefícios a pagar Os benefícios estimados a serem pagos pela Companhia, nos próximos cinco anos, e o total de benefícios para os exercícios fiscais subsequentes, são apresentados abaixo: 2015 2016 2017 2018 2019 2020 a 2050 Plano previdenciário 387.962 398.139 389.454 378.318 367.715 4.473.409 Outros benefícios 71.907 68.932 66.598 64.688 63.625 1.216.661 Total 459.869 467.071 456.052 443.006 431.340 5.690.070 24.5.10 Alocação de ativos e estratégia de investimentos A alocação de ativos para os planos previdenciários e assistencial da Companhia no final de 2014 e a alocação-meta para 2015, por categoria de ativos, são as seguintes: Meta para 2015 88,6% 3,7% 1,6% 1,9% 4,2% 100,0% Renda fixa Renda variável Empréstimos Imóveis Investimentos estruturados Abaixo são apresentados os limites estipulados pela administração do Fundo: F-69 2014 84,2% 8,8% 1,9% 2,0% 3,1% 100,0% COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Plano Unificado (BD) Plano III (CD) meta (%)(*) mínimo (%) meta (%) mínimo (%) Renda fixa 93,0% 87,0% 79,7% 54,6% Renda variável 1,0% 0,0% 8,9% 7,6% Empréstimos 1,0% 0,0% 2,8% 1,5% Imóveis 2,5% 1,0% 0,9% 0,0% Investimentos estruturados 2,5% 0,0% 7,7% 0,0% (*) Meta baseada no total de investimentos de cada plano. A Administração da Fundação Copel decidiu manter participação mais conservadora em renda variável, em relação ao limite legal permitido, que é de 70%. Em 31.12.2014 e 2013, os valores dos ativos do plano previdenciário incluíam os seguintes títulos mobiliários emitidos pela Copel: Plano previdenciário de benefícios definidos 31.12.2014 31.12.2013 2.154 1.832 Ações 2.154 1.832 24.5.11 Informações adicionais A Companhia também patrocina um plano de contribuição definida para todos os empregados. As contribuições nos exercícios encerrados em 31.12.2014 e 31.12.2013 foram de R$ 66.914 e R$ 70.240, respectivamente. 25 Encargos do Consumidor a Recolher 31.12.2014 11.709 11.524 23.233 Conta de desenvolvimento energético - CDE Reserva global de reversão - RGR 26 26.1 31.12.2013 6.342 31.652 37.994 Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética Saldos constituídos para aplicação em P&D e PEE Pesquisa e desenvolvimento - P&D FNDCT (a) MME P&D Programa de eficiência energética - PEE Aplicado e não concluído Saldo a recolher Saldo a aplicar Saldo em 31.12.2014 Saldo em 31.12.2013 37.836 37.836 26.068 63.904 5.742 2.872 8.614 8.614 174.148 174.148 89.098 263.246 Circulante Não circulante 5.742 2.872 211.984 220.598 115.166 335.764 175.972 159.792 3.771 1.887 171.928 177.586 104.995 282.581 127.860 154.721 (a) Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico F-70 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 26.2 Mutação dos saldos de P&D e PEE FNDCT MME P&D PEE Circulante Circulante Circulante Não circulante Circulante Não circulante Em 1º.01.2013 3.424 1.712 40.323 102.061 114.140 2.500 Constituições 21.692 10.847 869 20.825 25.109 Contrato de desempenho 619 Juros Selic 111 10.207 4.907 Transferências 8.121 (8.121) 3.386 (3.386) Recolhimentos (21.345) (10.672) Conclusões (2.468) (42.280) Em 31.12.2013 3.771 1.887 46.956 124.972 75.246 29.749 Constituições 33.021 16.509 964 32.054 31.709 Contrato de desempenho 1.111 Juros Selic 185 15.833 7.381 Transferências 42.002 (42.002) 41.015 (41.015) Recolhimentos (31.050) (15.524) Conclusões (8.980) (30.030) Em 31.12.2014 5.742 2.872 81.127 130.857 86.231 28.935 F-71 Total 264.160 79.342 619 15.225 (32.017) (44.748) 282.581 114.257 1.111 23.399 (46.574) (39.010) 335.764 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 27 Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público Referem-se aos encargos de outorga de concessão pelo direito de uso do bem público - UBP. Circulante UHE Mauá (a) UHE Colider (b) UHE Baixo Iguaçu (c) PCH Cavernoso (d) PCH Apucaraninha (e) PCH Chopim I (f) PCH Chaminé (g) PCH Derivação Rio Jordão (h) Complexo Energético FundãoSanta Clara (i) Outorga 29.06.2007 29.12.2010 19.07.2012 11.07.2013 11.07.2013 11.07.2013 11.07.2013 11.07.2013 Assinatura 03.07.2007 17.01.2011 20.08.2012 11.07.2013 11.07.2013 11.07.2013 11.07.2013 24.02.2014 Não circulante Final 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2014 31.12.2013 07.2042 973 913 13.227 12.612 01.2046 1.564 118 18.057 17.091 01.2047 5.363 07.2018 36 35 81 101 07.2018 251 247 568 702 07.2015 33 55 26 07.2018 434 427 983 1.214 02.2019 217 589 - 23.10.2001 25.10.2001 10.2036 51.447 54.955 49.686 51.481 397.904 436.772 388.547 420.293 Empresas: Copel Geração e Transmissão: (a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) Elejor: (i) Taxa de desconto no cálculo do valor presente: Taxa desconto real e líquida, compatível com a taxa estimada de longo prazo, não tendo vinculação com a expectativa de retorno do projeto: 5,65% a.a. (a) 7,74% a.a. (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) 11,00% a.a. (i) Pagamento à União: Parcelas mensais equivalentes a 1/12 do pagamento anual proposto de R$ 643 (51% de R$ 1.262), conforme clausula 6ª do Contrato de Concessão nº 001/07: (a) Parcelas mensais equivalentes a 1/12 do pagamento anual proposto de R$ 1.256, a partir da entrada em operação comercial da UHE, conforme cláusula 6ª do Contrato de Concessão nº 001/11: (b) Parcelas mensais equivalentes a 1/12 do pagamento anual proposto, conforme cláusula 5ª do Contrato de Concessão nº 007/2013, pelo prazo de 5 anos: (c) (d) (e) (f) (g) (h) Parcelas mensais equivalentes a 1/12 do pagamento anual proposto de R$ 19.000, do 6º ao 35º ano de concessão ou enquanto estiver na exploração dos aproveitamentos hidrelétricos, conforme Termo de Ratificação do Lance e cláusula 6ª do Contrato de Concessão nº 125/01: (i) Correção anual das parcelas: Variação IPCA: (a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) Variação IGP-M: (i) 27.1 Valor nominal e valor presente - uso do bem público Valor nominal 56.062 56.394 56.516 56.203 1.020.921 1.246.096 2014 2015 2016 2017 Após 2017 F-72 Valor presente 53.071 48.219 43.659 39.205 307.573 491.727 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 27.2 Mutação de contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público Em 1º.01.2013 Outorga Aneel - uso do bem público Transferências Pagamentos Não circulante 399.080 4.338 49.128 (49.128) (48.966) Variação monetária Em 31.12.2013 Outorga Aneel - uso do bem público Transferências Pagamentos Variação monetária Em 31.12.2014 28 Circulante 48.477 749 29.1 (48.966) 2.093 66.003 68.096 51.481 215 53.214 (51.716) 1.761 54.955 420.293 8.454 (53.214) 61.239 436.772 471.774 8.669 (51.716) 63.000 491.727 Circulante Não circulante 31.12.2014 27.817 22.259 21.267 18.228 17.721 15.954 35.048 158.294 157.988 306 31.12.2013 19.428 22.952 21.489 14.286 18.745 40.344 137.244 137.011 233 Outras Contas a Pagar Devolução ao consumidor Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos Taxa de iluminação pública arrecadada Aquisição de investimentos Cauções em garantia Consumidores Outras obrigações 29 - Total 447.557 5.087 Provisões para Litígios e Passivo Contingente Provisões para litígios A Companhia e suas controladas respondem por diversos processos judiciais cujas perdas são consideradas prováveis, com base na avaliação de seus assessores legais, para as quais foram constituídas provisões. F-73 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Mutações das provisões e principais ações Saldo em 1º.01.2014 Fiscais Cofins (a) Outras Trabalhistas (b) Benefícios a empregados (c) Cíveis Fornecedores (d) Cíveis e direito administrativo (e) Servidões de passagem Desapropriações e patrimoniais (f) Consumidores Ambientais Regulatórias (g) Adições 243.131 44.108 287.239 196.054 94.809 11.255 9.658 20.913 139.181 56.217 (15.310) (15.310) (661) (414) 64.775 197.838 10.639 353.461 9.633 636.346 211 51.468 1.266.127 65.040 15.770 39.005 970 120.785 268 6.975 344.339 (4.095) (47) (1) (4.143) (20.528) Saldo em 1º.01.2013 Fiscais Cofins (a) Outras Trabalhistas (b) Benefícios a empregados (c) Cíveis Fornecedores (d) Cíveis e direito administrativo (e) Servidões de passagem Desapropriações e patrimoniais (f) Consumidores Ambientais Regulatórias (g) Adições no Custo de imobilizado Saldo em Reversões construção em curso Quitações 31.12.2014 Adições (1.850) (1.850) (1.850) 11.887 11.887 11.887 (998) (998) (8.328) (36.069) 254.386 37.458 291.844 326.246 114.543 60.680 (6.662) 256.169 (1.002) 25.407 (284) 402.219 10.602 (7.948) 755.077 479 58.443 (53.343) 1.546.632 Custo de Saldo em Reversões construção Quitações 31.12.2013 243.131 51.445 294.576 154.990 78.670 14.096 14.096 53.964 88.359 (21.433) (21.433) (1.577) (45.563) - 68.630 176.811 5.964 317.472 7.477 576.354 193 50.925 1.155.708 49.210 5.771 35.063 3.024 93.068 35 5.328 254.850 (3.855) (21.621) (953) (868) (27.297) (17) (4.785) (100.672) 943 943 943 (11.323) (26.657) 243.131 44.108 287.239 196.054 94.809 64.775 (6.562) 197.838 (143) 10.639 (17) 353.461 9.633 (6.722) 636.346 211 51.468 (44.702) 1.266.127 Informações sobre as principais ações a) Contribuição para o financiamento da seguridade social - Cofins Autor: Receita Federal Cobrança da Cofins dos períodos de agosto de 1995 a dezembro de 1996 e de outubro de 1998 a junho de 2001, como decorrência de desconstituição de sentença que havia reconhecido a imunidade da Companhia quanto ao recolhimento da Cofins. Situação atual: aguardando julgamento. b) Trabalhistas Autores: ex-empregados da Copel e de suas controladas e ex-empregados de seus empreiteiros e empresas terceirizadas F-74 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Ações movidas por ex-empregados envolvendo cobrança de horas-extras, periculosidade, adicional de transferência, equiparação/reenquadramento salarial e outras, e também ações movidas por ex-empregados de seus empreiteiros e empresas terceirizadas (responsabilidade subsidiária), envolvendo cobrança de parcelas indenizatórias e outras. c) Benefícios a empregados Autores: ex-empregados aposentados da Copel e de suas subsidiárias integrais Ações de reclamatórias trabalhistas contra a Fundação Copel, que causarão, consequentemente, reflexos para a Companhia e suas subsidiárias integrais, na medida em que forem necessários aportes complementares. d) Fornecedores Autores: Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A. A Copel Distribuição promoveu ação judicial para discutir a validade de cláusulas e condições ilegais em contrato de compra e venda de energia firmado com as empresas Rio Pedrinho Energética S.A. e Consórcio Salto Natal Energética S.A.. As vendedoras, após rescindirem o pacto, provocaram a Câmara de Arbitragem da Fundação Getúlio Vargas, que condenou a Copel Distribuição a pagar a multa contratual, ao entendimento de que esta dera causa à rescisão. Na fase de cumprimento/execução de sentença, os fornecedores apresentaram cartas de fiança bancária como garantia e, após, levantaram valores penhorados, porém a ação permanece classificada como perda provável, em razão de execução de saldo remanescente. Além do valor provisionado, o valor de R$ 28.345, contabilizado na conta de Fornecedores, também compõe o total da dívida. Situação atual: Pelo Juízo da 3ª Vara da Fazenda Pública foi determinado o pagamento de R$ 22.162 como saldo remanescente, com a consequente liberação a favor das exequentes os valores de R$ 12.790 e R$ 9.372, em 12.04.2012, mediante caução de fiança bancária. Em decisão publicada em 27.01.2015, o juiz deferiu pedido de liberação das cauções em favor da Rio Pedrinho Energética, contudo, outro magistrado manteve sem alteração as cauções dos valores discutidos com o Consórcio Salto Natal, decisão submetida ao Tribunal de Justiça pelo Consórcio Salto Natal, via agravo de instrumento. e) Cíveis e direito administrativo Autor: Tradener Ltda. Valor estimado: R$ 76.119 Ações populares e civis públicas ajuizadas nas quais se aponta ilegalidades e nulidades relativas à celebração do contrato de comercialização de energia elétrica firmado entre a Tradener e a Companhia. A ação popular nº 588/2006 já transitou em julgado e a decisão F-75 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma reconheceu como válida as comissões devidas pela Companhia à Tradener. Na ação civil pública nº 0000219-78.2003.8.16.0004, ajuizada pelo Ministério Público, também há decisão no sentido da ausência de irregularidades no contrato de comercialização de energia. Diante disso, a Tradener ajuizou ações de cobrança, visando o recebimento de suas comissões. Situação atual: - autos nº 0005550-26.2012.8.16.0004 - em sentença proferida em 29.09.2014, a Companhia foi condenada ao pagamento das comissões devidas à Tradener, no valor de R$ 17.765, em 30.09.2012, que, acrescido de juros de mora de 1% ao mês, contados da data da citação (25.10.2012), bem como em honorários advocatícios fixados em 9% sobre o valor da condenação e em custas processuais, totaliza R$ 25.468, em 31.12.2014. Dessa decisão, a Companhia interpôs recurso de apelação, o qual ainda não foi julgado. - autos nº 00059-90.22.2012.8.16.0004 - em sentença proferida em 27.01.2014 a Companhia foi condenada ao pagamento do valor de R$ 50.651, que é o valor atualizado pelo INPC/IBGE a partir do vencimento das comissões devidas à Tradener no contrato de comercialização firmado com a Celesc, acrescido de juros de mora de 1% ao mês, contados da citação (31.10.2012), bem como em honorários advocatícios no valor de R$ 55, que deve ser corrigido a partir da prolação da sentença, pelo INPC/IBGE, a partir de 27.01.2014. Dessa decisão, a Companhia interpôs recurso de apelação, o qual ainda não foi julgado. f) Desapropriações e patrimoniais Autor: Ivaí Engenharia de Obras S.A. Valor estimado: R$ 349.080 Ação de cobrança proposta pela autora com base em anterior ação declaratória cujo objetivo era o reconhecimento do direito de crédito da autora pelo desequilíbrio da equação econômicofinanceira de contrato firmado com a Copel Geração e Transmissão. Situação atual: aguardando julgamento do 2º recurso de embargos de declaração da Copel Geração e Transmissão perante o STJ, no qual se discute diferença de valores decorrentes da incidência de taxa Selic como índice de correção monetária somada aos juros de mora, aplicados na elaboração do laudo pericial. Já há execução provisória em andamento, porém, está suspensa por medida cautelar da Copel apresentada e acolhida no Tribunal de Justiça do Paraná em dezembro/2014. g) Regulatórias Autores: Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE e Dona Francisca Energética S.A. Valor estimado: R$ 41.915 A Copel, a Copel Geração e Transmissão e a Copel Distribuição estão discutindo nas esferas administrativa e judicial notificações do Órgão Regulador sobre eventuais descumprimentos de normas regulatórias, dentre eles ações judiciais envolvendo as empresas citadas, contra o Despacho Aneel nº 288/2002. F-76 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Situação atual: aguardando julgamento. 29.2 Passivo contingente A Companhia responde por diversos processos judiciais cujas perdas são consideradas como possíveis, com base na avaliação de seus assessores legais, para as quais não há provisão constituída. Fiscais (a) Trabalhistas Benefícios a empregados Cíveis (b) Regulatórias 31.12.2014 31.12.2013 1.356.224 558.873 107.118 698.084 18.464 1.384.115 342.887 97.979 1.006.786 56.193 2.738.763 2.887.960 Informações sobre as principais ações a) Fiscais Autor: Receita Federal Valor estimado: R$ 759.810 Processo administrativo decorrente ação rescisória do Cofins. Refere-se a juros e multa do período de 1995/96, sendo que, em virtude dos fortes argumentos para a defesa destes encargos, sua classificação está como possível. O principal deste débito, porém, está classificado como provável e é objeto de discussão na execução fiscal ajuizada pela União, em trâmite na 2ª Vara Federal, conforme nota 29.1-a. Situação atual: aguardando julgamento. Autor: Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS Valor estimado: R$ 271.163 Exigências fiscais contra a Copel referentes à execução fiscal de contribuição previdenciária (NFLD nº 35.273.870-7). Situação atual: aguardando julgamento. Autor: Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS Valor estimado: R$ 50.798 Exigências fiscais contra a Copel referentes à execução fiscal, com o objetivo de obter contribuição previdenciária incidente sobre a cessão de mão-de-obra (NFLD nº 35.273.876-6). Situação atual: aguardando julgamento. F-77 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma b) Cíveis Autor: Mineradora Tibagiana Ltda. Valor estimado: R$ 52.625 Ação para indenização sobre supostos prejuízos nas atividades da mineradora pelas obras de construção da Usina Mauá, pelo Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, do qual a Copel Geração e Transmissão participa com o percentual de 51%. Situação atual: aguardando julgamento. Autor: Ivaí Engenharia de Obras S.A. Valor estimado: R$ 289.621 Ação de cobrança proposta pela autora com base em anterior ação declaratória cujo objetivo era o reconhecimento do direito de crédito da autora pelo desequilíbrio da equação econômicofinanceira de contrato firmado com a Copel Geração e Transmissão. O valor principal deste débito está classificado como de perda provável. Situação atual: aguardando julgamento do 2º recurso de embargos de declaração da Copel Geração e Transmissão perante o STJ, no qual se discute diferença de valores decorrentes da incidência de taxa Selic como índice de correção monetária somada aos juros de mora, aplicados na elaboração do laudo pericial. Já há execução provisória em andamento, porém, está suspensa por medida cautelar da Copel apresentada e acolhida no Tribunal de Justiça do Paraná em dezembro/2014. Autores: franquiados de Agência/loja Copel Valor estimado: R$ 33.918 Propositura de duas ações individuais contra a Copel Distribuição, em razão de contratos de franquia de Agência/loja Copel, com pedido principal de prorrogar a vigência da contratação e pedido secundário de reconhecer a ocorrência de subconcessão, com a transferência dos serviços prestados e o repasse integral dos valores das tarifas, dentre outras verbas. Situação atual: aguardando julgamentos. F-78 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 30 30.1 Patrimônio Líquido Atribuível aos acionistas da empresa controladora 30.1.1 Capital social O capital social integralizado monta a R$ 6.910.000. Sua composição por ações (sem valor nominal) e principais acionistas é a seguinte: Acionistas Estado do Paraná BNDESPAR Eletrobrás Custódias em bolsa: BM&FBOVESPA (a) NYSE (b) Latibex (c) Prefeituras Outros Ordinárias nº ações % 85.028.598 58,63 38.298.775 26,41 1.530.774 1,06 Preferenciais "A" nº ações % - Número de ações em unidades Preferenciais "B" Total nº ações % nº ações % 85.028.598 31,07 27.282.006 21,27 65.580.781 23,96 1.530.774 0,56 19.060.366 13,14 128.427 33,77 55.065.282 42,94 814.822 0,56 45.768.198 35,69 67.549 0,05 178.393 0,12 9.326 2,45 3.471 119.352 0,08 242.538 63,78 57.498 0,05 145.031.080 100,00 380.291 100,00 128.244.004 100,00 (a) Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (b) Bolsa de Valores de Nova Iorque (c) Mercado de Valores Latino Americano em Euros, vinculado à Bolsa de Valores de Madri 74.254.075 46.583.020 67.549 191.190 419.388 273.655.375 27,14 17,03 0,02 0,07 0,15 100,00 O valor de mercado das ações da Companhia em 31.12.2014 está demonstrado a seguir: Ações ordinárias Ações preferenciais classe "A" Ações preferenciais classe "B" Número de ações em unidades 145.031.080 380.291 128.244.004 273.655.375 F-79 Valor de mercado 3.610.940 11.409 4.561.953 8.184.302 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 30.1.2 Ajustes de avaliação patrimonial Mutação de ajustes de avaliação patrimonial Ajuste Avaliação Patrimonial Em 01.01.2012 Outros Resultados Abrangentes Acumulados Total 1.442.742 23.304 1.466.046 Ajustes referentes a ativos financeiros disponíveis para venda: Aplicações financeiras Tributos sobre os ajustes Contas a receber vinculadas à concessão Tributos sobre os ajustes Investimentos em participações societárias Tributos sobre os ajustes - 2.261 (768) (13.116) 4.459 406 (139) 2.261 (768) (13.116) 4.459 406 (139) Outros ganhos: Outros ganhos - créditos de controlada Tributos sobre os outros ganhos - 3.164 (1.076) 3.164 (1.076) - (207.947) 63.374 (207.947) 63.374 (154.006) 52.362 - (626) (154.006) 52.362 (626) 1.341.098 (126.704) 1.214.394 - (6.929) 2.356 (306) 104 (6.929) 2.356 (306) 104 - (216.967) 73.769 18.881 (216.967) 73.769 18.881 (154.763) 52.620 - (154.763) 52.620 1.238.955 (255.796) 983.159 - 1.070 (363) (190) 65 1.070 (363) (190) 65 Ajustes referentes a passivos atuariais Benefícios pós-emprego Tributos sobre os ajustes Benefícios pós-emprego - 140.383 (48.584) (582) 140.383 (48.584) (582) Outros ajustes: Outros ajustes - controladas Tributos sobre os outros ajustes - (2.777) 945 (2.777) 945 (149.295) 50.760 (2.466) (850) 4.381 - 1.308 (149.295) 50.760 (2.466) (850) 4.381 1.308 1.141.485 (164.521) 976.964 Ajustes referentes a passivos atuariais Benefícios pós-emprego Tributos sobre os ajustes Realização dos ajustes de avaliação patrimonial: Custo atribuído do imobilizado Tributos sobre a realização dos ajustes Atribuível aos acionistas não controladores Em 31.12.2012 Ajustes referentes a ativos financeiros disponíveis para venda: Aplicações financeiras Tributos sobre os ajustes Investimentos em participações societárias Tributos sobre os ajustes Ajustes referentes a passivos atuariais Benefícios pós-emprego Tributos sobre os ajustes Benefícios pós-emprego Realização dos ajustes de avaliação patrimonial: Custo atribuído do imobilizado Tributos sobre a realização dos ajustes Em 31.12.2013 Ajustes referentes a ativos financeiros disponíveis para venda: Aplicações financeiras Tributos sobre os ajustes Investimentos em participações societárias Tributos sobre os ajustes Realização dos ajustes de avaliação patrimonial: Custo atribuído do imobilizado Tributos sobre a realização dos ajustes Custo atribuído do imobilizado - equivalência Custo atribuído do imobilizado - realização de investimento Passivo atuarial - realizado de investimento Atribuível aos acionistas não controladores Em 31.12.2014 F-80 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 30.1.3 Proposta de distribuição de dividendos Cálculo dos dividendos mínimos obrigatórios (25%) - (1) Lucro líquido do exercício Reserva legal (5%) Realização do ajuste de avaliação patrimonial Base de cálculo para dividendos mínimos obrigatórios Distribuição total proposta - (2) (3+5) 31.12.2014 31.12.2013 1.205.950 (60.298) 99.394 1.245.046 311.262 1.072.560 (53.628) 102.143 1.121.075 280.268 622.523 560.537 Juros sobre capital próprio, brutos - (3) IRRF s/ os juros sobre capital próprio Juros sobre capital próprio, líquidos - (4) 30.000 (3.161) 26.839 180.000 (16.107) 163.893 Dividendos propostos - (5) 592.523 380.537 Distribuição total proposta, líquida - (6) (4+5) 619.362 544.430 Dividendo adicional proposto (7) (6-1) 308.100 264.162 Pagamento antecipado referendado pelo CAD - (8) Juros sobre capital próprio, líquidos Dividendos 377.609 26.839 350.770 308.932 163.893 145.039 66.347 28.664 Dividendo adicional proposto ajustado (10) (7-9) 241.753 235.498 Valor bruto dos dividendos por ação: Ações ordinárias Ações preferenciais classe "A" Ações preferenciais classe "B" 2,17236 2,52507 2,39000 1,95572 2,52507 2,15165 Valor bruto dos dividendos por classes de ações: Ações ordinárias Ações preferenciais classe "A" Ações preferenciais classe "B" 315.060 962 306.501 283.640 964 275.933 Pagamento antecipado superior ao mínimo obrigatório - (9) (8-1) 30.1.4 Lucro por ação - básico e diluído Numerador básico e diluído Lucro líquido básico e diluído alocado por classes de ações, atribuído aos acionistas controladores: Ações ordinárias Ações preferenciais classe "A" Ações preferenciais classe "B" Denominador básico e diluído Média ponderada das ações (em milhares): Ações ordinárias Ações preferenciais classe "A" Ações preferenciais classe "B" Lucro líquido básico e diluído por ação atribuído aos acionistas da empresa controladora: Ações ordinárias Ações preferenciais classe "A" Ações preferenciais classe "B" F-81 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 610.434 1.766 593.750 1.205.950 542.819 1.714 528.027 1.072.560 354.383 1.600 344.705 700.688 145.031.080 381.465 128.242.830 273.655.375 145.031.080 381.737 128.242.558 273.655.375 145.031.080 383.303 128.240.992 273.655.375 4,20899 4,62953 4,62989 3,74278 4,49001 4,11741 2,44350 4,17424 2,68795 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 30.2 Mutação do patrimônio líquido atribuível aos acionistas não controladores Participação no capital social Em 1º.01.2012 Dividendos e JSCP propostos Ajuste de avaliação patrimonial Resultado do exercício Em 31.12.2012 Dividendos propostos Resultado do exercício Em 31.12.2013 Dividendos e JSCP propostos Ajuste de avaliação patrimonial Resultado do exercício Em 31.12.2014 31 Compagás: 49% 101.175 (2.415) 10.170 108.930 (2.531) 9.058 115.457 (8.045) (758) 29.579 136.233 Elejor: 30% UEG Araucária: 20% 14.215 127.444 (2.371) 626 9.989 5.673 22.459 133.117 (13.437) 12.584 7.233 21.606 140.350 (1.367) (44.267) (550) 5.756 94.330 25.445 190.413 Total 242.834 (4.786) 626 25.832 264.506 (15.968) 28.875 277.413 (53.679) (1.308) 129.665 352.091 Receita Operacional Receita bruta 6.581.808 4.882.071 3.708.296 1.279.010 216.223 495.132 PIS/Pasep e Cofins (573.026) (430.976) (347.962) (11.310) (45.504) Encargos do ICMS consumidor (31.5) (1.584.499) (53.130) (80.303) (958.690) (164.174) (38.615) (58.343) - ISSQN (837) - Receita líquida 31.12.2014 4.371.153 4.370.792 2.237.470 1.279.010 165.461 391.285 1.033.866 131.434 18.327.840 (59.529) (1.468.307) (2.640.147) (297.607) (2.425) (3.262) 1.033.866 69.480 13.918.517 Receita bruta Fornecimento de energia elétrica (31.1) 5.111.048 Suprimento de energia elétrica (31.2) 2.188.092 Disponibilidade da rede elétrica (31.3) 3.296.753 Receita de construção 1.076.141 Telecomunicações 183.695 Distribuição de gás canalizado 467.750 Outras receitas operacionais (31.4) 345.680 12.669.159 PIS/Pasep e Cofins (447.215) (188.282) (309.979) (9.430) (42.993) (55.715) (1.053.614) Encargos do ICMS consumidor (31.5) (1.279.446) (39.738) (67.548) (830.890) (126.908) (32.548) (56.137) (2.199.021) (234.194) ISSQN (402) (1.714) (2.116) Receita líquida 31.12.2013 3.344.649 1.932.262 2.028.976 1.076.141 141.315 368.620 288.251 9.180.214 Receita bruta 4.226.962 1.865.708 5.177.834 749.763 163.961 413.012 240.863 12.838.103 PIS/Pasep e Cofins (391.587) (178.943) (467.475) (8.701) (37.969) (26.140) (1.110.815) Encargos do ICMS consumidor (31.5) (1.170.153) (39.713) (195) (63.063) (1.205.203) (674.523) (29.244) (50.031) (2.454.826) (777.299) ISSQN (451) (1.460) (1.911) Receita líquida 31.12.2012 2.625.509 1.623.507 2.830.633 749.763 125.565 325.012 213.263 8.493.252 Fornecimento de energia elétrica (31.1) Suprimento de energia elétrica (31.2) Disponibilidade da rede elétrica (31.3) Receita de construção Telecomunicações Distribuição de gás canalizado Resultado de ativos e passivos financeiros setoriais Outras receitas operacionais (31.4) Fornecimento de energia elétrica (31.1) Suprimento de energia elétrica (31.2) Disponibilidade da rede elétrica (31.3) Receita de construção Telecomunicações Distribuição de gás canalizado Outras receitas operacionais (31.4) F-82 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 31.1 Fornecimento de energia por classe de consumidor Residencial Industrial Comercial, serviços e outras atividades Rural Poder público Iluminação pública Serviço público 31.2 31.12.2014 2.110.043 2.369.527 1.365.319 305.214 152.321 127.838 151.546 6.581.808 31.12.2013 1.605.604 1.956.127 1.022.977 194.085 118.263 97.565 116.427 5.111.048 Receita bruta 31.12.2012 1.302.177 1.493.166 950.689 177.083 114.038 92.450 97.359 4.226.962 31.12.2014 2.987.114 1.172.588 722.120 249 4.882.071 31.12.2013 548.073 863.244 775.924 851 2.188.092 Receita bruta 31.12.2012 235.396 295.049 1.335.263 1.865.708 Disponibilidade da rede elétrica por classe de consumidor Residencial Industrial Comercial, serviços e outras atividades Rural Poder público Iluminação pública Serviço público Consumidores livres Rede básica, de fronteira e de conexão Receita de operação e manutenção - O&M Receita de juros efetivos 31.4 Receita líquida 31.12.2013 31.12.2012 1.074.119 782.292 1.263.068 926.562 626.881 573.831 165.078 148.869 83.811 79.149 60.070 56.242 71.622 58.564 3.344.649 2.625.509 Suprimento de energia elétrica Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE Contratos bilaterais Contrato de Comercialização de Energia em Ambiente Regulado - CCEAR (leilão) Regime de cotas Venda de energia elétrica no curto prazo 31.3 31.12.2014 1.429.593 1.563.121 838.312 260.801 108.348 78.626 92.352 4.371.153 31.12.2014 31.12.2013 Receita bruta 31.12.2012 31.12.2014 1.363.517 701.408 869.622 190.620 108.809 97.828 64.337 147.135 1.044 106.833 57.143 3.708.296 1.232.186 632.508 755.869 167.640 99.147 87.666 58.574 140.135 1.109 90.385 31.534 3.296.753 1.657.936 1.222.544 1.104.355 230.829 143.238 110.562 102.408 204.768 2.520 52.048 346.626 5.177.834 793.022 398.566 506.163 109.278 72.590 56.376 37.212 126.534 899 86.590 50.240 2.237.470 Receita líquida 31.12.2013 31.12.2012 720.321 357.094 445.273 136.798 66.815 51.198 34.025 121.705 963 68.029 26.755 2.028.976 830.282 576.406 564.262 165.591 83.875 53.448 50.700 156.469 1.925 46.693 300.982 2.830.633 Outras receitas operacionais Arrendamentos e aluguéis (31.4.1) Renda da prestação de serviços Serviço taxado Ressarcimento por indisponibilidade de geração de energia elétrica Outras receitas F-83 31.12.2014 96.809 23.987 8.207 2.431 131.434 31.12.2013 180.128 63.209 9.082 77.527 15.734 345.680 Receita bruta 31.12.2012 162.989 53.085 8.214 12.068 4.507 240.863 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 31.4.1 Receita de arrendamento e aluguéis 31.12.2014 88.988 6.405 1.210 206 96.809 Equipamentos e estruturas Usina termelétrica de Araucária (a) Compartilhamento de instalações Imóveis 31.12.2013 77.241 101.628 656 603 180.128 31.12.2012 66.177 95.253 845 714 162.989 Não foram identificados recebíveis de arrendamento operacionais não canceláveis. a) Usina termelétrica de Araucária Em dezembro de 2006, a UEG Araucária celebrou contrato de locação da usina com a Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras, e esta assinou contrato de operação e manutenção com nossa subsidiária Copel Geração e Transmissão, sob o qual a Copel Geração e Transmissão opera e mantém a usina. Ambos os contratos venceram em 31.01.2014. Desta forma, a partir de 1º.02.2014, a UEG Araucária é responsável pela venda de energia produzida pela UTE Araucária. Essa energia não é vendida em contratos de longo prazo, mas sim distribuída no mercado de curto prazo (spot), conforme estabelecido pela ONS. 31.5 Encargos do consumidor Conta de desenvolvimento energético - CDE Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética - P&D e PEE Quota para reserva global de reversão - RGR Conta de consumo de combustível - CCC Outros encargos 32 31.12.2014 133.021 114.257 50.329 297.607 31.12.2013 79.994 79.342 57.050 17.808 234.194 31.12.2012 282.683 74.319 114.949 289.686 15.662 777.299 Custos e Despesas Operacionais Custos operacionais Energia elétrica comprada para revenda (32.1) (5.097.719) Encargos de uso da rede elétrica (32.2) (384.846) Pessoal e administradores (32.3) (781.270) Planos previdenciário e assistencial (NE nº 24) (157.968) Material (64.238) Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica (150.848) Gás natural e insumos para operação de gás (1.469.842) Serviços de terceiros (32.4) (299.958) Depreciação e amortização (590.540) Provisões e reversões (32.5) (807.281) Custo de construção (32.6) (1.285.902) Outros custos e despesas operacionais (32.7) (74.665) (11.165.077) Despesas Despesas Outras receitas com gerais e (despesas), vendas administrativas líquidas (12.534) (259.007) (1.468) (42.106) (524) (9.673) (44.517) (26) (66.196) 4.278 (120.987) F-84 (79.989) (38.622) (122.719) (552.116) (755) (330.205) (199.418) (530.378) 31.12.2014 (5.097.719) (384.846) (1.052.811) (201.542) (74.435) (150.848) (1.469.842) (424.464) (629.943) (1.203.682) (1.285.902) (392.524) (12.368.558) COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Custos operacionais Energia elétrica comprada para revenda (32.1) (3.336.359) Encargos de uso da rede elétrica (32.2) (407.317) Pessoal e administradores (32.3) (844.491) Planos previdenciário e assistencial (NE nº 24) (136.907) Material (62.380) Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica (27.187) Gás natural e insumos para operação de gás (295.671) Serviços de terceiros (32.4) (293.505) Depreciação e amortização (551.301) Provisões e reversões (32.5) Custo de construção (32.6) (1.088.275) Outros custos e despesas operacionais (32.7) 5.395 (7.037.998) Custos operacionais Energia elétrica comprada para revenda (32.1) (2.807.735) Encargos de uso da rede elétrica (32.2) (772.361) Pessoal e administradores (32.3) (944.913) Planos previdenciário e assistencial (NE nº 24) (141.368) Material (60.798) Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica (25.511) Gás natural e insumos para operação de gás (247.770) Serviços de terceiros (32.4) (291.048) Depreciação e amortização (508.887) Provisões e reversões (32.5) Custo de construção (32.6) (733.577) Outros custos e despesas operacionais (32.7) (6.668) (6.540.636) 32.1 Despesas Despesas Outras receitas com gerais e (despesas), vendas administrativas líquidas (9.879) (241.977) (1.113) (38.176) (935) (7.163) (41.276) (44) (47.457) 5.089 (95.615) (755) (152.098) (251.057) (403.910) (27.187) (295.671) (423.459) (603.203) (199.555) (1.088.275) (343.580) (8.067.627) Despesas Despesas Outras receitas com gerais e (despesas), vendas administrativas líquidas (8.910) (291.828) (996) (40.514) (716) (8.273) - 31.12.2012 (2.807.735) (772.361) (1.245.651) (182.878) (69.787) (38.614) (42) (22.826) 6.445 (65.659) (88.678) (51.103) (103.007) (530.104) 31.12.2013 (3.336.359) (407.317) (1.096.347) (176.196) (70.478) (79.216) (40.172) (81.910) (541.913) (754) (195.970) (155.827) (352.551) (25.511) (247.770) (408.878) (549.855) (218.796) (733.577) (237.960) (7.500.759) 31.12.2013 2.305.809 663.936 (294.085) 610.404 217.069 166.653 (333.427) 3.336.359 31.12.2012 1.927.903 312.125 503.335 203.115 143.587 (282.330) 2.807.735 Energia elétrica comprada para revenda Compra de energia no ambiente regulado - CCEAR Câmara de Comercialização de Energia - CCEE (-) Repasse CDE e Conta-ACR - Decretos nºs 8.221/2014 e 7.891/2013 (32.1.1) Itaipu Binacional Contratos bilaterais Programa de incentivo a novas fontes de energia alternativa - Proinfa (-) PIS/Pasep e Cofins sobre energia elétrica comprada para revenda F-85 31.12.2014 3.394.222 2.281.328 (1.253.436) 756.127 177.149 183.617 (441.288) 5.097.719 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 32.1.1 (-) Repasse CDE e Conta-ACR - Decretos nºs 8.221/2014 e 7.891/2013 Repasse CDE 7891/2013 - Exposição Involuntária e Risco Hidrológico O Governo Federal, por meio do Decreto nº 7.891/2013, alterado posteriormente pelos Decretos nº 7.945/2013 e nº 8.203/2014, permitiu, através de repasses financeiros da CDE, cobrir os custos para neutralizar a exposição das concessionárias de distribuição no mercado de curto prazo, cobrir o custo adicional para as concessionárias de distribuição decorrente do despacho de usinas termelétricas acionadas em razão de segurança energética (ESS) e neutralizar a exposição contratual involuntária das concessionárias de distribuição no mercado de curto prazo, decorrente da compra frustrada em leilão de energia. Os recursos contabilizados pela Copel Distribuição para cobrir custo de energia com exposição involuntária e risco hidrológico conforme o Decreto nº 7.891/2013, foram de R$ 294.085 para o exercício 2013 e de R$ 114.553 em 2014, referente a competência de janeiro desse ano conforme Decreto 8203/2014, e de R$ 1.412, referente a ajustes de provisão de dezembro de 2013. Repasse Conta-ACR - Decreto nº 8.221/2014 Diante de um cenário hidrológico desfavorável, foi emitido o Decreto 8.221/2014 que criou a Conta ACR, com a finalidade de cobrir total ou parcialmente os custos adicionais de exposição involuntária no mercado de curto prazo e do despacho termoelétrico associado aos Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente de Contratação Regulada na modalidade por disponibilidade – CCEAR-D. Os repasses recebidos pela Copel Distribuição durante o ano de 2014 provenientes da Conta ACR foram no montante de R$ 1.137.471. 32.2 Encargos de uso da rede elétrica Encargos de uso do sistema Encargos de transporte de Itaipu Encargo de energia de reserva - EER Encargos dos serviços do sistema - ESS (-) Repasse CDE - ESS - Decreto nº 7.891/2013 (32.2.1) (-) Conta de energia de reserva - Coner - Resolução normativa nº 613/2014 (32.2.2) (-) PIS/Pasep e Cofins sobre encargos de uso da rede elétrica 31.12.2014 516.284 67.263 4.554 71.865 (232.706) (42.414) 384.846 31.12.2013 394.529 51.188 16.672 308.864 (319.624) (44.312) 407.317 31.12.2012 689.696 45.217 49.228 75.485 (87.265) 772.361 32.2.1 Repasse CDE 7.891/2013 - ESS Os recursos contabilizados pela Copel Distribuição para cobrir custo relacionados com o ESS, conforme o Decreto nº 7.891/2013, citado na NE nº 32.1.1, foram no montante de R$ 319.624 no exercício 2013. F-86 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 32.2.2 Conta de Energia de Reserva - Coner - Resolução Normativa nº 613/2014 A Resolução 613/2014 estabeleceu critérios para a destinação dos excedentes financeiros da Coner, que tiveram efeitos para amenizar os custos com encargos de uso da rede elétrica. 32.3 Pessoal e administradores Pessoal Remunerações Encargos sociais Auxílio alimentação e educação Participação nos lucros e/ou resultados (a) Provisão (reversão) para indenização por demissões voluntárias e aposentadorias 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 642.901 204.695 85.927 92.657 663.636 210.993 86.916 80.048 711.470 239.267 81.593 29.940 6.588 1.032.768 37.925 1.079.518 168.822 1.231.092 Administradores Honorários Encargos sociais Outros gastos 15.614 13.044 11.385 3.977 3.642 3.083 452 143 91 20.043 16.829 14.559 1.052.811 1.096.347 1.245.651 (a) De acordo com a Lei Federal nº 10.101/2000, o Decreto Estadual n° 1.978/2007 e a Lei Estadual nº 16.560/2010. 32.4 Serviços de terceiros 31.12.2014 102.116 90.909 50.894 37.766 35.116 17.624 11.853 (4.689) 82.875 424.464 Manutenção do sistema elétrico Manutenção de instalações Comunicação, processamento e transmissão de dados Leitura e entrega de faturas Agentes autorizados e credenciados Atendimento a consumidor Consultoria e auditoria (-) PIS/Pasep e Cofins sobre serviços de terceiros Outros serviços 32.5 31.12.2013 106.175 79.309 51.534 35.930 33.801 24.325 15.972 (6.063) 82.476 423.459 31.12.2012 104.966 73.831 48.921 35.744 32.201 25.805 (9.190) 96.600 408.878 Provisões e reversões Provisão para redução ao valor recuperável de ativos (NE nº 18.11) Provisão (reversão) para litígios (NE nº 29) PCLD (Clientes e Outros créditos) Provisão para perdas em consórcios Provisão para perdas de créditos tributários F-87 31.12.2014 807.281 323.811 53.193 13.003 6.394 1.203.682 31.12.2013 151.823 47.458 274 199.555 31.12.2012 199.105 22.826 (3.135) 218.796 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 32.6 Custo de construção 31.12.2014 648.102 450.627 127.039 60.134 1.285.902 Material Serviços de terceiros Pessoal Outros 32.7 31.12.2013 518.504 360.234 118.641 90.896 1.088.275 31.12.2012 371.593 248.265 81.942 31.777 733.577 Outros custos e despesas operacionais Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos Tributos Indenizações Arrendamentos e aluguéis (32.7.1) Perdas na desativação e alienação de bens Incentivo esporte, Lei Rouanet e fundo dos direitos da criança e do adolescente - FIA Propaganda e publicidade Taxa de fiscalização da Aneel Recuperação de custos e despesas Outros custos e despesas, líquidos 31.12.2014 140.810 84.671 28.549 28.533 21.765 18.662 16.745 15.460 (52.106) 89.435 392.524 31.12.2013 131.582 25.687 26.113 31.095 71.864 9.464 25.902 20.885 (49.389) 50.377 343.580 31.12.2012 94.550 27.735 28.001 27.285 6.147 12.081 9.853 21.938 (61.902) 72.272 237.960 32.7.1 Arrendamentos e aluguéis 31.12.2014 23.919 5.977 (1.363) 28.533 Imóveis Outros (-) Créditos de PIS e Cofins 31.12.2013 25.165 7.721 (1.791) 31.095 31.12.2012 21.846 6.973 (1.534) 27.285 Não foram identificados compromissos de arrendamento operacional não canceláveis. F-88 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 33 Resultado Financeiro Receitas financeiras Acréscimos moratórios sobre faturas de energia Juros e variação monetária sobre repasse CRC (NE nº 8) Renda de aplicações financeiras mantidas para negociação Variação monetária sobre contas a receber vinculadas à concessão (NE nº 10) Variação monetária e juros sobre contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão (NE nº 11) Renda de aplicações financeiras disponíveis para venda Renda de aplicações financeiras mantidas até o vencimento Juros e comissões sobre contratos de mútuo Outras receitas financeiras (-) Despesas financeiras Encargos de dívidas Variação monetária e reversão de juros sobre contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público (NE nº 27.2) Variação monetária sobre repasse CRC (NE nº 8) Juros sobre P&D e PEE (NE nº 26.2) Outras variações monetárias e cambiais PIS/Pasep e Cofins sobre juros sobre capital próprio Atualização do valor justo do contas a receber vinculados a concessão Outras despesas financeiras Líquido 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 138.578 157.422 184.468 105.314 159.348 118.499 126.904 188.688 74.553 76.989 108.259 165.574 50.271 26.658 7 60.130 694.523 84.572 38.336 827 37.208 652.363 37.948 1.099 53.555 648.321 366.686 233.417 133.385 63.000 21.790 68.096 - 74.984 - 23.399 7.302 28.404 36.225 546.806 147.717 15.225 15.838 26.352 13.124 372.052 280.311 14.745 13.819 22.837 401.104 14.097 674.971 (26.650) Os custos de empréstimos e financiamentos capitalizados durante o ano de 2014 totalizaram R$ 123.795, à taxa média de 13,49% a.a.. 34 Segmentos Operacionais O principal tomador de decisões estratégica da Companhia, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, é a diretoria executiva da Controladora e a diretoria executiva de cada controlada. 34.1 Produtos e serviços dos quais os segmentos reportáveis têm suas receitas geradas A Companhia atua em cinco segmentos reportáveis identificados pela Administração, por meio das diretorias de cada área de negócio, considerando os ambientes regulatórios, as unidades estratégicas de negócios e os diferentes produtos e serviços. Os segmentos são gerenciados separadamente, pois cada negócio e cada empresa exige diferentes tecnologias e estratégias. Nos exercícios de 2014 e de 2013, todas as vendas foram realizadas em território brasileiro. Não identificamos nenhum cliente na Companhia que seja responsável individualmente por mais de 10% da receita líquida total no exercício de 2014. F-89 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma A Companhia avalia o desempenho de cada segmento, com base em informações derivadas dos registros contábeis. As políticas contábeis dos segmentos operacionais são as mesmas descritas no resumo das principais práticas contábeis e as operações intersegmentos são realizadas como se estas fossem com terceiros, ou seja, pelos preços correntes de mercado. 34.2 Segmentos reportáveis da Companhia Geração e transmissão de energia elétrica (GET) - tem como atribuição produzir energia elétrica a partir de empreendimentos de fontes hidráulica, eólica e térmica, e prover os serviços de transporte e transformação da energia elétrica, sendo responsável pela construção, operação e manutenção de subestações, bem como pelas linhas destinadas à transmissão de energia. Atua por intermédio das empresas Copel Geração e Transmissão, Elejor, UEG Araucária, Nova Asa Branca I, Nova Asa Branca II, Nova Asa Branca III, Nova Eurus IV, Santa Maria, Santa Helena, Ventos de Santo Uriel, Olho D’Água, Boa Vista, Farol e São Bento do Norte; Distribuição e comercialização de energia elétrica (DIS) - tem como atribuição distribuir e comercializar energia, sendo responsável por operar e manter a infraestrutura, bem como prestar serviços correlatos. Atua por intermédio da Copel Distribuição; Telecomunicações (TEL) - tem como atribuição a prestação de serviços de telecomunicações e de comunicações em geral. Atua por intermédio da Copel Telecomunicações; Gás (GÁS) - tem como atribuição a exploração do serviço público de distribuição de gás natural canalizado. Atua por intermédio da Compagás; e Holding (HOL) - tem como atribuição a participação em outras empresas. Atua por intermédio da Copel, Copel Participações, Copel Renováveis, Cutia Empreendimentos e São Bento Energia, Investimentos e Participações. F-90 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 34.3 Ativo por segmento reportável ATIVO 31.12.2014 ATIVO TOTAL ATIVO CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa Títulos e valores mobiliários Cauções e depósitos vinculados Clientes Dividendos a receber Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná Ativos financeiros setoriais líquidos Contas a receber vinculadas à concessão Contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão Outros créditos Estoques Imposto de renda e contribuição social Outros tributos a recuperar Despesas antecipadas Partes relacionadas ATIVO NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Títulos e valores mobiliários Cauções e depósitos vinculados Clientes Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná Depósitos judiciais Ativos financeiros setoriais líquidos Contas a receber vinculadas à concessão Contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão Adiantamento a fornecedores Outros créditos Imposto de renda e contribuição social Outros tributos a recuperar Imposto de renda e contribuição social diferidos Despesas antecipadas Partes relacionadas Investimentos Imobilizado Intangível GET DIS TEL GÁS HOL Eliminações Total 12.892.184 2.131.116 415.431 458.960 2.200 761.306 34.850 7.430 9.023.699 2.638.378 160.417 3 38 1.387.792 609.298 - 589.547 64.482 5.820 33.295 - 634.221 323.872 99.424 1.695 182.491 - 16.081.466 648.011 59.039 152 9.564 389.739 94.579 - (13.602.975) (587.683) (186.068) (398.257) - 25.618.142 5.218.176 740.131 459.115 13.497 2.178.816 26.332 94.579 609.298 7.430 301.046 97.219 29.389 2.084 17.638 3.562 1 10.761.068 1.126.660 130.137 3.795 53.119 623.591 302.782 101.399 18.814 41.642 16.193 6.385.321 5.169.397 2.073 56.956 41.859 398.877 431.846 3.792.476 3.494 17.684 667 3.464 58 525.065 65.448 30.042 5.499 - 359 2.150 3.950 33.541 262 310.349 40.343 4.779 1.920 12.886 79.559 58 2.435 15.433.455 1.944.744 1.249.529 273.979 - (922) (2.436) (13.015.292) (85.120) - 301.046 415.818 150.622 105.074 96.285 20.133 20.399.966 8.261.472 132.210 56.956 75.696 1.249.529 736.253 431.846 4.417.987 160.217 54.428 7.999 545 50.410 28.674 13.745 1.569.251 7.818.268 246.889 517 18.382 13.875 52.486 360.050 1.374 1.214.550 6.022 23.885 443.690 15.927 3.068 627 14.563 15.211 175 270.006 303 114.195 98.226 208.512 13.443.419 42.230 3.062 (85.120) (13.353.894) 423.722 160.217 58.013 27.311 128.615 123.481 526.046 175 137.137 1.660.150 8.304.188 2.174.156 F-91 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma ATIVO 31.12.2013 ATIVO TOTAL ATIVO CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa Títulos e valores mobiliários Cauções e depósitos vinculados Clientes Dividendos a receber Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná Contas a receber vinculadas à concessão Contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão Outros créditos Estoques Imposto de renda e contribuição social Outros tributos a recuperar Despesas antecipadas Partes relacionadas ATIVO NÃO CIRCULANTE Realizável a Longo Prazo Títulos e valores mobiliários Cauções e depósitos vinculados Clientes Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná Depósitos judiciais Contas a receber vinculadas à concessão Contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão Adiantamento a fornecedores Outros créditos Imposto de renda e contribuição social Outros tributos a recuperar Imposto de renda e contribuição social diferidos Despesas antecipadas Partes relacionadas Investimentos Imobilizado Intangível GET DIS TEL GÁS HOL Eliminações Total 12.422.458 2.754.802 1.438.269 388.659 311.191 2.578 4.396 7.760.564 2.142.654 247.045 377 1.072 1.005.703 - 480.851 62.466 10.481 27.983 - 308.023 84.017 34.427 904 37.804 - 14.473.384 524.778 11.410 186 381.371 85.448 - (12.333.835) (888.433) (45.053) (374.449) - 23.111.445 4.680.284 1.741.632 389.222 1.976 1.337.628 9.500 85.448 4.396 352.161 208.428 31.298 3.121 11.745 2.956 9.667.656 992.246 66.265 5.692 42.087 408.473 180.963 96.866 77.288 48.609 16.414 468.317 5.617.910 4.352.625 54.271 45.371 115.020 356.393 3.075.795 2.799 10.046 6.936 3.869 352 418.385 37.185 11.974 4.289 - 445 1.068 3.319 5.790 260 224.006 14.042 341 - 3.869 42.494 13.948.606 1.892.958 1.295.106 272.115 - (614) (468.317) (11.445.402) (64.815) - 352.161 395.890 139.278 133.158 70.013 19.982 18.431.161 7.224.241 120.536 45.371 132.686 1.295.106 675.225 3.484.268 365.645 5.132 14.975 54.747 29.028 202 807.190 7.617.626 250.594 10.799 12.967 64.752 617.257 4.012 1.261.273 4.999 15.923 365.977 15.223 13.504 197 209.964 169.717 91.205 64.815 12.055.619 29 - (64.815) (11.678.894) 298.307 365.645 13.504 15.931 197.659 124.498 753.413 399 1.187.927 7.983.632 2.035.361 F-92 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 34.4 Passivo por segmento reportável PASSIVO 31.12.2014 PASSIVO TOTAL PASSIVO CIRCULANTE Obrigações sociais e trabalhistas Partes relacionadas Fornecedores Imposto de renda e contribuição social Outras obrigações fiscais Empréstimos e financiamentos Debêntures Dividendos a pagar Benefícios pós-emprego Encargos do consumidor a recolher Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público Outras contas a pagar PASSIVO NÃO CIRCULANTE Partes relacionadas Fornecedores Obrigações fiscais Imposto de renda e contribuição social diferidos Empréstimos e financiamentos Debêntures Benefícios pós-emprego Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público Outras contas a pagar Provisões para litígios PATRIMÔNIO LÍQUIDO Atribuível aos acionistas controladores Capital social Afac Ajustes de avaliação patrimonial Reserva legal Reserva de retenção de lucros Dividendo adicional proposto Prejuízos acumulados Atribuível aos acionistas não controladores GET DIS TEL GÁS HOL Eliminações Total 12.892.184 1.947.686 51.248 511 656.110 307.439 43.239 107.497 390.822 242.488 9.538 6.791 46.679 9.023.699 1.908.606 160.423 843.512 77.572 405.235 20.088 124.791 26.548 16.442 129.293 589.547 85.705 20.189 19.733 6.682 5.737 31.300 1.313 - 634.221 286.277 6.044 252.541 3.915 5.134 15.545 - 16.081.466 426.646 14.714 13.173 2.299 2.442 5.921 349.753 15.447 3.824 5 - (13.602.975) (599.527) (13.684) (186.990) (596) (398.257) - 25.618.142 4.055.393 252.618 1.587.205 309.881 137.329 867.626 431.491 19.691 37.404 23.233 175.972 54.955 30.369 3.209.935 114.081 14.249 18.635 15.218 1.518.027 111.550 218.812 58.009 104.702 2.785.518 3.376 63.952 517.804 998.949 576.575 101.783 751 86.685 3.673 27.431 50.277 - 3.098 69.918 48.420 4.844 - 19.068 1.938.089 25.494 869 608.663 995.038 10.706 - (210.176) (139.575) (70.601) - 54.955 157.988 7.879.969 17.625 87.129 15.218 2.601.324 2.153.957 861.214 159.792 436.772 306 704.276 7.734.563 7.734.563 4.456.762 1.104.583 361.226 1.560.071 262.209 (10.288) 523.079 4.329.575 4.329.575 2.624.841 603.000 (108.279) 157.187 1.052.826 - 5.304 417.157 417.157 240.398 36.100 (16.876) 12.022 145.513 - 16.654 297.319 278.026 13.716.731 (12.793.272) 278.026 13.716.731 (13.145.363) 135.943 7.301.605 (7.849.549) 8.000 (647.100) (1.548) 974.948 (975.864) 21.238 685.349 (551.875) 122.393 4.520.666 (2.884.644) 241.753 (262.209) (15.590) 25.878 352.091 436.772 306 1.546.632 13.682.780 13.330.689 6.910.000 976.964 685.147 4.516.825 241.753 352.091 F-93 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma PASSIVO 31.12.2013 PASSIVO TOTAL PASSIVO CIRCULANTE Obrigações sociais e trabalhistas Partes relacionadas Fornecedores Imposto de renda e contribuição social Outras obrigações fiscais Empréstimos e financiamentos Debêntures Dividendos a pagar Benefícios pós-emprego Encargos do consumidor a recolher Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público Outras contas a pagar PASSIVO NÃO CIRCULANTE Partes relacionadas Fornecedores Obrigações fiscais Imposto de renda e contribuição social diferidos Empréstimos e financiamentos Debêntures Benefícios pós-emprego Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética Contas a pagar vinculadas à concessão - uso do bem público Outras contas a pagar Provisões para litígios PATRIMÔNIO LÍQUIDO Atribuível aos acionistas controladores Capital social Ajustes de avaliação patrimonial Reserva legal Reserva de retenção de lucros Reserva de lucros a realizar Dividendo adicional proposto Prejuízos acumulados Atribuível aos acionistas não controladores GET DIS TEL GÁS HOL Eliminações Total 12.422.458 1.485.556 59.902 301.768 297.620 66.899 217.736 40.490 362.932 7.886 26.920 20.116 7.760.564 1.545.217 155.337 771.815 200.767 173.482 16.972 21.043 11.074 107.744 480.851 56.340 14.105 8.120 5.467 5.241 21.585 1.047 - 308.023 66.935 5.214 52.881 2.227 5.598 - 14.473.384 1.084.423 5.127 468.317 3.211 25.481 562.801 3.047 7 - (12.333.835) (890.586) (468.317) (45.556) (110) (2.154) (374.449) - 23.111.445 3.347.885 239.685 1.092.239 297.620 300.731 957.106 57.462 18.713 29.983 37.994 127.860 51.481 31.806 3.299.960 64.995 22.187 15.153 418.426 1.303.009 152.066 292.968 55.599 86.983 2.848.662 27.934 50.354 635.956 998.417 608.391 99.122 775 71.572 2.855 33.622 31.222 - 1.015 5.462 2.075 2.499 - 16.432 736.808 40 456.752 2.169 - (127.656) (64.995) (62.661) - 51.481 137.011 6.834.808 50.121 68.402 420.501 2.366.678 1.150.483 937.249 154.721 420.293 233 555.031 7.636.942 7.636.942 4.317.997 1.141.672 301.729 1.730.944 153.180 (8.580) 428.488 3.366.685 3.366.685 2.624.841 (155.096) 135.294 761.646 - 3.873 352.939 352.939 240.398 (5.795) 9.093 109.243 - 277.847 12.652.153 (11.315.593) 12.652.153 (11.593.006) 6.911.678 (7.320.857) 983.159 (980.781) 624.849 (464.336) 3.897.833 (2.683.296) 235.498 (153.180) (864) 9.444 277.413 420.293 233 1.266.127 12.928.752 12.651.339 6.910.000 983.159 624.849 3.894.357 3.476 235.498 277.413 F-94 888 235.626 235.626 135.943 18.220 77.987 3.476 - COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 34.5 Demonstração do resultado por segmento reportável DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO GET DIS TEL GÁS HOL Eliminações Total 31.12.2014 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 5.344.002 Fornecimento de energia elétrica para terceiros 513.239 Fornecimento de energia elétrica entre segmentos Suprimento de energia elétrica para terceiros 4.073.140 Suprimento de energia elétrica para terceiros entre segmentos 303.115 Disponibilidade da rede elétrica para terceiros 136.830 Disponibilidade da rede elétrica entre segmentos 60.733 Receita de construção 206.150 Serviços de telecomunicações para terceiros Serviços de telecomunicações entre segmentos Distribuição de gás canalizado Distribuição de gás canalizado entre segmentos Resultado de ativos e passivos financeiros setoriais Outras receitas operacionais para terceiros 17.110 Outras receitas operacionais entre segmentos 33.685 CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS (4.388.615) Energia elétrica comprada para revenda (496.887) Encargos de uso da rede elétrica (247.126) Pessoal e administradores (231.941) Planos previdenciário e assistencial (52.427) Material (17.048) Matéria-prima e insumos para produção de energia (1.424.147) Gás natural e insumos para operação de gás Serviços de terceiros (170.431) Depreciação e amortização (362.586) Provisões e reversões (a) (978.991) Custo de construção (213.042) Outros custos e despesas operacionais (193.989) RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 350.412 LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E E DOS TRIBUTOS 1.305.799 Resultado financeiro 92.877 LUCRO OPERACIONAL 1.398.676 Imposto de renda e contribuição social (646.099) Imposto de renda e contribuição social diferidos 434.506 LUCRO DO EXERCÍCIO 1.187.083 8.347.036 213.163 1.748.045 3.857.914 2.547 297.652 2.100.640 13.223 991.356 81.504 165.461 29.763 391.285 1.273.301 1.033.866 48.428 1.984 1.955 1.410 15.955 (7.757.776) (137.404) (1.664.860) (4.904.034) (209.066) (633.236) (62.069) (25.892) (126.961) (8.507) (2.093) (53.918) (1.551) (1.410) - (1.469.842) (289.717) (21.530) (19.374) (221.401) (28.277) (16.921) (185.207) (3.036) (15.864) (991.356) (81.504) (142.880) (12.434) (31.960) 589.260 81.693 670.953 (233.089) 437.864 75.759 2.922 78.681 (22.350) 2.253 58.584 83.185 1.832 85.017 (41.140) 16.489 60.366 3 3 (153.758) (99.673) (11.554) (508) (7.707) (758) (20.584) (12.974) 1.415.889 (1.733.732) (2.547) (303.115) (73.956) (29.763) (1.273.301) (51.050) 1.733.855 303.202 71.346 1.273.299 84.295 1.713 (1.606.346) 13.918.517 4.371.153 4.370.792 2.237.470 1.279.010 165.461 391.285 1.033.866 69.480 (12.368.558) (5.097.719) (384.846) (1.052.811) (201.542) (74.435) (150.848) (1.469.842) (424.464) (629.943) (1.203.682) (1.285.902) (392.524) 159.955 1.262.134 (31.482) 1.230.652 (38.280) 5.694 1.198.066 (1.606.223) (125) (1.606.348) (1.606.348) 1.709.914 147.717 1.857.631 (747.869) 225.853 1.335.615 (a) No segmento de geração e transmissão, o saldo contempla o valor de provisão para redução ao valor recuperável de ativos (NE nº 32.5). F-95 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO GET DIS TEL GÁS HOL Eliminações Total 31.12.2013 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 3.044.399 Fornecimento de energia elétrica para terceiros 460.845 Fornecimento de energia elétrica entre segmentos Suprimento de energia elétrica para terceiros 1.832.207 Suprimento de energia elétrica para terceiros entre segmentos 311.242 Disponibilidade da rede elétrica para terceiros 94.785 Disponibilidade da rede elétrica entre segmentos 57.090 Receita de construção 136.536 Serviços de telecomunicações para terceiros Serviços de telecomunicações entre segmentos Distribuição de gás canalizado Outras receitas operacionais para terceiros 144.908 Outras receitas operacionais entre segmentos 6.786 CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS (1.649.753) Energia elétrica comprada para revenda (128.736) Encargos de uso da rede elétrica (227.325) Pessoal e administradores (274.526) Planos previdenciário e assistencial (47.478) Material (16.346) Matéria-prima e insumos para produção de energia (27.187) Gás natural e insumos para operação de gás Serviços de terceiros (146.185) Depreciação e amortização (353.590) Provisões e reversões (104.127) Custo de construção (148.670) Outros custos e despesas operacionais (175.583) RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 33.744 LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E E DOS TRIBUTOS 1.428.390 Resultado financeiro 41.804 LUCRO OPERACIONAL 1.470.194 Imposto de renda e contribuição social (532.053) Imposto de renda e contribuição social diferidos 140.856 LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO 1.078.997 F-96 5.961.575 187.792 2.883.804 2.193 100.055 1.934.191 13.115 898.606 141.315 39.895 128.278 1.670 1.333 4.912 (6.304.797) (127.264) (3.518.865) (249.465) (723.734) (57.703) (118.211) (7.738) (50.531) (1.312) (292.644) (18.437) (205.110) (27.968) (118.233) (3.920) (898.606) (129.398) (10.186) (343.222) 228.938 (114.284) 35.775 (78.509) 60.528 3.078 63.606 (14.661) (1.213) 47.732 423.014 40.999 368.620 13.395 (402.030) (21.366) (1.387) (2.268) (295.671) (17.439) (15.780) (40) (40.999) (7.080) - (20.303) (19.018) (1.382) (21) (4.815) (755) 26.765 (21.077) 1.116.830 (436.566) (2.193) (311.242) (70.205) (39.895) (13.031) 436.520 311.242 69.473 56.061 (256) (1.036.968) 9.180.214 3.344.649 1.932.262 2.028.976 1.076.141 141.315 368.620 288.251 (8.067.627) (3.336.359) (407.317) (1.096.347) (176.196) (70.478) (27.187) (295.671) (423.459) (603.203) (199.555) (1.088.275) (343.580) 113.606 20.984 4.443 25.427 (7.806) 864 18.485 1.096.527 2.000 1.098.527 (26.831) 1.071.696 (1.037.014) 48 (1.036.966) (1.036.966) 1.226.193 280.311 1.506.504 (554.520) 149.451 1.101.435 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO GET DIS TEL GAS HOL Eliminações Total 12.31.2012 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA Fornecimento de energia elétrica para terceiros Fornecimento de energia elétrica entre segmentos Suprimento de energia elétrica para terceiros Suprimento de energia elétrica para terceiros entre segmentos Disponibilidade da rede elétrica para terceiros Disponibilidade da rede elétrica entre segmentos Receita de construção Serviços de telecomunicações para terceiros Serviços de telecomunicações entre segmentos Distribuição de gás canalizado Outras receitas operacionais para terceiros Outras receitas operacionais entre segmentos CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS Energia elétrica comprada para revenda Encargos de uso da rede elétrica Pessoal e administradores Planos previdenciário e assistencial Material Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica Gás natural e insumos para operação de gás Serviços de terceiros Depreciação e amortização Provisões e reversões Custo de construção Outros custos e despesas operacionais RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E DOS TRIBUTOS Resultado financeiro LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL Imposto de renda e contribuição social Imposto de renda e contribuição social diferidos LUCRO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO 2.540.885 5.892.171 137.990 2.487.519 3.119 1.468.044 155.463 302.583 347.674 2.482.959 96.979 17.116 59.977 665.601 121.675 80.394 5.963 (1.494.623) (5.968.827) (170.806) (2.939.447) (233.983) (648.501) (321.253) (824.102) (44.315) (126.187) (18.245) (48.296) (25.511) (110.890) (320.135) (314.968) (192.344) (80.212) (118.986) (43.791) (665.601) (130.649) (85.228) 16.041 1.062.303 (41.513) 1.020.790 (302.291) 43.661 762.160 F-97 (76.656) 5.644 (71.012) (124.691) 152.283 (43.420) 172.445 125.565 41.148 1.301 4.431 (139.403) (70.253) (8.591) (1.800) (17.280) (28.019) (4.316) (9.144) - 359.090 24.185 325.012 9.893 (332.128) (19.891) (3.039) (1.413) (247.770) (14.206) (13.769) (1.086) (24.185) (6.769) - (37.162) (10.152) (746) (33) (3.863) (755) (14.196) (7.417) 732.313 (471.339) (3.119) (302.583) (114.095) (41.148) (10.394) 471.384 302.518 110.123 57.496 1.247 (741.669) 8.493.252 2.625.509 1.623.507 2.830.633 749.763 125.565 325.012 213.263 (7.500.759) (2.807.735) (772.361) (1.245.651) (182.878) (69.787) (25.511) (247.770) (408.878) (549.855) (218.796) (733.577) (237.960) 6.685 33.042 3.444 36.486 (13.653) 5.174 28.007 26.962 4.769 31.731 (13.155) 2.178 20.754 695.151 1.051 696.202 (4.467) 8.953 700.688 (741.624) (45) (741.669) (741.669) 999.178 (26.650) 972.528 (458.257) 212.249 726.520 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 35 35.1 Instrumentos Financeiros Categorias e apuração do valor justo dos instrumentos financeiros NE nº Ativos Financeiros Valor justo por meio do resultado - mantido para negociação Caixa e equivalentes de caixa (a) Títulos e valores mobiliários (b) Títulos e valores mobiliários (b) Empréstimos e recebíveis Caução STN (c) Cauções e depósitos vinculados (a) Clientes (a) Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná (d) Ativos financeiros setoriais líquidos (a) Contas a receber vinculadas à concessão (e) Contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão (f) Disponíveis para venda Contas a receber vinculadas à concessão (g) Contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão (h) Títulos e valores mobiliários (b) Títulos e valores mobiliários (b) Outros investimentos (i) 4 5 5 Nível Valor contábil 1 1 2 31.12.2013 Valor justo 740.131 52.804 288.563 1.081.498 740.131 52.804 288.563 1.081.498 1.741.632 65.811 172.716 1.980.159 1.741.632 65.811 172.716 1.980.159 6 6 7 8 9 10 56.956 13.497 2.254.512 1.344.108 1.041.144 632.941 39.252 13.497 2.254.512 1.376.932 1.041.144 632.941 45.371 1.976 1.470.314 1.380.554 412.869 32.415 1.976 1.470.314 1.369.599 412.869 11 301.046 5.644.204 302.689 5.660.967 557.589 3.868.673 563.052 3.850.225 10 3 3.792.476 3.792.476 3.075.795 3.075.795 11 5 5 17.2 3 1 2 1 160.217 107.232 142.726 17.631 4.220.282 160.217 107.232 142.726 17.631 4.220.282 160.217 196.112 75.119 25.708 3.532.951 160.217 196.112 75.119 25.708 3.532.951 10.945.984 10.962.747 9.381.783 9.363.335 157 157 157 157 85 85 85 85 1.604.830 3.468.950 2.585.448 491.727 8.150.955 1.604.830 3.229.136 2.585.448 598.493 8.017.907 1.142.360 3.323.784 1.207.945 471.774 6.145.863 1.142.360 2.922.867 1.207.945 578.409 5.851.581 8.151.112 8.018.064 6.145.948 5.851.666 Total dos ativos financeiros Passivos Financeiros Valor justo por meio do resultado - mantido para negociação Outras obrigações - derivativos (b) Outros passivos financeiros Fornecedores (a) Empréstimos e financiamentos (c) Debêntures (j) Contas a pagar vinculadas à concessão - UBP (k) 31.12.2014 Valor justo Valor contábil 1 21 22 23 27 Total dos passivos financeiros Os diferentes níveis foram definidos conforme a seguir: Nível 1: obtidas de preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos; Nível 2: obtidas por meio de outras variáveis além dos preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo; Nível 3: obtidas por meio de técnicas de avaliação que incluem variáveis para o ativo ou passivo, mas que não têm como base os dados observáveis de mercado. Apuração dos valores justos a) Equivalente ao seu respectivo valor contábil, em razão de sua natureza e prazo de realização. b) Calculado de acordo com as informações disponibilizadas pelos agentes financeiros e pelos valores de mercado dos títulos emitidos pelo governo brasileiro. F-98 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma c) Utilizado como premissa básica o custo da última captação realizada pela Companhia, 111,5% do CDI para desconto do fluxo de pagamentos esperado. d) Utilizada como premissa a comparação com o título Notas do Tesouro Nacional - NTN-B, de longo prazo e pós-fixado, a NTN-B Principal com vencimento em 15.08.2024, que paga em torno de 6,10% a.a. mais IPCA. e) Os critérios e as premissas foram divulgados na NE nº 3.7.2. f) Ativos que entraram em operação após maio de 2000, têm valores justos calculados pelo fluxo de entradas de caixa esperado, descontado à taxa Selic, melhor taxa de curto prazo disponível para comparação na apuração do seu valor de mercado. g) Os critérios e as premissas foram divulgados na NE nº 3.7.1. A mutação ocorrida em 2014 está demonstrada a seguir: Em 31.12.2013 Capitalizações do intangível em curso Variação monetária Baixas Em 31.12.2014 h) 3.075.795 663.576 76.989 (23.884) 3.792.476 Ativos existentes em 31.05.2000, têm valores justos equivalentes aos valores contábeis, em virtude do aguardo da conclusão do laudo a ser avaliado pela Aneel. i) Calculado conforme cotações de preços publicadas em mercado ativo ou aplicando o percentual de participação sobre o patrimônio líquido para os ativos sem mercado ativo. j) Calculado conforme cotação do Preço Unitário - PU em 31.12.2014, obtido junto à Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro - Anbima, líquido do custo financeiro a amortizar de R$ 2.029. k) Utilizada a taxa de 7,74% a.a. como referência de mercado. 35.2 Gerenciamento dos riscos financeiros A Companhia mantém o Comitê de Gestão de Riscos Corporativos, responsável pelo desenvolvimento e acompanhamento das políticas de gerenciamento de riscos e o assessoramento do Comitê de Auditoria, de forma a assegurar a boa gestão dos recursos e a proteção e valorização do seu patrimônio. Os negócios da Companhia estão expostos aos seguintes riscos resultantes de instrumentos financeiros: 35.2.1 Risco de crédito Risco de crédito é o risco de incorrer em perdas decorrentes de um cliente ou de uma contraparte em um instrumento financeiro, resultantes da falha destes em cumprir com suas F-99 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma obrigações contratuais. Exposição ao risco de crédito Caixa e equivalentes de caixa (a) Títulos e valores mobiliários (a) Cauções e depósitos vinculados (a) Clientes (b) Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná (c) Ativos financeiros setoriais líquidos (d) Contas a receber vinculadas à concessão (e) Contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão (f) Contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão (g) a) 31.12.2014 740.131 591.325 70.453 2.254.512 1.344.108 1.041.144 4.425.417 301.046 160.217 10.928.353 31.12.2013 1.741.632 509.758 47.347 1.470.314 1.380.554 3.488.664 557.589 160.217 9.356.075 A Companhia administra o risco de crédito sobre esses ativos, considerando a política da Companhia em aplicar praticamente todos os recursos em instituições bancárias federais. Excepcionalmente, por força legal e/ou regulatória, a Companhia aplica recursos em bancos privados considerados de primeira linha. b) Risco decorrente da possibilidade de a Companhia incorrer em perdas, resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes. Tal risco está intimamente relacionado a fatores internos e externos à Copel. Para reduzir esse tipo de risco, a Companhia atua na gerência das contas a receber, detectando as classes de consumidores com maior possibilidade de inadimplência, suspendendo o fornecimento de energia e implementando políticas específicas de cobrança, atreladas a garantias reais ou fidejussórias para débitos superiores a R$ 200. Os créditos de liquidação duvidosa estão adequadamente cobertos por provisão para fazer face a eventuais perdas na sua realização. c) A Administração considera o risco deste crédito reduzido, visto que as amortizações são garantidas com recursos oriundos de dividendos. O Governo do Estado vem cumprindo o pagamento das parcelas renegociadas conforme estabelecido no quarto termo aditivo. d) A Administração considera bastante reduzido o risco deste crédito, visto que os contratos firmados asseguram o direito incondicional de receber caixa ao final da concessão a ser pago pelo Poder Concedente, referente a custos não recuperados por meio de tarifa. e) A Administração considera bastante reduzido o risco deste, visto que os contratos firmados asseguram o direito incondicional de receber caixa ao final da concessão a ser pago pelo Poder Concedente, referente aos investimentos efetuados em infraestrutura e que não foram recuperados por meio da tarifa até o vencimento da concessão, especificamente a atividade de transmissão, tendo em vista que a RAP é uma receita garantida, portanto sem risco de demanda. F-100 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma f) Para o valor relativo a indenização homologada para os ativos que entraram em operação após maio de 2000, a Administração considera reduzido o risco de crédito uma vez que as regras de sua realização e remuneração já foram estabelecidos pelo Poder Concedente. A Companhia recebeu as parcelas vencidas até setembro de 2014 e a expectativa da Administração é o recebimento das demais parcelas em atraso a partir da publicação da Resolução Homologatória nº 1.857, de 27.02.2015, que definiu as quotas anuais definitivas da CDE, aumentando o orçamento para o pagamento das indenizações de transmissão de R$ 3.180.000 para R$ 4.900.000 em 2015. g) Para o valor relativo aos ativos existentes em 31.05.2000, a Aneel publicou a Resolução Normativa nº 589/2013, que trata da definição de critérios para cálculo do Valor Novo de Reposição (VNR), para fins de indenização. Para estes ativos a Administração considera como reduzido o risco de crédito uma vez que as regras para a indenização estão definidas e está em andamento o levantamento das informações conforme requerido pelo Poder Concedente. 35.2.2 Risco de liquidez O Risco de Liquidez da Companhia é representado pela possibilidade de insuficiência de recursos, caixa ou outro ativo financeiro, para liquidar as obrigações nas datas previstas. A Companhia faz a administração do risco de liquidez com um conjunto de metodologias, procedimentos e instrumentos, aplicados no controle permanente dos processos financeiros, a fim de se garantir o adequado gerenciamento dos riscos. Os investimentos são financiados por meio de dívidas de médio e longo prazos junto a instituições financeiras e ao mercado de capitais. São desenvolvidas projeções econômico-financeiras de curto, médio e longo prazos, as quais são submetidas à apreciação pelos órgãos da Administração. Anualmente ocorre a aprovação do orçamento empresarial para o próximo exercício. As projeções econômico-financeiras de médio e longo prazos abrangem períodos mensais cobrindo os próximos cinco anos. A projeção de curto prazo considera períodos diários cobrindo os próximos 90 dias. A Companhia monitora permanentemente o volume de recursos a serem liquidados por meio de controle do fluxo de caixa, objetivando reduzir o custo de captação, o risco de renovação dos empréstimos e a aderência à política de aplicações financeiras, mantendo-se um nível de caixa mínimo. A tabela a seguir demonstra valores esperados de liquidação em cada faixa de tempo. As projeções foram efetuadas com base em indicadores financeiros vinculados aos respectivos instrumentos financeiros, previstos nas medianas das expectativas de mercado do Relatório F-101 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Focus, do Banco Central, que fornece a expectativa média de analistas de mercado para tais indicadores para o ano corrente e para o ano seguinte. A partir de 2017, repetem-se os indicadores de 2016 até o horizonte da projeção, exceto o dólar, que acompanha a inflação. Juros (a) 31.12.2014 Empréstimos e financiamentos NE nº 22 Debêntures NE nº 23 Derivativos DI Futuro Contas a pagar vinculadas à Tx. Retorno + concessão - uso do bem público IGP-M e IPCA Eletrobrás - Itaipu Dólar Outros fornecedores Benefícios pós emprego 8,53% Obrigações de compra IGP-M e IPCA 31.12.2013 Empréstimos e financiamentos NE nº 22 Debêntures NE nº 23 Derivativos DI Futuro Contas a pagar vinculadas à Tx. Retorno + concessão - uso do bem público IGP-M e IPCA Eletrobrás - Itaipu Dólar Petrobras - repactuação 100% do CDI Outros fornecedores Benefícios pós emprego 8,05% Obrigações de compra IGP-M e IPCA Menos de 1 mês 1a3 meses 3 meses a 1 ano 1 a 5 anos Mais de 5 anos Passivo Total 75.379 4.939 157 45.403 10.966 - 971.506 692.433 - 2.185.629 2.680.345 - 2.051.937 - 5.329.854 3.388.683 157 4.590 1.111.742 38.322 1.235.129 9.181 205.030 269.075 76.645 899.187 1.515.487 42.144 958.725 94.811 344.902 3.666.194 6.770.715 257.665 4.152.843 32.114 1.797.468 19.924.273 31.030.337 2.006.107 5.010.440 5.690.070 93.096.613 107.855.167 2.319.687 10.327.038 1.507.742 7.947.407 117.586.267 148.406.835 44.546 5.182 85 312.844 10.324 - 773.467 160.669 - 1.853.937 1.499.400 - 1.488.871 - 4.473.665 1.675.575 85 4.282 5.295 645.392 43.145 747.927 8.564 124.286 10.738 144.718 86.289 605.310 1.303.073 39.272 575.224 51.243 196.518 388.302 2.818.490 5.003.185 246.196 3.606.457 92.271 2.785.404 12.216.247 22.299.912 2.103.155 5.517.175 12.492.581 80.198.892 101.800.674 2.401.469 9.823.142 67.276 1.078.899 15.795.721 95.838.939 131.154.771 (a) Taxa de juros efetiva - média ponderada. Conforme divulgado nas NEs nº 22.10 e 23.2, a Companhia tem empréstimos, financiamentos e debêntures com cláusulas contratuais restritivas (covenants) que podem exigir a antecipação do pagamento destas obrigações. As principais garantias para passivos, constituídas para manutenção dos negócios e investimentos, estão aplicadas em títulos e valores mobiliários (NE nº 5) e em dinheiro (NE nº 6). 35.2.3 Risco de mercado Risco de mercado é o risco de que o valor justo ou os fluxos de caixa futuros de instrumento financeiro oscilem devido a mudanças nos preços de mercado, tais como as taxas de câmbio, taxas de juros e preços de ações. O objetivo do gerenciamento desse risco é controlar as exposições, dentro de parâmetros aceitáveis, e ao mesmo tempo otimizar o retorno. a) Risco cambial - dólar norte-americano Esse risco decorre da possibilidade da perda por conta de flutuações nas taxas de câmbio que reduzam saldos ativos ou aumentem saldos passivos em moeda estrangeira. A dívida em moeda estrangeira da Companhia não é significativa e não existe exposição a operações com derivativos de câmbio. A Companhia mantém monitoramento das taxas cambiais. F-102 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma O efeito da variação cambial decorrente do contrato de compra de energia da Eletrobrás (Itaipu) é repassado no próximo reajuste tarifário da Copel Distribuição. O risco cambial na compra de gás decorre da possibilidade de a Compagás computar prejuízos derivados de flutuações no preço do gás decorrente da variação no valor da “cesta de óleos” e das taxas de câmbio, aumentando os saldos de contas a pagar relativas ao gás adquirido. A Compagás mantém monitoramento permanente dessas flutuações. Análise de sensibilidade do risco cambial A Companhia desenvolveu análise de sensibilidade com objetivo de mensurar o impacto da depreciação. Para o cenário base, foram considerados os saldos existentes nas respectivas contas em 31.12.2014 e para o cenário provável considerou-se os saldos com a variação da taxa de câmbio – fim de período (R$/US$ 2,80) prevista na mediana das expectativas de mercado para 2015 do Relatório Focus do Bacen de 06.02.2015. Para os cenários adverso e remoto, foi considerada uma deterioração de 25% e 50%, respectivamente, no fator de risco principal do instrumento financeiro em relação ao nível utilizado no Cenário Provável. . Risco cambial . Ativos financeiros Caução STN (garantia de empréstimo STN) . Passivos financeiros Empréstimos e financiamentos STN Fornecedores Eletrobrás (Itaipu) Petrobras (aquisição de gás pela Compagás) Risco Base 31.12.2014 Cenários projetados - dez.2015 Provável Adverso Remoto Baixa do dólar 56.956 56.956 3.083 3.083 (11.926) (11.926) (26.936) (26.936) Alta do dólar (71.197) (71.197) (3.854) (3.854) (22.617) (22.617) (41.380) (41.380) Alta do dólar Alta do dólar (135.489) (252.103) (387.592) (7.335) (13.648) (20.983) (43.041) (80.086) (123.127) (78.747) (146.524) (225.271) Adicionalmente, a Companhia avalia seus instrumentos financeiros considerando os possíveis efeitos no resultado e patrimônio líquido frente aos riscos avaliados pela Administração da Companhia na data das demonstrações financeiras, conforme sugerido pelo IFRS 7. Baseado na posição patrimonial e no valor nocional dos instrumentos financeiros em aberto em 31.12.2014, estima-se que esses efeitos seriam próximos aos valores mencionados na coluna de cenário projetado provável da tabela acima, uma vez que as premissas utilizadas pela Companhia são próximas às descritas anteriormente. b) Risco de taxa de juros e variações monetárias Risco de a Companhia incorrer em perdas, por conta de flutuações nas taxas de juros ou outros indexadores, que diminuam as receitas financeiras ou aumentem as despesas financeiras relativas aos ativos e passivos captados no mercado. A Companhia não celebrou contratos de derivativos para cobrir este risco, exceto para os F-103 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma fundos de investimentos exclusivos (35.2.3-c), mas vem monitorando continuamente as taxas de juros e indexadores de mercado, a fim de observar eventual necessidade de contratação. Análise de sensibilidade do risco de taxa de juros e variações monetárias A Companhia desenvolveu análise de sensibilidade com objetivo de mensurar o impacto de taxas de juros pós-fixadas e de variações monetárias sobre seus ativos e passivos financeiros expostos a tais riscos. Para o cenário base, foram considerados os saldos existentes nas respectivas contas em 31.12.2014 e para o cenário provável considerou-se os saldos com a variação dos indicadores (CDI/Selic – 12,50%, IPCA – 6,45%, IGP-DI – 5,72%, IGP-M – 5,81% e TJLP – 5,50%) previstos na mediana das expectativas de mercado para 2015 do Relatório Focus do Bacen de 06.02.2015. Para os cenários adverso e remoto, foi considerada uma deterioração de 25% e 50%, respectivamente, no fator de risco principal do instrumento financeiro em relação ao nível utilizado no Cenário Provável. . Risco de taxa de juros e variações monetárias . Ativos financeiros Equivalentes de caixa - aplicações financeiras Títulos e valores mobiliários Cauções e depósitos vinculados Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná Ativos financeiros setoriais líquidos Contas a receber vinculadas à concessão Contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão - RBNI Contas a receber vinculadas à prorrogação da concessão Risco Baixa CDI/SELIC Baixa CDI/SELIC Baixa CDI/SELIC Baixa IGP-DI Baixa Selic Baixa IGP-M Baixa IPCA Indefinido (a) Base 31.12.2014 587.758 591.325 13.497 1.344.108 1.041.144 4.425.417 301.046 160.217 8.464.512 Passivos financeiros Empréstimos e financiamentos Banco do Brasil Alta CDI (1.558.485) Eletrobrás - Finel Alta IGP-M (50.237) Eletrobrás - RGR Sem Risco (80.524) Finep Alta TJLP (33.168) BNDES Alta TJLP (1.526.141) Banco do Brasil - Repasse de recursos do BNDES Alta TJLP (149.198) Debêntures Alta CDI (2.585.448) (5.983.201) . (a) Avaliação do risco ainda carece de regulamentação por parte do Poder Concedente. (b) Empréstimo indexado à Ufir. Cenários projetados - dez.2015 Provável Adverso Remoto 76.526 76.990 1.757 76.883 130.143 257.117 19.417 638.833 57.424 57.773 1.319 57.662 97.607 192.838 14.563 479.186 38.262 38.495 878 38.441 65.072 128.558 9.709 319.415 (194.811) (584) (1.824) (83.938) (8.206) (323.181) (612.544) (243.513) (730) (2.280) (104.922) (10.257) (403.976) (765.678) (292.216) (876) (2.736) (125.907) (12.309) (484.772) (918.816) Adicionalmente, a Companhia avalia seus instrumentos financeiros considerando os possíveis efeitos no resultado e patrimônio líquido frente aos riscos avaliados pela Administração da Companhia na data das demonstrações financeiras, conforme sugerido pelo IFRS 7. Baseado na posição patrimonial e no valor nocional dos instrumentos financeiros em aberto em 31.12.2014, estima-se que esses efeitos seriam próximos aos valores mencionados na coluna de cenário projetado provável da tabela acima, uma vez que as premissas utilizadas pela Companhia são próximas às descritas anteriormente. c) Risco de derivativos A Companhia opera instrumentos financeiros derivativos com o objetivo exclusivo de se proteger frente à volatilidade das exposições às oscilações nas taxas de juros. F-104 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Com o objetivo de se proteger frente à volatilidade das exposições ativas (taxas de juros em DI) decorrentes de títulos e valores mobiliários, a Companhia contratou operações de DI futuro, negociadas na BM&FBOVESPA e registradas na Cetip S.A. Mercados Organizados - Cetip, cujos saldos de face apresentam os seguintes montantes e condições: i) Em 2014, o resultado das operações com instrumentos financeiros derivativos no mercado de futuros foi um ganho de R$ 1.720 (um ganho de R$ 5.885 em 2013); ii) Os contratos são ajustados diariamente, conforme ajustes do DI Futuro divulgados pela BM&FBOVESPA. Os valores de referência (nocionais) desses contratos em aberto em 31.12.2014 correspondem a R$ 64.880 (R$ 109.792 em 31.12.2013); iii) Em 31.12.2014, parte dos títulos públicos federais no montante de R$ 6.487 (R$ 6.712 em 31.12.2013) estava depositada como garantia de operações realizadas na BM&FBOVESPA. Análise de sensibilidade do risco de derivativos De modo a mensurar os efeitos das flutuações dos índices e das taxas atreladas às operações com derivativos, elaboramos a seguir o quadro de análise de sensibilidade, incluindo um cenário considerado provável pela Administração, uma situação considerada adversa de, pelo menos, 25% de deterioração nas variáveis utilizadas e uma situação considerada remota, com deterioração de, pelo menos, 50% nas variáveis de risco. Para o cenário base, foram considerados os saldos existentes e, para o cenário provável, os saldos com a variação da taxa de referencia BM&FBOVESPA para LTN, com vencimento em 04.01.2016. . Risco de derivativos . Ativos (passivos) financeiros Derivativos - passivos Base 31.12.2014 Risco Baixa do DI Efeito esperado no resultado (157) (157) Cenários projetados - dez.2015 Provável Adverso Remoto 130 130 287 (6.390) (6.390) (6.233) (12.909) (12.909) (12.752) 35.2.4 Risco quanto à escassez de energia Risco de déficit de energia elétrica decorrente de condições climáticas desfavoráveis quanto a ocorrência de chuvas em determinado período, dado que a matriz energética brasileira está baseada em fontes hídricas, cuja geração depende do volume de água em seus reservatórios. Um período prolongado de escassez de chuvas pode reduzir o volume de água em estoque nos reservatórios, podendo ocasionar perdas em razão da redução de receitas quando da eventual adoção de racionamento energético. F-105 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Segundo a publicação Plano da Operação Energética 2014/2018 - PEN 2014, divulgado pelo ONS, o cenário hidroenergético em 2014 mostrou-se desfavorável, uma vez que as condições climáticas na estação chuvosa impediram a retomada dos estoques armazenados nos reservatórios dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste. Estes fatores podem impactar, sobretudo, os resultados no curto prazo (horizonte 2015/2016), quando o risco de déficit em alguns casos superam a margem de segurança estabelecida pelo Conselho Nacional de Política Energética - CNPE (risco máximo de 5%). Entretanto, as avaliações de médio prazo (horizonte 2015/2018), baseadas nos riscos de déficit de energia para o Cenário de Referência indicam adequabilidade ao critério de suprimento preconizado pelo CNPE, na medida em que os riscos de déficit permanecem inferiores a 5% em todos os subsistemas. 35.2.5 Risco de não renovação das concessões A lei nº 12.783/2013 publicada em 14.01.2013 disciplinou a prorrogação das concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica para as concessões alcançadas pelos artigos 17, 19 e 22 da lei nº 9.074/1995. No entanto, a prorrogação é facultada a aceitação expressa das condições daquela lei. No segmento de geração, foram quatro as usinas alcançadas pela lei nº 12.783/2013: Rio dos Patos com 1,8 MW, Mourão com 8,2 MW, Chopim com 1,8 MW e Usina Governador Pedro Viriato Parigot de Souza com 260 MW de capacidade instalada. Visando preservar os atuais níveis de rentabilidade da empresa, estas usinas não foram prorrogadas, pois estudos apontaram sua inviabilidade frente as condições impostas pelo poder concedente. Ao término contratual, estas usinas serão licitadas, sem a garantia da empresa sagrar-se vencedora do certame. Rio dos Patos, por sua vez teve seu término contratual em fevereiro de 2014. No entanto, a Companhia permanecerá responsável pela prestação do serviço desta usina, até a assunção do concessionário vencedor da licitação, ainda sem data definida para acontecer. Por meio da Portaria MME 170/2014, de 17.04.2014, foi definindo o valor do Custo da Gestão dos Ativos de Geração - GAG desta usina, o qual será utilizado para a definição da Receita Anual de Geração - RAG, para prestação desse serviço. No segmento de transmissão, as instalações constantes do Contrato de Concessão nº 060/2001, foram prorrogadas por 30 anos, segundo as condições impostas pela lei nº 12.783/2013. Neste caso, foram mantidas as condições para a realização dos investimentos decorrentes de contingências, modernizações, atualizações e reforma das estruturas e equipamentos que se efetivarão desde que haja reconhecimento e autorização pela Aneel. A garantia de ressarcimento pelo órgão regulador afasta a possibilidade de perdas financeira bem como preserva os atuais níveis de rentabilidade da Companhia. F-106 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma No segmento de distribuição, a Companhia manifestou-se favorável pela prorrogação do Contrato de Concessão nº 046/1999, nos termos da lei nº 12.783/2013. No momento, aguardase a decisão do Poder Concedente pela prorrogação. Caso as condições estabelecidas pelo Poder Concedente garantam os níveis de rentabilidade da empresa, a Companhia assinará o contrato de concessão ou termo aditivo, por um período de até 30 anos. Apesar do contexto de incertezas no cenário regulatório, a Companhia confia na possibilidade de prorrogação do referido contrato de concessão, embora não possua informações suficientes para garantir a prorrogação do contrato de concessão de distribuição em termos favoráveis. A prorrogação ou não do contrato de concessão se dará mediante condições legais regulatórias a serem determinadas que possam afetar a classificação, a realização de determinados ativos ou a liquidação de determinados passivos. Os principais itens que estão expostos a este evento são conforme segue: i) Ativo financeiro setorial: a parcela classificada no curto prazo poderá ser realizada em prazo superior a 12 meses, caso a concessão não seja renovada; ii) Ativo financeiro da concessão: depende de avaliação da Aneel para confirmar os valores a serem indenizados ou que venham a ser atribuídos a um novo período de concessão; e iii) Imposto de renda e contribuição social diferidos: poderão se realizar/liquidar em prazo diferente daquele previsto pela Companhia. F-107 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Copel Geração e Transmissão Contrato de Concessão nº 045/1999 UHE Rio dos Patos (a) (b) (f) UHE Gov. Pedro Viriato Parigot de Souza (GPS) (a) (b) UHE Mourão I (a) (b) UTE Figueira UHE Gov. Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia) UHE São Jorge UHE Guaricana UHE Derivação do Rio Jordão (d) UHE Gov. Ney Aminthas de Barros Braga (Segredo) UHE Gov. José Richa (Salto Caxias) PCH Melissa (c) PCH Pitangui (c) PCH Salto do Vau (c) Participação % Vencimento 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 14.02.2014 07.07.2015 07.07.2015 26.03.2019 23.05.2023 03.12.2024 16.08.2026 15.11.2029 15.11.2029 04.05.2030 - Contrato de Concessão nº 001/2011 UHE Colíder (e) 100 16.01.2046 Contrato de Uso de Bem Público nº 007/2013 UHE Chopim I (a) (b) (d) UHE Apucaraninha (d) UHE Chaminé (d) UHE Cavernoso (d) 100 100 100 100 07.07.2015 12.10.2025 16.08.2026 07.01.2031 Contrato de Uso de Bem Público nº 002/2012 - UHE Baixo Iguaçu (g) 30 19.08.2047 Autorizações Resolução nº 278/1999 - UEE Palmas Resolução nº 351/1999 - UTE Araucária (20% - Copel) Portaria nº 133/2011 - PCH Cavernoso II 100 60 100 28.09.2029 22.12.2029 27.02.2046 Contrato de Concessão de geração nº 001/2007 UHE Mauá 51 02.07.2042 Em processo de homologação na Aneel UHE Marumbi 100 (a) Usina não renovada nos termos da MP nº 579/2012 - prerrogativa da Concessionária. (b) Haverá licitação do empreendimento ao término da concessão. (c) Nas usinas com capacidade inferior a 1 MW, efetua-se apenas registro na Aneel. (d) Usinas que passaram por mundança no regime de exploração de Serviço Público para Produtor Independente. (e) Empreendimento em construção. (f) A Companhia permanecerá responsável pela prestação do serviço desta usina, até a assunção do concessionário vencedor da licitação, ainda sem data definida para acontecer. (g) Em 10.10.2014 foi assinado o 1º aditivo ao Contrato de Concessão MME nº 002/2012 formalizando a transferência de 30% da Concessão da UHE Baixo Iguaçu para a Copel Geração e Transmissão. F-108 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Copel Geração e Transmissão Contratos de Concessões de Linhas de Transmissão e Subestações Contrato nº 060/01 - Instalações de transmissão (a) Contrato nº 075/01 - Linha de transmissão Bateias - Jaguariaíva Contrato nº 006/08 - Linha de transmissão Bateias - Pilarzinho Contrato nº 027/09 - Linha de transmissão Foz do Iguaçu - Cascavel Oeste Contrato nº 010/10 - Linha de transmissão Araraquara 2 - Taubaté (b) Contrato nº 015/10 - Subestação Cerquilho III (b) Contrato nº 001/12 - Linha de transmissão Cascavel Oeste - Umuarama (b) Contrato nº 004/12 - Linha de transmissão Nova Santa Rita - Camaquã 3 (b) Contrato nº 007/12 - Linha de transmissão Umuarama - Guaira (b) Contrato nº 008/12 - Linha de transmissão Curitiba - Curitiba Leste (b) Contrato nº 011/12 - Linha de transmissão Açailândia - Miranda II Contrato nº 012/12 - Linha de transmissão Paranaíta - Ribeirãozinho (b) Contrato nº 013/12 - Linha de transmissão Ribeirãozinho - Marimbondo II (b) Contrato nº 022/12 - Linha de transmissão - Foz do Chopim - Salto Osorio C2 (b) Contrato nº 002/13 - Linha de transmissão - Assis - Paraguaçu Paulista II (b) Contrato nº 007/13 - Linha de transmissão - Barreiras II - Pirapora 2 (b) Contrato nº 001/14 - Linha de transmissão - Itatiba - Bateias (b) Contrato nº 005/14 - Linha de transmissão - Bateias - Curitiba Norte (b) Contrato nº 019/14 - Linha de transmissão - Estreito - Fernão Dias (b) Contrato nº 021/14 - Linha de Transmissão Foz do Chopim - Realeza (b) Contrato nº 022/14 - Linha de Transmissão Assis - Londrina (b) (a) Concessão prorrogada nos termos da MP nº 579/2012. (b) Empreendimento em construção. Participação % 100 100 100 100 100 100 51 20 49 80 49 49 49 100 100 24,5 50,1 100 49 100 100 Vencimento 05.12.2042 16.08.2031 16.03.2038 18.11.2039 05.10.2040 05.10.2040 11.01.2042 09.05.2042 09.05.2042 09.05.2042 09.05.2042 09.05.2042 09.05.2042 26.08.2042 24.02.2043 01.05.2043 13.05.2044 28.01.2044 04.09.2044 04.09.2044 04.09.2044 Copel Participação % Vencimento Contratos de Concessão / Autorização das Participações societárias Copel Distribuição - Contrato de concessão nº 046/99 (a) 100 07.07.2015 Elejor - Contrato de concessão nº 125/2001 - UHE Fundão e UHE Santa Clara 70 24.10.2036 - Autorização - Resoluções nºs 753 e 757/2002 - PCH Fundão I e PCH Santa Clara I 70 18.12.2032 Dona Francisca Energética - Contrato de concessão nº 188/1998 - UHE Dona Francisca 23 27.08.2033 Foz do Chopim - Autorização - Resolução nº 114/2000 - PCH Foz do Chopim 36 23.04.2030 UEG Araucária - Autorização - Resolução nº 351/1999 - UTE Araucária (60% Copel GET) 20 22.12.2029 Compagás - contrato de concessão de distribuição de gás 51 06.07.2024 Nova Asa Branca I - Portaria MME nº 267/2011 - EOL Asa Branca I (b) 100 24.04.2046 Nova Asa Branca II - Portaria MME nº 333/2011 - EOL Asa Branca II (b) 100 30.05.2046 Nova Asa Branca III - Portaria MME nº 334/2011 - EOL Asa Branca III (b) 100 30.05.2046 Nova Eurus IV - Portaria MME nº 273/2011 - EOL Eurus IV (b) 100 26.04.2046 Santa Maria - Portaria MME nº 274/2012 - EOL SM (b) 100 07.05.2047 Santa Helena - Portaria MME nº 207/2012 - EOL Santa Helena (b) 100 08.04.2047 Ventos de Santo Uriel - Portaria MME nº 201/2012 - EOL Santo Uriel (b) 100 08.04.2047 São Bento - Portaria MME nº 276 /2011 - EOL Dreen Boa Vista 100 27.04.2046 - Portaria MME nº 263 /2011 - EOL Farol 100 19.04.2046 - Portaria MME nº 343 /2011 - EOL Dreen Olho D'Água 100 31.05.2046 - Portaria MME nº 310 /2011 - EOL Dreen São Bento do Norte 100 18.05.2046 Voltalia - Portaria MME nº 173 /2012 - EOL São João (b) 49 25.03.2047 - Portaria MME nº 204 /2012 - EOL Carnaúbas (b) 49 08.04.2047 - Portaria MME nº 230 /2012 - EOL Reduto (b) 49 15.04.2047 - Portaria MME nº 233 /2012 - EOL Santo Cristo (b) 49 17.04.2047 (a) Encaminhado em 31.05.2012 requerimento solicitando prorrogação da concessão, e em 11.10.2012 ratificação ao requerimento de prorrogação conforme MP nº 579/2012. (b) Empreendimento em construção. 35.2.6 Risco quanto à escassez de gás Risco decorrente de eventual período de escassez no fornecimento de gás natural, para atender às atividades relacionadas à distribuição de gás e geração de energia termelétrica. Um período prolongado de escassez de gás poderia impactar em perdas em razão da redução de receitas das controladas Compagás e UEG Araucária. F-109 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 35.3 Gerenciamento de capital A Companhia busca conservar uma sólida base de capital para manter a confiança do investidor, credor e mercado e garantir o desenvolvimento futuro dos negócios. Procura manter um equilíbrio entre os mais altos retornos possíveis com níveis adequados de empréstimos e as vantagens e a segurança proporcionadas por uma posição de capital saudável. Assim, maximiza o retorno para todas as partes interessadas em suas operações, otimizando o saldo de dívidas e patrimônio. A estrutura de capital é formada: a) pela dívida líquida, definida como o total de empréstimos, financiamentos e debêntures, líquidos de caixa e equivalentes de caixa, e títulos e valores mobiliários, de curto prazo; e b) pelo capital próprio, definido como o patrimônio líquido. Endividamento Empréstimos e financiamentos Debêntures (-) Caixa e equivalentes de caixa (-) Títulos e valores mobiliários Dívida líquida Patrimônio líquido Endividamento do patrimônio líquido 31.12.2014 3.468.950 2.585.448 740.131 459.115 4.855.152 13.682.780 0,35 F-110 31.12.2013 3.323.784 1.207.945 1.741.632 389.222 2.400.875 12.928.752 0,19 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 36 36.1 Transações com Partes Relacionadas Principais transações entre partes relacionadas Parte Relacionada / Natureza da operação Controlador Estado do Paraná Programa luz fraterna (a) Empregados cedidos (b) . Serviços de telecomunicações (c) Entidades com influência significativa BNDES e BNDESPAR (d) Financiamentos (NE nº 22.5) Debêntures - Compagás (NE 23.d) Petrobras (e) Aluguel da usina UTE Araucária (31.4.1 - a) Fornecimento e transporte de gás (f) Aquisição de gás para revenda (f) Créditos nas operações de gás - Compagás (g) Dividendos a pagar pela Compagás . Empregados cedidos à Compagás Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda. (h) Dividendos a pagar pela Compagás . Empregados cedidos à Compagás Paineira Participações S.A. (i) Ativo 31.12.2014 31.12.2013 Passivo 31.12.2014 31.12.2013 139.817 908 39.489 78.987 266 21.746 - - - - 1.526.141 53.554 327 26.797 - 6.499 374 13.504 - - Resultado 31.12.2014 31.12.2013 27.779 25.837 1.125.109 - (79.304) (746) (15.647) - 252.103 3.513 653 51.502 1.076 284 6.405 11.842 (1.469.689) (369) 101.628 23.912 (295.494) (401) - 4.720 682 2.283 313 (369) (430) - - 1.367 11.985 48 - 190 - 40 - - - Empreendimentos controlados em conjunto Costa Oeste Transmissora de Energia (j) Serviços de engenharia Serviços de operação e manutanção Rede básica e conexão 2.113 - Marumbi Transmissora de Energia (k) - 184 - - 1.654 Caiuá Transmissora de Energia (l) Prestação de serviços Rede básica e conexão - 221 - 354 - 4.104 (3.976) 478 - Integração Maranhense Transmissora de Energia (m) Rede básica - - 5 - (14) - Transmissora Sul Brasileria de Energia (m) Rede básica - - 23 - (533) - Coligadas Dona Francisca Energética S.A. (n) . Foz do Chopim Energética Ltda. (o) . 247 (784) Sercomtel S.A. Telecomunicações (p) Companhia de Saneamento do Paraná Água tratada, coleta e tratamento de esgoto Utilização de água retirada da Represa do Alagado . Serviços de telecomunicações Pessoal chave da administração Honorários e encargos sociais (NE nº 32.3) Planos previdenciários e assistenciais (NE nº 24) 2.042 - - 6.538 6.320 (81.342) (71.950) 155 201 - - 1.827 1.725 - 192 - - 735 2.287 72 246 960 4 - 1 - (1.269) 272 2.530 (1.263) 875 2.211 - - - - (20.043) (1.393) (16.829) (1.089) - - 898.618 967.232 (11.119) - (12.270) - 28.693 27.229 1.168 587 (9.455) (5.060) Outras partes relacionadas Fundação Copel Aluguel de imóveis administrativos . Planos previdenciários e assistenciais (NE nº 24) Lactec (q) F-111 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma a) O Programa Luz Fraterna, instituído e alterado pelas leis estaduais nº 491/2003 e 17.639 de 31.07.2013, permite ao Estado do Paraná quitar as contas de energia elétrica de famílias paranaenses de baixa renda (devidamente cadastradas) quando o consumo não ultrapassar o limite de 120 kWh no mês. O benefício é válido para ligações elétricas residenciais de padrão monofásico, ligações rurais monofásicas e rurais bifásicas com disjuntor de até 50 ampères. Também é preciso que o titular não tenha outra conta de luz no seu nome e não tenha débitos em atraso com a Copel Distribuição. Do total, o valor de R$ 137.137 está contabilizado na Controladora, na conta de Partes Relacionadas, conforme NE nº 16.1.1. b) Ressarcimento do valor correspondente a remuneração e encargos sociais de empregados cedidos ao Estado do Paraná. Os saldos apresentados são líquidos da PCLD no valor de R$ 1.195 em 31.12.2014 (R$ 1.614, em 31.12.2013). c) Serviços de telecomunicações prestados conforme contrato da Copel Telecomunicações com o Estado do Paraná. d) O BNDES é controlador da BNDES Participações S.A. - BNDESPAR que detém 23,96% do capital social da Copel (26,41% das ações ordinárias e 21,27% das ações preferenciais “B”). À BNDESPAR será proposto a título de dividendos do exercício de 2014, o montante de R$ 148.402 (R$ 147.329, líquidos de IRRF), deste, foi antecipado em novembro de 2014 o valor líquido de R$ 89.705. A parcela restante será distribuída após a aprovação da destinação do lucro do exercício, na AGO. e) A Petrobras detém 20% do capital social da UEG Araucária e 24,5% do capital social da Compagás. f) Fornecimento e transporte de gás canalizado e aquisição de gás para revenda pela Compagás. g) Os créditos referem-se ao contrato de aquisição de gás junto à Petrobras, relativo à aquisição de volumes e capacidades de transporte contratados e garantidos, superiores àqueles efetivamente retirados e utilizados, e contém cláusula de compensação futura. A Compagás possui o direito de retirar o gás em meses subsequentes, podendo compensar o volume contratado e não consumido num prazo prescricional de até 10 anos. Este saldo é corrigido mensalmente, atualizando o valor de recuperação. Considerando o plano de expansão da Compagás e as perspectivas de aumento de consumo pelo mercado, a administração da Compagás entende que a compensação do volume de gás acumulado até 31.12.2014 será efetuada parcialmente. Consequentemente, e de acordo com as disposições contratuais, a Compagás efetuou ajuste de valor recuperável do crédito de ship or pay, no valor de R$ 23.729. h) A Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda. detém 24,5% do capital social da Compagás. F-112 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma i) A Paineira Participações S.A. detém 30% do capital social da Elejor. Os saldos referem-se a dividendos a pagar pela Elejor. j) Contrato de prestação de serviço de engenharia, com vencimento em 30.10.2015, e de operação e manutenção, com vencimento em 26.12.2018, realizados entre a Costa Oeste Transmissora e a Copel Geração e Transmissão. Contrato de uso do sistema de transmissão, de caráter permanente, e contrato de conexão ao sistema de transmissão, com vencimento até a extinção da concessão da distribuidora ou da transmissora, o que ocorrer primeiro, realizados entre a Costa Oeste Transmissora e a Copel Distribuição. k) Contrato de prestação de serviço de engenharia, realizado entre a Marumbi Transmissora de Energia e a Copel Geração e Transmissão, com vencimento em 30.09.2015. l) Contratos de prestação de serviços específicos de gestão ambiental, com vencimento em 14.03.2015, e de operação e manutenção, com vencimento em 29.07.2016, realizados entre a Caiuá Transmissora de Energia e a Copel Geração e Transmissão. Contrato de uso do sistema de transmissão, de caráter permanente, para a contratação do Montante de Uso do Sistema de Transmissão - Must, com montantes definidos para os quatro anos subsequentes, com revisões anuais, e contrato de conexão ao sistema de transmissão, com vencimento até a extinção da concessão da distribuidora ou da transmissora, o que ocorrer primeiro, realizados entre a Caiuá Transmissora e a Copel Distribuição. m) Contrato de uso do sistema de transmissão, de caráter permanente, para a contratação do Must, com montantes definidos para os quatro anos subsequentes, com revisões anuais, realizados com a Copel Distribuição. n) Contrato de compra e venda de energia, realizado entre a Dona Francisca Energética e a Copel Geração e Transmissão, com vencimento em 31.03.2015. o) Contratos realizados entre a Foz do Chopim Energética Ltda. e a Copel Geração e Transmissão referentes à prestação de serviços de operação e manutenção, com vencimento em 24.05.2015 e à conexão ao sistema de transmissão, com vencimento em 07.07.2015. p) Contrato de compartilhamento de postes, realizado entre a Sercomtel Telecomunicações e a Copel Distribuição, com vencimento em 28.12.2018. F-113 S.A. COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma q) O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento - Lactec é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - Oscip, na qual a Copel é uma associada. O Lactec mantém contratos de prestação de serviços e de pesquisa e desenvolvimento com a Copel Geração e Transmissão e com a Copel Distribuição, submetidos a controle prévio ou a posteriori, com anuência da Aneel. Os saldos do ativo referem-se a P&D e PEE, contabilizados no Circulante, na conta Serviços em curso, na qual devem permanecer até a conclusão do projeto, conforme determinação da Aneel. Ao Estado do Paraná será proposto, a título de dividendos do exercício de 2014, o montante de R$ 184.733, deste, foi antecipado em novembro de 2014 o valor de R$ 113.010. A parcela restante será distribuída após a aprovação da destinação do lucro do exercício, na AGO. Outras transações entre a Controladora e suas partes relacionadas estão demonstradas nas NEs nº 8 - Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná, nº 16 - Partes Relacionadas e nº 17 - Investimentos. Os valores decorrentes das atividades operacionais da Copel Distribuição com as partes relacionadas são faturados de acordo com as tarifas homologadas pela Aneel. 36.2 Avais e garantias concedidos às partes relacionadas 36.2.1 Concedidos às controladas e coligadas A Controladora e a São Bento concederam os seguintes avais e garantias: a) garantias na emissão de debêntures e de empréstimos e financiamentos de controladas, s conforme NEs nº 22.5 e 23; e b) avais solidários concedidos pela Copel, correspondentes à sua participação acionária de 23,03% à sua coligada Dona Francisca Energética S.A., em 2002, em financiamentos tomados junto ao BNDES e ao Bradesco, com prazo de liquidação até 2015. Em 31.12.2014, os saldos devedores atualizados montavam a R$ 3.271 com o BNDES e R$ 1.800 com o Bradesco. F-114 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 36.2.2 Concedidos aos empreendimentos controlados em conjunto Empreendimentos controlados em conjunto Operação Caiuá Transmissora (a) Financiamento Costa Oeste (b) Financiamento Guaraciaba Transmissora (c) Debêntures Integração Maranhense (d) Financiamento Mata de Santa Genebra (e) Debêntures Matrinchã Transmissora (f) Financiamento Transmissora Sul Brasileira (g) Financiamento Transmissora Sul Brasileira (h) Debêntures Paranaíba (i) Debêntures Transmissora Marumbi (j) Financiamento Instituição financeira financiadora: BNDES: (a) (b) (d) (f) (g) (j) Data da emissão 23.12.2013 30.12.2013 20.06.2013 30.12.2013 10.09.2014 27.12.2013 12.12.2013 15.09.2014 24.11.2014 06.10.2014 Vencimento final 15.02.2029 15.11.2028 20.12.2014 15.02.2029 12.03.2016 20.12.2014 15.07.2028 15.09.2028 24.11.2015 15.07.2029 Valor aprovado 84.600 36.720 400.000 142.150 469.000 691.440 266.572 77.550 350.000 55.037 Destinação: Programa Investimentos e/ou Capital de Giro. Aval / Fiança: Prestado pela Copel Geração e Transmissão, limitada a 49% da operação: (a) (d) Prestado pela Copel, limitada a 51% da operação: (b) Prestado pela Copel, limitada a 49% da operação: (c) (f) Prestado pela Copel, limitada a 50,1% da operação: (e) Prestado pela Copel, limitada a 20% da operação: (g) (h) Prestado pela Copel, limitada a 24,5% da operação: (i) Prestado pela Copel, limitada a 80% da operação (j) Garantias da Operação: Penhor de ações da Copel Geração e Transmissão de sua participação acionária 49%: (a) (d) (f) Penhor de ações da Copel Geração e Transmissão de sua participação acionária 51%: (b) Penhor de ações da Copel Geração e Transmissão de sua participação acionária 20%: (g) (h) Penhor de ações da Copel Geração e Transmissão de sua participação acionária 80%: (j) F-115 Total Saldo liberado 31.12.2014 79.600 88.741 31.000 35.396 400.000 401.144 131.400 146.981 48.000 49.557 541.965 553.271 260.145 261.718 77.550 80.222 350.000 354.527 20.314 34.723 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 37 Seguros A especificação por modalidade de risco e data de vigência dos principais seguros está demonstrada a seguir: Apólice Riscos nomeados Incêndio - imóveis próprios e locados Responsabilidade civil - Compagás Transporte nacional e internacional - exportação e importação Multirrisco - Compagás Multirrisco - Compagás Multirriscos - Elejor Automóveis - Compagás Riscos diversos Riscos nomeados - Elejor Riscos operacionais - UEG Araucária (a) Garantia judicial - Compagás Garantia de fiel cumprimento - Aneel Garantia de fiel cumprimento - Aneel Riscos operacionais - UHE Mauá - Consórcio Energético Cruzeiro do Sul Responsabilidade civil para diretores e administradores - D&O (a) Garantia de Fiel Cumprimento - eólicas Garantia de Fiel Cumprimento - eólicas Garantia de Fiel Cumprimento - eólicas Garantia de Pagamento - eólicas Garantia de Fiel Cumprimento - Agência Nacional de Petróleo - ANP Garantia de fiel cumprimento - Aneel Garantia de fiel cumprimento - Aneel Garantia de Participação - Agência Nacional de Petróleo - ANP Garantia de Fiel Cumprimento - Agência Nacional de Petróleo - ANP Garantia de Fiel Cumprimento - CREA - Paraná Garantia de Participação - Aneel Garantia de Participação - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE Garantia de Participação - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE Garantia de Participação - Aneel Garantia Financeira - Cosern Garantia de Fiel Cumprimento - Extremoz Garantia de fiel cumprimento - Aneel Responsabilidade Civil - Vestas Riscos de Engenharia - Vestas Riscos Operacionais - São Bento Responsabilidade Civil - São Bento Término da vigência 24.08.2015 24.08.2015 30.10.2015 24.08.2015 18.12.2015 26.04.2015 11.04.2015 16.09.2015 24.08.2015 06.06.2015 31.05.2015 03.02.2015 30.07.2015 27.12.2015 23.11.2015 30.06.2015 30.06.2015 31.03.2015 30.06.2015 31.03.2015 11.11.2018 30.11.2017 02.06.2018 01.03.2015 05.07.2015 31.12.2016 04.02.2015 27.06.2015 23.05.2015 17.05.2015 01.11.2015 31.01.2015 30.04.2015 01.02.2015 01.02.2017 01.07.2015 05.07.2015 Importância segurada 1.929.357 519.501 3.600 apólice por averbação 14.750 470 395.099 valor de mercado 970 500 958.109 56.938 44.319 1.850 342.139 66.405 22.200 11.100 3.047 6.000 59.440 2.450 6.750 862 12.500 24 646 44.863 14.013 7.404 21 5.000 22.143 17.000 338.348 390.935 20.000 (a) Os valores das importâncias seguradas de Riscos operacionais - UEG Araucária e de Responsabilidade civil para diretores e administradores foram convertidos de dólar para real com a taxa do dia 31.12.2014, R$ 2,6562. F-116 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 38 Evento Subsequente Revisão Tarifária Extraordinária de 2015 A Revisão Tarifária Extraordinária se dá em decorrência de uma série de eventos que impactaram de maneira significativa os custos das concessionárias de energia, os quais não foram previstos no reajuste tarifário de 2014, com destaque para: (i) aumento da quota de CDE; (ii) aumento dos custos com compra de energia em função do reajuste da tarifa de Itaipu (46,14%) e alteração do dólar; e (iii) dos elevados preços praticados no 14º Leilão de Energia Existente (A-1 2014) e no 18º Leilão de Ajuste, realizado em 15.01.2015. A Aneel aprovou a Revisão Tarifária Extraordinária da Copel Distribuição com reajuste tarifário médio de 36,79% com vigência a partir de 02.03.2015. Desse total, 22,14% estão relacionados à quota de CDE, e 14,65% ao reposicionamento dos custos com aquisição de energia, os quais não foram previstos no reajuste tarifário de 2014. 39 Informações financeiras não consolidadas condensadas da Companhia Paranaense de Energia – COPEL Como as informações financeiras não consolidadas condensadas requeridas pela Norma 12-04 do Regulamento S-X não é requerida para fins das normas internacionais de relatórios financeiros (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board – IASB, tal informação não foi incluída nas demonstrações financeiras originais arquivadas na Comissão de Valores Mobiliários – CVM no Brasil em 20.03.2015. A fim de atender às exigências específicas da Securities and Exchange Comission – SEC, a administração incorporou as informações financeiras não consolidadas condensadas nestas demonstrações financeiras como parte do Form 20-F. As informações financeiras não consolidadas condensadas da Companhia Paranaense de Energia – COPEL de 31 de dezembro de 2014 e 2013 e para cada um dos dois anos do período encerrado em 31.12.2014, apresentadas a seguir foram preparadas considerando as mesmas políticas contábeis descritas nas Notas 2 e 3 às demonstrações financeiras consolidadas da Companhia. F-117 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (a) Balanço Patrimonial: ATIVO Circulante Caixa e equivalentes de caixa Títulos e valores mobiliários Dividendos a receber Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná Outros créditos Imposto de renda e contribuição social Despesas antecipadas Partes relacionadas 31.12.2014 Não Circulante Repasse CRC ao Governo do Estado do Paraná Depósitos judiciais Imposto de renda e contribuição social Imposto de renda e contribuição social diferidos Partes relacionadas Outros créditos Investimentos Imobilizado Intangível TOTAL DO ATIVO PASSIVO Circulante Obrigações sociais e trabalhistas Partes relacionadas Fornecedores Imposto de renda e contribuição social Outras obrigações fiscais Empréstimos e financiamentos Debêntures Dividendos a pagar Outras contas a pagar Não Circulante Outras obrigações fiscais Empréstimos e financiamentos Debêntures Benefícios pós-emprego Provisões para litígios Patrimônio Líquido Capital social Ajustes de avaliação patrimonial Reserva legal Reserva de retenção de lucros Dividendo adicional proposto TOTAL DO PASSIVO F-118 31.12.2013 34.862 152 383.866 94.579 12.695 78.912 34 1.925 607.025 10.410 186 381.371 85.448 3.869 42.494 523.778 1.249.529 273.936 114.195 98.226 208.334 303 1.944.523 1.295.106 272.115 169.717 91.205 64.815 1.892.958 13.079.795 323 3.062 12.055.619 29 - 15.634.728 14.472.384 31.12.2014 31.12.2013 12.793 2.087 2.442 5.597 349.753 15.447 3.824 2.060 394.003 4.946 468.317 3.211 25.481 562.801 3.047 16.434 1.084.237 820 608.663 995.038 8.196 297.319 1.910.036 40 456.752 2.169 277.847 736.808 6.910.000 976.964 685.147 4.516.825 241.753 13.330.689 6.910.000 983.159 624.849 3.897.833 235.498 12.651.339 15.634.728 14.472.384 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (b) Demonstração do Resultado: OPERAÇÕES CONTINUADAS Receitas (Despesas) Operacionais Despesas gerais e administrativas Outras receitas (despesas), líquidas Resultado da equivalência patrimonial LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E DOS TRIBUTOS Resultado Financeiro Receitas financeiras Despesas financeiras 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 (119.639) (20.569) 1.410.276 1.270.068 (47.772) 28.333 1.116.830 1.097.391 (23.235) (13.927) 732.313 695.151 1.270.068 1.097.391 695.151 202.208 (233.762) (31.554) LUCRO OPERACIONAL 1.238.514 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Imposto de renda e contribuição social Imposto de renda e contribuição social diferidos (38.258) 5.694 (32.564) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ACIONISTAS DA EMPRESA CONTROLADORA - em reais Ações preferenciais classe "A" Ações preferenciais classe "B" Ações ordinárias 114.524 (112.524) 2.000 1.099.391 110.317 (109.266) 1.051 696.202 (26.831) (26.831) (4.467) 8.953 4.486 1.205.950 1.072.560 700.688 4,6295 4,6299 4,2090 4,4900 4,1174 3,7428 4,1742 2,6879 2,4435 (c) Demonstração do Resultado Abrangente: 31.12.2014 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Outros resultados abrangentes Itens que nunca serão reclassificados para o resultado Perdas com passivos atuariais benefícios pós-emprego benefícios pós-emprego - equivalência patrimonial Tributos sobre outros resultados abrangentes Itens que são ou talvez sejam reclassificados para o resultado Ganhos (perdas) com ativos financeiros disponíveis para venda aplicações financeiras contas a receber vinculadas à concessão investimentos Outros ajustes - controlada Tributos sobre outros resultados abrangentes Total de outros resultados abrangentes, líquido de tributos 1.205.950 RESULTADO ABRANGENTE DO EXERCÍCIO 1.297.225 F-119 31.12.2013 31.12.2012 1.072.560 700.688 (3.712) 94.425 1.262 (2.169) (122.886) 738 (144.573) - 707 (190) (1.282) 65 91.275 (4.573) (306) 104 (129.092) 1.493 (8.657) 406 1.462 (139) (150.008) 943.468 550.680 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma (d) Fluxo de Caixa: Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 31.12.2014 31.12.2013 31.12.2012 1.031.444 954.960 116.845 Fluxo de caixa das atividades de investimento Aplicações financeiras Empréstimos concedidos a partes relacionadas Recebimento de empréstimos concedidos a partes relacionadas Resgate do investimento na Ceolpar - incorporada pela Copel GeT Aquisições de investimentos Aquisições de imobilizado Aquisições de Intangível 34 (827.437) (294) (14.887) (10) 213.847 (600.170) (29) - (11) (808.972) 920.836 910 (9.273) - Caixa líquido gerado (utilizado) pelas atividades de investimento (842.584) (386.362) 103.490 1.000.000 (80.600) (468.317) (615.491) (587.652) (218.628) (164.408) (587.652) (218.628) 24.452 (19.054) 1.707 10.410 34.862 29.464 10.410 27.757 29.464 24.452 (19.054) 1.707 Fluxos de caixa das atividades de financiamento Ingressos de debêntures emitidas Amortização de principal de empréstimos e financiamentos Amortização de principal de obrigações com partes relacionadas Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos Caixa líquido gerado (utilizado) pelas atividades de financiamento Aumento (decréscimo) líquido do caixa Saldo inicial de caixa e equivalentes de caixa Saldo final de caixa e equivalentes de caixa Variação no caixa e equivalentes de caixa Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, recebemos R$ 1.300.228 e R$ 1.067.400, respectivamente, dos dividendos e juros sobre capital próprio pagos pelas nossas Investidas. Divulgações adicionais relativas à Companhia Paranaense de Energia – Copel referentes a informações financeiras condensadas e consolidadas apresentadas acima são as seguintes: Partes Relacionadas: A Companhia apresenta os seguintes saldos com partes relacionadas: Ativos Estado do Paraná Copel Distribuição Copel Renováveis Copel Participações 31.12.2014 31.12.2013 137.137 71.197 1.137 788 210.259 64.815 64.815 Investimentos: Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os investimentos em subsidiárias dividiam-se da seguinte forma: F-120 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma 31.12.2014 6.484.578 4.329.575 417.157 228.382 190.415 994.250 12.644.357 Copel Geração e Transmissão Copel Distribuição Copel Telecomunicações Copel Participações UEG Araucária Outros investimentos 31.12.2013 6.796.817 3.366.685 352.939 407 140.352 594.832 11.252.032 As informações referentes às controladas em conjunto, coligadas e outros investimentos estão apresentadas conforme nota 17.2 - Mutação dos investimentos. Dividendos a receber - Os dividendos a receber são detalhados a seguir: Controladas e subsidiárias Copel Geração e Transmissão Copel Distribuição Copel Telecomunicações Compagas Elejor UEG Araucária Nova Asa Branca I Nova Asa Branca II Nova Asa Branca III Nova Eurus IV Santa Maria Santa Helena Ventos de Santo Uriel Coligadas Dona Francisca Energética Sanepar Dominó Holdings Outros investimentos Outros investimentos 31.12.2014 31.12.2013 202.617 124.791 31.300 7.312 3.189 6.267 113 155 74 46 170 175 235 321.902 21.585 2.239 28.718 5 6.211 1.211 85 6.311 383.866 526 381.371 Provisões para contingências: Companhia Paranaense de Energia - Copel registrou reservas para contingências relativas à COFINS e ao PIS/PASEP. As provisões para contingências são apresentadas abaixo: 31.12.2014 31.12.2013 Regulatórias 12.764 12.310 Trabalhistas 159 Cíveis Fiscais - 672 390 283.724 265.147 297.319 277.847 Restrição à transferência de fundos de subsidiárias - As subsidiárias indicadas abaixo qualificam-se como concessionárias de serviço público ou como produtores independentes de energia. Assim, todas as transferências de fundos à respectiva controladora, na forma de empréstimos ou adiantamentos, precisam de autorização da ANEEL. Essa restrição regulamentar não se aplica a dividendos em dinheiro fixados conforme a Lei das Sociedades F-121 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL Notas das Demonstrações Financeiras Consolidadas Todos os montantes são expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma Anônimas. Adicionalmente, a Copel Geração e Transmissão tem certas convenções de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento ("BNDES") em que a aprovação do BNDES é necessário para Copel Geração e Transmissão pagar dividendos em valores superiores a 30% de seu lucro líquido. Uma vez que o BNDES sempre aprovou os pedidos da Copel Geração e Transmissão para pagar dividendos em excedentes a 30% de seu lucro líquido, esta restrição não afetou a capacidade Copel Geração e Transmissão para pagar dividendos em dinheiro ou a capacidade da empresa controladora de cumprir suas obrigações de caixa, a gestão considera ser uma cláusula superficial. Em 31 de dezembro de 2014, os ativos líquidos restritos totais das subsidiárias totalizavam R$ 12.223.943, divididos conforme apresentado abaixo: 31.12.2014 Copel Geração e Transmissão S.A. 6.484.578 Copel Distribuição S.A. 4.329.575 UEG Araucária Ltda. 952.074 Centrais Elétricas Rio Jordão - Elejor 84.816 Usinas Eólicas 372.900 12.223.943 F-122 Anexo 1.1 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA ESTATUTO SOCIAL NOC 000100 Aprovado e consolidado pela 187ª Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas, de 10.10.2013, e alterado pela 190ª Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas, de 23.04.2015. CNPJ: 76.483.817/0001-20 Inscr. Est.: 10.146.326-50 NIRE: 41300036535 Registro CVM: 1431-1 Registro SEC ON: 20441B308 Registro SEC PNB: 20441B407 Registro LATIBEX PNB: 29922 Rua Coronel Dulcídio, 800 Curitiba - Paraná - Brasil CEP: 80420-170 e-mail: [email protected] Web site: http://www.copel.com Fone: (41) 3310-5050 Fax: (41) 3331-4145 .i e 2 Anexo 1.1 SUMÁRIO CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, SEDE, FINS E DURAÇÃO .................................. 03 CAPÍTULO II DO CAPITAL E DAS AÇÕES.................................................................. 03 CAPÍTULO III DA ADMINISTRAÇÃO............................................................................. 05 Seção I ............................................................................................. 05 Seção II DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ............................. 05 Seção III DA DIRETORIA ................................................................... 06 Seção IV DAS NORMAS COMUNS AOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E AOS MEMBROS DA DIRETORIA ....................................... 10 CAPÍTULO IV DO CONSELHO FISCAL ........................................................................ 11 CAPÍTULO V DA ASSEMBLEIA GERAL ...................................................................... 11 CAPÍTULO VI DO EXERCÍCIO SOCIAL ........................................................................ 12 CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS .......................................... 12 ANEXOS: I. ALTERAÇÕES ESTATUTÁRIAS II. EVOLUÇÃO DO CAPITAL III. LEGISLAÇÃO ESTADUAL (LEIS 1.384/53, 7.227/79 e 11.740/97) IV. LEGISLAÇÃO ESTADUAL (DECRETO Nº 14.947/54) V. LEGISLAÇÃO FEDERAL (DECRETO Nº 37.399/55) CONVENÇÕES: AG: ASSEMBLEIA GERAL AGE: ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA JUCEPAR: JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DO PARANÁ DOE PR: DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO PARANÁ DOU: DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO Observação: O texto original arquivado na Jucepar, sob o nº 17.340 (atual 41300036535), em 16.06.1955, e publicado no DOE PR de 25.06.1955. 3 CAPÍTULO I - DA DENOMINAÇÃO, SEDE, FINS E DURAÇÃO Art. 1º A Companhia Paranaense de Energia, abreviadamente "Copel", é uma sociedade de economia mista por ações, de capital aberto, destinada a: a) pesquisar e estudar, dos pontos de vista técnico e econômico, quaisquer fontes de energia provendo soluções para o desenvolvimento com sustentabilidade; b) pesquisar, estudar, planejar, construir e explorar a produção, a transformação, o transporte, o armazenamento, a distribuição e o comércio de energia, em qualquer de suas formas, principalmente a elétrica, de combustíveis e de matérias-primas energéticas; c) estudar, planejar, projetar, construir e operar barragens e seus reservatórios, bem como outros empreendimentos, visando ao aproveitamento múltiplo das águas; d) prestar serviços de informações e assistência técnica, quanto ao uso racional da energia, a iniciativas empresariais que visem à implantação e desenvolvimento de atividades econômicas de interesse para o desenvolvimento do Estado; e e) desenvolver atividades na área de transmissão de informações eletrônicas, comunicações e controles eletrônicos, de telefonia celular, e outras atividades de interesse para a Copel e para o Estado do Paraná, ficando autorizada para estes fins e para os previstos nas alíneas “b” e “c”, a participar, majoritária ou minoritariamente, de consórcios ou companhias com empresas privadas. § 1º A Companhia reger-se-á pelo presente Estatuto Social e pela legislação aplicável; § 2º Para execução das atividades referidas neste artigo e das demais atividades necessárias à consecução dos fins sociais, a Companhia poderá participar de outras sociedades, observada a legislação aplicável; e § 3º com a admissão da Companhia no segmento especial de listagem da BM&FBOVESPA – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (“BM&FBOVESPA”), denominado Nível 1 de Governança Corporativa, sujeitam-se a Companhia, seus acionistas, Administradores e membros do Conselho Fiscal, às disposições do Regulamento de Listagem do Nível 1 (“Regulamento do Nível 1”). Art. 2º A Companhia tem sede e foro na cidade de Curitiba, à Rua Coronel Dulcídio nº 800, podendo, entretanto, a critério da Diretoria, criar ou extinguir filiais, agências ou escritórios, nesta mesma cidade ou em qualquer outra parte do território nacional ou estrangeiro. Art. 3º É indeterminado o prazo de duração da Companhia. CAPÍTULO II - DO CAPITAL E DAS AÇÕES Art. 4º O capital social integralizado é de R$ 6.910.000.000,00 (seis bilhões, novecentos e dez milhões de reais), representado por 273.655.375 (duzentos e setenta e três milhões, seiscentos e cinquenta e cinco mil e trezentas e setenta e cinco) ações, sem valor nominal, sendo 145.031.080 (cento e quarenta e cinco milhões, trinta e um mil e oitenta) ações ordinárias e 128.624.295 (cento e vinte e oito milhões, seiscentos e vinte e quatro mil, duzentas e noventa e cinco) ações preferenciais e destas 380.291 (trezentos e oitenta mil, duzentas e noventa e uma) são ações classe “A” e 128.244.004 (cento e vinte e oito milhões, duzentas e quarenta e quatro mil e quatro) são ações classe “B”. 4 §1º O capital social poderá ser aumentado, mediante deliberação do Conselho de Administração e independentemente de reforma estatutária, até o limite de 500.000.000 (quinhentos milhões) de ações. § 2º Os aumentos de capital poderão ser efetuados com a emissão de ações preferenciais classe “B”, sem guardar proporção com as classes existentes ou com as ações ordinárias, respeitando o limite estabelecido no parágrafo 2º do artigo 15 da Lei nº 6.404/76. § 3º As emissões de ações, bônus de subscrição, debêntures ou outros títulos mobiliários, até o limite do capital autorizado, poderão ser aprovadas com exclusão do direito de preferência, nos termos do artigo 172 da Lei nº 6.404/76. § 4º As debêntures poderão ser simples ou conversíveis em ações nos termos do artigo 57 da Lei nº 6.404/76. Art. 5º As ações serão nominativas. Art. 6º As ações preferenciais não terão direito a voto e serão de classes “A” e “B”. § 1º As ações preferenciais classe “A” terão prioridade na distribuição de dividendos mínimos de 10% (dez por cento) ao ano, a ser entre elas rateados igualmente, calculados com base no capital próprio a esta espécie e classe de ações, integralizado até 31 de dezembro do ano findo. § 2º As ações preferenciais classe “B” terão prioridade na distribuição de dividendos mínimos, a serem entre elas rateados igualmente, correspondentes à parcela do valor equivalente a, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido, ajustado de acordo com o artigo 202 e seus parágrafos da Lei nº 6.404/76, calculada proporcionalmente ao capital próprio a esta espécie e classe de ações, integralizado até 31 de dezembro do ano findo. § 3º Os dividendos assegurados pelo parágrafo anterior às ações preferenciais classe “B” serão prioritários apenas em relação às ações ordinárias e somente serão pagos à conta dos lucros remanescentes depois de pagos os dividendos prioritários das ações preferenciais classe “A”. § 4º O dividendo a ser pago por ação preferencial, independente de classe, será, no mínimo, 10% (dez por cento) superior ao que for atribuído a cada ação ordinária, conforme o disposto no inciso II do parágrafo 1º do artigo 17 da Lei nº 6.404/76, com a redação determinada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001. § 5º As ações preferenciais adquirirão o direito de voto se, pelo prazo de 3 (três) exercícios consecutivos, não lhes forem pagos os dividendos mínimos a que fazem jus na forma dos parágrafos 1º, 2º e 3º deste artigo, observado o disposto em seu parágrafo 4º. Art. 7º A Companhia poderá emitir títulos múltiplos de ações e cautelas que provisoriamente os representem. É facultada ao acionista a substituição de títulos simples de suas ações por títulos múltiplos, bem como converter, a todo tempo, estes naqueles, correndo por conta do interessado as despesas de conversão. § 1º As ações preferenciais classe “A” poderão ser convertidas em ações preferenciais classe “B”, vedada a conversão destas ações naquelas e a conversão de quaisquer ações preferenciais em ações ordinárias e viceversa. § 2º Fica a Companhia autorizada a, mediante deliberação do Conselho de Administração, implantar o sistema de ações escriturais, a serem mantidas em contas de depósito, em instituição financeira autorizada. 5 § 3º A Companhia poderá, mediante autorização do Conselho de Administração, adquirir suas próprias ações, observadas as normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários. Art. 8º Nas Assembleias Gerais, cada ação ordinária dará direito a um voto. CAPÍTULO III - DA ADMINISTRAÇÃO SEÇÃO I Art. 9º A Companhia será administrada pelo Conselho de Administração e pela Diretoria. Art. 10 A representação da Companhia é privativa da Diretoria. SEÇÃO II DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Art. 11 O Conselho de Administração será composto de 07 (sete) ou 09 (nove) membros, brasileiros, acionistas, residentes no País, eleitos pela Assembleia Geral, podendo dele fazer parte 02 (dois) Secretários de Estado e o Diretor Presidente da Companhia. § 1º Integrará obrigatoriamente o Conselho de Administração um empregado da Companhia, escolhido e indicado pelos demais na forma da legislação estadual pertinente. § 2º Os membros do Conselho de Administração terão mandato unificado de 02 (dois) anos, podendo ser reeleitos. § 3º No mínimo três membros do Conselho de Administração comporão o Comitê de Auditoria da Copel, o qual será regulado por regimento interno específico. Art. 12 O Presidente do Conselho de Administração será indicado pelo acionista controlador, sendo substituído, em suas ausências e impedimentos, pelo Conselheiro escolhido por seus pares. Art. 13 No caso de renúncia, ou vaga, no Conselho de Administração, os membros remanescentes designarão um substituto até que se realize a Assembleia Geral para preencher a vaga. Art. 14 O Conselho de Administração reunir-se-á ordinariamente de três em três meses e extraordinariamente sempre que necessário, obedecida a convocação por seu Presidente, por carta, telegrama, fax ou e-mail, com antecedência mínima de 72 horas, funcionando com a presença de maioria simples de seus membros. Art. 15 Compete ao Conselho de Administração: I. fixar a orientação geral dos negócios da Companhia; II. eleger, destituir, aceitar renúncia, substituir Diretores da Companhia e fixarlhes as atribuições, na forma do presente Estatuto Social; III. fiscalizar a gestão dos Diretores, examinar livros, documentos e atos obrigacionais da Companhia, como facultado em Lei; IV. convocar, por seu Presidente ou Secretário Executivo, a Assembleia Geral; V. dirigir, aprovar e revisar o plano anual dos trabalhos de auditoria interna, dos processos de negócio e da gestão da Companhia; VI. manifestar-se sobre o relatório da administração e as contas da Diretoria; VII. autorizar o lançamento e aprovar a subscrição de novas ações, na forma do § 2º do artigo 4º deste Estatuto Social, fixando todas as condições de emissão; 6 VIII. estabelecer critérios para a alienação e/ou cessão em comodato de bens do ativo permanente, a constituição de ônus reais e a prestação de garantias, quando o valor da operação ultrapassar a 2% (dois por cento) do patrimônio líquido e receber relatório da Diretoria sempre que o valor acumulado dessas operações atingir 5% (cinco por cento), na forma do artigo 20, inciso IX, deste Estatuto Social; IX. escolher e destituir auditores independentes; X. decidir sobre outros casos que lhe forem submetidos pela Diretoria ou determinados pela Assembleia Geral; XI. estabelecer critérios para a participação da Companhia em outras sociedades, recomendando a aprovação dessa participação pela Assembleia de acionistas quando for o caso, bem como fiscalizar as atividades pertinentes a tais participações; XII. deliberar sobre a organização das sociedades das quais a Companhia participe; XIII. deliberar sobre a cessação da participação da Companhia em outras sociedades; e XIV. organizar os serviços de secretaria necessários ao apoio de suas atividades, que também colaborarão com a atuação do Conselho Fiscal, a critério deste, e por seu Presidente, designar e requisitar empregados da Companhia para exercê-los. Parágrafo único: Serão arquivadas no Registro do Comércio e publicadas as atas das reuniões do Conselho de Administração que contiverem deliberações destinadas a produzir efeitos perante terceiros. Art. 16 Compete ao Presidente do Conselho de Administração conceder licença a seus membros, presidir as reuniões, dirigir os trabalhos e proferir, além do voto pessoal, o de qualidade. As licenças do Presidente serão concedidas pelo Conselho. SEÇÃO III DA DIRETORIA Art. 17 A Companhia terá uma Diretoria composta de 05 (cinco) Diretores com funções executivas, acionistas ou não, todos residentes no País, brasileiros ou maioria de brasileiros, eleitos pelo Conselho de Administração, com mandato de 03 (três) anos, podendo ser reeleitos, sendo: 01 (um) Diretor Presidente; 01 (um) Diretor de Gestão Empresarial; 01 (um) Diretor de Finanças e de Relações com Investidores; 01 (um) Diretor de Relações Institucionais; e 01 (um) Diretor de Desenvolvimento de Negócios. A Companhia poderá ter, ainda, 01 (um) Diretor Adjunto. Art. 18 Nos casos de impedimento temporário ou licença de qualquer membro da Diretoria, o Diretor Presidente poderá designar, para substituí-lo, outro Diretor. Art. 19 Em caso de falecimento, renúncia ou impedimento definitivo de qualquer membro da Diretoria, caberá ao Conselho de Administração, dentro de 30 (trinta) dias da ocorrência da vaga, eleger o substituto, que completará o mandato do substituído. Até que se realize a eleição, poderá a Diretoria designar um substituto provisório. A eleição, contudo, poderá ser dispensada, se a vaga ocorrer no ano em que deva terminar o mandato da Diretoria então em exercício. Art. 20 São atribuições e deveres da Diretoria: I. gerir todos os negócios da Companhia, a fim de se buscar o desenvolvimento com sustentabilidade, para o que ficará investida de todos os poderes que a legislação e este Estatuto Social lhe conferem, 7 considerando-se a Companhia obrigada pela assinatura conjunta de 02 (dois) Diretores, sendo um deles o Presidente; II. organizar o regulamento dos serviços internos da Companhia; III. determinar a orientação dos trabalhos e negócios da Companhia, ouvindo o Conselho de Administração, quando couber; IV. decidir sobre a criação e extinção de cargo ou função, fixar remunerações e organizar o Regulamento do Pessoal da Companhia; V. distribuir e aplicar o lucro apurado na forma estabelecida neste Estatuto Social; VI. cumprir o Estatuto Social da Companhia e as deliberações da Assembleia Geral e do Conselho de Administração; VII. resolver os casos extraordinários, inclusive questões de conflitos de interesses entre Diretorias; VIII. resolver todos os negócios da Companhia que não forem da competência privativa da Assembleia Geral ou do Conselho de Administração; IX. recomendar ao Conselho de Administração a aquisição de bens imóveis, assim como a alienação, cessão em comodato ou oneração de quaisquer bens pertencentes ao patrimônio da Companhia e a prestação de garantias, quando tais operações forem de valor superior a 2% (dois por cento) do patrimônio líquido e deliberar quando forem de valor inferior a esse limite, além de encaminhar relatório a todos os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal sempre que o valor acumulado dessas operações atingir 5% (cinco por cento); X. fazer-se presente, através de seu Presidente ou Diretor por ele designado, à Assembleia Geral Ordinária; XI. conceder licença a seus membros; XII. negociar e firmar instrumentos de gestão com as sociedades referidas no § 6º deste artigo; XIII. indicar os diretores e os membros dos conselhos de administração e dos conselhos fiscais das sociedades previstas no § 6º deste artigo, e em todas aquelas em que a Companhia ou suas Subsidiárias Integrais tenham ou venham a ter participação societária; XIV. deliberar sobre a participação da Companhia em novos empreendimentos, participações em leilões e exploração de quaisquer fontes de energia e submetê-las ao Conselho de Administração, quando for o caso, conforme competência estabelecida no inciso XI do artigo 15 deste Estatuto Social; e XV. promover a adoção de medidas que visem integração e sinergia entre as diversas áreas da Companhia e de suas Subsidiárias Integrais. § 1º As atribuições decorrentes das competências constantes dos artigos 21 a 26 deste Estatuto Social poderão ser definidas ou detalhadas pelo Conselho de Administração, pelo Presidente da Companhia ou ainda por normas aprovadas pela Diretoria em colegiado. § 2º Poderá qualquer dos Diretores representar individualmente a Companhia, na celebração de convênios e em operações de comodato, locação e aquisição de bens e serviços, observadas normas internas aprovadas pela Diretoria, facultando-se-lhes, para tanto, constituir mandatários dentre empregados da Companhia. 8 § 3º A Companhia poderá constituir procuradores com poderes especiais e expressos para atos e operações especificados, e bem assim procuradores com poderes "ad negotia" para assinar quaisquer documentos de responsabilidade da Companhia, especificada no instrumento a duração do mandato. § 4º Sem prejuízo do disposto no art. 21, inciso III, deste Estatuto Social, a representação da Companhia em juízo, em depoimento pessoal, poderá também ser exercida por advogado ou por outro empregado designado pelo Diretor Presidente. § 5º As deliberações da Diretoria serão tomadas por maioria de votos dos Diretores com funções executivas. Se, porém, da deliberação tomada divergir o Diretor Presidente, poderá este, sustando os efeitos daquela, apelar, em 05 (cinco) dias, para o Conselho de Administração. § 6º As atividades relativas à geração de produtos e serviços, inerentes ao objeto social da Companhia e de competência da Diretoria, serão executadas por sociedades nas quais a Companhia participe, que terão as seguintes atribuições: a) planejar, organizar, coordenar, comandar e controlar o negócio da Companhia sob sua responsabilidade; b) obter os resultados técnicos, mercadológicos e de rentabilidade acordados com a Diretoria por intermédio dos instrumentos de gestão; e c) atender às diretrizes da Companhia, especialmente as administrativas, técnicas, financeiras e contábeis, bem como às condições definidas nos respectivos instrumentos de gestão. § 7º O Conselho de Administração das Subsidiárias Integrais será composto por 03 (três) membros, contendo, no mínimo, o Diretor Presidente da respectiva Subsidiária Integral e 01 (um) Diretor da Companhia. § 8º Compete ao Diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Companhia exercer a função de Diretor de Finanças das Subsidiárias Integrais. Art. 21 Compete ao Diretor Presidente: I. dirigir e coordenar os trabalhos da Diretoria; II. superintender e dirigir os negócios da Companhia; III. representar a Companhia, ativa e passivamente, em Juízo ou fora dele, e, de modo geral, em suas relações com terceiros, podendo para tal constituir procuradores, bem como designar e autorizar prepostos; IV. assinar os documentos de responsabilidade da Companhia, observado o disposto no artigo 20, inciso I, e § 2º; V. apresentar à Assembleia Geral Ordinária o relatório anual dos negócios da Companhia, ouvido o Conselho de Administração; VI. exercer as funções de Secretário Executivo do Conselho de Administração; VII. dirigir e coordenar os assuntos relacionados: a) ao planejamento empresarial integrado e à gestão integrada do desempenho empresarial; b) à auditoria interna; e 9 c) à Governança Corporativa abrangendo registros societários e comunicação oficial dos Diretores da Companhia e de suas Subsidiárias Integrais. VIII. definir políticas, diretrizes e coordenar as atividades referentes ao marketing e comunicação corporativos da Companhia e das suas Subsidiárias Integrais. Art. 22 Compete ao Diretor de Gestão Empresarial: I. II. Art. 23 Art. 24 definir políticas e diretrizes, promovendo a aplicação na Companhia e nas Subsidiárias Integrais, referentes: a) à gestão de pessoas, abrangendo, provimento de pessoal, administração de recursos humanos, plano de cargos e carreiras, remuneração e benefícios, medicina ocupacional, segurança do trabalho, serviço social, treinamento e desenvolvimento profissional, relações trabalhistas e sindicais. b) à logística de serviços e de suprimentos; c) à segurança empresarial; d) à tecnologia da informação; e e) ao desenvolvimento organizacional. coordenar e promover as relações entre a Companhia e suas Subsidiárias Integrais com a Fundação Copel. Compete ao Diretor de Finanças e de Relações com Investidores: I. dirigir e coordenar os assuntos relativos a gestão e planejamento econômico, financeiro, tributário, contábil, orçamentário, de seguros patrimoniais e de aplicações e investimentos no mercado financeiro da Companhia e de suas Subsidiárias Integrais; II. representar a Companhia em suas relações com a Comissão de Valores Mobiliários - CVM e Securities and Exchange Commission - SEC, acionistas, investidores, Bolsas de Valores, Banco Central do Brasil e demais órgãos ou entidades atuantes no mercado de capitais nacional e internacional; III. definir as diretrizes econômico-financeiras que norteiem as atividades de aquisição e participação da Companhia e de suas Subsidiárias Integrais em negócios de seu interesse; IV. prover os recursos financeiros necessários à operação e expansão da Companhia e de suas Subsidiárias Integrais; V. dirigir e coordenar as atividades de controladoria econômica nos negócios e nas participações da Companhia e de suas Subsidiárias Integrais e de gestão de riscos corporativos; e VI. propor à Diretoria os aportes de capital nas Subsidiárias Integrais e nas sociedades e nos consórcios de que participe a Companhia e suas Subsidiárias Integrais. Compete ao Diretor de Relações Institucionais: I. dirigir e coordenar as relações político-institucionais da Companhia e de suas Subsidiárias Integrais com organismos governamentais e privados; 10 Art. 25 II. definir e coordenar as políticas e diretrizes, no âmbito da Companhia e de suas Subsidiárias Integrais e participações societárias, relacionadas à aplicação e ao desenvolvimento de estratégias referentes aos Assuntos Regulatórios Corporativos, bem como realizar o conjunto de atividades decorrentes; III. coordenar as atividades de ouvidoria; IV. definir e coordenar as políticas e diretrizes referentes à assistência jurídica e à defesa dos interesses da Companhia e de suas Subsidiárias Integrais; V. prover a assistência jurídica e a defesa dos interesses da Companhia e de suas Subsidiárias Integrais, no âmbito dos direitos societário, trabalhista, tributário e administrativo, sendo que, quanto a este último, somente em matérias a serem submetidas a exame ou processo decisório de competência da Administração da Companhia; VI. definir e coordenar as políticas e diretrizes relacionadas aos assuntos socioambientais e de cidadania empresarial para a Companhia e suas Subsidiárias Integrais; e VII. dirigir e coordenar os assuntos relacionados à sustentabilidade e responsabilidade social na Companhia e nas suas Subsidiárias Integrais. Compete ao Diretor de Desenvolvimento de Negócios: I. dirigir e coordenar a prospecção de negócios em atividades relacionadas ao objeto social da Companhia e alinhados ao seu planejamento estratégico; II. dirigir e coordenar a realização das análises de viabilidade técnica, econômico-financeira, jurídica, regulatória, fundiária e socioambiental dos negócios referidos no inciso anterior; III. dirigir e coordenar as negociações e a estruturação de parcerias necessárias ao desenvolvimento dos negócios, bem como a respectiva negociação de contratos e documentos societários; IV. coordenar a participação da Companhia em leilões de negócios; V. dirigir os estudos relativos ao planejamento da expansão do setor de energia nas áreas de geração e de transmissão; VI. propor à Diretoria as matérias referentes ao exercício de direito de preferência nas sociedades e nos consórcios de que participe a Companhia e suas Subsidiárias Integrais; VII. definir políticas e diretrizes referentes à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação (P&D+I) em todos os negócios da Companhia e de suas Subsidiárias Integrais em estrita consonância com o planejamento estratégico; VIII. coordenar as análises e propor à Diretoria os processos de alienação de participações detidas pela Companhia e suas Subsidiárias Integrais, observado o disposto na legislação e regulamentação vigentes; IX. coordenar, no âmbito da Companhia e de suas Subsidiárias Integrais, as negociações que envolvam a constituição, a alteração e a gestão de documentos societários das controladas e coligadas, bem como nos consórcios de que participe a Companhia e suas Subsidiárias Integrais; X. acompanhar e supervisionar a gestão e o desenvolvimento das controladas e coligadas da Companhia e suas Subsidiárias Integrais, dentro dos critérios 11 de boa governança corporativa e zelar pelo cumprimento de seus planos de negócios, observado o disposto neste Estatuto Social; e XI. Art. 26 coordenar as análises e propor à Diretoria as declarações de voto nas Assembleias Gerais das sociedades e nos consórcios dos quais participe a Companhia e suas Subsidiárias Integrais. Compete ao Diretor Adjunto exercer as atribuições que lhe forem especificamente estabelecidas nos termos deste Estatuto Social. SEÇÃO IV DAS NORMAS COMUNS AOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E AOS MEMBROS DA DIRETORIA Art. 27 Os administradores apresentarão, no início e no fim da gestão, declaração de bens na forma da Lei. Art. 28 A remuneração dos Administradores será fixada anualmente pela Assembleia Geral Ordinária, podendo ser alterada por decisão da Assembleia Geral Extraordinária. Art. 29 Os cargos de Presidente do Conselho de Administração e de Diretor Presidente não poderão ser acumulados pela mesma pessoa. Art. 30 Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria serão investidos em seus respectivos cargos mediante assinatura de “Termo de Posse”, em livro próprio, e de “Termo de Anuência dos Administradores” a que se refere o “Regulamento do Nível 1” da BM&FBOVESPA. CAPÍTULO IV - DO CONSELHO FISCAL Art. 31 A Companhia terá um Conselho Fiscal composto de 05 (cinco) membros efetivos e 05 (cinco) suplentes, acionistas ou não, eleitos anualmente pela Assembleia Geral. Art. 32 O Conselho Fiscal funcionará permanentemente e se reunirá quando convocado por seu Presidente. Parágrafo único: O Presidente do Conselho Fiscal será eleito por seus pares. Art. 33 Os membros do Conselho Fiscal perceberão a remuneração fixada pela Assembleia que os eleger, observado o mínimo legal. Art. 34 O Conselho Fiscal funcionará com as atribuições e competências, deveres e responsabilidades estabelecidos em Lei. CAPÍTULO V - DA ASSEMBLEIA GERAL Art. 35 A Assembleia Geral constituir-se-á pelos acionistas regularmente convocados e formando número legal, os quais assinarão Livro de Presença, observadas as demais disposições legais. Art. 36 A Assembleia Geral reunir-se-á ordinariamente dentro dos 04 (quatro) primeiros meses de cada ano, em dia, lugar e hora previamente marcados, nos termos da Lei, e extraordinariamente, quando convocada. Parágrafo único: A Assembleia Geral será instalada pelo Presidente do Conselho de Administração ou, na sua ausência e impedimento, por outro Conselheiro, e dirigida pelo Diretor Presidente ou por um acionista escolhido, na ocasião, pelos acionistas presentes. Para compor a mesa diretora dos trabalhos, o Presidente da 12 Assembleia convidará, dentre os presentes, um ou dois acionistas para servirem como Secretários. Art. 37 Os acionistas poderão fazer-se representar por procuradores que preencham os requisitos legais. Art. 38 A convocação será feita com observância da antecedência mínima de 30 (trinta) dias da data da realização da Assembleia Geral e, à falta de quórum de instalação, far-se-á segunda convocação com antecedência mínima de 08 (oito) dias, anunciadas as convocações pela imprensa, e os documentos relativos à respectiva pauta serão disponibilizados aos Acionistas na mesma data da convocação. Art. 39 O quórum de instalação de Assembleias Gerais, bem como o das deliberações, serão aqueles determinados na legislação vigente. CAPÍTULO VI - DO EXERCÍCIO SOCIAL Art. 40 Em 31 de dezembro de cada ano, a Companhia encerrará o seu exercício social, ocasião em que serão levantados o Balanço Geral e demais demonstrações financeiras exigidas em Lei, observando-se, quanto aos resultados, as seguintes regras: I. do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o imposto de renda; II. do lucro do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados na constituição da Reserva Legal, que não excederá 20% (vinte por cento) do capital social; III. a Companhia poderá registrar como reserva os juros sobre investimentos, realizados mediante a utilização de capital próprio, nas obras em andamento; e IV. outras reservas poderão ser constituídas pela Companhia, na forma e limites legais. § 1º Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido, ajustado de acordo com o art. 202 e seus parágrafos da Lei nº 6.404/76, calculado conforme estabelecido no art. 6º e seus parágrafos deste Estatuto Social. § 2º O dividendo não será obrigatório no exercício social em que a Administração informar à Assembleia Geral Ordinária, com parecer do Conselho Fiscal, ser ele incompatível com a situação financeira da Companhia. § 3º Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 2º serão registrados como reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser distribuídos tão logo o permita a situação financeira da Companhia. § 4º Na forma da lei, serão submetidos ao Tribunal de Contas do Estado, até o dia 30 de abril de cada ano, os documentos da administração relativos ao exercício social imediatamente anterior. Art. 41 A Companhia poderá levantar balanços semestrais e a Administração poderá antecipar a distribuição de dividendos intermediários, "ad referendum" da Assembleia Geral. CAPÍTULO VII - DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS Art. 42 A dissolução e a liquidação da Companhia far-se-ão de acordo com o que dispuser a Assembleia Geral, obedecidas as prescrições legais a respeito. Art. 43 Na hipótese de retirada de acionistas ou de fechamento de capital, o montante a ser pago pela Companhia a título de reembolso pelas ações detidas pelos acionistas que tenham exercido direito de retirada, nos casos autorizados por lei, 13 deverá corresponder ao valor econômico de tais ações, a ser apurado de acordo com o procedimento de avaliação aceito pela Lei nº 6.404/76, sempre que tal valor for inferior ao valor patrimonial. Art. 44 As competências da Diretoria de Desenvolvimento de Negócios, referidas nos incisos IX, X e XI do artigo 25 deste Estatuto Social serão atribuídas a eventual Subsidiária Integral que venha a ser constituída com o objetivo de deter a participação em sociedades controladas, coligadas e consórcios. 14 ALTERAÇÕES ESTATUTÁRIAS O texto originário do Estatuto da COPEL (arquivado na JUCEPAR, sob o nº 17.340, em 16.06.1955, e publicado no DOE PR, de 25.06.1955) foi objeto de modificações cujas referências são citadas a seguir: Ata da AG de 09.09.1969 21.08.1970 22.10.1970 28.04.1972 30.04.1973 06.05.1974 27.12.1974 30.04.1975 26.03.1976 15.02.1978 14.08.1979 26.02.1980 30.10.1981 02.05.1983 23.05.1984 17.12.1984 11.06.1985 12.01.1987 18.03.1987 19.06.1987 22.02.1994 22.08.1994 15.02.1996 18.10.1996 10.07.1997 12.03.1998 30.04.1998 25.05.1998 26.01.1999 25.03.1999 27.03.2000 07.08.2001 26.12.2002 19.02.2004 17.06.2005 11.01.2006 24.08.2006 02.07.2007 18.04.2008 13.03.2009 08.07.2010 28.04.2011 26.04.2012 25.04.2013 25.07.2013 10.10.2013 24.04.2014 JUCEPAR Nº arq. 83.759 88.256 88.878 95.513 101.449 104.755 108.364 110.111 114.535 123.530 130.981 132.253 139.832 146.251 150.596 160.881 162.212 166.674 166.903 167.914 18444,7 309,0 960275860 961839597 971614148 980428793 981597050 981780954 990171175 990646483 000633666 20011994770 20030096413 20040836223 20052144879 20060050632 20063253062 20072743441 20081683790 20091201500 20106612077 20111122929 20123192609 20132186560 20134231198 20135861330 20142274046 Data 01.10.1969 04.09.1970 05.11.1970 24.05.1972 15.08.1973 21.05.1974 07.02.1975 03.06.1975 29.04.1976 28.02.1978 09.11.1979 25.03.1980 01.12.1981 31.05.1983 26.07.1984 17.01.1985 01.07.1985 13.02.1987 07.04.1987 02.07.1987 28.02.1994 20.09.1994 27.02.1996 29.10.1996 18.07.1997 01.04.1998 06.05.1998 28.05.1998 05.02.1999 14.04.1999 30.03.2000 14.08.2001 29.01.2003 08.03.2004 23.06.2005 20.01.2006 30.08.2006 04.07.2007 25.04.2008 13.03.2009 20.07.2010 10.05.2011 09.05.2012 07.05.2013 30.07.2013 15.10.2013 29.04.2014 Publicada no DOE PR de 08.10.1969 14.09.1970 16.11.1970 30.05.1972 28.08.1973 05.06.1974 21.02.1975 18.06.1975 10.05.1976 08.03.1978 20.11.1979 16.04.1980 18.12.1981 14.06.1983 28.08.1984 11.02.1985 18.07.1985 26.02.1987 08.05.1987 14.07.1987 17.03.1994 06.10.1994 06.03.1996 06.11.1996 22.07.1997 07.04.1998 12.05.1998 02.06.1998 11.02.1999 23.04.1999 07.04.2000 27.08.2001 10.02.2003 19.03.2004 05.07.2005 25.01.2006 11.09.2006 27.07.2007 27.05.2008 31.03.2009 04.08.2010 07.06.2011 15.05.2012 20.05.2013 09.08.2013 25.10.2013 05.05.2014 Evolução do Capital (Art. 4º) Capital Inicial, em 28.03.1955: Cr$ 800.000.000,00 AG de 01.10.1960 16.04.1962 11.11.1963 13.10.1964 24.09.1965 29.10.1965 20.09.1966 31.10.1967 17.06.1968 27.11.1968 06.06.1969 13.10.1969 03.12.1969 06.04.1970 24.11.1970 18.12.1970 31.07.1972 30.04.19734 31.08.1973 30.10.19735 30.05.1974 27.12.1974 30.04.1975 22.12.1975 26.03.1976 17.12.1976 29.08.1977 16.11.1977 28.04.1978 14.12.1978 05.03.1979 30.04.1979 24.09.1979 NOVO CAPITAL APROVADO - Cr$ 1.400.000.000,00 4.200.000.000,00 8.000.000.000,00 16.000.000.000,00 20.829.538.000,00 40.000.000.000,00 70.000.000.000,00 JUCEPAR Nº ARQ. DATA 26.350 - 13.10.1960 31.036 - 03.05.1962 37.291 - 28.11.1963 50.478 - 23.10.1964 65.280 - 15.10.1965 65.528 - 12.11.1965 70.003 - 11.10.1966 ATA NO DOE PR de 14.10.1960 26.05.1962 02.12.1963 31.10.1964 18.10.1965 18.11.1965 18.10.19663 NCr$ 125.000.000,00 138.660.523,00 180.000.000,00 210.000.000,00 300.000.000,00 300.005.632,00 332.111.886,00 74.817 - 01.12.1967 77.455 - 27.06.1968 79.509 - 10.12.1968 82.397 - 11.07.1969 84.131 - 30.10.1969 84.552 - 16.12.1969 86.263 - 14.05.1970 07.12.1967 13.07.1968 20.12.1968 05.08.1969 03.11.1969 30.12.1969 09.06.1970 Cr$ 425.000.000,00 500.178.028,00 866.000.000,00 867.934.700,00 877.000.000,00 1.023.000.000,00 1.023.000.010,00 1.300.000.000,00 1.302.795.500,00 1.600.000.000,00 1.609.502.248,00 2.100.000.000,00 3.000.000.000,00 3.330.000.000,00 3.371.203.080,00 4.500.000.000,00 5.656.487.659,00 5.701.671.254,00 8.000.000.000,00 89.182 - 11.12.1970 89.606 - 04.02.1971 97.374 - 21.09.1972 101.449 -15.08.1973 102.508 -09.11.1973 103.387 -25.01.1974 105.402 -21.06.1974 108.364 -07.02.1975 110.111 -13.06.1975 113.204 -15.01.1976 114.535 -29.04.1976 118.441 -14.01.1977 122.059 -14.10.1977 122.721 -13.12.1977 125.237 -06.07.1978 127.671 -19.01.1979 128.568 -04.05.1979 129.780 -24.07.1979 130.933 -05.11.1979 18.12.1970 17.02.1971 04.10.1972 28.08.1973 21.11.1973 11.02.1974 27.06.1974 21.02.1975 18.06.1975 13.02.1976 10.05.1976 04.02.1977 25.10.1977 12.01.1978 20.07.1978 06.03.1979 17.05.1979 14.08.1979 23.11.1979 3 Retificada no DOE PR de 05.06.1967. 4 Ratificada na AGE de 07.08.1973, publicada no DOE PR de 23.08.1973. 5 Ratificada na AGE de 21.12.1973, publicada no DOE PR de 01.02.1974. Evolução do Capital (Art. 4º) 27.03.1980 29.04.1980 16.10.1980 30.04.1981 30.10.1981 30.04.1982 29.10.1982 14.03.1983 02.05.1983 01.09.1983 10.04.1984 10.04.1984 05.10.1984 25.03.1985 25.03.1985 18.09.1985 NOVO CAPITAL APROVADO - Cr$ 10.660.296.621,00 10.729.574.412,00 11.600.000.000,00 20.000.000.000,00 20.032.016.471,00 37.073.740.000,00 39.342.000.000,00 75.516.075.768,00 80.867.000.000,00 83.198.000.000,00 205.139.191.167,00 215.182.000.000,00 220.467.480.000 672.870.475.837 698.633.200.000 719.093.107.000 JUCEPAR Nº ARQ. DATA 133.273 - 17.06.1980 133.451 - 27.06.1980 135.337 - 02.12.1980 137.187 - 19.05.1981 139.832 - 01.12.1981 141.852 - 01.06.1982 144.227 - 14.12.1982 145.422 - 12.04.1983 146.251 - 31.05.1983 148.265 - 25.10.1983 150.217 - 15.06.1984 150.217 - 15.06.1984 160.412 - 08.11.1984 161.756 - 21.05.1985 161.756 - 21.05.1985 163.280 - 14.11.1985 ATA NO DOE PR de 27.06.1980 16.07.1980 20.01.1981 29.05.1981 18.12.1981 17.06.1982 29.12.1982 10.05.1983 14.06.1983 09.12.1983 17.07.1984 17.07.1984 27.11.1984 11.06.1985 11.06.1985 27.11.1985 25.04.1986 23.10.1986 18.03.1987 18.03.1987 18.09.1987 14.04.1988 14.04.1988 14.06.1988 25.04.1989 Cz$ 2.421.432.629,00 2.472.080.064,00 4.038.049.401,49 4.516.311.449,87 4.682.539.091,91 18.772.211.552,10 19.335.359.578,00 19.646.159.544,00 174.443.702.532,00 164.815 - 11.06.1986 166.138 - 06.11.1986 166.903 - 07.04.1987 166.903 - 07.04.1987 168.598 - 06.10.1987 170.034 - 06.05.1988 170.034 - 06.05.1988 170.727 - 11.07.1988 172.902 - 26.05.1989 30.06.1986 14.11.1986 08.05.1987 08.05.1987 16.10.1987 25.05.19886 25.05.1988 20.07.1988 06.07.1989 25.04.1989 26.06.1989 NCz$ 182.848.503,53 184.240.565,60 172.902 - 26.05.1989 17.337,4 - 12.07.1989 06.07.1989 21.07.1989 30.03.1990 30.03.1990 25.05.1990 25.03.1991 25.03.1991 23.05.1991 28.04.1992 28.04.1992 25.06.1992 01.04.1993 01.04.1993 15.06.1993 Cr$ 2.902.464.247,10 3.113.825.643,60 3.126.790.072,52 28.224.866.486,42 30.490.956.176,38 30.710.162.747,26 337.561.908.212,47 367.257.139.084,96 369.418.108.461,33 4.523.333.257.454,10 4.814.158.615.553,95 4.928.475.489.940,957 175.349 - 02.05.1990 175.349 - 02.05.1990 176.016 - 10.07.1990 17.780,9 - 26.04.1991 17.780,9 - 26.04.1991 17.833,7 - 18.06.1991 18.061,7 - 08.06.1992 18.061,7 - 08.06.1992 18.089,9 - 09.07.1992 18.255,3 - 29.04.1993 18.255,3 - 29.04.1993 18.313,9 - 13.07.1993 09.05.1990 09.05.1990 09.08.1990 23.05.1991 23.05.1991 27.06.1991 06.07.1992 06.07.1992 17.07.1992 20.05.1993 20.05.1993 24.08.1993 AG de 6 Retificação no DOE nº 2780, de 27.05.88. 7 Em função da Medida Provisória nº 336, de 28.07.93, que altera a moeda nacional, o capital da Empresa passou, a partir de 01.08.93, a ser registrado em "cruzeiros reais" (CR$ 4.928.475.475,41, nesta última data). Evolução do Capital (Art. 4º) AG de 26.04.1994 25.04.1995 23.04.1996 29.07.1997 07.08.1997 12.03.1998 25.03.1999 26.12.2002 29.04.2004 27.04.2006 27.04.2007 27.04.2010 NOVO CAPITAL APROVADO - CR$ 122.158.200.809,22 R$ 446.545.229,15 546.847.990,88 1.087.959.086,89 1.169.125.740,57 1.225.351.436,59 1.620.246.833,38 2.900.000.000,00 3.480.000.000,00 3.875.000.000,00 4.460.000.000.00 6.910.000.000,00 JUCEPAR Nº ARQ. DATA ATA NO DOE PR de 18.478,10 10.05.1994 08.06.1994 9,5069647,1 960710000 971614130 971761671 980428793 990646483 20030096413 20041866290 20061227897 20071761462 20105343960 18.05.1995 07.05.1996 30.07.1997 12.08.1997 01.04.1998 14.04.1999 29.01.2003 7.06.2004 9.05.2006 5.05.2007 06.05.2010 19.06.1995 15.05.1996 01.08.1997 15.08.1997 07.04.1998 23.04.1999 10.02.2003 18.06.2004 24.05.2006 29.05.2007 13.05.2010 LEI Nº 1.384/53 SÚMULA: Institui o Fundo de Eletrificação e dá outras providências (...) Art. 9º - Fica o Poder Executivo autorizado a organizar no Estado, sociedades de economia mista para construção e exploração de centrais geradoras de energia elétrica, e delas participar. Parágrafo único* - A sociedade constituída na conformidade do presente artigo poderá, ainda, por si, por concessionária do serviço público da qual já seja acionista, ou por sociedade de que vier a participar, na qual o Poder Público detenha a maioria do Capital: a) pesquisar e estudar, dos pontos de vista técnico e econômico, quaisquer fontes de energia; b) pesquisar, estudar, planejar, construir e explorar a produção, a transformação, o transporte, o armazenamento, a distribuição e o comércio de energia, em qualquer de suas formas, principalmente a elétrica, de combustíveis e de matérias-primas energéticas; c) estudar, planejar, projetar, construir e operar barragens e seus reservatórios, bem como outros empreendimentos, visando ao aproveitamento múltiplo das águas; d) prestar serviços de informações e assistência técnica, quanto ao uso racional da energia, a iniciativas empresariais que visem à implantação e desenvolvimento de atividades econômicas de interesse para o desenvolvimento do Estado. e)** desenvolver atividades na área de transmissão de informações eletrônicas, comunicações e controles eletrônicos, de telefonia celular, e outras atividades de interesse para a COPEL e para o Estado do Paraná, ficando autorizada, para estes fins e para os previstos nas alíneas “b” e “c”, a participar, majoritária ou minoritariamente, de consórcios ou companhias com empresas privadas. (...) Curitiba, 10 de Novembro de 1953 BENTO MUNHOZ DA ROCHA NETO EUGÊNIO JOSÉ DE SOUZA RIVADÁVIA B. VARGAS * Parágrafo único (e alíneas a a d) acrescentado pela Lei 7.227, de 22 de outubro de 1979, publicada no DOE nº 661, de 24.10.1979, p. inicial. ** Alínea e, acrescentada pela Lei 11.740, de 19 de junho de 1997, publicada no DOE nº 5.027, de 19.06.1997, p. inicial. DECRETO Nº 14.947/54* Dispõe sobre a organização de sociedade de economia mista sob a denominação de Companhia Paranaense de Energia Elétrica - COPEL e dá outras providências. O Governador do Estado do Paraná, no uso das suas atribuições e na conformidade da autorização constante da Lei nº 1.384, de 10 de novembro de 1953, D E C R E T A: Art. 1º - Fica denominada para fins de constituição "Companhia Paranaense de Energia Elétrica", a sociedade destinada a planejar, construir e explorar sistemas de produção, transmissão, transformação, distribuição e comércio de energia elétrica e serviços correlatos, por si ou por sociedades que organizar ou de que vier a participar. Art. 2º - O capital da Companhia será de Cr$ 800.000.000,00 (oitocentos milhões de cruzeiros), do qual até 40% poderão ser representados por ações preferenciais sem direito a voto. (Revogado conforme Decreto nº 3309 de 25 de julho de 1997, publicado no DOE PR nº 5053 de 25.07.1997.) Art. 3º - O Estado subscreverá no mínimo 60% (sessenta por cento) do capital social. Art. 4º - Na integralização do capital da sociedade, o Estado utilizar-se-á dos recursos provenientes do Fundo de Eletrificação, criado pela Lei Estadual nº 1.384, de 10 de novembro de 1953, podendo também incorporar ao patrimônio da sociedade, no todo ou em parte, os bens móveis e imóveis integrantes das instalações destinadas à produção, transmissão e distribuição de energia elétrica de propriedade do Estado. Art. 5º - A sociedade reger-se-á pelos estatutos que forem aprovados no ato de sua constituição. Art. 6º - O Governador nomeará representante seu para, em nome do Estado, praticar todos os atos relativos à constituição da sociedade. Art. 7º - Este decreto entrará em vigor na data e sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Curitiba, 26 de outubro de 1954, 133º da Independência e 66º da República (a) BENTO MUNHOZ DA ROCHA NETO (a) ANTÔNIO JOAQUIM DE OLIVEIRA PORTES *Publicado no DOE PR, de 27.10.1954. DECRETO Nº 37.399/55* Concede autorização para funcionar como empresa de energia elétrica à Companhia Paranaense de Energia Elétrica - COPEL. O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o Art. 87, inciso I, da Constituição, e tendo em vista o disposto no Art. 1º do Decreto-Lei nº 938, de 8 de dezembro de 1938, e o que requereu a Companhia Paranaense de Energia Elétrica - COPEL, decreta: Art. 1º - É concedida à Companhia Paranaense de Energia Elétrica - COPEL, com sede em Curitiba, Estado do Paraná, autorização para funcionar como empresa de energia elétrica, de acordo com o Decreto-Lei nº 938, de 8 de dezembro de 1938, combinado com o Decreto-Lei nº 2.627, de 26 de setembro de 1940, ficando a mesma obrigada, para os seus objetivos, a satisfazer integralmente as exigências do Código de Águas (Decreto nº 24.643, de 10 de julho de 1934), leis subseqüentes e seus regulamentos, sob pena de revogação do presente ato. Art. 2º - O presente Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 27 de maio de 1955, 134º da Independência e 67º da República (a) JOÃO CAFÉ FILHO (a) MUNHOZ DA ROCHA *Publicado no DOU, Seção I, ANO XCIV, nº 128, de 04.06.1955. LEI Nº 7.227/79 Acrescenta parágrafo ao art. 9º da Lei nº 1.384, de 10 de novembro de 1953. A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei Art. 1º - Fica acrescentado no artigo 9º da Lei n° 1.384, de 10 de novembro de 1953 um parágrafo com a seguinte redação: Parágrafo único – A sociedade constituída na conformidade do presente artigo poderá, ainda, por si, por concessionária do serviço público da qual já seja acionista ou por sociedade de que vier a participar, na qual o Poder Público detenha a maioria do Capital: a) pesquisar e estudar, dos pontos de vista técnico e econômico, quaisquer fontes de energia; b) pesquisar, estudar, planejar, construir e explorar a produção, a transformação, o transporte, o armazenamento, a distribuição e o comércio de energia, em qualquer de suas formas, principalmente a elétrica, de combustíveis e de matérias-primas energéticas; c) estudar, planejar, projetar, construir e operar barragens e seus reservatórios, bem como outros empreendimentos, visando ao aproveitamento múltiplo das águas; d) prestar serviços de informações e assistência técnica, quanto ao uso racional da energia, a iniciativas empresariais que visem à implantação e desenvolvimento de atividades econômicas de interesse para o desenvolvimento do Estado. Art. 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Palácio do Governo em Curitiba, 22 de outubro de 1979. (a) NEY BRAGA Governador do Estado (a) EDSON NEVES GUIMARÃES Secretário de Estado das Finanças LEI Nº 11.740 - 19/06/1997* . Acresce alínea ao parágrafo único do art. 9º, da Lei nº 1.384/53, dispondo sobre o desenvolvimento de atividades da Copel, nas áreas que áreas que especifica. A Assembleia do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1º. Fica acrescentada a alínea "e", ao parágrafo único do art. 9º, da Lei nº 1.384, de 10 de novembro de 1953, com a seguinte redação: "e) desenvolver atividades na área de transmissão de informações eletrônicas, comunicações e controles eletrônicos, de telefonia celular, e outras atividades de interesse para a COPEL e para o Estado do Paraná, ficando autorizada, para estes fins e para os previstos nas alíneas "b" e "c", a participar, majoritária ou minoritariamente, de consórcios ou companhias com empresas privadas." Art. 2º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 19 de junho de 1997. (a) JAIME LERNER Governador do Estado (a) RAFAEL GRECA DE MACEDO Chefe da Casa Civil. * Publicada no Diário Oficial nº 5027, de 19.06.1997 Anexo 1.1 LEI Nº 14.286 - 09/02/2004* .. Altera os dispositivos que especifica, da Lei nº 1.384, de 10 de novembro de 1953 e adota outras providências. A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1º. Altera a redação da alínea "e", do parágrafo único, do artigo 9º, da Lei nº 1.384, de 10 de novembro de 1953, acrescida pelo artigo 1º, da Lei nº 11.740, de 19 de junho de 1997, e acrescenta-lhe novos parágrafos, renomeando o atual parágrafo único como parágrafo primeiro conforme segue: "Art. 9º. .......... Parágrafo único. .......... e) desenvolver atividades na área de transmissão de informações eletrônicas, comunicações e controles eletrônicos, de telefonia celular, e outras atividades de interesse para a Copel e para o Estado do Paraná, ficando autorizada, para estes fins e para os previstos nas alíneas "b" e "c", a participar, majoritariamente, de consórcios ou companhias com empresas privadas, após autorização deste Poder Legislativo, específica para esse e na qual tenham sido consideradas além das características gerais dos projetos, os respectivos impactos sociais e ambientais. § 2º. Para viabilizar a condição de sócia majoritária da Copel nas parcerias já formalizadas, fica esta empresa autorizada a adquirir cotas ou ações dos sócios majoritários, pelo valor subscrito no contrato social registrado na Junta Comercial do Estado até o dia 27 de fevereiro de 2003. § 3º. Ante a comprovada valorização no mercado financeiro das ações referidas no parágrafo anterior, a aquisição das mesmas fica condicionada à prévia autorização em lei. § 4º. Nos contratos de parceria para formação de empresas de geração de energia elétrica é vedada a inclusão de cláusula de compra antecipada de energia pela Copel. § 5º. Para os contratos em vigência para formação de eventual parceria, que estejam em fase de estudos ou de implantação, deverá a Copel providenciar, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, a revogação de eventual cláusula que assegure a compra antecipada de energia. § 6º. A Copel encaminhará, anualmente, à Assembleia Legislativa, relatório circunstanciado de resultados econômico e financeiro. Art. 2º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando a Lei nº 11.740, de 19 de junho de 1997. PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 09 de fevereiro de 2004. (a) ROBERTO REQUIÃO Governador do Estado (a) CAÍTO QUINTANA Chefe da Casa Civil 24 *Publicada no Diário Oficial nº 6668, de 13.02.2004 Lei 16652 - 08 de Dezembro de 2010* Altera dispositivos da Lei nº 1.384, de 11 de novembro de 1953, conforme especifica. A Assembléia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1°. A alínea “e” do § 1º do art. 9º, da Lei nº 1.384, de 11 de novembro de 1953, passa a ter a seguinte redação: “e) desenvolver atividades na área de geração de energia, transmissão de informações eletrônicas, comunicações e controles eletrônicos, de telefonia celular, e outras atividades de interesse para a COPEL e para o Estado do Paraná, ficando autorizada para estes fins e para os previstos nas alíneas “b” e “c”, a participar, de preferência, majoritariamente ou presente no grupo de controle de consórcios ou companhias com empresas privadas e fundos de pensão e outros entes privados, em licitações de novas concessões e/ou em sociedades de propósito específico já constituídas para a exploração de concessões já existentes, que tenham sido consideradas além das características gerais dos projetos, os respectivos impactos sociais e ambientais.” Art. 2º. Fica incluída a alínea “f” no § 1º do art. 9º, da Lei nº 1.384, de 11 de novembro de 1953, com a seguinte redação: “f) a participação no grupo de controle exigida na alínea “e” deverá estar obrigatoriamente assegurada nos documentos de formação de consórcios ou nos estatutos sociais das sociedades de propósito específico, conforme o caso.” Art. 3°. Fica incluído o § 2º-A no art. 9º, da Lei nº 1.384, de 11 de novembro de 1953, com a seguinte redação: “§ 2º-A. Nos casos de consórcios ou companhias, previstos no § 1º, “e” deste artigo e já firmados anteriormente à data da publicação desta alteração, fica vedado à COPEL efetuar a venda de suas participações caso tal ato ocasione a perda de sua condição majoritária.” Art. 4°. O § 2º do art. 9º, da Lei nº 1.384, de 11 de novembro de 1953, passa a ter a seguinte redação: “§ 2º. Para viabilizar a condição de sócia, preferencialmente, majoritária da COPEL nas parcerias já formalizadas, fica esta empresa autorizada a adquirir cotas ou ações dos sócios majoritários, pelo voto subscrito no contrato social registrado na Junta Comercial do Estado até o dia 20 de fevereiro de 2003.” Art. 5°. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação. PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 08 de dezembro de 2010. (a) NELSON JUSTUS Governador do Estado, em exercício (a) NEY CALDAS Chefe da Casa Civil *Publicado noDiário Oficial nº 8359, de 08.12.2010. Anexo 8.1 Lista de Subsidiárias Companhia Paranaense de Energia - COPEL - Subsidiárias e Controladas em 31 de dezembro de 2014. Subsidiárias Jurisdição da Organização Nomes sob os quais o Negócio é conduzido COPEL Geração e Transmissão S.A. Brasil COPEL Geração e Transmissão COPEL Distribuição S.A. Brasil COPEL Distribuição COPEL Telecomunicações S.A. Brasil COPEL Telecomunicações COPEL Renováveis S.A Brasil COPEL Renováveis COPEL Participações S.A Brasil COPEL Participações Companhia Paranaense de Gás – Compagas Brasil Compagas Centrais Eletricas do Rio Jordao S.A. – Elejor Brasil Elejor UEG Araucária Ltda. Brasil UEG Araucária Dominó Holdings S.A. Brasil Dominó Holdings Cutia Empreendimentos Eólicos SPE S.A Brasil Cutia Empreendimentos Costa Oeste Transmissora de Energia S.A Brasil Costa Oeste Transmissora Marumbi Transmissora de Energia S.A Brasil Marumbi Transmissora Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A Brasil Transmissora Sul Brasileira Caiuá Transmissora de Energia S.A. Brasil Caiuá Transmissora Integração Maranhense Transmissora de Energia S.A. Brasil Integração Maranhense Matrinchã Transmissora de Energia (TPNORTE) S.A. Brasil Matrinchã Transmissora Guaraciaba Transmissora de Energia (TPSUL) S.A. Brasil Guaraciaba Transmissora Paranaíba Transmissora de Energia S.A. Brasil Paranaíba Transmissora Mata de Santa Genebra Transmissora S.A. Brasil Mata de Santa Genebra Cantareira Transmissora S.A. Brasil Cantareira São Bento Energia Investimentos e Participações S.A. Brasil São Bento Energia Nova Asa Branca I Energias Renováveis S.A. Brasil Nova Asa Branca I Nova Asa Branca II Energias Renováveis S.A. Brasil Nova Asa Branca II Nova Asa Branca III Energias Renováveis S.A. Brasil Nova Asa Branca III Nova Eurus IV Energias Renováveis S.A. Brasil Nova Eurus IV Santa Maria Energias Renováveis S.A. Brasil Santa Maria Santa Helena Energias Renováveis S.A. Brasil Santa Helena Ventos de Santo Uriel S.A. Brasil Ventos de Santo Uriel Voltalia São Miguel do Gostoso I Participações S.A Brasil São Miguel do Gostoso I Anexo 12.1 CERTIFICAÇÃO CONFORME AS REGRAS 13a-14(a) E 15d-14(a) DA SEÇÃO 302 DA LEI SARBANES-OXLEY Eu, Luiz Fernando Leone Vianna, certifico que: 1. Revisei este relatório anual em Formulário 20-F da Companhia Paranaense de Energia – Copel (“Companhia”); 2. Baseado em meu conhecimento, este relatório não contém qualquer afirmação inverídica de fato relevante ou deixa de mencionar fato relevante necessário para tornar as afirmações feitas, à luz das circunstâncias sob as quais essas afirmações foram feitas, não enganosas em relação ao período coberto por este relatório; 3. Baseado em meu conhecimento, as demonstrações contábeis e outras informações financeiras incluídas neste relatório representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira, os resultados das operações e os fluxos de caixa da Companhia para os períodos apresentados neste relatório; 4. O outro diretor certificador da Companhia e eu somos responsáveis por estabelecer e manter controles e procedimentos de revelação (definidos nas normas 13a-15(e) e 15d-15(e) do “Exchange Act”) e controle interno de informações financeiras (definido nas normas 13a-15(f) e 15d-15(f) do “Exchange Act”) para a Companhia e: (a) Estabelecemos tais controles e procedimentos de revelação, ou fizemos com que esses controles e procedimentos de revelação fossem estabelecidos sob nossa supervisão, para garantir que as informações relevantes relativas à Companhia, incluindo suas subsidiárias consolidadas, sejam trazidas a nosso conhecimento por outros naquelas entidades, em particular durante o período em que este relatório é preparado; (b) Estabelecemos tal controle interno de informações financeiras, ou fizemos com que esse controle interno de informações financeiras fosse estabelecido sob nossa supervisão, para fornecer garantia razoável quanto à confiabilidade das informações financeiras e à preparação de demonstrações contábeis para fins externos de acordo com princípios contábeis geralmente aceitos; (c) Avaliamos a eficácia dos controles e procedimentos de revelação da Companhia e apresentamos neste relatório nossas conclusões quanto à eficácia dos controles e procedimentos de revelação, no fim do período coberto por este relatório com base em nossa avaliação; e (d) Revelamos neste relatório todas as mudanças no controle interno de informações financeiras da Companhia que ocorreram durante o período coberto pelo relatório anual e que afetaram relevantemente, ou que poderiam razoavelmente afetar relevantemente, o controle interno de informações financeiras da Companhia; e 5. O outro diretor certificador da Companhia e eu revelamos, com base em nossa mais recente avaliação do controle interno de informações financeiras, aos auditores da Companhia e ao comitê de auditoria do conselho de administração da Companhia (ou às pessoas que exercem as funções equivalentes): (a) Todas as deficiências significativas e limitações relevantes na concepção ou operação do controle interno de informações financeiras que poderiam razoavelmente afetar adversamente a capacidade da Companhia de registrar, processar, resumir e divulgar informações financeiras; e (b) Qualquer fraude, relevante ou não, que envolva a administração ou outros empregados que tenham papel significativo no controle interno de informações financeiras da Companhia. Data: 28 de abril de 2015. /s/ Luiz Fernando Leone Vianna Nome: Luiz Fernando Leone Vianna Cargo: Diretor Presidente Anexo 12.2 CERTIFICAÇÃO CONFORME AS REGRAS 13a-14(a) E 15d-14(a) DA SEÇÃO 302 DA LEI SARBANES-OXLEY Eu, Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani, certifico que: 1. Revisei este relatório anual em Formulário 20-F da Companhia Paranaense de Energia – Copel (“Companhia”); 2. Baseado em meu conhecimento, este relatório não contém qualquer afirmação inverídica de fato relevante ou deixa de mencionar fato relevante necessário para tornar as afirmações feitas, à luz das circunstâncias sob as quais essas afirmações foram feitas, não enganosas em relação ao período coberto por este relatório; 3. Baseado em meu conhecimento, as demonstrações contábeis e outras informações financeiras incluídas neste relatório representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira, os resultados das operações e os fluxos de caixa da Companhia para os períodos apresentados neste relatório; 4. O outro diretor certificador da Companhia e eu somos responsáveis por estabelecer e manter controles e procedimentos de revelação (definidos nas normas 13a-15(e) e 15d-15(e) do “Exchange Act”) e controle interno de informações financeiras (definido nas normas 13a-15(f) e 15d-15(f) do “Exchange Act”) para a Companhia e: (a) Estabelecemos tais controles e procedimentos de revelação, ou fizemos com que esses controles e procedimentos de revelação fossem estabelecidos sob nossa supervisão, para garantir que as informações relevantes relativas à Companhia, incluindo suas subsidiárias consolidadas, sejam trazidas a nosso conhecimento por outros naquelas entidades, em particular durante o período em que este relatório é preparado; (b) Estabelecemos tal controle interno de informações financeiras, ou fizemos com que esse controle interno de informações financeiras fosse estabelecido sob nossa supervisão, para fornecer garantia razoável quanto à confiabilidade das informações financeiras e à preparação de demonstrações contábeis para fins externos de acordo com princípios contábeis geralmente aceitos; (c) Avaliamos a eficácia dos controles e procedimentos de revelação da Companhia e apresentamos neste relatório nossas conclusões quanto à eficácia dos controles e procedimentos de revelação, no fim do período coberto por este relatório com base em nossa avaliação; e (d) Revelamos neste relatório todas as mudanças no controle interno de informações financeiras da Companhia que ocorreram durante o período coberto pelo relatório anual e que afetaram relevantemente, ou que poderiam razoavelmente afetar relevantemente, o controle interno de informações financeiras da Companhia; e 5. O outro diretor certificador da Companhia e eu revelamos, com base em nossa mais recente avaliação do controle interno de informações financeiras, aos auditores da Companhia e ao comitê de auditoria do conselho de administração da Companhia (ou às pessoas que exercem as funções equivalentes): (a) Todas as deficiências significativas e limitações relevantes na concepção ou operação do controle interno de informações financeiras que poderiam razoavelmente afetar adversamente a capacidade da Companhia de registrar, processar, resumir e divulgar informações financeiras; e (b) Qualquer fraude, relevante ou não, que envolva a administração ou outros empregados que tenham papel significativo no controle interno de informações financeiras da Companhia. Data: 28 de abril de 2015. /s/ Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani Nome: Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani Cargo: Diretor de Finanças e de Relações com Investidores Anexo 13.1 CERTIFICAÇÃO CONFORME A SEÇÃO 906 DA LEI “SARBANES-OXLEY” DE 2002 (SUBSEÇÕES (A) E (B) DA SEÇÃO 1350, CAPÍTULO 63 DO TÍTULO 18 DO “UNITED STATES CODE”) Conforme a Seção 906 da Lei Sarbanes-Oxley de 2005 (Subseções (a) e (b) da Seção 1350, Capítulo 63 do Título 18 do “United States Code”), o diretor signatário da Companhia Paranaense de Energia – COPEL (“Companhia") certifica por meio desta, de acordo com seu conhecimento, que: O relatório anual em Formulário 20-F da Companhia para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2014 está em plena consonância com as exigências da Seção 13(a) ou 15 (d) do “Securities Exchange Act” de 1934 e que as informações contidas no Formulário 20-F representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira e os resultados das operações da Companhia. Data: 28 de abril de 2015. /s/ Luiz Fernando Leone Vianna Nome: Luiz Fernando Leone Vianna Cargo: Diretor Presidente Anexo 13.2 CERTIFICAÇÃO CONFORME A SEÇÃO 906 DA LEI “SARBANES-OXLEY” DE 2002 (SUBSEÇÕES (A) E (B) DA SEÇÃO 1350, CAPÍTULO 63 DO TÍTULO 18 DO “UNITED STATES CODE”) Conforme a Seção 906 da Lei Sarbanes-Oxley de 2005 (Subseções (a) e (b) da Seção 1350, Capítulo 63 do Título 18 do “United States Code”), o diretor signatário da Companhia Paranaense de Energia – COPEL (“Companhia") certifica por meio desta, de acordo com seu conhecimento, que: O relatório anual em Formulário 20-F da Companhia para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2013 está em plena consonância com as exigências da Seção 13(a) ou 15 (d) do “Securities Exchange Act” de 1934 e que as informações contidas no Formulário 20-F representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a condição financeira e os resultados das operações da Companhia. Data: 28 de abril de 2015. /s/ Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani Nome: Luiz Eduardo da Veiga Sebastiani Cargo: Diretor de Finanças e de Relações com Investidores