UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
“Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes como canais
de comunicação, fomentando a cultura e promovendo a cidadania “
Por: Mariléa Athayde Dutra Bechara
Orientador
Prof. Celso Sanchez
Rio de Janeiro - 2005
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
“Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes como
canais de comunicação, fomentando a cultura e promovendo
a cidadania.”
Apresentação de monografia à
Universidade Candido Mendes como
condição prévia para a conclusão do
Curso de Pós-Graduação “Lato
Sensu” em Comunicação Empresarial.
Por: Mariléa Athayde Dutra Bechara
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AGRADECIMENTOS
Aos professores, colaboradores, colegas da
Primeira
Turma
Empresarial
e
do
Curso
equipe
da
Comunicação Social da Faetec.
de
Comunicação
Assessoria
de
4
DEDICATÓRIA
À minha família e aos amigos
“Algumas pessoas nos são tomadas muito
depressa.
Mesmo assim, não importa o tempo e a
distância, com certeza elas nos deixam com o que
têm de melhor. Com elas, aprendemos muitas
coisas, a lição mais dura de enfrentar a ausência
física”
5
RESUMO
Ao realizar este trabalho, meu principal objetivo é divulgar as
informações
mais
importantes
sobre
os
Programas
Bancas
de
Conhecimento e Jovens Correspondentes, desenvolvidos pela Assessoria
de Comunicação e pela Diretoria de Desenvolvimento da Educação.
Sendo uma iniciativa pioneira no sentido de divulgar as informações
enviadas pelos alunos , pelos Coordenadores de Cursos e Diretores de
Unidades,
os
Programas
Bancas
de
Conhecimento
e
Jovens
Correspondentes, tem características próprias de comunicação dentro do
universo da Rede Faetec.
Todavia, verificando que às vezes a teoria educacional se distancia
da prática da comunicação , me sinto estimulada e propensa e novas
descobertas .
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METODOLOGIA
O estudo de caso será implementado em etapas distintas a saber:
apresentação do histórico da Faetec , verificação da implantação das
Bancas de Conhecimento nas unidades selecionadas; seleção e distribuição
dos exemplares, definição dos critérios de seleção para a escolha dos
alunos bolsistas/correspondentes; divulgação do Projeto junto a Direção das
escolas envolvidas. Promover a cada instante seminários e eventos como a
visita a redação de jornais, gráficas e emissoras de Tv, entre outras ações,
que influenciem não apenas os profissionais e alunos da instituição, como
suas famílias e a comunidade em geral.
Desenvolvimento, monitoramento e avaliação dos resultados obtidos,
definindo
critérios
da
relação
ensino-aprendizagem,
com
recursos
diferenciados visando a motivação dos alunos.
Apresentar através da monografia a idéia de que fomentar a
construção de pensamento crítico, largo e profundo acerca do mundo e do
ser humano; propiciando ao alunado reflexão e vivência da cidadania,
ratificar a importância da aquisição e do domínio da norma culta da língua
como fator de inserção e modificação de status quo social. Oferecer aos
alunos bolsistas/ correspondentes contato inicial com as atividades
desempenhadas pelo profissional da área de comunicação.
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SUMÁRIO
Introdução
p. 08
Capítulo I – Pedagogia e Comunicação
p. 10
Capítulo II – Comunicação na Escola
p. 13
Capítulo III - Ética
p. 16
Capítulo IV – Bancas de Conhecimento
e Jovens Correspondentes
p. 20
Capítulo V – Cidadania
p. 31
Conclusão
p. 34
Bibliografia Consultada
p. 36
Anexos
p. 37
Índice
p. 39
Folha de Avaliação
p. 40
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INTRODUÇÃO
Os programas Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes
são reconhecidos como a oportunidade de implementação de um processo
de educação no qual os alunos das Escolas Técnicas da rede estão
envolvidos, buscando atingir um dos Quatro Pilares da Educação moderna
qual seja o de aprender a aprender.
Como isto representará na visão do futuro da Faetec, como um
elemento transformador das práticas de ensino e aprendizagem, ampliando
os canais de comunicação, fomentando a cultura e ratificando a importância
desta na dimensão humana?
A Faetec – Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de
Janeiro, foi fundada em 10 de junho de 1997, em substituição à FAEP –
Fundação de Apoio à Escola Pública do Rio de Janeiro – a partir da Lei
2735. A nova fundação passou a gerenciar a rede de ensino tecnológico do
Estado, que hoje abrange creches, EEEFs, (Escolas Estaduais de Ensino
Fundamental),
Ceteps
(Centro
de
Educação
Tecnológica
e
Profissionalizante), ETEs (Escolas técnicas Estaduais ), além de Institutos
Superiores de Educação e Tecnologia.
A partir de 1999, a entidade se consolidou com a criação de cursos de
capacitação profissional e parcerias com empresas para estágios. Vinculada
à Secretaria de Estado de Ciência , Tecnologia e Inovação, a Faetec
administra a orientação profissional em três níveis: formação inicial, técnico
e tecnológico (ou superior). Além desses cursos as unidades desenvolvem
ainda atividades artísticas com teatro e música, esportes, cultura e lazer,
para os alunos regulares e a população em geral.
Como parte do projeto de interiorização, na atual gestão foram
inauguradas diversas unidades de educação profissional em municípios com
carência de escolas/cursos profissionalizantes. Esta iniciativa confirma a
necessidade de intensificação das ações públicas no interior do Estado,
dando cumprimento a uma das metas do atual Governo. Como atividades
iniciais, essas novas unidades vêm oferecendo cursos de informática e
idiomas.
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A Faetec também firmou duas parcerias internacionais de cooperação
técnica, cultural e educacional: uma com Angola e outra com a França.
Por tudo isso e seguindo orientação do Governo de ampliar e
reformular as atividades, cabe à Faetec a responsabilidade de promover a
melhoria e ampliação de oferta do ensino profissional, oportunizando cada
vez mais o acesso da população fluminense.
Enfim, tem-se como horizonte, na Faetec, um processo educacional
comprometido com a formação do cidadão, de modo a possibilitar ao aluno
aliar teoria e prática, desenvolvendo suas potencialidades nas dimensões
intelectual, pessoal e política.
A escola quando percebida como um espaço sociocultural acaba por
subsidiar releituras constantes acerca do mundo e principalmente do papel
desempenhado por cada indivíduo enquanto sujeito dinâmico e responsável
pela construção da trama social que a constitui enquanto instituição.
Saber usar a língua ultrapassa o domínio da eficácia comunicativa. É,
sobretudo, adquirir a possibilidade de desvendar a dimensão dialógica da
linguagem para poder interagir social e culturalmente, propiciando ao
alunado a reflexão e a vivência da cidadania.
A escola polissistêmica compreende uma multiplicidade de sentidos e
isso implica levar em consideração seu espaço, seus tempos e suas
múltiplas relações que acabam por assumir diferentes significados como: “o
lugar onde se aprende a ser educado”; “ o lugar onde se constrói
conhecimentos”; “ o lugar onde se tira o diploma que possibilita passar em
concursos”; “lugar onde se conhece pessoas”, entre tantos outros.
A leitura é capaz de propiciar a tolerância e o respeito às diferentes
falas e ações, servindo de elemento transformador da realidade resgatando
a complexidade da dimensão humana.
A escola deve oferecer portanto espaço de ampliação de experiências
culturais significativas, por vezes de acesso difícil ou até mesmo de acesso
negado para grande maioria dos alunos encontrados na Rede.
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CAPÍTULO I
PEDAGOGIA E COMUNICAÇÃO
•
A situação ensino-aprendizagem
•
Motivação
“ O primeiro objeto de qualquer ato de
aprendizagem, acima e além do prazer que nos
possa dar, é o de que deverá servir-nos no presente
e valer-nos no futuro. Aprender não deve apenas
levar-nos até algum lugar, mas também permitir-nos,
posteriormente, ir além...”
Jerome S. Bruner
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A situação ensino -aprendizagem
A pedagogia moderna tenta definir as variáveis que constituem e explicam o
“mecanismo de aprendizagem”, pois é indispensável tal definição para se estruturar
a teoria didática, a organização do ensino e as técnicas mais apropriadas à
eficiência do processo.
De um lado, os progressos realizados na Comunicação e de outro , os
avanços da Pesquisa Educacional possibilitam que se fale em tecnologia
educacional; que se esboce a idéia de que a Educação é tarefa científica e
altamente profissional, o que, por sua vez, exige um trabalho integrado de
especialistas de diferentes áreas para a execução da tarefa de ensinar.
O ensino é sem dúvida a atividade principal do profissional do magistério.
Não basta só a formação teórica para que o professor se destaque no seu grupo. A
prática comunicacional é o caminho mais eficaz para obtenção do êxito docente.
O relacionamento interpessoal do professor-aluno deve ser fortalecido à
medida em que se pretende conseguir melhores resultados na escola e na vida do
aluno. A escola pública deve estar voltada para o ensino, pesquisa e extensão com
uma política tentadora, pois professores e alunos comprometidos em projetos
institucionais
certamente
serão
profissionais
melhor
qualificados.
O professor é sempre professor, não importa se universitário ou de primeiro
ou segundo graus. A diferença é tão somente no saber se comportar conforme as
exigências de cada estágio, turma ou momento vivido.
A importância do processo ensino-aprendizagem para professores e alunos faz
com que se acredite que a aprendizagem deve estar voltada sempre para o alunado
e que o docente contribui utilizando métodos que facilitarão o entendimento.O
professor precisa ter consciência de seu papel no contexto educacional para que
possa ser um agente transformador da sociedade, um bravo lutador pela valorização
do seu trabalho e defensor do ensino superior para todos, como garantia de um País
melhor e mais desenvolvido no seu aspecto social, cultural, econômico e político.
Dentre os muitos aspectos do processo ensino-aprendizagem podemos
destacar a pesquisa e a troca de informações. Buscar novos métodos de ensino, de
pesquisa, olhar com outros olhos os artigos dos jornais, das revistas.
12
Relacionando a situação ensino-aprendizagem ao contexto dos Programas
Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes, procuramos considerar o
aluno como centro desse processo o “autor” da própria aprendizagem e o professor
como facilitador e orientador. Muito mais do que o conhecimento científico relatado
em uma matéria,compreende uma multiplicidade de sentidos, vários podem ser os
aspectos encontrados em uma revista. Ao saber desvendar a linguagem, o alunado
reflete, e passa a ser responsável pela construção da própria cidadania.
Motivação
Os programas Jovens Correspondentes e Bancas de Conhecimento,
desenvolvidos pela Assessoria de Comunicação da Faetec, destacam a importância
significativa de publicações como motivadores da área educacional. Realizam-se
estudos sobre Educação e Motivação através da auto-estima relacionando-as às
atitudes necessárias que os alunos, devem receber para compreensão desta
importante tarefa, educar. A motivação faz com que os alunos acreditem e invistam
mais em seu potencial, pessoal, profissional e espiritual, através do progresso
constante de suas capacidades como a inteligência emocional e o cooperacionismo,
e realizando um auto-conhecimento, cuja valorização de si e de seu trabalho, estará
delineada pelo planejamento de sua vida profissional, decorrendo em um processo
de autocrítica e avaliação construtiva. Fundamenta-se em vários autores que buscam
passar conceitos e atitudes necessárias à motivação. Procurando-se definir uma
moldura teórica que possa direcioná-los, propiciando-lhes uma visão abrangente
sobre o atual contexto da Educação no Brasil, e propondo-lhes metas claras, onde a
definição de uma missão é fundamental para determinar a estratégia dos futuros
educadores.
13
CAPÍTULO II
COMUNICAÇÃO NA ESCOLA
“Sem uma compreensão da gramática dos
meios de comunicação é impossível ter esperança de
se atingir uma consciência contemporânea do mundo
em que vivemos.”
M. McLuhan, 1969
14
Comunicação, define Mattoso Câmara, “é um intercâmbio mental
entre os homens por meio da linguagem ou da mímica”. Várias lingüísticas
situam a linguagem entre as instituições humanas porque se as instituições
humanas são resultantes da vida em sociedade, o mesmo acontece com a
linguagem que é essencialmente um instrumento de comunicação. Como
qualquer instituição humana, a linguagem difere de comunidade para
comunidade, de maneira a só poder funcionar entre os membros de
determinado grupo. Também é susceptível de variar, conforme as pressões de
necessidades diversas e a influência de outras comunidades.
O Processo de Comunicação na sala de aula
A comunicação é, por excelência, um processo de transmitir idéias,
garantindo assim a sobrevivência dos grupos. Nunca se pensou tanto em
comunicação como nos dias atuais e, por esta razão, tornou-se a palavra
mágica do século.
“Comunicar consiste em tornar alguns elementos de apreciação das
coisas, das pessoas, das situações que umas e outras abranjam”
(Agostinho MInicucci, in Dinâmica de Grupo na Escola p. 28). O
professor, através da Comunicação, poderá tornar informações comuns
do grupo de sala de aula (ou da comunidade escolar), influenciar ou
afetar com intenção o comportamento do seu grupo.
Cada pessoa tem
uma maneira peculiar de construir ou interpretar a realidade, o que se
manifesta através de determinados sinais, palavras, gestos, atitudes, tom
de voz, tiques etc. Estes elementos formam o sistema de referência.
Muitas vezes, os alunos só entendem determinados professores depois
de alguns meses de aula, necessários à compreensão do seu sistema de
referência. O mesmo também acontece com os professores em relação
aos alunos.
A mensagem possui duas significações: uma denotativa e outra
conotativa.
•
Denotação é o significado neutro de um vocábulo; é a palavra
dicionarizada; é comum a todas as pessoas, escolas ou regiões
que adotam o mesmo código.
•
15
Conotação é “parte do sentido de uma palavra que não
corresponde à significação strito sensu, ou seja,ao valor
representativo como símbolo de um elemento
do mundo
biossocial, mas corresponde à capacidade da palavra de
funcionar para uma manifestação psíquica ou um apelo”
(Mattoso Câmara).
A mensagem poderá ser aceita, rejeitada, interpretada de modo errado ou
ser distorcida pelo grupo ou pessoa que a recebe. Como explica Bally, não
se pode comunicar o que se pensa e o que se sente no íntimo, senão por
meio de expressão que os outros possam compreender. Nossos
pensamentos nos são próprios mas os símbolos empregados para sua
expressão são comuns a todos que falem da mesma maneira que nós, a
mesma língua. Como cada pessoa tem o seu sistema de referência, a
mensagem ouvida (ou lida) poderá não ser apreendida pelo recebedor ou
recebedores da mesma forma como foi concebida pela fonte.
Fatores importantes na Comunicação
No processo de interação dos grupos, vários fatores se revestem de
importância dentro do processo de uma adequada comunicação entre os
indivíduos. Agostinho Minicucci, citando principalmente Alfred H. Korzbsky,
acentua que a “a clareza de expressão , o emprego correto das palavras, a
coerência de linguagem, o evitar armadilhas da lógica , a definição
“operativa” dos termos e o evitar a confusão entre o processo de definir e o
processo de “comprovar os fatos”, tudo isso resulta importante para facilitar
a comunicação. No entanto, o ponto de vista que nós adotamos é que as
barreiras mais importantes que entorpecem a comunicação das idéias são
os entraves emocionais estabelecidos pelas relações interpessoais e não os
erros técnicos no emprego das palavras ou da lógica (In : Dinâmica de
Grupo na Escola, p. 33/4).
16
Capítulo III
ÉTICA
• Ética no Processo Educacional
17
ÉTICA
Pela definição do Aurélio: ética ." [Do lat. ethica < gr. ethiké.] S. f. Filos. 1.
Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de
qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a
determinada sociedade, seja de modo absoluto. [Cf. bem (1) e moral (1).]" e
comunicação "Do lat. communicatione.] S. f. 1 - ...Comunicação de massa.
Teor. Inf. 1. Comunicação social dirigida a uma ampla faixa de público,
anônimo, disperso e heterogêneo, atingindo simultaneamente (ou a breve
trecho) uma grande audiência, graças à utilização dos meios de
comunicação de massa (q. v.). Comunicação humana. Teor. Inf. 1.Teor. Inf.
1. Processo de comunicação de caráter indireto e mediato, estabelecido no
seio da sociedade, por meio de jornal, revista, teatro, rádio, cinema,
propaganda,etc...".
Ética no Processo Educacional
Não basta que as escolas tenham um currículo de formação ética
consistente, fundamentado e socializado a fim de conquistar a legitimidade
para ensinar e cobrar a adesão dos alunos a certos valores e atitudes. É
preciso nortear o seu cotidiano nesses valores, claramente reconhecidos e
vivenciados por toda a comunidade.
“Nas últimas décadas do século XX, foi criada uma expectativa
universal em relação à educação escolar para o século seguinte: reestruturar
as escolas de modo a torná-las abertas à diversidade, sintonizadas com os
valores democráticos e representantes do espaço privilegiado de formação e
exercício da cidadania para todos os seus alunos, sem distinção de natureza
alguma.
Esse anseio coloca todos os gestores e profissionais de educação
frente ao desafio de refletirem acerca dos novos papéis da escola e dos
professores sob o paradigma da escola de boa qualidade para todos: escola
inclusiva, aquela que deve fundamentar sua ação nos princípios éticos de
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eqüidade e justiça. A ética a ser contemplada, analisada e exigida nas
diferentes instâncias educativas – e de maneira sistemática nas escolas –
deve basear-se nos Direitos Humanos e explicitar-se nos deveres
decorrentes desses direitos. Um dos direitos constitucionais de todo alunocidadão, direito este referendado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Brasileira (LDB, Lei nº 9.394, de 20/12/96, art. 59), é o de que os sistemas
de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
· currículos, métodos, técnicas, recursos educacionais e organização
específicos
para
atender
às
suas
necessidades;
· professores com especialização adequada, em nível médio ou superior,
para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular
capacitados para integração desses educandos nas classes comuns.”
Quanto mais o professor planejar boas situações baseadas na
interação, em que os alunos cooperem entre si, oportunizando àqueles com
mais facilidade para aprender que também criem zonas de desenvolvimento
proximal com suas intervenções junto aos colegas, mais ele estará
ajudando-os a avançar na compreensão e na assimilação dos conteúdos
culturais, instrumentos indispensáveis à compreensão da realidade.
Esses conteúdos e os objetivos de ensino a eles relacionados
precisam ser planejados de maneira mais abrangente, incluindo os relativos
ao saber, ao saber fazer e ao saber ser. Esse reconhecimento de todos os
tipos de capacidades presentes na escola e de competências a construir
possibilita aos professores redimensionarem no seu planejamento a
organização dos conteúdos que, além de serem significativos e funcionais
para os alunos, precisam articular-se entre si, sem perder a sua continuidade
e a lógica interna da disciplina em que estão inseridos. Para desincumbir-se
desta tarefa de organizar os conteúdos de forma mais integrada possível, o
professor
precisa
ampliar
os
seus
conhecimentos
específicos
das
disciplinas, das novas teorias da aprendizagem escolar, das pesquisas sobre
avaliação
formativa,
regulação
da
aprendizagem
,entre
outros.
A prática inclusiva também exige um planejamento cuidadoso da
organização social da classe, com agrupamentos de alunos de maneiras
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diferenciadas, em função das suas características pessoais, dos objetivos a
atingir e da natureza das situações didáticas planejadas. A organização do
tempo e do espaço também precisa ser planejada de forma diversificada e
flexível, uma vez que tem influência essencial na escolha dos melhores
meios de intervenção pedagógica
comunicacional para o atendimento à
diversidade que, são preferencialmente de natureza socioconstrutivista, por
possibilitarem a mobilização do interesse e da ação do aluno pela
valorização dos seus conhecimentos prévios, a troca com os pares, que
oferece a cada um modelos para confrontos, redimensionamento de
hipóteses e apropriação de novas formas de pensar, agir, ser, respeitando o
tempo necessário para cada um aproximar-se dos saberes socialmente
construídos.
Além de todos esses aspectos mencionados, vale destacar que o
mais importante no momento de planejar é o professor acreditar que todos
os seus alunos podem aprender e que aqueles com necessidades
educacionais
especiais
serão
mais
capazes
de
fazê-lo
se
forem
reconhecidos com essa capacidade e se as expectativas dos professores
acerca
de
sua
aprendizagem
forem
as
mais
positivas
possíveis.
20
CAPÍTULO IV
BANCAS DE CONHECIMENTO
E JOVENS CORRESPONDENTES
•
Como funcionam as bancas?
•
Quem pode utilizar as bancas?
•
Correspondentes – como funciona o fluxo de informações?
•
Estratégias de Ação
•
Dinâmica de trabalho dos Correspondentes
•
Voltando um pouco no tempo...
•
Profissionalização das Assessorias de Imprensa
21
Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes
O Projeto Bancas de Conhecimento vem ampliar os canais de acesso
aos meios de comunicação impressos disponíveis aos discentes na Rede
Faetec, com o objetivo de estimular o hábito da leitura, como também o de
manter os jovens de nossas unidades bem informados.
Para tanto, foram instaladas 14 bancas nas Escolas Técnicas da Rede
Faetec que funcionam como bibliotecas através de empréstimos.
Desenvolver
habilidades
e
tendências
comunicacionais
dos
participantes; exercitar a comunicação escrita; aperfeiçoando a objetividade
e clareza de exposição do pensamento; favorecer a comunicação em grupo,
respeitando diferenças, níveis de conhecimento e ritmos de aprendizagem
de cada integrante da equipe; promover relações de ensino aprendizagem
sobre a vida em comunidade, enquanto espaço de convivência e exercício
da cidadania e oferecer condições para que os participantes a partir do
conhecimento dos mecanismos de produção da notícia, despertem nos
estudantes a reflexão e o senso crítico em relação às informações
veiculadas nos diferentes meios de comunicação. Esses foram os itens
apresentados na primeira reunião com os coordenadores pedagógicos,
realizada em fevereiro, como objetivos fundamentais dos Programas Bancas
de Conhecimento e Jovens Correspondentes em 2004.
Como funcionam as Bancas?
Instaladas nos pátios das escolas técnicas da rede Faetec, as Bancas
de Conhecimento disponibilizam jornais diários e revistas, entre informativas
semanais e técnicas, para alunos, funcionários e professores. Elas são
gerenciadas pelos Correspondentes Faetec, com um sistema de empréstimo
semelhante ao de uma biblioteca. Visando o perfeito funcionamento do
programa, algumas regras foram utilizadas durante o decorrer do ano:
Horário: o aluno correspondente deve abrir as bancas antes do início
do horário de aula, no intervalo e depois da aula, no turno em que estuda.
Cabe à direção da escola analisar o funcionamento das bancas fora desse
horário, a cargo de um funcionário da biblioteca. No entanto, apenas o
correspondente está apto a realizar empréstimos.
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Quem pode utilizar as Bancas?
Estão aptos a consultar e retirar em sistema de empréstimo títulos das
Bancas de Conhecimento os alunos devidamente matriculados, funcionários
e professores das unidades onde a mesma esteja instalada.
Para verificar se o leitor é da unidade, basta checar a lista fornecida pela
secretaria da escola, em ordem alfabética, dividida por turma, no caso de
alunos, e por matrícula, no caso de funcionários e professores. Caso o leitor
não esteja na lista, o correspondente deve acionar a direção e incluí-lo, se
realmente pertencer à unidade.
Quando o leitor for consultar o jornal na banca ou próximo a ela,
deverá deixar a carteirinha (aluno) ou a carteira funcional (professor e
funcionário) com o correspondente responsável. O documento será entregue
ao proprietário no momento da devolução do título, que deverá estar no
mesmo estado de conservação e organização da mesma forma que lhe foi
emprestado.
Para levar o periódico emprestado, o leitor deverá preencher a ficha
correspondente, tendo prazo de até três dias para a devolução no caso de
revistas. Os jornais só poderão ser emprestados no dia seguinte ao de sua
publicação.
Quem devolver o título em atraso – por qualquer justificativa – estará
automaticamente suspenso por 30 dias. Caso atrase uma segunda vez, a
suspensão será de 60 dias.
Todas as revistas disponibilizadas nas bancas são entregues com, no
mínimo, dois exemplares de cada, para que fique uma na banca e outra
possa ser emprestada. Há revistas com dez exemplares. Nesse caso, quatro
ficam na banca e seis podem ser emprestadas. O importante é que a banca
nunca fique desfalcada.
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Correspondentes – como funciona o fluxo de informações?
Como cada unidade tem o seu correspondente identificando notícias,
ele deve preencher o formulário específico e enviá-lo à Assessoria de
Comunicação, via e-mail, fax ou mala –direta. No dia-a-dia, do setor, esse
material pode servir de pauta para os veículos de comunicação da instituição
(house-organs, balanços, relatórios e etc).
Vale lembrar que todas as informações são checadas com a diretoria, antes
de ser veiculada.
Desde 2003, 21 unidades da rede Faetec passaram a contar com
alunos correspondentes, porém somente 14 unidades têm as Bancas de
Conhecimento. Possuímos no momento 47 alunos bolsistas, que além de
agilizar o fluxo de informações da rede, durante oito meses são integrados
aos meios de comunicação, em geral ocupados por adultos.
Jovens Correspondentes
O que faz um correspondente?
Cada unidade da Faetec participante do Programa,terá o seu
Correspondente, função exercida por um aluno, que ganha uma bolsaauxílio.O correspondente deve estar sempre atento aos acontecimentos,
identificando notícias em sua unidade e enviando à Assessoria de
Comunicação. Esse material será avaliado, podendo servir de pauta para os
veículos de comunicação da própria instituição, incluindo jornais e site, ou
para mídias externas.
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Estratégias de Ação
1. Escolha da equipe
Identificar
na
Rede
Faetec,
alunos
que
sejam
dinâmicos,
responsáveis, comunicativos e interessados no dia-a-dia da escola, de
preferência que já participem de grêmio estudantil ou outro projeto dentro da
comunidade, que tenham o perfil para ser um “Jovem Correspondente” e
responsável pelas Bancas de Conhecimento, implantadas em 14 unidades
da rede.
O Critério de seleção para a escolha do Correspondente 2005 ,será
diferente dos outros anos, teremos uma redação, com o tema, “Por que
quero ser um Correspondente?” . As avaliações serão feitas por uma equipe
da Diretoria de Desenvolvimento da Educação e pela Assessoria de
Comunicação.
2.
Etapas de implantação
•
Envio de carta aos diretores apresentando o projeto, solicitando a
divulgação dos novos critérios de seleção dos correspondentes;
•
Definição da equipe examinadora das redações;
•
Agendamento do local para o workshop/reserva de equipamento
(som/ projeção,etc);
•
Definição dos resultados da seleção;
•
Divulgação dos resultados dos Correspondentes selecionados,
•
Inscrição dos correspondentes selecionados,
•
Elaboração de material de suporte:
- Formulários,
- transparências,
-folders explicativos,
-Ficha de controle dos correspondentes;
-divulgação do novo e-mail dos Correspondentes.
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Dinâmica de Trabalho dos Correspondentes
Descubra a notícia
A notícia é um resumo de um acontecimento, uma novidade, um fato
de interesse geral. Toda notícia deve conter algumas informações básicas:
Fato: O que ocorreu?
Agente: Quem?
Local:Onde?
LEAD
Data:Quando?
Descrição: Como?
Benefício:Por quê?
Exemplo:
Abertura de vagas para um curso técnico.
O CETEP Marechal Hermes abriu 20 novas vagas para o curso de
Mecânica de Autos. As inscrições podem ser feitas no dia 02 de fevereiro, a
partir das 9h, no Centro de Informações , localizado no próprio CETEP, Rua
Xavier Curado, s/ nº , em Marechal Hermes, no Rio de Janeiro. Os
interessados devem levar carteira de identidade e certidão de conclusão do
Ensino Fundamental. O curso é gratuito.
O que ocorreu?
Foram abertas 20 vagas para o curso de Mecânica de Auto.
Quem? O CETEP Marechal Hermes
Onde? Rua Xavier Curado, s/ nº, em Marechal Hermes
Quando? Dia 02 de fevereiro, a partir das 9h
Como? Levar documentos necessários
Por quê? O curso profissionalizante é gratuito
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Transforme o fato em benefício
Qualquer fato pode ser de interesse geral,desde que bem trabalhado.
O correspondente deve sempre indicar qual o ponto a ser destacado na
reportagem.
Explorar os pontos fortes dos acontecimentos. Pensar: Qual a
impressão que você gostaria que as pessoas tivessem ao ler essa
notícia? Torne-a interessante.
Descubra qual a parte mais incomum ,empolgante ou dramática e dê
a sua informação.
Exemplos de notícias “quentes”:
•
Invento inédito criado por um aluno para a feira de ciências;
•
a conquista de um título esportivo;
•
novo projeto desenvolvido por professor da escola que tenha
feito grande sucesso entre os alunos;
•
implantação do grêmio estudantil ou banda musical;
•
eventos como feiras culturais e científicas, festas folclóricas,
apresentação de peças teatrais concebidas por alunos...
Enriqueça a informação
Buscar novos dados (número de alunos atendidos por um programa,
de refeições servidas na escola ou índice de aprovação na unidade, por
exemplo) e ouvir as pessoas responsáveis pelo programa ilustra a notícia,
valoriza o profissional e cria maior identificação e proximidade com o leitor.
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Unidades onde foram implantados os Programas, em sua
primeira fase, 2003:
Escolas Técnicas Estaduais:
1. E.T.E. Agrícola Antônio Sarlo (CETEP Campos)
2. E.T.E. Henrique Lage ( CETEP Barreto)
3. E.T.E. João Barcelos Martins (Campos)
4. E.T.E. Oscar Tenório (CETEP Marechal Hermes)
5. E.T.E. Visconde de Mauá (CETEP Marechal Hermes)
6. E.T.E. República (CETEP Quintino)
7. E.T.E. Santa Cruz (CETEP Santa Cruz)
8. E.T.E Adolpho Bloch
9. E.T.E. Ferreira Viana
10. E.T.E. João Luiz do Nascimento (Nova Iguaçu)
11. E.T.E. Juscelino Kubitschek
12. E.T.E. Engenheiro Silva Freire
Centros de Educação Tecnológica e Profissionalizante
1. CETEP Mangueira
2. CETEP Barra do Piraí
3. CETEP Paracambi
4. CETEP Petrópolis
5. CETEP Barreto
6. CETEP Santo Antônio de Pádua
7. CETEP Três Rios
ISERJ – Instituto Superior de Educação do Estado do Rio de Janeiro
28
Voltando um pouco no tempo....
Tudo começou quando o homem primitivo decidiu usar as paredes da
caverna onde morava para registrar cenas do dia-a-dia da tribo. Os
desenhos eram feitos com ossos de animais ou galhos secos usados como
estilete. Com a idéia surgiu também o primeiro repórter que se tem notícia.
Por volta de 2000 a.c. , os egípcios e os mais criaram signos, cada um
representando um pensamento ou expressão diferente. Mais tarde, surgiu na
Mesopotâmia o sistema silábico, com signos substituindo sílabas. Os textos
eram gravados em tábuas de argila mole, colocadas para secar ao sol ou em
fornos. Finalmente em 1000 a.c. , os gregos aperfeiçoaram a idéia e
lançaram o alfabeto moderno com consoantes e vogais.
A escrita fez tanto sucesso que na Idade Média os monges passavam
o dia copiando e recopiando livros, um por um, à mão. Como os pedidos
eram maiores do que a demanda e a paciência dos padres já estava
acabando, surgiu a xilogravura. Nesse tipo de impressão, eram usadas
como matriz pranchas de madeira com letras em relevo.
Mas foi em 1450 que Guttenberg revolucionou o mercado editorial ao
inventar os tipos metálicos. Com eles era possível produzir impressos mais
baratos, em muito menos tempo.
No século XVIII, a Revolução Industrial proporcionou máquinas mais
rápidas, movidas a carvão e a eletricidade, levando a impressão à produção
em massa.
Com o boom da informática a partir da década de 80, uma infinidade
de recursos gráficos ficaram ao alcance do mouse. Os fotolitos eletrônicos,
scanners e cia. Representaram um novo passo na história da produção de
impressos. Ler é acessar esse banco de informações das mais diversas
áreas do conhecimento humano na forma de livros, revistas e jornais.
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Como ocorreu a profissionalização das Assessorias de Imprensa?
No período do regime de ditadura, de 1964 e 1985, existiu uma clara
necessidade política dos militares de filtrar as informações que chegavam à
população. Altamente concentrador, o poder central repassava somente o
que era de interesse oficial. Os veículos de comunicação precisaram lançar
mão de "fontes" dentro do sistema público para obter informações diferentes
das oficiais e unilaterais.
Diante da censura, as assessorias de imprensa produziam press
releases com o noticiário formal. Eram niveladas por baixo na hierarquia do
poder, e os assessores de imprensa não faziam parte da elaboração do
contexto a ser noticiado. Existia um claro desinteresse pela opinião pública.
A ordem era informar apenas o inevitável.
A
democratização
do
país
permitiu
a
profissionalização
das
assessorias de imprensa. No entanto, em muitos órgãos do serviço público
ainda permanece a cultura do modelo concentrador e de distribuição de
informações meramente oficiais em detrimento do interesse público.
Com a expansão dos veículos de comunicação e maior demanda por
informações, as assessorias de imprensa foram obrigadas a passar por
transformações. Surgem as assessorias de comunicação social. Os jornais
evoluíram e foram divididos em editorias especializadas. Isso gerou uma
demanda de informações atropelando o formato oficial. As emissoras de
televisões, com a segmentação da programação, surgimento de canais
especializados a cabo e por assinatura, e as transmissões através de
satélite, também influenciaram nas mudanças ocorridas nas assessorias.
Nos últimos anos, a internet produziu uma verdadeira revolução nos
meios de comunicação e,via de regra, nas assessorias de imprensa, hoje,
verdadeiras redações. As informações perderam o foro privilegiado do
serviço público, do mercado e
da sociedade. Há uma profunda
diversificação social, econômica e política que demandam informações entre
si e que abastecem o todo social. Nesse curto espaço de tempo, as relações
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com a mídia passaram por uma revolução política, tecnológica e se
transformam em relações estratégicas. No contexto atual, a informação
precisa atender tanto a interesses específicos quanto gerais da sociedade.
A democratização do país possibilitou a evolução da consciência de
liberdade política, inclusive com a derrubada de um presidente da República,
o avanço do mercado, e ampliação das faixas de produtos e de serviços
privados e públicos, a privatização dos serviços públicos como telefonia,
energia elétrica, transportes, siderurgia, e das tecnologias que produziram os
avanços da comunicação. A partir dessa nova realidade, as relações
institucionais entre o Estado, o mercado, a sociedade geral e segmentos
sociais, sofreram mudanças e exigiram uma relação de informações mais
adequada. Isso implicou também na adequação das assessorias de
comunicação social, com as informações/ notícias sendo distribuídas no
tempo certo, de forma correta, na linguagem utilizada pelos veículos de
comunicação, e usando a mídia certa para alcançar os resultados previstos.
O profissional dessa área não pode mais ser apenas um bom
jornalista recrutado nas redações ou nas universidades. Precisa ter
experiência em redações, conhecer o dia-a-dia dos jornais, revistas e
emissoras de televisão, acrescida de cursos de especializações.
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CAPÍTULO V
CIDADANIA
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Grandes transformações ocorreram no ciclo histórico da humanidade
desde a experiência filosófica e democrática vivida pelos gregos antigos,
quando instauraram a razão, desmitificando preconceitos e mitos, e quando
derrotaram tiranias, instando o cidadão no poder, há dois mil e quinhentos
anos atrás.
O mundo conheceu o poder monárquico fundado em heranças
divinas, que usurparam o poder do cidadão; surgiram novas descobertas
filosóficas, científicas e invasões territoriais em nome da civilização,
transportando modos distintos e diferenciados de viver; veio a derrocada das
monarquias e impérios, fato que conclamou os indivíduos à uma nova
postura ante os assuntos políticos.
Emergiu, ainda, uma era de revoluções e guerras, e outros tantos
conflitos nacionais e internacionais que encandeceram consciências dos
povos.
E, hoje, com o advento de novas técnicas, tecnologias e processos
mais agressivos de globalização, as mudanças ocorrem de forma muito mais
complexa, acelerada e de modo escamoteado e camuflado que exige uma
atitude crítica apurada.
Portanto, falar sobre ética e cidadania é ter em mente todo esse
elenco de fatos e acontecimentos. No entanto,os eventos e fenômenos
humanos estão sujeitos às interpretações as mais distintas e diferenciadas
quanto às visões sócio-econômica-política e cultural. Inclusive, o próprio ser
humano, dada a sua complexidade, continua um ilustre desconhecido.
Ninguém nasce cidadão, mas torna-se cidadão pela educação.
Porque a educação atualiza a inclinação potencial e natural dos homens à
vida comunitária ou social.
Cidadania é, nesse sentido um processo. Processo que começou nos
primórdios da humanidade e que se efetiva através do conhecimento e
conquista dos direitos humanos, não como algo pronto, acabado: mas, como
aquilo que se constrói.
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Assim como a ética a cidadania é hoje questão fundamental, quer na
Educação, quer na família e entidades, para o aperfeiçoamento de um modo
de vida.
Não basta o desenvolvimento tecnológico,científico pra que a vida
fique melhor. É preciso uma boa e razoável convivência na comunidade
escolar, política, para que os gestos e ações de cidadania possam
estabelecer um viver harmônico, mais justo e menos sofredor.
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CONCLUSÃO
Se,
como
vimos,
todos
crescem,
tornam-se
cidadãos
mais
conscientes, mais solidários, compete a nós, educadores, e profissionais da
área de comunicação investir sempre, e cada vez mais, na construção de
escolas realmente inclusivas e, assim, podermos aspirar a uma sociedade
que, ao respeitar as diferenças, garante os direitos básicos de todo cidadão
e, conseqüentemente, a melhoria da qualidade de vida individual e coletiva.
Cabe salientar a necessidade de o professor conhecer mais
detalhadamente características referentes às necessidades comunicacionais
para melhor favorecer a participação integral desses alunos em um ambiente
rico de oportunidades educacionais e o seu nível de aproveitamento das
mesmas.
A escola que respeita a diversidade, que está a serviço das
aprendizagens do aluno, precisa ser formativa por excelência, ou seja,
precisa favorecer o desenvolvimento do processo de aprendizagem,
regulando as ações do professor e do aluno. Precisa ser feita com o
propósito de dar informações úteis ao aluno para ajudá-lo a rever e a
melhorar o seu desempenho na construção de competências, habilidades e
saberes; e ao professor sobre a qualidade do processo de ensino.
Acreditando que não podemos tratar igualmente a todos devemos sim
utilizar instrumentos e critérios adaptados, quando necessário, para que o
aluno possa ser avaliado naquilo que pode ter condições de aprender e no
momento, e no modo em que já possa expressar. Portanto,unir
procedimentos éticos à competência técnica nos atos de comunicar e educar
é indispensável ao professor, consciente do seu papel de promotor de uma
auto-imagem mais positiva, indispensável para o exercício de uma
cidadania.
A comunicação é, sem dúvida, o maior responsável por ampliar ou
minimizar a diferença entre o aluno e a escola e, por isso, todos os
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investimentos do sistema educativo deveriam priorizar o resgate da
valorização social da educação, assumindo a formação continuada do
mesmo como necessidade imperiosa ao desenvolvimento de novas e
emergentes competências para o trabalho com a diversidade, adequando a
sua prática às renovações em andamento no sistema educacional.
Finalizo parabenizando a Faetec que, com uma atitude, flexível,
dinâmica e, acima de tudo, com muita sensibilidade, vem construindo o seu
trabalho cotidiano de modo confiante, competente e transformador,
contribuindo decisivamente para a superação dos mecanismos excludentes
ainda tão presentes na nossa sociedade, com investimentos significativos, a
fim de melhorarem as respostas educativas das escolas para todos os
alunos, identificando e removendo barreiras para aprendizagem e da
comunicação.
36
BIBLIOGRAFIA
A Faetec e a Educação no Brasil: Reflexão e Transformação, 2001
BRASIL. Ministério da Ação Social. Coordenadoria Nacional Para Integração
da Pessoa Portadora de Deficiência. Declaração de Salamanca e linha de
ação: sobre necessidades educativas especiais. Brasília: MAS/CORDE,
1994.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental e
Secretaria de Educação Especial. Parâmetros Curriculares Nacionais –
Adaptações Curriculares. Brasília: MEC, 1999.
COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. Desenvolvimento psicológico e
educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar.
Porto Alegre: Artmed, 1995.
ELENA, Maria e Maria Otília : Para Escrever Bem – Editora Manole, 2002
FERREIRA, Ítala: Ação Didática – Elementos básicos – Editora Rio, 1978
PILETTI, Claudino : Didática Geral – Editora Ática, 1987
RAUCHES, C.C. (Org.). LDB anotada e legislação complementar. Marília,
SP: CM Consultoria de Administração, 2000.
PERRENOUD, P. Pedagogia Diferenciada: das intenções à ação. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
SASSAKI, R.K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de
Janeiro: WVA, 1997.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed,
1998.
37
_____________________________________________________________
www.abcdigital.org.br
www.ufmg.br/pj
ANEXOS
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39
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
p. 01
AGRADECIMENTOS
p. 03
DEDICATÓRIA
p. 04
RESUMO
p. 05
METODOLOGIA
p. 06
SUMÁRIO
p. 07
INTRODUÇÃO
p. 08
CAPÍTULO I – Pedagogia e Comunicação
p. 10
•
A situação ensino-aprendizagem
p.11
•
Motivação
p. 12
•
CAPÍTULO II – Comunicação na Escola
p. 13
•
O processo de comunicação na sala de aula
p. 14
•
Fatores importantes na Comunicação
p. 15
CAPÍTULO III – Ética
p. 16
•
Ética
p. 17
•
Ética no processo educacional
p. 17
CAPÍTULO IV - Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes
p. 20
•
Como funcionam as Bancas?
p. 21
•
Quem pode utilizar as Bancas?
p. 22
•
Correspondentes – como funciona o fluxo de informações?
p. 23
•
O que faz um Correspondente?
p. 24
•
Estratégias de Ação
p. 25
•
Dinâmica de trabalho dos Correspondentes
p. 26
•
Voltando um pouco no tempo...
p. 28
•
Profissionalização das Assessorias de Imprensa
p. 29
CAPÍTULO V – CIDADANIA
p. 31
CONCLUSÃO
p. 34
40
BIBLIOGRAFIA
p. 36
ANEXOS
p. 37
ÍNDICE
p. 39
FOLHA DE AVALIAÇÃO
p. 40
FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
“Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes como canais de
comunicação, fomentando a cultura e promovendo a cidadania.”
Autora: Mariléa Athayde Dutra Bechara
Orientador: Prof. Celso Sanchez
Assinatura do avaliador
Nota da monografia
41
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universidade candido mendes pós graduação “lato sensu” projeto a