UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE “Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes como canais de comunicação, fomentando a cultura e promovendo a cidadania “ Por: Mariléa Athayde Dutra Bechara Orientador Prof. Celso Sanchez Rio de Janeiro - 2005 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE “Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes como canais de comunicação, fomentando a cultura e promovendo a cidadania.” Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Comunicação Empresarial. Por: Mariléa Athayde Dutra Bechara 3 AGRADECIMENTOS Aos professores, colaboradores, colegas da Primeira Turma Empresarial e do Curso equipe da Comunicação Social da Faetec. de Comunicação Assessoria de 4 DEDICATÓRIA À minha família e aos amigos “Algumas pessoas nos são tomadas muito depressa. Mesmo assim, não importa o tempo e a distância, com certeza elas nos deixam com o que têm de melhor. Com elas, aprendemos muitas coisas, a lição mais dura de enfrentar a ausência física” 5 RESUMO Ao realizar este trabalho, meu principal objetivo é divulgar as informações mais importantes sobre os Programas Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes, desenvolvidos pela Assessoria de Comunicação e pela Diretoria de Desenvolvimento da Educação. Sendo uma iniciativa pioneira no sentido de divulgar as informações enviadas pelos alunos , pelos Coordenadores de Cursos e Diretores de Unidades, os Programas Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes, tem características próprias de comunicação dentro do universo da Rede Faetec. Todavia, verificando que às vezes a teoria educacional se distancia da prática da comunicação , me sinto estimulada e propensa e novas descobertas . 6 METODOLOGIA O estudo de caso será implementado em etapas distintas a saber: apresentação do histórico da Faetec , verificação da implantação das Bancas de Conhecimento nas unidades selecionadas; seleção e distribuição dos exemplares, definição dos critérios de seleção para a escolha dos alunos bolsistas/correspondentes; divulgação do Projeto junto a Direção das escolas envolvidas. Promover a cada instante seminários e eventos como a visita a redação de jornais, gráficas e emissoras de Tv, entre outras ações, que influenciem não apenas os profissionais e alunos da instituição, como suas famílias e a comunidade em geral. Desenvolvimento, monitoramento e avaliação dos resultados obtidos, definindo critérios da relação ensino-aprendizagem, com recursos diferenciados visando a motivação dos alunos. Apresentar através da monografia a idéia de que fomentar a construção de pensamento crítico, largo e profundo acerca do mundo e do ser humano; propiciando ao alunado reflexão e vivência da cidadania, ratificar a importância da aquisição e do domínio da norma culta da língua como fator de inserção e modificação de status quo social. Oferecer aos alunos bolsistas/ correspondentes contato inicial com as atividades desempenhadas pelo profissional da área de comunicação. 7 SUMÁRIO Introdução p. 08 Capítulo I – Pedagogia e Comunicação p. 10 Capítulo II – Comunicação na Escola p. 13 Capítulo III - Ética p. 16 Capítulo IV – Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes p. 20 Capítulo V – Cidadania p. 31 Conclusão p. 34 Bibliografia Consultada p. 36 Anexos p. 37 Índice p. 39 Folha de Avaliação p. 40 8 INTRODUÇÃO Os programas Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes são reconhecidos como a oportunidade de implementação de um processo de educação no qual os alunos das Escolas Técnicas da rede estão envolvidos, buscando atingir um dos Quatro Pilares da Educação moderna qual seja o de aprender a aprender. Como isto representará na visão do futuro da Faetec, como um elemento transformador das práticas de ensino e aprendizagem, ampliando os canais de comunicação, fomentando a cultura e ratificando a importância desta na dimensão humana? A Faetec – Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro, foi fundada em 10 de junho de 1997, em substituição à FAEP – Fundação de Apoio à Escola Pública do Rio de Janeiro – a partir da Lei 2735. A nova fundação passou a gerenciar a rede de ensino tecnológico do Estado, que hoje abrange creches, EEEFs, (Escolas Estaduais de Ensino Fundamental), Ceteps (Centro de Educação Tecnológica e Profissionalizante), ETEs (Escolas técnicas Estaduais ), além de Institutos Superiores de Educação e Tecnologia. A partir de 1999, a entidade se consolidou com a criação de cursos de capacitação profissional e parcerias com empresas para estágios. Vinculada à Secretaria de Estado de Ciência , Tecnologia e Inovação, a Faetec administra a orientação profissional em três níveis: formação inicial, técnico e tecnológico (ou superior). Além desses cursos as unidades desenvolvem ainda atividades artísticas com teatro e música, esportes, cultura e lazer, para os alunos regulares e a população em geral. Como parte do projeto de interiorização, na atual gestão foram inauguradas diversas unidades de educação profissional em municípios com carência de escolas/cursos profissionalizantes. Esta iniciativa confirma a necessidade de intensificação das ações públicas no interior do Estado, dando cumprimento a uma das metas do atual Governo. Como atividades iniciais, essas novas unidades vêm oferecendo cursos de informática e idiomas. 9 A Faetec também firmou duas parcerias internacionais de cooperação técnica, cultural e educacional: uma com Angola e outra com a França. Por tudo isso e seguindo orientação do Governo de ampliar e reformular as atividades, cabe à Faetec a responsabilidade de promover a melhoria e ampliação de oferta do ensino profissional, oportunizando cada vez mais o acesso da população fluminense. Enfim, tem-se como horizonte, na Faetec, um processo educacional comprometido com a formação do cidadão, de modo a possibilitar ao aluno aliar teoria e prática, desenvolvendo suas potencialidades nas dimensões intelectual, pessoal e política. A escola quando percebida como um espaço sociocultural acaba por subsidiar releituras constantes acerca do mundo e principalmente do papel desempenhado por cada indivíduo enquanto sujeito dinâmico e responsável pela construção da trama social que a constitui enquanto instituição. Saber usar a língua ultrapassa o domínio da eficácia comunicativa. É, sobretudo, adquirir a possibilidade de desvendar a dimensão dialógica da linguagem para poder interagir social e culturalmente, propiciando ao alunado a reflexão e a vivência da cidadania. A escola polissistêmica compreende uma multiplicidade de sentidos e isso implica levar em consideração seu espaço, seus tempos e suas múltiplas relações que acabam por assumir diferentes significados como: “o lugar onde se aprende a ser educado”; “ o lugar onde se constrói conhecimentos”; “ o lugar onde se tira o diploma que possibilita passar em concursos”; “lugar onde se conhece pessoas”, entre tantos outros. A leitura é capaz de propiciar a tolerância e o respeito às diferentes falas e ações, servindo de elemento transformador da realidade resgatando a complexidade da dimensão humana. A escola deve oferecer portanto espaço de ampliação de experiências culturais significativas, por vezes de acesso difícil ou até mesmo de acesso negado para grande maioria dos alunos encontrados na Rede. 10 CAPÍTULO I PEDAGOGIA E COMUNICAÇÃO • A situação ensino-aprendizagem • Motivação “ O primeiro objeto de qualquer ato de aprendizagem, acima e além do prazer que nos possa dar, é o de que deverá servir-nos no presente e valer-nos no futuro. Aprender não deve apenas levar-nos até algum lugar, mas também permitir-nos, posteriormente, ir além...” Jerome S. Bruner 11 A situação ensino -aprendizagem A pedagogia moderna tenta definir as variáveis que constituem e explicam o “mecanismo de aprendizagem”, pois é indispensável tal definição para se estruturar a teoria didática, a organização do ensino e as técnicas mais apropriadas à eficiência do processo. De um lado, os progressos realizados na Comunicação e de outro , os avanços da Pesquisa Educacional possibilitam que se fale em tecnologia educacional; que se esboce a idéia de que a Educação é tarefa científica e altamente profissional, o que, por sua vez, exige um trabalho integrado de especialistas de diferentes áreas para a execução da tarefa de ensinar. O ensino é sem dúvida a atividade principal do profissional do magistério. Não basta só a formação teórica para que o professor se destaque no seu grupo. A prática comunicacional é o caminho mais eficaz para obtenção do êxito docente. O relacionamento interpessoal do professor-aluno deve ser fortalecido à medida em que se pretende conseguir melhores resultados na escola e na vida do aluno. A escola pública deve estar voltada para o ensino, pesquisa e extensão com uma política tentadora, pois professores e alunos comprometidos em projetos institucionais certamente serão profissionais melhor qualificados. O professor é sempre professor, não importa se universitário ou de primeiro ou segundo graus. A diferença é tão somente no saber se comportar conforme as exigências de cada estágio, turma ou momento vivido. A importância do processo ensino-aprendizagem para professores e alunos faz com que se acredite que a aprendizagem deve estar voltada sempre para o alunado e que o docente contribui utilizando métodos que facilitarão o entendimento.O professor precisa ter consciência de seu papel no contexto educacional para que possa ser um agente transformador da sociedade, um bravo lutador pela valorização do seu trabalho e defensor do ensino superior para todos, como garantia de um País melhor e mais desenvolvido no seu aspecto social, cultural, econômico e político. Dentre os muitos aspectos do processo ensino-aprendizagem podemos destacar a pesquisa e a troca de informações. Buscar novos métodos de ensino, de pesquisa, olhar com outros olhos os artigos dos jornais, das revistas. 12 Relacionando a situação ensino-aprendizagem ao contexto dos Programas Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes, procuramos considerar o aluno como centro desse processo o “autor” da própria aprendizagem e o professor como facilitador e orientador. Muito mais do que o conhecimento científico relatado em uma matéria,compreende uma multiplicidade de sentidos, vários podem ser os aspectos encontrados em uma revista. Ao saber desvendar a linguagem, o alunado reflete, e passa a ser responsável pela construção da própria cidadania. Motivação Os programas Jovens Correspondentes e Bancas de Conhecimento, desenvolvidos pela Assessoria de Comunicação da Faetec, destacam a importância significativa de publicações como motivadores da área educacional. Realizam-se estudos sobre Educação e Motivação através da auto-estima relacionando-as às atitudes necessárias que os alunos, devem receber para compreensão desta importante tarefa, educar. A motivação faz com que os alunos acreditem e invistam mais em seu potencial, pessoal, profissional e espiritual, através do progresso constante de suas capacidades como a inteligência emocional e o cooperacionismo, e realizando um auto-conhecimento, cuja valorização de si e de seu trabalho, estará delineada pelo planejamento de sua vida profissional, decorrendo em um processo de autocrítica e avaliação construtiva. Fundamenta-se em vários autores que buscam passar conceitos e atitudes necessárias à motivação. Procurando-se definir uma moldura teórica que possa direcioná-los, propiciando-lhes uma visão abrangente sobre o atual contexto da Educação no Brasil, e propondo-lhes metas claras, onde a definição de uma missão é fundamental para determinar a estratégia dos futuros educadores. 13 CAPÍTULO II COMUNICAÇÃO NA ESCOLA “Sem uma compreensão da gramática dos meios de comunicação é impossível ter esperança de se atingir uma consciência contemporânea do mundo em que vivemos.” M. McLuhan, 1969 14 Comunicação, define Mattoso Câmara, “é um intercâmbio mental entre os homens por meio da linguagem ou da mímica”. Várias lingüísticas situam a linguagem entre as instituições humanas porque se as instituições humanas são resultantes da vida em sociedade, o mesmo acontece com a linguagem que é essencialmente um instrumento de comunicação. Como qualquer instituição humana, a linguagem difere de comunidade para comunidade, de maneira a só poder funcionar entre os membros de determinado grupo. Também é susceptível de variar, conforme as pressões de necessidades diversas e a influência de outras comunidades. O Processo de Comunicação na sala de aula A comunicação é, por excelência, um processo de transmitir idéias, garantindo assim a sobrevivência dos grupos. Nunca se pensou tanto em comunicação como nos dias atuais e, por esta razão, tornou-se a palavra mágica do século. “Comunicar consiste em tornar alguns elementos de apreciação das coisas, das pessoas, das situações que umas e outras abranjam” (Agostinho MInicucci, in Dinâmica de Grupo na Escola p. 28). O professor, através da Comunicação, poderá tornar informações comuns do grupo de sala de aula (ou da comunidade escolar), influenciar ou afetar com intenção o comportamento do seu grupo. Cada pessoa tem uma maneira peculiar de construir ou interpretar a realidade, o que se manifesta através de determinados sinais, palavras, gestos, atitudes, tom de voz, tiques etc. Estes elementos formam o sistema de referência. Muitas vezes, os alunos só entendem determinados professores depois de alguns meses de aula, necessários à compreensão do seu sistema de referência. O mesmo também acontece com os professores em relação aos alunos. A mensagem possui duas significações: uma denotativa e outra conotativa. • Denotação é o significado neutro de um vocábulo; é a palavra dicionarizada; é comum a todas as pessoas, escolas ou regiões que adotam o mesmo código. • 15 Conotação é “parte do sentido de uma palavra que não corresponde à significação strito sensu, ou seja,ao valor representativo como símbolo de um elemento do mundo biossocial, mas corresponde à capacidade da palavra de funcionar para uma manifestação psíquica ou um apelo” (Mattoso Câmara). A mensagem poderá ser aceita, rejeitada, interpretada de modo errado ou ser distorcida pelo grupo ou pessoa que a recebe. Como explica Bally, não se pode comunicar o que se pensa e o que se sente no íntimo, senão por meio de expressão que os outros possam compreender. Nossos pensamentos nos são próprios mas os símbolos empregados para sua expressão são comuns a todos que falem da mesma maneira que nós, a mesma língua. Como cada pessoa tem o seu sistema de referência, a mensagem ouvida (ou lida) poderá não ser apreendida pelo recebedor ou recebedores da mesma forma como foi concebida pela fonte. Fatores importantes na Comunicação No processo de interação dos grupos, vários fatores se revestem de importância dentro do processo de uma adequada comunicação entre os indivíduos. Agostinho Minicucci, citando principalmente Alfred H. Korzbsky, acentua que a “a clareza de expressão , o emprego correto das palavras, a coerência de linguagem, o evitar armadilhas da lógica , a definição “operativa” dos termos e o evitar a confusão entre o processo de definir e o processo de “comprovar os fatos”, tudo isso resulta importante para facilitar a comunicação. No entanto, o ponto de vista que nós adotamos é que as barreiras mais importantes que entorpecem a comunicação das idéias são os entraves emocionais estabelecidos pelas relações interpessoais e não os erros técnicos no emprego das palavras ou da lógica (In : Dinâmica de Grupo na Escola, p. 33/4). 16 Capítulo III ÉTICA • Ética no Processo Educacional 17 ÉTICA Pela definição do Aurélio: ética ." [Do lat. ethica < gr. ethiké.] S. f. Filos. 1. Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto. [Cf. bem (1) e moral (1).]" e comunicação "Do lat. communicatione.] S. f. 1 - ...Comunicação de massa. Teor. Inf. 1. Comunicação social dirigida a uma ampla faixa de público, anônimo, disperso e heterogêneo, atingindo simultaneamente (ou a breve trecho) uma grande audiência, graças à utilização dos meios de comunicação de massa (q. v.). Comunicação humana. Teor. Inf. 1.Teor. Inf. 1. Processo de comunicação de caráter indireto e mediato, estabelecido no seio da sociedade, por meio de jornal, revista, teatro, rádio, cinema, propaganda,etc...". Ética no Processo Educacional Não basta que as escolas tenham um currículo de formação ética consistente, fundamentado e socializado a fim de conquistar a legitimidade para ensinar e cobrar a adesão dos alunos a certos valores e atitudes. É preciso nortear o seu cotidiano nesses valores, claramente reconhecidos e vivenciados por toda a comunidade. “Nas últimas décadas do século XX, foi criada uma expectativa universal em relação à educação escolar para o século seguinte: reestruturar as escolas de modo a torná-las abertas à diversidade, sintonizadas com os valores democráticos e representantes do espaço privilegiado de formação e exercício da cidadania para todos os seus alunos, sem distinção de natureza alguma. Esse anseio coloca todos os gestores e profissionais de educação frente ao desafio de refletirem acerca dos novos papéis da escola e dos professores sob o paradigma da escola de boa qualidade para todos: escola inclusiva, aquela que deve fundamentar sua ação nos princípios éticos de 18 eqüidade e justiça. A ética a ser contemplada, analisada e exigida nas diferentes instâncias educativas – e de maneira sistemática nas escolas – deve basear-se nos Direitos Humanos e explicitar-se nos deveres decorrentes desses direitos. Um dos direitos constitucionais de todo alunocidadão, direito este referendado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB, Lei nº 9.394, de 20/12/96, art. 59), é o de que os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: · currículos, métodos, técnicas, recursos educacionais e organização específicos para atender às suas necessidades; · professores com especialização adequada, em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para integração desses educandos nas classes comuns.” Quanto mais o professor planejar boas situações baseadas na interação, em que os alunos cooperem entre si, oportunizando àqueles com mais facilidade para aprender que também criem zonas de desenvolvimento proximal com suas intervenções junto aos colegas, mais ele estará ajudando-os a avançar na compreensão e na assimilação dos conteúdos culturais, instrumentos indispensáveis à compreensão da realidade. Esses conteúdos e os objetivos de ensino a eles relacionados precisam ser planejados de maneira mais abrangente, incluindo os relativos ao saber, ao saber fazer e ao saber ser. Esse reconhecimento de todos os tipos de capacidades presentes na escola e de competências a construir possibilita aos professores redimensionarem no seu planejamento a organização dos conteúdos que, além de serem significativos e funcionais para os alunos, precisam articular-se entre si, sem perder a sua continuidade e a lógica interna da disciplina em que estão inseridos. Para desincumbir-se desta tarefa de organizar os conteúdos de forma mais integrada possível, o professor precisa ampliar os seus conhecimentos específicos das disciplinas, das novas teorias da aprendizagem escolar, das pesquisas sobre avaliação formativa, regulação da aprendizagem ,entre outros. A prática inclusiva também exige um planejamento cuidadoso da organização social da classe, com agrupamentos de alunos de maneiras 19 diferenciadas, em função das suas características pessoais, dos objetivos a atingir e da natureza das situações didáticas planejadas. A organização do tempo e do espaço também precisa ser planejada de forma diversificada e flexível, uma vez que tem influência essencial na escolha dos melhores meios de intervenção pedagógica comunicacional para o atendimento à diversidade que, são preferencialmente de natureza socioconstrutivista, por possibilitarem a mobilização do interesse e da ação do aluno pela valorização dos seus conhecimentos prévios, a troca com os pares, que oferece a cada um modelos para confrontos, redimensionamento de hipóteses e apropriação de novas formas de pensar, agir, ser, respeitando o tempo necessário para cada um aproximar-se dos saberes socialmente construídos. Além de todos esses aspectos mencionados, vale destacar que o mais importante no momento de planejar é o professor acreditar que todos os seus alunos podem aprender e que aqueles com necessidades educacionais especiais serão mais capazes de fazê-lo se forem reconhecidos com essa capacidade e se as expectativas dos professores acerca de sua aprendizagem forem as mais positivas possíveis. 20 CAPÍTULO IV BANCAS DE CONHECIMENTO E JOVENS CORRESPONDENTES • Como funcionam as bancas? • Quem pode utilizar as bancas? • Correspondentes – como funciona o fluxo de informações? • Estratégias de Ação • Dinâmica de trabalho dos Correspondentes • Voltando um pouco no tempo... • Profissionalização das Assessorias de Imprensa 21 Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes O Projeto Bancas de Conhecimento vem ampliar os canais de acesso aos meios de comunicação impressos disponíveis aos discentes na Rede Faetec, com o objetivo de estimular o hábito da leitura, como também o de manter os jovens de nossas unidades bem informados. Para tanto, foram instaladas 14 bancas nas Escolas Técnicas da Rede Faetec que funcionam como bibliotecas através de empréstimos. Desenvolver habilidades e tendências comunicacionais dos participantes; exercitar a comunicação escrita; aperfeiçoando a objetividade e clareza de exposição do pensamento; favorecer a comunicação em grupo, respeitando diferenças, níveis de conhecimento e ritmos de aprendizagem de cada integrante da equipe; promover relações de ensino aprendizagem sobre a vida em comunidade, enquanto espaço de convivência e exercício da cidadania e oferecer condições para que os participantes a partir do conhecimento dos mecanismos de produção da notícia, despertem nos estudantes a reflexão e o senso crítico em relação às informações veiculadas nos diferentes meios de comunicação. Esses foram os itens apresentados na primeira reunião com os coordenadores pedagógicos, realizada em fevereiro, como objetivos fundamentais dos Programas Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes em 2004. Como funcionam as Bancas? Instaladas nos pátios das escolas técnicas da rede Faetec, as Bancas de Conhecimento disponibilizam jornais diários e revistas, entre informativas semanais e técnicas, para alunos, funcionários e professores. Elas são gerenciadas pelos Correspondentes Faetec, com um sistema de empréstimo semelhante ao de uma biblioteca. Visando o perfeito funcionamento do programa, algumas regras foram utilizadas durante o decorrer do ano: Horário: o aluno correspondente deve abrir as bancas antes do início do horário de aula, no intervalo e depois da aula, no turno em que estuda. Cabe à direção da escola analisar o funcionamento das bancas fora desse horário, a cargo de um funcionário da biblioteca. No entanto, apenas o correspondente está apto a realizar empréstimos. 22 Quem pode utilizar as Bancas? Estão aptos a consultar e retirar em sistema de empréstimo títulos das Bancas de Conhecimento os alunos devidamente matriculados, funcionários e professores das unidades onde a mesma esteja instalada. Para verificar se o leitor é da unidade, basta checar a lista fornecida pela secretaria da escola, em ordem alfabética, dividida por turma, no caso de alunos, e por matrícula, no caso de funcionários e professores. Caso o leitor não esteja na lista, o correspondente deve acionar a direção e incluí-lo, se realmente pertencer à unidade. Quando o leitor for consultar o jornal na banca ou próximo a ela, deverá deixar a carteirinha (aluno) ou a carteira funcional (professor e funcionário) com o correspondente responsável. O documento será entregue ao proprietário no momento da devolução do título, que deverá estar no mesmo estado de conservação e organização da mesma forma que lhe foi emprestado. Para levar o periódico emprestado, o leitor deverá preencher a ficha correspondente, tendo prazo de até três dias para a devolução no caso de revistas. Os jornais só poderão ser emprestados no dia seguinte ao de sua publicação. Quem devolver o título em atraso – por qualquer justificativa – estará automaticamente suspenso por 30 dias. Caso atrase uma segunda vez, a suspensão será de 60 dias. Todas as revistas disponibilizadas nas bancas são entregues com, no mínimo, dois exemplares de cada, para que fique uma na banca e outra possa ser emprestada. Há revistas com dez exemplares. Nesse caso, quatro ficam na banca e seis podem ser emprestadas. O importante é que a banca nunca fique desfalcada. 23 Correspondentes – como funciona o fluxo de informações? Como cada unidade tem o seu correspondente identificando notícias, ele deve preencher o formulário específico e enviá-lo à Assessoria de Comunicação, via e-mail, fax ou mala –direta. No dia-a-dia, do setor, esse material pode servir de pauta para os veículos de comunicação da instituição (house-organs, balanços, relatórios e etc). Vale lembrar que todas as informações são checadas com a diretoria, antes de ser veiculada. Desde 2003, 21 unidades da rede Faetec passaram a contar com alunos correspondentes, porém somente 14 unidades têm as Bancas de Conhecimento. Possuímos no momento 47 alunos bolsistas, que além de agilizar o fluxo de informações da rede, durante oito meses são integrados aos meios de comunicação, em geral ocupados por adultos. Jovens Correspondentes O que faz um correspondente? Cada unidade da Faetec participante do Programa,terá o seu Correspondente, função exercida por um aluno, que ganha uma bolsaauxílio.O correspondente deve estar sempre atento aos acontecimentos, identificando notícias em sua unidade e enviando à Assessoria de Comunicação. Esse material será avaliado, podendo servir de pauta para os veículos de comunicação da própria instituição, incluindo jornais e site, ou para mídias externas. 24 Estratégias de Ação 1. Escolha da equipe Identificar na Rede Faetec, alunos que sejam dinâmicos, responsáveis, comunicativos e interessados no dia-a-dia da escola, de preferência que já participem de grêmio estudantil ou outro projeto dentro da comunidade, que tenham o perfil para ser um “Jovem Correspondente” e responsável pelas Bancas de Conhecimento, implantadas em 14 unidades da rede. O Critério de seleção para a escolha do Correspondente 2005 ,será diferente dos outros anos, teremos uma redação, com o tema, “Por que quero ser um Correspondente?” . As avaliações serão feitas por uma equipe da Diretoria de Desenvolvimento da Educação e pela Assessoria de Comunicação. 2. Etapas de implantação • Envio de carta aos diretores apresentando o projeto, solicitando a divulgação dos novos critérios de seleção dos correspondentes; • Definição da equipe examinadora das redações; • Agendamento do local para o workshop/reserva de equipamento (som/ projeção,etc); • Definição dos resultados da seleção; • Divulgação dos resultados dos Correspondentes selecionados, • Inscrição dos correspondentes selecionados, • Elaboração de material de suporte: - Formulários, - transparências, -folders explicativos, -Ficha de controle dos correspondentes; -divulgação do novo e-mail dos Correspondentes. 25 Dinâmica de Trabalho dos Correspondentes Descubra a notícia A notícia é um resumo de um acontecimento, uma novidade, um fato de interesse geral. Toda notícia deve conter algumas informações básicas: Fato: O que ocorreu? Agente: Quem? Local:Onde? LEAD Data:Quando? Descrição: Como? Benefício:Por quê? Exemplo: Abertura de vagas para um curso técnico. O CETEP Marechal Hermes abriu 20 novas vagas para o curso de Mecânica de Autos. As inscrições podem ser feitas no dia 02 de fevereiro, a partir das 9h, no Centro de Informações , localizado no próprio CETEP, Rua Xavier Curado, s/ nº , em Marechal Hermes, no Rio de Janeiro. Os interessados devem levar carteira de identidade e certidão de conclusão do Ensino Fundamental. O curso é gratuito. O que ocorreu? Foram abertas 20 vagas para o curso de Mecânica de Auto. Quem? O CETEP Marechal Hermes Onde? Rua Xavier Curado, s/ nº, em Marechal Hermes Quando? Dia 02 de fevereiro, a partir das 9h Como? Levar documentos necessários Por quê? O curso profissionalizante é gratuito 26 Transforme o fato em benefício Qualquer fato pode ser de interesse geral,desde que bem trabalhado. O correspondente deve sempre indicar qual o ponto a ser destacado na reportagem. Explorar os pontos fortes dos acontecimentos. Pensar: Qual a impressão que você gostaria que as pessoas tivessem ao ler essa notícia? Torne-a interessante. Descubra qual a parte mais incomum ,empolgante ou dramática e dê a sua informação. Exemplos de notícias “quentes”: • Invento inédito criado por um aluno para a feira de ciências; • a conquista de um título esportivo; • novo projeto desenvolvido por professor da escola que tenha feito grande sucesso entre os alunos; • implantação do grêmio estudantil ou banda musical; • eventos como feiras culturais e científicas, festas folclóricas, apresentação de peças teatrais concebidas por alunos... Enriqueça a informação Buscar novos dados (número de alunos atendidos por um programa, de refeições servidas na escola ou índice de aprovação na unidade, por exemplo) e ouvir as pessoas responsáveis pelo programa ilustra a notícia, valoriza o profissional e cria maior identificação e proximidade com o leitor. 27 Unidades onde foram implantados os Programas, em sua primeira fase, 2003: Escolas Técnicas Estaduais: 1. E.T.E. Agrícola Antônio Sarlo (CETEP Campos) 2. E.T.E. Henrique Lage ( CETEP Barreto) 3. E.T.E. João Barcelos Martins (Campos) 4. E.T.E. Oscar Tenório (CETEP Marechal Hermes) 5. E.T.E. Visconde de Mauá (CETEP Marechal Hermes) 6. E.T.E. República (CETEP Quintino) 7. E.T.E. Santa Cruz (CETEP Santa Cruz) 8. E.T.E Adolpho Bloch 9. E.T.E. Ferreira Viana 10. E.T.E. João Luiz do Nascimento (Nova Iguaçu) 11. E.T.E. Juscelino Kubitschek 12. E.T.E. Engenheiro Silva Freire Centros de Educação Tecnológica e Profissionalizante 1. CETEP Mangueira 2. CETEP Barra do Piraí 3. CETEP Paracambi 4. CETEP Petrópolis 5. CETEP Barreto 6. CETEP Santo Antônio de Pádua 7. CETEP Três Rios ISERJ – Instituto Superior de Educação do Estado do Rio de Janeiro 28 Voltando um pouco no tempo.... Tudo começou quando o homem primitivo decidiu usar as paredes da caverna onde morava para registrar cenas do dia-a-dia da tribo. Os desenhos eram feitos com ossos de animais ou galhos secos usados como estilete. Com a idéia surgiu também o primeiro repórter que se tem notícia. Por volta de 2000 a.c. , os egípcios e os mais criaram signos, cada um representando um pensamento ou expressão diferente. Mais tarde, surgiu na Mesopotâmia o sistema silábico, com signos substituindo sílabas. Os textos eram gravados em tábuas de argila mole, colocadas para secar ao sol ou em fornos. Finalmente em 1000 a.c. , os gregos aperfeiçoaram a idéia e lançaram o alfabeto moderno com consoantes e vogais. A escrita fez tanto sucesso que na Idade Média os monges passavam o dia copiando e recopiando livros, um por um, à mão. Como os pedidos eram maiores do que a demanda e a paciência dos padres já estava acabando, surgiu a xilogravura. Nesse tipo de impressão, eram usadas como matriz pranchas de madeira com letras em relevo. Mas foi em 1450 que Guttenberg revolucionou o mercado editorial ao inventar os tipos metálicos. Com eles era possível produzir impressos mais baratos, em muito menos tempo. No século XVIII, a Revolução Industrial proporcionou máquinas mais rápidas, movidas a carvão e a eletricidade, levando a impressão à produção em massa. Com o boom da informática a partir da década de 80, uma infinidade de recursos gráficos ficaram ao alcance do mouse. Os fotolitos eletrônicos, scanners e cia. Representaram um novo passo na história da produção de impressos. Ler é acessar esse banco de informações das mais diversas áreas do conhecimento humano na forma de livros, revistas e jornais. 29 Como ocorreu a profissionalização das Assessorias de Imprensa? No período do regime de ditadura, de 1964 e 1985, existiu uma clara necessidade política dos militares de filtrar as informações que chegavam à população. Altamente concentrador, o poder central repassava somente o que era de interesse oficial. Os veículos de comunicação precisaram lançar mão de "fontes" dentro do sistema público para obter informações diferentes das oficiais e unilaterais. Diante da censura, as assessorias de imprensa produziam press releases com o noticiário formal. Eram niveladas por baixo na hierarquia do poder, e os assessores de imprensa não faziam parte da elaboração do contexto a ser noticiado. Existia um claro desinteresse pela opinião pública. A ordem era informar apenas o inevitável. A democratização do país permitiu a profissionalização das assessorias de imprensa. No entanto, em muitos órgãos do serviço público ainda permanece a cultura do modelo concentrador e de distribuição de informações meramente oficiais em detrimento do interesse público. Com a expansão dos veículos de comunicação e maior demanda por informações, as assessorias de imprensa foram obrigadas a passar por transformações. Surgem as assessorias de comunicação social. Os jornais evoluíram e foram divididos em editorias especializadas. Isso gerou uma demanda de informações atropelando o formato oficial. As emissoras de televisões, com a segmentação da programação, surgimento de canais especializados a cabo e por assinatura, e as transmissões através de satélite, também influenciaram nas mudanças ocorridas nas assessorias. Nos últimos anos, a internet produziu uma verdadeira revolução nos meios de comunicação e,via de regra, nas assessorias de imprensa, hoje, verdadeiras redações. As informações perderam o foro privilegiado do serviço público, do mercado e da sociedade. Há uma profunda diversificação social, econômica e política que demandam informações entre si e que abastecem o todo social. Nesse curto espaço de tempo, as relações 30 com a mídia passaram por uma revolução política, tecnológica e se transformam em relações estratégicas. No contexto atual, a informação precisa atender tanto a interesses específicos quanto gerais da sociedade. A democratização do país possibilitou a evolução da consciência de liberdade política, inclusive com a derrubada de um presidente da República, o avanço do mercado, e ampliação das faixas de produtos e de serviços privados e públicos, a privatização dos serviços públicos como telefonia, energia elétrica, transportes, siderurgia, e das tecnologias que produziram os avanços da comunicação. A partir dessa nova realidade, as relações institucionais entre o Estado, o mercado, a sociedade geral e segmentos sociais, sofreram mudanças e exigiram uma relação de informações mais adequada. Isso implicou também na adequação das assessorias de comunicação social, com as informações/ notícias sendo distribuídas no tempo certo, de forma correta, na linguagem utilizada pelos veículos de comunicação, e usando a mídia certa para alcançar os resultados previstos. O profissional dessa área não pode mais ser apenas um bom jornalista recrutado nas redações ou nas universidades. Precisa ter experiência em redações, conhecer o dia-a-dia dos jornais, revistas e emissoras de televisão, acrescida de cursos de especializações. 31 CAPÍTULO V CIDADANIA 32 Grandes transformações ocorreram no ciclo histórico da humanidade desde a experiência filosófica e democrática vivida pelos gregos antigos, quando instauraram a razão, desmitificando preconceitos e mitos, e quando derrotaram tiranias, instando o cidadão no poder, há dois mil e quinhentos anos atrás. O mundo conheceu o poder monárquico fundado em heranças divinas, que usurparam o poder do cidadão; surgiram novas descobertas filosóficas, científicas e invasões territoriais em nome da civilização, transportando modos distintos e diferenciados de viver; veio a derrocada das monarquias e impérios, fato que conclamou os indivíduos à uma nova postura ante os assuntos políticos. Emergiu, ainda, uma era de revoluções e guerras, e outros tantos conflitos nacionais e internacionais que encandeceram consciências dos povos. E, hoje, com o advento de novas técnicas, tecnologias e processos mais agressivos de globalização, as mudanças ocorrem de forma muito mais complexa, acelerada e de modo escamoteado e camuflado que exige uma atitude crítica apurada. Portanto, falar sobre ética e cidadania é ter em mente todo esse elenco de fatos e acontecimentos. No entanto,os eventos e fenômenos humanos estão sujeitos às interpretações as mais distintas e diferenciadas quanto às visões sócio-econômica-política e cultural. Inclusive, o próprio ser humano, dada a sua complexidade, continua um ilustre desconhecido. Ninguém nasce cidadão, mas torna-se cidadão pela educação. Porque a educação atualiza a inclinação potencial e natural dos homens à vida comunitária ou social. Cidadania é, nesse sentido um processo. Processo que começou nos primórdios da humanidade e que se efetiva através do conhecimento e conquista dos direitos humanos, não como algo pronto, acabado: mas, como aquilo que se constrói. 33 Assim como a ética a cidadania é hoje questão fundamental, quer na Educação, quer na família e entidades, para o aperfeiçoamento de um modo de vida. Não basta o desenvolvimento tecnológico,científico pra que a vida fique melhor. É preciso uma boa e razoável convivência na comunidade escolar, política, para que os gestos e ações de cidadania possam estabelecer um viver harmônico, mais justo e menos sofredor. 34 CONCLUSÃO Se, como vimos, todos crescem, tornam-se cidadãos mais conscientes, mais solidários, compete a nós, educadores, e profissionais da área de comunicação investir sempre, e cada vez mais, na construção de escolas realmente inclusivas e, assim, podermos aspirar a uma sociedade que, ao respeitar as diferenças, garante os direitos básicos de todo cidadão e, conseqüentemente, a melhoria da qualidade de vida individual e coletiva. Cabe salientar a necessidade de o professor conhecer mais detalhadamente características referentes às necessidades comunicacionais para melhor favorecer a participação integral desses alunos em um ambiente rico de oportunidades educacionais e o seu nível de aproveitamento das mesmas. A escola que respeita a diversidade, que está a serviço das aprendizagens do aluno, precisa ser formativa por excelência, ou seja, precisa favorecer o desenvolvimento do processo de aprendizagem, regulando as ações do professor e do aluno. Precisa ser feita com o propósito de dar informações úteis ao aluno para ajudá-lo a rever e a melhorar o seu desempenho na construção de competências, habilidades e saberes; e ao professor sobre a qualidade do processo de ensino. Acreditando que não podemos tratar igualmente a todos devemos sim utilizar instrumentos e critérios adaptados, quando necessário, para que o aluno possa ser avaliado naquilo que pode ter condições de aprender e no momento, e no modo em que já possa expressar. Portanto,unir procedimentos éticos à competência técnica nos atos de comunicar e educar é indispensável ao professor, consciente do seu papel de promotor de uma auto-imagem mais positiva, indispensável para o exercício de uma cidadania. A comunicação é, sem dúvida, o maior responsável por ampliar ou minimizar a diferença entre o aluno e a escola e, por isso, todos os 35 investimentos do sistema educativo deveriam priorizar o resgate da valorização social da educação, assumindo a formação continuada do mesmo como necessidade imperiosa ao desenvolvimento de novas e emergentes competências para o trabalho com a diversidade, adequando a sua prática às renovações em andamento no sistema educacional. Finalizo parabenizando a Faetec que, com uma atitude, flexível, dinâmica e, acima de tudo, com muita sensibilidade, vem construindo o seu trabalho cotidiano de modo confiante, competente e transformador, contribuindo decisivamente para a superação dos mecanismos excludentes ainda tão presentes na nossa sociedade, com investimentos significativos, a fim de melhorarem as respostas educativas das escolas para todos os alunos, identificando e removendo barreiras para aprendizagem e da comunicação. 36 BIBLIOGRAFIA A Faetec e a Educação no Brasil: Reflexão e Transformação, 2001 BRASIL. Ministério da Ação Social. Coordenadoria Nacional Para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Declaração de Salamanca e linha de ação: sobre necessidades educativas especiais. Brasília: MAS/CORDE, 1994. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental e Secretaria de Educação Especial. Parâmetros Curriculares Nacionais – Adaptações Curriculares. Brasília: MEC, 1999. COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 1995. ELENA, Maria e Maria Otília : Para Escrever Bem – Editora Manole, 2002 FERREIRA, Ítala: Ação Didática – Elementos básicos – Editora Rio, 1978 PILETTI, Claudino : Didática Geral – Editora Ática, 1987 RAUCHES, C.C. (Org.). LDB anotada e legislação complementar. Marília, SP: CM Consultoria de Administração, 2000. PERRENOUD, P. Pedagogia Diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: Artmed, 2000. SASSAKI, R.K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997. ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. 37 _____________________________________________________________ www.abcdigital.org.br www.ufmg.br/pj ANEXOS 38 39 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO p. 01 AGRADECIMENTOS p. 03 DEDICATÓRIA p. 04 RESUMO p. 05 METODOLOGIA p. 06 SUMÁRIO p. 07 INTRODUÇÃO p. 08 CAPÍTULO I – Pedagogia e Comunicação p. 10 • A situação ensino-aprendizagem p.11 • Motivação p. 12 • CAPÍTULO II – Comunicação na Escola p. 13 • O processo de comunicação na sala de aula p. 14 • Fatores importantes na Comunicação p. 15 CAPÍTULO III – Ética p. 16 • Ética p. 17 • Ética no processo educacional p. 17 CAPÍTULO IV - Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes p. 20 • Como funcionam as Bancas? p. 21 • Quem pode utilizar as Bancas? p. 22 • Correspondentes – como funciona o fluxo de informações? p. 23 • O que faz um Correspondente? p. 24 • Estratégias de Ação p. 25 • Dinâmica de trabalho dos Correspondentes p. 26 • Voltando um pouco no tempo... p. 28 • Profissionalização das Assessorias de Imprensa p. 29 CAPÍTULO V – CIDADANIA p. 31 CONCLUSÃO p. 34 40 BIBLIOGRAFIA p. 36 ANEXOS p. 37 ÍNDICE p. 39 FOLHA DE AVALIAÇÃO p. 40 FOLHA DE AVALIAÇÃO UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE “Bancas de Conhecimento e Jovens Correspondentes como canais de comunicação, fomentando a cultura e promovendo a cidadania.” Autora: Mariléa Athayde Dutra Bechara Orientador: Prof. Celso Sanchez Assinatura do avaliador Nota da monografia 41 ,