Lilian Grasiela Amanhã tem início na Faculdade de Agudos (FAAG) a festa junina da instituição. A abertura está programada para as 19h, com show pirotécnico, concurso regional de quadrilhas, bingo, sorteio de brindes e apresentação do grupo de forró universitário Manos Country. Bauru, quinta-feira, 12 de maio de 2011 - Página 17 Por ciúmes, mulher tortura amiga Neci Julião de Souza amarrou os punhos da vítima e a torturou por mais de duas horas por desconfiar de traição Fotos: Quioshi Goto Lilian Grasiela Agudos – Uma mulher de 39 anos viveu momentos de horror dentro da residência de uma amiga. Desconfiada de que ela estivesse mantendo um relacionamento amoroso com seu ex-marido, de quem está separada há três meses, Neci Julião de Souza Nunes, 53 anos, moradora de Agudos (13 quilômetros de Bauru), amarrou seus punhos e a torturou por mais de duas horas. Além das pontas de cinco dedos, unhas e cabelos cortados, a vítima foi ameaçada de morte. Segundo o delegado Jader Biazon, as duas mulheres eram amigas há aproximadamente dois anos. Na segunda-feira, por volta das 18h, a vítima (o nome não será divulgado para evitar constrangimento), foi até a casa da amiga, localizada na rua das Magnólias, bairro Santa Angelina, levar um pão caseiro e mostruário de cosméticos. Além de Neci, também estava no imóvel o neto dela de apenas quatro anos. Sob o pretexto de brincar com a criança de “bandido e mocinho”, a dona da casa amarrou um dos punhos da amiga com uma pequena corda. Antes que ela pudesse questionar algo, a acusada partiu para cima dela, amarrou seu outro punho e passou a ofendê-la dizendo que ela estava saindo com seu exmarido. Em seguida, ela levantou as almofadas de um sofá exibindo uma faca, uma tesoura, uma cinta e um aparelho de barbear e disse que iria torturá-la com os objetos. Mesmo diante da negativa da amiga em relação a um suposto relacionamento dela com seu ex-marido, o delegado revela que a acusada raspou a sobrancelha da vítima com a gilete e cortou suas unhas, parte do cabelo e pontas de cinco dedos com a tesoura. Simulando tratar-se de uma brincadeira, o neto ficou o tempo todo com a arma apontada em direção à vítima. “Ela ameaçava a mulher dizendo que iria arrancar seu coração e dar para o neto furar com a faca”, diz. De acordo com Biazon, além de ameaçar a amiga de morte, Neci chegou a dizer que mataria a filha dela. “Além disso, a autora ligou para a filha dela e pediu para que ela levasse uma máquina fotográfica para gravar e Mulher teve o cabelo cortado durante sessão de tortura divulgar a tortura pela Internet”, declara. Segundo ele, a jovem chegou a ir até a residência da mãe, mas não conseguiu impedi-la de continuar agredindo a amiga. A tortura física e psicológica durou cerca de duas. Durante esse período, a vítima recebeu duas ligações da filha no seu celular mas, por estar com as mãos amarradas, não conseguiu atender. Na tentativa de desligar o aparelho, a agressora confundiu-se com as teclas e a filha acabou ouvindo os gritos da mãe e comunicando o pai de que alguma coisa estranha estava acontecendo. O marido da vítima foi até a casa de Neci e libertou a mulher, socorrendo-a no Pronto-Socorro (PS). Após o crime, Neci fugiu e, até ontem, era considerada foragida. “Esperamos, nas próximas horas, locali- Corda usada para amarrar a vítima foi apreendida zá-la para que ela esclareça os fatos”, diz. A Justiça concedeu sua prisão temporária por cinco dias pelo crime de cárcere privado, cuja pena varia de 1 a 3 anos de reclusão. O delegado afirma que a mulher vai responder ainda por tortura, com pena que varia de 2 a 8 anos de prisão em caso de condenação. Emocionalmente e psicologicamente abalada, a vítima prestou depoimento on- tem na delegacia. Todos os objetos usados para torturála, além de um tecido com marcas de sangue que teria sido usado para proteger o chão foram apreendidos e serão enviados para perícia. Revoltados com as agressões, parentes e conhecidos da mulher teriam atacado a residência da acusada e quebrado vidros de portas e janelas. O dano ao imóvel também será investigado pela Polícia Civil.