Previsões económicas mais recentes para Portugal
Banco de Portugal
25-03-2015
2014
2015
CE
(05-02-2015)
2016
2014
2015
FMI
(05-11-2015)
2016
2013
2014
Governo
(15-10-2014)
2015
2013
2014
2015
PIB
0,9
1,7
1,9
1,0
1,6
1,7
-1,4
0,8
1,2
-1,4
1,0
1,5
Consumo privado
2,1
2,4
1,7
2,1
1,8
1,5
-1,4
1,6
1,6
-1,4
1,8
2,0
Consumo público
-0,7
-0,5
0,2
-0,4
-0,3
0,2
-1,9
-0,6
-0,5
-1,9
-0,6
-0,5
FBCF
2,3
4,0
4,4
2,4
2,9
3,1
-6,3
1,4
1,8
-6,3
1,5
2,0
Exportações
3,4
4,3
5,8
3,8
5,0
5,4
6,4
3,5
4,5
6,4
3,7
4,7
Importações
6,2
3,9
5,5
5,9
4,9
4,8
3,6
4,5
4,4
3,6
4,7
4,4
-0,8
0,1
0,3
1,0
-0,4
0,0
1,0
-0,3
0,2
1,8
1,6
1,4
-2,4
1,3
1,1
-2,4
1,4
1,3
Contribuições para a variação do PIB (p,p,)
Exportações Líquidas
Procura Interna
Inflação (IHPC; IPC no caso do Governo)
-0,2
0,2
1,1
Taxa desemprego (% pop, ativa)
Emprego
-0,2
0,1
1,1
0,4
0,0
0,4
0,3
0,0
0,7
14,2
13,4
12,6
16,2
14,2
13,5
16,2
14,2
13,4
1,8
0,7
0,7
-2,8
2,3
0,8
-2,9
1,4
1,0
1,6
-0,4
0,5
1,3
1,5
1,5
Produtividade do trabalho (tva PIB - tva emprego)
1,3
2,0
2,2
Balança corrente (% do PIB)
-0,2
0,4
0,6
0,7
0,6
0,4
-0,3
0,3
0,3
Saldo orçamental (% PIB)
-4,6
-3,2
-2,8
-4,9
-5,0
-3,4
-4,9
-4,8
-2,7
128,9
124,5
123,5
128,0
127,8
125,7
128,0
127,2
123,7
Balança corrente e de capital (% do PIB)
Dívida pública bruta (% PIB)
Taxas de variação anuais (tva), salvo outra indicação,
2,1
3,3
3,3
Fontes (por ordem de aparecimento na tabela):
- Banco de Portugal ( 25-03-2015, Projeções para a economia portuguesa: 2015-2017)
http://www,bportugal,pt/pt-PT/EstudosEconomicos/Projecoeseconomicas/Publicacoes/projecoes_pt,pdf
- Comissão Europeia (05-02-2015), European Economic Forecast, Winter 2015, p, 105,
http://ec,europa,eu/economy_finance/publications/european_economy/2015/pdf/ee1_en,pdf
FMI (05-11-2014), Concluding Statement of the First Post-Program Monitoring Discussion,
http://www,imf,org/external/np/ms/2014/110514,htm
Governo (15-10-2014), Orçamento do Estado para 2015, Relatório, p, 22 e 49,
http://www,dgo,pt/politicaorcamental/Paginas/OEpagina,aspx?Ano=2015&TipoOE=Proposta%20de%20Or%c3%a7amento%20do%20Estado&TipoDocumentos=Lei%20/%20Mapas%20Lei%20/%20Relat%c3%b3
rio
CIP/ DAE 30 de março de 2015
As projeções do Banco de Portugal para a economia portuguesa em 2015 e 2016 foram revistas em alta,
tendo em conta a adoção de novas “hipóteses técnicas de enquadramento”, nomeadamente no que
respeita à recuperação da procura externa dirigida à economia portuguesa e à depreciação mais acentuada
do euro (com impactos sobre as exportações), bem como relativamente ao preço do petróleo (cuja revisão
em baixa se reflete num maior dinamismo esperado para a procura interna).
Neste contexto mais favorável, o Banco de Portugal projeta uma aceleração do crescimento do PIB para
1.7% em 2015 e 1.9% em 2016, após ter registado uma taxa de 0.9% em 2014. As anteriores projeções
(divulgadas em dezembro) apontavam para uma taxa de crescimento do PIB de 1.5% em 2015 e de 1.6%
em 2016.
Esta evolução baseia-se, por um lado, num elevado dinamismo das exportações (cujo crescimento deverá
passar de 3.4% em 2014 para 4.3% e 5.8% em 2015 e 2016, respetivamente), e, por outro lado, na
recuperação da procura interna. As importações terão um crescimento mais moderado do que em 2014,
prevendo-se, contudo, um “aumento da penetração de importações, em linha com a sua evolução
histórica”.
Em 2015, as exportações deverão aumentar ligeiramente abaixo da procura externa dirigida à economia
portuguesa, beneficiando da forte depreciação do euro, mas acusando as “implicações negativas” do
“efeito da queda do petróleo na atividade em Angola”. Para 2016, o Banco de Portugal espera uma nova
aceleração das exportações, projetando já “um ligeiro aumento da quota de mercado”.
O consumo privado deverá aumentar “aproximadamente em linha com a evolução do rendimento
disponível real”. Projeta-se um crescimento de 2.4% em 2015 e de 1.7% em 2016. O consumo de bens não
duradouros deverá acelerar em 2015, mas antecipa-se a moderação do consumo de bens duradouros em
2015 e 2016, após o elevado crescimento registado em 2014, na sequência de compras adiadas durante o
período de recessão.
O investimento empresarial deverá “aumentar de forma robusta”, prevendo-se também que o
investimento residencial comece já a recuperar a partir de 2015. Assim, a formação bruta de capital fixo
deverá acelerar para 4.0% em 2015 e para 4.4% em 2016, mantendo contudo um peso no PIB “abaixo do
observado nas últimas décadas, em particular no que se refere ao investimento público e ao investimento
residencial”.
Esta evolução da economia portuguesa possibilitará uma “aceleração moderada do emprego e uma
diminuição progressiva da taxa de desemprego” e é compatível, segundo o Banco de Portugal, com a
manutenção de um excedente externo historicamente elevado.
CIP/ DAE 30 de março de 2015
A inflação deverá regressar a valores positivos, embora permanecendo em níveis reduzidos (0.2% em 2015
e 1.1% em 2016).
Em 2017, a economia deverá continuar a recuperar, sob o mesmo padrão de crescimento previsto para os
próximos anos, projetando-se um aumento do PIB de 2.0%.
Os riscos inerentes a este cenário para a atividade económica e para a inflação são considerados
equilibrados.
O Banco de Portugal não apresenta previsões relativamente ao défice orçamental, mas refere que “o maior
crescimento nominal do PIB e a redução da taxa de juro implícita na dívida, em conjugação com o
excedente primário que se verifica desde 2013, contribuirão para uma redução da dívida pública a partir de
2015”.
CIP/ DAE 30 de março de 2015
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