ESPECIAL EDUCAÇÃO
POR Márcia Luz > Fotos DIVULGAÇÃO
Cidadãos
do mundo
Além de aprenderem inglês desde
a infância, alunos de escolas
bilíngues fazem imersão em outras
culturas e se preparam para o
mercado globalizado
Educar uma criança é uma missão das
mais delicadas e que exige um grau
considerável de responsabilidade e
comprometimento com o futuro. Como
ela não pode decidir por si só, cabe
aos pais ou responsáveis escolher o
que pode representar um ganho para
toda a vida. Isso está diretamente
ligado à questão da formação escolar e
acadêmica e, certamente, influenciará
o desenvolvimento da pessoa. De
olho nas transformações do mundo
moderno e globalizado, muitos pais em
Salvador optam por oferecer aos filhos
a chance de estudar em uma escola
bilíngue. Já existem algumas muito bem
conceituadas na cidade e é cada vez
maior a procura por uma vaga. Mas qual
é, de fato, o benefício de colocar seu
filho em uma escola em tempo integral,
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que forma a criança em dois idiomas –
português e inglês – ao mesmo tempo?
Aprender a pensar e falar nas duas
línguas com fluência já seria um
ganho enorme para se destacar na
vida, mas o método de escolas como
PanAmericana, Maple Bear e Villa
representa algo a mais. Quando uma
pessoa estuda um idioma, ela aprende
também sobre cultura, diferenças e
riquezas de outras nações, tornase mais atenta aos movimentos do
mundo. Além disso, sai do colégio
preparada para enfrentar um lugar ao
sol no universo das oportunidades de
atuação profissional. Geralmente, as
turmas são pequenas, o que possibilita
aos professores dispensarem maior
atenção ao desenvolvimento real de
cada aluno. Ao
final da formação
regulamentar, o
estudante recebe
dois diplomas: um
reconhecido pelo MEC
aqui no Brasil e outro americano,
que o credenciará a ingressar em
universidades estrangeiras.
Todas essas
possibilidades
chamam a atenção
dos pais,
que têm a
segurança
de estarem
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colaborando para o crescimento,
não só escolar, mas social, de suas
crianças. O superintendente da Escola
PanAmericana da Bahia, William F.
Johnston, ressalta que as metodologias
de ensino buscam desenvolver não só
as capacidades cognitivas, mas também
a independência pessoal e acadêmica,
como a autossuficiência. “Os alunos
aprendem a investigar e questionar e,
fazendo isso, aprendem mais e mais
como abordar efetivamente novas
situações e resolver problemas dentro
de um ambiente de respeito mútuo”.
Já a coordenadora do Programa
Brasileiro da escola, Bianca Begrow,
destaca que há um minucioso trabalho
de alinhamento curricular, realizado
entre professores e coordenadores,
com o objetivo de atender às normas e
exigências, tanto do MEC quanto dos
Estados Unidos. “Essa é uma das razões
pelas quais os alunos têm período
integral na escola: para dar conta dessa
grade curricular que se complementa”.
É válido também salientar que apesar
de todos se referirem às escolas como
“bilíngues”, essas instituições são mais
do que isso. A PanAmericana, por
exemplo, é uma escola internacional,
com reconhecimento fora do Brasil.
Isso significa que os alunos que estão
lá fazem uma verdadeira imersão na
cultura, e não só aprendem a falar
inglês. De acordo com Johnston, o
domínio de outros idiomas significa
aprender sobre outras culturas e
vivenciar o mundo sob uma perspectiva
mais holística e globalizada. O aluno
que adquire essa experiência também
desenvolve outras habilidades que
ajudam na criação de novas opções de
estudo e trabalho no futuro.
É bom saber que para cada nível
escolar, existem critérios para admissão,
sobretudo, em relação à proficiência
na língua inglesa. “Para os alunos que
são admitidos, a escola oferece todo
o apoio necessário para garantir que
tenham sucesso no programa nas duas
línguas”, afirma Paula Oliveira Terres,
coordenadora de Admissões e Relações
Públicas. Já na Educação Infantil,
segundo a coordenadora Conchita
Kennedy, os alunos não precisam ter
conhecimento prévio de Língua Inglesa
para ingressar no programa. Contudo,
uma entrevista é realizada com as
famílias para conhecer o perfil de cada
um. À primeira vista, falar em escola
em tempo integral pode parecer um
tanto pesado, mas os benefícios deste
modelo educacional são bastante
aplaudidos pelos pais. Anita Lagesse,
por exemplo, tem duas filhas que
estudam na PanAmericana, Márcia
de 17 anos, cursando o 12th (último
ano) e Andrea, 14, no 1o ano de High
School. Orgulhosa, a mãe comenta que,
em junho de 2015, Márcia receberá
três diplomas: o da High School
Americana, o do MEC, e o diploma do
IB (International Baccalauréat). Ela conta
que optou pelo método para oferecer
às filhas uma educação internacional,
preparando-as acadêmica e moralmente
para competir no mercado de trabalho
globalizado.
“A PASB oferece uma educação de
altíssima qualidade, porque não sendo
para lucro, sendo uma associação de
pais, consegue destinar recursos para
o desenvolvimento profissional de seus
professores, assistentes e funcionários.
Os professores do programa americano
e do IB (International Baccalauréat)
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ESPECIAL EDUCAçÃO
Educação
Infantil
são recrutados no exterior, trazendo
para a escola técnicas, metodologias e
melhores práticas de ensino de outros
países, enriquecendo nossas salas de
aula”.
Mesmo antes de a primeira filha
nascer, Anita já estava de olho nessa
possibilidade e afirma que sempre
leu muito sobre neurociência e os
benefícios da música e da imersão
em uma segunda língua na primeira
infância e no desenvolvimento
intelectual das crianças. “Estou muito
feliz com os resultados. Márcia e Andrea
desenvolveram paixão por aprender, ler,
pesquisar, debater, escrever... Participam
de várias atividades acadêmicas e
esportivas com escolas de outras partes
do Brasil e do exterior, ampliando o
universo”.
O pai, Mário Dantas, também é só
satisfação com a educação dos filhos
Nicole, com 11 anos, cursando o 6th
grade e Mario Jr. com 6 anos , no 1st
grade. “Acreditamos que a educação
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bilíngue proporcionará aos nossos filhos
terem o Inglês como uma língua nativa,
o que os deixará muito mais preparados
profissionalmente, abrindo as portas
do mundo inteiro para sua formação
em nível superior. Nossa escolha pela
escola se deu, principalmente, pelos
seguintes fatores: sua missão (formar
seus alunos para enfrentarem desafios
como cidadãos do mundo, confiantes
e íntegros); proporcionar um forte
ambiente de comunidade, que fortalece
nos alunos e até nos pais este conceito;
e os valores da escola (respeito,
bondade, liderança, integridade,
gestão responsável e colaboração)
são amplamente divulgados e sua
prática, estimulada pelos professores e
direção”, explica.
Mário acredita que ao sair da escola,
seus filhos terão, além de uma sólida
formação acadêmica com condição de
ingressar em universidades dos Estados
Unidos e Europa, espírito de liderança
e formação moral por conta dos valores
ensinados.
Educadores e cientistas
comungam da mesma
opinião: quanto mais cedo
for oferecida à criança a
chance de aprender idiomas,
mais natural será para ela
o processo de reter ideias,
conceitos e pensar nos dois
idiomas. No dia a dia, os
pais começam a sentir isso
no comportamento dos
pequenos. Laura, de apenas
4 anos, por exemplo, já tem
o inglês incorporado à sua
rotina, como conta a mãe,
Lorena Costa Herrera. Ela e
o marido decidiram, há dois
anos, confiar a educação da
filha ao método bilíngue.
“Não tínhamos a noção de
que ela pudesse desenvolver
sua oralidade na língua
inglesa tão rapidamente.
Nos surpreendemos e
nos orgulhamos ao ver
o seu progresso, seja
assistindo a desenhos ou
interagindo conosco em
outra língua. O inglês vem
se desenvolvendo mais e
mais, a cada dia, através
de um ambiente lúdico e
extremamente estimulante.
Hoje, temos a certeza de
que fizemos a escolha
certa”.
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