VII ENCONTRO ENSINO EM ENGENHARIA PROGRAMA COOPERATIVO UFRJ – ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: DESTINO DOS GRADUADOS Ismael S. Soares - [email protected] UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro Escola de Engenharia - Departamento de Engenharia Industrial Cidade Universitária – Ilha do Fundão – Centro de Tecnologia – Bloco F – Sala F-101 Caixa Postal 68548 21941-590 – Rio de Janeiro - RJ Resumo: O presente trabalho tem como objetivo iniciar o resgate do destino dos ex-alunos do Curso de Engenharia de Produção da UFRJ. Através de uma amostragem, pode-se perceber o que já vinha sendo observado em trabalhos anteriores sobre estágios: a tendência dos engenheiros de produção graduados na UFRJ de trabalharem nas áreas administrativa, financeira e de serviço, em substituição à vocação natural do engenheiro de produção que seria o “chão de fábrica”. Aproveitou-se a pesquisa para abordar dois assuntos importantes: (i) pontos relevantes e deficientes do curso para a vida profissional desses ex-alunos e (ii) a importância da educação continuada. As informações de nossos exalunos trouxeram uma contribuição interessante para (i) a reavaliação curricular que vem sendo realizada e (ii) subsidiar o planejamento de cursos de pós-graduação lato-sensu, e mesmo stricto-sensu. Palavras-chave: Interação Universidade-Empresa, Educação Continuada, Engenharia de Produção 1. INTRODUÇÃO O objetivo de qualquer empreendimento é a satisfação do cliente. No caso específic o de uma instituição de ensino superior existem dois clientes para o produto da graduação, neste caso específico o Engenheiro de Produção da UFRJ: (i) o próprio aluno, que é produto e cliente ao mesmo tempo, e (ii) as entidades que irão absorver o engenheiro recém-formado, podendo ser a própria universidade que o formou. Esse “produto”, o mais nobre da universidade, está em aperfeiçoamento contínuo através de (i) seu labor diário e (ii) educação continuada. O presente trabalho procurou resgatar, através de amostragem, o que ocorreu com os engenheiros de produção da UFRJ, formados a partir de dezembro de 1991, visando detectar (i) as empresas que os contrataram, (ii) para que serviços, (iii) a que remuneração, sendo que este dado teve resposta opcional, (iv) a continuação de seu aperfeiçoamento através de cursos de graduação lato sensu e strictu sensu, (v) o valor do estágio enquanto estudantes, (vi) as disciplinas do curso que foram importantes para sua vida profissional, (vii) as disciplinas não curriculares que no seu entender teriam relevância para as funções ocupadas, e (viii) pontos que poderiam a vir melhorar o Curso de Engenharia de Produção da UFRJ. METODOLOGIA DA PESQUISA A metodologia da pesquisa foi simples e facilitada pela internet. Já há algum tempo vínhamos coletando o e-mail dos ex-alunos que nos contatavam, alguns muitos anos após a conclusão do curso, e nas turmas mais recentes isso ficou facilitado por possuírem o e-mail tipo egroups. O questionário preparado não foi abrangente, mas o início para futuras pesquisas mais apuradas. A amostragem foi aleatória, de acordo com os e-mails que possuíamos, desde a primeira turma para a qual o autor ministrou aulas, formada em dezembro de 1991. Compreendeu um total de 23 turmas, sendo que cada turma era em média de 40 alunos, significando um universo de 900 alunos aproximadamente. O total de questionários respondidos foi de 128, num período de 15 dias, acrescidos da informação de que dois dos nossos exalunos, infelizmente, haviam falecido. Essa amostra significou um percentual de 15% do universo. Convém ressaltar que a pesquisa continua, pois visamos cobrir todo o universo, e será permanente, pois procuraremos manter nossos arquivos atualizados. As 23 turmas dividiram-se em (i) 9 turmas com engenheiros com 5 ou mais anos de formados, que coincidentemente cursaram o curriculum antigo de 1989, e (ii) 14 turmas com menos de cinco anos de formados, cujos alunos já estiveram enquadrados no novo curriculum de 1994. Dessas 14 turmas, 9 turmas tiveram os alunos graduados no período 1996/98, alunos esses que eram selecionados após a conclusão do ciclo básico, portanto entravam no curso de Engenharia de Produção no 5º período (nesse período houve 4 turmas extras devido à demanda elevada). As demais 5 turmas, de 1998/2000, os alunos foram admitidos no Curso de Engenharia de Produção no 1º período, através de opção no vestibular. O QUESTIONÁRIO O questionário compreendeu doze perguntas como segue: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Nome e atualização de dados referentes a endereço, telefone e e-mail. Empresa onde trabalha; endereço, telefone e e-mail; ramo de atividade, cargo ou função, e salário (opcional) por faixa de salários mínimos: até 10, 10 a 20, 20 a 30, e acima de 30. Disciplinas cursadas que mais o auxiliaram e auxiliam em sua vida profissional? Disciplinas outras que viriam a contribuir para a sua vida profissional? Quais seus empregos / cargos ou funções anteriores, e em que época? O seu último estágio foi na mesma empresa de seu primeiro emprego? Foi proveitoso estagiar? Prejudicou a sua vida acadêmica? Qual o percentual de tempo que você dedicava à vida acadêmica e ao estágio? 10. 11. 12. Hoje você mudaria seu enfoque no que se refere a estágio e vida acadêmica? Você realizou algum curso de especialização, lato sensu, MBA, mestrado, doutorado, etc., ou outro curso de graduação, após formado? Qual, em que ano, em qual instituição, cidade, país, e qual a importância do mesmo para sua vida profissional? Item destinado a comentários livres e sugestões. RESULTADO DA PESQUISA Neste item serão apresentados os resultados da pesquisa conforme as respostas aos itens do questionário discriminados acima. 4.1. Respostas por turma A tabela 1 mostra a resposta por turma de acordo com a divisão mostrada no item 2, ou seja: (i) ex-alunos com 5 ou mais anos de formados, curriculum 1989; (ii) ex-alunos com menos de 5 anos de formados, curriculum 1994, seleção após o ciclo básico; e (iii) idem, opção no vestibular. Tabela 1. Quantidade de questionários respondidos por turma e curriculum 5 ou mais anos de formado Curriculum 1989 Formatura 91/2 92/1 92/2 93/1 93/2 94/1 94/2 95/1 95/2 No. respostas 10 5 9 5 5 3 1 8 8 Total 54 Menos de 5 anos de formado Curriculum 1994 Seleção após o ciclo básico Formatura No. respostas 96/1 0 96/1 extra 4 96/2 7 97/1 2 97/1 extra 9 97/2 7 98/1 4 98/1 extra 4 98/2 extra 10 Total 47 Menos de 5 anos de formado Curriculum 1994 Seleção opção vestibular Formatura No. respostas 98/2 3 99/1 4 99/2 6 2000/1 4 2000/2 10 Total 4.2. Empresas onde trabalham os ex-alunos A tabela 2 mostra as atividades das empresas onde trabalham nossos ex-alunos. 27 Tabela 2. Atividades das empresas onde trabalham os graduados da Engenharia de Produção da UFRJ Atividade Advocacia AeronáuticaInd. Automob.Conc. Automob.-Ind. Bancária/Invest . Bebidas-Ind. Cartões Crédito Cimento-Ind. Comercial Comunicação Consultoria No. exalunos 1 1 Atividade No. ex-alunos Atividade No. ex-alunos Computação-Ind. Cosméticos 4 1 Máquinas-Ind. Mineração 1 3 e-business 3 ONG 1 1 19 En.Elétrica–Dist. Ensino Médio 1 1 Petróleo Pneumáticos-Ind 11 2 2 1 1 2 1 21 Florestal-Reflor. Fumo Governo Higiene/limpeza Jóias – ind e com Madeireira-Exp Mat.esportivo 1 1 10 2 1 1 1 Pós graduação Seguros Software Telecomunicaç. Trader Transportes Turismo 8 3 2 14 1 3 1 1 Como pode-se observar, as atividades das empresas onde estão trabalhando nossos ex-alunos compreendem, conforme Pareto, áreas de serviço e financeiras, inclusive os engenheiros de indústrias não estão no “chão de fábrica”. A seguir é apresentada a tabela 3 resultante da anterior, com aplicação de Pareto: Tabela 3. Atividades das empresas onde trabalham os graduados da EP-UFRJ : Análise de Pareto Atividade Consultoria Bancária/investiment os Telecomunicações Petróleo Governo Outros (30) Total No. ex-alunos Da atividade Da ativid. acum 21 21 19 40 14 11 10 53 128 54 65 75 128 % sobre o total da amostra % da atividade % acumulada 16.4 16.4 14.8 31.2 10.9 8.6 7.8 41.5 100.0 42.1 50.7 58.5 100.0 As empresas que tem um significativo número de engenheiros de produção formados pela UFRJ em seus quadros de funcionários, nesta amostragem, são apresentadas na tabela 4, a seguir: Tabela 4. Empresas que mais empregaram os graduados da EP-UFRJ Empresa Accenture UFRJ - Coppead ATL BNDES Embratel Atividade Consultoria Pós-graduação Telecomunicações Governo-Desenv. Telecomunicações Ex-alunos 10 5 4 4 4 CVRD HSBC IBM Ipiranga Shell Mineração Bancária Computação-Ind. Petróleo –distrib. Petróleo –distrib. 3 3 3 3 3 Convém ressaltar que a amostragem pode ter sido tendenciosa se os pesquisados repassaram o questionário, como foi pedido, para engenheiros de outras turmas, porém que trabalham na mesma empresa. Somente quando obtivermos resposta completas de algumas turmas, e considerá-las como amostra, é que teríamos um estudo mais correto. Mas isso tomará algum tempo. Um exemplo é o caso dos alunos que estão cursando a pós-graduação na COPPEAD, cujo índice foi alto, superior ao da COPPE, com apenas 2 formulários respondidos, pois temos conhecimento de um número muito superior de alunos COPPE do que COPPEAD. Mas isso não invalida a pesquisa pelos seus múltiplos aspectos. 4.3. Cargos/Funções Ocupados A tabela 5 apresenta os cargos ocupados pelos graduados da Engenharia de Produção da UFRJ, por ordem de importância. Tabela 5 – Cargos ocupados pelos graduados da EP-UFRJ, por ordem de importância Cargos/funções Diretor Gerente / Chefe Coordenador Assessor Consultor Analista Engenheiro Assistente Pós-graduação > 5 anos formado < 5 anos formado 6 17 5 1 3 2 3 2 3 1 10 4 3 10 21 6 2 5 Dois engenheiros que tem cargo de Diretor (1 em cada caso) são de empresas de grande porte, os outros 5 são de empresas pequenas ou micro-empresas. Os demais cargos é de difícil avaliação quanto à relevância, pois cada empresa tem denominações próprias em suas avaliações de cargos e salários, o mesmo ocorrendo quanto aos salários. Todos esses cargos referem-se às mais diversas áreas: financeira, marketing, franquias, negócios, investimentos, planejamento, comercial, controladoria, pós-venda, produtos, câmbio, bolsa de valores, operações, etc. 4.4 Faixa Salarial (item opcional) A tabela 6 mostra a faixa salarial para os engenheiros de produção da UFRJ, segregando-se aqueles com 5 ou mais anos de formados, daqueles com menos de 5 anos: Tabela 6. Faixa salarial por salários-mínimos de R$ 180,00 (item opcional) Faixa salarial por sal.mínimos Não informado Engenheiros com > 5 anos de formado 11 Engenheiros com < 5 anos de formado 20 < 10 sal.min. 10 a 20 sal.min 20 a 30 sal.min. > 30 sal.min. Total 3 6 12 22 54 3 31 14 6 74 As faixas poderiam ser mais estreitas, mas o autor quis evitar constrangimentos nas respostas. Aqueles que estão na faixa inferior a 10 salários-mínimos são os que estão fazendo mestrado (7) e doutorado (1) com bolsa. 4.5 Disciplinas importantes para a vida profissional A tabela 7 apresenta, em número decrescente de indicações, as disciplinas consideradas mais importantes pelos graduados em sua vida profissional. Tabela 7. Disciplinas consideradas mais importantes pelos graduados, para a sua vida profissional Disciplinas Área Econômico-Financeira Probabilidade e Estatísticas Aplicadas Engenharia de Produção Clássica / Eng. Métodos Pesquisa Operacional Marketing PCP (Planejamento e Cont. Produção) Cálculos, Físicas e outras do Básico Humanas Tecnológicas Logística Total Indicações 108 41 40 26 26 25 15 15 6 5 307 O fato dos engenheiros estarem mais ligados às áreas de consultoria, financeira, administrativa e serviços justificam as respostas acima. Deve-se registrar que disciplinas como Marketing e Logística passaram a ser ministradas somente no novo curriculum de 1994. Os alunos anteriores a essa data informaram que teriam bastante interesse em ter cursado as mesmas, assim como outras ligadas á área financeira. As disciplinas do Básico (Cálculos e Físicas) foram mencionadas como importantes para o desenvolvimento do raciocínio do engenheiro. As tecnológicas foram pouco indicadas porque pouquíssimos ex-alunos foram para o “chão de fábrica”, entretanto alguns informaram que gostariam de ter cursado alguma disciplina ligada a Telecomunicações. Talvez com a crise energética atual, disciplinas nessa área viesse também a ser solicitada. 4.6. Localização A tabela 8 mostra em que locais – estados e exterior - nossos ex-alunos se encontram. Tabela 8. Localidade onde se encontram os graduados da EP-UFRJ Localidade Rio de Janeiro São Paulo Paraná No. engenheiros 99 16 3 Brasília Pernambuco Exterior 1 1 8 128 Total Alguns alunos alocados ao Rio de Janeiro, principalmente aqueles de empresas de consultoria, muitas vezes trabalham a semana toda em outro estado. Quanto àqueles que estão no exterior, ou foram transferidos pela empresa no Brasil, ou após terem cursado o MBA no exterior tem propostas para permanecerem no país do curso, ou mesmo em outro país. Os países mencionados nos questionários foram: Estados Unidos, Ingla terra, Espanha, Argentina, Austrália e China. 4.7. Educação Continuada Os ex-alunos informaram, de uma maneira geral, que (i) ou fizeram cursos de stricto sensu, lato sensu ou de curta duração, ou (ii) se não cursaram, pretendem fazer os referidos cursos, principalmente os MBA’s no exterior, caso haja possibilidade. A tabela 9 ilustra este item. Tabela 9. Educação Continuada – cursos efetuados Cursos UFRJ – stricto sensu UFRJ – lato sensu MBA no exterior IBMEC PUC FGV Outros Total > 5 anos formado < 5 anos formado 14 4 8 11 5 7 8 57 12 1 1 9 4 3 7 37 Os MBA’s no exterior foram/estão sendo cursados nas seguintes universidades: (i) Berkeley, Kellogg, Michigan (2), Minnesota, New York, nos Estados Unidos; (ii) London BS, na Inglaterra, e (iii) Tsukuba, no Japão. Temos conhecimento de alunos que cursaram ou estão cursando ainda Wharton, Columbia e Duke, porém não estão na amostragem. A opinião mais freqüente é que os contatos pessoais nesses cursos é que são o ponto alto, não desmerecendo a parte acadêmica, principalmente quanto a estudos de casos e métodos de ensino. Quanto aos MBA’s no Brasil, em relação ao Curso de graduação em Engenharia de Produção da UFRJ, consideram, de uma maneira geral, como uma reciclagem e enriquecimento do curriculum vitae. Alguns ex-alunos cursaram os créditos de mestrado e perderam o prazo para defesa da dissertação, o que representa prejuízo para os próprios engenheiros e para as universidades quando da avaliação pela CAPES e CNPq. 4.8. Permanência no Emprego Os engenheiros estão sempre procurando uma melhor oportunidade de crescimento profissional e, evidentemente, um melhor salário, e isto pode ser observado na tabela 10 a seguir: Tabela 10. Emprego atual dos graduados da EP-UFRJ Emprego Atual > 5 anos formado < 5 anos formado 13 23 8 7 45 19 9 4 1º emprego 2º emprego 3º emprego 4º emprego ou mais 4.9. Estágio, Emprego e Vida Acadêmica Este item é o resumo das respostas às perguntas 6 a 10 do questionário, pois sempre foi uma preocupação constante da UFRJ, o equilíbrio entre a parte acadêmica e o estágio na formação dos futuros engenheiros. Os alunos dão uma importância muito grande aos estágios, (i) como complemento da vida acadêmica, (ii) como curriculum para o primeiro emprego na mesma empresa ou não, pois como pode ser verificado quase metade deles não continuam na mesma empresa que estavam estagiando ao se formarem, e (iii) também como uma renda pessoal ou complemento familiar. Nesta pesquisa, após formados, 20% de nossos ex-alunos informaram que se dedicariam mais à vida acadêmica e escolheriam melhor os estágios. Apenas um aluno não estagiou, que por coincidência foi o aluno de maior CRA de todos os tempos da Engenharia de Produção (9,4), porém esse aluno fez mestrado na Coppead e MBA no Japão, e hoje é Diretor de uma pequena empresa. Um segundo aluno não foi feliz na empresa em que estagiou, empresa essa que tem vários ex-alunos como engenheiros e alunos como estagiários, além do mais não teve oportunidade de continuar na mesma, e considerou como prejudicial o estágio, porém se fosse em outra empresa ou mesmo em outro departamento, talvez sua opinião mudasse, mas foi um caso singular. A tabela 11 resume as respostas às perguntas 6 a 10 do questionários. Tabela 11. Respostas às perguntas 6 a 10 do questionário da pesquisa Item Item 6: Seu último estágio foi seu 1º emprego? SIM NÃO Item 7: Foi proveitoso estagiar? SIM NÃO Item 8: Prejudicou sua vida acadêmica? SIM NÃO UM POUCO Item 9: % tempo ref. vida acadêmica e estágio: Vida acadêmica Estágio Item 10: Hoje, mudaria o seu enfoque? SIM NÃO 5. CONCLUSÕES > 5 anos formado < 5 anos formado 32 22 38 36 53 1 73 1 5 45 4 8 50 16 54 46 55 45 13 41 12 62 • Os ex-alunos do Curso de Engenharia de Produção ao se formarem são muito bem colocados no mercado de trabalho, sendo que mais da metade permanecem na mesma empresa onde estagiavam, porém a maioria que troca de empresa é para melhores condições; • Consideram o estágio como fundamental e de uma maneira geral começariam a estagiar mais cedo, muitos no 6º período, como vem acontecendo atualmente; • Estão sempre dispostos a mudar de emprego se visualizam uma melhoria profissional e salarial; • As melhores oportunidades ocorrem em empresas nas áreas de serviços e econômico-financeira, e mesmo em empresas industriais são contratados para setores financeiros e de apoio. Poucos vão para o “chão de fábrica”, e isto deve-se ao fato que as melhores oportunidades, principalmente salariais, estão nas áreas citadas; • O curriculum da Engenharia de Produção da UFRJ, com duas ênfases – Engenharia Econômica e Gerência de Produção, agora com uma terceira estando no seu início – Engenharia de Produção do Petróleo, auxiliam em muito nessas oportunidades de emprego, mesmo assim nossos ex-alunos gostariam de ter cursado mais disciplinas econômico-financeiras, de marketing, logística e de negócios; • De uma maneira geral, procuram manter-se atualizados, através de cursos de pós-graduação stricto sensu e lato sensu, e MBA’s no Brasil e no exterior, assim como outros cursos de curta duração; • Vários de nossos ex-alunos encontram-se no exterior, transferidos pela empresa ou após cursar o MBA no exterior, principalmente nos Estados Unidos, embora alguns estejam na Inglaterra, Espanha, Argentina, Austrália e China; • Esta pesquisa é uma pesquisa em aberto, e certamente possibilitará novos trabalhos com novas informações que permanentemente estarão nos chegando às mãos; • Convém registrar que uma aluna está na ONG Viva Rio como Assessora de Projetos e alguns outros desejam de alguma maneira ingressar na vida acadêmica como professores, de preferência em tempo parcial; • Este trabalho tem como objetivo, também, colocar em discussão o enfoque Interação UniversidadeEmpresa, porém sem deixar no esquecimento ou em segundo plano a missão social da Universidade Pública. REFERÊNCIAS SOARES, Ismael da Silva, Interação Universidade-Empresa na Área de Engenharia de Produção: A UFRJ e o Estagiário. XVI ENEGEP – Encontro Nacional de Engenharia de Produção – Anais – Piracicaba, SP, 1996.