BATALHA NAVAL FÍSICA Karitta Luana Marques Galvão/ UFT Graduanda do curso de Matemática / Bolsista Pibid Capes UFT Rochelande Felipe Rodrigues/UFT RESUMO Este trabalho tem finalidade de apresentar dados parciais da oficina desenvolvida pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID do Campus Universitário de Arraias – TO. Objetivo é investigar a relação que existe no processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos Matemáticos ligados aos conteúdos da Física. O conteúdo explorado foi a 1° lei de Newton na física e na matemática Plano Cartesiano, onde constam na matriz curricular do ensino médio. A oficina foi aplicada em uma turma do 1°ano do ensino médio de uma escola pública estadual situada no município de Arraias – TO. O trabalho está desenvolvido através de aplicações de problemas, tendo a finalidade de ajudar os alunos no seu desenvolvimento da disciplina de Física e de Matemática. A oficina utilizou um jogo com o nome de “Batalha Naval Física”, onde a elaboração, planejamento e as adaptações foram desenvolvidos nas reuniões do Pibid, tomando por base teórica Lorenzato (2006), onde as alterações foram direcionadas a fim de adequar a realidade dos alunos envolvidos. O conteúdo foi sugerido pelo professor supervisor (professor de matemática/física da escola pública) e juntamente com o mesmo foi realizado o planejamento, na finalidade de investigar através dos problemas propostos no jogo as dificuldades de compreensão dos conceitos abordados. As turmas foram dívidas em dois grupos, o início do jogo é decido no par ou impar, para ter direito ao primeiro tiro o grupo deve responder um problema relacionado ao conteúdo, se a resposta estiver correta o grupo escolhe uma letra e um número no tabuleiro, acertando parcialmente a fórmula no tabuleiro ganha 1 ponto, acertando a água nada ganha e acertando a bomba a equipe perdi um ponto. Existem também no tabuleiro, "estrelas’' que valem 2 pontos. Ao final do jogo, os alunos e professor podem avaliar o aprendizado. Palavras - Chave: PIBID, Física, Batalha Naval INTRODUÇÃO O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) irá apontar a elevação da qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação inicial de professores nos cursos de licenciatura das instituições de educação superior. Assim como a inserção dos licenciados no cotidiano de escolas da rede pública de educação, o que promove a integração entre educação superior e a educação básica. A escolha dessa oficina foi devido ao conteúdo sobre a primeira lei de Newton em sala de aula. A oficina Batalha naval teve como objetivo: desenvolver autoconfiança; concentração; raciocínio lógico dedutivo; promoção da socialização do conhecimento sobre plano cartesiano e a lei de Newton. Convergindo para os objetivos do PIBID foi aplicado o jogo Batalha Naval, que procura estruturar os alunos de escola pública à terem um pensamento crítico sobre o jogo, no qual vai muito além de escolher uma letra no eixo horizontal (x) ligando-as com o eixo vertical (y) composto por números, tendo a junção de (x+y). De acordo com Sampaio e Calçada (2005, p 69) “Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento retilíneo uniforme, a menos que seja obrigado a mudar esse estado por forças aplicadas sobre ele. Para Newton os corpos possuem inércia, que consiste em poder resistir à mudanças de seu estado de movimento. Isso significa que os corpos resistem à mudança de velocidade, isto é, para alterar a velocidade de um corpo é necessário aplicar uma força sobre ele.” Assim ao escolher um eixo, a partir desse momento a inércia será justaposta e entrará em um movimento retilíneo de acordo com o eixo da abscissa, a lei da inércia diz como se comporta um corpo na ausência de forças, o que na realidade é uma simulação ideal, pois em um jogo de batalha naval nunca será encontrado um corpo totalmente livre da ação de forças. Avaliando-se algumas reações em que existem forças atuando em um corpo, mas combinados de modo que o resultado final, seja nulo; assim, tudo se passa de acordo com III lei de Newton, ação e reação. Ao escolher um eixo logo após será necessário outro eixo para formar o plano cartesiano, assim tendo a junção da abscissa (x) perpendicular ao eixo (y). Essas atividades foram planejadas no Laboratório de Educação Matemática (LEMAT) da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e foi desenvolvida na escola Joana Batista Cordeiro, a turma na qual foi desenvolvida a atividade, realizando com os alunos do 1ª ano do ensino médio. A partir do que estabelece o PIBID, a atividade Batalha Naval Física promoveu em ajudar os alunos das escolas públicas em melhorar o seu desempenho na disciplina e visa contribuir para o melhoramento do seu aprendizado. Realizou-se a beneficência e/ou interação entre o professor e o 1 aluno. Matos e Serrazina (1996) também concordam que somente a manipulação do material não garante uma aprendizagem significativa. Para eles, o papel do professor é de suma importância nesse processo, uma vez que ele deverá escolher o material adequado, de forma cuidadosa para que se tenha o devido sucesso durante a atividade manipulativa. METODOLOGIA As turmas foram dívidas em dois grupos: “A” e “B” no qual participaram ao total 26 alunos e os jogadores tiveram que adivinhar o local do navio, escolhendo uma linha horizontal respectivos de números e vertical por letras, o início do jogo é decido no par ou impar, para ter direito ao primeiro tiro o grupo deve responder um problema relacionado ao conteúdo, se a resposta estiver correta o grupo escolhe uma letra e um número no tabuleiro, acertando parcialmente a fórmula no tabuleiro ganha 1 ponto, acertando a água nada não se ganhava nada e acertando a bomba a equipe perde um ponto. Existem também no tabuleiro, "estrelas’' que valem 2 pontos. Ao final do jogo, os alunos e professor avaliaram-se o aprendizado do jogo. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Acompanhando a nossa experiência no PIBID, podemos afirmar que parcialmente obtivemos êxito em muitos campos nos quais foram ofertados; cotidiano dos alunos e a interação entre a educação básica, que nos proporcionou a oportunidade de realizar a interação no cotidiano da escola de uma forma holística com o contraste do professor. E vale ressaltar que o PIBID está nos dando a oportunidade de vivenciar a prática docente com atividades diferenciadas. Com base na oficina batalha naval física, os alunos obtiveram uma mediana em relação ao que foi proposto. Sendo que trabalhamos com o jogo do cotidiano deles, ensinando-os que através de uma brincadeira. De acordo com Lorenzato (2006), o professor tem um papel muito importante no sucesso ou fracasso escolar do aluno. Para este autor, não basta o professor dispor de um bom material didático para que se tenha a garantia de uma aprendizagem significativa. Mais importante do que isso é saber utilizar corretamente estes materiais em sala de aula. Diante de tais situações percebe-se que o ensino da matemática e físicas com os materiais relacionados ao cotidiano dos alunos possibilita o aprendizado dos mesmos, onde este ensino se torna satisfatório para os alunos, despertando interesse holístico em aprender. Analisou-se a relação entre o nível de conhecimento dos alunos nos quais foram abrangidos; interpretação e a identificação da problemática que foi ofertada. Os alunos que participaram sendo 2 que a turma foi dividida em dois grupos, decidindo-o no ímpar ou par quem iria começar o jogo, equipe “A” começou o jogo e ao escolher a carta bônus, teve a vantagem de dois pontos e o direito de responder uma questão a mais, na qual acertou, tendo inicialmente três pontos sob a equipe “B”. Posteriormente a equipe “B” ao escolher a carta não teve sorte, pois o seu tiro foi na água e assim o jogo ficou na inércia. Foram encontradas algumas dificuldades com os alunos; interpretação do texto para resolver a questão no qual o tempo ofertado para resolver a questão que foram de 3 minutos para cada, pela falta de interpretação teve que estender-se o tempo. De acordo com LIBÂNEO (1994, p. 251), o professor não transmitem apenas informações ou faz perguntas, ele também deve ouvir os alunos, não uma afetividade do professor para com determinado aluno, nem de amor pelas crianças mas na sala de aula o professor se relaciona com um grupo de alunos, mesmo que o professor necessite atender um aluno especial a interação deve estar voltada para a atividade de todos os alunos em torno dos objetivos e do conteúdo que foi ministrado em aula. CONCLUSÕES/ RECOMENDAÇÕES O PIBID ajuda a contribuir e alcançar significativamente com o desenvolvimento acadêmicos licenciados em matemática. Este processo de estudo e pesquisa busca construir uma visão critica de cada licenciando para uma própria reflexão sobre a própria prática. Assim enquanto professor em formação percebe-se que quando pensamos em que vamos ensinar e o que isso contribuirá com nossos alunos e que então passa a ser significante a aprendizagem. Passos (2006) ressalta que esse apego à materialidade como forma de amenizar as dificuldades de ensino, teve influência a partir do Movimento Escola Nova, que defendia o uso de material concreto para que os alunos pudessem aprender fazendo. No entanto, segundo essa autora, muitos professores tiveram uma compreensão restrita desse processo, ao entenderem que a simples manipulação empírica destes objetos levaria à aprendizagem de conceitos. Porém, essa falsa ideia em relação ao aprender fazendo, ainda que mal interpretada, contrapunha a postura tradicional da escola, que afirmava que o “uso de materiais ou objeto será considerado pura perda de tempo, uma atividade que perturbava o silêncio ou a disciplinada classe”. Notou-se que, infelizmente, diante da extensão do programa e do pouco tempo para cumprilas, resta como alternativa, para o professor, falar enquanto os alunos o escutam. O professor, apesar de saber que deve ter uma relação afetuosa, amiga, de amor e de diálogo com seus alunos, traz para a sala de aula o “conteúdo oculto”. O estudo que foi realizado mostra que a relação professor-aluno é uma das mais importantes no âmbito escolar, pois é o grande veículo pelo qual se dá o processo ensino-aprendizagem, podendo o professor, por meio dessa relação, exercer o papel de agente 3 social, o que, consequentemente, resultará na formação de novos agentes sociais. REFERÊNCIAS LORENZATO, S. Laboratório de ensino de matemática e materiais didáticos manipuláveis.In: LORENZATO, Sérgio. Laboratório de Ensino de Matemática na formação de professores. Campinas: Autores Associados, 2006. p. 3-38. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez Editora,1994. MATOS, J. M.; SERRAZINA, M. de L. Didática da Matemática. Universidade Aberta:Lisboa, 1996. PASSOS, C. L. B. Materiais manipuláveis como recursos didáticos na formação de professores de matemática. In: LORENZATO, Sérgio. Laboratório de Ensino de Matemática na formação de professores. Campinas: Autores Associados, 2006. p. 77-92. SAMPAIO, L, J; CALÇADA, S, C. Física Sampaio e Calçada: Lei de Newton. São Paulo. Saraiva. 2005. 69-73 p. 4