A Química Somando Forças: Ensino e Pesquisa com Empreendedorismo e Inovação Análise do conteúdo de “teoria ácido-base” em livros didáticos de Química aprovados pelo PNLD 2015 E. T. D. Santana* (IC); D. A. G. Araújo (IC); J. P. Silva (IC); J. G. Teixeira Júnior (PQ). Faculdade de Ciências Integradas do Pontal – UFU – Rua 20, 1600, 38304-402, Ituiutaba, Minas Gerais, Brasil. *e-mail: [email protected]. Palavras chave: teoria ácido-base; livros didáticos; PIBID. INTRODUÇÃO O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) com o apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com o objetivo de analisar como o conteúdo de “teoria ácido-base” é apresentado em dois livros didáticos. Uma das ações realizadas pelo PIBID/Química/Pontal é a análise dos livros de Química adotados nas escolas parceiras do programa, buscando despertar nos bolsistas uma visão crítica e reflexiva sobre estes materiais. Sabe-se que o livro didático tem forte influência no trabalho desenvolvido pelos professores, nas escolhas curriculares e na aprendiza1 gem dos alunos . Por isso, foi proposto a um grupo de bolsistas PIBID a análise de dois dos livros aprovados no 2 PNLD 2015 , mais especificamente a forma como o conteúdo de “teorias ácido-base” é desenvolvido em cada obra. Este assunto foi escolhido, pois este “contribui como poucos para que os estudantes venham considerar a química matéria enfadonha, incompreensível e cujo es3 tudo requer exaustivos exercícios de memorização” . Apesar disso, este conteúdo está presente de forma significativa no cotidiano dos alunos, bem como em algumas questões do ENEM. Neste contexto a finalidade deste trabalho é apresentar uma análise das metodologias utilizadas na abordagem da teoria “ácido-base”, no 4,5 primeiro volume de duas coleções de livros didáticos , aqui referenciados LD-A e LD-B. Para essa análise alguns critérios foram levados em consideração, como: abordagem do conceito; exemplos utilizados e propostas experimentais. RESULTADOS E DISCUSSÕES Analisando o primeiro critério é possível perceber que no LD-A o conteúdo de ácido-base é trabalhado em capítulos separados das outras funções inorgânicas. A abordagem do conteúdo é contextualizada, apresentando ilustrações do cotidiano do aluno e fatos experimentais, que auxiliam na compreensão do conceito. O LD-A apresenta conceitos ao longo dos textos explicativos, assim é possível que o aluno construa a definição a partir da leitura completa dos textos. Dessa forma, inicia-se a diferenciação entre soluções eletrolíticas e não eletrolíticas; em seguida, apresentam-se algumas características dos ácidos, como o fato de ser eletrolítico e reagir com carbonatos e bicarbonatos; citam-se alguns exemplos de ácidos e suas aplicações, para só em seguida, apresentar a teoria de Arrhenius. O conceito de ácido, como “um + composto que reage com água, produzindo o íon H (aq) 4 como único íon” é citado no corpo do texto, sem destaque. Já no LD-B o conteúdo é apresentado junto às funções óxidos e sais. A abordagem do conteúdo é feita de forma distinta, não apresenta a contextualização do con- ceito. As definições, como mostram a Figura 1, são apresentadas logo no início do texto, sem nenhuma contextualização, em caixas com bastante destaque. Figura 1: Imagens ilustradas do LD-B. As ilustrações aparecem de forma isolada, mostrando apenas um exemplo de ácido e outro de base, o que pode comprometer a compreensão dos conceitos. As definições apresentadas pelo LD-B aparecem em boxes separados dos textos. Quanto às propostas experimentais, ambos os livros trazem os experimentos no final do capitulo. O LD-A apresenta a prática “Indicador ácido-base” num caráter ilustrativo do conteúdo, visando comprovar ou re/descobrir, uma vez que o tema de indicadores ácidobase foi tratado ao longo do capítulo. Já o experimento do LD-B proposto foi o “Crescimento de cristais” numa perspectiva investigativo, buscando discutir e compreender fenômenos diferentes dos que foram tratados no capítulo. Interessante destacar que este mesmo livro traz o experimento sobre indicadores ácido-base no capítulo que trata das Propriedades de materiais, apenas destacando que existem substâncias ácidas e básicas, sem aprofundar ou relacionar com a teoria. Os experimentos, em ambos os livros, utilizam materiais de fácil aquisição, podendo ser realizados em outros espaços da escola. CONCLUSÕES Verificou-se que a análise do conteúdo “ácido-base” de dois dos novos livros didáticos de Química, contribuiu para a melhoria da formação docente, pois o estudo fomentou para a revisão/conhecimento/entendimento do conteúdo químico específico, entendendo suas possibilidades e limitações. Constatou-se que é difícil encontrar obras que contemplem satisfatoriamente todos os requisitos apontados, porém, seria injusto desqualificá-los, pois de acordo com a análise todos os livros abordam diversificadamente, vários critérios de forma adequada. AGRADECIMENTOS -PIBID/Química/Pontal; CAPES; FACIP-UFU e FAPEMIG. REFERÊNCIAS 1-LEMES, A.F.G.; SOUZA, K.A.F.D; CARDOSO, A.A. Química Nova na Escola, 32(3), 2010. 2-BRASIL.MEC. Guia de livros didáticos PNLD 2015. Ensino Médio, Química. Brasília, 2014. 3-CAMPOS, R.C.; SILVA, R.C. Química Nova na Escola, 9, 1999. 4- ANTUNES. M. T. (ed.resp.) Ser Protagonista Química: Ensino Médio. 1º ano. 2. ed. São Paulo: Edições SM. p. 204-241, 2013. 5- FONSECA, M. R. M. Química: Ensino Médio. V. 1, 1. ed. São Paulo: Ática. p. 283-302, 2013. XXVIII Encontro Regional da Sociedade Brasileira de Química – MG, 10 a 12 de Novembro de 2014, Poços de Caldas - MG