Escola Estadual de Ensino Médio Professor
Carlos Loréa Pinto
Seminário Integrado / ProEMI
18ª CRE
2014
Vida após a mórte nas mitólógias
Fábio Ortiz Goulart
Hemily Gabrielle Farias Silveira
José Endrew Vieira Maio
Juliana Basso
Willian San Martin Guerra
Rio Grande
2014
Escola Estadual de Ensino Médio Professor
Carlos Loréa Pinto
Seminário Integrado / ProEMI
18ª CRE
2014
Vida após a mórte nas mitólógias
Fábio Ortiz Goulart
Hemily Gabrielle Farias Silveira
José Endrew Vieira Maio
Juliana Basso
Willian San Martin Guerra
Trabalho conclusivo da pesquisa
de Seminário Integrado.
Professora Responsável: Profª.
Daiane Rodrigues Gago.
Rio Grande
2014
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.
G729v
Goulart, Fábio Ortiz.
Vida após a morte nas mitologias / Fábio Ortiz
Goulart; Hemily Gabrielle Farias Silveira; José Endrew Vieira Maio;
Juliana Basso; Willian San Martin Guerra. – 2014
30 f.: il.; 30 cm.
Professora responsável: Daiane Rodrigues Gago.
Escola Estadual de Ensino Médio Professor Carlos Loréa Pinto,
Rio Grande, 2014.
1. Filosofia. 2. Metafísica 3. Mitologia. 4. Vida pós Morte.
I. Silveira, Hemily Gabrielle Farias. II. Maio, José Endrew Vieira. III.
Basso, Juliana. IV. Guerra, Willian San Martin. IV. Título. VI. Gago,
Daiane Rodrigues.
CDD. 120.28
CDU. 129
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.
AGRADECIMENTOS
Talvez essa lista seja um tanto que grande, desculpem-nos se por alguma
ventura tenhamos esquecido alguém, aí vão os agradecimentos:
Em primeiro lugar um agradecimento aos nossos professores de Seminário
Integrado dos anos de 2012 e 2013, Juliana Canary Costa de Oliveira, Tiago de
Mattos Cardoso, Letícia Adamoli Xavier e Lucimar Rocha Monteiro.
À Coordenadora Pedagógica e Professora Articuladora do PROEMI,
Rosemary Martins Bianchi. Também um grande agradecimento à diretoria da escola
Loréa Pinto e suas representantes: Veroni Maria Retzlaf, Dinah Mara Esperon da
Silva, Marisa Hornes Peres e Luciana Pinho.
À Enfermeira Michele Neves Meneses, à Professora de Física Adrianne
Montierre Berneira e à Diretora Veroni Maria Retzlaf, por responderem ao nosso
questionário. Um agradecimento também para a Médica Veterinária Roberta Falck
Storch Miranda, que nos forneceu informações sobre sua doutrina.
Um grande abraço e supermega agradecimento à professora de Seminário
Integrado, Daiane Rodrigues Gago, por ser uma queridíssima pessoa e ótima
profissional.
Um abraço e um obrigado a todos que nos ajudaram no percurso e na
realização desse trabalho.
“É impossível conhecer o homem sem
lhe estudar a morte, porque, talvez mais
do que na vida, é na morte que o homem
se revela. É nas atitudes e crenças
perante a morte que o homem exprime o
que a vida tem de mais fundamental.”
Edgar Morin
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 6
1 MITOLOGIAS EUROPEIAS ................................................................................... 7
1.1 MITOLOGIA GREGA .................................................................................................................... 7
1.2 MITOLOGIA ESCANDINAVA ..................................................................................................... 10
1.3 MITOLOGIA CELTA.................................................................................................................... 13
2 MITOLOGIA AFRICANA ...................................................................................... 16
2.1 MITOLOGIA EGÍPCIA................................................................................................................. 16
3 MITOLOGIAS AMERICANAS .............................................................................. 18
3.1 MITOLOGIA GUARANI ............................................................................................................... 18
3.2 MITOLOGIA ASTECA ................................................................................................................. 19
3.3 MITOLOGIA MAIA ...................................................................................................................... 21
4 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 24
DOCUMENTOS CONSULTADOS ........................................................................... 25
SUGESTÕES DE LEITURA .................................................................................... 27
APÊNDICE A ........................................................................................................... 28
6
INTRODUÇÃO
Para muitas pessoas a morte é uma incerteza, e como está descrito no
próprio título do trabalho, ele se volta à visão e a crença de uma vida após a morte
nas mitologias. Os motivos que nos levaram a pesquisar este assunto foram: as
dúvidas acerca da vida após a morte; curiosidades acerca do tema; a fé das famílias
que perderam seus entes queridos na tragédia ocorrida na Boate Kiss em Santa
Maria no RS, uma vez que o incêndio ocorrido na boate foi o tema norteador da
pesquisa que acabou levando outro rumo; o ponto de vista diferente entre as
diferentes doutrinas religiosas atuais, já que a pesquisa inicialmente era Vida Após a
Morte Nas Religiões.
O trabalho se deu por pesquisas em livros, periódicos (físicos e online) e
sites. Na iniciação da pesquisa utilizamos como meio de coleta de dados,
questionários que foram entregues a diferentes pessoas de diferentes doutrinas
religiosas. Porém os questionários foram descartados no trabalho escrito, já que nos
limitamos à abordagem da vida após a morte nas mitologias (este pode ser visto no
Apêndice A).
Começaremos abordando as mitologias europeias, as quais deram origem à
cultura contemporânea do mundo ocidental. Na África há um tipo de mitologia muito
importante que será explorada. Abordaremos também a cultura guarani que teve
forte presença nas primeiras gerações do Romantismo na cultura brasileira. Povos
da América Central serão citados.
Esperamos que este trabalho sirva para informar e para que possa ser
utilizado como uma ajuda à compreensão da visão das culturas antigas, em sua
maioria já extintas, sobre a morte e uma vida pós-morte.
7
1 MITOLOGIAS EUROPEIAS
1.1 MITOLOGIA GREGA
José Endrew Vieira Maio1
A Mitologia Grega é um conjunto de mitos (histórias e lendas), sobre vários
deuses, heróis. Originou-se da união das mitologias dóricas e micênicas. Seu
desenvolvimento ocorreu por volta de 700 a. C. na
Figura 1 – Localização dos gregos no
mapa mundi.
Grécia Antiga (ver figura 1).
Os gregos antigos eram politeístas, ou seja,
adoravam vários deuses. Não existem
escrituras sagradas a respeito da Mitologia
Fonte: MAPAS, -.
Grega. As principais fontes a esse respeito
foram escritas no século VIII a.C. a primeira, Teogonia, escrita por Hesíodo, e Ilíada
e Odisseia por Homero. Na Teogonia são tratadas a origem e a história dos deuses
gregos. Nas narrativas Ilíada e Odisseia são descritos os grandes acontecimentos
envolvendo heróis e deuses.
Os deuses possuíam forma humana e tinham sentimentos humanos como
amor, inveja, traição, ira, entre outros. Graças a essas características, era comum
os deuses se apaixonarem por humanos e com eles terem filhos, que por sua vez
eram conhecidos como semideuses, entre os mais conhecidos estavam, Hércules,
Perseu e Aquiles.
Na Grécia antiga acreditava-se que a maioria dos seres humanos iria para o
inferno, os Campos Elíseos representavam o lugar de destino dos bemaventurados. Estes campos situavam-se debaixo da terra, porém há outros escritos
que dizem que os homens abençoados não precisavam morrer, iam vivos para o
paraíso. Nesse caso os Campos Elíseos se localizavam no extremo ocidente, uma
terra maravilhosa que nunca chovia, nunca nevava, nem fazia frio e nem calor.
1
Aluno do Ensino Médio Politécnico da Escola Estadual de Ensino Médio Professor Carlos Loréa
Pinto – 18ª CRE, Rio Grande, RS, Brasil. Protestante não praticante.
8
O Tártaro eram as regiões infernais. O nome foi usado originalmente para a
região mais profunda do mundo, a mais baixa das duas partes do submundo, onde
os deuses trancavam seus inimigos. Depois de um tempo ficou caracterizado como
todo o submundo. Como tal, ele era o oposto dos Campos Elísios, onde a alma feliz
vive após a morte. Em alguns contos, Tártaro era um dos elementos personificados
do mundo (titãs), juntamente com Gaia (Terra) e outros. De acordo com alguns
escritos, Tártaro e Gaia produziram o monstro Typhon.
Titãs são doze seres que, segundo a mitologia, nasceram no início dos
tempos. Eles eram os antepassados dos deuses olímpicos (como Zeus, Afrodite,
Apolo...) e também dos próprios seres humanos.
A obrigação mais importante que os filhos tinham com os pais era dar a eles
uma cerimônia fúnebre de acordo com as práticas aceitas pela comunidade. O
passo a passo das etapas do ritual funerário era documentado nos vasos lécitos2 de
fundo branco fabricados na Ática entre séculos V ao II a.C.
O corpo era preparado pelas mulheres mais próximas do morto, untado de
óleos e depois vestido, após isso ficava dois dias exposto na própria casa. O corpo
ficava deitado com os pés para porta, por onde sairia o cortejo fúnebre. São trazidas
fitas que são colocadas sobre o corpo do morto e no ambiente, ou ainda amarradas
nos vasos fúnebres que ficavam sobre o esquife3, o rosto jamais era coberto, pois
acreditavam que era por ali que a alma sairia.
Às vezes o morto era coroado com uma guirlanda de flores ou folhas, que
combateriam os efeitos ruins da morte. A coroa poderia ser também de louro ou
diadema, que indicavam a dignidade da pessoa após a morte.
Do lado de fora da casa do falecido era colocado um vaso com água pura
trazida pelos vizinhos, para que aqueles que saíssem da casa pudessem se
purificar, pois acreditavam que o morto provocava uma contaminação. O vaso
também indicava que a morte estava na casa.
2
3
Vaso grego antigo utilizado para armazenar óleos perfumados destinados ao cuidado do corpo
Uma espécie de maca ou caixão onde ficava o corpo.
9
Depois de ser exposto, o corpo era levado até o local onde seria sepultado
em cortejo fúnebre, que deveria ser realizado antes do nascer do sol e passar
apenas em ruas sem movimento.
O esquife do morto era carregado por homens ou em um carro puxado por
cavalos. Ao chegar ao cemitério, o corpo era enterrado ou cremado sobre uma pira.
Se os familiares escolhessem a cremação, as cinzas eram recolhidas em um pano
de linho e colocadas com cuidado em uma urna, que seria enterrada. A cerimonia
de deposição do morto incluía libações, bebidas, rituais e até sacrifício de animais.
Acreditava-se que depois de velado e colocado em seu túmulo as divindades
levariam as almas para o outro mundo. Todos os preparativos realizados com o
morto era para que ele se adaptasse melhor na nova morada sem incomodar os
vivos. Os gregos acreditavam que as almas eram conduzidas por Caronte, o
barqueiro infernal, até o Hades.
Em certas épocas se colocava uma moeda na boca do morto para que ele
pudesse dar a Caronte, pois esse só atravessaria as almas pelos quatro rios
infernais após receber uma moeda como pagamento por seus serviços.
10
1.2 MITOLOGIA ESCANDINAVA
Fábio Ortiz Goulart4
Os povos nórdicos ou escandinavos (ou ainda bárbaros e vikings) são
conhecidos pela sua brutalidade e características físicas, a maior parte dos
escandinavos era ruiva de olhos claros, embora em
Figura 2 - Localização da expansão
da Mitologia Escandinava no mapa
mundi.
algumas regiões fossem loiros. Essa cultura deu
origem aos povos germânicos e entrou em forte
confronto com a implementação do Cristianismo na
Europa.
Os vikings localizavam-se em lugares frios,
como Dinamarca, Finlândia, Islândia, Suécia, a
Fonte: MAPAS, -.
Noruega e Svalbard (ver figura 2). Sacrifícios eram
constantes no Templo de Upsala, na Suécia para o
deus Odin.
A crendice de uma vida após a morte se faz presente nessa mitologia. Os
vikings tinham o ritual de queimar os corpos dos falecidos e tudo o que mais o dito
cujo gostava.
Quando morto em terra e não em batalha, o guerreiro era queimado com a
sua embarcação favorita, com as esposas e as criadas dentro do barco. As
mulheres eram mortas a facadas por uma sacerdotisa que conduzia o funeral, uma
a uma, com suas melhores roupas e joias as mulheres juntavam-se ao esposo.
Quanto mais favorita a esposa era, mais próximo do marido ela poderia ficar na hora
de ser cremada junto com a embarcação. Alguns escritos antigos revelam que as
criadas eram obrigadas a terem relações sexuais com todos os companheiros do
morto. Antes dessa parte do rito, o ritual começava com uma festa que durava sete
dias, com muita bebida e narração das melhores aventuras do morto. Após a
comemoração, o morto era vestido com uma roupa já preparada para essa ocasião
e colocado no barco com suas armas, essas lhe seriam úteis quando o falecido
entrasse no Valhala, o lugar dos guerreiros nórdicos.
4
Ex-Aluno do Ensino Médio Politécnico da Escola Estadual de Ensino Médio Professor Carlos Loréa
Pinto – 18ª CRE, Rio Grande, RS, Brasil. Ateu.
11
No Valhala tudo era festa, os homens tinham bebidas e comidas a
disposição, e tinham frequentes encontros com os deuses, em especial Odin, o pai
de todos. Em certas histórias os próprios deuses eram mortos, como é o caso de
Balder, o deus mais bondoso, filho de Frigga e Odin. O rapaz fora morto pelo tio
adotivo que era filho de Gigantes do Gelo, Loki5. Loki utilizou como “cobaia”, Hoder,
o filho cego de Odin que carregava um arco. Após a sua morte, Balder vai para
Helheim6, local de vivência da deusa Hel, filha de Loki. Helheim também era a
moradia de todos os mortos, com exceção de bravos guerreiros7. A morte do mais
querido dos deuses foi prevista por Hel, pouco tempo antes de o fato ocorrer. A
história da morte de Balder pode ser vista no livro, As melhores histórias da
mitologia nórdica (2010, Ed. Artes & Ofícios), de Franchini e Seganfredo. No mito
Odin fez todos (os animais, os objetos inanimados, as pessoas e as plantas)
prometerem que ninguém machucaria Balder. Menos um azevinho8, esta negou a
súplica de Odin.
“[...] Loki deu um sorriso bem ao seu estilo: perverso.
Depois, tomou de sua aljava, em meio a várias setas,
uma feita do ramo do azevinho. [...] disse Loki
persuasivamente. – Vamos, eu o ajudarei a fazer a
pontaria. [...] Hoder fez o que Loki lhe dissera e ficou
aguardando a ordem de disparo. – Agora!... – disse
Loki, quando viu que a seta tinha endereço certo no
coração de Balder. [...] Balder caiu de joelhos, e antes
que sua esposa Nanna pudesse aparar a sua queda,
caiu de rosto na grama. [...] – Balder está morto! –
gritou alguém no meio da multidão [...].” (FRANCHINI;
SEGANFREDO, 2010).
Na
mitologia
escandinava
os deuses eram diferentes
dos deuses
contemporâneos, uma vez que eles morriam, mas não eram a certo modo, imortais.
A relação da morte para os nórdicos era algo como em algumas religiões atuais,
5
Deus das trapaças, mentiras e do fogo.
Helheim era o inferno nórdico.
7
Esses iriam para Valhala, como já foi mencionado.
8
Uma espécie de planta.
6
12
como as de matrizes africanas, o espiritismo e muito pouca reflexão no Cristianismo,
já que o homem não morre e sim vai para outro lugar, com o diferencial de que não
importa as suas ações.
13
1.3 MITOLOGIA CELTA
Fábio Ortiz Goulart & Juliana Basso9
Os celtas foram um povo que surgiu durante os séculos V ou VI a.C., eles
ocuparam a Europa Central e as atuais terras da Grã Bretanha e das Irlandas (ver
figura 3). Sua cultura ainda é vivenciada por muitas pessoas que moram nessa
Figura 3 - Localização dos celtas e sua dominação no mapa
mundi, e em destaque uma visão aproximada do mapa.
região, onde anualmente encontramse para uma reunião espiritual em
torno da Stonehenge, local onde os
antigos druidas praticavam seus ritos
religiosos. Quase desapareceram por
pressão dos romanos, germânicos e
cristãos.
Os celtas tinham como principal
Fonte: MAPAS, -.
divindade a natureza ou como eles
chamavam-na, Deusa Mãe. Eles julgavam que a terra se comportava como um
autêntico ser vivo. Eles sabiam como utilizar seus recursos naturais em benefício da
mesma, da vida, das colheitas e da saúde de seu povo. As festas eram realizadas
em determinadas datas dependendo da época do ano, os cerimoniais célticos
tinham um conteúdo mágico, mais intenso que os druídicos, pois existia uma
espécie de comunhão entre o ser-humano e a natureza. Acreditavam que a energia
telúrica10 sofria reflexões e refrações ao tocar coisas materiais e, por isso
praticavam seus ritos completamente despidos.
Eles acreditavam no Annwn, que também era conhecido como o Outro
Mundo Céltico. A entrada para o Annwn era através da colina Tara, que se
localizava na ilha mística de Avalon, essa ilha era um local rodeado pelas águas, e
seu nome, de reminiscência artúrica (vem de Arthur, o legendário rei britânico),
significa “Ilha das Maçãs” (em muitas culturas antigas, essas frutas eram associadas
à imortalidade). Nessa ilha os mortos descansavam antes de voltar a reencarnar.
9
Ex-Aluna do Ensino Médio Politécnico da Escola Estadual de Ensino Médio Professor Carlos Loréa
Pinto – 18ª CRE, Rio Grande, RS, Brasil. Ateia.
10
Energia emanada dos confins do planeta Terra. Esta energia é capaz de influenciar toda a
natureza, incluindo os animais e o ser humano.
14
Os funerais célticos tinham a função de fazer a passagem
do morto para o
Outro Mundo, onde viveria uma vida, em muito, semelhante à anterior, excluindo
apenas aspectos negativos e, essencialmente, mantendo a estrutura social na qual
ele se fora inserido quando vivo. Os habitantes da região de Dorset, na costa
sudeste do Reino Unido, adotaram uma norma funerária que consistia em enterrar
os corpos dos mortos em espécies de cisternas, com paredes de pedra e cobertas
por barro, acompanhados de bens distintivos da posição social do morto.
O retorno da vida pós-morte é visto em uma das lendas artúricas, onde o
próprio rei Arthur voltaria após sua morte na batalha de Camlan. A bruma e a névoa
que cobria Avalon eram evocadas pela Dama Branca. Os celtas acreditavam em um
copo (ou vaso) profético que possuía a água da ressurreição, a qual possibilitava
todo tipo de milagres e curas.
O início do mundo artúrico parece dominado pela presença de cavaleiros,
mas podemos avaliar o desenvolvimento do papel feminino em épocas posteriores.
Em relação ao amor; os celtas acreditavam que esse sentimento estava acima dos
convencionalismos sociais. Já o sexo, para eles, era uma forma de alcançar uma
relação mística, com vários elementos vitais da natureza.
Em relação à morte, no trecho a seguir do site Annan Kelt é revelado um
pouco da visão céltica que nos mostra de uma maneira simplificada a aceitação da
morte para os celtas:
“[...] Em relação à morte, os Celtas acreditavam que
somente era mais uma passagem a ser feita no ciclo
existente no mundo (Nascimento, Vida, Morte). Por isso
não sofriam tanto com a perda de companheiros que
tinham ainda em vida, pois, creio eu, que estes sabiam
que iriam se reencontrar algum dia. [...]”. (KELT, 2010).
Quando os druidas se converteram ao cristianismo eles instalaram-se nas
profundezas dos bosques realizando uma vida retirada a austera. A conservação
das antigas lendas e mitos deve-se a esses sacerdotes, como os oráculos e
profecias do Mago Merlim, que foram proibidas pela Igreja católica no Conselho de
15
Trento, no século XVI. E é por causa dos druidas que a mitologia celta não fora
apagada do mundo, assim como outras culturas foram.
16
2 MITOLOGIA AFRICANA
2.1 MITOLOGIA EGÍPCIA
Hemily Gabrielle Farias Silveira11
Os egípcios foram e são uma nação localizada na porção nordeste do
continente africano (ver figura 4), é, ainda hoje o povo com a maior densidade
Figura 4 - Localização o território do Egito
antigo e Atual no mapa mundi.
populacional do continente. Na antiguidade, a
sociedade egípcia era dividida em: sacerdotes,
escribas, soldados, artesões, lavradores e escravos,
mas todo o poder do Egito era de posse do Faraó,
considerado o filho dos deuses, era ele quem
Fonte: MAPAS, -.
mediava as relações entre o povo e os deuses. No
cotidiano se alimentavam de pães, cereais, leguminosas, tubérculos, peixe e cerveja
não fermentada; carnes e frutas eram consumidos apenas em datas comemorativas
e festividades, já os ricos consumiam vinho, frutas, queijos e carnes.
A casa dos lavradores, artesãos e soldados eram pequenas cabanas de
junco, madeira e barro, contendo poucos móveis, como algumas esteiras e
utensílios de cozinha. Já os proprietários de terra eram casas feitas de tijolos e
contavam com camas, mesas, cadeiras e bancos com assentos de couro ou palha.
Para a sociedade egípcia a mulher era vista com dignidade, respeito e
seriedade. Era tanto a sua exaltação, que seus poderes eram transmitidos pela
linguagem feminina. Muitos maridos tinham acesso ao governo por causa da
herança política de suas mulheres.
Os egípcios eram politeístas (acreditavam em muitos deuses), seus deuses
eram antropozoomorfistas, ou seja, possuem corpos humanos e partes de animais,
como por exemplo: Anúbis o deus protetor das tumbas, possuía corpo humano e
11
Ex-Aluna do Ensino Médio Politécnico da Escola Estadual de Ensino Médio Professor Carlos Loréa
Pinto – 18ª CRE, Rio Grande, RS, Brasil. Protestante praticante.
17
cabeça de chacal. Entre os deuses ligados à morte, haviam Anúbis e Ísis, a deusa
da fertilidade.
Para os egípcios a morte é algo a ser comemorado, onde o morto irá para um
mundo de conforto, ou seja, para eles existe a crença em uma vida após a morte.
Quando ocorrida a morte, o espírito, chamado Ka, retornaria ao corpo e viveria no
Campo dos Bem-Aventurados, que era um mundo de conforto liderado pelo deus
Osíris, o deus da morte, mas para habitar nesse campo era necessário um corpo
para passar a eternidade. O corpo do falecido era embalsamado, para saber sobre
isso leia abaixo um pedaço do artigo publicado pela Revista Mundo Estranho:
“1. As vísceras eram retiradas por meio de incisões
feitas no corpo e guardadas em um vaso chamado
canopo / 2. O cadáver era desidratado com sal
grosso, lavado com perfumes e forrado com tecido / 3.
As incisões eram fechadas com placas de ouro e o
corpo, enfaixado - começando pelos dedos - com
centenas de metros de bandagens embebidas em
betume, substância pastosa feita de petróleo / 4. Por
último, a múmia era encerrada em um caixão e
guardada numa tumba, onde o corpo permanecia
preservado por milhares de anos.” (MUNDO Estranho,
2014).
Para eles o ritual de morte era considerado uma festa tendo um importante
seu significado, por conta disso para garantir o conforto dos mortos era necessário
levar suas riquezas e objetos, além de ter as paredes da tumba com pinturas do
cotidiano. Para os faraós, seus servos eram colocados, ainda vivos nas pirâmides
junto com o corpo de seu dono.
18
3 MITOLOGIAS AMERICANAS
3.1 MITOLOGIA GUARANI
Fábio Ortiz Goulart & Juliana Basso
Localizados nas áreas amazônicas, em diversos países, como Bolívia,
Paraguai, Argentina e o Brasil (ver figura 5), os guaranis são um povo indígena que
vive em regiões pobres e não tem muito acesso às
Figura 5 - Localização do território
ocupado pelos Guaranis.
cidades, eles acabam sofrendo com problemas de
saúde, má qualidade de vida, falta de atenção do
governo e estão sujeitos ao roubo de suas terras.
Em todos os países em que existe o povo
Fonte: MAPAS, -.
guarani, eles passam pelos mesmos problemas.
Algumas tribos guaranis, de tanto sofrerem esses problemas, acabaram
desaparecendo.
Seu modo de vida é tradicional, cultivam ervas para se curarem de doenças e
utilizam a plantação para coletar seus alimentos. As tarefas são bem divididas entre
o homem e a mulher, o homem trabalha com a caça e construções de moradia, já
as mulheres preparam a alimentação e cuidam dos filhos.
Em relação à morte: antigamente os guaranis, assim como os tupis,
enterravam seus falecidos dentro de suas residências e em seguida deixavam a
casa, mas, por influência dos padres jesuítas na colonização de Portugal sobre o
Brasil, eles enterram os mortos com os pés voltados para a nascente de rios, para
que o morto encontre melhor o caminho da terra de Sem Males, uma terra
prometida onde não existe mal nenhum e que se localiza na direção do oceano. No
túmulo do morto, eram colocados todos os objetos pertencentes ao falecido.
Durante os primeiros dias, após a morte do ente querido, os guaranis
acendem uma fogueira para iluminar seu caminho para a terra de Sem Males. Após
a alma chegar ao outro mundo, o falecido pode aparecer em sonhos para dar
conselhos.
19
3.2 MITOLOGIA ASTECA
Fábio Ortiz Goulart & José Endrew Vieira Maio
Os astecas foram um dos mais importantes povos do continente americano.
Era um povo mexicano que perdurou do século XIV ao século XVI. Foram dizimados
Figura 6 - Localização do
território asteca no mapa
mundi.
pelos
navegadores
espanhóis.
Suas
características
físicas eram típicas dos povos que vivem perto da linha
imaginária do Equador, assemelhando-se ao índio
brasileiro. Usavam ferramentas e armas de metal, tinham
belas e grandes cidades e possuíam diversas minas de
Fonte: MAPAS, -.
ouro e prata. A mão de obra asteca e suas riquezas
provinham de outros povos próximos, eles cobravam tributos a todo tempo, esses
povos estavam sujeitos a punitivas expedições. O império asteca se estendeu do
Oeste mexicano até o Sul da Guatemala (ver figura 6). A capital, Tenochtitlán tinha
uma área de 13 km² e chegou a ter mais ou menos 100 mil habitantes. Ao total o
império asteca somava aproximadamente uma população de 12 milhões de
habitantes.
Na época das grandes navegações e da colonização das Américas, quando
os astecas avistaram as embarcações espanholas pela primeira vez, julgaram-nas
serem grandes aves brancas que desceram dos céus e que traziam consigo os
espanhóis, que para eles seriam deuses que viriam para cuidar de suas terras.
Fernão, o líder das embarcações, foi visto como Quetzalcoatl – a principal divindade
dos astecas e era o deus da luz.
Em relação à sua cultura, eles eram politeístas, ou seja, acreditavam em
diversas divindades. Acreditavam também que os deuses sacrificavam-se todos os
dias para manter o equilíbrio do mundo e para garantir e manter esse equilíbrio, os
astecas matavam pessoas em grandes ou pequenas quantidades e de modo
violento, dependendo do que era necessário para que ocorresse o sacrifício.
Seus templos eram construídos para tornar todo o processo de sacrifício mais
fácil. Em suas pirâmides (não eram somente os egípcios que construíam pirâmides)
havia uma pedra no alto que era plana e servia para os astecas sacrificarem as
20
pessoas. Toda a população era mobilizada para este tipo de “evento”, as pessoas
ficavam em euforia e faziam um alvoroço com gritos, danças e cantos hipnóticos,
além de beberem um líquido à base de cipó.
Muitos astecas ofereciam como sacrifício algumas parte de seu corpo. Aos
pés das pirâmides e templos, havia orelhas, dedos – dos pés e das mãos –, línguas
e até mesmo, órgãos genitais.
Os astecas acreditavam em Mictlan, um local sagrado aonde todos os
mortais iriam após deixarem a Terra, não importando suas ações. Dependendo de
algumas exceções alguns iriam para lugares diferentes. Um desses lugares
Tlalocan, que servia de moradia para Tlaloc, o deus da chuva, era um local
exclusivo para aqueles que morreram por causa de doenças de pele, por raios, pela
chuva ou por sacrifício à Tlaloc. Era descrito como um lugar calmo e sereno. As
pessoas que sofriam de deformidades físicas tinham seu lugar garantido no
“paraíso” de Tlaloc.
Ainda hoje, algumas regiões do México utilizam alguns dos rituais dos
astecas, só que com modificações. Ao invés de utilizar seres humanos, costumam
utilizar animais vivos ou mortos para seus ritos. A presença dessa cultura é tão
forte, que existe uma data comemorativa para uma de suas divindades antigas mais
importante. Não podemos afirmar com toda a certeza de que a cultura asteca tenha
se extinguido por completo.
21
3.3 MITOLOGIA MAIA
Willian San Martin Guerra12
Os maias foram um povo que civilizou a região de florestas tropicais das
regiões atuais correspondentes à Guatemala, Honduras e a Península de Yucatán,
no México (ver figura 7). Perduraram do século IV até o século X, quando os
toltecas13
Figura 7 - Localização do território maia
no mapa mundi.
invadiram
essas
regiões
e
as
dominaram.
Os maias nunca formaram um império
unificado, fato que favoreceu a invasão e
dominação e outros povos. As cidades formavam
o núcleo de decisões e práticas políticas e
Fonte: MAPAS, -.
religiosas da civilização. Eles eram governados
por um estado teocrático, a zona urbana era habitada pelos nobres (família real,
sacerdotes – responsáveis pelos cultos e conhecimentos –, chefes militares e
administradores do império – cobradores de impostos). Os camponeses formavam a
base da sociedade, artesões e trabalhadores urbanos, pagavam maiores impostos.
A economia deles era baseada na agricultura, principalmente de milho, feijão
e tubérculos, como por exemplo, a batata. Praticavam comércio de mercadorias
com os povos vizinhos e interiores. Suas pirâmides demonstravam grandes avanços
arquitetônicos. A escrita deles era como a dos egípcios, eram formadas por
símbolos e desenhos (hieróglifos).
Segundo seu livro sagrado, o Popol Vuh, foram os deuses que criaram os
primeiros seres, estes não possuíam consciência de si e, por isso, não podiam
adorá-los. O homem surgiu após dois grandes dilúvios que varreram as primeiras
versões humanas feitas a partir do barro e da madeira. Na terceira e última
tentativa, os deuses resolveram criar a partir do milho e ofereceram consciência de
si e seu sangue, que foi obtido dos próprios deuses, para merecerem essa dádiva
eles deveriam reverenciar os deuses.
12
Aluno do Ensino Médio Politécnico da Escola Estadual de Ensino Médio Professor Carlos Loréa
Pinto – 18ª CRE, Rio Grande, RS, Brasil. Ateu.
13
Povo americano pré-colombiano.
22
Os rituais religiosos eram de suma importância para os maias, uma vez que
eles eram necessários para preservar o mundo; sem essas manifestações os
deuses e o universo poderiam desaparecer. A maior parte dos rituais envolviam
sacrifícios humanos e animais, oferecendo sangue animal para saciar a fome dos
deuses.
Nas cidades eram erguidos templos de adoração. Neles ocorriam grandes
celebrações públicas que marcavam diferentes épocas do calendário maia, como
por exemplo, o ano novo, o qual era celebrado por uma diversidade de ritos que
faziam referência ao nascimento e a fertilidade.
Os funerais eram muito importantes para preparar os indivíduos para a última
grande passagem da vida. Crentes da imortalidade da alma, os maias cuidavam
para que a viagem do morto até seu destino final - que varia de acordo com sua
conduta em vida – fosse bem sucedida. Segundo a tradição religiosa, durante essa
última viagem, o morto precisava ser alimentado e tinha que levar consigo os
objetos que usava em vida. Por isso, as sepulturas de grandes senhores eram
abastecidas com joias e uma máscara que servia de identificação e um punhado de
jade era posto na boca do morto para preservar o espírito e os túmulos, os escravos
eram sacrificados nos sítios funerários.
23
4 CONCLUSÃO
Por se tratarem de mitologias distintas, as visões não podem ser levadas
como uma regra geral, mas de fato temos de notar que na maior parte delas há a
presença de lugares bons e ruins após a morte de um indivíduo. Durante o
sepultamento do morto, a maior parte dos povos fazia os objetos pessoais do
falecido como uma espécie de museu.
Esses fatos nos proporcionaram uma descoberta e um aprendizado incrível,
nos fez ver que as mitologias não são tão majestosas quanto parecem ser, elas têm
seu lado sombrio, assim como nossa atual cultura também tem o seu. Entendê-las,
é o principal passo para entendermos a nossa própria cultura, é quase impossível
lermos um mito e não conseguirmos achar alguma ligação com uma das doutrinas
atuais, uma vez que todo o pensamento humano se mostra negativo/positivo em
relação a diversas temáticas.
A morte nas mitologias, assim como nos tempos e doutrinas atuais, não se
faz diferente, as pessoas sempre procuram um lugar para onde vão, e isso não se
faz só presente nas religiões, mas também a própria ciência visa mostrar o seu
posicionamento. Uma vez que a nossa vida é posta em xeque, nos preocupamos
em entender a morte, e muitas pessoas tentam achar um modo de contorná-la ou
de tentar superá-la, como foi o caso das famílias que perderam seus entes queridos
no incêndio ocorrido na Boate Kiss em Santa Maria no RS.
A vida após a morte é um assunto ainda delicado de se falar, já que a maior
parte de sociedade não aceita princípios diferentes aos seus. Não importa qual o
tempo, a crença, a etnia, o país, a classe social, a orientação sexual, todos os seres
humanos tem por instinto a curiosidade de saber sobre o que nos espera após a
nossa morte.
24
REFERÊNCIAS
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nórdica. Porto Alegre: Artes & Ofícios, 2010.
KELT, A. A visão celta em relação ao amor e a morte..., nov. 2010. Disponível
em: <http://annankelt.blogspot.com.br/2010/11/visao-celta-em-relacao-ao-amor-emorte.html >. Página visitada em: 28 de setembro de 2013.
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<http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-os-faraos-eram-embalsamados>
Acesso em: 10 de nov. de 2014.
25
DOCUMENTOS CONSULTADOS
ABNT. NBR 6023: informação e documentação - referências – elaboração. Rio de
Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2002.
ABNT. NBR 10520: informação e documentação – citações em documentos –
apresentação. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2002.
ALVES, M. B. M.; ARRUDA, S. M. Como fazer referências: bibliográficas,
eletrônicas e demais formas de documentos. Florianópolis: Universidade Federal de
Santa Catarina, 2007.
CAPUTO, R. F. O homem e suas representações sobre a morte e o morrer: um
percurso histórico. Revista Multidisciplinar da Uniesp: SABER ACADÊMICO - n º 06.
São Paulo: Uniesp, dez. 2008, p. 73-80.
CORDEIRO, T. Os deuses pedem sangue. Revista Mundo Estranho: n º 153. São
Paulo: Editora Abril, jun. 2014, p. 16-17, 20-21.
GABRIELLE, . et al. Rituais de morte e de passagem indígena. [S.l.: s.n.]. [2012].
Slides. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/Profgalao/rituais-de-morte-epassagem-sociedades-indigenas>. Acesso em: 19 de nov. 2014.
HISTÓRIA do mundo. O segredo dos astecas. Disponível em:
<http://www.historiadomundo.com.br/asteca/segredo-asteca.htm> Página visitada
em 27 de jul. de 2014.
IMAGICK. Energia telúrica. Disponível em:
<http://www.imagick.org.br/blog/energia-telurica/> Página visitada em 06 de
novembro de 2014.
INCONTRI, D.; SANTOS, F. S. (Org.). A Arte de Morrer: visões plurais. Bragança
Paulista: Editora Comenius, 2007. p. 13-25.
MAPAS para colorir. Mapa mundi. Disponível em:
<http://www.mapasparacolorir.com.br/mapa-mundi.php>
MENDES, F. R. Iniciação científica para jovens pesquisadores. Porto Alegre:
Autonomia, 2012.
PILETTI, N.; PILETTI, C.; TRAMONTE, T. História e vida integrada. 5 ed. São
Paulo: Ática, 2012. – Coleção História e Vida Integrada.
STUMER, T. C. F. (trad.) Contos da América do Sul. São Paulo: Editora Paulus,
1995. – Série Lendas e Contos.
26
VICENTINO, C.; DORIGO, G. História para o ensino médio: história geral e do
Brasil. São Paulo: Editora Scipione, 2001. v. único. p.246 e 247. (Série Parâmetros).
W. M. JACKSON editores. Tesouro da juventude. São Paulo: W.M. Jackson
Editores/ Gráfica Editora Brasileira, 1958. v. 4.
27
SUGESTÕES DE LEITURA
BULFINCH, T. O livro de ouro da mitologia: histórias de deuses e heróis. São
Paulo: Ediouro, 2006.
CORDEIRO, T. Os deuses pedem sangue. Revista Mundo Estranho: n º 153. São
Paulo: Editora Abril, jun. 2014.
FRANCHINI, A.S.; SEGANFREDO, C. As melhores histórias da mitologia
nórdica. Porto Alegre: Artes & Ofícios, 2010.
INCONTRI, D.; SANTOS, F. S. (Org.). A Arte de Morrer: visões plurais. Bragança
Paulista: Editora Comenius, 2007.
STUMER, T. C. F. (trad.) Contos da América do Sul. São Paulo: Editora Paulus,
1995. (Série Lendas e Contos).
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APÊNDICE A
Escola Estadual de Ensino Médio Professor Carlos Loréa Pinto
Questionário de Seminário Integrado
Tema: "Vida Após A Morte"
1) Sua Religião:
( )Budista
( )Kardecista ( )Cristão (e todas as diversas variações do Cristianismo)
( )Muçulmano ( )Judeu ( )Religião Africana ( )Outra. Qual?_________________________
2) Considera-se:
( )Um praticante assíduo
( )Um praticante eventual
( )Não praticante
3) Há quanto tempo estuda essa doutrina:
( )1 a 2 anos
( )3 a 6 anos
( )7 anos ou mais. Quantos?_____________________________________________________________________
4) Qual o seu ponto de vista sobre sua religião?_______________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
Um pouco sobre sua doutrina.
1) De acordo com a sua religião e/ou crença como surgiu a vida?_________________________
___________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________
2) O que sua religião pretende disseminar pelo mundo?___________________________________
___________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________
3) Quais são os passos do funeral de um seguidor dessa doutrina?__________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
4) Sua doutrina crê em reencarnação? ( )Sim ( )Não.
5) Os atos feitos em vida influenciam na vida após a morte? ( )Sim ( )Não.
Como?______________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
6) Conheces alguma bibliografia que possas nos indicar para complementar nossa
pesquisa? ( )Sim ( )Não.
Qual?_______________________________________________________________________________________________
Questionário utilizado na coleta de dados no primeiro ano da pesquisa. As informações coletadas
através deste questionário não fazem parte do presente trabalho escrito.
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Vida após a morte nas mitologias