INTERDISCIPLINARIDADE NO PATRIMÔNIO MODERNO:
PRODUÇÃO ARQUITETÔNICA EM PASSO FUNDO-RS
Eliane Panisson
CAU- FEAR-UPF
[email protected]
José Luiz Tolotti Filho
CAU-FEAR-UPF
[email protected]
Lorena Wairich
CAU-FEAR-UPF
[email protected]
Resumo
Este artigo tem por objetivo tratar a interdisciplinaridade na preservação do
patrimônio moderno na cidade de Passo Fundo. Utiliza como pano de
fundo duas atividades realizadas pelo Curso de Arquitetura e Urbanismo
dessa instituição. Um deles, o livro Arquitetura Urbana de Passo Fundo
1865-1965 produzido a partir de um projeto de pesquisa. O outro, um
projeto de extensão, Arquitetura Urbana em Maquetes, desenvolvido a
partir do livro. A partir desses trabalhos, as relações einterdisciplinares são
examinadas.
Palavras-Chave: Arquitetura Moderna, Interdisciplinaridade.
Abstract
This paper has as main aim to treat the interdisciplinary in the preservation
of the modern patrimony at Passo Fundo, Rio Grande do Sul state. Uses
as a backdrop two activities that took place at Architecture School of
Universidade de Passo Fundo. One of them the book Arquitetura Urbana
em Passo Fundo: 1865-1965 produced from a research project. The other,
an extention project, Arquitetura Urbana em Maquetes, developed from the
book. From this works, the interdisciplinary relations are examined.
Keywords: Modern Architecture, Interdisciplinary.
1
Introdução
Este estudo examina a arquitetura representativa da modernidade na cidade de Passo
Fundo – RS e a conscientização da sociedade atual sobre a necessária documentação
e conservação desse patrimônio. A metodologia adotada para o desenvolvimento do
trabalho fundamenta-se na interdisciplinaridade entre as atividades desenvolvidas no
Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Passo Fundo.
No caso aqui analisado, essa interdisciplinaridade propiciou uma conexão entre o
aprendizado acadêmico das disciplinas de Teoria e História da Arquitetura,
Composição e Crítica da Arquitetura, Representação Gráfica, e Maquetes, aliando a
teoria e a prática nas atividades de pesquisa e extensão propostas. Esse elo se deu
entre o estudo aprofundado sobre a modernidade em Passo Fundo expressa nos
edifícios reconhecidos como boa arquitetura e o projeto de extensão. Os edifícios
foram selecionados a partir dos livros Arte e Técnica na Formação do Arquiteto, de
Edgar Graeff (1995), e Arquitetura Urbana de Passo Fundo: 1865 - 1965, de Mara
Kramer e Lorena Postal Waihrich (2007).
2
Algumas considerações sobre a preservação do patrimônio
O rigor com que muitas vezes a questão da preservação é tratada, freqüentemente
apresentando restrições à introdução de técnicas construtivas e elementos formais
novos na recuperação de edificações tombadas, pode ter tido efeito oposto ao
desejado. Segundo Carlos Nelson Santos:
Quando se pensa em preservar, alguém logo aparece falando em
patrimônio e tombamento. Também se propagou a crença de que
cabia ao governo resguardar o que valia a pena. Como? Através de
especialistas que teriam o direito (o poder-saber) de analisar edifícios
e pronunciar veredictos... (SANTOS, 1986, p.60).
O autor constata que a preservação passou a ser procedimento avesso aos
anseios de qualquer um dos agentes envolvidos. Segundo ele, enquanto o poder
público acaba por tornar-se responsável pela integridade de bens que não quer ou não
tem condições de preservar, proprietários particulares não aceitam o tolhimento de
seus direitos de posse; a sociedade, por sua vez, nem sempre demonstra suficiente
esclarecimento quanto aos objetivos pretendidos:
...As cidades estão cheias de bairros que constituem um excelente
estoque, na maioria dos casos, em uso. Destruí-lo equivale a destruir
riqueza, prática absurda em um país onde nem sequer são
produzidas casas suficientes para atender ao acréscimo da demanda.
Arquitetos e engenheiros podem encontrar nesse campo terreno fértil
para experimentações. Palacetes e mansões podem ser
desmembrados internamente como edifícios de apartamentos.
Casinhas mínimas podem ser intercomunicadas, segundo padrões
não convencionais, resultando unidades maiores.(SANTOS,1986, p.
61)
Há casos em que a decisão técnica de preservar e recuperar determinado bem
arquitetônico é seguida de decisão política em captar recursos financeiros para a
execução da obra. Em situações onde o prédio teria, através de sua recuperação,
condições de continuar desempenhando suas funções originais (o uso persiste), os
critérios a serem adotados para a intervenção parecem mais claros, mais inteligíveis.
Sobre a alteração do uso, cabem algumas reflexões importantes para a definição
e avaliação do processo, tais como: a finalidade da recuperação; o nível de
reconstituição a ser adotado; e a validade de critérios para outros prédios “tombados”;
o nível de subjetividade a ser aceito na avaliação e aprovação por parte dos órgãos
públicos das propostas de intervenção. (TOLOTTI FILHO, 2010, p.104)
No caso dos exemplares aqui analisados, as constatações citadas não se
enquadram já que se tratam de residências que permaneceram com o mesmo uso
quando de sua concepção. Apesar de tais edificações serem preservadas por
particulares, interessa-nos a conscientização da população sobre a importância da
preservação destas e outras obras representantes da modernidade em Passo Fundo.
3
O projeto Arquitetura Urbana em Maquetes
A ideia do projeto de extensão Arquitetura Urbana em Maquetes surgiu com a
motivação de divulgar obras com valor de preservação para a comunidade em geral. O
projeto apoiou-se na execução de maquetes tendo como referência o livro Arquitetura
Urbana de Passo Fundo: 1865-1965. Algumas das obras que o livro trata motivaram a
confecção das maquetes que fazem parte de uma coleção para mostra itinerante.
Essa mostra está prevista para ocorrer tanto na cidade de Passo Fundo, como na
região de abrangência dos campi da Universidade de Passo Fundo. Assim, a pesquisa
sobre o patrimônio de Passo Fundo, desenvolvida no curso de Arquitetura e
Urbanismo da UPF, após registrada em livro, acessa a população através das
maquetes, o que quer dizer a atividade de extensão fazendo vínculo com o ensino e a
pesquisa.
A escolha das maquetes para divulgação das obras a preservar deu-se pela
aproximação da realidade que estes modelos possibilitam, isto quer dizer, uma leitura
facilitada para a comunidade em geral, distinta da representação apresentada no livro
através de projeções, que distorce a realidade e, requer um conhecimento
especializado de compreensão. Ainda, as fotografias que o livro apresenta apesar de
fácil compreensão para os leitores, mostram as obras em recortes visuais. A outra
justificativa pela escolha das maquetes, deu-se pela facilidade de divulgação para a
comunidade
em
geral
que
as
maquetes
apresentam,
enquanto
modelos
tridimensionais chamam a atenção das pessoas. Se o levantamento das obras ficasse
limitado ao registro no livro, o acesso de conhecimento na necessidade de preservá-
las ficaria restrito a uma pequena parcela da comunidade, a que já tem algum
interesse pelos temas de arquitetura.
4
Metodologia aplicada
O conhecimento aprofundado sobre as obras selecionadas se deu através de
pesquisa bibliográfica, estudos de casos semelhantes, entrevistas com pessoas da
comunidade, visitas “in loco”, levantamentos físicos e fotográficos dos locais
analisados, produção de registros físicos, como croquis e plantas dos prédios em
estudos. Esses estudos foram publicados no livro Arquitetura Urbana em Passo
Fundo: 1865-1965.
A partir dessa obra, elegeram-se edificações de significância que atestassem a
história de parcelas da cidade para serem reproduzidas em maquetes. O projeto de
extensão Arquitetura Urbana em Maquetes é parte de um processo que se iniciou em
2008 e que teve sua concretização ocorrida a partir de 2011 no Curso de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de Passo Fundo. A confecção dessas maquetes
desenvolve a percepção da obra baseada em estudos prévios de sua localização
urbana, de sua história e de sua importância para a arquitetura.
A metodologia de trabalho para a execução das maquetes consistiu em visitas e
levantamentos (fotográficos e medições) “in loco”, e no redesenho do objeto
arquitetônico complementando informações já registradas no livro Arquitetura Urbana
de Passo Fundo:1865-1965. Para tal registro, utilizou-se a escala 1/100, já
padronizada pelo grupo de extensão, pois permite a definição de detalhes básicos das
edificações como definições das aberturas, molduras das paredes externas e detalhes
dos elementos de arquitetura próprios de cada edifício, sem fazer uma cópia do
original, mas uma representação da arquitetura da época. Para alguns detalhes das
obras que foram de difícil levantamento “in loco” vale lembrar que os alunos utilizaram
proporções obtidas através de fotografias para executar as fachadas, o que foi
admitido, uma vez que todo sistema de representação impõe seus próprios limites.
Para cada maquete executada ficou responsabilizado um grupo de alunos que
contabilizavam
horas
de
atividades
complementares,
necessárias
para
a
integralização curricular. Cada grupo de alunos executou as maquetes das obras
selecionadas para a mostra itinerante na maquetaria do curso de Arquitetura e
Urbanismo da UPF. Esse convívio dos grupos promoveu discussões sobre as obras
em estudo, o que contribuiu para revisão de conhecimentos de história da arquitetura.
Desta maneira, foi possível verificar a interdisciplinaridade de conhecimentos entre
representação e história da arquitetura. Tais discussões foram fomentadas pela
necessidade imposta aos alunos de serem guias em sistema de rodízio nas mostras
itinerantes, o que requer que, expliquem as obras que representaram em maquetes do
ponto de vista da validade de suas preservações.
5
Protagonistas da modernidade: Edgar Graeff e Ivar Maia De Cesaro
A década de 50 introduziu a figura do arquiteto no cenário e na vida urbana da cidade
de Passo Fundo. No espaço urbano de Passo Fundo, na época de atuação destes
dois arquitetos, 1950 a 1960, encontrava-se a área central da cidade, foco dos
investimentos do comércio e serviços, onde localiza-se a residência Romulo Teixeira;
e a área residencial, mais procurada em função de ainda possuir terrenos maiores
capazes de abrigar edificações modernas, mais amplas, contendo pátios e espaços
abertos, onde situa-se a residência Lucindo Costamilan. A primeira residência é de
autoria de Edgar Graeff e a segunda de Ivar de Cesaro.
Edgar Albuquerque Graeff, natural de Carazinho (1921), formou-se arquiteto pela
Faculdade Nacional de Arquitetura do Rio de Janeiro em 1947. Foi o precursor do
legado de três edificações importantes para a construção da modernidade em Passo
Fundo: os edifícios Bento Gonçalves (tipologia residencial) e o Morom (uso misto
comercial e residencial), e a residência (unifamiliar) Rômulo Teixeira. Além disso, em
1956, contribuiu com a elaboração do Plano Diretor de Passo Fundo. Dedicou-se
também à crítica de arquitetura, publicou algumas obras como artigos no livro
Arquitetura Moderna Brasileira: depoimentos de uma geração (1987), Arte e Técnica
na Formação do Arquiteto (1995), Arquitetura Brasileira após Brasília (1978).
Ivar Maia De Cesaro, natural de Passo Fundo, formou-se pela Faculdade de
Arquitetura da UFRGS em 1958. Após a conclusão dos estudos assumiu as obras da
construtora De Cesaro e os trabalhos em andamento. Firmou o projeto dos edifícios
Paissandu, Jardim Wanessa (Rua Paissandu), a reforma da fábrica de Pregos (atual
Semeato), a Praça Tochetto (reformulação), o Estádio 14 de Julho, Residências de
Jorge Berthier, Alberto Tagliari, Pedro Bertagnoli, Lucindo Costamilam, e a residência
Gherrtt Jan, em Não-Me-Toque.
6 Edificações marcantes: Residências Rômulo Teixeira e Lucindo
Costamilam
O espaço urbano de Passo Fundo recebeu vários exemplares que expressam a
modernidade tardia, definida após 1950. Foram eleitas para essa análise a residência
Rômulo Teixeira (1960) de Edgar Graeff, localizada na área central, e a residência de
Lucindo Costamilan (1972), na Vila Vergueiro.
A residência Teixeira representa marca registrada de Graeff. Nela, trabalha o
volume regular saliente, projetado na parte superior do edifício, como que exibindo-se
para a rua. Utiliza as esquadrias de madeira com origem na arquitetura luso brasileira
e influência moura. O fechamento da sacada, no dormitório do casal, permite a
passagem da claridade pela treliça horizontal e cria texturas no ambiente interno,
protegendo-o da insolação oeste.
Figuras 1, 2, e 3: Residência Rômulo Teixeira (1960) Arquiteto Edgar Graeff
A diversidade de materiais, demonstra a sua capacidade de criar espaços e
volumes de modo hierárquico, estabelecendo o acesso principal numa passarela leve,
branca, que liga volume recuado à rua. Do muro lateral, Graeff segue o revestimento
envolvendo o compartimento do escritório, artifício que amplia visualmente a largura
do terreno. Entre o pavimento inferior e o superior uma janela envidraçada faz a
separação entre bloco térreo e segundo pavimento. A planta é setorizada, formada por
espaços amplos, de formas geométricas simples. Não há perda de áreas pela
interpenetração de funções que diminuem os espaços de utilização das peças. A casa
possui boa orientação solar com insolação e ventilação direta em todos os cômodos
devido às esquadrias amplas.
A residência Costamilan localiza-se na esquina das ruas General Neto e Carolina
Vergueiro, na Vila Vergueiro. As duas ruas apresentam atualmente pouco movimento
de veículos e de pedestres. A casa dialoga com outras residências projetadas por Ivar
que se encontram nas proximidades, como as residências de Pedro Bertagnoli e de
Jorge Berthier ambas ocupando esquinas, com acessos identificados por eixos, sendo
que o social na rua de maior movimento e o de serviço na rua secundária.
Figuras 4, 5 e 6: Residência Lucindo Costamilam (1972) Arquiteto Ivar Maia De Cesaro
Neste projeto, Ivar segue a estratégia já consagrada de setorização dos usos.
Acesso social e de serviço são independizados: este se faz pela rua secundária,
aquele, pela rua principal. Os fluxos diferenciados determinam a chegada do carro
pela via de menor movimento; o de maior hierarquia com a rua é a chegada na casa,
O visitante chega através do eixo perpendicular à rua de maior movimento. A sala
social foi destacada no volume retangular e desligada do terreno pelo recuo da
estrutura principal.
O arquiteto utiliza o volume principal da casa elevado do chão e recuado em
relação à marquise saliente. A estrutura da base da casa mostra-se saliente (floreiras)
em alguns pontos e recuada em outros criando zonas de sombra que expõem os
volumes. A planta possui peças amplas, preservadas na sua geometria, arejadas e
iluminadas por grandes esquadrias. Atualmente, a casa mantém seu uso, entretanto,
encontra-se desocupada.
7
Conclusão
O envolvimento dos estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo na pesquisa de
extensão produz, sem dúvida, um imaginário diferenciado preparando-os como futuros
arquitetos, educando-os para as vicissitudes e experiências da vida profissional.
Segundo Graeff (1986, p. 39):
“O valor artístico da obra é decidido, em ultima instância, pelo talento
do arquiteto e não pela maior ou menor riqueza dos materiais e
técnicas ou pelo volume e complexidade da construção.” (GRAEFF,
1986, p. 39)
O projeto possibilitou as ações de ensino, pesquisa, extensão e atividades
complementares promovidas pelo Curso de Arquitetura e Urbanismo. As tarefas
conjuntas com os estudantes ampliaram o contato com a comunidade acadêmica e a
sociedade. Através de exposições dos resultados da produção cientifica, participação
nas feiras de extensão, e mostras de iniciação cientifica valorizou-se o espírito crítico,
competitivo e a busca pela atualização dos saberes pertinentes à profissão generalista
do arquiteto.
A produção de onze maquetes sobre os edifícios históricos da cidade, que
constam do livro Arquitetura Urbana de Passo Fundo - 1865-1965, foi exposta no
Museu Ruth Schneider em 2008 e na sala de exposições do colégio Instituto
Educacional com a realização de uma palestra para os visitantes. As Exposições
destas maquetes no saguão da Biblioteca Central, no Campus I, em 2009, e no
saguão da Faculdade de Educação da UPF envolveram estagiários na divulgação e
produção de cartazes. No mesmo ano, a Caixa Econômica Federal sediou a exposição
dos trabalhos.
A tarefa desenvolvida no projeto de extensão tem mérito pela necessidade de
levantamentos cadastrais detalhados da situação existente e a importância da
reutilização da obra. A produção de maquetes possibilita a leitura tridimensional de
desenhos que, antes representados bidimensionalmente nos livros, não ofereciam o
mesmo atrativo ao espectador que visita as exposições itinerantes das maquetes
produzidas.
Diante disso, é praticamente obrigação das universidades uma atuação
comprometida, visto que historicamente o meio acadêmico é transformador e formador
de opinião. O conhecimento deve extrapolar os limites da universidade cumprindo sua
função social e a atividade de extensão propicia esse contato direto com a
comunidade. A extensão universitária na Universidade de Passo Fundo é entendida
como uma das articuladoras do trinômio ensino, extensão e pesquisa a partir das
demandas da população, buscando o comprometimento da comunidade acadêmica
com interesses e necessidades da sociedade local e regional.
8
Referências
FAZENDA, Ivani [et al.].A prática de ensino e o estágio supervisionado. Campinas,
SP: Papirus, 1991.
GRAEFF, Edgar Albuquerque. O Edifício. Edgard Albuquerque Graeff. Cadernos
Brasileiros de Arquitetura. Volume 7 – Projeto Editores Associados Ltda. São Paulo.
SP 1986
GRAEFF, Edgar Albuquerque. Arte e técnica na formação do arquiteto. São Paulo:
Studio Nobel: Fundação Vilanova Artigas, 1995
KRAMER, Mara. WAIRICH, Lorena. Arquitetura urbana de Passo Fundo:1865-1965.
Passo Fundo: Berthier, 2007
SANTOS, Carlos Nelson Ferreira. Preservar não é tombar, renovar não é por tudo
abaixo. Revista Projeto Design. São Paulo. Nº 86. P. 59-63. Abr. 1986
TOLOTTI FILHO. José Luiz. Ecletismo e Reciclagem: o edifício do MARGS, do
Memorial do Rio Grande do Sul e do Santander Cultural. PROPAR-UFRGS. 2010
Entrevistas
NOBRE, Maria Aldina Porto. [Entrevista] [fevereiro, 2011] (Entrevistada pelos
arquitetos Tolotti e Waihrich nas dependências do seu escritório NR Arquitetos em
Passo Fundo em função de ter convivido no meio profissional na mesma época em
que o arquiteto Ivar atuou como arquiteto).
DE CESARO, Elenir. [Entrevista] [abril, 2007] Entrevistador: Lorena Postal Waihrich
Passo Fundo (esposa de Ivar Maia De Cesaro passou informações e documentos
sobre as obras realizadas do arquiteto).
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