CONCURSO SEE-MG - EDITAL 2011
LÍNGUA PORTUGUESA
GRAMÁTICA
CLASSE DE PALAVRAS
ATENAS – CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS
PÚBLICOS.
A língua portuguesa subdivide-se em QUATRO GRUPOS DE
ESTUDOS, levando em consideração cada aspecto da língua.
SINTAXE - A sintaxe é a parte da gramática que estuda a
disposição das palavras na frase e a das frases no discurso,
bem como a relação lógica das frases entre si.
SEMÂNTICA - é o estudo do sentido das palavras de uma
língua.
MORFOLOGIA - é o estudo da estrutura, da formação e da
classificação das palavras. A morfologia está agrupada em dez
classes, denominadas classes de palavras ou classes
gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo,
Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição,
Conjunção e Interjeição.
FONOLOGIA - é o ramo da linguística que estuda o sistema
sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones
(sons) se organizam dentro de uma língua, classifica-os em
unidades capazes de distinguir significados, chamadas
fonemas.
MORFOLOGIA
Classes gramaticais
Variáveis –
substantivos, adjetivos, pronomes, artigos,
numerais e verbos.
Invariáveis -
preposições, conjunções, advérbios e
interjeições.
SUBSTANTIVO
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome.
Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as
quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e
fenômenos, os substantivos também nomeiam:
lugares: Alemanha, Porto Alegre... / sentimentos: raiva,
amor... /estados: alegria, tristeza... / qualidades:
honestidade, sinceridade... / -ações: corrida, pescaria...
CLASSIFICAÇÃO
Comum - é aquele que designa os seres de uma mesma
espécie de forma genérica. Ex: cidade, menino, homem,
mulher, país, cachorro.
Próprio: é aquele que designa os seres de uma mesma
espécie de forma particular. Ex: Londres, Paulinho, Pedro,
Tietê, Brasil.
Concreto: é aquele que designa o ser que existe,
independentemente de outros seres. Obs: os substantivos
concretos designam seres do mundo real e do mundo
imaginário.
real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc.
imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc.
Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de
outros para se manifestar ou existir. Os substantivos abstratos
designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos
seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os quais não
podem existir. Ex: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem
(ação), saudade (sentimento).
Coletivos - é o substantivo comum que, mesmo estando no
singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie.
Ex: abelha - enxame, colmeia; aluno – classe.
Nota: o coletivo é um substantivo singular, mas com ideia de
plural.
Formação dos Substantivos
Simples: é aquele formado por um único elemento.Ex:
tempo, sol, sofá, etc.
Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos.
Ex: beija-flor, passatempo.
Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra
palavra da própria língua portuguesa. O substantivo limoeiro
é derivado, pois se originou a partir da palavra limão.
Derivado: é aquele que se origina de outra palavra.
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável
quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por
exemplo, pode sofrer variações para indicar:
Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo: meninão
Diminutivo: menininho
Flexão de Gênero
Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino.
Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem
vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos
de filmes:
- O velho e o mar. / - Um Natal inesquecível. / - Os reis da
praia
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem
vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
Ex: A história sem fim - / Uma cidade sem passado.
Substantivos Biformes e Uniformes
Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres
vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao
sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o
masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata,/
homem – mulher / poeta – poetisa / prefeito – prefeita.
Uniformes: são aqueles que apresentam uma única forma,
que serve tanto para o masculino quanto para o feminino.
Classificam-se em:
Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Ex: a cobra
macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.
Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Ex: a
criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o
indivíduo.
Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por
meio do artigo. Ex: o colega e a colega, o doente, a doente, o
artista , a artista.
Existem certos substantivos que, variando de gênero,
variam em seu significado.
Por exemplo:
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora)
o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
Plural dos Substantivos Compostos
A formação do plural dos substantivos compostos depende
da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam
o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles
que são grafados sem hífen comportam-se como os
substantivos simples:
Aguardente - aguardentes
pontapé - pontapés
girassol – girassóis
malmequer – malmequeres
O plural dos substantivos compostos cujos elementos são
ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e
discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:
a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
b)Flexiona-se somente o segundo elemento, quando
formados de:
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e altofalantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
c) Flexiona-se somente o primeiro elemento
substantivo + preposição clara + substantivo = água-decolônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor
e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como determinante
do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo
anterior.
Exemplos:
palavra-chave - palavras-chave
bomba-relógio - bombas-relógio
notícia-bomba - notícias-bomba
homem-rã
- homens-rã
peixe-espada - peixes-espada
ADJETIVOS
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de
um substantivo.
Ao analisarmos a palavra bondoso, percebemos que além
de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada
diretamente" ao lado de um substantivo: homem bondoso,
moça bondosa, pessoa bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade,
não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem
bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade,
portanto, não é adjetivo, mas substantivo, pois admite o
artigo: a bondade.
Classificação
Explicativo: exprime qualidade própria do ser. Por exemplo:
neve fria.
Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. Por
exemplo: fruta madura.
Formação
simples - Formado por um só radical. brasileiro, escuro.
Composto - Formado por mais de um radical. lusobrasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário.
Primitivo - aquele que dá origem a outros adjetivos. belo,
bom, feliz, puro.
Derivado - É aquele que deriva de substantivos ou verbos.
belíssimo, bondoso, magrelo.
*** Morfossintaxe do Adjetivo: O adjetivo exerce sempre
funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como
adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do
objeto).
Pátrio - indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles:
Estados e cidades brasileiros:
Acre
acreano
Alagoas
alagoano
Amapá
amapaense
Pátrio Composto - na formação do adjetivo pátrio composto,
o primeiro elemento aparece na forma reduzida e,
normalmente, erudita. Observe :
África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana
Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros
*** LOCUÇÃO ADJETIVA
Locução = reunião de palavras. Sempre que são
necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma
coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição +
substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução
Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo.)
Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem
freio (paixão desenfreada).
Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo
correspondente, com o mesmo significado. Ex:
Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu.
**** É necessário critério!
Há muitos adjetivos que mantêm certa correspondência de
significado com locuções adjetivas, e vice-versa. No entanto, isso
não significa que a substituição da locução pelo adjetivo seja
sempre possível. Tampouco o contrário é sempre admissível.
Colar de marfim é uma expressão cotidiana; seria pouco
recomendável passar a dizer colar ebúrneo ou ebóreo, pois esses
adjetivos têm uso restrito à linguagem literária. Contrato leonino
é uma expressão usada na linguagem jurídica; é muito pouco
provável que os advogados passem a dizer contrato de leão. Em
outros casos, a substituição é perfeitamente possível,
transformando a equivalência entre adjetivos e locuções adjetivas
em mais uma ferramenta para o aprimoramento dos textos, pois
oferece possibilidades de variação vocabular.
Por exemplo: A população das cidades tem aumentado. A falta
de planejamento urbano faz com que isso se torne um imenso
problema.
FLEXÃO DOS ADJETIVOS
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
Gênero - os adjetivos concordam com o substantivo a que
se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
substantivos, classificam-se em:
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e
outra para o feminino. ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no
feminino somente o último elemento.o motivo socioliterário, a
causa socioliterária. Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como
para o feminino.
Ex: homem feliz e mulher feliz.Se o adjetivo é composto e
uniforme, fica invariável no feminino.Ex: conflito políticosocial e desavença político-social.
Composto - é aquele formado por dois ou mais elementos.
Normalmente, esses elementos são ligados por hífen.
Apenas o último elemento concorda com o substantivo a
que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular.
Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto
seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto
ficará invariável.
Ex: a palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se
estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo.
Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo
composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo
composto inteiro ficará invariável.
Exemplos:
Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Obs: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer
adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre
invariáveis.
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm
os dois elementos flexionados.
Grau
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade
da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o
comparativo e o superlativo.
Comparativo - Nesse grau, comparam-se a mesma
característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou
mais características atribuídas ao mesmo ser. O
comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de
inferioridade. Observe os exemplos abaixo:
1) Sou tão alto como você. Comparativo De Igualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou
quão.
2) Sou mais alto (do)
Superioridade Analítico
que
você.
Comparativo
de
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois
substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma
é analítica porque pedimos auxílio a "mais...do que" ou
"mais...que".
3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo de
Superioridade Sintético.
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles:
bom-melhor pequeno-menor
mau-pior
alto-superior
grande-maior
baixo-inferior
IMPORTANTE:
a) As formas menor e pior são comparativos de
superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais
mau, respectivamente.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações
feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento,
deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,
mais grande e mais pequeno.
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois
elementos.
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas
qualidades de um mesmo elemento.
4) Sou menos alto (do) que você. Comparativo De
Inferioridade. Sou menos passivo (do) que tolerante.
Superlativo - expressa qualidades num grau muito elevado
ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser absoluto
ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser
é intensificada, sem relação com outros seres. Apresentase nas formas:
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras
que dão ideia de intensidade (advérbios).
O secretário é muito inteligente.
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de
sufixos.
Por exemplo:
O secretário é inteligentíssimo.
Observe alguns superlativos sintéticos:
benéfico
beneficentíssimo
bom boníssimo ou ótimo
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser
é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa
relação pode ser:
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
Adjetivos, leitura e produção de textos
A adjetivação é um dos elementos modalizadores de um texto,
ou seja, imprime ao que se fala ou escreve. Quando é excessiva e
voltada a obtenção de efeitos retóricos, prejudica a qualidade do
texto e evidencia o despreparo ou a má-fé de quem escreve.
Quando é feita com sobriedade e sensibilidade, contribui para a
eficiência interlocutiva do texto.
Nos textos dissertativos, os adjetivos normalmente explicitam a
posição de quem escreve em relação ao assunto tratado. É muitas
vezes por meio de adjetivos que os juízos e avaliações do produtor
do texto vêm a tona, transmitindo ao leitor atitudes como
provação, reprovação, aversão, admiração, indiferença. Analisar a
adjetivação de um texto dissertativo é, portanto, um bom caminho
para captar com segurança a opinião de quem o produziu. Lembrese de que é a sua adjetivação que deve cumprir esse papel quando
você escreve.
Nos textos ou passagens descritivas, os adjetivos cumprem uma
função mais plástica: é por meio deles que se costuma atribuir
formas, cor, peso, sabor e outras dimensões aos seres que estão
sendo descritos. É óbvio que, neste caso, o emprego de uma
seleção sensível e eficiente de adjetivos conduz a um texto mais
bem-sucedido, capaz de transmitir ao leitor uma impressão
bastante nítida do ser ou objeto descrito. São nessas passagens
descritivas que a adjetivação atua nos textos narrativos.
NUMERAL
Numeral é a palavra que indica os seres em termos
numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os
situa em determinada sequência.
Exemplos:
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
[quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"]
Eu quero café duplo, e você?
...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"]
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência
de "fila"]
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os
números indicam em relação aos seres. Assim, quando a
expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se
trata de numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia
expressa pelos números, existem mais algumas palavras
consideradas numerais porque denotam quantidade,
proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década,
dúzia, par, ambos(as), novena.
Classificação
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico.
um, dois, cem mil, etc.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada.
Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão
dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc.
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres,
indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por
exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Flexão
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma,
dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas
em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas,
etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em
número: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais cardinais
são invariáveis. Os numerais ordinais variam em gênero e
número:
primeiro
segundo
milésimo
primeira
segunda
milésimas
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas:
Por exemplo:
Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de
produção.
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
flexionam-se em gênero e número:
Por exemplo:
Teve de tomar doses triplas do medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e
número. Observe:
um terço/dois terços
Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja:
uma dúzia / um milheiro / duas dúzias
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos
numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido.
É o que ocorre em frases como:
Me empresta duzentinho...
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda
divisão de futebol)
Emprego dos Numerais
Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em
que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e
a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha
depois do substantivo:
Ordinais
João Paulo II (segundo)
D. Pedro II (segundo)
Ato II (segundo)
Século VIII (oitavo)
Canto IX (nono)
Cardinais
Tomo XV (quinze)
Luís XVI (dezesseis)
Capítulo XX (vinte)
Século XX (vinte)
João XXIII ( vinte e três)
Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal
até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um
e outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as duas") e são
largamente empregados para retomar pares de seres aos
quais já se fez referência.
Por exemplo:
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a
importância da solidariedade. Ambos agora partcipam das
atividades comunitárias de seu bairro.
Obs.: a forma "ambos os dois" é considerada enfática.
Numerais, leitura e produção de textos.
O conhecimento das formas da norma padrão dos numerais
é obviamente importante para quem tem necessidade de
produzir e interpretar textos em linguagem formal. Em
particular nas exposições orais, o uso dessas formas é
indispensável, por razões óbvias (não é possível substituir
numerais por algarismos na língua falada!), e evita
constrangimentos que podem comprometer a credibilidade
do expositor.
Os numerais também podem ser empregados na produção
e interpretação de textos dissertativos escritos. As palavras
dessa classe gramatical compartilham com os pronomes a
capacidade de retomar ou antecipar entes e dados e de
inter-relacionar partes do texto. São, por isso, elementos
importantes para a obtenção de coesão e coerência
textuais.
1. Qual das palavras destacadas a seguir não é um adjetivo?
a) As pesquisas eliminaram PARTE da emoção.
b) Os BONS candidatos nem sempre são eleitos.
c) Nas eleições há feriado NACIONAL.
d) As GRANDES empresas patrocinam candidatos.
e) Os resultados são dados no dia SEGUINTE.
2. Assinale a palavra cujo gênero está indevidamente indicado pelo artigo.
a) a dó
b) a dinamite
c) o suéter
d) o champanhe
e) a cal
3 - Das palavras abaixo, qual pode trocar de gênero, sem sofrer nenhuma
alteração ortográfica, apenas pela troca de artigo que a anteceda?
a) cientistas
b) biólogo
c) princípio
d) professor
e) altura
Pronome
É a palavra que acompanha ou
substitui o substantivo, indicando
sua posição em relação às pessoas
do discurso ou mesmo situando-o no
espaço e no tempo.
OS PRONOMES PODEM SER:
•substantivos: são aqueles que tomam o lugar do
substantivo.
Ela era a mais animada da festa.
•adjetivos: são aqueles que acompanham o
adjetivo.
Minha bicicleta quebrou.
CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES
•Pronome pessoal
•Pronome possessivo
•Pronome demonstrativo
•Pronome relativo
•Pronome indefinido
•Pronome interrogativo
Pronome pessoais.
Os pronome pessoais são aqueles que indicam as
pessoas do discurso. Dividem-se em retos que exercem a
função de sujeito e os oblíquos que exercem a função de
complemento.
RETOS
Número
1ª pessoa
2ª pessoa
3ª pessoa
Singular
*Eu
*Tu (você)
Ele
Plural
Nós
Vós (Vocês)
Eles
EXERCEM A FUNÇÃO DE SUJEITO / PODEM EXERCER A FUNÇÃO DE
COMPLEMENTO
QUADRO DOS PRONOMES PESSOAIS
NÚMERO
PESSOA
CASO RETO
PRONOMES OBLÍQUO
ÁTONOS
SEM/PREP
SINGULAR
PLURAL
TÔNICOS
COM/PREP
1ª
EU
ME
MIM, COMIGO
2ª
TU
TE
TI, CONTIGO
3ª
ELE
O, A, LHE, SE
SI, CONSIGO
1ª
NÓS
NOS
NÓS,
CONOSCO
2ª
VÓS
VOS
VÓS,
CONVOSCO
3ª
ELES
OS, AS, LHES
SE
SI, CONSIGO.
Emprego dos pronomes pessoais
Os pronomes pessoais retos funcionam como sujeitos de frases:
Eu vou à loja, talvez ele esteja lá.
Retos: Eu, tu, ele, nós, vós, eles.
.Os pronomes pessoais retos nunca aparecem depois de uma
preposição. Torna-se obrigatório o uso dos pronomes oblíquos:
Entre mim e ti há uma distância enorme.
preposição
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
tônicos.
•São pronomes oblíquos átonos:
me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes.
Os pronomes pessoais oblíquos átonos, com formas verbais:
A mãe esperava-o ansiosa
•São pronomes oblíquos tônicos:
mim, ti, ele, ela, si, nos, vos, eles, elas.
Os pronomes pessoais oblíquos tônicos são usados com
preposição:
A mãe ansiosa esperava por mim.
EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS
• Os
pronomes oblíquos átonos o, a, os, as exercem a função de
objeto direto:
A enfermeira examinou o garoto. Objeto direto
A enfermeira examinou-o
(quem examina, examina alguma coisa – VTD)
•Os pronomes oblíquos átonos lhe, lhes exercem a função de
objeto indireto.
O garçom oferece-lhe bebida.
(quem oferece, oferece alguma coisa a alguém)
preposição
•Antes de verbo no infinitivo só usamos eu e tu, jamais mim e ti.
Fizeram de tudo para eu me emocionar.
Fizeram de tudo para tu comprares a casa.
Nos casos acima os pronomes “eu e tu” são sujeitos dos verbos
emocionar e comprares.
Obs: Os pronomes retos “eu e tu” nunca serão complementos,
mesmo regidos de preposição.
Como regra prática podemos perceber o seguinte: quando
precedidos de preposição, não se usam as formas retas
“eu e tu”, mas as formas oblíquos “mim e ti”.
Ninguém irá sem EU. Ninguém irá sem mim.
Nunca houve discussões entre EU E TU. Nunca houve
discussões entre mim e ti.
Apenas um caso em que empregamos as formas retas eu
e tu mesmo precedidas por preposições: quando essas
formas funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo.
Deram um livro pra eu ler. ( eu: sujeito do verbo ler)
Só se usam os pronomes eu e tu quando funcionarem como sujeito
de um verbo. Perceba, então, que o segredo é este:
analisar sintaticamente a oração; caso o pronome funcione como
sujeito, use “eu” ou “tu”; senão, use “mim” ou “ti”.
Por exemplo:
“Era para eu sair mais cedo hoje”, pois o sujeito de “sair” é o
pronome “eu”;
“Ela trouxe o livro para mim”, pois o pronome não funciona como
sujeito.
Agora preste atenção a esta frase: “Foi difícil para mim conseguir o
emprego.” Parece estar errada, não é mesmo? mas está certa, pois o
pronome não funciona como sujeito, como à primeira vista possa
parecer.
Na verdade, “conseguir o emprego” é uma oração que funciona como
sujeito do verbo “ser”. Observe a inversão:
“Conseguir o emprego foi difícil para mim.”
Percebeu como o pronome não funciona como sujeito? Isso ocorre
quando surgir “custar, faltar, restar, bastar ou verbo de ligação
com predicativo do sujeito”:
“ Custou para mim aceitar a situação.”
“ Falta para mim conversar com três candidatos.”
“ Resta para mim explicar duas teorias.”
“ Basta para mim ter você ao meu lado.”
“ É necessário para mim aguardar ordens superiores.”
Os pronomes oblíquos “se, si, consigo” são pronomes
reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados
na voz reflexiva ou na voz reflexiva recíproca.
Reflexiva - quando o sujeito praticar a ação sobre si
mesmo.
Carla machucou-se.
Marcos cortou-se com a faca.
Reflexiva recíproca - quando houver dois elementos
como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que
pratica a ação sobre o primeiro.
Paula e Renato amam-se.
Os jovens agrediram-se durante a festa.
Os ônibus chocaram-se violentamente.
Conosco e convosco - são utilizados normalmente
em sua forma sintética. Caso haja palavra de
reforço, tais pronomes devem ser substituídos por
formas analíticas.
Queria falar conosco.
Queria falar com nós dois.
Os oblíquos “o, os ,a ,as” quando precedidos de
verbos que terminem em “r, s, z” assumem as
formas: lo, los, la, las. (VTD).
Vou (amar) amá-lo por toda a vida.
O jogo (fiz) fi-lo sozinho.
Tu (amas) amá-lo como a ti mesma.
Quando precedidos de verbos que terminam em “m, -ão, -õe, assumem a forma no, nas, nos, nas.
Entregaram-no ao professor.
Entregaram o livro ao professor. – objeto direto.
O assunto, dão-no por encerrado.
Independentemente da predicação verbal, se o verbo
terminar em mos, seguido de nos ou de vos, retira-se a
terminação -s.
Ex. * Encontramo-nos ontem à noite.
* Recolhemo-nos cedo todos os dias.
Obs: Se o verbo for transitivo indireto terminado em
“s”, seguido de lhe, lhes, não se retira a terminação s.
Ex. * Obedecemos-lhe cegamente.
* Tu obedeces-lhe?
Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a
pronomes possessivos, exercendo a função sintática
de adjunto adnominal.
Roubaram-me o livro. = Roubaram o meu livro.
Escutei-lhe os conselhos = Escutei seus conselhos.
As formas plurais “nós e vós” podem ser
empregadas para representar uma única pessoa (
singular), adquirindo valor de modéstia.( política)
Nós – disse o prefeito – procuramos resolver o
problema das enchentes.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL USO DOS PRONOMES – me, te, se, lhes,o,a,os, as,nos,vos.
Próclise - antes do verbo – Nos o amamos muito.
Ênclise - depois do verbo – Entregaram-me as camisas.
Mesóclise - aparece no meio do verbo - Convidar-me-iam
para a festa.
REGRA GERAL – OS PRONOME DEVEM VIR EM ÊNCLISE.
Uso da próclise –
1- Com palavras ou expressões negativas: não, nunca,
jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.
Exemplos: Nada me perturba. / Ninguém se mexeu. /
De modo algum me afastarei daqui.
Ela nem se importou com meus problemas.
2- Com conjunções subordinativas: quando, se, porque,
que, conforme, embora, logo, que.
Exemplos: - Quando se trata de comida, ele é um gênio.
- É necessário que a deixe na escola.
- Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos
amigos sinceros.
3 – quando aparecem advérbios
Exemplos - Aqui se tem paz.
- Sempre me dediquei aos estudos.
-Talvez o veja na escola.
OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio)
deixa de atrair o pronome.
-Aqui, trabalha-se.
4 - Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.
- Alguém me ligou? (indefinido)
- A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
-Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo
5 – Quando aparecer frases interrogativas.
Exemplo: Quanto me cobrará pela tradução?
6- Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem
desejo).
- Deus o abençoe! (Exclamativa)
- Macacos me mordam! (exclamativa)
-Deus te abençoe, meu filho! (optativas)
7 - Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.
- Em se plantando tudo dá.
-Em se tratando de beleza, ele é campeão.
8 - Com formas verbais proparoxítonas
-Nós o censurávamos. ( verbo com a tonicidade
proparoxítona)
MESÓCLISE
•Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai
acontecer – amarei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia
acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, …)
Convidar-me-ão para a festa.
- Convidar-me-iam para a festa.
*Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.
-Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.
ÊNCLISE
1 - Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.
Tornarei-me……. (errada)
Tinha entregado-nos……….(errada) * Nesse caso usa-se próclise)
2 - Ênclise de verbo no infinitivo estará sempre correta.
Entregar-lhe (correta)
-Não posso recebê-lo. (correta) (verbo terminado em r, faz-se o
objetivo direto retirando a letra “r” e colocando a letra”l”.
3 - Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas.
4 - Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportemse.
5 - Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes.
6 - Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.
OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra
atrativa, ocorrerá a próclise:
Exemplos: Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.
Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS
*Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo,
gerúndio ou particípio.
AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar.
Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo
auxiliar.
Havia-lhe contado a verdade.
- Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.
AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra
atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo
principal.
Exemplos: Infinitivo
- Quero-lhe dizer o que aconteceu.
- Quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
- Ia-lhe dizendo o que aconteceu.
-Ia dizendo-lhe o que aconteceu.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo
auxiliar ou depois do verbo principal.
Infinitivo
- Não lhe quero dizer o que aconteceu.
- Não quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
- Não lhe ia dizendo a verdade.
- Não ia dizendo-lhe a verdade.
Pronomes Possessivos
São aqueles que indicam posse, em relação às três pessoas do
discurso. São eles: meu(s),minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s),
nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s).
Empregos dos pronomes possessivos
O emprego dos possessivos de terceira pessoa seu, sua, seus, suas
pode dar duplo sentido à frase (ambiguidade). Para evitar isso,
coloca-se à frente do substantivo dele, dela, deles, delas, ou troca-se
o possessivo por esses elementos.
Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus
documentos. De quem eram os documentos? Não há como saber.
Então a frase está ambígua. Para tirar a ambigüidade, coloca-se,
após o substantivo, o elemento referente ao dono dos documentos:
se for Joaquim: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com
seus documentos dele; se for Sandra: Joaquim contou-me que
Sandra desaparecera com seus documentos dela. Pode-se, ainda,
eliminar o pronome possessivo: Joaquim contou-me que Sandra
desaparecera com os documentos dele (ou dela).
É facultativo o uso de artigo diante dos possessivos.
Ex.• Trate bem seus amigos. ou Trate bem os seus amigos.
Não se devem usar pronomes possessivos diante de partes do
próprio corpo
Ex. • Amanhã, irei cortar os cabelos. (meus)
• Vou lavar as mãos. (minhas)
• Menino! Cuidado para não machucar os pés! (seus)
Não se devem usar pronomes possessivos diante da palavra casa,
quando for a residência da pessoa que estiver falando.
Ex. Acabei de chegar de casa.
Estou em casa, tranquilo.
Pronomes Demonstrativos
Pronomes demonstrativos são aqueles que situam os seres no tempo
e no espaço, em relação às pessoas do discurso. São os seguintes:
Este, esta, isto: são usados para o que está próximo da pessoa que
fala e para o tempo presente.
Este chapéu que estou usando é de couro.( próximo a 1ª pessoa)
Este ano está sendo cheio de surpresas. (presente)
Esse, essa, isso: são usados para o que está próximo da pessoa
com quem se fala, para o tempo passado recente e para o futuro.
Ex. Esse chapéu que você está usando é de couro?
2003. Esse ano será envolto em mistérios.
Em novembro de 2001, inauguramos a loja. Até esse mês, nada
sabíamos sobre comércio.
Aquele, aquela, aquilo: são usados para o que está distante da
pessoa que fala e da pessoa com quem se fala e para o tempo
passado remoto.
Ex. Aquele chapéu que ele está usando é de couro?
Em 1974, eu tinha 15 anos. Naquela época, Londrina era uma
cidade pequena.
***Outros usos dos demonstrativos
Em uma citação oral ou escrita, usa-se este, esta, isto para o que
ainda vai ser dito ou escrito, e esse, essa, isso para o que já foi
dito ou escrito.
Esta é a verdade: existe a violência, porque a sociedade a permitiu.
Existe a violência, porque a sociedade a permitiu. A verdade é essa.
Usa-se este, esta, isto em referência a um termo imediatamente
anterior. Ex. O fumo é prejudicial à saúde, e esta deve ser
preservada.
Quando interpelei Roberval, este assustou-se inexplicavelmente.
***Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos
anteriormente citados, usa-se este, esta, isto em relação ao que foi
mencionado por último e aquele, aquela, aquilo, em relação ao que
foi nomeado em primeiro lugar.
• Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de
domínio destes sobre aquele.
• Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas,
mas eu prefiro aqueles a estas.
O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando equivalem a
isto, isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s).
Ex.• Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou)
• Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu)
Pronomes Indefinidos
Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso de
uma maneira vaga, imprecisa, genérica.
São eles: alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, outrem, mais,
menos, demais, algum, alguns, alguma, algumas, nenhum,
nenhuns, nenhuma, nenhumas, todo, todos, toda, todas, muito,
muitos, muita, muitas, bastante, bastantes, pouco, poucos, pouca,
poucas, certo, certos, certa, certas, tanto, tantos, tanta, tantas,
quanto, quantos, quanta, quantas, um, uns, uma, umas, qualquer,
quaisquer além das locuções pronominais indefinidas cada um, cada
qual, quem quer que, todo aquele que, tudo o mais...
Usos de alguns pronomes indefinidos
Todo - deve ser usado com artigo, se significar inteiro e o
substantivo à sua frente o exigir; caso signifique cada ou todos
não terá artigo, mesmo que o substantivo exija.
Ex. • Todo dia telefono a ela. (Todos os dias)
• Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro)
• Todo ele ficou machucado. (Ele inteiro, mas a palavra ele não
admite artigo)
Todos, todas - devem ser usados com artigo, se o substantivo à
sua frente o exigir.
Ex. • Todos os colegas o desprezam.
• Todas as meninas foram à festa.
• Todos vocês merecem respeito.
Algum - tem sentido afirmativo, quando usado antes do
substantivo; passa a ter sentido negativo, quando estiver depois do
substantivo.
Ex. • Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo)
• Algum amigo o ajudará. (Alguém)
Certo - será pronome indefinido, quando anteceder substantivo e
será adjetivo, quando estiver posposto a substantivo.
Ex. • Certas pessoas não se preocupam com os demais.
• As pessoas certas sempre nos ajudam.
Qualquer - não deve ser usado em sentido negativo. Em seu
lugar, deve-se usar algum, posteriormente ao substantivo, ou
nenhum. Ex.• Ele entrou na festa sem qualquer problema. Essa
frase está inadequada gramaticalmente. O adequado seria
• Ele entrou na festa sem problema algum.
• Ele entrou na festa sem nenhum problema
Pronomes Interrogativos
São os pronomes que, quem, qual e quanto usados em frases
interrogativas diretas ou indiretas.
Ex. • Que farei agora? - Interrogativa direta.
• Quanto te devo, meu amigo? - Interrogativa direta.
• Qual é o seu nome? - Interrogativa direta.
• Não sei quanto devo cobrar por esse trabalho. - Interrogativa
indireta.
Notas: Na expressão interrogativa Que é de? subentende-se a
palavra feito: Que é do sorriso? (= Que é feito do sorriso? ), Que é
dele? (= Que é feito dele?). Nunca se deve usar “quédê, quedê ou
cadê”, pois essas palavras oficialmente não existem, apesar de, no
Brasil, o uso de cadê ser cada dia mais constante.
Não se deve usar a forma o que como pronome interrogativo; usa-se
apenas que, a não ser que o pronome seja colocado depois do verbo.
Ex. • Que você fará hoje à noite? e não O que você fará hoje à
noite? • Que queres de mim? e não O que queres de mim?
• Você fará o quê?
Pronomes Relativos
Que - deve ser utilizado com o intuito de substituir um substantivo
(pessoa ou "coisa"), evitando sua repetição. Na montagem do
período, deve-se colocá-lo imediatamente após o substantivo
repetido, que passará a ser chamado de elemento antecedente.
Ex: nas orações Roubaram a peça. A peça era rara no Brasil há o
substantivo peça repetido.
Pode-se usar o pronome relativo que e, assim, evitar a repetição de
peça. O pronome será colocado após o substantivo. Então teremos
Roubaram a peça que... . Este “que” está no lugar da palavra peça
da outra oração. Deve-se, agora, terminar a outra oração: ...era rara
no Brasil, ficando
Roubaram a peça que era rara no Brasil.
Outro exemplo:
01) Encontrei o garoto. Você estava procurando o garoto.
• Substantivo repetido = garoto
• Colocação do pronome após o substantivo = Encontrei o garoto
que ...
• Restante da outra oração = ... você estava procurando.
• Junção de tudo = Encontrei o garoto que você estava procurando.
O Pronome Relativo Cujo
Este pronome indica posse (algo de alguém).
Na montagem do período, deve-se colocá-lo entre o possuidor e o
possuído (alguém cujo algo)
Ex: Antipatizei com o rapaz. Você conhece a namorada do rapaz. o
substantivo repetido rapaz possui namorada. Deveremos, então
usar o pronome relativo cujo, que será colocado entre o possuidor e
o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então, tem-se a
namorada do rapaz = o rapaz cujo a namorada. Não se pode, porém,
usar artigo (o, a, os, as) depois de cujo. Ele deverá contrair-se com o
pronome, ficando: cujo + o = cujo; cujo + a = cuja cujo + os = cujos;
cujo + as = cujas. Então a frase ficará o rapaz cuja namorada.
Somando a duas orações, tem-se
Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece.
O artista morreu ontem. Eu falara da obra do artista.
• Substantivo repetido = artista - o substantivo repetido possui
algo. • Algo de alguém = Alguém cujo algo: a obra do artista = o
artista cuja obra. Somando as duas orações, tem-se
O artista cuja obra eu falara morreu ontem.
Observe que, nesse último exemplo, a junção de tudo ficou
incompleta, pois a segunda oração é Eu falara da obra do artista,
porém, na junção, a prep. de desapareceu. Portanto o período está
inadequado gramaticalmente. A explicação é a seguinte: Quando
o verbo da oração subordinada adjetiva exigir preposição, deve-se
colocá-la antes do pronome relativo. Então, tem-se:
O artista de cuja obra eu falara morreu ontem.
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