REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. Módulo Q3 – Reacções Químicas. Equilíbrio Químico Homogéneo. 1 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. 1. Reacções Químicas 1.1 Aspectos qualitativos de uma reacção química Numa transformação ou reacção química há sempre formação de novas substâncias que se denominam produtos de reacção. De uma forma simples pode ser representada do seguinte modo: Reagentes Produtos da reacção Dá-se o nome de reagentes às substância que existem antes da reacção química suceder enquanto que os produtos da reacção são as substâncias que se obtêm no fim desta. Sinais que nos indicam a existência de uma reacção química: - Alteração de cor do sistema reaccional - Alteração de temperatura - Libertação de um gás (aparecimento de um produto gasoso) - Formação de um sólido (precipitado) - Formação de chama Para além destas características os produtos de uma reacção podem ainda ser detectados ao provocar comportamentos diferentes em outras substâncias (indicadores). Uma reacção química pode ser provocada pela acção de vários factores: - acção do calor - acção da luz - acção mecânica - acção da corrente eléctrica - junção de substâncias Sabe-se que as unidades estruturais da matéria são átomos, moléculas ou iões. Como é que é o comportamento destas unidades estruturais ao longo de uma reacção química? Durante uma reacção química ocorre sempre uma ruptura de ligações químicas entre os átomos, nos reagentes e formação de novas ligações, dando origem aos produtos da reacção. Por outras palavras existe uma reorganização dos átomos. Exemplo: 2 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. 1.1.1 Equações Químicas Para representar, rápida e claramente, reacções químicas, utilizam-se esquemas aos quais se dá o nome de equações químicas. Nas equações químicas, as substâncias intervenientes, reagentes e produtos da reacção, são representadas através das suas fórmulas químicas. Indicam-se ainda os estados físicos destas substâncias (s- sólido; l- líquido; ggasoso; aq- solução aquosa). Exemplo: Na combustão do metano, o metano combina-se com o oxigénio do ar dando origem a água e dióxido de carbono, segundo a seguinte equação química: Reagentes CH4 (g) + Produtos da reacção 2 O2 (g) CO2 (g) + 2 H2O (g) Estados físicos Leitura da equação química: o metano, no estado gasoso, reage com o oxigénio, no estado gasoso, originando dióxido de carbono e água, no estado gasoso. Quantidades envolvidas na reacção química dada como exemplo: 1 molécula de metano 2 moléculas de oxigénio 1 mole de metano 2 moles de oxigénio 16,05 g de metano 64,00 g de oxigénio 22,4 dm3 de metano 44,8 dm3 de oxigénio 1 molécula de dióxido de carbono 1 mole de dióxido de carbono 44,01 g de dióxido de carbono 22,4 dm3 de dióxido de carbono 2 moléculas de água 2 moles de água 36,04g de água 44,8 dm3 de água 3 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. Para se calcular a massa (m) de uma substância a partir da quantidade de substância (n) é necessário usar a seguinte expressão: m M M - massa molar da substância ( g/mol) n - quantidade de substância (mol) m - massa da substância ( g ) n A massa molar pode ser calculada a partir das massas atómicas relativas dos átomos que constituem uma substância. Mr(H2O) = 2 Ar(H) + Ar(O) Ex: Massa molecular relativa da água (H2O) Para se calcular o volume de uma substância, a partir da quantidade de substância (n), utiliza-se a expressão que se segue, tendo em conta que o Volume molar, em condições PTN, 3 é Vm = 22,4 dm /mol: V n Vm - Volume molar (dm 3 /mol) Vm V - Volume da substância (dm 3 ) n - quantidade de substância (mol) 1.1.2 Nomenclatura de compostos inorgânicos A variedade de compostos inorgânicos obriga a que a que os agrupemos em famílias químicas, segundo a sua e estrutura e, portanto, de acordo com determinados grupos de átomos neles existentes. Assim, temos os óxidos, os ácidos, os hidróxidos e os sais. O nome do composto é dado em função da família química a que este pertence e de acordo com as regras de nomenclatura propostas pela IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada). SAIS + Os sais são compostos iónicos formados por catiões (à excepção do H ) e por aniões - 2- 2- (à excepção do ião hidróxido HO e do ião óxido O /O2 ). A fórmula química do sais simples (formados por um só tipo de anião e um só tipo de catião) obtém-se combinando os catiões e os aniões de forma a obter uma entidade globalmente neutra, figurando o catião em primeiro lugar. Na seguinte tabela apresentam-se os catiões e aniões mais comuns: Catiões Alumínio (Al3+) Amónio (NH4+) Bário (Ba2+) Aniões Brometo (Br-) Carbonato (CO32-) Cianeto (CN-) 4 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. Cádmio (Cd2+) Cálcio (Ca2+) Chumbo(II) (Pb2+) Cobalto(II) (Co2+) Cobre(I) (Cu+) Cobre(II) (Cu2+) Estanho(II) (Sn2+) Estrôncio (Sr2+) Ferro (II) (Fe2+) Ferro (III) (Fe3+) Hidrogénio (H+) Lítio (Li+) Magnésio (Mg2+) Manganês(II) (Mn2+) Mercúrio(II) (Hg2+) Potássio (K+) Prata (Ag+) Sódio (Na+) Zinco (Zn2+) Clorato (ClO3-), Cloreto (Cl-) Cromato (CrO42-) Dicromato (Cr2O72-) Fluoreto (F-) Fosfato (PO43-) Hidrogenocarbonato ou bicarbonato (HCO3-) Hidrogenofosfato (HPO42-) Hidrogenossulfato (HSO4-) Hidróxido (HO-) Iodeto (I-) Nitrato (NO3-) Nitrito (NO2-) Óxido (O2-) Peróxido (O22-) Permanganato (MnO4-) Sulfato (SO42-) Sulfito (SO32-) Sulfureto (S2-) Tiocianato (SCN-) Como os compostos iónicos são electricamente neutros a soma das cargas de catiões e aniões de uma certa fórmula tem de ser nula. É assim obedecida a seguinte regra: “O índice do catião é numericamente igual à carga do anião e o índice do anião é numericamente igual à carga do catião.” Os seus nomes formam-se acrescentando-se ao nome do anião o nome do catião presente no sal. Exemplos: Iões Potássio nitrato + nitrato 2+ 2+ Ba sulfato iodeto 2+ Na 2+ Ca - NO3 Ba 2+ 2- SO4 Pb 2+ - I PbI2 Iodeto de chumbo + Na 3PO4 3PO4 alumínio 3+ Al sulfato 2SO4 BaSO4 Sulfato de bário I fosfato Ca(NO3)2 Nitrato de cálcio - Pb + Nitrato de potássio 2SO4 chumbo sódio KNO3 NO3 Ca bário - NO3 NO3 K cálcio + K Na3PO4 Fosfato de sódio 3+ Al 2- SO4 Al2(SO4)3 Sulfato de alumínio ÓXIDOS Os óxidos são compostos formados por oxigénio e um outro elemento. Podem ser iónicos ou moleculares. 5 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. 2- Os óxidos iónicos são formados por aniões óxidos (O ) e catiões metálicos, nas proporções estequiométricas devidas. As regras da sua nomenclatura são idênticas às dos sais. O nome é formado pelo termo óxido seguido pelo nome do catião metálico presente. Exemplos: Al2O3 – Óxido de alumínio Li2O – Óxido de lítio CaO – Óxido de cálcio Certos metais podem formar mais que um catião, para designar esses catiões usam-se números romanos. O ferro, por exemplo, pode formar dois catiões: Fe 2+ 3+ e Fe . Nesta situação, quando se lê os nomes dos compostos que resultam da combinação destes catiões, tem que se indicar os números romanos correspondentes dos catiões. 2+ Exemplo: os iões Fe e O 23+ ferro (II) os iõesFe dão origem ao composto FeO que se designa óxido de e O 2- dão origem ao composto Fe2O3 que se designa óxido de ferro (III) Os óxidos onde está presente o ião O22 são casos especiais: tratam-se dos peróxidos. Exemplos: CaO2 – Peróxido de cálcio Na2O2 – Peróxido de sódio Os óxidos moleculares são constituídos por moléculas em cuja constituição entra o elemento oxigénio e um catião não metálico. O seu nome é também formado pelo termo óxido seguido pelo nome do catião não metálico, acrescentando-lhe um prefixo indicativo do número de átomos de oxigénio ou do catião não metálico presente na molécula. Exemplos: CO (monóxido de carbono) CO2 (dióxido de carbono) SO2 (dióxido e enxofre) SO3 (trióxido de enxofre) NO2 (dióxido de azoto) N2O4 (tetróxido de diazoto) Cl2O7 (heptóxido de dicloro) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Prefixos monoditritetrapentahexaheptaoctanonadeca- ÁCIDOS 6 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. + Os ácidos são substâncias formadas por iões hidrogénio (H ) e aniões não metálicos. Os nomes são iniciados pela palavra ácido associado ao nome do anião: - quando o nome do anião termina em “eto”, o nome do ácido termina em “ ídrico”; Anião F- (fluoreto) Cl- (cloreto) I- (iodeto) CN- (cianeto) S2- (sulfureto) Ácido respectivo HF (ácido fluorídrico) HCl (ácido clorídrico) HI (ácido iodídrico) HCN (ácido cianídrico) H2S (ácido sulfídrico) - quando o nome do anião termina em “ato”, o nome do ácido termina em “ico”; Anião ClO4- (perclorato) ClO3- (clorato) SO42- (sulfato) NO3- (Nitrato) Ácido respectivo HClO4 (ácido perclórico) HClO3 (ácido clórico) H2SO4 (ácido sulfúrico) HNO3 (ácido nítrico) - quando o nome do anião termina em “ito”, o nome do ácido termina em “oso”. Anião ClO2- (clorito) ClO- (hipoclorito) SO32-(sulfito) NO2-(nitrito) Ácido respectivo HClO2 (ácido cloroso) HClO (ácido hipocloroso) H2SO3 (ácido sulfuroso) HNO2 (ácido nitroso) HIDRÓXIDOS Os hidróxidos são constituídos por catiões metálicos e aniões hidróxido, HO . Os seus nomes formam-se acrescentando-se ao termo hidróxido o nome dos catiões metálicos presentes. Exemplos: NaHO – Hidróxido de sódio KHO – Hidróxido de potássio Ca(HO)2 – Hidróxido de cálcio 1.1.3 Factores que influenciam a velocidade de uma reacção As partículas que constituem uma dada substância encontram-se em movimento, tendo assim energia cinética. Ao movimentarem-se num dado espaço, colidem entre si. É a 7 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. energia envolvida nessas colisões que é utilizada na ruptura das ligações existentes e no estabelecimento de novas ligações. Mas nem todas as colisões permitem a ruptura/formação de ligações, assim dá-se o nome de colisões eficazes às que vão permitir a existência de uma reacção química. A evolução de uma reacção química depende do número de colisões eficazes entre as partículas dos reagentes. Quanto maior for o número de colisões eficazes, mais rapidamente evoluirá a reacção. A eficácia das colisões depende de três parâmetros fundamentais: - do número de partículas de reagente e, portanto, do número total de colisões; - da energia envolvida nas colisões; - da orientação das partículas intervenientes nessas colisões. Existem assim alguns factores que favorecem a existência de uma reacção química. Concentração dos reagentes Em geral a velocidade de uma reacção é tanto maior quanto maior for a concentração dos reagentes. Sabe-se que a velocidade do sistema reaccional diminui à medida que os reagentes se vão consumindo, ou seja, à medida que a concentração dos reagentes vai diminuindo, sendo igual a zero quando um dos reagentes é consumido. Com o aumento da concentração dos reagentes, cresce a probabilidade de colisões eficazes entre as partículas destes e de se formarem novas substâncias. Temperatura do sistema Para a generalidade das reacções, quanto maior for a temperatura, maior será a velocidade da reacção. À medida que a temperatura de um sistema reaccional aumenta, aumenta a sua energia cinética interna (energia cinética das partículas que compõem o sistema), como consequência, aumenta a energia das colisões que se tornam, por isso, mais eficazes, assim a velocidade da reacção aumenta. A baixa temperatura, as reacções que estão na base da degradação dos alimentos são muito mais lentas, é por isso que se utiliza o frigorífico. Estado de divisão dos reagentes (área de contacto) Em geral, quanto maior for o estado de divisão dos reagentes, maior é a velocidade da reacção. Quando temos um reagente sólido se o partirmos em pedaços e o misturarmos com um reagente líquido, estamos a aumentar a área de contacto entre os dois reagentes. Este facto leva ao aumento do número de colisões entre as partículas, provocando um aumento da velocidade da reacção. Pressão Em geral, quanto maior for a pressão do sistema reaccional, maior será a velocidade da reacção. Ao aumentar a pressão a que se dá a reacção, o espaço entre as partículas diminui, aumentando a probabilidade de existência de colisões. 8 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. Luz A luz é um factor cinético cuja influência se explica pela adição de energia ao sistema reaccional. Essa energia é usada para quebrar ligações químicas existentes, criando-se deste modo condições para a ocorrência de outras, levando à formação de produtos da reacção. Catalisadores Catalisadores são substâncias que modificam a velocidade de uma reacção sem que sejam consumidos no processo. Inibidores Catalisadores cuja actuação se traduz pela diminuição da velocidade de uma reacção. Por exemplo, o azoto nos sacos de batatas fritas servem para retardar a oxidação dos óleos utilizados. Importância dos catalisadores na indústria química - Diminuem os tempos de reacção, baixam os custos de produção. - Reacções lentas a temperaturas relativamente baixas podem tornar-se rápidas e rentáveis com o recurso a catalisadores. - Trabalhar a temperaturas baixas: economia de energia; evita a ocorrência de reacções paralelas indesejáveis (consumo desnecessário de reagentes, formação de contaminantes) Enzimas Catalisadores biológicos que aumentam a velocidade das reacções bioquímicas. Muitas reacções químicas sem a presença de enzimas não aconteceriam. Praticamente todas as reacções que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas. Enzimas digestivas tais como a amilase, protease e lipase, reduzem os alimentos em componentes menores que são mais facilmente absorvidos no tracto digestivo. Uma aplicação industrial é a produção de antibióticos em larga escala. Encontram-se também determinados tipos de enzimas em produtos de limpeza, para ajudar a digerir gorduras e proteínas presentes em nódoas. Importância ambiental dos catalisadores A combustão de gasolina nos motores dos automóveis produz em maior quantidade dióxido de carbono e vapor de água. Como a combustão não é completa, a gasolina não reage inteiramente com o oxigénio. Há ainda a produção de monóxido de carbono, óxidos de azoto e dióxido de enxofre que são provenientes da combustão das impurezas presentes na gasolina, hidrocarbonetos que não foram queimados, etc. Estes compostos saem todos pelo tubo de escape do automóvel, poluindo a atmosfera. Com excepção do CO 2 e da H2O, os outros são altamente nocivos à saúde humana. 9 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. Uma das formas de reduzir a concentração de substâncias nocivas que saem pelo tubo de escape é incorporar um catalisador no escape do automóvel. O catalisador vai fazer com que a velocidade das reacções que transformam os gases nocivos em CO2 e H2O e azoto (N2) aumente. 1.2 Aspectos Quantitativos das Reacções Químicas Uma equação química não informa sobre o mecanismo envolvido, dinâmica do processo e tempo de duração de uma reacção química, mas informa sobre a proporção em que os reagentes e os produtos envolvidos numa reacção. Para se compreender e usar a informação que é obtida a partir de uma equação química é necessário ter em conta algumas leis. 1.2.1 Leis a que obedecem as reacções químicas Lei da conservação da massa (Lavoisier, século XVIII) Numa reacção química existe uma reorganização das partículas que compõem as substâncias envolvidas. Assim, a massa dos produtos formados no final da reacção tem de ser igual à massa dos reagentes que existiam no início. Enunciado da lei: “Numa reacção química a massa conserva-se porque não ocorre criação nem destruição de átomos. Os átomos são conservados, eles apenas se rearranjam. Os agregados atómicos dos reagentes são desfeitos e novos agregados atómicos são formados.” Lei das proporções definidas (Joseph Proust) Num dado composto químico é fixa a proporção (em massa) dos elementos que a compõem, independentemente da origem do composto ou do processo de obtenção. (Isto significa que, por exemplo, o ácido sulfúrico se representa sempre por H 2SO4, independentemente do processo de obtenção.) A hipótese de Avogadro (Amadeo Avogadro) Igual volume de diferentes gases contém igual número de partículas (nas mesmas condições de pressão e temperatura). 1.2.2 Processo para acerto de esquemas químicos 1.Contar o n.º de átomos de cada espécie presente nos reagentes e nos produtos. 2. Identificar os átomos que não estão em igual número nas duas colunas. 10 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. 3. Começar por acertar o átomo que pareça ser o de mais simples acerto. 4. Refazer a contagem de cada espécie de átomos tanto nos reagentes como nos produtos. Exemplo: Reacção do sódio com a água Na (s) + H2O (l) NaOH (aq) + H2 (g) 1. Reagentes Produtos Na H O 1 2 1 Na H O 1 3 1 2. O hidrogénio não está em igual número nos dois lados da equação, por isso, é necessário acertar o número de hidrogénios. 3. 4. 2 Na (s) + 2 H2O (l) 2 NaOH (aq) + H2 (g) Reagentes Na H O Produtos 2 4 2 Na H O 2 4 2 A equação já está acertada. 1.2.3 Reacções completas e incompletas Reagente limitante Nas reacções químicas, raramente as quantidades relativas de reagentes obedecem às proporções estequiométricas. Nestas condições há sempre um dos reagentes que se esgota primeiro, a esse reagente dá-se o nome de reagente limitante. O reagente limitante é aquele que condiciona a quantidade possível (teórica) que se pode obter do(s) produto(s) e por isso é o que existe em menor quantidade relativa. Se um dos reagentes é o limitante, então o(s) outro(s) será(ão) o(s) reagente(s) em excesso, uma vez que está(ão) presentes na mistura reaccional em quantidades superiores às exigidas pela estequiometria da reacção química. A reacção termina quando o reagente limitante se esgota. No final da reacção sobra sempre uma parte do(s) reagente(s) que se encontram em excesso. Rendimento de uma reacção Na prática, a(s) quantidade(s) de produto(s) que se forma(m) é(são) inferior(res) às quantidades previstas teoricamente. O “sucesso” de uma reacção pode avaliar-se através do cálculo do rendimento da reacção que se costuma designar por . O rendimento exprime-se, geralmente, em percentagem (%). 11 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. Quantidade de substância, massa ou volume (gases) real de produto 100 Quantidade de substância, massa ou volume (gases) teórico do produto Para gases: n( real) x100 n(teórico) ou m(real) x100 m(teórico) ou V (real) x100 V (teórico) Mesmo que todos os reagentes estejam na proporção estequiométrica (proporção indicada pelos coeficientes da equação química respectiva), o rendimento de uma reacção é quase sempre inferior a 1 (ou a 100%), que se deve, fundamentalmente: à reversibilidade de alguns processos (ocorrência da reacção inversa, que pode conduzir ao equilíbrio químico); à ocorrência de reacções secundárias em que um dos reagentes é comum à reacção principal. Uma reacção diz-se completa, se pelo menos um dos reagentes se transforma quase integralmente nos produtos de reacção, ou seja, se o seu rendimento se aproxima muito de 100% (ou 1). E diz-se incompleta se nenhum deles se esgota, sendo neste caso o rendimento inferior a 100% (ou 1). O aumento da rapidez de uma reacção só implica a diminuição do intervalo de tempo necessário para se obter a mesma quantidade de produto; não há assim aumento na quantidade obtida e, consequentemente, aumento do rendimento. Grau de pureza dos componentes de uma mistura reaccional Geralmente, a quantidade de substância (n), a massa (m) ou volume (gases) real de produto é inferior à quantidade, massa ou volume teóricos devido à existência de impurezas nos reagentes. Nem os reagentes com o mais elevado grau de pureza são 100% puros. Grau de pureza(%) massa da substância pura 100 massa do material (substâcia pura mais impurezas) 2. Aspectos Energéticos de uma Reacção Química 2.1 Energia envolvida numa reacção química Uma reacção química envolve sempre variações de energia. Os sistemas químicos são formados por enormes quantidades de partículas que possuem energia, essa energia constitui a energia interna do sistema. 12 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. A energia interna do sistema é constituída por dois tipos fundamentais de energia, a energia cinética associada ao movimento das partículas e a energia potencial que está associada à interacção entre as partículas (forças intramoleculares e forças intermoleculares). Como já é sabido numa reacção química há quebra das ligações dos reagentes e formação de novas ligações dando origem aos produtos da reacção. A nível energético este processo pode ser dividido em duas fases. Numa primeira fase, o sistema recebe energia de forma a quebrar as ligações existentes entre as partículas dos reagentes. Numa segunda fase, há libertação de energia como consequência da formação de novas ligações. A energia que é absorvida para ruptura de uma ligação é sempre simétrica à energia libertada na formação dessa mesma ligação. De seguida encontram-se alguns valores de energia média envolvidos na quebra/formação de ligações: Ligação Energia (kJ.mol-1) Ligação Energia (kJ.mol-1) H–H Cl–Cl O=O N=N O=S N–H O–H 432 243 495 945 469 391 460 C–C C=C C=C C=O C–H C–Cl C–Br 346 610 835 745 413 338 284 Por convenção, as energias que entram no sistema são positivas e as energias de saída são negativas. A energia da reacção (que a pressão constante se designa por variação de entalpia e representa-se por H) corresponde ao saldo energético entre a energia recebida no sistema para a quebra de ligações (nos reagentes) e a energia libertada na formação de novas ligações (nos produtos). A variação de entalpia, H, é a quantidade de energia posta em jogo numa reacção -1 química, a pressão constante, e exprime-se em J.mol . Exercício resolvido: A combustão completa do metano dá origem a dióxido de carbono e água, segundo a equação química: CH4 (g) + 2 O2 (g) CO2 (g) + 2 H2O (g) 13 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. Calcule a energia envolvida nesta reacção. Reagentes Ruptura Ruptura CH4 + 2 O2 4x(C-H) = 4 x 441 kJ = 1644 kJ 2x(O-O) = 2 x 494 kJ = 988 kJ Energia total necessária para a ruptura de ligações = 2632 kJ Produtos Formação Formação CO2 + 2 H2O 2x(C=O) = 4 x 799 kJ = 1598 kJ 4x(O-H) = 4 x 459 kJ = 1836 kJ Energia total necessária na formação de ligações = 3434 kJ Balanço energético da reacção química, em sistema isolado: H = energia consumida + energia libertada = 2632 + (- 3434) H = - 802 kJ 2.2 Reacções endotérmicas e exotérmicas Analisando uma situação simples em que um sistema troca energia sob a forma de calor com as suas vizinhanças. A reacção diz-se exotérmica, se o sistema cede energia às vizinhanças, aquecendo-as. É o que acontece quando uma reacção exotérmica ocorre num copo de vidro ou vaso metálico: as paredes do recipiente e o ar em volta aquecem. Pelo contrário, se a reacção for endotérmica, o sistema recebe energia das vizinhanças, que arrefecem. Conclusão, se o sistema não for isolado, há aquecimento ou arrefecimento das vizinhanças e a temperatura do sistema, após a transferência de energia, permanece inalterada. 14 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. Nas reacções exotérmicas, a energia necessária para quebrar as ligações dos reagentes é menor do que a energia libertada na formação dos produtos. Neste caso, a variação de entalpia é negativa ( H<0) Ex: Motor de um automóvel Os produtos da reacção têm menor energia do que os reagentes pois, durante o processo, liberta-se energia. Reagentes Produtos + Energia Nas reacções endotérmicas, pelo contrário, a energia que é requerida para quebrar as ligações dos reagentes é maior do que a energia libertada na formação dos produtos. Neste caso, a variação de entalpia é positiva ( H>0). Ex: Dissolução de alguns sais em água Os produtos da reacção têm maior energia do que os reagentes pois, durante o processo, absorvem energia. Reagentes + Energia Produtos 15 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. 3. Reacções incompletas e equilíbrio químico 3.1 Reversibilidade das reacções químicas Como já foi referido anteriormente, uma reacção química diz-se completa, quando leva ao esgotamento de pelo menos um dos reagentes. Mas nem todas as reacções são completas. Quando nenhum dos reagentes se esgota, a reacção diz-se incompleta, ficando uma mistura de todos os reagentes e de todos os produtos da reacção. Uma reacção é reversível se há formação de produtos de reacção a partir da diminuição da concentração dos reagentes, sem que estes se esgotem e, simultaneamente, os produtos de reacção reagem entre si originando os reagentes. Uma reacção reversível é representada por uma dupla seta, com sentidos opostos ( ), visto que ocorrem simultaneamente duas reacções: - A reacção directa, em que os reagentes originam os produtos de reacção. Os reagentes desta reacção, por convenção, representam-se à esquerda da seta. - A reacção inversa, em que os produtos da reacção directa reagem entre si para regenerar os reagentes que lhe deram origem. Por convenção, os reagentes desta reacção representam-se à direita da seta. Um exemplo de uma reacção reversível é a síntese do amoníaco, em sistema fechado: 3.1.1 Equilíbrio químico. Equilíbrio dinâmico. As reacções reversíveis tendem a um estado de equilíbrio, que é atingido quando os valores das velocidades das reacções directa e inversa se igualarem. A partir desse instante de tempo, as concentrações das espécies químicas intervenientes na reacção permanecem constantes ao longo do tempo. 16 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. Macroscopicamente, quando um sistema se encontra em equilíbrio químico, a uma dada temperatura, não se registam mudanças observáveis de propriedades físico-químicas ao longo do tempo (cor, concentração dos componentes, pressão, volume, temperatura e outros). No entanto, a reacção não pára, os reagentes continuam a formar os produtos da reacção, e vice-versa. Daí um estado de equilíbrio químico de um sistema ser um estado de equilíbrio dinâmico, em que a rapidez de variação de uma dada propriedade num sentido é igual à rapidez de variação da mesma propriedade no sentido inverso. O estado de equilíbrio químico pode ser identificado através de gráficos. 3.1.2Variação da concentração em função do tempo Em 1: - as concentrações dos reagentes diminuem - as concentrações dos produtos aumentam; - o sistema não atingiu um estado de equilíbrio. Em 2: - as concentrações dos reagentes e dos produtos permanecem constantes; - o sistema atingiu um estado de equilíbrio. 3.1.3 Variação da velocidade de reacção em função do tempo Em 1: - a velocidade de consumo dos reagentes (reacção directa) é superior à velocidade de regeneração dos reagentes (reacção inversa); - o sistema não atingiu um estado de equilíbrio. Em 2: 17 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. - a velocidade da reacção no sentido tempo directo (consumo de reagentes) é igual à velocidade de reacção no sentido inverso (regeneração dos reagentes); - o sistema atingiu um estado de equilíbrio. Se os componentes de uma mistura reaccional se encontram todos na mesma fase, quando atingem um estado de equilíbrio, este é designado por equilíbrio químico homogéneo. A síntese do amoníaco, quando ocorre em sistema fechado, é um exemplo de um equilíbrio químico homogéneo. 3.2 Aspectos quantitativos do equilíbrio químico 3.2.1 Constante de equilíbrio químico - Lei de Guldberg e Waage Um sistema fechado atinge o equilíbrio químico quando as concentrações dos diferentes intervenientes permanecem constantes, independentemente das concentrações iniciais. Através da Lei de Guldberg e Waage (Lei da acção das massas ou Lei do equilíbrio químico) é possível determinar a constante de equilíbrio – Kc . Lei de Guldberg e Waage: Num sistema em equilíbrio químico e a temperatura constante, verifica-se que o quociente entre o produto das concentrações dos produtos de reacção, elevados aos respectivos coeficientes estequiométricos, e o produto das concentrações dos reagentes, igualmente elevados aos respectivos coeficientes estequiométricos, é constante. Esse valor constante é designado de constante de equilíbrio (Kc) e só depende da temperatura a que decorre a reacção e da natureza dos reagentes. Considerando uma reacção genérica traduzida pela seguinte equação química aA + bB cC + dD (as substâncias A, B, C e D encontram-se na fase gasosa e/ou aquosa) a constante de equilíbrio para a reacção no sentido directo, é traduzida por: Kc d [C ]ceq [ D]eq a [ A]eq [ B]beq em que [A]eq, [B]eq [C]eq [D]eq são as concentrações quando se atinge o estado de equilíbrio e os expoentes a, b, c e d são os respectivos coeficientes estequiométricos. -3 As concentrações dos reagentes e dos produtos são expressas em mol.dm . No entanto, a constante de equilíbrio é adimensional (não tem unidades). 18 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. 3.2.2 Quociente de reacção O quociente de uma reacção, Q, é determinado a partir de uma expressão idêntica à da constante de equilíbrio da mesma reacção, mas as concentrações dos componentes da mistura reaccional são as existentes em situações de não equilíbrio. Para a reacção genérica: aA+bB cC+dD o quociente da reacção directa, Q, é dado pela expressão: Q [C ]c [ D ]d [ A]a [ B ]b em que [A], [B], [C] e [D] são as concentrações dos intervenientes gasosos e/ou aquosos em situação de não equilíbrio e a, b, c e d são os coeficientes estequiométricos. 3.2.3 Sentido dominante da progressão da reacção Um sistema químico que não se encontra em equilíbrio vai evoluir de modo a atingir um estado de equilíbrio - para isso poderá ocorrer predominantemente no sentido directo ou no sentido inverso. Comparando valores de Q com valores conhecidos de K c, a uma dada temperatura, podemos prever o sentido da progressão da reacção relativamente a um estado de equilíbrio. Se Q > Kc Sentido de progressão da reacção Sentido inverso O estado de equilíbrio é atingido se: - aumentar a concentração dos reagentes e diminuir a concentração dos produtos. - a velocidade da reacção no sentido inverso aumentar de modo a aumentar as concentrações dos reagentes. Q < Kc Sentido directo - aumentar a concentração dos produtos e diminuir a concentração dos reagentes. - a velocidade da reacção no sentido directo aumentar de modo a aumentar as concentrações dos produtos. Quando Q = Kc o sistema encontra-se num estado de equilíbrio - no sistema, as reacções no sentido directo e no sentido inverso ocorrem com a mesma velocidade. 3.2.4 Extensão de uma reacção A constante de equilíbrio permite caracterizar uma reacção a uma dada temperatura, 19 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. podendo ser relacionada com a extensão de uma reacção. Se o valor de Kc é elevado (Kc >> 1) - concentração dos produtos > concentração dos reagentes, quando se atinge o equilíbrio. - reacção é muito extensa no sentido directo. Se o valor de Kc é pequeno (Kc << 1) - concentração dos produtos < concentração dos reagentes, quando se atinge o equilíbrio. - reacção é muito extensa no sentido inverso. Quando o sistema se encontra num estado de equilíbrio, é possível relacionar a constante de equilíbrio da reacção directa, Kc, com a constante de equilíbrio da reacção inversa, K´c. Como Kc 1 K ´c se K ´c 1 Kc 1 Pode-se concluir que, se uma reacção é extensa no sentido directo, a reacção no sentido inverso é pouco extensa. 3.3 Equilíbrios e desequilíbrios de um sistema reaccional Quando um sistema reaccional atinge um estado de equilíbrio, este pode ser alterado através da variação da: - Temperatura; - Concentração; - Pressão. Estes factores, ao perturbarem o equilíbrio, influenciam o sentido global de progressão da reacção para um novo estado de equilíbrio. 3.3.1 Lei de Le Chatelier O sentido predominante da evolução de um sistema reaccional, cujo estado de equilíbrio é alterado pela temperatura, concentração e/ou pressão, pode ser previsto pela Lei de Le Chatelier. Lei de Le Chatelier: Um sistema químico que se encontra num estado de equilíbrio, quando sofre uma perturbação exterior (variação de temperatura, concentração ou pressão), vai evoluir, predominantemente, no sentido de contrariar essa perturbação, até se estabelecer novo estado de equilíbrio. 20 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. 3.3.2 Efeito da variação da temperatura, da alteração da concentração e da pressão A variação de temperatura afecta os sistemas em equilíbrio, uma vez que altera o valor da constante de equilíbrio (esta só depende da temperatura). A influência da temperatura no valor de Kc é diferente conforme a reacção é endoenergética ou exoenergética. Nas reacções endoenergéticas - ∆H > 0 - um aumento de temperatura favorece a reacção no sentido directo, levando a um aumento do Kc. - uma diminuição de temperatura favorece a reacção no sentido inverso, levando a uma diminuição de Kc. Nas reacções exoenergéticas - ∆H < 0 - um aumento da temperatura favorece a reacção no sentido do “consumo” de energia, isto é, no sentido inverso, levando a uma diminuição de Kc. - uma diminuição de temperatura favorece a reacção no sentido da libertação de energia, isto é, no sentido directo, levando a um aumento de Kc. Um aumento de temperatura favorece reacções endoenergéticas. E uma diminuição de temperatura favorece reacções exoenergéticas. Se um sistema sofre uma alteração da concentração: Por exemplo, na reacção de síntese do amoníaco N2 (g) + 3 H2 (g) 2 NH3 (g) - Se aumentarmos a concentração de N2 (e/ou H2), o sistema reage a este aumento evoluindo no sentido directo até se atingir o equilíbrio. - Se aumentarmos a concentração de NH3, o sistema reage a este aumento evoluindo no sentido inverso até se atingir um novo estado de equilíbrio. 21 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. Um sistema reaccional, em equilíbrio, só pode ser afectado pela variação de pressão, quando nestes intervêm componentes no estado gasoso, pois os sólidos e os líquidos são praticamente incompressíveis. A variação de pressão de um sistema reaccional, em equilíbrio, pode ser conseguida por variação de volume do sistema. A pressão e o volume de um sistema gasoso são grandezas inversamente proporcionais. Quando se diminui o volume do sistema, aumenta-se a pressão, e quando se aumenta o volume do sistema, diminui-se a pressão. O sistema evoluirá de acordo com as alterações de pressão. Se a proporção estequiométrica dos reagentes for igual à proporção estequiométrica dos produtos, o aumento de pressão não altera o estado de equilíbrio. Por exemplo, I2 (g) + H2 (g) 2 mol 2 HI (g) 2 mol Nesta reacção não há variação do número de moles de gases (é igual nos dois membros), a variação da pressão (ou de volume) não altera a posição de equilíbrio. 3.3.3 Efeito do catalisador sobre o sistema reaccional Na produção de uma determinada substância poder-se-á aumentar a quantidade de produto controlando a pressão e a temperatura do sistema ou através da presença de um reagente em excesso. Contudo, os processos podem ser lentos e para aumentar a sua velocidade utilizam-se os catalisadores. Os catalisadores são substâncias que intervêm no sistema reaccional, alterando, de 22 REACÇÕES QUÍMICAS. EQUILÍBRIO QUÍMICO HOMOGÉNEO. igual modo, a velocidade da reacção directa e da reacção inversa, sem que afectem o estado de equilíbrio e sem que sejam consumidos. A presença de um catalisador não influencia as quantidades produzidas, só permitindo um aumento da eficiência, em relação ao tempo de produção, uma vez que permite que o estado de equilíbrio seja mais rapidamente estabelecido. 23