JORNAL Nº 67 | JUN 2009 Nº 67 | JUNHO 2009 Prémio Airbus de excelência operacional O estudo “Marcas de Confiança 2009” avaliou, pela primeira vez, a reputação ambiental. A TAP venceu na categoria “companhia aérea”. Pág. 6 A Airbus atribuiu à TAP o prémio de excelência operacional da frota A320, com base no número de aviões em operação, utilização média diária, fiabilidade técnica e número e duração dos atrasos nos voos motivados por razões técnicas. Pág. 5 Programa Reconhecer Mais 27 trabalhadores foram distinguidos no âmbito do Reconhecer. Nas suas sete edições, este programa já reconheceu mais de 200 pessoas. Pág. 10 Conselho de Administração reconduzido O Conselho de Administração foi reconduzido na Assembleia Geral de 2 de Junho, tendo sido também aprovado um conjunto de orientações estratégicas para o mandato, que terminará em 2011. Pág. 7 TOP TAP 2008 Realizou-se mais uma edição dos TOP TAP, que premeiam os agentes que mais vendem os produtos da companhia. A Espírito Santo Viagens voltou a conquistar o principal prémio. Pág. 8 Vários trabalhadores da TAP participam activamente no Banco Alimentar Contra a Fome. Manuel Norton, antigo administrador da companhia, é um dos dirigentes desta instituição e explica porque devemos, todos nós, colaborar nas suas iniciativas. Pág.15 INQUÉRITO Nº 67 | JUN 2009 2 BREVES TAP CUMPRE NA DEFESA DO CONSUMIDOR 1 – Como vê a TAP no futuro? 2 – Qual é o seu papel nesse cenário e que contributo pode dar à TAP? egundo um estudo da Comissão Europeia, divulgado Sem Maio, a TAP é uma das 16 companhias aéreas que cumprem as regras em matéria de defesa do consumidor, no que respeita à venda de bilhetes online. Foram avaliadas 67 grandes companhias de aviação. LONDRES 60 ANOS comemorou, em 27 de Maio, os 60 anos do primeiA TAP ro voo comercial regular entre Portugal (Lisboa) e o Reino Unido (aeródromo de Northolt, West London), operado por um avião DC4 Skymaster. MAIS DOIS PARA DAKAR TAP vai efectuar dois voos semanais extra para Dakar, A entre 23 de Julho e 3 de Setembro, reforçando a operação diária regular para a capital do Senegal. Estes voos realizam-se às segundas e quintas-feiras. MOSCOVO, VARSÓVIA, HELSÍNQUIA companhia iniciou em 9 de Junho as ligações para Moscovo e Varsóvia e, no dia seguinte, para Helsínquia. A MEDICAMENTOS PARA MOÇAMBIQUE expedição Trans African Air 2009, iniciativa de pilotos A da TAP, entregou ao governo moçambicano, no início de Maio, três toneladas de medicamentos, 50 rádios e cem computadores. A equipa iniciou depois um percurso aéreo por aquele País, com a duração de duas semanas, em cinco aviões Cessna. ILHA DE SÃO VICENTE TAP poderá começar a operar três vezes por semana A para a ilha de São Vicente, Cabo Verde, assim que o remodelado aeroporto de São Pedro (Mindelo) for homologado e receber voos nocturnos. Sandra Fernandes André Nunes Luís Tomé 30 ANOS TÉCNICA COMERCIAL DE REDE E PLANEAMENTO TA NA TAP DESDE 2000 22 ANOS TMA M&E NA TAP DESDE 2008 39 ANOS COORDENADOR DE RECEITA VENDIDA DA ÁREA PORTUGAL TAP SERVIÇOS NA TAP DESDE 1992 Não tem hobbies em particular Jogar computador e praticar aeromodelismo 1 – Acho que, se continuarem as greves que se planeiam, o futuro da TAP poderá ficar um bocado negro. As pessoas têm que pensar que não há secções diferentes, mas sim que somos todos uma companhia, dependendo uns dos outros. 2 – Contribuir com todo o meu trabalho e esforço, para que todas as tarefas que me atribuem sejam bem feitas. 1 – A TAP é uma das poucas empresas que, durante a crise, se conseguiu manter e aguentar. Por isso, espero que o futuro seja positivo. 2 – Dar o meu melhor e esperar que o barco se aguente. Ler 1 – Orgulho-me que o nosso presidente esteja a liderar a companhia nestes tempos difíceis, até porque ele tem um projecto e sabe o que diz. A partir daí, acho que há sucesso garantido, apesar da fase crítica que atravessamos. 2 – Eu amo a minha companhia e o meu papel é dar o que a companhia exigir. Se não tivermos sucesso, não será por falta de esforço. Vamos Agir Eco! A TAP quer renovar o seu compromisso de protecção do ambiente e fazê-lo juntamente com os trabalhadores. Por isso, este espaço será dedicado à divulgação de sugestões práticas, para que todos adoptemos um comportamento mais ecologicamente responsável. Agir Eco é a proposta. Vamos mostrar-lhe como nas próximas edições do Jornal. EDITORIAL Nº 67 | JUN 2009 3 TAP: uma marca de confiança A o receber das mãos do Sr. Giovanni Bisignani, director-geral da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), uma distinção pela pioneira iniciativa do Programa de Compensação de Emissões de dióxido de carbono (CO2), senti uma enorme emoção, a qual é justificada por sentir que, mais uma vez, a TAP é merecedora da atenção internacional, resultado das suas iniciativas e da capacidade dos seus profissionais. O programa de compensação de carbono da IATA, lançado pela TAP no passado dia 5 de Junho, assinalando o Dia Mundial do AmbienFERNANDO PINTO te, dá aos seus passageiros a oportunidade de compensar as emissões de CO2 resultantes dos seus voos, permitindo, através da adesão ao programa, a sua contribuição para projectos de redução de emissões em países em desenvolvimento. Para além de ser pioneira nesta iniciativa, a TAP aponta caminhos para a defesa do nosso planeta, reafirmando que, ao contrário do que muitos ainda pensam, o transporte aéreo é uma indústria que se preocupa com o meio ambiente e com as próximas gerações. Porém, esta distinção não é a única boa notícia neste domínio. De facto, 88 por cento dos leitores da revista Selecções do Reader´s Digest votaram recentemente na nossa companhia como a marca portuguesa com melhores práticas ambientais, comprovando que não têm passado despercebidos os nossos esforços em matéria ambiental. Programa Simpatia está de volta A TAP relançou o Simpatia, um programa que pretende levar os clientes a distinguir os trabalhadores “da linha da frente”. A iniciativa está a ser desenvolvida por uma equipa de 16 pessoas de várias áreas da companhia e da Groundforce. De acordo com o director de Recursos Humanos do Transporte Aéreo da TAP, José Falcato, pretende-se “ter cada vez mais orientação para os clientes e, sendo eles a fazer o reconhecimento dos trabalhadores, isso é importante para reforçar a nossa atitude.” O objectivo é conseguir uma maior empatia com o passageiro na hora do atendimento, mas vai mais longe. “Gera envolvimento e profissionalismo, bem como a vontade de termos clientes satisfeitos, de acordo com as suas ne- cessidades e com a qualidade de serviço que lhes queremos prestar”, diz José Falcato. No âmbito do TAP Simpatia, os clientes vão receber cartões, que entregam aos trabalhadores para “premiar” o bom atendimento. “O nosso objectivo principal é perceber que quem tem força e avalia o nosso trabalho é o cliente. Nós vivemos para o servir e é muito justo que tenhamos um programa que lhe dê poder para avaliar quando tem um bom atendimento”, considera o administrador Luiz Mór. “Um atendimento diferente pode mesmo fazer a diferença. Hoje em dia, a competição é muito acirrada e só ganha clientes aquele que prestar melhor atendimento e serviço, sendo a simpatia uma ferramenta poderosa”, afirmou Luiz Mór. Sermos cada vez mais uma “Marca de Confiança” é um desafio que temos à nossa frente e não só em termos ambientais, mas em todos os domínios, nomeadamente, como uma companhia que serve bem os seus clientes, tem um bom produto que lhes agrada e é, cada vez mais, um orgulho para Portugal. Sermos cada vez mais uma “Marca de Confiança” é um desafio que temos à nossa frente e não só em termos ambientais, mas em todos os domínios, nomeadamente, como uma companhia que serve bem os seus clientes, tem um bom produto que lhes agrada e é, cada vez mais, um orgulho para Portugal. Pelas razões por todos conhecidas e depois de um 2008 muito difícil, o ano em curso também não tem sido fácil, fruto da crise global das economias, que provocou uma retracção na actividade económica, com consequências muito negativas para o transporte aéreo. O nosso tráfego é marcado por uma forte sazonalidade, pelo que o período de Verão, que agora se inicia, é fundamental para os resul- tados deste ano. As novas linhas de Moscovo, Varsóvia e Helsínquia e alguns reforços para África, em especial para Luanda, são apostas que deverão contribuir também para as nossas esperanças de alcançar bons resultados. Estou certo de que os trabalhadores da TAP não se pouparão a esforços para que estes próximos meses correspondam às necessidades, reforçando as nossas condições para ultrapassar esta fase difícil, para que seja possível entrarmos, de forma positiva, num novo ciclo do transporte aéreo que, conforme tenho dito, trará vantagens para os que tiverem resistido melhor às actuais dificuldades. 4 CRISE Nº 67 | JUN 2009 “Transporte aéreo sofre colapso” O tráfego de passageiros continua em quebra. Apesar de uma ligeira recuperação, ainda que negativa (-3,1%), em Abril, a IATA admite que redução da procura volte a situar-se nos dois dígitos em Maio. As estimativas de prejuízos foram revistas em alta, para 6,5 mil milhões de euros. E o preço do combustível está a subir. O cenário mantém-se crítico para a aviação. O Também a OAG divulgou informação sobre chairman da Associação Europeia a situação do transporte aéreo em Maio. de Companhias Aéreas (AEA), Ivan As companhias fizeram, neste mês, menos Misetic, disse, na Assembleia da Primavera 127 mil voos que no desta organização, mesmo mês do ano que “não se sabe passado (-5%) e corquando a crise vai IATA volta a rever em alta a taram 8,3 milhões passar, mas que ela estimativa de prejuízos para de lugares (-2,7%). terá repercussões 2009: 9.000 milhões de dólares Esta empresa assiseveras em todos os (cerca de 6,5 mil milhões de eunala igualmente que modelos de negócio ros), quase o dobro do anunciaMaio foi o décimo das companhias aédo pela associação em Março. mês consecutivo de reas.” redução da capaci“O volume de passadade a nível mungeiros está em queda dial, por parte das companhias aéreas, e e o mercado do transporte aéreo sofreu de que, nos cinco primeiros meses de 2009, os uma forma que só pode ser descrita como cortes foram, em média, de seis por cento um colapso”, afirmou Misetic. em número de voos e de quatro por cento Com efeito, a evolução do tráfego de passaem lugares, face ao mesmo período do ano geiros a nível mundial continua negativa. Os anterior. dados de Abril, divulgados pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), PREJUÍZOS DE 6,5 MIL MILHÕES mostram uma quebra de 3,1 por cento face DE EUROS EM 2009 ao mês homólogo de 2008. Já no início de Junho, a IATA reviu em alta a Trata-se de uma melhoria, relativamente à previsão de prejuízos da aviação para 2009. descida de 11,1 por cento em Março, mas a Aponta para perdas de nove mil milhões de IATA defende que ela deve ser “vista com dólares (cerca de 6,5 mil milhões de euros), precaução”. “As férias da Páscoa, que este quase o dobro do anunciado em Março. ano ocorreram em Abril, afectaram positiA associação prevê ainda um prejuízo opevamente o tráfego do mês.” racional de 1,7 mil milhões de dólares (mais Os dados preliminares da associação, referende 1,2 mil milhões de euros), o primeiro na tes a Maio, “sugerem que o declínio do tráfeindústria desde 2003, devido à queda das rego vai regressar aos dois dígitos, pelo menos ceitas em 15 por cento, para 80 mil milhões no que respeita às companhias europeias.” de dólares (57,5 mil milhões de euros). Para este cenário, não deve ser também alheio o preço do combustível, que mostra alguma tendência de subida, tendo aumentado 23,9 por cento em Maio, atingindo o máximo do ano (561,5 dólares por tonelada na semana terminada em 29 de Maio). Relativamente aos prejuízos de 2008, a IATA continua a fazer revisões em alta. Depois de ter previsto 3,8 mil milhões de euros, corrigiu as contas para 6,4 mil milhões de euros e, no início de Junho, avançou já com perdas que se aproximam de 7,5 mil milhões de euros. GIGANTES PERDEM DINHEIRO E PASSAGEIROS Três grandes companhias divulgaram recentemente os resultados do ano fiscal terminado em Março de 2009. E os prejuízos são astronómicos. A Air France-KLM registou perdas de 814 milhões de euros, a British Airways ultrapassou os 425 milhões de euros e a Japan Airlines teve quase 479 milhões de euros de prejuízo. Outras duas companhias asiáticas de referência reportaram igualmente prejuízos elevados em 2008. A Cathay Pacific teve as maiores perdas nos seus 63 anos de actividade (874 milhões de euros) e a Thai registou o primeiro resultado negativo em 43 anos de operação (467 milhões de euros). Analisando as quebras no número de passa- geiros transportados no primeiro trimestre de 2009, várias companhias encontram-se nos dois dígitos, com destaque para Icelandair (-29,9%), Malev (-28,3%), LOT (-23,3%), Olympic (-21,1%), Tarom (20,1%), Iberia (19,7%), SAS (-17,2%) e Continental (-11,2%). Noutros casos, a redução é menor, mas não deixa de ser preocupante. Air France-KLM (-8,9%), Southwest Airlines (-8,1%), Lufthansa (-7,3%) e British Airways (-7,2%) são alguns exemplos. 1º TRIMESTRE DE 2009 A análise das contas de uma dezena de companhias aéreas no primeiro trimestre de 2009 evidencia as razões pelas quais a IATA aponta já para prejuízos, neste ano, de 6,5 mil milhões de euros. - Delta Air Lines (-609 milhões de euros) - Air France-KLM (-505 milhões) - Korean Air (-302 milhões) - American Airlines (-288 milhões) - Lufthansa (-256 milhões) - Continental (-104 milhões) - Iberia (-93 milhões) - Air Berlin (-87 milhões) - US Airways (-78 milhões) - Southwest Airlines (-70 milhões) MANUTENÇÃO E ENGENHARIA Nº 67 | JUN 2009 5 Prémio Airbus de excelência operacional A Airbus reconheceu a excepcional utilização da frota A320 da TAP, distinguindo a companhia com o prémio de excelência operacional, durante o simpósio técnico sobre esta família de aviões, promovido pelo fabricante e que reuniu em Paris operadores de todo o mundo. Recebeu o prémio o responsável pela Engenharia e Qualidade da Manutenção de Aviões da TAP M&E, Vítor Grilo. A atribuição do prémio é baseada em informação operacional recolhida durante dois anos de activi- dade e tem em conta o número de aviões da frota em operação, a sua utilização média diária, a fiabilidade técnica e o número e duração dos atrasos nos voos motivados por razões técnicas. “A TAP criou uma operação extremamente eficiente com as suas aeronaves Airbus, com uma utilização excepcionalmente elevada e uma excelente fiabilidade de despacho”, afirmou na ocasião o vice-presidente executivo do Serviço ao Cliente da Airbus, Charles Champion. A família A320 – A318, A319, A320 e A321 – é reconhecida no mercado como uma referência no segmento de narrow bodies (aviões com um único corredor). Já foram vendidas mais de 6.300 aeronaves deste tipo em todo o mundo. A Airbus já tinha reconhecido, por quatro vezes, o melhor desempenho operacional da frota da TAP a nível mundial, designadamente, A340 (1996), A319 (2000) e A310 (2003 e 2005), o que traduz o patamar atingido pela companhia na optimização da utilização da sua frota e na manutenção da sua fiabilidade operacional. ANTOINE VIEILLARD (VP A320 FAMILY & VIP/CJ PROGRAMME), DANIEL BAUBIL (EVP A320 FAMILY PROGRAMME) E CHARLES CHAMPION (EVP CUSTOMER SERVICES), DA AIRBUS, COM VÍTOR GRILO (TAP M&E), À DIREITA Participação lusa na Shell Eco-Marathon PROTÓTIPO MONTADO NAS OFICINAS DE ESTRUTURAS DA M&E A EQUIPA DA PSEMBYIST, COM O PROTÓTIPO HIDROGENIST O circuito de LausitzRing, na Alemanha, foi o palco da 25ª edição da Shell Eco-Marathon, uma competição anual que desafia estudantes de todo o mundo a conceber veículos que percorram a máxima distância, despendendo o mínimo de combustível. Realizado entre 7 e 9 de Maio, este evento contou com uma equipa portuguesa, a Secção Autónoma Projecto Shell Eco-Marathon (PSEMbyIST), composta, maioritariamente, por alunos do 4º ano das engenharias Aero- espacial e de Informática do Instituto Superior Técnico. Participaram neste projecto 17 universitários, que levaram à Alemanha o protótipo HidrogenIST, movido precisamente a hidrogénio e montado nas Oficinas de Estruturas da Manutenção e Engenharia da TAP. “TAP FOI CINCO ESTRELAS” Apesar de ser a primeira vez que esta equipa portuguesa participou na competição, a PSEMbyIST mostrou o seu valor e não deixou o seu crédito por mãos alheias, alcançando o segundo lugar entre as equipas ibéricas, o décimo entre as 32 da classe de hidrogénio e a 23ª posição entre as 200 da categoria protótipo. Visivelmente orgulhoso, o coordenador do projecto, António Henriques, frisou o trabalho e o esforço levado a cabo por toda a equipa. “Temos muito orgulho no carro e no que fizemos. Cometemos erros, tanto a nível aerodinâmico como técnico, mas temos muito orgulho e vamos melhorar para o ano!”, revela, deixando uma palavra de agradecimento ao engenheiro João Carvalho e a toda a equipa da TAP que colaborou neste projecto. “A TAP foi cinco estrelas connosco. Para além do conhecimento que nos deram, a boa vontade dos seus técnicos em ajudarem-nos foi algo que nos marcou. Eles tinham que trabalhar, pois os aviões são mais importantes! Mas contámos sempre com a sua colaboração. Sem a TAP seria impossível desenvolver este projecto”, destaca António Henriques. 6 PRÉMIOS Nº 67 | JUN 2009 “ Um voo, cinco formas de viajar.” É NOVA LÓGICA PRODUTO-BILHETE Quando se comunica um produto, um dos este o slogan dos branded products, requisitos é a simplicidade. O director da as cinco modalidades de viagem que a TAP View, João Cardoso Fernandes, descreve o passou a oferecer desde 2008, personalitrabalho desenvolvido para a criação do mizando o serviço que disponibiliza ao cliente crosite. – Discount, Basic, Classic, Plus e Executive. “O que nós fizemos foi ajudar a compreenPara a divulgação destes produtos da der a nova estrutura de bilhetes que a TAP companhia, a agência de comunicação elaborou, simplificando o seu preçário. Os digital, View, elaborou um microsite, inpreços dos bilhetes de avião são variados serido no site oficial da companhia (www. e isso cria situações flytap.com), recendifíceis de compretemente distinguiA média de consulta de um site ender aos consumido pelo Clube dos é de 4 minutos, mas, segundo dores.” Criativos. as estatísticas de utilização, “Para evitar estas Esta ferramenta de este microsite “agarra” os utilidistorções, criou-se divulgação dos prozadores durante 10 minutos. uma lógica produto– dutos da TAP rebilhete, como que cebeu o bronze na numa embalagem categoria de mevirtual, em que cada um dos cinco produtos lhor microsite, o qual, em conjunto com tem características próprias, comunicandooutros prémios, levou a que a View fosse a de forma clara e directa, de modo a escladistinguida como Melhor Agência de Corecer os clientes na dúvida: ‘Que bilhete é municação Digital do Ano. que eu quero comprar?‘” O Clube dos Criativos é uma associação sem fins lucrativos, que reúne profissionais CONTINUIDADE DA COMUNICAÇÃO criativos de algumas áreas, como PubliciApesar de ser um projecto inovador, o midade, Design e Marketing, para promover crosite manteve a linha de comunicação já a criatividade na comunicação comercial e anteriormente levada a cabo pela TAP, como formar as próximas gerações, entre outros destaca o designer da View, Carlos Guedes. objectivos. CARLOS GUEDES, PAULO AFONSO E JOÃO CARDOSO FERNANDES, OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS PELO MICROSITE DOS BRANDED PRODUCTS “A ideia era pegar na comunicação já desenvolvida, dando-lhe uma continuidade. No entanto, o processo seguido no desenvolvimento do projecto foi muito interessante.” João Fernandes reitera esta “continuidade”. “O microsite não é antagónico em relação ao que foi feito em termos publicitários. É um complemento e um suporte, usando as mesmas pessoas e o mesmo ambiente gráfico.” TAP é marca de confiança ambiental O estudo “Marcas de Confiança 2009” avaliou este ano, pela primeira vez, a reputação em questões ambientais. A TAP venceu na categoria “companhia aérea” e conseguiu mesmo a maior percentagem de nomeações espontâneas nas 10 categorias avaliadas (88%). Antes da votação, as marcas foram nomeadas por uma amostra superior a mil assinantes da revista Selecções do Reader’s Digest. A TAP tem vindo a adoptar várias medidas de redução de consumo de combustível, emissões de CO2 e melhoria de eficiência energética e operacional. Um dos exemplos é o projecto Fuel Conservation and Emissions Reduction, no âmbito do qual foi possível emitir menos 90 mil toneladas de CO2 para a atmosfera, nos últimos quatro anos. O programa de renovação da frota de médio e longo curso também contribui significativamente para a redução dos impactos ambientais Quatro dos seis novos A320-214, que a TAP vai receber este ano, vão substituir os antigos A320-211, com ganhos de eficiência na ordem dos oito por cento. As novas aeronaves permitirão diminuir, anualmente, as emissões de CO2 em cerca de 2.200 toneladas. No que diz respeito às operações em terra, a companhia dispõe, entre outros, de um sistema de gestão de energia, que permite o controlo dos consumos dos equipamentos de conforto térmico (aquecimento, ventilação e ar condicionado) e tem feito grandes avanços no que respeita à gestão dos resíduos. OS PREMIADOS TAP (88%), McDonald’s (78%), Duracel (61%), Galp (57%), Skip (52%), Continente (36%), Caixa Geral de Depósitos (35%), Sonasol (34%), Toyota (18%), Miele (14%). Paulo Afonso, programador, sublinha a funcionalidade do microsite. “Tem uma forma muito simples para o utilizador, que nem precisa de ler para conseguir identificar o bilhete que se adequa à sua condição. Para isso, usámos uma forma sofisticada e uma imagem muito completa, não sendo necessário texto para o consumidor se guiar na escolha do bilhete.” ACTUALIDADE Nº 67 | JUN 2009 7 Assembleia Geral da TAP reconduz C.A. A Assembleia Geral da TAP aprovou, em 2 de Junho, um conjunto de orientações estratégicas e manteve a composição do Conselho Geral e de Supervisão, que continua a ser presidido por Manuel Pinto Barbosa. No Conselho de Administração Executivo, liderado por Fernando Pinto, regista-se apenas uma alteração, com a substituição de Luís Ribeiro Vaz por Luís da Silva Rodrigues. “Por mais que tente, não consigo lembrarme de nenhuma indústria que tenha maiores desafios pela frente do que a da aviação. Isso faz-me sentir a enorme medida das responsabilidades que nos esperam. Por outro lado, não há maior orgulho do que juntar-me à equipa de profissionais que mais contribuem para levar o nome do País por esse mundo fora, todos os dias. É uma enorme honra vestir essa camisola!”, LUÍS DA SILVA RODRIGUES O novo elemento do Conselho de Administração da TAP tem 44 anos, é licenciado em Economia e tem um MBA da Universidade Nova de Lisboa. Frequentou um Advanced Management Program da Harvard Business School. Foi director/ coordenador de Marketing, Relações Públicas e Novas Tecnologias da TVI, administrador executivo da Media Capital Multimédia, director de Marketing da PT Comunicações e presidente da Fischer Portugal, uma agência de comunicação e publicidade de capital luso-brasileiro. declarou o novo administrador, Luís da Silva Rodrigues, ao Jornal TAP. De acordo com a proposta de orientações específicas para o triénio 2009-2011, “ao longo dos próximos três anos, a TAP necessita de restabelecer as condições de base para o seu sucesso, assegurando o reforço da sua performance comercial, definindo uma estratégia de optimização e flexibilização da base de custos e estabelecendo um plano agressivo para protecção da tesouraria e recuperação dos níveis de capital, potenciando a concretização do processo de privatização num contexto de rentabilidade dos capitais investidos.” A referida proposta apresenta um conjunto de orientações, que assentam em oito princípios (ver caixa), “sem prejuízo da oportuna aprovação, a breve prazo, do respectivo plano estratégico e dos objectivos de gestão.” A Assembleia Geral da TAP criou ainda um Comité de Reestruturação Económico-Fi- nanceira, presidido por Carlos Veiga Anjos e que integra também Vítor Cabrita Neto, Luís Patrão, Michael Conolly e Luís da Silva Rodrigues. COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS TRIÉNIO 2009-2011 CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO Presidente: Manuel Pinto Barbosa Vogais: Carlos Veiga Anjos João Borges de Assunção Luís Patrão Maria do Rosário Ribeiro Vítor Rui Azevedo Pereira da Silva Vítor Cabrita Neto CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO Presidente: Fernando Pinto Vogais: Fernando Jorge Sobral Luís da Silva Rodrigues Luiz Mór Manoel Torres Michael Conolly PRÍNCIPIOS DAS ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS 1. Consolidação da posição competitiva da TAP, assegurando condições para o crescimento sustentável da companhia, no contexto do seu actual posicionamento competitivo e reforçando a sua presença nos seus mercados chave e nos seus negócios core. 2. Concretização de um processo de redução e flexibilização da base de custos da TAP, assegurando manutenção da posição favorável de que a companhia dispõe vis-avis as suas congéneres europeias e reforçando a capacidade de ajustamento às condições de mercado nos seus negócios core. 3. Revisão da estratégia de gestão das participadas, reforçando o enfoque nos negócios core do Grupo TAP (nomeadamente, Transporte Aéreo e Manutenção Aeronáutica). 4. Identificação clara dos diversos riscos dos negócios do Grupo e adopção de mecanismos adequados à sua monitorização e controlo, como meio de garantir a transparência da gestão, a exposição ao risco e a sustentabilidade empresarial. 5. Definição de uma estratégia de sustentabilidade e responsabilidade corporativa, potenciando um desenvolvimento dos Recursos Humanos da empresa num quadro de responsabilidade social e ambiental. 6. Concretização de um plano de capitalização da companhia, desenvolvendo acções para captura de cash-flow no curto prazo, revendo a actual política de investimentos através da postecipação de investimentos não essenciais aos negócios core da empresa. 7. Desenvolvimento das condições para a concretização do processo de privatização da companhia, apoiando o accionista no desenvolvimento de um plano para a privatização. 8. Desenvolvimento de uma estratégia de parcerias estratégicas e/ou financeiras para o Grupo TAP, desenvolvendo um projecto de crescimento a longo prazo que permita atrair parceiros e garantindo o alinhamento com o processo de privatização da companhia. Lisboa recebeu Congresso Internacional da ABAV O 18º Congresso Internacional da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) realizou-se em Lisboa, em 27 de Maio. “Os vários presidentes estaduais analisaram as realidades distintas das suas regiões, nomeadamente o facto de algumas serem mais pobres e outras mais avançadas, tanto económica como tecnologicamente. Isto faz com que existam ‘vários países dentro do Brasil’. Temos de encontrar o equilíbrio”, afirmou CarCARLOS ALBERTO FERREIRA SUBLINHA BOM los Alberto Ferreira, presidente da RELACIONAMENTO ENTRE A TAP E A ABAV ABAV. A Feira da ABAV, a realizar-se este ano em Outubro, foi outro dos temas abordados no Congresso. Carlos Alberto lembrou o papel da TAP na sua internacionalização e divulgação. “A TAP é fundamental, apostando e prestigiando a feira e o país. Este é um momento muito bom na relação entre a ABAV e a TAP”. O director geral da TAP para a América Latina, Mário Carvalho, destacou também a relação entre a companhia e a ABAV. “Já tínhamos uma relação muito próxima e esta iniciativa aprofunda-a ainda mais. A TAP tem um papel muito importante no Brasil e, através de toda a cadeia de agentes de viagens, é-lhe garantida preponderância de mercado.” TOP TAP Nº 67 | JUN 2009 8 “Vendemos muito e mais do que esperávamos” TAP DISTINGUE AGÊNCIAS DE VIAGENS A Espírito Santo Viagens venceu o TOP TAP Nacional, principal prémio atribuído no âmbito desta iniciativa, que se realiza anualmente e visa distinguir os agentes que mais vendem os produtos da companhia em Portugal. O evento não é novo e o vencedor também se repete ano após ano. A novidade é a crise no sector, mas mesmo isso não impediu a TAP de ter vendido “muito e mais” do que esperava, nas palavras de Fernando Pinto. FRANCISCO CALHEIROS (ES VIAGENS) COM CARLOS PANEIRO, LUIZ MÓR E FERNANDO PINTO “ Quero, em primeiro lugar, agradecer, em nome de toda a equipa, o vosso esforço e colaboração para que a TAP tenha conseguido vencer as dificuldades, e foram algumas, que ao longo do ano foi enfrentando.” Foi assim que a directora de Vendas da TAP para Portugal, Paula Canada, iniciou o seu discurso na entrega dos TOP TAP 2008, revelando que as vendas da companhia aumentaram, nesse ano, 13 por cento, o que, considerando o crescimento do mercado (2%), se traduziu num share de 59 por cento, mais 5,9 pontos face a 2007. Paula Canada referiu igualmente o lançamento, em 2008, dos Branded Products e do Corporate, “dois projectos que nos permitiram ir ao encontro da nossa estratégia de segmentação de clientes, criando produtos que se ajustassem tanto quanto possível ao seu perfil.” “Só este esforço conjunto (TAP e agências) permitiu que se atingisse o nível de vendas no mercado português, o que levou a companhia a crescer sempre acima do mercado” Paula Canada DAR A VOLTA E COM FORÇA O ano de 2008 foi também analisado pelo presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, que recordou o “prejuízo enorme, deixando-nos tristes. Há um ano atrás estava a agradecer a todos pelo recorde de lucros de 2007. Como é possível isso?” – questiona – para depois dar a resposta óbvia: “Nem é preciso explicar muito, a enorme subida dos combustíveis. A TAP não está só nesta queda, todas as empresas foram atingidas.” Contudo, Fernando Pinto evidenciou também aspectos positivos. “Vendemos muito e mais do que esperávamos, ultrapassando os nossos limites. Temos mais vendas de passageiros e uma média maior do que as outras empresas, graças ao vosso bom trabalho. Temos que continuar neste rumo, até porque 2009 será difícil, e temos que trabalhar todos juntos, para sairmos da crise todos juntos.” O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), João Passos, felicitou as agências distinguidas pelos seus resultados, alertando que “o turismo é uma indústria frágil, onde está inserido o transporte aéreo. Sem transporte aéreo não há produto e sem produto não vendemos. Mas vamos dar a volta, e com força!” ACRÓNIMOS Decididamente, o presidente da APAVT, João Passos, gosta de fazer trocadilhos bem-humorados com o nome da TAP. Sempre com a boa disposição que todos lhe reconhecem, sugeriu, na entrega dos TOP TAP 2007, que a sigla da empresa passasse a significar “Trade Adora Pinto”. Na última cerimónia de entrega destes prémios, em 6 de Maio, propôs mesmo duas opções: “Trade Assume Prejuízo” e “Transportes Álvares Pereira”, sugerindo que a companhia pedisse ajuda ao novo santo português. Aguarda-se, com expectativa, a expressão que Passos elegerá, quando a TAP regressar aos lucros em 2009… LUIZ MÓR E AGOSTINHO SILVEIRA LUIZ MÓR, JOSÉ LUÍS SILVA OLINDA MARVÃO (BDC TRAVEL) COM CARLOS ANABELA AMARAL (ATLANTIDA) (ABREU) (GEOTUR/STAR) E FERNANDO PINTO PANEIRO, LUIZ MÓR E FERNANDO PINTO E FERNANDO PINTO TOP TAP ES VIAGENS VOLTA A GANHAR O prémio principal, TOP TAP Nacional, voltou a ser conquistado pela Espírito Santo Viagens, à semelhança dos anos anteriores. O responsável por esta agência, Francisco Calheiros, elogiou o evento. “É algo muito engraçado que a TAP faz, unindo bastante o trade. É sempre uma boa experiência e nós esforçamo-nos para fazer o nosso melhor no dia-a-dia”, referiu, não esquecendo o papel da companhia na sua actividade. “É o maior fornecedor que temos e gostamos muito desta TAP, bem como da sua equipa de gestão. Enquanto rede de distribuição, revemo-nos no seu trabalho, como na racionalização e procura de novas rotas. Não podemos estar mais de acordo e estamos os dois em sintonia.” Nº 67 | JUN 2009 9 OS VENCEDORES TOP TAP 2008 NACIONAL 1º - ES Viagens 2º - Abreu 3º - Geotur / Star 4º - BCD Travel 5º - Atlantida EQUIPA DA INTERTOURS, VENCEDORA EM PASSAGEIROS MADEIRA, COM ELEMENTOS DA TAP: JORGE SARGO, PAULA CANADA, LÚCIA, EMÍLIO RODRIGUES, CRISTINA FERNANDES, MARÍLIA, ANA PAULA CARVALHO, DINA CRAVO, NOEMI ANJO, IDELSO E ANDREIA RODRIGUES REGIONAL CONTINENTE 1º - AVIC 2º - Passepartout 3º - Empresa Martins 4º - Mundiclasse 5º - TUI NORTE 1º - Intervisa 2º - Cosmos 3º - Club Tour 4º - VTC Carreira 5º - Clube Viajar CENTRO/SUL 1º - Travel Store 2º - Escalatur 3º - Viagens Marsans 4º - Viagens El Corte Inglés 5º - Halcon Viagens EQUIPA DA TOP ATLANTICO MADEIRA COM ELEMENTOS DA TAP: RITA SOUSA, ANA RODRIGUES, DINA CRAVO, PAULA CANADA, JOÃO WELSH, TERESA FREITAS, ANA PAULA CARVALHO E MARIA JORGE FRAGA PASSAGEIROS MADEIRA 1º - Intertours 2º - TOP Atlantico Madeira 3º - Bravatour CARGA MADEIRA 1º - Abreu Carga 2º - Despcarga PASSAGEIROS AÇORES 1º - Agência Teles 2º - ViaVitória 3º - AeroHorta ELEMENTOS DA BRAVATOUR (MADEIRA) E DA TAP: DINA CRAVO, MANUEL SILVA, PAULA CANADA, ANA PAULA CARVALHO, RITA MARTINS E GORETE ARAÚJO “Temos mais vendas de passageiros e uma média maior do que as outras empresas, graças ao vosso bom trabalho. Temos que continuar neste rumo e trabalhar todos juntos, para sairmos da crise todos juntos” Fernando Pinto EQUIPAS DA AGÊNCIA TELES (AÇORES) E DA TAP: LOURDES LIMA, ANA PAULA CARVALHO, CATARINA TELES, GERARDO TELES, PAULA CANADA, ANA MARTINS E ALDA SOUSA ELEMENTOS DA NAVIANGRA (AÇORES) E DA TAP: JOSÉ ANJOS, CATARINA REBELO, BÁRBARA PINHEIRO E ALDA SOUSA CARGA AÇORES (menções honrosas) - Naviangra - Tercargo MADEIRA A directora de Vendas para Portugal da TAP anunciou, na entrega dos TOP TAP Madeira, que as vendas da companhia cresceram 3,7 por cento, no ano passado, nesta região. Os passageiros transportados ascenderam a 800 mil (+9%), a maioria dos quais (70%) com origem no mercado português. Paula Canada afirmou que, apesar da entrada da concorrência, a empresa sempre afirmou que “estamos cá e tudo faremos para continuar a servir a Madeira, da melhor forma que sabemos fazer.” AÇORES Na entrega dos prémios TOP TAP Açores, Paula Canada adiantou que, na Região, “a companhia manteve, em 2008, a sua quota de mercado, que ronda os 32 por cento, tendo transportado mais 9,4 por cento de passageiros do que no ano anterior, atingindo os 262.500. José Anjos, director de Carga e Correio, afirmou que “o ano de 2008 foi, a nível geral, o melhor de sempre da TAP Cargo. Nos Açores, a companhia transportou dois milhões de quilos de carga e correio, atingindo uma facturação idêntica à do ano anterior, que já tinha constituído um recorde.” Este responsável considerou ainda que “a crise começou a afectar os resultados da empresa em Agosto de 2008, tendo-se acentuado profundamente desde Dezembro.” RECONHECER Nº 67 | JUN 2009 10 Mais 27 trabalhadores reconhecidos A TAP distinguiu na sétima edição do programa Reconhecer, em 2 de Junho, 27 trabalhadores. No total, a companhia “Já reconheceu mais de 200 trabalhadores e, na próxima edição, serão lembrados todos esses distinguidos”, disse o director de Recursos Humanos do Transporte Aéreo, José Falcato. Dulce Costa, uma das reconhecidas, mostrou a satisfação com que trabalha ao serviço da TAP. “Estou na empresa há 22 anos e OS RECONHECIDOS Afonso Henriques (TA/ARE) Agostinho Gonçalves (TA/CC) Carlos Figueiredo (TA/OV) César Medeiros (ME/MA) Dulce Costa (TA/OV) Fátima Preto (Chefe Escala Porto) Frederico Borges (Groundforce/Terminais Bagagem) Gil Trigo (Assessor Administração) Helena Gonçalves (TA/EUA) João Martins (TA/OV) João Nunes (Dir. Adj. Aeroporto Lisboa) Jorge Bezelga (TAP Serviços/Logística) José Paulo Romeira (TA/Vendas Portugal) José Reis (ME/MA) Maria Alexandre (TA/OV) Maria Pires (TA/CC) Miraldina La Vieter (Chefe Vendas Directas Angola) Nélson Pinto (Escala OPO) Noémia Ferreira (TA/OV) Nuno Moreira (Escala OPO) Ricardo Guimarães (Escala OPO) Rui Soeiro (TA/OV) Sónia Mendonça (TA/RP) Susana Azevedo (TA/OV) Susana Nunes Pinto (Escala OPO) Tiago Correia (TA/CC) Vanda Rodrigues (TA/OV) visto a camisola com orgulho. Há que manter optimismo e estas iniciativas são sempre boas.” Também João Romeira manifestou idêntica opinião. “É sempre bom ser-se reconhecido e, pelo que assistimos hoje, a TAP tem matéria humana para ultrapassar os obstáculos que aí vêm”, referiu. Helena Gonçalves também considera esta distinção “gratificante e dá-nos vontade de fazer a companhia crescer mais.” Luiz Mór, administrador da TAP, deixou uma palavra aos reconhecidos. “Dou os meus parabéns aos distinguidos. A TAP é as pessoas, com a sua garra e brilho. Tenho orgulho em ser vosso colega.” GROUNDFORCE Nº 67 | JUN 2009 11 Groundforce renova equipamentos A Groundforce conquistou recentemente novos clientes e conseguiu a renovação de alguns contratos de prestação de serviços de handling, com destaque para a British Airways e Continental, duas das maiores companhias aéreas a nível mundial. Os restantes contratos envolvem a Iceland Air (Islândia), Royal Air Maroc Cargo (Marrocos), Air Mediterranée (França), Medallion Air (Roménia) e Blue Panorama (Itália), além de três companhias do Grupo TUI, a Tuifly Nordic (Suécia), a Thomsonfly (Reino Unido) e a Jetairfly (Bélgica). NOVA FROTA REDUZ IMPACTOS AMBIENTAIS A Groundforce prepara-se para estrear novos equipamentos (tractores e carrinhas), na escala de Lisboa, no âmbito do programa de investimentos de renovação da sua frota. Os novos veículos já foram per- sonalizados na Manutenção de Equipamentos da empresa e, para a entrada em operação, apenas aguardam os dísticos regulamentares e identificativos a atribuir pelo aeroporto de Lisboa. A substituição gradual da frota visa promover uma actuação mais sustentável nas vertentes económica, social e ambiental. Pretende-se, assim, diminuir os custos de manutenção e optar por frotas ecologicamente limpas, com a necessária redução do impacto ambiental. GROUNDFORCE ASSISTE A 5ª MAIOR COMPANHIA NORTE-AMERICANA STAR ALLIANCE Star Alliance aprova entrada da Aegean Airlines A AEGEAN É A MAIOR COMPANHIA GREGA EM PASSAGEIROS O Conselho dos CEO da Star Alliance anunciou, em 26 de Maio, a aprovação da candidatura da companhia grega Aegean Airlines como futuro membro da aliança. O processo de integração vai iniciar-se brevemente, prevendo-se que a adesão ocorra no prazo de um ano. A Aegean tornou-se, em 2008, a maior companhia aérea da Grécia em termos de passageiros transportados, opera com 31 aviões e cobre 47 rotas domésticas e internacionais, com 200 voos diários. Jaan Albrecht, CEO da Star Alliance declarou que “a Aegean Airlines é uma mais-valia para a rede da aliança. O seu mercado doméstico, a Grécia, é de importância estratégica devido à sua posição geográfica na região oriental do Mediterrâneo, o principal ponto de acesso do sudeste europeu à União Europeia.” Quando o processo de integração da Aegian Airlines estiver concluído, a rede da Star Alliance passa a abranger 26 companhias, que, em conjunto, disponibilizarão mais de um milhar de destinos em 176 países, servidos por 21 mil voos diários. A aliança conta actualmente com 21 companhias, estando também confirmados como futuros membros a Air India, Brussels Airlines, Continental Airlines e TAM e mais três companhias regionais – Adria Airways, Blue 1 e Croatia Airlines. CLUBE TAP Nº 67 | JUN 2009 12 Clube TAP quer aumentar o número de sócios Na presidência do Clube TAP desde 2006, o comandante Machado Pinto foi eleito para um segundo mandato. Pretende aumentar o número de sócios, manter a qualidade na organização dos eventos, dinamizar as actividades e conseguir aprovar o futuro complexo desportivo. MACHADO PINTO, PRESIDENTE DA DIRECÇÃO “ O Clube TAP não é um clube elitista nem de meia dúzia de pessoas. É um clube dos associados e para os associados!” É desta forma entusiasta que o presidente do clube, comandante Machado Pinto, o descreve, elegendo o aumento do número de associados como um dos principais objectivos do seu mandato. “Esta instituição é uma das maiores do País, contando com 11 mil associados. Vamos empenhar-nos, com grande agressividade, para angariarmos ainda mais sócios!” Para isso, muito trabalho há a fazer neste novo mandato, iniciado em 6 de Maio com a tomada de posse dos corpos sociais, numa cerimónia realizada nas instalações do clube. Machado Pinto foi novamente eleito presidente, cargo que já desempenha desde 2006. Manter a qualidade na organização de eventos é outro dos objectivos que definiu para este seu segundo mandato. “Vamos continuar na senda das boas organizações. Somos apologistas de que é preferível organizar menos mas bem, do que muito sem qualidade. E todos os nossos eventos têm que ter qualidade. Há muitos que fazem mal, mas há relativamente poucos que fazem bem. E nós temos que estar colocados nessa grelha.” MÁRIO MATOS, PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Este esforço do Clube TAP foi, aliás, recompensado com o sucesso conseguido na organização dos torneios da Associação dos Clubes das Companhias de Aviação (ASCA). “Organizámos um torneio da ASCA no mês passado, tendo os participantes declarado que há mais de 25 anos que não havia um torneio tão bem organizado”, revela Machado Pinto. DINAMIZAR ACTIVIDADES Para além destes planos, Machado Pinto conta também com outros trunfos na manga para o futuro do Clube TAP. “Vamos continuar a remodelação das instalações e revigorar a parte desportiva. Há actividades que têm pouca expansão e queremos dinamizá-las o mais possível.” Apesar deste último aspecto não se afigurar propriamente fácil, o presidente está convicto de que “vamos conseguir ultrapassar estes obstáculos, sempre com o Clube TAP a sair vencedor.” Para atingir este objectivo, Machado Pinto tem já um projecto em mente: a aprovação do futuro complexo desportivo. Se não houve passagem de testemunho na presidência do clube, o mesmo não se passou na Mesa da Assembleia Geral, com 40 MODALIDADES O Clube TAP tem já 53 anos de existência e dispõe, neste momento, de 40 actividades desportivas. Desde o tiro à natação, passando pelo voleibol e o golfe, até ao cicloturismo e ao futebol, muitas são as modalidades desenvolvidas. É o segundo maior clube de golfe da Europa e um dos participantes mais activos nas competições da ASCA. Está inscrito em vários torneios e campeonatos, disputando-os regularmente, tanto em Portugal como no estrangeiro. Mário Matos, administrador da Cateringpor, a suceder a Neiva Santos. “Como presidente da Mesa da Assembleia Geral, tenho a função de representar todos os sócios do Clube TAP, bem como os seus interesses. Certificar-me-ei, através do plano de actividades a analisar, que esses interesses estão aí traduzidos”, disse Mário Matos. Esta representação dos sócios significa também, para Mário Matos, ”assegurar que o nome da TAP, que está associado ao clube e às pessoas que o constituem, seja dignificado e que a relação entre a companhia e o clube seja positiva para ambos.” “FREQUENTEM O CLUBE!” Numa mensagem dirigida aos sócios do clube, Machado Pinto apela para que estes utilizem os seus serviços. “Queria pedir aos associados que frequentem o Clube TAP, são eles a nossa razão de viver! O clube está aberto para eles, quer tenham mais ou menos idade, estejam no activo ou já reformados, sejam desportistas ou não desportistas. A todas as pessoas que sejam sócias do clube, que venham e o frequentem, pois será com grande prazer que as receberemos cá!” Mário Matos lembra que “existe uma adesão significativa dos trabalhadores às várias iniciativas do clube, que, aliás, alargou bastante a participação a familiares e a terceiros, atingindo um leque maior de associados.” O administrador da Cateringpor considera que o clube é um factor de coesão interna dos trabalhadores do universo TAP e até das suas famílias. “Neste aspecto, desempenha um papel muito importante na política de recursos humanos da empresa.” CORPOS GERENTES 2009-2011 MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Mário José Santos de Matos (Cateringpor) – Presidente João Martinho Vieira Vizinha (TAP M&E) – Vice-presidente Edilberto Manuel Gonçalves Moço (Reformado) – Secretário Marcolino José Delgado Ramos (TAP M&E) – Suplente DIRECÇÃO José Eduardo Machado Pinto (Reformado) – Presidente PELOURO COMUNICAÇÃO E MARKETING Vasco de Carvalho Pereira e Campanella (TAP/TA) – Vice-presidente Zélia Cristina Rafael Carmezim (TAP/TA) – Vogal Alexandra Cristina Pereira Coutinho (TAP/TA) – Vogal Elsa Marina Gomes de Sousa (TAP/TA) – Vogal PELOURO ADMINISTRATIVO E SOCIAL Carlos Teixeira dos Anjos (Reformado) – Vice-presidente Pedro Jorge Serra Silva (TAP M&E) – Tesoureiro Abel Joaquim Meireles Coxito (TAP/TA) – 1º Secretário Maria Teresa de Avelar Barradas (TAP Serviços) – 2º Secretário PELOURO DESPORTIVO Pedro Eduardo dos Santos Franco (Reformado) – Vice-presidente Álvaro António Faria Coelho da Silva (TAP M&E) – Vogal Rui Pedro Lopes Pires (TAP Serviços) – Vogal Nuno Miguel Silva Manuel (TAP M&E) – Vogal PELOURO CULTURAL E RECREATIVO João Fernandes Rodrigues (Reformado) – Vice-presidente Carlos Manuel Urbano Ferreira (Reformado) – Vogal Luís Mendonça da Silva (Reformado) – Vogal Luís Filipe Patarra Chegado (TAP M&E) – Vogal SUPLENTES Silvana Cristina de Almeida Belém (TAP/TA) José Manuel Esteves Reis Taborda (Megasis) José Joaquim Faia Branquinho (TAP Serviços) Dina Teresa Preguiça Ferro Miguel (TAP Serviços) Belinda Maria Amélia Brito Cardoso (TAP Serviços) Ana Teresa Teixeira Silva e Vasconcelos (TAP) CONSELHO FISCAL Maria de Lurdes Fernandes Pires Neves (TAP Serviços) – Presidente Antero Rua Pereira (Reformado) – 1º Secretário Carlos Eugénio Rodrigues Vaz (Reformado) – 2º Secretário Helder Lopes Baptista (TAP Serviços) – Suplente DELEGADOS José Guilherme Mota Santos Pacheco (SPDH) – Porto Rui Rodrigues Peleira (SPDH) – Faro Elda Maria Mendes Góis Oliveira (Reformada) - Funchal MEMÓRIAS Nº 67 | JUN 2009 13 Até sempre, comandante “Pereirinha”! Recentemente, a TAP ficou mais pobre. Alberto da Silva Pereira, um dos seus primeiros comandantes, deixou-nos aos 91 anos. Para trás, fica uma carreira de várias décadas ao serviço da companhia. O comandante “Pereirinha” foi também o fundador do Museu TAP. A mável, brincalhão, dedicado. A nível físico, Alberto Pereira era baixinho, facto que lhe valeu a carinhosa alcunha de “Pereirinha”. “Temos uma fotografia com quase todos os comandantes do nosso tempo e ele era o mais baixinho. Fazia lembrar o almirante Gago Coutinho!”, diz, entre risos e com muita amizade, o comandante Amado da Cunha, seu colega no 2º Curso Geral de Pilotos da TAP. Alberto da Silva Pereira nasceu a 8 de Fevereiro de 1918, sendo, 29 anos depois, admitido na TAP, onde integrou então o 2º Curso Geral de Pilotos. “Tivemos muito contacto durante o curso e tenho as melhores recordações dele. Era bastante dedicado e estava sempre disponível para colaborar”, relata Amado da Cunha. Obtendo, em 1948, o certificado de pilotoaviador de Transporte Público, é promovido, nesse mesmo ano, a 3º piloto. Era o início de uma grande carreira aos comandos de vários aviões da TAP. “Para além de ser um profissional sério, o saudoso ‘Pereirinha’ foi também um piloto de referência, respeitado tanto no chão como no ar”, sublinha o seu antigo colega. PILOTOS QUE FREQUENTARAM O 2º CURSO GERAL DE PILOTOS DOS TAP, 1947/48 (ÚLTIMO DA DIREITA) COM UMA HÉLICE A MENOS… Chegado o ano de 1951, foi promovido a 2º piloto, com o avião Dakota, até que, três anos volvidos, é finalmente promovido a 1º piloto, com o Skymaster. NA PARTIDA DO AVIÃO QUE EFECTUOU A 1ª ATERRAGEM OFICIAL DA TAP EM S. TOMÉ, 1949 (4º A CONTAR DE CIMA) O Super-Constellation viria em 1957. A forte aptidão do “saudoso Pereirinha” para voar foi provada três anos depois de ser promovido a comandante, em 1958. No dia 2 de Dezembro de 1961, na inauguração de uma nova linha da TAP para África, o voo ficou marcado pela perda de uma hélice, tendo Alberto Pereira conseguido contornar o problema. O incidente está relatado pelo próprio, no livro Histórias Com Asas, onde estão reunidas memórias dos pilotos da companhia. (ver caixa) O MUSEU TAP Em 1978, com 60 anos de idade, Alberto Pereira reformou-se, dedicando-se ao que hoje nos permite conhecer toda a história da TAP, seja por documentos, fotografias ou mesmo por simples objectos – o Museu TAP. Nomeado, em 1980, coordenador do museu pelo Conselho de Gerência, Alberto Pereira mostrou o seu espírito pioneiro na sua divulgação. Apenas um ano depois, o acervo “… Dei uma olhadela aos painéis de controlo dos motores, e (…) dizendo para o Mecânico (…): ‘Está cheio de sorte! Tem aí os ponteiros todos quietinhos, que até parece que estão colados com fita adesiva!‘ Mas ele respondeu-me pausadamente: ‘Não estou a gostar nada do motor 1!‘ Subitamente, os ponteiros dos instrumentos desse motor caíram para zero! O Radiotelegrafista salta do seu lugar (…), olha para fora, e diz calmamente: (…) ‘O hélice cavou…’ (…) Dirigi-me ao meu lugar (…) e observo (…): um jacto de óleo (…) projectava-se cerca de um metro e meio para a frente do motor, vencendo a forte resistência aerodinâmica, e espalhava-se depois para trás, (…) num banho negro. Espectáculo dantesco, que jamais esquecerei. Perdi a oportunidade de fazer a fotografia do ano! A máquina estava perto, mas… nem me lembrei dela…” “Enfim… aterrámos (…). O avião, que era quadrimotor à saída de Bissau, chegava trimotor a S. Tomé…” Alberto Pereira, em Histórias Com Asas NO 60º ANIVERSÁRIO DA TAP (À ESQUERDA). museológico já contava com 2.430 peças. Contudo, em 1986, a ligação de Alberto Pereira ao Museu TAP chegou ao fim, apenas por este ter deixado de depender directamente do Conselho de Gerência. Na Circular C4/160/86 que emitiu, agradeceu aos trabalhadores da companhia a “ajuda inestimável que se dignaram a dispensar-me para erguer o Museu TAP”, destacando o seu “espírito de sacrifício e amor à empresa.” SAUDADE E RESPEITO Alberto Pereira faleceu no final de Abril. A sua bravura nunca será esquecida, deixando muitas saudades. “A impressão que tenho dele é saudosa e muito respeitosa. Depois do nosso último encontro, soube que o seu estado físico se deteriorara e foi, com muita mágoa, que soubemos que nos tinha deixado...”, revela Amado da Cunha, com uma certa comoção na voz. “Era amável, brincalhão, jocoso mas nunca mordaz, sempre delicado. Era, sem dúvida, uma pessoa agradável”, destaca. A partir de agora, quando cruzarem os céus, os aviões da TAP irão fazer-lhe uma sentida continência. Até sempre, comandante “Pereirinha”! SOLIDARIEDADE Nº 67 | JUN 2009 14 TAP solidária com refugiados africanos H á, em todo o mundo, 67 milhões de pessoas refugiadas ou deslocadas. As razões são conhecidas. Guerra, mudanças climáticas e aumento dos preços dos recursos básicos. Mais de metade destas pessoas (37,4 milhões) estão sob o cuidado do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que tem por missão levar-lhes protecção legal, abrigos, medicamentos, água e comida. Só os refugiados acompanhados pelo ACNUR ultrapassam os 11 milhões, mais de 50 por cento na Ásia, logo seguida por África (2,5 milhões), que exigem importantes cuidados alimentares. Em 2008, o ACNUR desafiou várias organizações portuguesas a unir-se para a criação de uma rede virtual de angariação de fundos, para alimentar os refugiados do continente africano. Numa iniciativa inédita a nível mundial, 22 organizações, entre as quais a TAP, aceitaram o repto do altocomissário, o português António Guterres, e lançaram o projecto Helpin. Entre outras actividades a desenvolver na TAP, destaca-se um peditório da ACNUR a realizar no refeitório, em 20 de Junho – Dia Mundial dos Refugiados. O ACNUR foi criado por resolução das Nações Unidas em Dezembro de 1950 e recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1954 e 1981. AJUDE A ALIMENTAR OS REFUGIADOS AFRICANOS Faça o seu donativo através do IBAN do ACNUR: CH72 0024 0240 FP10 2674 2 Banco: USB AG Propósito do pagamento: Helpin HELPIN VOCÊ TAMBÉM! O ACNUR ACOMPANHA 2,5 MILHÕES DE REFUGIADOS EM ÁFRICA Ângelo Felgueiras a “escalar por uma causa” E m 2008, Ângelo Felgueiras, comandante da TAP e alpinista, escalou as Pirâmides de Carstenz, na Oceânia, vendendo cada metro que subiu por um euro. Os 6.099 euros totalizados reverteram para a Associação Cultural Moinhos da Juventude, aplicados na reparação do telhado da Biblioteca Infantil da Cova da Moura. Foi neste contexto que Felgueiras apresentou, em 4 de Maio, no Espaço Groupama.ARTE, em Lisboa, a exposição “Escalar por uma causa”, exibindo fotografias dessa expedição e das suas campanhas no Alasca, Monte Branco e Nepal, bem como desenhos sobre estas escaladas, feitos por jovens da referida associação. A exposição incluiu também um espaço para os jovens criadores de grafitis, contando com a presença de algumas figuras conhecidas, como os actores Ana Bola, Vítor de Sousa, Maria Vieira, Miguel Guilherme e Bruno Nogueira, amigos pessoais de Ângelo Felgueiras. “Pediram-me para mostrar as fotografias que tirava nas minhas escaladas e surgiu a ideia de fazer uma exposição com elas, acompanhadas de desenhos dos miúdos do Moinho da Juventude. Foi uma coisa com um significado diferente e que me atraiu!” – explica Felgueiras. “TODOS PODEMOS AJUDAR!” Como resultado desta exposição, vai ser oferecido, a cerca de 20 crianças da Associação Moinhos da Juventude, um dia de escalada em Monsanto, bem como uma semana num campo de férias, em Castelo de Bode. “Para estes miúdos, que não têm expectativas nem luz ao fundo do túnel, é óptimo. Há pessoas que têm mais razões para se queixar do que nós, e todos podemos ajudar a melhorar um bocadinho o que está à nossa volta. Ajudem sempre que podem, com qualquer coisa!” O espírito solidário de Ângelo Felgueiras é enaltecido por Ana Bola, que espera “que este tipo de acções incuta valores de solidariedade nas outras pessoas”, mostrando todo o seu apoio… no que conseguir! “Associo-me a esta acção e farei o que puder para ajudar. Só não posso é fazer escalada mas ajudo no resto!”, exclama, bem disposta e entre risos. ANA BOLA E ÂNGELO FELGUEIRAS ANA BOLA E VÍTOR DE SOUSA COM CRIANÇAS DA COVA DA MOURA O OUTRO LADO DE… Nº 67 | JUN 2009 15 Manuel Norton e o Banco Alimentar Contra a Fome Todos os anos, o Banco Alimentar Contra a Fome ajuda mais de 240 mil pessoas em Portugal. Manuel Norton, um dos membros da Direcção e antigo administrador da TAP, apela ao espírito solidário de cada um para colaborar com esta instituição de caridade. O primeiro Banco Alimentar Contra a Fome foi aberto nos EUA em Phoenix (Arizona), em 1966. A ideia foi trazida para a Europa em 1984 e para Portugal em 1992, por José Vaz Pinto, antigo comandante da TAP, abrindo o primeiro banco em Lisboa. De Norte a Sul do país, são, ao todo, 15 os bancos alimentares que assistem quem precisa. Por ordem de criação: Lisboa, Porto, S. Miguel e Évora, Aveiro e Coimbra, Abrantes, Setúbal, Cova da Beira, Leiria/Fátima, Oeste, Algarve e Portalegre, Braga e Santarém. Em 2008, o Banco Alimentar Contra a Fome recolheu 17.406 toneladas de alimentos, que distribuiu a 1.528 instituições, abrangendo 249.593 pessoas. Inscreva-se no da sua região e ajude quem precisa. Não custa nada. MANUEL NORTON: “AS CAMPANHAS REGISTAM GRANDE ADESÃO” M udar o mundo pode ser difícil, mas não é impossível. Desde 1992, o Banco Alimentar Contra a Fome tem levado a cabo essa missão, entregando anualmente bens alimentares a mais de 1.500 instituições, que depois os distribuem a um universo de 250 mil pessoas em Portugal. “Nesse ano de 1992, um antigo comandante da TAP, José Vaz Pinto, soube que havia bancos alimentares no estrangeiro e fundou o Banco Alimentar de Lisboa, o primeiro do País”, começa por dizer Manuel Norton, um dos três elementos da Direcção desta instituição, lançando depois o apelo à contribuição de todos. “Inscrevam-se como voluntários, qualquer pessoa o pode fazer. Ou então com donativos durante as campanhas em bens alimentares ou vales!” CENTENAS DE VOLUNTÁRIOS Oportunidades para ajudar o Banco Alimentar não faltam. Todos os anos, em Maio e Novembro/Dezembro, duas campanhas são levadas a cabo em praticamente todos os supermercados e lojas do País, contando com centenas de voluntários. “São dois dias intensos, sábado e domingo, sendo esta a face mais visível do banco.” Em 2009, a campanha de Maio decorreu nos dias 30 e 31 e a de Novembro vai realizar-se nos dias 28 e 29. Representando cerca de 15 por cento do que o Banco Alimentar distribui anualmente em Portugal, esta iniciativa é, para Manuel Norton, bem mais do que isso. “Tendo um factor didáctico, estas campanhas mostram, a todas as pessoas que se envolvem nelas, a problemática da fome. Todos ficam a conhecê-la de perto, vivendo-a e percebendo-a. Daí ser tão importante participar!”, apela. “Estas campanhas mostram, a todas as pessoas que se envolvem nelas, a problemática da fome. Todos ficam a conhecêla de perto, vivendo-a e percebendo-a. Daí ser tão importante participar!” AJUDAR NOS CUSTOS Para poder angariar bens alimentares, o Banco Alimentar tem de suportar alguns custos. Também neste sentido Manuel Norton alerta para a necessidade de apoio. “O banco não compra alimentos, são oferecidos. No entanto, tem despesas com os transportes, electricidade, ou alguns assalariados, que são custeadas através de uma campanha que fazemos todos os anos, no Natal. Temos uma base de dados de pessoas que comparticipam com o que querem, em dinheiro, para conseguirmos pagar as despesas.” Assim, além de oferecerem bens alimentares, as pessoas podem igualmente ajudar nas despesas da instituição, possibilitando o seu funcionamento. ADESÃO AUMENTA A grande participação nas iniciativas do Banco Alimentar Contra a Fome é algo que deixa Manuel Norton bastante satisfeito. “Há muita adesão, aumentando, de ano para ano, o número de voluntários. Apesar de estarmos a viver um momento de crise, à partida menos propício à solidariedade, curiosamente isso não se tem verificado. As pessoas percebem que há crise e que é preciso dar mais, sendo um sinal de que sentem o problema.” Uma grande prova disso é que já existem 15 bancos espalhados pelo País, alimentando anualmente cerca de 250 mil pessoas. Apesar de terem gestões independentes, estão integrados numa Federação, que garante “coordenação e regras e princípios comuns.” A GESTÃO AO SERVIÇO DA SOLIDARIEDADE Na TAP de 1969 a 1995, Manuel Norton cumpriu, portanto, 26 anos ao serviço da companhia, encontrando-se no Banco Alimentar de Lisboa há três. “Eu já era voluntário nas campanhas do banco e fazia-me confusão chegar à reforma e haver um corte, não colocando a experiência que adquirira na TAP ao serviço da sociedade”, diz, relacionando o seu lado solidário com a actividade que desenvolveu na empresa. “A TAP marcou-me e ensinou-me muito, quer tecnicamente quer a nível da gestão. Deste modo, dado que a ideia do voluntariado após a reforma estava já a germinar dentro de mim, pensei em pôr ao serviço do Banco Alimentar essa experiência em gestão que a TAP me proporcionou, empregando-a ao serviço de uma causa social.” Note-se ainda que, para além de Manuel Norton, há também outros trabalhadores da TAP, no activo, a colaborar com o Banco Alimentar. “A gestão do refeitório é feita, por exemplo, por uma chefe de cabina. Há também voluntários da TAP no transporte e na preparação dos cabazes para as instituições”, refere. Que venham mais! Para se inscrever no Banco Alimentar ou obter informações, basta aceder ao site www.bancoalimentar.pt. 16 ÚLTIMAS Nº 67 | JUN 2009 TAP promove Portugal na Europa Durante três meses, as marcas TAP e Portugal estiveram presentes em nove países europeus, numa campanha que marca a viragem na forma de promover o País, visando, sobretudo, o consumidor final. O primeiro balanço é muito positivo. NA FOTO AO LADO, EXEMPLO DE PROMOÇÃO NA POLÓNIA. D e modo a promover o destino Portugal na Europa, a TAP implementou uma campanha em nove dos mais importantes mercados do continente – Alemanha, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Polónia, Reino Unido e Rússia. De Abril a Junho, a Europa está “forrada” pela marca TAP, conferindo visibilidade ao nosso País enquanto destino turístico. O director de Marketing da companhia, Luís Monteiro, realça esta intenção. “É uma campanha conjunta entre a TAP e o Turismo de Portugal, que marca uma viragem na promoção do nosso País, reconhecendo a importância de ‘falar’ com o consumidor final e comunicar um Portugal moderno e inovador”, descreve. A responsável pela Comunicação e Imagem do Marketing, Gilda Luís, destaca também a particularidade de, pela primeira vez, a TAP ter massificado a comunicação em alguns mercados. “No Reino Unido, por exemplo, a campanha encontra-se, pela primeira vez, em outdoors e transportes, como táxis e autocarros. Houve de facto uma grande exposição. Foi a maior campanha de sempre de Portugal no Reino Unido. ” “Esta campanha está muito focada em preço-destino, tendo, de facto, como objectivo o hard-selling”, reconhece Gilda Luís. Outra inovação consistiu na grande percentagem de investimento colocado na internet. “Investimos massivamente nos FICHA TÉCNICA OS FAMOSOS TÁXIS LONDRINOS TAMBÉM ACOLHERAM A CAMPANHA A CAMPANHA NA ESTAÇÃO DE CHARING CROSS, LONDRES canais internet, search engines, google adwords, banners…”, revela Luís Monteiro. “Se não fizéssemos nada, poderíamos perder 20 por cento de passageiros. A campanha permitiu, nas duas primeiras semanas, cumprir 83 por cento do objectivo em termos de crescimento de passageiros”, explica Luís Monteiro. Tudo indica que a TAP poderá ultrapassar o objectivo previsto, fixado nos 160 mil passageiros, na medida em que os primeiros resultados analisados são, de acordo com Gilda Luís, muito positivos. “Apesar de se tratar de uma campanha de preço, ela vai funcionar muito como posicionamento das marcas TAP e Portugal”, diz Propriedade: TAP Portugal Morada: Aeroporto de Lisboa, 1704-801 LISBOA [email protected] Os artigos expostos são da responsabilidade da Direcção Editorial do Jornal da TAP, ou dos seus autores, quando assinados, não reflectindo necessariamente os pontos de vista da Administração. Director: António Monteiro | [email protected] Edição: DEEP STEP Comunicação | [email protected] Fotografia: Audiovisuais esta responsável, admitindo que o seu retorno se mantenha após a conclusão da campanha, nomeadamente ao alavancar a selecção do destino Portugal para férias de Verão. “No Reino Unido, por exemplo, a campanha encontra-se, pela primeira vez, em outdoors e transportes, como táxis e autocarros. Houve de facto uma grande exposição. Foi a maior campanha de sempre de Portugal no Reino Unido. ”