LIVRO 4 | BIOLOGIA 3 Resoluções das Atividades Sumário Aula 16 – Efeito da luz no desenvolvimento da planta .............................................................................................................................................................................. 1 Aula 17 – Introdução ao estudo da Ecologia; Cadeias e teias alimentares................................................................................................................................................ 3 Aula 18 – Fluxo de energia no ecossistema................................................................................................................................................................................................ 4 Aula 19 – Ciclos biogeoquímicos ................................................................................................................................................................................................................ 6 Efeito da luz no desenvolvimento da Aula 16 planta Atividades para Sala 01 E I. (V) De acordo com a espécie de planta considerada, ela pode apresentar necessidades de períodos luminosos ou não diferentes. Isso leva à subdivisão desses organismos como plantas de dias curtos (PDC) e plantas de dias longos (PDL). II. (F) A loração dos vegetais é controlada, geralmente, pelo comprimento dos dias em relação aos períodos de noites. III. (F) Os itocromos são importantes na germinação de sementes, no desenvolvimento normal × estiolamento, assim como na loração e na consequente formação de frutos. IV. (V) Os itocromos são moléculas proteicas que estão envolvidas em diversos processos isiológicos em resposta a estímulos luminosos. Aqueles itocromos, localizados nas folhas, são os responsáveis por contabilizar o fotoperíodo. Dessa forma, deinem o momento adequado para a produção do coquetel de substâncias químicas, estas, por sua vez, induzirão o desenvolvimento de estruturas lorais em determinados ramos das plantas. V. (V) Plantas de dia longo, como o mandacaru, lorescem quando expostas a períodos de escuridão inferiores ao fotoperíodo crítico. Pelo fato da Região Nordeste apresentar apenas uma pequena variação na duração das horas de luz ao longo do ano, tais vegetais foram selecionados ao longo de sua evolução para detectarem essa pequena variação que ocorre durante a quadra invernosa, aproveitando melhor as condições abióticas, como a disponibilidade de água durante o período chuvoso. Fora desse período, tal planta pode apresentar uma série de adaptações (acúmulo de água no caule, folhas transformadas em espinhos etc.), tornando-a resistente à escassez de água nessa região semiárida. 02 B As plantas podem apresentar três tipos de fotoperiodismo: • Plantas neutras ou indiferentes: lorescem de forma independente ao fotoperíodo que foram expostas ou à quantidade de horas sem luz; • Plantas de dias curtos: para que loresçam, precisam ser submetidas a um período sem luz igual ou superior ao seu fotoperíodo crítico (quantidade diária de horas de iluminação capaz de provocar a loração); • Plantas de dias longos: lorescem apenas se expostas a um período de escuro inferior ao seu fotoperíodo crítico. Dessa forma, a análise do esquema permite concluir que plantas de dia curto lorescerão no regime B, com quantidade de horas de escuro superior ao período crítico indicado; e as plantas de dias longos lorescerão nos regimes A e C, já que nesses regimes o período de escuro é inferior ao período crítico indicado. 03 A Na região, Hordeum vulgare, que é uma planta de dia longo, não loresce, pois foi submetida a um período de luminosidade inferior ao valor crítico (16 horas). Já Chrysantemum, que é uma planta de dia curto, loresce, pois foi submetida a um período de luminosidade inferior ao valor crítico citado (16 horas). Entretanto, se estas forem submetidas à iluminação artiicial, a pessoa que as cultiva poderá regular a duração da exposição à luz e promover, de acordo com a espécie, seu desenvolvimento e sua loração. 04 E A loração de diversas espécies de plantas ocorre em épocas especíicas do ano, as quais estão relacionadas com os comprimentos do dia e da noite. Esse comportamento recebeu a denominação de fotoperiodismo. Esse termo é utilizado, atualmente, para todas as formas de vida, designando qualquer reposta biológica que depende da relação entre a duração do período iluminado e do período de escuridão em um ciclo de 24 horas. Pré-Universitário | 1 LIVRO 4 | BIOLOGIA 3 Atividades Propostas 01 B As sementes de alface necessitam de maior exposição à luz que as de milho para quebrar sua dormência. Como no experimento as sementes de alface foram expostas por um tempo muito curto (1 minuto) e com radiação de comprimento de onda de 730 nm, não foi atingido o tempo necessário de luz para induzir a germinação da maior parte dessas sementes. Entretanto, como a exigência de luz das sementes de milho é menor, a exposição foi suiciente para garantir uma taxa muito superior de germinação. 02 E Apesar de não existir luz solar atingindo diretamente as plantas, estas receberam iluminação artiicial. Entretanto, os itocromos e a cloroila não absorvem bem o comprimento de luz verde. Para que os itocromos (moléculas fundamentais na regulação de fenômenos como a germinação e a loração) e a cloroila (sintetizador de moléculas orgânicas necessárias ao crescimento da planta) atuem de maneira adequada, é necessário que a planta receba luz vermelha e/ou azul-arroxeada. Com isso, percebemos que a planta iluminada com luz verde não conseguirá sobreviver, pois a maior parte desse comprimento de onda da luz é reletida pela planta. 03 D Por meio da análise das iguras, pode-se concluir que as plantas de dias curtos precisam de uma noite longa não interrompida pela luz para lorescer, enquanto as plantas de dias longos podem lorescer quando noites longas são interrompidas pela luz. 04 D Para que uma planta apresente loração, a presença das folhas é indispensável, pois nestas encontramos grande quantidade de itocromos que regulam tal fenômeno. Além disso, caso a planta receba luz apenas em uma parte de seu corpo, isso não irá interferir no resultado de tal exposição. Dessa forma, podemos concluir que uma planta intacta poderá, devido aos seus itocromos e a um fotoperíodo adequado, lorescer. 05 C Os itocromos são pigmentos de natureza proteica presentes no interior das células vegetais, atuam como um fotorreceptor que determina o fotoperiodismo da planta, processo que, além de determinar o momento de loração, também deine uma série de outras respostas da planta à variação da luz. Apesar disso, nem todas as plantas dependem da determinação de períodos de luz e escuro para lorescer. 2 | Pré-Universitário 06 E O estiolamento de uma planta é resultado da sua manutenção em ambiente com pouca luz ou desprovido de luz. Nestas condições não ocorre síntese de cloroila e, enquanto o caule tende a se tornar excessivamente longo, as folhas apresentam tamanho pequeno. Tais alterações são efeitos adaptativos da planta que tenta aumentar seu porte para atingir a luz. 07 B Fotoperiodismo são respostas biológicas relacionadas com a duração do dia e da noite, duração esta que varia ao longo das estações do ano. As plantas percebem essas variações por meio do itocromo e têm a loração inluenciada por elas. A cloroila é um pigmento que não está relacionado ao fotoperiodismo. A explicação para o fenômeno do fotoperiodismo está no papel diferente que o itocromo desempenha no controle da loração nas diversas espécies. Nas plantas de dia curto, o itocromo F atua como inibidor da loração. Assim, elas só lorescem em estações do ano em que as noites são longas porque, durante o período prolongado da escuridão, todo itocromo F converte-se espontaneamente em itocromo R, deixando de inibir a loração. Nas plantas de dia longo, o itocromo F atua como indutor da loração. Assim, elas só lorescem se os períodos de escuridão não são muito prolongados, de modo que não haja conversão total de itocromo F em itocromo R. Na época do ano em que as noites são longas, as plantas de dia longo não lorescem, porque todo o itocromo F é convertido em itocromo R, o qual não induz a loração. Ainda é válido salientar que os hormônios lorígenos são produzidos nas folhas, sendo, então, enviados através dos vasos constituintes do loema até alcançarem as gemas apicais e/ou gemas axilares, onde induzirão a loração. 08 B A planta em questão é considerada de dia curto, pois nesse tipo de planta ocorre o lorescimento quando ela é submetida a um período de escuro igual ou maior que o seu fotoperíodo crítico. 09 D Em sementes fotoblásticas positivas, a exposição à luz estimula a formação e o acúmulo de itocromo F, o que induz a germinação destas. Dessa forma, quando esse tipo de semente encontra-se em camadas supericiais do solo, a chance dela receber luz é maior, resultando, assim, em sua germinação. 10 E A vernalização é um dos mecanismos de destaque no controle da indução ou aceleração da loração por temperatura baixa. Juntamente com o fotoperiodismo, permite a sincronização da reprodução das plantas. Tal sincronia resulta em vantagens adaptativas, pelo fato de favorecer a polinização cruzada e permitir que o lorescimento coincida com condições ambientais favoráveis, principalmente no que se refere à água e à temperatura. LIVRO 4 | BIOLOGIA 3 Introdução ao estudo da Ecologia; Aula 17 Cadeias e teias alimentares Atividades para Sala 01 D O termo ecossistema pode ser deinido a partir da interação contínua existente entre a parte viva ou biótica do ambiente, ou seja, todos os seres vivos, com a parte não viva ou abiótica, que são os diferentes fatores físicos e químicos. Dessa forma, o item que apresenta tal interação é o que indica que todos os seres vivos do meio, que formam a comunidade, interagem com o ambiente físico. 02 A Nessa questão, foram avaliados conceitos biológicos equiparando os dois personagens como consumidores que “cavam“ (procuram, buscam) seu próprio alimento. Isso não justiica o fato da arrogância do gato em relação à minhoca, que constrói galerias subterrâneas, revolve o solo e aumenta sua aeração e a drenagem da água. Ao mesmo tempo, enterram folhas e depositam fezes na terra, contribuindo para a formação do húmus, matéria orgânica que fertiliza o solo. 03 C A água é uma molécula inorgânica fundamental para a sobrevivência dos seres vivos. Ela é indispensável para o metabolismo de todos os seres vivos, eucariontes ou procariontes, sendo, assim, fundamental para a atividade dos micro-organismos decompositores que agem sobre o lixo orgânico. Dessa forma, a falta de água impede a ação desses micro-organismos, que se desidratam. Por esse motivo, suas atividades metabólicas são interrompidas, degradando as moléculas orgânicas encontradas no lixo orgânico. 04 D I. (V) O carcará é um consumidor secundário uma vez que se alimenta de um herbívoro (gafanhoto). II. (V) Um aumento da população de seriemas pode acarretar um aumento na população de carcarás, pois se alimentam de caninanas que, por sua vez, se alimentam de ovos de carcarás. III. (F) O preá é um consumidor primário (herbívoro), mas ocupa o segundo nível tróico. IV. (V) O capim é o único fotossintetizante (produtor) da teia alimentar, portanto é cloroilado. V. (F) Calangos e seriemas ocupam o terceiro nível tróico, muito embora a seriema apresente uma maior variedade de nichos ecológicos. Atividades Propostas 01 A Os componentes abióticos ou não vivos de um local são formados pelos diferentes fatores químicos e físicos. Nesse caso são fatores abióticos: a água, o ar injetado, a luminosidade e a temperatura, totalizando quatro fatores abióticos. Já os fatores bióticos são formados por todas as formas de vida do local, ou seja, pela comunidade. Os fatores bióticos descritos são: limo verde (algas), plantas aquáticas, peixes, larvas e micro-organismos aquáticos, totalizando cinco fatores bióticos. 02 A A ilustração revela que as plantas aquáticas alimentam lambaris, pacus e capivaras, enquanto as piranhas se alimentam de lambaris e pacus. As ariranhas consomem piranhas e pacus, fechando o ciclo. 03 B Ocorrendo uma redução dos predadores de ratos, a densidade populacional de ratos aumenta. Por se tratarem de consumidores primários, a plantação de milho seria atacada por ratos. A ordem Rodentia alimenta-se principalmente de folhas, ramos, sementes e raízes. 04 D I. (V) Ecótonos são áreas de transição entre dois ecossistemas diferentes. Pelo fato dessas zonas apresentarem uma mescla das espécies vegetais de dois locais, como o ecótono de uma zona de loresta e de um cerrado, podemos encontrar espécies típicas de cada um desses locais em uma mesma área em comum. Dessa forma, acaba sendo originada uma área que apresenta uma biodiversidade comum às duas zonas. Como resultado, organismos podem encontrar novos nichos em tais áreas. II. (F) Caso duas espécies compartilhem uma mesma região e apresentem o mesmo nicho ecológico, haverá uma disputa entre elas. O resultado poderá ser: a menos adaptada pode ser extinta, pode mudar seu nicho ou mesmo migrar para outra região para evitar essa competição. III. (V) Os organismos descritos, apesar de ocuparem ambientes distantes, podem apresentar nichos ecológicos semelhantes, que, nesse caso, seria o fato de ambos serem herbívoros. 05 B A análise do gráico permite concluir que os picos máximos de teor de O2 ocorrem de forma cíclica ao longo de 24 horas. Tais picos coincidem com o horário de 12 horas, período no qual deve haver a maior luminosidade. Como a fotossíntese é um fenômeno biológico que depende da luz, a taxa desse processo, que é realizado por plantas e algas Pré-Universitário | 3 LIVRO 4 | BIOLOGIA 3 aquáticas, deve aumentar, até certo ponto, de acordo com a disponibilidade de luz, aumentando também a liberação de O2, que será dissolvido na água. Entretanto, em dias frios e chuvosos, com o céu encoberto de nuvens, a disponibilidade de luz deverá ser menor e o pico das curvas do teor de O2 icará abaixo de 12 mg/L. Aula 18 Fluxo de energia no ecossistema Atividades para Sala 01 E 06 E I. (F) Como o morcego é um animal heterotróico, ele necessita obter alimento direta ou indiretamente de um produtor. Além disso, o morcego não é alimento do porco. II. (V) A expressão “ambiente natural”, no texto, faz referência ao local do ecossistema onde o morcego vive, dessa forma, tal expressão tem relação direta com o hábitat do animal. III. (V) Os animais consumidores, que alimentam-se de vegetais, são consumidores de primeira ordem ou consumidores primários. 07 D Um indivíduo está sendo citado no item III, já que ele simplesmente faz referência a um rato branco. Ao mencionar a denominação cientíica para os famosos ratos de laboratório, o Rattus novergicus, o item I se refere a uma espécie de organismos. Finalmente, o item II faz referência a uma população, já que menciona todas as ratazanas encontradas em uma cidade. 08 E Segundo o conceito biológico para espécie, pelo fato dos indivíduos das duas populações de sapos poderem cruzar e reproduzir-se, elas formam duas populações que, na realidade, pertencem a uma mesma espécie. 09 C Em uma cadeia alimentar, temos a transferência de moléculas orgânicas ricas em energia (lipídios, glicídios e proteínas) dos organismos autótrofos, que são os grandes produtores dessa matéria nos ecossistemas, para os organismos heterótrofos, ou consumidores, que ocupam os níveis tróicos, até, por im, chegarmos aos organismos decompositores. 10 D Como X e Y são capazes de compartilhar o mesmo ambiente e sobreviverem ao longo do tempo, isso indica que tais organismos podem estar ocupando nichos ecológicos distintos. Já os organismos X e Z apresentam claramente o mesmo nicho, sendo que o organismo X apresenta maior capacidade adaptativa ao explorar os recursos desse ambiente. O resultado disso é a queda drástica da população Z ao longo do tempo. 4 | Pré-Universitário A energia transformada no metabolismo celular dos organismos é liberada na forma de calor e não é reaproveitada (luxo unidirecional). Assim, podemos compreender que em uma cadeia alimentar incompleta como: plantas aquáticas → peixes herbívoros → jaburu → jacaré, a quantidade de energia disponível ao longo da cadeia alimentar é cada vez menor, ou seja, a quantidade de energia disponível no nível tróico do peixe é maior que o nível tróico do jaburu. 02 C A energia presente no ambiente comporta-se como um luxo, pois sua transferência sempre ocorre de um nível tróico para outro, ocasionando perda de energia devido à formação de dejetos pelo organismo, à geração de calor durante a respiração celular etc. Dessa forma, desde os produtores até o último nível tróico, ocorre uma diminuição gradual da quantidade de energia disponível, resultando em um gráico com forma de pirâmide direta, ou seja, base mais larga com níveis subsequentes cada vez menores. 03 E As pirâmides de números indicam o número de indivíduos em cada nível tróico. Em um campo, um grande número de plantas de capim é necessário para alimentar um número menor de bois, que, por sua vez, alimenta um número bem maior de ectoparasitas (carrapatos), os quais suprem de alimento um número menor de anus-do-campo, que alimentam cobras. Pelo exposto, a pirâmide de números que representa a cadeia mista indicada é a III. A pirâmide de energia é construída levando-se em consideração a biomassa acumulada em determinada área (ou volume) por unidade de tempo em cada nível tróico. As pirâmides de energia consideram o fator tempo e nunca ocorrem invertidas, sendo indicada em II. 04 A A transferência de energia nos ecossistemas apresenta-se como um luxo unidirecional. Tem início com os organismos autótrofos, foto ou quimiossintetizantes, que sintetizam moléculas orgânicas a partir de moléculas inorgânicas do meio. Ao longo das cadeias e teias alimentares, dos produtores em direção aos consumidores, a energia contida nos compostos orgânicos é dissipada, principalmente na forma de calor, e não pode ser reutilizada. LIVRO 4 | BIOLOGIA 3 Atividades Propostas 01 D O luxo de energia nas cadeias alimentares é unidirecional, ocorrendo diminuição contínua da quantidade dessa energia dos produtores em direção aos consumidores, não havendo nenhuma interferência entre esse fenômeno biofísico e o tamanho dos consumidores que participam dessas relações alimentares. A energia perdida por meio do calor das atividades metabólicas (respiração celular, fermentação) não pode ser reaproveitada. Entretanto, a matéria orgânica que é perdida (componentes das fezes, urina etc.), em cada nível tróico, pode ser reciclada pela atividade dos organismos decompositores. 02 A Como ocorre a dissipação de grande quantidade de energia na forma de calor de um nível tróico para outro, quanto mais longa uma cadeia alimentar ou quanto mais próximo estiver o organismo do fim de uma cadeia alimentar, menor será a energia disponível. É exatamente por isso que, normalmente, não nos deparamos com cadeias ou teias alimentares com 7 ou 8 níveis tróicos. 03 A I. (V) A energia solar captada pelos organismos fotossintetizantes é imobilizada na forma de energia química nas ligações existentes na estrutura molecular dos compostos orgânicos. Parte desses compostos acaba sendo transferida aos organismos heterótrofos no momento que estes se alimentam. II. (V) Na transferência de energia de um nível tróico para o seguinte, sempre ocorre dissipação de parte da energia devido à perda que ocorre pela presença de compostos orgânicos nas fezes e na urina e à morte de células ou liberação de calor pela respiração celular. III. (F) A transferência de energia ocorre na forma de um luxo unidirecional, que se inicia nos organismos produtores, passando pelos consumidores, até atingir os decompositores. É possível que parte dessa energia presente nos compostos orgânicos não seja transferida, pois a decomposição pode não ocorrer, por outro lado é provável que ocorra a formação de combustíveis fósseis por esses compostos orgânicos. IV. (F) A energia química que foi armazenada nos compostos orgânicos dos produtores (fotossintetizantes ou quimiossintetizantes) é transferida para os demais níveis tróicos de uma cadeia ou teia alimentar, diminuindo à medida que se aumenta o nível tróico. 04 A Pelo fato de ocorrer dissipação da maior parte da energia obtida por um ser vivo na forma de calor para o ambiente, quanto maior for o nível tróico, menor será a quantidade de energia disponível. Dessa forma, existirá maior quantidade de energia sempre no primeiro nível tróico, ocupado pelos produtores, enquanto a menor quantidade de energia estará disponível no último nível tróico. Nessa situação, os indivíduos que receberão maior e menor quantidade de energia serão A e E, respectivamente. 05 C Como os micro-organismos que constituem o itoplâncton são, normalmente, os principais produtores nos ambientes aquáticos, a extinção deles causaria a desorganização de toda a cadeia ou teia alimentar. 06 A Os organismos autótrofos fotossintetizantes (algas, plantas etc.) formam o nível tróico no qual encontra-se a maior quantidade de energia potencial. A energia solar captada é retida nas ligações dos compostos químicos sintetizados por tais indivíduos. Quando organismos heterótrofos consomem um fotossintetizante como alimento, apenas uma parte do total permanece no corpo, podendo ser, assim, transferida para o nível seguinte. Dessa forma, percebemos que a cada nível tróico ocorre uma perda de energia em forma de calor (respiração celular), células mortas, excretas etc. Portanto, o nível tróico com a maior quantidade de energia é o primeiro nível tróico, que é ocupado pelos organismos produtores (fotossintetizantes ou quimiossintetizantes). 07 C Como as pirâmides de biomassa não levam em conta o tempo no qual certa quantidade de matéria orgânica foi produzida, pode ocorrer uma inversão desta na cadeia itoplâncton → zooplâncton. Isso ocorre pelo fato da avaliação de biomassa acontecer de forma pontual, não traduzindo a maior disponibilidade de biomassa e energia ao longo do tempo no nível tróico dos produtores. 08 A Como as pirâmides de energia levam em conta a quantidade de energia disponível em cada nível tróico e pelo fato dessa energia ser dissipada de acordo com a elevação do nível tróico, as pirâmides de energia nunca se apresentam de forma invertida. Logo, as pirâmides nas três situações devem apresentar base mais larga e ser um pouco menor a cada nível subsequente. 09 B Os autótrofos, como algas pluricelulares, plantas, cianobactérias e certas bactérias com bacteriocloroila, são capazes de fabricar compostos orgânicos que serão utilizados por seres heterótrofos. Parte da matéria orgânica é oxidada no corpo dos seres vivos para obtenção de energias necessárias às atividades de certas bactérias e fungos decompositores. Pré-Universitário | 5 LIVRO 4 | BIOLOGIA 3 10 D I. (F) A energia disponível para a manutenção das atividades metabólicas das células de um produtor ou consumidor estão presentes nas ligações químicas que formam as diferentes substâncias orgânicas. Dessa forma, existe uma relação diretamente proporcional entre a quantidade de biomassa (matéria orgânica) e de energia. II. (V) Ao considerarmos os ecossistemas terrestres a maior quantidade de biomassa e energia está disponível no primeiro nível tróico, ou seja, nos organismo produtores, que no caso do ambiente terrestre são principalmente as plantas. III. (V) A existência de grande quantidade de organismos microscópicos (componentes do plâncton) torna possível que, devido à sua rápida capacidade de multiplicação, em um determinado momento, encontremos uma pequena biomassa de produtores sustentando uma biomassa maior de consumidores. Aula 19 Ciclos biogeoquímicos Atividades para Sala 01 D A questão retrata as diversas etapas do ciclo da água no planeta Terra. Sendo o Sol a energia máxima de inluência no nosso planeta, o aquecimento favorece a evaporação, a evapotranspiração e a formação de áreas de baixa pressão e, consequentemente, a formação de ventos que distribuem umidade, principalmente, oriunda dos oceanos e mares. Os continentes recebem mais umidade do que fornecem para a atmosfera. Atualmente, a forte ação antrópica na Terra, por meio do desmatamento, da urbanização, da industrialização etc., vem alterando, de forma signiicativa, o ciclo hidrológico. 02 A No ciclo do nitrogênio, as bactérias que realizam o processo de desnitriicação transformam nitratos e amônia em nitrogênio molecular (N2) atmosférico ou que permanece dissolvido na água. No ambiente, a reciclagem dos compostos orgânicos é realizada devido à atividade dos organismos decompositores, representados pelas bactérias e pelos fungos. A ixação do nitrogênio molecular (N2) é seguida pela nitriicação, ou seja, ocorre a conversão de amônia (NH3) em nitrito (NO2), processo chamado de nitrosação, seguido da conversão de nitrito em nitrato (NO3), processo de nitratação, que, então, é absorvido pelos vegetais. O 1o nível tróico das cadeias alimentares, que é ocupado pelos organismos autótrofos como as algas e os vegetais, depende da atividade dos organismos que ixam o nitrogênio atmosférico. Dessa forma, ao absorverem o nitrito, o nitrogênio deste acabará sendo utilizado para 6 | Pré-Universitário a síntese de aminoácidos, proteínas e ácidos nucleicos. Parte desses produtores servirão de alimento para consumidores, que também acabarão recebendo sua parcela de compostos nitrogenados. 03 B O aumento da capacidade estufa de nossa atmosfera vem sendo atribuída, em parte, à ação humana (antropogênica). Tal contribuição ocorre devido às emissões de CO2 e outros gases pela queima de combustíveis fósseis em veículos e indústrias, pelas queimadas quem vêm devastando as formações vegetais e pela poluição dos oceanos que compromete a absorção do CO2 atmosférico, que acabaria imobilizado em compostos orgânicos constituintes dos organismos fotossintetizantes. 04 B As bactérias do gênero Rhizobium invadem as raízes de plântulas leguminosas, instalando-se e reproduzindo-se no interior de suas células. As bactérias estimulam a multiplicação das células “infectadas“, o que leva à formação de nódulos. Devido à associação simbiótica com os rizóbios, as leguminosas podem viver em solos pobres em compostos nitrogenados, nos quais outras plantas não se desenvolveriam bem. As bactérias se beneiciam com a associação, uma vez que utilizam as substâncias orgânicas sintetizadas pela planta como alimento. Ao morrerem e se decomporem, as leguminosas liberam, em forma de amônia, o nitrogênio de suas moléculas orgânicas, fertilizando o solo. Atividades Propostas 01 D I. (V) Como a matéria não é criada ou destruída, apenas se transforma, os elementos químicos que compõem as substâncias são reciclados continuamente nos ecossistemas. II. (F) Parte da energia captada por cada ser vivo, inclusive os organismos produtores, é perdida para o meio na forma de calor. Além disso, a transferência de energia de um nível tróico para o outro sempre resulta em mais perda. Dessa forma, a transferência de energia comporta-se na forma de um luxo unidirecional. III. (V) Na camada denominada de biosfera, sempre encontraremos seres vivos em contínua interação com o ambiente. 02 C A radiação solar que chega à superfície de nosso planeta permite que a água receba a energia necessária para mudar de estado, ou seja, passar do estado líquido para o gasoso, processo denominado evaporação. LIVRO 4 | BIOLOGIA 3 03 A No esquema apresentado, podemos observar a ocorrência de processos anabólicos que consomem carbono, resultando na produção de matéria orgânica a partir de matéria inorgânica, como é o caso da fotossíntese na letra B. Processos catabólicos que degradam compostos ricos em carbono, liberando este no meio, são observados em A (respiração da girafa que libera CO2), C (respiração das plantas), D (decomposição realizada por micro-organismos) e E (respiração realizada por micro-organismos). 04 C A água, quando evapora, não carrega os sais minerais nela dissolvidos. Em um campo irrigado, estabelece-se o ciclo irrigação-evaporação da água do solo, aumentando a concentração salina nesses campos. 05 C A etapa indicada em A é a fotossíntese, já que consome CO2 e H2O e produz compostos orgânicos. Em B, temos a respiração celular aeróbia, pelo fato de ser consumido composto orgânico e O2, produzindo H2O e CO2. Como as algas são organismos autotróicos, elas realizam tanto a fotossíntese quanto a respiração celular. Já os fungos são organismos heterótrofos capazes de degradar compostos orgânicos de forma aeróbia ou anaeróbia, dependendo da espécie. Entretanto, fungos não são capazes de realizar a fotossíntese, logo, na questão, os fungos são aeróbios, pois consomem oxigênio para oxidar os compostos orgânicos. 06 C Na biosfera, ou seja, na camada de nosso planeta que comporta a vida, o processo de fotossíntese é responsável pela ixação do carbono em moléculas orgânicas, como a glicose. Por meio da respiração celular, esse glicídio ou carboidrato é consumido juntamente com água para a obtenção de energia. Como subproduto de tal atividade, ocorre a liberação de gás carbônico. Outra possibilidade é que a matéria orgânica da fotossíntese, que não foi consumida pelos consumidores, não seja decomposta, originado os combustíveis fósseis. No momento em que estes são queimados, o carbono retornará para a atmosfera. bação química ou, então, optar pela adubação verde. Esta última é feita por meio do cultivo de leguminosas, que, após a colheita, todo o corpo da planta é agregado ao solo. 08 C O carbono que compõe o corpo dos seres vivos é fornecido, direta ou indiretamente, devido à atividade dos organismos fotossintetizantes e quimiossintetizantes. Para que os ciclos biogeoquímicos de compostos como o oxigênio, o carbono e o nitrogênio ocorrerem, é indispensável a interação da atmosfera, hidrosfera e litosfera com a atividade metabólica dos seres vivos. No caso do oxigênio e do gás carbônico, processos metabólicos da respiração e da fotossíntese são fundamentais para a reciclagem desses elementos. Apesar de o nitrogênio ser o elemento mais abundante na atmosfera, apenas micro-organismos garantem a ixação do nitrogênio atmosférico, assim como o fornecimento de compostos nitrogenados para outros organismos. 09 D A construção de grandes represas aumenta a evaporação na região onde estão localizadas; uma vez que a água é aquecida pelo Sol, a água líquida evapora e, no estado de vapor, participa do ar atmosférico, promovendo aumento local da umidade relativa do ar. 10 E A resposta I está errada, já as demais respostas estão certas, pois a atmosfera, a litosfera, a hidrosfera e a biosfera, naturalmente, são fontes e destinos de compostos de enxofre, como também transportam tais compostos. 07 D Todos os seres vivos, animais, vegetais etc., dependem da atividade de micro-organismos ixadores de nitrogênio atmosférico para obterem compostos nitrogenados. Bactérias nitriicantes presentes no solo convertem amônia em nitrito (nitrossomonas). Depois, o nitrito é convertido em nitrato (nitrobacter). Um animal, como o ser humano, obtém compostos nitrogenados, parte deles são perdidos na forma de compostos na urina, sob a forma de ureia. Podem ser adotadas medidas para evitar o empobrecimento de nitrogênio do solo. Uma delas é realizar a adu- Pré-Universitário | 7