Oportunidades
10Minutos | Investimentos
Negócios em infraestrutura
nos EUA em 2012
Destaques
A demanda por investimentos em
áreas de infraestrutura nos Estados
Unidos é maior do que a quantidade
de negócios realizados, o que
desaponta alguns investidores,
mas nem por isso eles perdem o
interesse em ativos de infraestrutura.
O setor energético continuará a
oferecer as maiores oportunidades,
especialmente considerando o
rejuvenescimento do mercado de
energia norte-americano com a
exploração do gás de xisto.
Em 2012, o número de negócios na área de infraestrutura
aumentou nos Estados Unidos, mas ainda foi pouco para
atender à demanda crescente dos investidores.
O total certamente desapontou alguns fundos e
investidores institucionais, mas não diminuiu o apetite
deles por fluxo de caixa estável e previsível nem pelo
retorno atrativo ajustado ao risco prometido por muitos
investimentos em infraestrutura.
“Sem dúvida, o interesse por investimentos em
infraestrutura está crescendo mais rapidamente do que as
oportunidades nos Estados Unidos – e poderá continuar
nesse caminho no curto prazo”, diz Mark Weisdorf,
diretor do Grupo de Investimentos em Infraestrutura da
área de Gestão de Ativos do J.P. Morgan.
Maio 2013
Em uma pesquisa realizada pela PwC com investidores
em infraestrutura, 41% dos entrevistados disseram
que seu interesse na área aumentou em relação ao ano
passado. Metade disse que permaneceu no mesmo nível,
e apenas 9% afirmaram que diminuiu.
O setor energético provavelmente continuará a
oferecer grandes oportunidades de investimento
nos próximos anos, especialmente nas áreas de
armazenamento de energia, transmissão contratada
e ativos de distribuição regulados.
A criação de parcerias público-privadas (PPPs) continua
instável, mas os investidores sentem-se encorajados pelos
sinais positivos de 2012, segundo os quais as PPPs podem
estar ganhando impulso no país.
Os investidores demonstram
otimismo em relação às PPPs nos
Estados Unidos nos próximos anos,
estimulados por casos de sucesso
recentes e novas iniciativas voltadas
para infraestrutura em Chicago e
em outras áreas do país.
1
Instantâneo
Negócios em infraestrutura nos Estados Unidos por setor (2010-2012)
6%
Transportes
7%
33%
Energia
Infraestrutura social
Recursos renováveis
42%
Meio ambiente
9%
Outros
4%
Fonte: Infra-deals.com (informação apresentada em 18.12.2012) e análise elaborada pela PwC
2
Expectativa de crescimento
maior em 2013
Que fatores fazem os investimentos em
projetos de infraestrutura parecerem mais
atraentes no momento?
O principal impulso aos projetos de
infraestrutura é o investimento de longo
prazo e a estabilidade de fluxo de caixa.
A boa relação entre os retornos sobre
investimento e as obrigações dos sócios
também é valorizada, embora em
menor proporção.
Oportunidades de negócio por meio
de clubes de investimento não foram
consideradas importantes em relação aos
outros objetivos.
O número de negócios em infraestrutura nos Estados
Unidos aumentou de 25 em 2011 para 37 em 2012,
segundo dados obtidos no site infra-deals.com e em
análises elaboradas pela PwC.
Os projetos relacionados a energia e transportes
corresponderam a quase três quartos dos negócios.
A maior parte envolveu áreas já exploradas, os
brownfield projects (27), seguidos por projetos
em áreas não exploradas, os greenfield projects (8),
e pelos refinanciamentos (2).
Devido à grande concorrência, eles acreditam que alguns
ativos de infraestrutura acabaram alcançando valores
muito altos para seus fundos. Contudo, no baixo patamar
dos juros atuais, os projetos de infraestrutura de forma
geral ainda oferecem taxas interessantes de retorno, além
de fluxos de caixa previsíveis, proteção contra inflação e
risco relativamente baixo.
Muitos investidores ainda esperam que 2013 registre
mais negócios do que o ano anterior, e não acham que
a disputa por esses projetos perca a intensidade. “Existe
um mercado bastante competitivo nos Estados Unidos,
e eu acredito que a situação não deve se modificar,
pois o país é encarado como uma espécie de porto
seguro, especialmente se comparado à Europa”, diz
Holly Koeppel, diretora adjunta do Departamento de
Investidores em Infraestrutura do Citigroup.
3
Geração de negócios
no setor energético
Negócios na área de energia nos EUA
8%
16%
8%
68%
Geração de energia
Armazenamento de energia
A pesquisa da PwC revelou que 86% dos entrevistados
encaram investimentos na área de energia de maneira
positiva. A maior parte das atividades do segmento
se refere a ativos para acumulação, armazenamento
e transmissão.
Alguns investidores estão vislumbrando oportunidades
na construção de infraestrutura para capitalizar o
estímulo à produção de gás de xisto, mas elas se limitam a
investidores que não precisam obter rendimentos durante
a fase de construção.
Outros investidores estão se associando a empresas de
transmissão de energia, oleodutos e armazenamento para
investir no desenvolvimento de operações de transporte e
de processamento.
Um fator importante na transmissão de energia para
certos investidores é a transparência da regulamentação
federal. “Essa transparência elimina muita incerteza com
respeito ao sistema regulatório e reduz o risco”, diz Jeff
Neil, sócio da Balfour Beatty Infrastructure Partners.
Energia renovável ainda é
uma incógnita
O investidor continua interessado em energia renovável,
mas tem reservas, em parte devido à incerteza sobre a
regulamentação e os incentivos concedidos.
“Ainda temos os mesmos problemas com a escalabilidade
de uma série de tecnologias e com o volume dos subsídios
e o prazo durante o qual eles serão necessários”, diz
Felicity Gates, diretora adjunta do Departamento de
Investidores em Infraestrutura do Citigroup
Jeff Neil diz que não está certo se os estados continuarão
a pressionar as empresas de serviços públicos para que
elas aumentem o nível de recursos renováveis no mix
de energia: “Embora haja uma tendência de redução no
custo por kW/h de determinadas energias renováveis,
em muitos casos elas ainda parecem caras se comparadas
com a gerada pela queima de combustíveis fósseis.”
Transmissão de energia
Outros
Fonte: Infra-deals.com (informação apresentada em18.12.2012)
e análise elaborada pela PwC
4
O setor de água e saneamento
“É necessário fazer muito investimento de
capital no setor de água e saneamento dos
Estados Unidos, especialmente nos estados
mais secos do Sul e do Sudoeste, que estão
atraindo mais pessoas.”
Mark Weisdorf, diretor do Grupo de
Investimentos em Infraestrutura da área de
Gestão de Ativos do J.P. Morgan
Embora os investidores continuem interessados em
projetos relacionados a água, a natureza fragmentada
desse setor nos Estados Unidos torna difícil encontrar um
negócio em escala atraente o bastante. Contudo, alguns
negócios realizados merecem destaque.
Em 2012, o J.P. Morgan adquiriu a participação de
seu sócio na SouthWest Water e, este ano, pretende
investir um pouco mais na expansão do setor de
água e saneamento, segundo o diretor do Grupo de
Investimentos em Infraestrutura da área de Gestão
de Ativos do banco, Mark Weisdorf. Ele vislumbra a
oportunidade de aumentar o investimento em sistemas
de água e saneamento em ambiente regulado em locais
como Califórnia e Texas. Nesses estados, segundo
Weisdorf, os órgãos reguladores estão familiarizados
com a propriedade privada dos sistemas de água – e são
simpáticos à ideia.
Em estados nos quais poucos sistemas de água são
operados pelo setor privado (quando existem), contratos
com base na concessão são mais prováveis do que a
propriedade direta pelos investidores privados.
O fundo de infraestrutura KKR e a United Water,
subsidiária da Suez Environnement, operadora de
serviços de água localizada na França, se uniram,
também em 2012, para adquirir uma concessão de água
e saneamento de 40 anos da Bayonne Municipal Utilities
Authority de Nova Jersey, com o pagamento inicial de
US$ 150 milhões e o comprometimento de recursos
adicionais de US$ 157 milhões durante a
vigência do contrato.
5
Mercado de parcerias público-privadas continua instável
Negócios na área de transporte nos EUA
10%
4%
38%
24%
10%
7%
3%
4%
Aeroportos
Pontes e túneis
Estacionamento de veículos
Veículo leve sobre trilhos
outros
Portos
Ferrovias
Estradas
As parcerias público-privadas dos Estados Unidos se
caracterizam principalmente por negócios relacionados
ao setor de transportes. Para Peter Allison, do Inframation
Group, trata-se de um mercado “instável, mas positivo”.
Na pesquisa da PwC, 55% dos entrevistados disseram já
ter participado de negócios envolvendo PPPs, enquanto
59% pretendem fazer isso no futuro. Mas, por agora,
as PPPs estão sendo firmadas por estados e municípios,
sendo que estados como Flórida, Virgínia, Ohio, Illinois,
Califórnia e Texas estão mais inclinados a estabelecer esse
tipo de parceria.
Em alguns estados, funcionários do governo demonstram
certa cautela em relação às PPPs, devido às preocupações
políticas e à percepção negativa que o público tem de
investimentos privados em ativos públicos importantes.
PPP de estacionamento serve
de modelo
Um exemplo de PPP foi feito pela Universidade do Estado
de Ohio, que firmou um contrato de arrendamento e
concessão das operações de estacionamento no valor
de US$ 483 milhões com a australiana QIC Global
Infrastructure e sua sócia operacional, a LAZ Parking, de
Hartford, Connecticut.
O projeto vem sendo considerado modelo, porque
foi estruturado de forma a incentivar a confiança dos
investidores na conclusão da transação. Trata-se de
algo importante, considerando que algumas entidades
públicas dos Estados Unidos cancelaram projetos mesmo
depois de os investidores terem gasto tempo e dinheiro
para participar do processo de licitação. Atualmente,
outras universidades estão pensando em firmar parcerias
para a operação de seus estacionamentos.
Em 2012, os investidores também se sentiram
incentivados pelas PPPs firmadas para projetos de
estradas e aeroportos em Porto Rico, e agora aguardam
avanços na privatização do Aeroporto Midway, em
Chicago. Alguns investidores acreditam que os portos
localizados no litoral leste também podem oferecer boas
oportunidades de investimento, graças à expansão do
Canal do Panamá, que permitirá a passagem de navios de
grandes dimensões.
Fonte: Infra-deals.com (informação apresentada em18.12.2012) e
análise elaborada pela PwC
6
O otimismo cauteloso
dá o tom em 2013
Na pesquisa realizada pela PwC, o risco político e as
preocupações de caráter regulatório foram citados
como os grandes obstáculos ao investimento privado
os projetos de infraestrutura.
Estas são algumas razões para apostar na área de
infraestrutura, mas com alguma cautela:
Interesse em alta. Os investidores têm a expectativa
de que o interesse em infraestrutura e a concorrência
entre projetos continuem aumentando. Com a ampla
disponibilidade de capital, a única dúvida é se o número
de potenciais negócios crescerá. Metade dos participantes
da pesquisa feita pela PwC disse que as oportunidades
de investimento em infraestrutura devem se manter
no mesmo nível do ano passado, mas 36% esperam
um aumento.
Energia e transporte. Muitos investidores acreditam que
projetos relacionados com eletricidade e energia serão os
mais lucrativos para investimento, seguidos dos projetos
de transportes. Talvez surjam mais oportunidades
nos próximos anos, pois os investidores podem trazer
mais negócios para o mercado, após o vencimento dos
empréstimos relativos a transações feitas na área de
infraestrutura em 2007 e 2008.
PPPs. Pressões orçamentárias podem tornar os governos
mais receptivos a investimentos privados este ano.
Num outro enfoque, alguns investidores acreditam
que o público pode demorar, mas acabará por aceitar
as PPPs quando tiver notícia de mais casos de sucesso.
Participantes da pesquisa da PwC acreditam que o
apoio político maior e a divulgação dos benefícios do
investimento privado são algumas das maneiras mais
efetivas de estimular o interesse do setor privado em
negócios de infraestrutura.
Avanços feitos em 2012. A criação do
Chicago Infrastructure Trust, que pretende alavancar
recursos do setor privado com capitalização inicial,
financiamento de títulos e subsídios, e o lançamento do
West Coast Infrastructure Exchange, uma parceria entre
Califórnia, Washington, Oregon e Colúmbia Britânica
para explorar métodos inovadores de financiar e facilitar
o desenvolvimento de infraestrutura na região.
7
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Negócios em infraestrutura nos EUA em 2012