Informativo Nosso Lar
Núcleo Espírita Nosso Lar
Centro de Apoio ao Paciente com Câncer
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FEVEREIRO 2014 - ano 4 - Nº 23
ADILSON MAESTRI
Parar, acalmar
e curar-se
Na nossa vida cotidiana, estamos sempre correndo, e isto já se tornou
um hábito. Estamos acostumados a lutar o tempo todo, mesmo durante
o sono, até sem saber contra o que lutamos. Estamos em guerra com nós
mesmos, nos digladiando em nossos pensamentos e, assim, torna-se
Páginas 8 e 9
fácil declarar guerra aos outros também.
Mariana Lapolli
Colunas
·DA VONTADE DE SERVIR
Arquivo Web
Adilson Maestri
Página 7
·PRIMEIRO AS PRIMEIRAS
COISAS
Homero Franco
Página 7
·O QUE É SISTEMA
ECONÔMICO?
SOB O CÉU DE DALI,
A CASA-ARTE
A Casa-Museu de Portlligat conta sobre a
vida, a arte de Salvador Dali - Casa-arte, onde gritam alto a alegria e a exuberância daquele
gênio. E ele ainda faz questão de saudar os
visitantes. Sua voz, seus gestos nada discretos
estão registrados no vídeo que é projetado
em uma espécie de gruta, onde, esfuziante,
anuncia: “Dali está pintando Galla”!
Página 14
Valéria Melo Ribeiro
Página 11
·SEGURANÇA PARA CRIANÇAS
NA INTERNET
Rafael Silveira
Página 11
· GESTÃO EMPREENDEDORA
Édis Mafra Lapolli
Página 13
· ELEMENTOS DOUTRINÁRIOS:
A PRÁTICA CRISTÃ NO
TRABALHO
Jaime João Regis
Página 15
GESTALT
A Gestalt objetiva ir além da explicação
das origens de nossas dificuldades, ela
pretende sentir como, experimentar
pistas para soluções novas e mobilizar a
mudança, afiança Elizângela Rodrigues
Mota.
Página 6
Editorial
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INFORMATIVO NOSSO LAR - FEVEREIRO - 2014 – ANO 4 - Nº 23
2
N
o pensamento grego, particularmente na escola de Platão e
de Pitágoras, o bem é representado não apenas como a moralidade,
mas como a proporção e a harmonia,
também implicando em lei e ordem.
A harmonia não é uma resposta emocional prazeirosa – embora o
equilíbrio emocional seja impossível
sem ela - mas uma necessidade universal e controlada pela mente, exigente em suas demandas e severa em
suas repercussões, com consequências
punitivas naturais quando as leis do
equilíbrio e da harmonia são desobedecidas.
Confúcio associava a moralidade
com a harmonia e com a visão de mundo equilibrada do homem perfeito.
Quando um discípulo perguntou-lhe sobre a virtude, Confúcio respondeu: “Significa, quando viajar a um
país estrangeiro, comportar-se com
cada um como se estivesse recebendo
um hóspede importante e não fazer
com o outros aquilo que não gostaria
que fizessem com você”.
Tanto para o indivíduo como para
a sociedade, a felicidade depende
muito do amor, mas nem sempre se
compreende que para amar os outros
como a si mesmo é necessário começar por si mesmo.
Santo Agostinho sustentava que o
tipo certo de amor começa pelo amor
a si mesmo antes de ser estendido aos
outros. A partir desse ponto, deve
estender-se para além dos seres naturalmente amados, ao ponto de se amar
aos próprios inimigos.
Não se trata de uma preocupação em fazer o bem aos outros e sim
a compreensão da unidade de toda a
vida, humana, animal e vegetal, e o reconhecimento do total envolvimento
nela.
Amar a si mesmo implica na aceitação de quem somos, reconhecer
qual o nível de consciência de nossa
divindade, posto que somos filhos de
Deus.
Tratar a nós mesmos com cuidados
especiais, atendendo às nossas carências
com primazia, certamente nos levará a
um estado de consciência mais apurado
e uma compreensão do que os filósofos
e seguidores do Cristo nos legaram com
as asseverações de que Deus é Amor e
que este é, dentre os mais nobres sentimentos humanos, o maior.
Arquivo Web
AME/SC
A Associação Médico-Espírita de Santa Catarina (AME-SC) está com uma nova composição na sua diretoria para o biênio 2014/2015.
Presidente
Dra. Eunice Velloso
E-mail: [email protected]
Vice-Presidente
Dr. Gian Carlo Nercolini
1ª Secretária
Dra. Rosane T. Gonçalves
E-mail: [email protected]
2º Secretária
Dra. Alexandra Quadros
E-mail: [email protected]
Receita para arrancar
poemas presos
Viviane Mosé
A maioria das doenças que as pessoas têm são poemas presos.
Abscessos, tumores, nódulos, pedras são palavras calcificadas,
poemas sem vazão.
Mesmo cravos pretos, espinhas e cabelo encravado.
Prisão de ventre poderia um dia ter sido poema. Mas não.
Pessoas às vezes adoecem da razão de gostar de palavra presa.
Palavra boa é palavra líquida, escorrendo em estado de lágrima.
Lágrima é dor derretida. Dor endurecida é tumor.
Lágrima é alegria derretida. Alegria endurecida é tumor.
Lágrima é raiva derretida. Raiva endurecida é tumor.
Lágrima é pessoa derretida. Pessoa endurecida é tumor.
Tempo endurecido é tumor. Tempo derretido é poema.
(Do livro Pensamento Chão, Ed Record)
expediente
Telefones do Núcleo
(48) 33570045 e 33570047
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1º Tesoureiro
Dr. Newton Marques da Silva
E-mail: [email protected]
2º Tesoureiro
Dr. Jose Bel
E-mail: [email protected]
Conselho Fiscal
Presidente do Conselho Fiscal – Dr.Leonardo
Antunes Azevedo
Membros titulares do Conselho Fiscal:
Dra. Claudia Marques da Silva
E-mail: [email protected],
Dra.Wilma Machado Carrilho,
Suplentes do Conselho Fiscal:
Dra. Moema Ferrari Loureiro, Dr. Cesar
Paleari, Dra. Norma C. Rodrigues.
Direção do Departamento Acadêmico:
Dra. Maria de Fátima Marques da Silva
E-mail: [email protected]
Direção do Departamento de Solidariedade:
Dr. .Airson Camilo Stein
E-mail: [email protected]
Nossos encontros são realizados regularmente em toda última quinta-feira de cada
mês, às 19h30min, no 4º andar do Hospital
Universitário. São encontros abertos aos interessados em saúde, nos quais são apresentados
e debatidos assuntos relacionados à visão científica da medicina espiritual.
Como associados, podem participar profissionais da área da Saúde (odontólogos, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, enfermeiros, biólogos, assistentes
sociais etc), pois nosso olhar é direcionado à
cura do ser total.
Aguardamos sua visita para enriquecer
nossos encontros.
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Centro de Apoio ao Paciente com Câncer
Guia da Saúde
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foto web
câncer:
“doença da alma?”
Juliana Lapolli
Psicóloga – CRP 12/06364
Câncer é o nome de um conjunto de mais de 100 doenças (patologias) que
possuem em comum o desenvolvimento desordenado de células anormais em
diferentes partes do organismo, podendo espalhar-se para outras regiões do
corpo. Essas células dividem-se rapidamente, sendo muito mais hostis e incontroláveis, promovendo o desenvolvimento de tumores.
Apesar dos avanços das pesquisas, ainda não se conhece as causas reais do
câncer, embora seja consenso unânime a existência de uma relação entre o aparecimento do câncer e um funcionamento inadequado do sistema imunológico, principal responsável pela defesa do organismo contra doenças em geral.
Maus hábitos alimentares e elevado nível de estresse contribuem para o mau
funcionamento do sistema imunológico, podendo estar ligados ao aparecimento do câncer. Dessa forma, a psicologia pode exercer um papel importante, tanto na prevenção quanto no tratamento da doença.
Uma doença não é só um fato físico, mas um problema que diz respeito
à pessoa como um todo (corpo, emoções, mente e espírito). Assim, todas as
partes têm certa função na suscetibilidade ao Câncer e/ou na sua recuperação.
Atualmente, já se sabe que existe uma ligação evidente entre estresse e Câncer. Pessoas que reagem a estresses com sentimento de falta de esperança, desespero, desistindo de lutar por uma vida melhor, entre outros, disparam um
conjunto de reações fisiológicas que suprimem as defesas naturais do corpo,
tornando-o suscetível à produção de células anormais, devido a um desequilíbrio mental, hormonal, orgânico e psicológico. Portanto, há maiores possibilidades de que ocorram doenças após acontecimentos altamente estressantes
na vida do indivíduo. Aqueles com dificuldades de expressão de sentimentos
negativos, como raiva e mágoa, e com tendência a reagir com passividade em
situações estressantes e/ou críticas da vida possuem um risco maior de desenvolver câncer, devido à vulnerabilidade de seu sistema imunológico.
Mas, as pessoas estão habituadas a pensar na doença somente em sua negatividade, como algo externo que, repentinamente, nos ataca, desorganizando
nossa vida. Assim, colocam-se como vítimas do destino e aguardam que um
profissional restabeleça a sua saúde, intervindo de fora em seu organismo. Não
se assume a responsabilidade pelo adoecimento, nem se compromete com a
cura. Uma nova proposta visa resgatar a positividade da doença, na medida
em que esta passa a ser encarada como uma possibilidade de reflexão e reorganização.
Geralmente, a doença força uma parada no ritmo acelerado e mecânico.
Com essa parada, dá-se tempo para pensar e se questionar sobre pontos importantes da vida que haviam ficado esquecidos ou vinham sendo adiados. E
quanto maior a gravidade da doença, mais profunda é a reflexão e mais a pessoa
torna-se aberta a realizar mudanças em si mesma, em seus relacionamentos e
em sua maneira de viver, ela passa a buscar o que é realmente essencial.
Nessa “parada obrigatória” o sujeito começa a avaliar sua própria vida e a
maneira como a conduziu até aquele momento. É nesse processo de avaliação
que ele pode começar a entender a doença, não mais como algo que apareceu sem causa, mas como alguma forma ligada às experiências, às atitudes que
mantinha diante da vida, dos outros e de si mesmo e entende a forma como
participou de seu adoecimento. Somente assim poderá, também, participar de
sua cura através do tratamento e da reorganização da sua vida.
Assim, deve-se encarar a doença como um sinal enviado pelo corpo, alertando que, de alguma forma, a pessoa está ultrapassando os limites, negando
necessidades e sentimentos. Mudando internamente esses sentimentos, crenças, valores e atitudes, muda-se também a própria vida, melhorando e aumentando o seu bem-estar.
Seria melhor que refletíssemos sobre essas questões, tão importantes, antes
de ser necessário o “alarme” de nosso corpo, mas, se a doença já se desenvolveu,
é importante utilizá-la como um instrumento para o crescimento pessoal.
Cada um tem sua própria participação na saúde ou na doença a todo o momento. Essa forma de pensar não pretende se desfazer dos tratamentos médicos, e sim ensinar o que pode ser feito em conjunto, entre médicos, psicólogos,
familiares e pacientes para a recuperação.
Pediatria:
Alimentação Infantil
Dra. Margarida Maria Vieira
Médica homeopata e pediatra – CRM: SC 4107
Associação Médico Espírita de Santa Catarina- AME/SC
Às vezes, me pego a pensar que ainda é pequeno o número de intercorrências como refluxo gastroesofágico (RGA), cólicas do recém
nascido (RN), diarreias sem causa aparente nos
primeiros meses de vida e outros transtornos digestivos, respiratórios, da pele e renais.
Por que começo este artigo sobre “Alimentação Infantil” com esta minha divagação?
Quando eu era estudante, foi-me dito que
nos primeiros meses de idade a mucosa do trato
digestivo não tem capacidade para tolerar alimentos instantâneos... o que vemos hoje: já na
maternidade os recém nascidos recebem fórmulas lácteas instantâneas... como se isso não fosse
suficiente, o lactente passa a ser alimentado com
alimentos industrializados, e aí nem considero
as frutas e verduras submetidas a agrotóxicos.
Sorte tem a criança que é amamentada...
pelo menos até os seis meses está mais protegida
desta “agressão”... tendo algum sofrimento apenas nos casos de alergia alimentar, até ser identificado o alergeno alimentar que está presente na
dieta da Mãe.
Outro fator agravante é o “sugar” prolongado. Pelo nosso desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), o sugar deveria ser exclusivo até
rasgar o primeiro dente, a partir daí, é importante associar alimentos que necessitam da mastigação. O que pode acontecer quando o “sugar” é
prolongado: dificuldade para respirar pelo nariz,
dificuldade para articular com clareza as palavras, má digestão (tem substâncias = enzimas
digestivas que são produzidas pelo estímulo da
mastigação).
Falando dos alimentos em si:
• até o sexto mês, o ideal é a amamentação
- as razões tanto a nível físico quanto psicoemocionais são amplamente reconhecidas;
• após o sexto mês, se introduz, gradativamente, os alimentos pastosos e, em seguida, os sólidos.
As leguminosas (feijões, grão de bico, ervilha, lentilha) têm boa aceitação após o nono
mês, o mesmo acontece com as folhas verdes.
O sal é tolerado após os 12meses.
A criança tem o seu paladar particular, por
isso, é importante repetir cada alimento novo
pelo menos três vezes seguidas... a oferta de variedades de alimentos também deve ser considerada... mesmo aqueles alimentos que não são
muito do agrado das pessoas da família devem
ser oferecidos à criança quando têm um valor
nutritivo.
Manter a rotina (café da manhã, fruta, almoço, lanche da tarde e jantar) assim como o
exemplo dos adultos alimentando-se (estado
de harmonia e alegria a mesa, como os adultos
mastigam e saboreiam os alimentos etc) é tão
fundamental na formação da criança quanto a
sua Alimentação.
Consideração ao tempo em que o alimento
deva ser introduzido, de acordo com a necessidade e a capacidade biológica da criança e alimentos mais orgânicos possível associados ao
estado de amorosidade, gratidão, alegria e harmonia à mesa é a fórmula prescrita para que ela
seja um ser saudável até a vida adulta.
Artigo
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Pensamentos, Sintonia e Energias
Carlos Augusto Maia da Silva
Com o desenvolvimento científico e os avanços
tecnológicos, cada vez mais se estuda e se procura um
diagnóstico que teorize sobre energias emanadas no
complexo humano: como o pensamento emite energias ou como se sintoniza e absorve as energias do
ambiente.
O Espiritismo enfatiza a questão energética do ser
humano, colocando o componente energético e suas
relações como tão ou mais importantes do que o componente material (físico, orgânico).
A base dos sistemas de autoajuda está na mentalização positiva, ou seja, na geração de energias positivas
ao redor da pessoa para que ela melhore o seu astral.
A natureza é um imenso oceano de vibrações e
energias, onde os seres transitam, influenciando e sendo influenciados por essa torrente energética e vibratória que se encontra dispersa no universo.
A física quântica, com suas teorias complexas e revolucionárias, traz à luz da discussão científica o componente não material nos fenômenos da natureza, o
elemento “organizador” da estrutura material e de seus
fenômenos.
O ser humano absorve energias das mais diversas,
a todo o momento e instante, de forma automática e
as metaboliza em sua estrutura energética, que o Espiritismo denomina de Perispírito. Essa absorção e metabolização fazem parte normal do funcionamento do
complexo humano, ocorrendo de maneira automática,
ou seja, é um processo inconsciente ou transparente,
numa linguagem mais moderna, que ocorre independente da percepção ou decisão voluntária da pessoa.
Essas energias são captadas pelo nosso cérebro e
são passadas para nosso metabolismo e distribuídas
para o nosso Perispírito. As energias que são passadas
são positivas ou negativas e tudo depende de nós em
escolhermos quais as que devemos aceitar. Como nós
temos o livre arbítrio, escolhemos a que melhor se encaixar no momento emocional que estamos vivendo.
Mas uma coisa é certa, nós somos responsáveis pela
escolha que fizermos.
Essas energias absorvidas são constituídas das
energias e vibrações do ambiente em que estamos inseridos e se constituem de elementos presentes na natureza (como o Fluído Cósmico Universal, radiações
eletromagnéticas etc.), de fluídos (emissões energéticas
de processos orgânicos ou perispirituais de outros seres
da criação) e de vibrações e pensamentos advindos de
outros seres humanos encarnados ou desencarnados.
A metabolização no nosso complexo transforma
essas energias absorvidas em componentes específicos
da nossa “circulação” energética, distribuindo-as em
todo o nosso organismo físico e perispiritual, servindo
como verdadeiro “alimento” para o complexo humano.
Isso significa dizer que as energias absorvidas pelo
indivíduo são do mesmo padrão vibratório em que
ele se encontra no momento, ou seja, nosso complexo
energético tem uma espécie de “filtro” que deixa passar
apenas as energias com as quais afinamos e sintonizamos.
Evidentemente, um estado de desequilíbrio no nosso campo mental e espiritual promove, imediatamente,
um reajuste no nosso sistema energético, o que nos leva
também a sintonia com determinado tipo de energia,
que passará a ser “filtrada” para o nosso sistema energético, incorporando-se, pela metabolização, ao sistema
perispiritual e físico.
O equilíbrio ou o desequilíbrio no campo mental e
espiritual do indivíduo determina, portanto, que “qualidade” ou “tipo” de energia será absorvido por ele. Vai
depender, também, de seu estado emocional, se ele es-
tiver bem, captará as energias boas, se for ao contrário,
captará as energias maléficas. Ou seja, se estamos desequilibrados, desarmonizados, invigilantes com nossos pensamentos, nosso patamar vibratório se ajusta
às energias negativas e nosso filtro bloqueia a absorção
das energias positivas e promove a assimilação de energias desequilibradas.
É fácil deduzir que, se absorvemos um determinado padrão energético, com uma certa “qualidade”, seja
ela positiva ou negativa, a metabolização dessas energias produz componentes energéticos de qualidade similar, que se distribuem pelo nosso organismo físico e
perispiritual, afetando-o com a qualidade inerente ao
tipo da energia absorvida.
Também podemos inferir que o padrão vibratório/
energético absorvido, uma vez metabolizado em nosso Perispírito reforça o estado vibratório que permitiu
sua absorção, ou seja, reforçamos o estado de equilíbrio
ou desequilíbrio em que nos encontramos. Por isso, é
necessária a vigilância constante sobre nossa sintonia
mental/espiritual, para que não nos deixemos levar
pelos pensamentos inadequados, pelas vibrações negativas, pelos sentimentos menos dignos, pelas emoções
descontroladas, pois isso permitirá que iniciemos um
processo de absorção de energias negativas que, por
sua vez, reforçam nosso estado de desequilíbrio, o que
pode, em persistindo esta situação, colocar-nos em
contato com seres desequilibrados, causar-nos doenças
e desequilíbrios físicos, psíquicos e espirituais.
Em contrapartida, a vigilância para que nosso
pensamento, nossa sintonia permaneça sempre elevada, voltada à prática do bem, do amor e da caridade
permite que, constantemente, fiquemos sintonizados
e absorvendo as energias equilibradas, o que reforça
nosso equilíbrio e bem-estar físico, psíquico e espiritual trazendo a sensação agradável de estar em sintonia
com energias elevadas. Esse é o retorno, a recompensa
imediata de quem pratica o amor e a caridade. Traz o
prazer em se praticar o bem e, com isso, ficamos sintonizados com o nosso anjo guardião, usufruindo dessa
energia positiva e irradiando para aqueles que estão ao
nosso redor.
A energia positiva atrai os bons espíritos que nos
passam energias boas e equilibradas, nos proporcionando um grande equilíbrio energético e a negativa,
os maus espíritos, e abre a porta para o ódio e para os
outros sentimentos ruins que só nos prejudicam.
Ao entender este mecanismo, podemos afirmar que
é muito importante que busquemos, com um esforço
constante, com muita consciência, uma mentalização
positiva para o nosso foco mental,
para os nossos pensamentos, em todas
as etapas e momentos de nossa vida,
em casa, no trabalho, no lazer, no
trânsito, de modo a garantir a sintonia
com um patamar energético mais elevado, com a consequente absorção e
metabolização de energias benéficas e
reforçadoras de nosso comportamento no caminho do bem.
Mentalizemos isso e teremos uma
vida plena com muito amor e daremos
exemplo àqueles que estiverem junto
na nossa jornada neste mundo material e, também, no espiritual, pois tudo
é aprendizado tanto para nós, como
para nossos amigos e inimigos espirituais.
Lembremo-nos sempre que tudo
depende de nós.
Segurança
Walter Ouriques e
Isabel Cristina Ouriques
A base de todo um trabalho elevado realizado no Núcleo Espírita
Nosso Lar advém de um dos fatores mais importantes para todos os
trabalhadores nesta casa que é a segurança. A segurança é um dos elementos fundamentais para a realização de qualquer tarefa. A própria
palavra segurança, como é vista nos dicionários, nos remete a percepção de estarmos protegidos de riscos, perigos ou perdas. Portanto,
é preciso que o homem que busca em suas relações com os outros a
harmonia com o próprio universo, tenha dentro de seu próprio ser a
segurança necessária para a sua autorrealização.
Apesar de a segurança ser encontrada em todos os lugares, em cada
área de atuação humana, seja ela doméstica, do trânsito, pública, pessoal, entre outras tantas, ela parte, primeiramente, de dentro do próprio
íntimo do ser humano, uma vez que a segurança parte do princípio da
confiabilidade. Faz-se necessário ao homem confiar em si mesmo para
que ele irradie segurança em suas tarefas. E como desenvolver esse “estar seguro de si” ou “confiar em si mesmo”? Este estado de segurança
íntima está diretamente ligada à construção do seu próprio ser, à busca
do seu esforço pessoal, conhecendo-se e enfrentado os limites de seu
próprio espírito. A segurança depende do autoaprimoramento dentro
dos conceitos do Evangelho deixado por nosso Mestre Jesus. Somente
a vivência nessa filosofia faculta ao homem ser um verdadeiro instrumento da verdade, do amor e da caridade. Essa busca é algo difícil, mas
não impossível, é trabalhoso, mas alcançável, nos propõe renúncia e
sacrifícios de nós mesmos, como atingir o perdão como norma diária
em nossas vidas, enxergar o trabalho como uma obrigação sem queixa,
a oração como um dever silencioso, a alegria como uma manifestação
de gratidão por tudo o que vê e recebe da vida, deixando de ferir com
a língua, tornando a mente um ninho de pensamentos nobres.
Deixando os maiores inimigos de nossa segurança que são o ódio,
a vingança, a brutalidade, a usura, todos oriundos de nosso egoísmo
e orgulho, estaremos nos envolvendo com o nosso Eu Superior. Esses sentimentos que ainda permeiam o mundo dos homens levam-nos ao estado de dependência com os espíritos inferiores. Partindo-se do pressuposto que “atraímos os nossos semelhantes pela lei dos
afins”, podemos entender que dependendo de nossa sintonia gerada
pela natureza de nossos pensamentos, pelo tipo de nossas inspirações
e pelo nosso sistema de vida, a se expressarem através de atos e palavras, pensamentos e atitudes, determinarão, sem dúvida, a qualidade
dos espíritos que serão compelidos a sintonizarem conosco nas tarefas
cotidianas.
Portanto, modifiquemos os hábitos, aprimoremos os sentimentos,
melhoremos o vocabulário, purifiquemos os olhos, exerçamos a fraternidade, amemos e sirvamos, estudemos e aprendamos de forma a
edificarmos a nossa própria casa, o nosso Eu íntimo e, dessa forma,
estaremos irradiando a paz, a harmonia por qualquer lugar que estejamos, seguros de nós mesmos e confiante no amor de Deus, beneficiando, assim, toda a humanidade.
Fique Atento
Núcleo Espírita Nosso Lar
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A marcação de consulta para o atendimento
pode ser feita diretamente na Secretaria do
Núcleo no horário das 08:00 as 11:00 e das
13:00 as 17:00 horas.
O atendimento poderá ser solicitado na secretaria da Instituição, de segunda a sexta-feira, de 08:00 as 11:00 horas e de 13:00 as
17:00 horas, ou pelo site http://www.nenossolar.com.br/ a qualquer
hora, mas se o pedido for feito até as 17:30 horas, o Atendimento
a Distância ocorrerá neste mesmo dia, caso contrário ficará para a
noite seguinte.
O que fazer:
• abster-se de álcool, principalmente no dia do atendimento;
• diminuir a ingestão de carnes vermelhas;
• banhar-se antes de deitar;
• jantar comidas leves;
• usar roupa de cama de tecido branco ou claro;
• vestir-se com roupas mais claras possíveis;
• colocar jarra com água próxima a cama (beber no dia seguinte), três vezes ao dia, ½ copo;
• deitar-se por volta de 21:30 horas, preparando-se com bons
pensamentos e orações;
• o atendimento se dará as 22:00 horas;
• fazer repouso, se necessário, e não se preocupar com possível aparecimento de manchas no local afetado, pois esta situação
é normal.
Este procedimento deve ser repetido por mais dois dias consecutivos, obedecendo toda a sequência acima sugerida. No último
dia do atendimento, a água restante poderá ser transferida para um
litro ou jarra de vidro transparente, devendo ser completada (pode
ser mineral sem gás) até enchê-la, bebendo-a por duas a três semanas ou mais, a seu critério, em doses moderadas. Não colocar em
geladeira e mantê-la afastada da luz solar e de aparelhos elétricos.
A eficácia do tratamento está ligado diretamente ao tamanho
de sua fé. Acredite!
Local: Rua Arthur Mariano, 2280, Picadas do
Norte, São José,- SC.
Para esclarecimentos, ligue (48) 33570045 ou
(48) 33570047.
Atenção: Se o seu problema for de ordem física, deverá trazer exame médico (pode ser cópia) que comprove seu diagnóstico, bem como
seu acompanhamento médico.
ANDRE MAIA
Se em seu
tratamento foi
solicitado o uso
de fitoterápicos,
florais ou água
fluidificada, você
poderá retirá-los,
gratuitamente, nos
seguintes horários:
Segunda-feira
8:00h às11:30h
14:00h às 20:00h
Terapia do livro
A Terapia do Livro tem como finalidade proporcionar ao leitor a abertura de seus horizontes e o contato com pensamentos e
opiniões diversas, com diferentes pontos de vista sobre o problema
que o aflige, de forma a facilitar a sua autocura por meio da leitura
de obras adequadas a cada situação. A inscrição deve ser feita na
Secretaria do Núcleo de segunda a sexta-feira.
Quarta-feira
8:00h as 10:30h
14:00h às 16:30h
20h às 21:30h
PALESTRAS
PALESTRAS: MARÇO - 2014
DATA
HORA
PALESTRANTE
ASSISTENTE
TEMA
01
Sábado
14 h
Jaime João Regis
Paulo Neuburger
Mensagens do Evangelho para a atualidade - Pureza de coração
05
Quarta-feira
20 h
Homero Franco
Volmar Gattringer
Leis Espirituais
06
Quinta-feira
20 h
Odi Oleiniscki
(Associação
Médico-Espírita/SC)
Cleuza de Fátima M. da Silva
Medicina e Espiritualidade
07
Sexta-feira
20 h
Tânia Regina Silva Vieira
Luiz CarlosVieira
A felicidade não é deste mundo
08
Sábado
14 h
Maurício José Hoffmann
Maria Nazarete Gevertz
Mensagens do Evangelho para a atualidade - A brandura
12
Quarta-feira
20 h
Newton Marques
(Associação Médico-Espírita/SC)
Zenaide A. Hames Silva
A incoerência do homem
13
Quinta-feira
20 h
Rogério Meyer Dal Grande
Maria Nazarete Gevertz
Reencarnação
14
Sexta-feira
20 h
Douglas Lopes Ouriques
Zenaide A. Hames Silva
Reencarnação
15
Sábado
14 h
Jaime João Regis
Maria Nazarete Gevertz
Mensagens do Evangelho para a atualidade - A misericórdia
19
Quarta-feira
20 h
Luiz Carlos Vieira
Tânia Regina S. Vieira
Evangelho - A Boa Nova
20
Quinta-feira
20 h
Rosane t. Gonçalves (Associação
Maria Nazarete Gevertz
Médico-Espírita/SC)
O paraíso e o inferno dentro de nós
21
Sexta-feira
20 h
James Ronald R. Lobo
Beatriz Rosa
Da Lei de Destruição
22
Sábado
14 h
Maurício José Hoffmann
Paulo Neuburger
Mensagens do Evangelho para a atualidade - Amor ao próximo
26
Quarta-feira
20 h
Gastão Cassel
Volmar Gattringer
Desencontros - reflexões sobre o cotidiano no século XXI
27
Quinta-feira
20 h
Zulmar Francisco Coelho
Tânia Coelho
Não há despertar de consciência sem dor
28
Sexta-feira
20 h
Carlos Augusto M. da Silva
Cleuza de Fátima M. da Silva
O que estas fazendo por ti e para com os mais próximos
29
Sábado
14 h
Jaime João Regis
Abegair Pereira
Mensagens do Evangelho para a atualidade - Vencer ou amar os inimigos
Atendimento Fraterno
No dia-a-dia, enfrentamos diversos problemas desencadeados por pressões sociais, culturais,
econômicas e financeiras, tanto na rua, no emprego, como na família. Estamos sempre “correndo
atrás da máquina” e com medo de ficarmos para trás, pois o mundo competitivo nos obriga a
sermos o melhor funcionário, o melhor cônjugue, os melhores pais, os melhores filhos etc. Nossa
busca se generaliza para diversas áreas e acabamos nos esquecendo de coisas simples, como termos
tempo para nós mesmos.
Essas pressões acabam produzindo conflitos pessoais, emocionais e espirituais que se exteriorizam como dificuldades em mantermos saúde plena, física e mental. Então, percebemos a necessidade do retorno ao equilíbrio pessoal, da paz e da saúde, para a nossa vida e para a vida daqueles
com quem convivemos. Entretanto, também percebemos que as pessoas que conosco vivem e
em quem buscamos apoio se encontram com problemas semelhantes aos nossos, necessitando
também de auxílio. Nestes momentos de dificuldades, podemos melhorar nosso entendimento,
clareando nossos pensamentos e aliviando nossos sentimentos através de uma conversa amiga. O
NENL possui um ambiente acolhedor e privado para escutar o irmão. Se desejar um Atendimento
Fraterno, basta procurar a Secretaria do Núcleo Espírita Nosso Lar em São José, ou através do
telefone (48)33570045, sempre em horário comercial e solicitar o atendimento.
Dê essa oportunidade a você!
Artigo
Núcleo Espírita Nosso Lar
Centro de Apoio ao Paciente com Câncer
INFORMATIVO NOSSO LAR - FEVEREIRO - 2014 – ANO 4 - Nº 23
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gestalt
Arquivo Web
Elizângela Rodrigues Mota
Gestalt é uma palavra alemã que significa dar forma,
dar uma estrutura significante, na Psicologia seria uma
teoria onde nosso campo perceptivo se organiza espontaneamente, sob a forma de conjuntos estruturados e
significantes, onde o todo é diferente da soma de suas
partes. Ou seja, uma parte num todo é algo bem diferente desta mesma parte isolada ou incluída num outro
todo. Na prática, seria compreender um comportamento analisando-o no conjunto mais amplo do contexto
global, ter uma visão sintética do comportamento.
De acordo com Shultz e Shultz (2011), Gestalt pode
ser usada para se referir a objetos ou às suas características formais, o termo não se restringe ao campo visual
nem mesmo ao campo sensorial, pode abranger aprendizagem, pensamento, emoções e comportamento. No
entanto, em geral, os psicólogos da Gestalt concentram-se mais nos fatores periféricos da organização perceptual do que nos efeitos da aprendizagem ou da experiência.
Segundo Shultz e Shultz (2011), para os psicólogos
da Gestalt há mais na percepção do que os olhos veem,
para eles, a mente molda e forma os dados originais da
percepção. Por isso, existe uma diferença entre o caráter
da estimulação sensorial e da percepção em si, a percepção não pode ser explicada simplesmente como um
conjunto de elementos ou a soma das partes. Os objetos são percebidos da mesma forma que percebemos o
movimento aparente, como unidades completas e não
como agrupamentos de sensações individuais.
Princípios da Gestalt: Proximidade, elementos próximos no espaço e tempo tendem a ser percebidos juntos;
Continuidade, elementos são percebidos numa mesma
direção para que pareçam contínuos; Semelhança, elementos semelhantes tendem a ser vistos como pertencentes à mesma estrutura; Preenchimento, tendência de
completarmos as figuras incompletas, de preencher as
lacunas; Simplicidade, tendência de vermos as figuras
como tendo boa qualidade sob condições de estímulos,
é chamada de boa forma ou pragnanz, uma boa Gestalt
é simétrica, simples estável; Figura/Fundo, tendência em
organizar as percepções do objeto (figura) sendo visto e
do fundo (base) sobre o qual ele aparece.
Segundo Ginger e Ginger (1995), Perls se recusava
a optar entre doença e mal-estar existencial, para ele,
a terapia não deveria se restringir às pessoas com patologias. Sua genialidade foi elaborar uma síntese coerente de várias correntes filosóficas, metodológicas e
terapêuticas constituindo uma nova Gestalt onde o todo
é diferente de suas partes. Ele dá ênfase na tomada de
consciência da experiência atual (o aqui e agora) e reabilita a percepção emocional e corporal. Desenvolve uma
perspectiva unificadora do ser humano, integrando ao
mesmo tempo as dimensões sensoriais, afetivas, intelectuais, sociais e espirituais, proporcionando uma experiência global, em que o corpo possa falar e a palavra,
encanar. A Gestalt valoriza o direito à diferença, a originalidade irredutível de cada ser, ela reúne a noção de
desenvolvimento pessoal, de formação e a de plenitude
do potencial humano, assim, o normal não deve ser defi-
nido pela adaptação, mas, ao contrário, pela capacidade
de inventar novas normas, segundo Goldstein.
De acordo com Ribeiro (1985), Perls, em sua ação
psicoterapêutica, propunha levar o paciente a uma correção ou a uma reestruturação do campo perceptual, o
cliente deveria aprender a pensar em função de todos,
de inteiros, sem se perder em detalhes, pois, partindo do
princípio de que o homem é um todo integrado, que se
relaciona com todo o universo no qual está também ele
imerso, é um ser em processo dinâmico, não se pode seccionar para entendê-lo, tudo nele tem sentido a partir do
seu todo. O todo é, na realidade, um fato fenomenológico global e é através desta globalidade que os fenômenos
podem ser compreendidos, criando ou dando consciência de sua natureza intrínseca. E, a Gestalt-terapia sabe
que é a totalidade que encerra o significado, como sabe
também que a intencionalidade está na totalidade.
Figura e fundo é um dos conceitos mestres da Gestalt, quando falamos de figura fundo estamos falando
de forma ou de formação de realidades ou, de formação
duo, uma figura “sobre” ou “dentro” da outra. A figura
está no todo, ela se sobrepõe a algo mais amplo, mais
complexo. O que o cliente traz como figura é parte do
seu todo, ora é figura ora é fundo, trata-se de um caráter
dual da percepção.
Aqui e agora explica a relação com a realidade
como um todo, pode ser explicado pelo agora sem recorrer a experiências passadas de percepção. Se se tem o
presente, se tem o necessário para compreender e experienciar a realidade como um todo. Estar no aqui e agora
é abrir-se à analise e à informação, viver o aqui e agora é
um experienciar a realidade interna e externa.
A Gestalt objetiva ir além da explicação das origens
de nossas dificuldades, ela pretende sentir como, experimentar pistas para soluções novas, mobilizar a mudança.
Ela integra e combina um conjunto de técnicas variadas,
verbais e não verbais, a saber: despertar sensorial, trabalho com energia, respiração, corpo ou voz, expressão da
emoção, trabalho a partir dos sonhos, criatividade (artes). Assim, ela favorece a tomada de consciência global
de forma a compreender e aprender, experimentar para
alargar ao máximo nosso campo vivido e nossa liberda-
de de escolha, tentar escapar ao determinismo alienante
do passado e encontrar, assim, um território de liberdade e de responsabilidade. Ela incita o autoconhecimento
e a autoaceitação. Porém, o essencial da Gestalt não está
em suas técnicas, mas no espírito geral do qual ela procede e que as justifica. Para a Gestalt, cada um é responsável por suas escolhas e por aquilo de evita.
Percebe-se a importância e a influência desta abordagem na clínica, pois, compreender a percepção no
contexto da Gestalt indica uma visão de mundo e uma
possibilidade imediata de o sujeito romper com o unilateralismo da Razão como fonte única de compreensão
da realidade, da sua habitual relação com o mundo e
com a consciência, homem se percebe responsável por
suas escolhas dando-se conta da liberdade e da responsabilidade de sua existência. É importante que o cliente
esteja aberto para desabrochar melhor o seu potencial,
um mais ser, buscando uma qualidade de vida melhor.
Ele é partícipe ativo em gestalt-terapia.
Agora irmão, o convido a refletir sobre nossa visão
de mundo, sobre nosso agir, estamos mais preocupados
com as partes ou com o todo? Estamos conseguindo
resolver nossas dificuldades e limitações, em cima de
detalhes ou em cima do contexto mais global? Assim,
partindo do princípio de que o homem é um todo integrado, pensemos em nossas ações e em nossas resoluções diárias, pensemos em como nos vemos e em como
vemos os outros, nossos irmãos. Vamos buscar nos autoconhecer, nos autoaceitar e, principalmente, trazer
para nosso íntimo a responsabilidade dessa encarnação,
conscientes de nossa liberdade ou, em nossa linguagem
espírita, conscientes de nosso livre arbítrio.
REFERÊNCIAS
SHULTZ, D. P.; SHULTZ, S. E.. História da Psicologia Moderna. 2.
Ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
GINGER S. e GINGER A.. Gestalt: uma terapia do contato. São
Paulo: Summus, 1995.
RIBEIRO, J. P.. Gestalt-Terapia: refazendo um caminho. São Paulo:
Summus, 1985.
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Espiritualidade
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Primeiro as
primeiras coisas
Homero Franco
http://maioridadespiritual.blogspot.com/
Na realidade impermanente, em que
tudo se altera o tempo todo, estabelecer
prioridades é, provavelmente, o maior segredo da vida humana. Em todos os sentidos, vale para quem precisa cuidar da
saúde, para quem precisa ajustar-se a uma
renda mensal, para quem usa a estrada, o
relógio, a terra, o mar, o ar, o fogo. Moral
da história: o primeiro de todas as primeiras coisas é Deus, Autor da Vida, justificando com sobras o que ensinou Jesus:
— “Amareis o Senhor vosso Deus de todo
vosso coração, de toda vossa alma e de
todo vosso espírito; é o maior e o primeiro mandamento”.
Quantos há que passam pela vida repetindo rotinas entre acordar e adormecer,
como se diz, correndo atrás dos trens, sem
nunca se perguntar “por que a minha vida
é um sufoco, compelido a matar um leão
por dia”? e, obviamente, sem nunca parar
para obter a resposta.
São pessoas às quais tudo mais tem
uma imensa importância, exceto elas próprias. Claro, se alimentam, dormem, cuidam da higiene, amam (de um jeito meio
encabulado, mas amam), se divertem, mas,
a rigor, as suas vidas se pautam por fazer
tudo o que o improviso determina. Passam
a vida apagando pequenos, médios e grandes ‘incêndios’, ‘matando leões’, contraindo
compromissos, pagando contas, ‘enxugando gelo’. Nunca se perguntaram se a fome,
a sede, o sono, o prazer, a inteligência são
manifestações divinas num corpo divino e,
lá pelas tantas, batem de frente com o obstáculo maior e são chamadas a entender
que o nosso corpo, os nossos sentimentos,
os nossos movimentos, as nossas ações, o
nosso fazer, o nosso estar vivo são concessões temporárias, impermanentes.
Vale uma parábola. A família tinha
uma só galinha, que botava um só ovo por
dia e esse ovo era o alimento diário de três
pessoas. Todo dia a criança buscava o ovo
no ninho e trazia-o à cozinha para a mãe
preparar o alimento do dia. Não podia derrubar (quebrar) o ovo e nem matar a galinha.
Nós temos a ‘capacidade’ de derrubar o
ovo e, até mesmo, de matar a galinha quando fazemos coisas que ‘até Deus duvida’
com nosso próprio corpo, com os nossos
amores, com nosso planeta.
Cuidar para que o impermanente se
prolongue e seja substituído sem crises,
fazendo primeiro, as primeiras coisas, estabelecendo prioridades, elegendo o que será
realizado e riscando aquilo que nunca mais
será feito, são segredos para estar de bem
com a vida.
E o que é a vida? A vida é Deus, suas
leis.
Isso aqui não é conversa de sacerdote
ou pregador religioso. Os pensadores de
ponta no mundo dos negócios falam coisas que há algum tempo era proibido na
ideia ou na fala desses homens que lideram, têm empresas, geram empregos e têm
muito poder. Alvin Tofler, um dos ‘monstros sagrados’ da mentorização empresarial
disse: “O futuro é construído pelas nossas
decisões diárias, inconstantes e mutáveis,
e cada evento influencia todos os outros”;
“Mudança é o processo no qual o futuro invade nossas vidas”.
Outro desses ‘monstros “fazedores” de
cabeças’ é Stephen Covey. Disse ele: “Plante um pensamento, colha uma ação; plante
uma ação, colha um hábito; plante um hábito, colha um caráter; plante um caráter,
colha um destino”. E mais: é dele uma escala de sete hábitos das pessoas mais eficazes,
onde figuram: (1) Ser proativo; (2) Começar com o objetivo em mente; (3) Primeiro
o mais importante; (4) Mentalidade ganha-ganha; (5) Procure primeiro compreender, depois ser compreendido; (6) Criar
sinergia; (7) Afinar o instrumento.
Ainda voltaremos a estes sete hábitos
como coisa muito atual a quem queira crescer espiritualmente.
Da Vontade de
Servir
Adilson Maestri
Terapia do Livro
http//:adilsonmaestri.blogspot.com.br
A vontade de servir, que brota do coração do homem, é a força motriz que
conduz ao movimento do vir a ser uma
pessoa melhor.
Vontade verdadeira, plena, de dentro
do coração, é a retribuição pelo tanto que
o homem recebeu do Universo. É sua forma espontânea de colocar-se no eixo do
movimento cósmico para frente e para
cima, movimento de expansão que estamos experimentando no momento.
O universo respira, inspira e expira,
estamos na segunda fase do movimento,
para fora.
A saída do ar para fora do corpo do
homem resulta da compressão de seu tórax pela musculatura que o reveste.
Na contração da musculatura, diminuindo o volume corporal, o indivíduo
lança o ar para fora. Com a saída do ar,
são eliminadas as toxinas do pulmão, resultado da combustão no organismo.
Faça um paralelo entre este movimento e o que estamos vivenciando no universo em relação ao crescimento “espiritual”
do homem.
Na contração eliminamos o que não
nos serve. É, portanto, momento de depuração, de separação.
Você deve estar no comando dos seus
próprios processos de limpeza energética,
física, espiritual e emocional.
Eliminar tudo aquilo que não lhe
serve mais, o que resultou do processo
de aprendizagem. O pó do giz que se remove no quadro-negro não serve mais,
fora absolutamente útil e fundamental há
momentos atrás, mas, agora é só pó de
giz. Antes, eram letras gravadas na pedra
a transmitir conhecimentos, agora é só
o que sobrou do artifício usado para se
levar, ao conhecimento do homem, uma
mensagem de aprendizado.
Saber colher o pó com respeito, gratidão e, sobretudo, saber manipular esse
material, já é um novo aprendizado. Saber o tempo certo de proceder a limpeza
é uma sabedoria que vem com o crescimento.
Não tenha pena de remover o pó, não
se emocione, pois o pó voltará à terra; já
está escrito no livro.
O novo vem e traz sempre uma mensagem que está pautada, alicerçada, nas
experiências absorvidas; então, nada a temer, pois a base você tem.
Observe o desenrolar dos fatos, você
busca respostas para o mal-estar energético. Observe com que tipo de energias
você está lidando. Fortaleça suas couraças, evite contatos inseguros.
O meio espiritualista é permeado por
seres de todas as índoles; há muito lobo
em pele de cordeiro.
Existem muitas armadilhas montadas
para pegar os inocentes, aqueles que acreditam que o mundo é somente constituído de seres de bom caráter.
A Terra é um caldeirão a fervilhar. A
população deste planeta foi originalmente
constituída de seres recalcitrantes em outros lugares do espaço. Seres que teimam
em não seguir a luz.
Você, que está imbuído da vontade de
servir a luz, precisa ser forte e atento para
separar o joio do trigo.
Seu dia a dia é constituído de situações para fazê-lo crescer em meio a um
mar de lama de negatividade. Crescer no
planeta Terra é um ato de bravura e heroísmo.
O universo conspira a seu favor, mas
o meio conspira contra. Por isso tanta dúvida, tanta dor, tanta dificuldade para implantar algo inovador, principalmente por
ser algo que vai contra a vontade de tantos
acomodados na insensatez.
Não lhe digo isso para desanimá-lo,
não, ao contrário, trago uma mensagem
de fé e esperança e motivação para você
continuar sempre acompanhando esse
movimento universal que ora é de expansão.
Você já ouviu falar da separação no final dos tempos, ora, se estamos iniciando
um novo tempo, essa separação é óbvia,
tal qual já nos reportamos às toxinas do
corpo físico. Aceite como natural, como
algo que está contido no plano maior. Faz
parte do processo de crescimento.
Essa fase de rescaldo está contida no
plano ao qual você aderiu por vontade
própria, por acreditar que era bom e que
estava ao alcance de suas capacidades,
portanto, não desanime.
Uma sinfonia é composta de vários
movimentos sucessivos e derivados de
uma mesma peça original. Os movimentos do desenvolvimento espiritual também se desencadeiam num processo lógico e sucessivo. Perder o ritmo e desafinar
significa ter que recomeçar. A orquestra
continua, mas você vai ter que esperar
reiniciar a melodia.
Houve no passado várias tentativas de
engrenar o processo que ora transcorre,
mas, por várias razões, não foi possível
acompanhar.
Há no planeta, atualmente, um número suficiente de seres despertos para fazer
o processo seguir em frente.
Em pensamento, esteja sempre unido
aos seus pares, que essa corrente vai se
fortalecendo.
Reportagem de Capa
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Fotos: ADILSON MAESTRI
Parar, acalmar e cur
E
xiste uma estória zen sobre um homem a cavalo. O
cavalo está galopando rapidamente, e parece que o
homem que cavalga se dirige a algum lugar importante. Outro homem, em pé ao lado da estrada, grita:
Aonde você está indo? E o homem a cavalo responde: Não sei,
pergunte ao cavalo!
Esta é a história do ser humano. Estamos todos sobre um
cavalo, não sabemos aonde vamos e não conseguimos parar. O
cavalo é a força de nossos hábitos que nos puxa, somos impotentes diante dela e nos deixamos levar.
Na nossa vida cotidiana, estamos sempre correndo, e isto
já se tornou um hábito. Estamos acostumados a lutar o tempo
todo, mesmo durante o sono, até sem saber contra o que lutamos. Estamos em guerra com nós mesmos, nos digladiando em
nossos pensamentos e, assim, torna-se fácil declarar guerra aos
outros também.
Precisamos aprender a arte de observar e parar nossos pensamentos, a força dos nossos hábitos, nossa desatenção, bem
como as emoções intensas que nos regem. Quando uma emoção nos assola, toma conta de nosso consciente, ela se assemelha a uma tempestade, que leva consigo a nossa paz.
Por força do hábito nós ligamos a TV e depois desligamos,
pegamos um livro e depois por falta de concentração o deixamos de lado. O que podemos fazer para interromper este estado
de agitação permanente? Como podemos fazer cessar o medo,
o desespero, a raiva e os desejos que tomam conta de nós?
Não é fácil, mas é simples. Podemos fazer isso através da
prática da respiração consciente, do caminhar consciente, do
trabalhar consciente, do sorriso consciente, da oração, da contemplação, do estar aqui agora.
Quando prestamos atenção e entramos em contato com o
momento presente, os frutos que colhemos são a compreensão,
a aceitação, o amor e o desejo de aliviar o sofrimento e fazer
brotar a alegria.
Nós passamos a maior parte de nossas vidas pensando no
passado e fazendo planos para o futuro, Ignoramos ou negamos o presente e adiamos nossas conquistas para algum dia
distante, quando conseguiremos tudo o que desejamos e seremos, finalmente, felizes.
Mas se queremos realmente mudar nossas vidas, precisamos tomar uma atitude e começar neste momento, pois a força
do hábito costuma ser mais forte do que a nossa vontade.
Dizemos e fazemos coisas que não queremos e depois nos
arrependemos. Causamos sofrimento a nós mesmos e aos outros, e de forma geral produzimos grande quantidade de destruição. Podemos ter a firme intenção de nunca mais fazer isso,
mas sempre acabamos fazendo de novo. Por quê?
Porque a foça do hábito acaba vencendo e nos levando de
roldão.
Precisamos da energia da atenção plena para perceber
quando o hábito nos arrasta, e fazer cessar esse comportamento destrutivo. Com atenção plena, temos a capacidade de reconhecer a força do hábito a cada vez que ela se manifesta.
- Alô força do hábito, eu sei que você está aí!
Nessa altura, se conseguirmos sorrir, o hábito perderá grande parte de sua força. A atenção plena é a energia que nos permite reconhecer a força do hábito e impedi-la de nos dominar.
Por outro lado, o esquecimento ou a negligência é o oposto.
Tomamos uma xícara de café sem querer perceber o que estamos fazendo. Sentamo-nos com a pessoa que amamos, mas
não percebemos que a pessoa está ali.
Andamos sem realmente estar andando. Estamos sempre
em outro lugar, pensando no futuro ou no passado. O cavalo de
nossos hábitos nos conduz, e somos prisioneiros dele.
Precisamos deter este cavalo e resgatar nossa liberdade.
Precisamos irradiar a luz da atenção plena em tudo que fizemos, para que a nossa escuridão do esquecimento desapareça.
Precisamos aprender a orar.
A primeira função da oração é fazer parar; a segunda é
acalmar,
Precisamos aprender a arte de respirar, de inspirar e expirar,
parando tudo o que estamos fazendo e acalmando nossas emoções.
Precisamos aprender a nos tornarmos mais estáveis e firmes, como
se fôssemos um carvalho e não nos deixar arrastar pela tempestade
de um lado para outro.
O ato de se acalmar produz o repouso, e o descanso é um pré-requisito para a cura. Quando os animais selvagens estão feridos,
eles procuram um lugar escondido para se deitar e descansam
completamente por muitos dias. Não pensam em comida nem em
mais nada. Apenas descansam, e com isso obtêm a cura de que
precisam.
Quando nós seres humanos ficamos doentes, nos preocupamos o tempo todo. Procuramos médicos e remédios, mas não paramos. Mesmo quando vamos para a praia ou para as montanhas
com a intenção de descansar não chegamos realmente a repousar,
e voltamos mais cansados do que partimos.
Temos que aprender a repousar, a posição deitada não é a única
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rar-se
posição de descanso que existe. Podemos descansar muito bem
durante as orações sentados ou caminhando.
Orar ou meditar não deve ser um trabalho árduo. Simplesmente permita que seu corpo e sua mente descansem, como o
animal no mato. Não lute. Não há necessidade de fazer nada
nem realizar nada.
Há décadas quando Armstrong punha o primeiro pé humano na superfície lunar, em todos os cantos do planeta Terra,
junto com os suspiros de admiração e expectativa, um quase
lamento se ouvia; “As ciências e a tecnologia levam o homem a
conhecer e dominar o mundo da matéria, a realidade exterior,
mas pouco ou quase nada se conhece do mundo interior e da
realidade mental do Ser Humano”. Conhecemos o mundo, mas
não conhecemos a nós mesmos.
Ora! Você não está satisfeito com as atividades que desempenha? Talvez não goste do seu trabalho ou tenha se aborrecido por ter concordado em fazer alguma coisa, embora parte de
você não goste e ofereça resistência.
Tem algum ressentimento oculto em relação a alguém próximo a você? Percebe que a energia que você desprende por
cauda disso tem efeitos tão prejudiciais que você está contaminando a si mesmo e aos que estão ao seu redor?
Dê uma boa olhada dentro de você. Existe algum leve traço
de ressentimento ou má vontade? Se existe, observe-o, tanto no
nível metal quanto no emocional. Que tipos de pensamento a
sua mente está criando em torno dessa situação? Depois observe a sua emoção, que é a reação do corpo a esses pensamentos. Sinta a emoção. Ela lhe parece agradável, ou não? É uma
energia que você escolheria para ter dentro de você? Você tem
escolha?
Talvez a atividade seja tediosa, ou alguém próximo a você
seja desonesto, irritante ou inconsciente, mas tudo isso é irrelevante.
Não faz a menor diferença se os seus pensamentos e emoções a respeito da situação tenham ou não justificativa. O fato
é que você está resistindo ao que é. Está transformando o momento atual num inimigo.
Está criando infelicidade, um conflito entre o interior e o
exterior. A sua felicidade está poluindo não só o seu próprio ser
interior e daqueles a sua volta. Como, também, a psique coletiva humana, da qual você é uma parte inseparável.
A poluição do planeta é apenas um reflexo de uma poluição
interior psíquica gerada por milhões de indivíduos inconscientes, sem a menor responsabilidade pelos espaços que trazem
dentro de si.
Você pode parar de executar a tarefa que lhe está causando
insatisfação, falar com a pessoa envolvida e expressar todos os
seus sentimentos, ou livrar-se da negatividade que a sua mente
criou em volta da situação e que não serve a nenhum propósito,
exceto o de fortalecer um falso sentido do eu interior. É importante reconhecer essa inutilidade.
A negatividade nunca é o melhor caminho para lidar com
qualquer situação. Na verdade, na maior parte dos casos, ela
nos paralisa, bloqueando qualquer mudança verdadeira. Qualquer coisa feita com uma energia negativa será contaminada
por ela e dará origem a mais sofrimento.
Além disso, qualquer estado interior negativo é contagioso,
pois a infelicidade se espalha mais rapidamente do que uma
doença física.
Você está poluindo o mundo ou limpando a sujeira? Você
é responsável pelo seu espaço interior, da mesma forma que é
responsável pelo planeta.
Assim no interior como é no exterior: se os seres humanos
curarem a si mesmo estarão curando o planeta.
Parar, acalmar-se e descansar são pré-requisitos para a cura.
Se não conseguirmos parar, nosso ritmo de destruição simplesmente vai prosseguir.
O mundo precisa imensamente de cura. Os indivíduos, comunidades e países estão cada vez mais necessitados de cura.
REFERÊNCIAS
1 - Thich Nhat Hanh em “A Essência dos Ensinamentos de Buda”
2 - Eckert Tolle em “O Poder do Agora – um guia para a iluminação
espiritual”
Fotos: ADILSON MAESTRI
Terapias
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Centro de Apoio ao Paciente com Câncer
Medicina Vibracional no CAPC
Excerto do artigo publicado no site www.nenossolar.com.br/medicinavibracional/artigo.
O Centro de Apoio ao Paciente com Câncer (CAPC) foi criado com a exclusiva finalidade de apoiar, auxiliar, tratar, estudar e
repassar informações, bem como terapias e
tratamentos, visando o paciente com câncer
e seus familiares. Administrado pela entidade
principal, o Núcleo Espírita Nosso Lar, que
presta assistência filosófica e religiosa, prioriza, acima de tudo, o acolhimento ao paciente
que passa pelo processo de aceitação e cura do
câncer, considerando os aspectos energéticos,
biológicos, científicos e filosóficos da doença.
[...]
O Trabalho do CAPC é uma forma diferente de encarar o tratamento das doenças que
se manifestam em nosso organismo biológico,
provocadas por desequilíbrios energéticos,
influindo diretamente no processo de cura,
quando considerado durante a aplicação de
tratamentos que busquem a saúde. Para tanto,
é necessário ver a matéria como uma manifestação da energia. Essa nova modalidade de
tratamento, baseada no paradigma einsteiniano, é chamado de Medicina Vibracional.
[...]
A prática plena da Medicina Vibracional,
executada pelo CAPC, procura tratar os doentes, transformando a consciência humana,
atuando sobre os padrões energéticos que dirigem a expressão física da vida. Conclui-se que
a própria consciência é uma espécie de energia, que está integralmente relacionada com
a expressão celular do corpo físico. Assim, a
consciência participa da contínua criação da
saúde ou da doença.
Por isso, a conduta do pensamento, a constituição organizacional do comportamento, a
expansão da consciência é que acabam determinando porque algumas pessoas permanecem sadias, enquanto outras ficam doentes.
Entende-se por prática da Medicina Vibracional, a aplicação de terapias coordenadas e
conjuntas com análises profundas das crenças,
valores, referenciais, paradigmas e todas as
questões que envolvem o Ser com as Leis Naturais, e procura sempre levar o paciente em
direção a Deus, que é o fundamento de tudo.
Nesta prática estão participando Médicos,
Enfermeiros, Auxiliares, Bioquímicos, Psicólogos, Analistas, Programadores Neurolin-
FOTO: hERMÍNIO nUNES/MYLENE MARGARIDA
guísticos, Religiosos, Terapeutas voluntários
estudiosos e treinados na prática da terapia
alternativa, bem como observadores do método para fins científicos e de estudos universitários, com a finalidade de temas para teses e
mestrados, no estudo da arte de curar.
REFERÊNCIAS
Medicina Vibracional (uma medicina para o futuro) Richard Gerber.
Economia
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Segurança para
crianças na
internet
Rafael Silveira
Analista Desenvolvedor
twitter: @rafaelsdesouza
A internet aceita tudo!
Você já ouviu ou leu esta frase antes?
Esta é uma grande verdade. Assim como o papel, a internet aceita tudo
e assim como os livros devem ser questionados quando lidos, pois foram
escritos por pessoas como nós, os textos da internet e suas imagens também foram colocados nela por pessoas como nós, então, devemos tomar
muito cuidado e agir com muito critério.
Com relação às crianças, que por sua vez ainda não possuem plenamente desenvolvidos alguns atributos e sensos de responsabilidade e discernimento para atuarem no universo da internet, imunes a todos os perigos
que a mesma pode oferecer, os adultos devem tomar parte e participarem
constantemente do monitoramento para a segurança dos pequenos.
Para isto, preste atenção a algumas medidas:
‒ restrinja o uso da internet com definição de horários;
‒ bloqueie alguns sites;
‒ mantenha o computador utilizado pelas crianças num local onde este
tipo de tarefa possa ser acompanhado;
‒ converse bastante a respeito da internet, dos temas e notícias que circulam e, principalmente, a respeito das redes sociais;
‒ observe constantemente as suas crianças para tentar perceber qualquer tipo de alteração de humor ou comportamento e, caso isto ocorra, “pegue no colo” e converse para saber o que está acontecendo;
‒ tenha cuidado exagerado com relação a grandes diferenças de idade
entre seus pequenos e as amizades que possam surgir.
Além destas recomendações específicas que você pode adotar, outras
medidas de segurança que não são especificamente relacionadas apenas às
crianças, mas a todos nós, também devem ser utilizadas como:
‒ incentive as crianças a não revelarem suas senhas e isto pode ser feito
através do exemplo onde você:
a) não revelará suas senhas também;
b) não fornecerá sua senha por e-mail;
c) não digitará suas senhas em computadores que não estejam sob
seu controle. Quando estiver em uma lan house, faça logoff de
contas de e-mail e redes sociais.
‒ ajude seus filhos a usar as redes sociais:
a) converse com seus filhos a respeito das redes sociais;
b) informe seus filhos a respeito dos perigos em encontrar pessoalmente alguém que conheceu através das redes sociais;
c) incentive seus filhos a se conectarem apenas com conhecidos;
d) controle as imagens e informações pessoais que os seus filhos publicam.
Estas e muitas outras dicas e recomendações podem ser seguidas para
que você proponha um pouco mais de segurança às crianças que usam a
internet.
Lembre que segurança nunca é demais!
Um grande abraço.
O que é Sistema
Econômico?
Valéria Melo Ribeiro
Economista – Corecon-SC 980
Uma das expressões muito citadas na imprensa
é ‘Sistema Econômico’. Vamos a uma definição simples: “Sistema Econômico é a forma como uma sociedade humana se organiza para produzir, distribuir e consumir os mais diversos tipos de produtos
e serviços, de forma deliberada”. Em cada uma das
etapas, seja a de produção, distribuição e consumo,
há muitas diferenças, principalmente em função do
desenvolvimento do agrupamento de pessoas, aqui
chamado de sociedade humana. Influencia principalmente a geografia local, tanto nos primórdios da
civilização humana quanto agora. Se no princípio
o que determinava eram tão somente as características da natureza, como as estações climáticas,
composição de solo, e distribuição das águas, hoje,
somam-se as formas de produção, armazenamento
e distribuição em situações climatizadas artificialmente, por exemplo, independendo da natureza,
essa situação influenciará nos preços finais, pois
cada etapa feita de forma artificial exige um custo
muito elevado e esse custo é repassado ao preço final do produto. Outro fator que influenciou demais
na evolução da produção foram os estudos. Se antes
eram feitos a partir do conhecimento empírico, por
observação, agora, o estudo passou a ter o conhecimento científico, adquirido através da filosofia e da
estatística. À medida que os homens foram se organizando em sociedade, foram criando os sistemas
de produção e depois da introdução da moeda, o
sistema econômico tornou-se ainda mais complexo.
Outra grande mudança foi na forma de pagar
pelos trabalhos feitos pelas pessoas que não eram as
proprietárias de terras e dos artefatos de produção,
os trabalhadores. Mesmo que parte da mão de obra
já era escravizada, basta lembrar o Egito Antigo e,
mais recentemente, a escravização nas Américas, há
muito tempo já existiam os salários que eram pagos a uma parte dos trabalhadores, desde o Império
Romano, quando se pagava o trabalho dos soldados
com sal, dando origem a palavra salário. Atualmente, não se aceita mais a escravização da mão de obra,
todos têm que receber salários.
Em um momento mais próximo, na segunda
metade do século XV, houve a figura do Estado Moderno, que teve o papel de estimular as produções
econômicas e, para dar esse suporte, criou a figura
da burocracia, onde são contratados funcionários
que cumprem ordens dos governantes. O Estado
Moderno tem, também, o papel de criar leis, unificar o sistema tributário, e ter tropas permanentes,
assim, foram criadas as Forças Militares com a função de manter a ordem interna e proteger o território de ataques de inimigos externos!
Essa foi a segunda grande transformação ocorrida na sociedade humana ocidental, e os custos de
produção se elevaram ainda mais! A primeira foi no
século VI antes de Cristo, na Grécia Antiga.
Vale a pena reler sobre a origem da Civilização Ocidental, aproveite o ensejo e volte a estudar
História Geral. Vai lhe fazer um bem que você nem
imagina!
E assim, de tempos em saltos, de saltos em tempos, o Sistema Econômico vai criando um novo
perfil, mas será sempre o retrato daquele agrupa-
mento humano.
Outra grande mudança ocorrida no mundo econômico ocidental e aí já incluindo o Japão,
que geograficamente fica no oriente, foi a Segunda
Grande Guerra Mundial. A partir do século XX, as
relações de trabalho são modificadas, o avanço da
ciência é estupendo, surgindo o inimaginável por
milhares de séculos, mas sempre desejável mundo da Cibernética. O primeiro satélite artificial foi
lançado pela extinta URSS em 1957, o Sputinik 1.
E, assim, foi aberta a temporada de uso do mundo
extra-planetário pelo homem. As telecomunicações
e transmissão de dados passaram a formar a base da
atual produção econômica.
A velocidade da informação passou a ser um
dos principais quesitos nas linhas de produção de
qualquer coisa, de produtos a serviços. E a precisão
da informação se torna um vetor determinante que
precisa ser aplicado com velocidade e segurança.
A humanidade organizada continua a buscar
novos modelos econômicos que nada mais são que
um molde do Sistema Econômico. De acordo com
o pensamento capitalista, “o Estado está acima de
qualquer interesse partidário, por isso, proporcionaria o bem comum”, o que se observa é que isso
não acontece em muitos países. De acordo com o
pensamento marxista, “o sistema econômico reflete
o predomínio do grupo que está no poder”, e é o que
mais temos visto. Em alguns países, se assiste agrupamentos políticos que vivem em conflitos armados
exatamente visando à tomada do Poder Central. Em
outros, se impõem uma ditadura e permanência
perene das mesmas pessoas físicas ou de familiares
para garantir aquele grupo no Poder. Com isso, se
conclui que as políticas econômicas são tomadas
para dar suporte ao Sistema Econômico em vigência naquele País. Os agentes da Política Econômica
no Brasil são o Governo, o Banco Central e o Parlamento. Internacionalmente, temos o FMI e o Banco
Mundial como maiores expoentes. Portanto, o tão
falado Sistema Econômico é o conjunto de ações
que os países assumem internamente e com os demais países, pois todos estão integrados, para fazer
girar a roda da economia. Constata-se que nem todos ganham. E entre os que ganham, uns ganham
mais que outros.
Faço uma recomendação: leia a Fábula “A Cigarra e a Formiga”, criada por Esopo, século VII antes
de Cristo e recontada por Jean de La Fontaine, na
segunda metade do século XVII, só pelas datas já dá
para perceber o quão se discute a condição da produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
A cigarra produzia o serviço de cantar e a formiga
o de acumular. Dar razão à cigarra ou à formiga é
sua decisão e vai refletir a forma como você encara
as produções econômicas.
Não há um único posicionamento correto ou
errado. Apenas vai refletir aquilo que você aprova
ou não aprova! Seja feliz com sua opção! Não gostou do que encontrou em você? Reflita e troque de
posição. Não é feio e nem errado passar a pensar e a
agir de forma diferente daquela que lhe foi ensinada. Sempre podemos mudar!
Seja feliz com sua opção!
Dicas e Entretenimento
INFORMATIVO NOSSO LAR - FEVEREIRO - 2014 – ANO 4 - Nº 23
Núcleo Espírita Nosso Lar
Centro de Apoio ao Paciente com Câncer
12
CD
CONCERTO DE CORDAS & MÁQUINAS DE RITMO
Gilberto Gil
Paulo Roberto da Purificação
Cantoterapia Sol Maior
Gilberto Passos Gil Moreira, mundialmente
conhecido como Gilberto Gil, nasceu em Salvador, 26 de junho de 1942. Tem um papel fundamental no processo constante de modernização
da Música Popular Brasileira.
Na cena há 49 anos, ele tem desenvolvido
uma das mais relevantes e reconhecidas carreiras
como cantor, compositor e guitarrista.
Para comemorar os 70 anos de idade, o artista
iniciou em 18 de maio de 2012, uma miniturnê
conhecida como Concerto de Cordas & Máquinas de Ritmo onde lançou o álbum com o mesmo
nome, gravado no Teatro Municipal do Rio de
Janeiro, cujo repertório é constituído de 15 obras
como “Eu vim da Bahia”, “Futurível”, “Domingo
no Parque”, “Expresso 2222” e a inédita “Eu Descobri”. Vale a pena conferir.
01. Máquina de Ritmo
02. Eu vim da Bahia
03. Estrela
04. Quanta
05. Futurível
06. Eu Descobri
07. Outra Vez
08. Não Tenho Medo da Morte
09. Juazeiro
10. Três Palabras
11. La Renaissance Africaine
12. Panis et Circenses
13. Oriente
14. Andar com Fé
15. Domingo no Parque
livro
Filme
Kardec – A biografia
A Menina que Roubava Livros
Marçal Souto Maior, Editora Record, 2013.
Cleoci Aparecida Machado
Terapia do Livro
Este livro nos proporciona viajar pela história que originou a ciência, a filosofia e a religião
espírita, compartilha com os leitores a Vida e
Obra do professor Hipolyte Leon Denizard Rivail, que assume o pseudônimo de Allan Kardec
ao publicar o primeiro livro ditado pelos Espíritos – O Livro dos Espíritos –, em 1857. O livro
descreve como foi sua formação, sua educação,
suas ideias, seu relacionamento afetivo, mas,
principalmente, nos conta vários casos revelando como foi que esse professor e cientista se
convence na existência de outros mundos além
da terra, da existência de outras dimensões e da
comunicação com os espíritos.
É um maravilhoso texto para todos, independente de crença ou religião, em momento algum o autor apresenta a intenção de convencer
os leitores a acreditar na doutrina Espírita. Ao
contrário, nos conta fatos, revela memórias de
um professor de aritmética, cientista e pesquisador do magnetismo. Proporciona-nos conhecer
a vida deste homem, especialmente seus últimos
19 anos de vida, sua relação com os espíritos,
médiuns, artistas, poetas, políticos e religiosos
da sociedade parisiense. Descreve, ainda, como
foi a fundação do primeiro embrião da Sociedade Espírita do mundo, batizada de Circulo Parisiense de Estudos Espíritas, em 1858.
É um livro cuja leitura aquece nosso espírito, nos acessa o sentimento de “gratidão” a Deus,
essa Força Maior que nos guia e aos Espíritos
que tiveram a coragem de provocar efeitos físicos, como fazer as mesas girarem, portas baterem insistentemente, instrumentos musicais
produzirem som sem que ninguém os tocasse.
Todos esses sons e movimentos tinham por
finalidade chamar a atenção para a existência
do mundo espiritual e para que a voz dos espíritos fosse revelada à humanidade. Isso tudo
ocorreu na segunda década do século XVIII
em vários países da Europa e, especialmente,
na França e nos Estados Unidos.
Essas e outras história são compartilhadas
no livro sobre a biografia de Kardec, escrito por
um brasileiro, o jornalista Marcel Souto Maior,
que não é filiado a nenhuma religião. O livro
é um presente Divino, dividido em 81 partes.
Na última parte, Marcel transcreve um texto
de Kardec, encontrado e publicado após a sua
morte, cujo titulo é “Fora da caridade não há
salvação”:
Eis como entendo a Caridade cristã. Compreendo uma religião que
nos prescreve que retribuamos o
mal com o bem e com mais forte
razão, que retribuamos o bem com
o bem. Nunca, entretanto, compreenderia a que nos prescrevesse que
paguemos o mal com o Mal.
Durante a Segunda Guerra Mundial, uma jovem garota chamada Liesel Meminger (Sophie Nélisse) sobrevive fora de Munique
através dos livros que ela rouba. Ajudada por seu pai adotivo (Geoffrey Rush), ela aprende a ler e partilhar livros com seus amigos, incluindo
um homem judeu (Ben Schnetzer) que vive na clandestinidade em sua casa. Enquanto
não está lendo ou estudando, ela realiza algumas tarefas para a mãe (Emily Watson) e
brinca com oamigo Rudy (Nico Liersch).
A história de Liesel não é somente sua, conhecemos as dificuldades não só dos rejeitados por Hitler na Alemanha nazista, mas, também, dos mais pobres, dos jovens que
eram obrigados a cumprir deveres militares e dos inúmeros sacrifícios que todos deviam
fazer para proteger os mais afligidos. A menina que roubava livros serve de fio condutor
para mostrar como aqueles tempos eram ruins.
Núcleo Espírita Nosso Lar
Pessoas, Papos e Pesquisas
Centro de Apoio ao Paciente com Câncer
INFORMATIVO NOSSO LAR - FEVEREIRO - 2014 – ANO 4 - Nº 23
13
GESTÃO
EMPREENDEDORA
O EMPREENDEDORISMO
NA FORMAÇÃO DO
EXTENSIONISTA RURAL
Édis Mafra Lapolli
Terapia do Livro
Vitória Augusta Braga de Souza
arquivo web
A evolução da sociedade é uma constante, o mundo não para.
Essas mudanças estão
cada dia mais presentes
no nosso dia a dia. As
exigências dos consumidores por qualidade
e eficiência têm gerado
um mercado cada vez
mais competitivo, e as
organizações precisam
mudar sua forma de gerenciar seus negócios.
Para competir nesse novo cenário, as organizações precisam adaptar-se ao novo modelo econômico, em que o principal fator produtivo não é o capital intelectual que prioriza
o conhecimento que é inerente as pessoas. A
geração, o compartilhamento e a disseminação do conhecimento têm estimulado a criatividade e a inovação que promovem a competitividade por meio de ações empreendedoras.
Nesse ambiente de competitividade, o setor agrícola destaca-se por sua importância no
fornecimento de alimentos para a população
e também fornece a matéria-prima para conduzir algumas das principais indústrias transformadoras (VAN DEN BAN; SAMANTA,
2006). Portanto, carrega valor estratégico na
economia nacional.
Para que o setor agrícola seja competitivo
nessa economia globalizada é necessário que
sua produção tenha produtividade, qualidade
e preço que sejam atraentes aos consumidores. Para tal, é preciso que os produtores passem a ver e trabalhar suas propriedades rurais
de forma mais profissionalizada. Essa profissionalização ocorre quando as novas tecnologias e novos paradigmas chegam ao produtor
por meio do extensionista rural que é o elo
entre a forma tradicional de gerir o campo e a
inovação que o mercado exige.
Batalha (2009) afirma que uma pesquisa
realizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisa
Agroindustriais (GEPAI) descreveu o perfil
do profissional de que o agronegócio necessita. Segundo esse estudo, o profissional deve ser
capaz de saber selecionar as informações relevantes para cada atividade, processá-las com
rapidez, ser generalista e saber se comunicar,
ou seja, trata-se de um profissional altamente
especializado em questões de produção, com
grande flexibilidade e capaz de reagir às mudanças do agronegócio. Essas competências
exigidas do novo profissional são as competências identificadas nos empreendedores.
Essa percepção do novo profissional do
agronegócio foi reconhecida pelas Instituições
REFERÊNCIAS
de Ensino Superior (IES) que oferecem os cursos de graduação na área das ciências agrárias,
cujos graduados nos cursos de Agronomia,
Medicina Veterinária, Engenharia Agrícola,
Engenharia Florestal e Zootecnia formam a
mão de obra da extensão rural.
O empreendedor é, nesse contexto, o agente transformador, pois possui o conhecimento
e a sensibilidade para realizar leituras das informações, antecipando-se ao mercado e visualizando oportunidades de novos negócios
e processos, para compartilhar com os produtores rurais, sendo, assim, o principal alicerce
para o desenvolvimento do agronegócio.
Neste sentido, foi realizado um estudo,
onde foram analisadas as grades curriculares
das universidades e faculdades da Região Sul
que oferecem os cursos de graduação das ciências agrárias, chegando-se à conclusão de
que a realidade desses cursos pouco contribui
para o desenvolvimento dessas competências
empreendedoras.
Portanto, é importante a reformulação
das grades curriculares desses cursos com
a inclusão das disciplinas de empreendedorismo que promovam o despertar das competências empreendedoras existentes nos
graduandos, por meio de técnicas vivencias
empreendedoras.
Faz-se necessário que os novos profissionais se preparem para os desafios que surgem
com a necessidade de gerir proativamente as
propriedades, gestão que vem merecendo cada
vez mais atenção por parte das organizações e
dos indivíduos.
O desenvolvimento de uma formação de
ensino superior deve ser entendido como a
preparação não apenas para atuar na especificidade técnica, mas ampliar os horizontes do
graduando a fim de que este esteja preparado
para entrar e se manter no mercado profissional bem como alcançar sua realização pessoal,
conforme Friedlaender e Lapolli (2001, p. 3),
“além das aulas tradicionais, deve-se perceber
a necessidade da educação em termos de ciência, arte e ação”.
BATALHA, M. O. et al. Recursos humanos e agronegócio: a evolução do perfil profissional. Jaboticabal:
Novos Talentos, 2009.
FRIEDLAENDER, G. M. S.; LAPOLLI, E. M. Preparando-se para um ensino empreendedor. In: ENEMPRE.
3º Encontro Nacional de Empreendedorismo. 2001. Anais. Florianópolis: ENE, 2001.
VAN DEN BAN, A.W. ; SAMANTA, R.K. (ed.) , Changing Roles of Agricultural Extension in Asian Nations. Delhi: B.R. Publishing, 2006.
A ciência da
administração
vem passando
por muitas mudanças e evoluções desde a
década de 1970,
quando a sociedade mundial
entrou em um estágio com transformações
de ordem econômica, social, tecnológica,
política, educacional e cultural. Começou,
então, a transição da era industrial para
era da informação, caracterizada pela supremacia do conhecimento como sendo o
principal ativo de uma nova conformação
produtiva, que vem se consolidando no
mundo, conhecida como a era do conhecimento. É nessa era que surgem as análises
referentes a uma nova economia, denominada de “economia empreendedora”. E é
dentro dessa economia que surge o modelo
de gestão baseado no empreendedorismo,
ou seja, a gestão empreendedora.
A gestão empreendedora pode, então,
ser definida como uma gestão que possibilita atingir os objetivos de uma organização
por meio de práticas que colocam o foco no
aprendizado contínuo, que tratam a receptividade à inovação, a predisposição de ver
mudanças como oportunidades.
Neste contexto, tornou-se necessário
que as organizações possuam um diferencial, como por exemplo, possuam uma
gestão eficaz e eficiente das pessoas que as
compõem. Não é mais suficiente apenas adquirir tecnologia de última geração e ensinar novas metodologias aos colaboradores.
É preciso ir além, pois se deve alcançar um
desempenho que atenda às necessidades do
negócio. Para que isto aconteça, é fundamental fazer com que as pessoas não apenas
formem grupos, mas sim que trabalhem em
equipe, onde cada um exerce um papel que
complementa a performance do outro para
atingirem objetivos comuns.
No mundo dos negócios, nos dias atuais, inovação é um dos assuntos mais discutidos. Os livros mais modernos de administração apontam neste sentido como uma
das características essenciais para o sucesso.
Para se distinguir num mercado cada vez
mais competitivo, as empresas têm de obter
avanços na produtividade, em geral decorrentes de uma nova forma de fazer as coisas
- seja um modo mais eficiente de aproveitar
os recursos, seja a entrada em um mercado
diferente ou a aposta num produto extraordinário ou completamente novo. Trata-se de um dos paradoxos da gestão: para
ser estável e perene, uma organização deve
constantemente promover a mudança. Na
maioria das vezes as empresas promovem
pequenas mudanças, cujo somatório permite manter-se à frente dos concorrentes.
Essas pequenas mudanças são o fruto do
trabalho e iniciativa dos empreendedores
que se encontram nas organizações.
Dessa forma, o perfil dos gestores nas
organizações transmutou-se, pois suas
funções evoluíram e agregaram valores do
potencial humano para a otimização do
desempenho organizacional que, assim,
passou a estimular a criatividade, iniciativa, autonomia e aprendizado das pessoas e
das próprias organizações. A forma de gerir
transformou-se em elemento de diferenciação organizacional.
A liderança empreendedora é o caminho para a inovação, a criatividade e a
sustentabilidade organizacional. Ela agrega
valor para a organização, para os colaboradores e para a sociedade. Para a organização, potencializando as competências de
seus colaboradores; para os colaboradores,
através do incentivo ao autodesenvolvimento; para a sociedade, pelos benefícios
decorrentes da inovação e da criatividade.
Espaço
reservado
para você
Artigo
Núcleo Espírita Nosso Lar
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INFORMATIVO NOSSO LAR - FEVEREIRO - 2014 – ANO 4 - Nº 23
14
SOB O CÉU DE DALI, A CASA-ARTE
Márcia Costa
Jornalista e pesquisadora
Texto publicado no site Canal Oito de Dança: http://canaloitodedanca.wordpress.com/
Cadaqués. De casas brancas, de
barcos coloridos largados na areia ou
a balançarem calmos no mar. De clima mediterrâneo, escancarado no sol
e no céu. De sonho azulado. De Dali.
Salvador Dali nasceu em Figueres, na região da Catalunya, a poucos
quilômetros da pequena Cadaqués,
terra de seus pais. Quando menino
passava dias e dias neste lugar recém-saído de uma tela impressionista.
A Casa-Museu de Portlligat conta
sobre sua vida, sua arte. Casa-arte. Entremos na alma surreal do artista.
Em 1930, Dali comprou a primeira das oito pequenas casas de
pescadores para ali erguer um belo
refúgio com a russa Galla, musa
e companheira de vida. Até 1972,
projetou no espaço de 540 m², sem
mexer na estrutura das casas, vários cômodos em níveis diferentes.
Escancarou sua personalidade em
cada canto, mas mantinha o que era
típico do lugar, como as lareiras, um
costume do pescador que, ao chegar
do mar às 8h, passava a manhã a
desfrutar do produto da pesca. Ali,
vêm-se móveis de igreja e muitas invencionices do artista.
Por toda a casa, Galla tratou de
espalhar suas preferidas sempre-vivas, flor típica de Cadaqués. O amor
à musa se materializa na sala oval,
uma homenagem de Dali, mobiliada basicamente por um grande sofá
a acolher, com bom humor, bichinhos de pelúcia. Galla devolveu-lhe
com outro mimo: as amizades do
artista, a fama, as caras e bocas, tudo
está estampado nas fotos e capas de
periódicos que cobrem as paredes
do closet decorado por ela. O espaço ainda abriga os vestidos de Galla,
agora em processo de catalogação
fotos Mariana Lapolli
para o inventário.
Obviamente, o gosto excêntrico de Dali é o que mais salta à vista.
Seguindo a moda da época de colecionar animais empalhados, tratou
de colocar um imenso urso logo no
primeiro cômodo da casa, encarregado de saudar os visitantes. Os gansos,
seus animais preferidos, também estão por ali – ao todo, ganhou seis, que
ao morrer, eram dissecados e eternizados em meio à mobília comprada
em antiquários, assim como as portas. Não satisfeito, ainda mantinha
canários amarelos e criava grilos.
A natureza era parte de Dali.
Ao artista lhe encantava o sol, tanto que, de um cômodo ao lado do
quarto do casal, projetou, próximo
à janela, um espelho para receber os
primeiros raios de luz e enviá-los até
sua cama, para assim ser lindamente
acordado. Diz-se que os espanhóis
são os primeiros da Península Ibérica a ver o astro rei.
O ateliê do artista é inundado
pela luz. Uma janela de onde via um
horizonte enlouquecedor, de dar inveja a Van Gogh. Arte como paranoia. Ali estão todos os objetos do
seu trabalho, inclusive o cavalete gigante, suspenso, de madeira, que lhe
permitia pintar sentado. Podem-se
ver duas últimas obras inacabadas,
como se Dali tivesse estado a traba-
lhar mais um pouco nelas, naquela
manhã. Passava muito tempo naquele seu canto, do nascer do sol até
o cair da noite. Não à toa, foi um dos
pintores que mais produziu obras.
Saindo da casa, a vista se delicia
com o jardim insano de Dali. Uma
piscina nada discreta e uma obra
feita com pneus contracenam com o
ambiente natural. Mas são os vários
ovos que dominam a paisagem. Essa
outra mania do artista foi inspirada
na mitologia grega, cujo significado
era o nascimento, a gênese. Do jardim, despontam para o mar. Também soberanos, saltam do alto da
casa. Apontam para o céu que inspirava Dali e que carrega nuances de
azul, rosa, laranja.
A atual Casa-Museu de Portlligat foi a única que o artista teve.
Sonho surreal. Ali, sob aquele céu
que colore horizontes, viveu praticamente toda a sua vida, durante 50
anos. Galla morreu anos antes dele,
em 1982, aos 85 anos; ele se foi em
1989, aos 90. Era 10 anos mais velha que o artista, com quem não teve
filhos, pois ele não gostava de crianças. Foi Paul Elouard que lhe deu
uma filha, antes dela conhecer Dali.
Ele a roubou do poeta na década de
1920, cobrindo-a com fezes de cabra
e pulando feito um selvagem. Após a
morte de sua musa, Dali ficou extremamente deprimido. “Sem Galla, eu
não sou Dali”. Resistiu durante seis
anos, sem pintar e se alimentar direito. Sofreu anos com o Parkinson,
sobreviveu a um incêndio em seu
quarto, e logo foi levado de seu refúgio, em um final triste.
Naquela casa, porém, ainda gritam alto a alegria e a exuberância
deste gênio. E ele faz questão de nos
saudar em Portlligat. Sua voz, seus
gestos nada discretos, estão registrados no vídeo que é projetado em uma
espécie de gruta, onde, esfuziante,
anuncia: “Dali está pintando Galla”!
Núcleo Espírita Nosso Lar
Centro de Apoio ao Paciente com Câncer
De alma para Alma
INFORMATIVO NOSSO LAR - FEVEREIRO - 2014 – ANO 4 - Nº 23
15
Elementos doutrinários: A
PRÁTICA CRISTÃ NO TRABALHO
Irmão Savas
Jaime João Regis
A Doutrina Espírita tem propiciado a compreensão de aspectos da
existência humana, para muitos, sem
uma razão clara que os explicasse por
não encontrarem elementos que os auxiliasse no entendimento, ou, para outros muitos, por não terem despertado
ainda o interesse em entendê-los.
Um desses aspectos é a razão da
existência do trabalho, palavra que,
ainda hoje, para muita gente, soa
como obrigação, punição, sentença,
sofrimento. A passagem bíblica contida em Gênese 3,19 “E ganharás o pão
com o suor do teu rosto, até que voltes
ao chão, de que és feito”, é interpretada
por algumas culturas religiosas como
uma sanção, como um castigo estabelecido por Deus a Adão e Eva pela
desobediência praticada, com caráter
hereditário, aplicável a toda a humanidade futura.
Para a Doutrina Espírita, o trabalho é tido como uma lei natural.
Elemento integrante de um sistema
ordenado pela própria harmonia universal, promotor do equilíbrio e da
evolução. As manifestações sobre o
trabalho contidas no Livro Terceiro
do Livro dos Espíritos, em seu Capítulo III, nas respostas às questões 644
a 681 são claras e profundas quanto a
esse entendimento.
O trabalho sempre se fez presente
na história do homem. Desde os tempos primitivos em que visava, primordialmente, o atendimento das suas necessidades básicas, quando, em bandos
nômades, vagava na busca de locais
que dispusesse dos meios para atendê-las. Com o processo da sedentarização, que marca o início da civilização,
após a última grande glaciação do globo terrestre, que o forçou a estabelecer-se em agrupamentos fixos para o cultivo de cereais e criação de animais, o
trabalho passou a fazer parte das suas
regras organizacionais, com a distribuição de tarefas e a responsabilização
de seus executores.
O trabalho é um campo experimental para a evolução do Espírito.
A ampliação dos objetivos, como a
exemplificada na Pirâmide Adaptada
de Maslow, propicia ao homem voltar-se para a busca de um sentido maior
em sua existência, indo de encontro
aos valores mais elevados. A descoberta desses valores e a sua busca é
que identifica os Espíritos e os classifica em estágios diferentes quanto aos
seus graus evolutivos.
O investimento no trabalho como
O amor segundo a carta de
Paulo aos coríntios
(Mentor do Núcleo Espírita Nosso Lar)
exercício de aprimoramento espiritual
implica em observar o princípio crístico no vivencia-lo, que recomenda:
‒ Ser grato, sempre, a Deus pela oportunidade de poder trabalhar;
‒ Encarar o trabalho como uma bênção, como uma dádiva concedida;
‒Empenhar-se em executá-lo com
esmero e dedicação;
‒Considerá-lo como uma extensão
de si próprio e, portanto, buscar a
perfeição no que é feito;
‒Conscientizar-se de que a outros
será destinado o resultado do que
está sendo realizado e, assim, fazê-lo da forma como gostaria que fosse feito a si próprio;
‒ Tratar a todos com respeito e igualdade, quer estejam em posição hierárquica superior ou inferior à sua,
na organização;
‒ Aceitar as incumbências que lhe são
destinadas com boa vontade e dispor- se a auxiliar no melhoramento
da forma de executá-las;
‒Ser cooperativo, auxiliando com o
seu conhecimento o colega que não
domina a técnica ou não conhece
suficientemente o método operacional;
‒Ser humilde e solicitar orientação
quando não conhecer determinado
procedimento ou estiver em dificuldade para a realização de uma tarefa;
‒ Ser otimista e estimulador da capacidade dos colegas e colaboradores;
‒Não compartilhar de conversas em
que o assunto seja a crítica, a maledicência, o julgamento de quem
quer que seja;
‒Distinguir nos colegas e afins as
suas qualidades e reconhecer as
suas potencialidades;
‒ Não julgar ninguém por algum deslize ou equívoco cometido;
‒Procurar entender o funcionamento de todo o sistema, para compreender as dificuldades que envolvem
a execução das ações daqueles que o
antecedem e que o sucedem na realização da sua etapa;
‒Ver a todos como irmãos, ser indulgente, não manter contendas ou
pendências, resolver as desavenças
e ter a compreensão de que as experiências em comum na terra são
oportunidades para o resgate e saneamento de questões não resolvidas no pretérito.
Abençoado seja o trabalho, e todos os que o promovem e o dignificam!
Que a paz de Jesus esteja em teu coração
para que recebas minhas palavras amparadas
na Carta que Paulo escreveu aos coríntios.
Essa carta, famosa no mundo inteiro, fala de
esperança, de fé e de amor.
Ela é baseada no Evangelho de Jesus que
tanto ensinou sobre o amor verdadeiro. Paulo,
na famosa Epístola, assim qualificou o amor:
[...] o amor é paciente, é benigno, o
amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz
inconveniente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente
do mal; não se alegra com a injustiça,
mas regozija-se com a verdade. Tudo
sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Abra, pois, meu irmão, a epístola de Paulo
diante de teus olhos e transmite mais uma vez
aos teus irmãos a importância de saber amar.
Mais uma vez e ainda outra vez, eis que amar
é muito diferente daquilo que se pratica no
mundo.
Amar segundo os preceitos de Paulo é despir-se totalmente do egoísmo. Assim acontece
com os bons pais em relação aos filhos e com
estes em relação àqueles. Amar o próximo, na
mesma forma, o doar-se sob o comando do
amor.
No que tange aos casais, é na constância
do casamento ou mesmo de um relacionamento que floresce o verdadeiro amor e que
faz fenecer o sentimento erroneamente assim
intitulado. Amar, segundo Paulo, é não ter exigências e sim parceria. Num relacionamento
equivocado, com o passar do tempo, aquilo
que deveria ser chamado de parceria transforma-se em desamor, em rejeição inconsciente
que transforma o sentimento em irritação fazendo as pessoas perderem seu magnetismo e
se transformarem num instrumento de ataque
ou mesmo de isolamento.
Por isso, meu Irmão, leve a palavra de
Paulo e espalhe-a por onde passares. Ensine
às pessoas a amarem mais e melhor. Fale da
ternura da mulher que deve estar presente em
todos os atos de sua vida, pois, esse ingrediente Deus implantou em sua fórmula quando a
criou. Fale dos braços do homem que foram
feitos para abraçarem com força e vigor quando ela estiver mais frágil do que o costume.
Ensine que a ternura a dois é produto do amor
legítimo que impede a competição e estimula
a parceria.
E quanto à caridade que é uma das manifestações do amor, ela é um dos muitos caminhos que este usa para unir o homem ao irmão
necessitado. Há aqueles que desconhecem o
que seja amar e exercem a falsa caridade para
ostentar bondade perante o mundo, tornando-se devedores do amor. O pão dormido doado
no lugar da comida quentinha que está sobre
o fogão torna o necessitado credor do falso caridoso.
Mais uma vez, meu Irmão, convide aqueles
com quem convives a ler, a estudar profundamente a Epístola de Paulo para aprender verdadeiramente a amar.
Tenha a fé da qual nos fala Paulo e continue tua batalha.
Núcleo Espírita Nosso Lar
Centro de Apoio ao Paciente com Câncer
A IMPORTÂNCIA DO PREPARO PRÉVIO DO AGENTE DE
CURA PARA EXERCER SUA CAPACIDADE CURADORA
(Conselhos extraídos do livro “Um guia prático de medicina Vibracional” do Dr. Richard Gerber).
1- Aprender a se concentrar
Quando a mente está cheia de preocupações, ansiedade e
distrações, o direcionamento das energias de cura é mínimo.
Por isso, é importante limpar a mente e estabilizar as emoções
usando as técnicas de relaxamento progressivo, de um mantra
ou orações.
FOTO: hERMÍNIO nUNES/MYLENE MARGARIDA
4- Pedir proteção divina
Nesse estágio de preparação para cura, você deve pedir para
ser protegido contra as influências energéticas potencialmente
negativas que possam ser adquiridas durante a interação
curativa. Procure visualizar uma grande esfera de luz branca,
azulada ou dourada que o/a envolva da cabeça aos pés (60 cm.).
O mais importante é estabelecer um vínculo com a sua Fonte
6- Lembre-se, sempre, que você jamais será um bom agente
de cura se, nesse processo, esgotar sua própria reserva de
bioenergia
Visualize-se tendo acesso a uma fonte inesgotável de energia
como o Sol, o Cristo, anjos e arcanjos e outros seres espirituais
superiores ou, até mesmo, a própria Terra.
7- Depois de escolher uma fonte de cura, você deve canalizar
ou conduzir essa energia passando-a pelo topo da cabeça
(chacra da coroa) e pelo coração (chacra cardíaco de
energia amorosa), antes de ser emitida pelas mãos.
8- Para absorver energia e fazê-la passar pelo nosso corpo e
sair pelas mãos, temos de usar a respiração de maneira um
pouco diferente procure imaginar-se absorvendo a energia
de cura ao inspirar e ao expirar lenta e firmemente, veja a
energia passando pelos braços e saindo pelas palmas das
mãos.
2- Relaxar e respirar
Use a respiração como foco/objeto de concentração. Expire
lentamente, esvaziando os pulmões por ação ativa do diafragma
e dos músculos intercostais. Inspire lentamente, contando até
quatro e depois expire, contando até quatro.
3- É preciso estar ligado a Terra
Visualize um cordão dourado na cintura, passando pela sua
coluna vertebral, inserindo-se na profundeza da Terra.
pessoa em todos os seus aspectos negativos e positivos.
espiritual superior, porque essa é a parte de você que vai operar
a cura. Recite uma oração tipo: “Peço que eu seja um veículo
puro da luz e da energia de cura e que só transmita as energias
que vêm da mais alta fonte espiritual”.
5- Estabeleça um vínculo energético entre você e a pessoa que
deseja curar
Visualizando um facho de luz amoroso entre seu centro
cardíaco e o dela. Imagine que nesse facho de luz estão o amor
incondicional, a plena aceitação e o perfeito perdão à outra
9- É importante que, depois de terminar o procedimento de
cura, você se desligue mental e energeticamente da outra
pessoa, caso contrário, o paciente continuará absorvendo
sua energia, mesmo depois do término da sessão de cura.
Diga a si mesmo, mentalmente, que está se desligando
energeticamente da outra pessoa. Imagine-se e sinta-se
novamente energizado, equilibrado, e saudável.
10- Você não deve usar suas próprias reservas de energia
para curar, caso contrário você pode ficar enfraquecido e
vulnerável às doenças.
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