União dos Produtores
de Bioenergia
ENERGIA
Redução de consum o é prioridade da indústria
30/10/12 - Em tempos de sustentabilidade, a eficiência energética passa a ser um compromisso de governos e da sociedade civil,
especialmente por parte da indústria. No Brasil, onde o custo de energia tem proporcionalmente maior peso na conta final do produto, há
uma corrida na busca por soluções que proporcionem maior eficiência e práticas ambientalmente corretas. Com isso, aumenta a
quantidade de fabricantes que correm atrás de selos de eficiência energética.
De uma forma geral, o peso da energia nos processos produtivos varia entre 15% e 20%, podendo atingir 60% no segmento petroquímico,
nos chamados eletrointensivos. Só o gasto com iluminação é responsável por 20% do consumo mundial de eletricidade e cerca de 6% das
emissões globais de gases de efeito estufa.
Nos escritórios, o índice de consumo da iluminação salta para algo entre 35% e 40%. De um modo geral, estima-se que metade da
iluminação pública e residencial no Brasil seja ineficiente. Para atender à demanda cada vez maior de clientes preocupados com a
economia de energia, as empresas investem em novas tecnologias.
"Acabamos de lançar a Universo Led, que economiza até 70% de energia e traz ao consumidor um ganho de 50 mil horas de vida útil",
afirma Uirá Kayano Nóbrega, sócio diretor da Universo Led. Para substituir as lâmpadas fluorescentes - oferecendo maior durabilidade que
as lâmpadas tradicionais -, a companhia desenvolveu as Eco Luminárias. "Trata-se de tecnologia inteligente que nos permite adequar a
iluminação para estar configurada ao ambiente. Temos sensores de presença que, a partir das 20 horas, apaga todas as luzes do
escritório", afirma.
A redução do desperdício em toda a cadeia produtiva de energia é uma das maneiras mais impactantes de contribuir para uma energia
mais sustentável, observa Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. "Há uma outra forma de energia que
não está centrada nem na geração nem na distribuição, mas está na casa das pessoas e na indústria, que é a redução do desperdício.
Essa conscientização evitaria os altos investimentos públicos que poderiam ser utilizados em outras áreas". Segundo Mattar, "o Brasil tem
enorme potencial de energia renovável - solar, eólica, biomassa, PCHs, mas ainda ocupa a nona posição em termos de energia renovável
instalada, atrás de Estados Unidos, China, Itália, Alemanha, com condições menos favoráveis que as nossas".
Preocupada em adotar um padrão de consumo de iluminação sustentável, a Philips vem desenvolvendo linhas de produtos com foco na
tecnologia LED. "O SmartPanel - luminária baseada em LED desenvolvida para escritórios, que economiza até 50% de energia em relação a
luminárias convencionais - acaba de chegar ao mercado", conta Marina Steagall, diretora da área de iluminação da Philips. Os controles de
iluminação que, por meio de sensores de presença, evitam desperdícios e proporcionam melhor aproveitamento de luz natural, também
fazem parte do portfólio da empresa. De acordo com Marina, a iluminação representa 20% de todo o consumo global de energia.
"O Brasil deverá dobrar o consumo de energia até 2020 por conta das classes emergentes que passaram a consumir mais produtos
eletrodomésticos e da linha branca. Se toda iluminação do mundo fosse trocada por LED, a economia seria de 130 bilhões de euros",
afirma. De acordo com a diretora da Philips, cerca de 60% da iluminação residencial e 40% da pública são ineficientes no Brasil.
Rosangela Capozoli
Fonte: Valor Econômico
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