PROGRAMA NACIONAL DE COMBATE AO DESPERDÍCIO DE ÁGUA DOCUMENTOS TÉCNICOS DE APOIO ROTEIROS PARA CÓDIGOS DE PRÁTICA Presidência da República Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano Secretaria de Política Urbana GOVERNO FE DERA L SECRETÁRIO ESPECIAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO Ovídio de Angelis COORDENAÇÃO TÉCNICA DOS TRABALHOS Pela FUPAM: Ricardo Toledo Silva Pela SEPURB: Cláudia Monique Frank de Albuquerque ENTIDADES PARTICIPANTES DO PROGRAMA NACIONAL DE COMBATE AO DESPERDÍCIO DE ÁGUA-PNCDA PROTOCOLOS DE COOPERAÇÃO FIRMADOS COM A SEPURB/SEDU/PR MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS HÍDRICOS E DA AMAZÔNIA LEGAL - MMA Secretaria de Recursos Hídricos SRH Secretaria de Meio Ambiente SMA MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA MME Departamento Nacional de Desenvolvimento Energético Eletrobrás/Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica - PROCEL ABES Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental ABIMAQ Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos ABNT/COBRACON Associação Brasileira de Normas Técnicas/Comitê Brasileiro da Construção Civil AESBE Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais ASFAMAS Associação Brasileira de Fabricantes de Materiais e Equipamentos para Saneamento ASSEMAE Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento EPUSP Escola Politécnica da Universidade de São Paulo FUPAM Fundação para a Pesquisa Ambiental FUSP Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo INFURB-USP Núcleo de Pesquisa em Informações Urbanas da Universidade de São Paulo IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo POGRAMA NACIONAL DE COMBATE AO DESPERDÍCIO DE ÁGUA - PNCDA Esplanada dos Ministérios, Bloco A, 3o Andar, sala 305 Brasília, DF - CEP 70.054-900 Fone: (061) 315-1778, Fax: (061) 322-2024 2 PROGRAMA NACIONAL DE COMBATE AO DESPERDÍCIO DE ÁGUA ROTEIROS PARA CÓDIGOS DE PRÁTICA Orestes Marracini Gonçalves Simar Vieira de Amorim Presidência da República Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano Secretaria de Política Urbana Brasília - 1999 DTA DOCUMENTOS TÉCNICOS DE APOIO . O Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água é financiado pela União, através de recursos do Orçamento Geral da União - O.G.U., e está sendo desenvolvido pela Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República - SEDU/PR, por intermédio de Convênio firmado com a Fundação para a Pesquisa Ambiental - FUPAM da Universidade de São Paulo. Os Documentos Técnicos de Apoio, após uma versão preliminar, foram apresentados às diversas entidades e prestadores de serviços do Setor Saneamento, além de técnicos especialistas, participantes ou não do Programa, e somente concluídos graças aos comentários, críticas e sugestões enviados ao PNCDA ou discutidos em reuniões técnicas com a equipe da FUPAM e SEPURB/SEDU/PR. A Coordenação do PNCDA agradece as diversas contribuições recebidas. Participaram da elaboração deste Documento técnicos da EPUSP. 4 SUMÁRIO PROGRAMA NACIONAL DE COMBATE AO DESPERDÍCIO DE ÁGUA - PNCDA 6 INTRODUÇÃO 9 Roteiro Básico 1 Código de Prática - Instalações Prediais de Água Fria e Quente. Uso Racional da Água 10 Roteiro Básico 2 Código de Prática - Utilização de Ramais Prediais de Água Fria em Polietileno 15 5 PROGRAMA NACIONAL DE COMBATE AO DESPERDÍCIO DE ÁGUA - PNCDA A criação do Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água - PNCDA, na esfera federal, vem ao encontro de uma antiga demanda do Setor Saneamento, delineada desde início da década de 1980 e sistematizada no Seminário Internacional sobre Economia de Água de Abastecimento Público (anais publicados, 1986). O evento foi promovido pela então Secretaria de Saneamento do MDU, em articulação com o BNH e executado pelo IPT em colaboração com a USP, apoiados pela ABES, pela ASFAMAS e outras entidades do setor. O objetivo de articulação em âmbito nacional foi na época frustrado pelo fechamento do BNH, associado a um profundo desgaste da organização institucional do saneamento básico na esfera federal. No entanto, algumas iniciativas associadas àquele esforço permaneceram, especialmente na linha de pesquisa em componentes de baixo consumo de água, mediante parcerias entre instituições de pesquisa e fabricantes de aparelhos e equipamentos sanitários. Em 1994, os estudos que deram origem à série Modernização do Setor Saneamento (MPO/ IPEA, 1995 a 1997, 9 vols.) apontaram enfaticamente para a necessidade de se incorporar no âmbito federal a coordenação de políticas e programas voltados à conservação e ao uso racional da água de abastecimento público. Em abril de 1997, em articulação com o Ministério do Meio-Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal e com o Ministério das Minas e Energia, o Ministério do Planejamento e Orçamento por meio do Departamento de Saneamento da SEPURB finalmente instituía na esfera federal um programa de conservação e uso racional da água de abastecimento público. Trata-se portanto de um projeto de longa maturação, que sofreu os percalços de um longo período de abandono e que merece ser implementado com todo o cuidado, evitando a saída fácil da adoção irrefletida de soluções isoladas como se fossem respostas universais, por mais eficientes que estas possam se ter mostrado em casos específicos. Na ocasião foram firmados protocolos de cooperação com entidades civis alinhadas com os objetivos do Programa e em setembro do mesmo ano foi celebrado um primeiro convênio com a Fundação para Pesquisa Ambiental FUPAM, vinculada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. O convênio teve como escopo a realização de estudos especializados e à organização de um conjunto de Documentos Técnicos de Apoio DTA às atividades do Programa, nas áreas de planejamento das ações de conservação, de tecnologia dos sistemas públicos de abastecimento de água e de tecnologia dos sistemas prediais de água e esgoto. O Programa tem por objetivo geral promover uso racional da água de abastecimento público nas cidades brasileiras, em benefício da saúde pública, do saneamento ambiental e da eficiência dos serviços, propiciando a melhor produtividade dos ativos existentes e a postergação de parte dos investimentos para a ampliação dos sistemas. Tem por objetivos específicos definir e implementar um conjunto de ações e instrumentos tecnológicos, normativos, econômicos e institucionais, concorrentes para uma efetiva economia dos volumes de água demandados para consumo nas áreas urbanas. Os 16 DTAs postos em discussão após a primeira rodada de consulta que se seguiu à Fase I do PNCDA, refletem a retomada de estudos abrangentes na área e não devem ser vistos como peças acabadas de um programa burocrático. A inclusão do componente Tecnologia dos Sistemas Públicos incorpora parte do conteúdo de programas passados de melhoria operacional em controle de perdas no âmbito da conservação urbana de água. Esses conteúdos são agora associados a uma visão mais ampla de combate ao desperdício, segundo a qual se o objetivo de maior eficiência ao uso da água é buscado em todas as fases de seu ciclo de utilização, desde a captação até o consumo final. A Fase II do Programa, em 1998, inclui a produção de mais 4 DTAs, sua publicação e a implantação de um sistema de acesso via Internet. Os escopos das fases até agora definidas como objetos de convênio são esquematizados nas figuras 1 e 2, a seguir. 6 FIG U R A I P N CD A - Escop o d a Fa se I - 1 9 9 7 C O N TEÚ D O D A PRIM EIRA FA SE D o cum ento s Técnicos de A po io D TA P lan eja m en to e G estão G eren ciam en to d a D em an d a C o n servaç ão n o s S iste m as P ú b lico s C o n servaç ão n o s S iste m as P red iais A1 - Ap resen tação d o P ro g ram a C 1 - R eco m en d açõ es G erais e N o rm as d e R eferên cia E 1 - C aracterização /M o n ito r. d o C o n su m o A2 - In d icad o res d e P erd as n o s S AA C 2 - P an o ram a d o s S istem as n o P aís E 2 - N o rm alização /Q u alid ad e A3 - C aracterização d a D em an d a U rb an a d e Ág u a C 3 - E lem en to s p ara P lan eja m en to F 1 - Tecn o lo g ias P o u p ad o ras A4 - B ib lio g rafia An o tad a D 1 - C o n tro le d e P ressão n a R ed e F 2 - P ro d u to s P o u p ad o res: F ich as T écn icas B 1 - E lem en to s d e An álise D 2 - M acro m ed ição F 3* - C ó d ig o s P rática (ro teiro ) In stalaçõ es AF /AQ D 3 - M icro m ed ição F 4* - C ó d ig o s P rática (ro teiro ) R am ais P red iais D 4 - R ed u ção d e P erd as (*) D ep o is co n so lid ad o s em e Trat. d e L o d o em E T A D TA ú n ico p ara C P . E co n ô m ica (P red ial) B 2 - C am p an h as d e E d u cação P ú b lica B 3 - M ed id a s d e R acio n aliz ação G ran d e s C o n su m id o res O b s.: N a Fa se I os D TA B3 , D 1, D 2 e D 3 foram ap ena s conceitua dos, sem em issão de texto ba se. F IG U R A II P N C D A - E s co p o d a Fase II - 1 9 9 8 e 1 9 9 9 C O N TE Ú D O D A SE G U N DA FA SE N o e xe rcício d e 1 99 8 C O N TE Ú D O D A SE G . F A S E P re visã o p a ra 1 99 9 C u rso /w o rksh o p re g io n a l d e a p erfeiço a m en t o E s tru tu ra In s titu cio n a l d o P N C D A D TA co m p le m e n ta res Siste m a d e g es tã o d o P N C D A B 3 - M ed id a s d e R a cio n a liza çã o G ra n d es C o n su m id o res In stru m e n t o s d e p la n e ja m en to D 1 - C o n tro le d e P res sã o na Red e C o n tro le d e p e rd a s n o s sis tem a s p ú b lic o s D 2 - M a cro m e d içã o G ere n cia m e n to d a d e m a n d a em sist em a s p red ia is D 3 - M ic ro m ed içã o Tra b a lh o d e cu rso : d e s en vo lver es tu d o s et o ria l/ lo c a l/reg io n a l P la n o s re g io n a is e lo ca is - D TA A 5 A rticu la ç ã o c o m p ro g ra m a s existe n te s P M SS P A SS P ró -S a n e a m en t o E s tru tu ra çã o d e p á g in a d o P N C D A n a In tern et A rq u itetu ra d o siste m a b lo co s in tera tiv o s A rq u ivo s e m h ip ertexto A rq u ivo s e m P D F R e v is ã o e p u b lica ç ã o d o s D TA P a ra im p res sã o e red e A 1 /A 2 /A 3 /B 1 /B 2 / B 3 / C 1 / C 2 / C 3 D 1 /D 2 /D 3 /D 4 /E 1 /E 2 /F 1 /F 2 P a ra red e so m e n te A 4 - B ib lio g ra fia F 3 e F 4 - R o teiro s p a ra C P E xp eriê n cia p ilo to a p lic a çã o d e u m p la n o lo ca l D ia g n ó s tico cf. in d ica d o r es p a d ro n iz a d o s d o P N C D A P revis ã o d e d e m a n d a r ea l e d e co n su m o r e p rim id o M o n ito ra m e n t o p red ia l C a d a stro d e re d e em s eto re s se lec io n a d o s C o n tro le d e p r essã o e m se to re s s e le c io n a d o s A ç õ e s p a ra red u çã o d e c o n su m o p red ia l O víd io d e A n g e lis S ec retá rio E sp e cia l d e D ese nv olv im en to U rb a n o /P R 7 DTA DOCUMENTO TÉCNICO DE APOIO F3 ROTEIROS PARA CÓDIGOS DE PRÁTICA 8 INTRODUÇÃO Este DTA compõe um sistema de incorporação de novas informações em processo de atualização permanente. Inicialmente são definidas as estruturas básicas para a elaboração de códigos sobre (i) instalações prediais de água fria e quente; (ii) ramais prediais de polietileno. Os códigos de prática são instrumentos técnicos passíveis de atualização mais imediata e freqüente que as normas técnicas. Não são substitutos daquelas, mas instrumentos complementares de consolidação e aplicação das normas, voltados à valorização da boa prática. No âmbito do PNCDA a boa prática passa necessariamente pelo uso eficiente da água em todos os segmentos de seus ciclos de oferta e demanda e os códigos orientados pelas diretrizes deste DTA deverão refletir esse objetivo. Os dois roteiros inicialmente propostos correspondem às prioridades detectadas no âmbito dos sistemas prediais, que por sua vez constituem os elementos básicos de intervenção para uso racional da água do lado da demanda. A estrutura institucional relativa ao desenvolvimento de códigos de prática em geral é contemplada no DTA E2 - Normalização e Qualidade dos Sistemas Prediais de Água. 9 Roteiro Básico 1 CP -INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA E QUENTE - USO RACIONAL DA ÁGUA Este código tem por objetivo orientar profissionais responsáveis pelo planejamento, pelo projeto, pela execução e pela manutenção das Instalações Prediais de Água Fria e Quente, bem como auxiliar fabricantes, pesquisadores, legisladores e usuários quanto à adequabilidade dos sistemas ao uso racional do produto. A concepção do código está voltada para: - aumentar a produtividade do segmento; - diminuir desperdícios; - propiciar desenvolvimentos tecnológicos e inovações; - contribuir para a melhoria e o aumento da qualidade; - aumentar a competitividade. Quando de sua elaboração, teve-se em mente que os aspectos mais perenes e não facilmente mutáveis, com consenso acadêmico, foram ou serão tratados no fórum da ABNT. Entre seus itens estão orientações básicas para a utilização de equipamentos economizadores de água, para planejamento e projeto, para a execução e para uma inspeção cuidadosa que assegure o uso racional da água como um item para a obtenção da qualidade total do sistema. Tais orientações representam a experiência acumulada dos profissionais atuantes no setor e de entidades. Sugestões para modificações e/ou inclusões de tópicos deverão ser enviadas à Diretoria Executiva do Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água, que as encaminhará à Comissão Permanente específica para análise. A decisão final será de responsabilidade do Seminário Geral (ver Metodologia para o desenvolvimento de textos preliminares no DTA E2). Sendo o Brasil um país de grandes dimensões e que possui regiões com características físicas e climáticas bastante diversas, e por ser esse um código nacional, as informações serão regionalizadas quando for necessário. O código também tem o objetivo de orientar o Poder Público na verificação de projetos das instalações prediais quanto ao atendimento aos requisitos de uso racional da água. 10 Código de Prática: Instalações Prediais de Água Quente e Fria Uso racional da Água CONTEÚDO 1 CONSIDERAÇÕES GERAIS 1.1 OBJETIVO - Aplicabilidade - Outras normas 1.2 COMPONENTES E SISTEMAS ALTERNATIVOS 1.3 RETROATIVIDADE 1.4 RESPONSÁVEIS TÉCNICOS 1.5 DEFINIÇÕES 2. PROJETO 2.1 Sistema de abastecimento - Rede pública - Poços - Aproveitamento das águas pluviais - Aproveitamento das águas servidas 2.2 SISTEMA DE MEDIÇÃO 2.3 COMPONENTES ECONOMIZADORES DE ÁGUA 2.4 RESERVAÇÃO - Estimativa do consumo diário - Quantidade a ser reservada - Extravasão - Impermeabilização 2.5 DIMENSIONAMENTOS - Vazões - Comandos hidráulicos e louças sanitárias - Simultaneidade - Velocidades - Pressões Þ Diâmetros 3. EXECUÇÃO 3.1 SUBS------ISTEMA DE RESERVAÇÃO E RECALQUE DE ÁGUA FRIA 3.2 SUBSISTEMA DE AQUECIMENTO E RESERVAÇÃO DE ÁGUA QUENTE 3.3 SUBSISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA FRIA E QUENTE 4. INSPEÇÃO ANEXO A: Normas pertinentes. ANEXO B: Metodologia e dados técnicos para utilização de águas pluviais. ANEXO C: Metodologia e dados técnicos para reutilização de águas servidas. ANEXO D: Metodologia e dados técnicos para projeto de sistemas com medição de consumo individualizada por economia, em edifícios multifamiliares. ANEXO E: Informações básicas sobre componentes economizadores de água. ANEXO F: Tabelas de consumo per capita por região. ANEXO G: Informações básicas sobre componentes existentes no mercado. ANEXO H: Métodos para estimativa de vazões. ANEXO I: Limites de velocidade. 11 1 CONSIDERAÇÕES GERAIS 1.1 OBJETIVO 1.1.1 Aplicabilidade Este código é aplicável às Instalações Prediais de Água Fria e Quente nos casos em que a água seja fornecida por: - rede de abastecimento público; - poços; - sistema de reciclagem de águas pluviais; - sistema de reutilização de águas servidas. Para as Instalações Prediais de Água Fria ele é aplicável do alimentador predial para dentro do terreno da edificação compreendendo os subsistemas de reservação e recalque; de redução de pressão e de distribuição. Para as Instalações Prediais de Água Quente, ele é aplicável para os subsistemas de aquecimento e reservação e de distribuição. 1.1.2 Outras Normas Serão enumeradas todas as normas referenciadas no texto, assim como outras que sejam pertinentes e as instruções de fabricantes. 1.1.3 Componentes e Sistemas Alternativos O código não limita em seu texto a utilização de novos componentes e sistemas alternativos que visem alcançar seu objetivo, isto é, o uso racional da água. 1.1.4 Retroatividade Este código não é retroativo a sistemas já executados quando da sua entrada em vigor. 1.1.5 Responsáveis Técnicos Os serviços aqui mencionados só poderão ser executados por profissionais que possuam atribuições técnicas legalmente reconhecidas. No texto serão estabelecidas essas responsabilidades. 1.1.6 Definições Serão listados todos os termos utilizados no código que necessitem ser definidos. 1.2. PROJETO 1.2.1 Sistema de Abastecimento Quando ainda na fase de projeto arquitetônico, precisará ser definido qual o sistema que será utilizado para o abastecimento de água fria, pois essa decisão influenciará na arquitetura da edificação. Metodologias e informações básicas para a utilização dos diversos sistemas serão inseridas no texto. - REDE PÚBLICA É o sistema mais comumente empregado hoje em dia. Será fornecida metodologia para a utilização do mesmo. - POÇOS Poços semi-artesianos ou artesianos poderão ser utilizados. É uma fonte de água que também deve ser consumida racionalmente. Será fornecida metodologia para o manuseio desse sistema. - APROVEITAMENTO DAS ÁGUAS PLUVIAIS O aproveitamento das águas pluviais, através de captação e reciclagem, para finalidades específicas que não necessitam água potável, é uma possibilidade que deve ser considerada no projeto. Serão incluídas, 12 em anexo, metodologia e informações básicas para análises técnica e econômica. - APROVEITAMENTO DAS ÁGUAS SERVIDAS A reutilização das águas servidas, para finalidades específicas que não necessitam da água potável, é uma possibilidade a ser considerada. Serão incluídas, em anexo, metodologia e informações básicas para análises técnica e econômica. 1.2.2 Sistema de Medição A medição individualizada da água consumida por economia também gera redução no consumo, comparativamente ao sistema de rateio. Serão fornecidas informações básicas sobre sistemas de medição individualizada através de hidrômetros e telemetria. 1.2.3 Componentes economizadores de água Os grandes responsáveis pelo excesso de consumo de água em uma edificação são os comandos hidráulicos (metais) e as louças sanitárias. O código fornecerá anexos com informações técnicas relevantes acerca dos comandos hidráulicos e das louças sanitárias, de uma forma geral, e, em especial, daqueles economizadores de água, tais como: - torneiras de fluxo interrompido; caixas de descarga de volume reduzido; bacias VDR volume de descarga reduzido; chuveiros de baixo consumo etc. 1.2.4 Reservação - ESTIMATIVA DE CONSUMO DIÁRIO O consumo diário das edificações é muito pouco conhecido em nosso país. É necessário que as informações por localidades sejam analisadas. O código possuirá tabelas de consumo per capita que reflitam a realidade climática das diversas regiões do Brasil. - QUANTIDADE A SER RESERVADA O código fornecerá recomendações acerca da quantidade e da forma de reservação, objetivando maior proximidade com a realidade. - EXTRAVASÃO Serão oferecidas recomendações quanto à localização de extravasores. - IMPERMEABILIZAÇÃO Serão apresentadas recomendações quanto à impermeabilização de locais que reservem volumes de água na edificação. 1.2.5 DIMENSIONAMENTOS a) VAZÕES - COMANDOS HIDRÁULICOS E LOUÇAS SANITÁRIAS As vazões dos comandos hidráulicos e das louças sanitárias não condizem com as constantes em normas. É necessário um trabalho conjunto com os fabricantes para que sejam fornecidos em catálogos dados mais precisos acerca das vazões dessas peças, para que o projetista possa escolhê-las com maior rigor. O código conterá orientações e informações básicas sobre os componentes existentes no mercado. - SIMULTANEIDADE O método para estimativa de vazões atualmente inserido na norma leva a volumes de águas não muito condizentes com dados coletados na realidade. O código facilitará a utilização de outros métodos de estimativa de vazões que mais se aproximem da realidade, através de procedimentos e informações técnicas. 13 b) VELOCIDADES O critério para o dimensionamento baseado em limite para as velocidades nas edificações, atualmente existente na norma, encaminha para um superdimensionamento das tubulações, pois é baseado na idéia de que qualquer ambiente nas edificações tenha o mesmo limite máximo para ruído. O código conterá considerações e estabelecerá critérios para que o limite dessas velocidades seja pertinente com o local onde as tubulações estejam inseridas. c) PRESSÕES As pressões de funcionamento dos componentes dos sistemas também são responsáveis por excessos no consumo de água. Recomendações quanto a pressões realistas de uso estarão previstas no código. d) DIÂMETROS Os diâmetros devem ser mais condizentes com a realidade. Para tanto, não será preconizado diâmetro mínimo, mas fornecidas orientações para dimensionamento com vazões pertinentes. 1.3. EXECUÇÃO Os métodos executivos mais adequados à montagem das Instalações Prediais de Água Fria e Quente serão explicitados, com especial atenção àqueles em locais de maior probabilidade de ocorrência de perdas de água. 1.3.1 Subsistema de Reservação e Recalque de Água Fria Serão inseridas orientações quanto aos cuidados necessários à execução de reservatórios e casas de bomba, tais como juntas de tubulações, amortecimento de vibração das bombas etc. 1.3.2 Subsistema de Aquecimento e Reservação de Água Quente Serão apresentadas orientações para a instalação do subsistema de aquecimento e reservação nas Instalações Prediais de Água Quente para se evitar futuros vazamentos e para obterem-se sistemas equilibrados que evitem o desperdício da água enquanto se aguarda o aquecimento. 1.3.3 Subsistema de Distribuição de Água Fria e Quente Serão fornecidas recomendações básicas para que não ocorram perdas de água na distribuição. 1.4. INSPEÇÃO O código conterá recomendações básicas para a inspeção de projetos pelo Poder Público ou outro organismo qualquer visando assegurar a qualidade do sistema quanto ao uso racional da água. Em anexo, será fornecido check-list com os principais pontos a ser inspecionados para a garantia da qualidade. 14 Roteiro Básico 2 CP - UTILIZAÇÃO DE RAMAIS PREDIAIS DE ÁGUA FRIA EM POLIETILENO Este código terá por objetivo orientar os profissionais responsáveis pela execução e pela manutenção de ramais prediais (ligações) de água que utilizam tubulações em PEAD (polietileno de alta densidade), assim como os fiscais. Tais profissionais são, de uma maneira geral, ligados ao Poder Público responsável pelo abastecimento. Devido ao fato de ser um local-chave para a questão do desperdício de água nos sistemas de abastecimento, o ramal predial necessita de uma execução com qualidade assegurada. A concepção deste código está voltada para: - aumentar a produtividade do segmento; - diminuir desperdícios; - propiciar desenvolvimentos tecnológicos e inovações; - contribuir para a melhoria e o aumento da qualidade; - aumentar a competitividade. Quando de sua elaboração, teve-se em mente que os aspectos mais perenes e não facilmente mutáveis, já com consenso acadêmico, foram ou serão tratados no fórum da ABNT. Entre de seus itens estão orientações básicas para a utilização de tubos em polietileno PE5 tipos A e B e conexões em PVC rígido e polipropileno para junta mecânica, a ser utilizados nos ramais prediais de água fria. Essas orientações representam a experiência acumulada dos profissionais atuantes no setor e de entidades. Sugestões para modificações e/ou inclusões de tópicos deverão ser enviadas à Diretoria Executiva do Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água, que as encaminhará à Comissão Permanente específica para análise. A decisão final será de responsabilidade do Seminário Geral (ver Metodologia para o desenvolvimento de textos preliminares no DTA E2). 15 CONTEÚDO 1 CONSIDERAÇÕES GERAIS 1.1 OBJETIVO - aplicabilidade - outras normas 1.2 RETROATIVIDADE 1.3 RESPONSÁVEIS TÉCNICOS 1.4 DEFINIÇÕES 2. GARANTIA DA QUALIDADE DE MATERIAIS E COMPONENTES 2.1 RECEBIMENTO - tubos de polietileno PE5 - conexões em PVC para junta mecânica - conexões em polipropileno para junta mecânica 2.2 ESTOCAGEM 3. GARANTIA DA QUALIDADE NA EXECUÇÃO 3.1 ESCAVAÇÃO 3.2 COLOCAÇÃO DOS TUBOS 3.3 JUNÇÕES 3.4 FERRAMENTAS ADEQUADAS 3.5 MÃO-DE-OBRA 4 GARANTIA DA QUALIDADE NA MANUTENÇÃO 5. INSPEÇÃO 16 1 CONSIDERAÇÕES GERAIS 1.1 OBJETIVO 1.1.1 Aplicabilidade Este código se aplica aos ramais prediais de água fria onde são utilizadas tubulações em PEAD e conexões em PVC ou PP (polipropileno) com junta mecânica, derivados da rede de abastecimento público. Ramal predial coincide com a expressão ligação predial da norma NBR 8417. Entende-se por ramal predial de água fria o trecho de tubulação compreendido entre o ponto de derivação da rede de distribuição de água fria e o hidrômetro ou o limitador de vazão do prédio. 1.1.2 Outras Normas Serão enumeradas todas as normas referenciadas no texto assim como outras que sejam pertinentes. Serão também citadas as instruções dos fabricantes. 1.1.3 Retroatividade Este código não é retroativo a sistemas já executados quando da sua entrada em vigor. 1.1.4 RESPONSÁVEIS TÉCNICOS Os serviços aqui mencionados só poderão ser executados por profissionais que possuam atribuições técnicas legalmente reconhecidas. No texto, serão estabelecidas essas responsabilidades. 1.1.5 Definições Todos os termos utilizados no código que necessitem de definição serão discutidos. 1.2. GARANTIA DA QUALIDADE DE MATERIAIS E COMPONENTES 1.2.1 Recebimento A qualidade dos materiais a ser utilizados necessita ser garantida. Através de um recebimento eficiente de materiais, pode-se combater as não-conformidades (intencionais ou não) às normas técnicas pela rejeição de componentes. Serão fornecidas informações básicas para o recebimento dos materiais e as verificações imprescindíveis para: 1.2.2 Tubos de Polietileno PE5 1.2.3 Conexões em PVC para Junta Mecânica 1.2.4 Conexões em Polipropileno para Junta Mecânica 1.2.5 ESTOCAGEM Materiais de boa qualidade podem perder suas características durante a fase de armazenamento. Serão fornecidas metodologias e técnicas sobre a estocagem segura dos mesmos. 1.3 GARANTIA DA QUALIDADE NA EXECUÇÃO Os métodos executivos mais adequados à montagem dos ramais prediais serão explicitados, com especial atenção àqueles locais com maior probabilidade de ocorrência de perdas de água. Serão abordados: 1.3.1 Escavação 1.3.2 Colocação dos Tubos 17 1.3.3 Junções 1.3.4 Ferramentas Adequadas 1.3.5 Mão-de-Obra 1.4. GARANTIA DA QUALIDADE NA MANUTENÇÃO A manutenção do sistema através de trocas de componentes necessita ser feita com rigor suficiente para se evitarem vazamentos. Serão fornecidas metodologias e técnicas para a substituição segura de componentes. 1.5. INSPEÇÃO O código conterá recomendações básicas para a inspeção da execução e da manutenção pelo Poder Público ou outro organismo qualquer, visando assegurar a qualidade do sistema. Em anexo, será fornecido check-list com os principais pontos a ser inspecionados para a garantia da qualidade. 18