Pacientes sem possibilidade de cura: Principais condutas dos cuidados MATIAS A. O.¹ e ANUNCIAÇÃO J.F.L.² ¹ ² Graduanda em Enfermagem da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública – EBMSP – Salvador (BA), Brasil. INTRODUÇÃO O sentimento de dor pela morte se faz presente mesmo com o conhecimento de que não há mais cura. Segundo Pilar (2002), pacientes sem possibilidade de tratamento, também conhecidos como pacientes terminais, são aqueles onde a morte é iminente e inevitável; a estes devem ser oferecidos os cuidados paliativos. A OMS (2002) aponta para a qualidade de vida dos pacientes e familiares que enfrentam doenças incuráveis. Dessa forma a identificação precoce, a avaliação e tratamento correto trariam um maior alívio do sofrimento. OBJETIVO Analisar as condutas a serem aplicadas nos cuidados paliativos, em pacientes sem possibilidade de cura. METODOLOGIA Revisão bibliográfica, com abordagem qualitativa. Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados Lilacs e Scielo, nos últimos 13 anos, em 67 artigos da literatura nacional. RESULTADOS Os artigos encontrados conceituam de uma forma geral os cuidados paliativos, mas não trazem um direcionamento de condutas a serem desenvolvidas pelos profissionais de saúde. Conforme artigos revisados foram agrupados os resultados quanto ao controle da dor; suporte nutricional; as técnicas de relaxamento mental, e o direito a não- ressuscitação. • Dor Caracteriza-se como sintoma de difícil mensuração, pois somente o paciente tem o relato de sua percepção (ARAÚJO, 2007). Nesse caso, é indispensável a sua valorização, através de registros que apontam para o início, intensidade, local, irradiação e controle. • Não – ressuscitação O direito do paciente e família optar por ser ou não ressuscitado em caso de parada cardiorrespiratória, deve ser respeitado pela equipe, ainda que prolongue desnecessariamente a vida, obstinação terapêutica (VENTURA, 2007), ou a abrevie. • Suporte nutricional Pacientes em estado terminal são caracterizados pelo hipermetabolismo, o que leva a uma perda de peso acentuada, causando forte impacto negativo sobre si (REIRIZ, 2008). O paciente e família devem escolher pela retenção ou retirada do suporte nutricional, sendo auxiliado ou não por intervenções nutricionais e farmacológicas. • Técnicas de relaxamento Sendo o cuidado paliativo uma forma de promover conforto aos pacientes busca-se o uso de técnicas de relaxamento mental, através de músicas e imagens, que atuando no Sistema Nervoso Autônomo ajudará a se desligar da dor, favorecendo então o alívio da tensão e consequentemente redução no consumo de analgésicos (ELIAS, 2007). CONSIDERAÇÕES FINAIS Conhecer estudos que conceituem cuidados paliativos permitiu-nos não somente a identificação de possíveis condutas, mas também o planejamento do cuidado envolvendo a reciprocidade, a solidariedade e o, sobretudo, a alteridade na assistência. MORAES T. M. de, Como cuidar de um doente em fase avançada de doença, São Paulo, Rev. O Mundo da Saúde, 2009.