A reforma do ensino das ciências na era pos-Sputnik... Escreva duas questões sobre o tema e exemplifique duas respostas completas, com referências bibliográficas. Q1: Poder-se-á associar à era pós-Sputnik, uma consciencialização global para o ambiente, saúde, etc... ou seja, para questões mais sociais? R1: De facto, como o lançamento do Sputnik coincidiu com o fim da segunda grande guerra, o sentimento ainda fresco de uma guerra extremamente dura e mortífera, levou a que muitos dos cientistas e matemáticos, das mais prestigiadas universidades se associassem a muitos professores e académicos, para em conjunto traçarem ideias/reformas no curriculum das escolas com o objectivo primário de educar a população, em geral, para a paz mundial. Por acreditarem que uma população educada para a paz e encorajada para o combate a doenças e à deterioração do ambiente, à produtividade económica, valeria mais a pena. Assim, todos os alunos devem receber uma formação geral que irá ajudá-los na relação com o mundo de uma forma inteligente e a saberem reconhecer as suas responsabilidades perante os outros e em relação à preservação do mundo físico, no qual vivemos. Q2: Indica algumas alterações no curriculum do ensino das ciências na era pós-Sputnik? R2: A era pós-Sputnik colocou em movimento uma demanda pela procura de um método diferente de ensinar, não bastava só o ensino da ciência pela ciência- de conteúdos formatados e memorizadas, sem envolverem um sentido prático, uma relação entre os factos ensinados, a história desses mesmos factos e a aplicabilidade dos mesmos, tal como acontecia no inicio dos anos cinquenta, agora os alunos estavam menos motivados pelas ciências e pela matemática e para os entusiasmar para estas temáticas, os professores teriam de seleccionar temas que fizessem mais sentido para os alunos, que envolvessem “problemas” do dia-a-dia. E quem melhor do que os professores que mais próximo se encontram dos alunos para melhor identificar tais temas, dado que, sempre foi assumido que os professores sabiam a melhor maneira de transmitir conteúdo científico para os alunos, mas a responsabilidade pela identificação do conteúdo em si estava com os cientistas/académicos, agora já não, as orientações do curriculum, passaram a ter também uma contribuição maior por parte dos professores. Num cenário pós- segunda guerra mundial, o ensino das ciências e da matemática foi fortemente apoiado ao mais alto nível, inicialmente nos Estados Unidos Da America , por se entender que a segurança e a prosperidade da nação americana, dependia fortemente da proliferação do conhecimento cientifico, assim foi fomentado o rigor intelectual no ensino das ciencias e da matemática. Deste modo, passou a valorizar-se o ensino compreensivo e individualizado, sendo utilizado como métodos principais o estudo independente, investigação no laboratório, sesssões de discussão e verificação individualizada da aprendizagem. O aluno assim educado para o conhecimento cientifico, desenvolve aptidões que o tornam mais preparado para interpretar os fenómenos naturais, a tecnologia e o seu meio ambiente. Hoje em dia, quarenta anos após o lançamento do Sputnik, existem mais intervenientes no processo ensino das ciências do que existia no anos 50, tais como: cientistas de universidades, professores, pais, cientistas da indústria, políticos entre outros. Muitos desses parceiros trabalham em estreita colaboração, sobretudo a comunidade cientifica e os professores das escolas básicas e secundárias, e de cuja parceria resulta uma política de educação mais pluralista e capaz de garantir um melhor ensino das ciências aos alunos. Referências bibliográficas: http://www.nas.edu/sputnik/atkin.htm; http://www.nas.edu/sputnik/deboer.htm; http://www.nas.edu/sputnik/bybee1.htm; Jacinta Moreno