A EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PROPORCIONADA PELO PIBID Elenir de Fatima Rosa Valadares1 Orientadora: Dulcinéia de Oliveira Gomes2 Universidade de Rio Verde [email protected] Resumo Este trabalho tem por objetivo relatar a atuação da aluna bolsista, participante do PIBID Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Selva Campos Monteiro,localizada na cidade de Rio Verde, Goiás. Salienta-se que a experiência vivida, através do subprojeto da Pedagogia, com o foco nos três primeiros anos do Ensino Fundamental, tem contribuído para a formação inicial na área da futura atuação profissional,em especial para a formação da alfabetizadora. A escrita do artigo conduz não só à descrição do trabalho que vem sendo realizado,como também refletir sobre a importância do Programa para a bolsista, as instituições envolvidas e os alunos da escola, visto que sua contribuição gera aprendizado para todos que dele participam. O subprojeto teve início com a análise e interpretação dos documentos oficiais da escola, ou seja, do PPP (Projeto Político Pedagógico), Regimento Escolar, Planos de Curso, de Unidade e de Aula, Atas do Conselho Escolar, Conselho de Classe e Pedagógica, Calendário Escolar, Avaliações de 1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental, análise das fichas de matrícula. Também foram levantados os dados sobre a estrutura física da escola e uso dos espaços, recursos didáticos pedagógicos, inclusive softwares, quantidade de alunos e notas no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) da escola. Ainda, participação nas reuniões Pedagógicas, do Conselho de Classe e acompanhamento dos planejamentos dos professores, simultaneamente, o planejamento das ações dospibidianos. Para melhor compreender a comunidade escolar foram elaborados e aplicados questionários e entrevistas a todos os segmentos da escola e aos responsáveis pelas crianças. A observação, os dados coletados e as discussões com a equipe resultaram em conhecimento e aprendizadoadquirido pela acadêmica bolsista. As atividades foram desenvolvidas pela equipe de bolsistas, supervisora e coordenadora do projeto, sendo que representaram esforço e comprometimento de todos os envolvidos, já que tem sido bastante intenso, e seus resultados foram correspondentes. É possível perceber o funcionamento da escola campo, a realidade em sala de aula e como ocorre o processo da alfabetização. Diante do trabalho realizado, este estudoanalisa parte dos resultados alcançados. A metodologia utilizada foi da pesquisa de campo e bibliográfica. Nesta última, enfatizam-se os pressupostosdos estudiosos que pesquisam sobre a relação teoria e prática para a formação do futuro professor e a importância dos estudos dos documentos escolares. Palavras-chave: escola, experiência, participação. 1 2 Acadêmica-bolsista Capes, da Faculdade de Pedagogia – Universidade de Rio Verde-GO Professora da Universidade de Rio Verde, Coordenadora do subprojeto do Pibid- Faculdade de Pedagogia 2 Introdução O trabalho realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Selva Campos Monteiro, localizada na cidade de Rio Verde, GO, aconteceu de acordo com o plano de ação do subprojeto da Faculdade de Pedagogia, e seguindo a proposta do PIBID, que é oportunizar aos licenciandos bolsistas,a criação e participaçãode inovações nas práticas pedagógicas, atuando nas escolas através de pesquisa, de modo a favorecer o conhecimento profissional fundamentado e competente, que neste caso, destina-se aos três anos iniciais do ensino fundamental. Quando tive notícias do programa, realizei minha inscrição na própria faculdade. E, após entrevista com a Coordenadora do subprojeto do PIBID, e divulgação dos resultados, me causou curiosidade e ansiedade sobre o significado do Programa, poiseu estava selecionada para dele participar e, esta era a primeira vez que a Universidade oferecia aos acadêmicos um programa dessa natureza. Quando os trabalhos iniciaram percebi que meu maior objetivo poderia ser atingido, pois é adquirir experiência e aprendizado em sala de aula e na escola, visto que, como é de conhecimento de todos,a faculdade nos melhor prepara teoricamente, e a prática acontecesomente nos estágios obrigatórios, que parecem insuficientes para dar ao licenciando segurança para enfrentar uma sala de aula. Assim, o acadêmico tem que ir a busca de mais aprendizado, e foi nessa perspectiva que encontrei no PIBID, a excelente oportunidade de unir a teoria à prática docente e realizar o trabalho que foi proposto a toda equipe. Sempre tive a preocupação de concluir o curso e não saber como proceder na prática, mas com minha participação no programa, é possível aprender e até mesmo tomar a decisão, se realmenteé o que desejopara meu futuro profissional. As dificuldades encontradas para desenvolver os trabalhos são poucas, e a maior delas é de cunho pessoal, ou seja, conciliar a faculdade, os trabalhos acadêmicos, o PIBID e a vida familiar, zelar pelos filhos, casa, marido. Porém, isto é uma questão de organização e com o decorrer do tempo, vamos aprendendo a tomar decisões, e agirde acordo com a importância e prioridade de cada tarefa. O tipo de pesquisa realizada na escola é a exploratória e a metodologia utilizada foi a bibliográfica e a pesquisa de campo. A bibliográfica consistiu na busca de leituras e informações que fossem importantes para a realização do trabalho desenvolvido. A pesquisa de campo envolveu a análise dos documentos da escola, a aplicação de questionários à comunidade escolar, pais ou responsáveis dos alunos de 1º, 2º e 3º anos do ensino 3 fundamental, os alunos, servidores técnico-administrativos e professores, onde obtivemos dados, que analisados e interpretados resultaram em importantes conhecimentos para a comunidade escolar, a equipe dos pibidianos, e também propiciando a interação entre as instituições, ou seja, a escola e a Universidade. A pesquisa bibliográfica não ficou restrita somente no início dos trabalhos, mas aconteceu durante todo o seu desenvolvimento, pois foi necessária para realização dos relatórios e para a busca de fundamentação que levasse ao entendimento das informações colhidas. Os percursos da pesquisa na escola Toda a pesquisa de campo foi realizada naEscola Municipal de Ensino Fundamental Professora Selva Campos Monteiro, situada à Rua: Carlos Augusto Melo, nº177 – Bairro: Nova Vila Maria, na cidade de Rio Verde, Estado de Goiás. Ao iniciar o programa no mês de agosto de 2012, a escola oferecia do 1.º ao 9.º ano e os trabalhos foram efetivados nos 1.º, 2.º e 3.º anos, como previsto no subprojeto da Faculdade de Pedagogia. Porém, devido a um processo de mudanças promovido pela Secretaria Municipal da Educação, com o argumento da insuficiência do número de salas disponíveisna escola para atender a demanda das crianças e jovens da comunidade do bairro. E, no ano de 2013 a escola vem atendendo aos alunos dos 2º ao 9.º anos. Esta ocorrência causou temores entre a equipe dos pibidianos, pois como já citado, o subprojeto prevê o envolvimento dos alunos do 1.º, 2.º e 3.º anos. Em reunião entre as equipes da Universidade e da escola houve consenso pela opção de continuidade do programa, mesmo que já não se podia contar com um primeiro ano. Uma vez que,os trabalhos que vinham sendo desenvolvidos de forma produtiva e resultavam da boa integração entre as pessoas neles envolvidas. Concluiu-se que sua interrupção causaria desmotivação, em particular, para as licenciandas-bolsistas. O programa iniciou no interior da escola coma professora supervisora Sônia Maria Benjamin Borges apresentando as bolsistas a todos os integrantes da equipe escolar, durante visita aos departamentos que foram conhecidos pelas mesmas. Durante os meses de agosto a dezembro foi analisada toda documentação escolar, a saber: PPP (Projeto Político Pedagógico), Regimento Escolar, Planos de Curso, de Unidade e de Aula, Atas do Conselho Escolar, Conselho de Classe e Pedagógica, Calendário Escolar, Avaliações de 1º, 2º e 3º anos do ensino fundamental, Análise das fichas de matrícula, 4 estrutura física da escola e uso dos espaços, recursos didáticos pedagógicos, inclusive softwares, quantidade de alunos e IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) da escola. Como qualquer outra organização, a escola produz documentos para registrarsuas atividades. A quantidade dos documentos gerados e recebidos nas escolas é muito expressiva e preservá-los é de extrema importância, pois além do registro das atividades registram também, a memória institucional. São registros de fatos importantes da vida escolar das pessoas que pertencem a sociedade na qual as escolas estão inseridas. Além disso, os documentos produzidos por essas escolas “são meios de prova de direito de pessoas ou da administração” e têm o papel informativo de grande valia para administração pública (MEDEIROS, 2004). Em relação aos documentos da escola, constatou-se que documentos de extrema relevância para o seu pleno desenvolvimento, como por exemplo: o Projeto Político Pedagógico, Regimento Escolar, Plano de Desenvolvimento da Escola, e os demais, não se obtiveram facilidade de acesso. Parece que são considerados em segundo plano, esquecidos nos armários da sala da direção, e só são reformulados e visitados quando solicitado pela Secretaria Municipal de Educação. Afirma Pinto (2011) que a escola deve ficar sob o controle e tutela dos profissionais de ensino que nela atuam, com a participação dos alunos e seus responsáveis, assumindo coautoria da produção e condução dos processos educativos. Só assim, garante sua autonomia. Longe destes pressupostos, parece se encontrar a escola pois, a documentação, inclusive o Projeto Político Pedagógico e seu Regimento Interno não se encontram em lugar visível ou de fácil acesso para a equipe escolar, como também para os alunos, pais ou responsáveis, que na maioria das vezes não sabem sequer da existência desses documentos. Outro fator relevante que nos chamou atenção foram asAtas das reuniões dos órgãos que compõem a escola, em especial, as Pedagógicas e do Conselho escolar. Durante a análise ficou explícito e depois confirmado pela entrevista com a equipe diretiva, que muitos problemas que surgem na escola são resolvidos internamente pelos respectivos responsáveis e não chegam a ser registrados nessas atas haja vista que, não encontramos descritos os problemas recorrentes, mas casos isolados e relatados de modo superficial. Alguns dados sobre a escola: ela atende aquinhentos e noventa e cinco (595)alunos, distribuídos conforme idade e série, nos períodos matutino e vespertino; os índices do IDEB nas últimas três avaliações, são os seguintes: em 2007-6,4; 2009-6,5 e 2011-6,8.A escola tem conseguido nos últimos três anos um aumento crescente nos índices do IDEB, apresentando na última avaliação, a segunda melhor nota do município pontuando um total de 6,8, acima da meta estabelecida pelo MEC, que é de 6,0 pontos. 5 Esta foi considerada a primeira fase do desenvolvimento PIBID, onde foi elaborado um relatório referente aos resultados obtidos. Para então dar início, no mês de outubro, à segunda fase, que consistiu das seguintes atividades: pré-diagnóstico da aprendizagem dos alunos; elaboração e aplicação de questionários e entrevistas a todos os segmentos da comunidade escolar, incluindo os responsáveis pelas crianças; análise e interpretação dos dados coletados, divulgação dos resultados dos estudos; acompanhamento do planejamento da escola e dos professores; e elaboração do plano de ação dos pibianos. Nos meses denovembro e dezembro foram solicitados às professoras um prédiagnóstico dos alunos com dificuldades de aprendizagem. O objetivo foi o de preparar as aulas e metodologias adequadas aos alunos, em diferentes fases do desenvolvimento da aprendizagem e ano, para serem aplicadas no decorrer do ano de 2013. Pois, as equipes de pibidianos atuaram, juntamente com os docentes regentes, das aulas, inclusive do reforço oferecidas aos alunos. Também, nos meses de outubro e novembroforam elaborados e aplicados questionários e entrevistas pelas esquipes do PIBID em todas as escolas envolvidas, que são quatro no total.Os questionários e entrevistas envolveram os seguintes segmentos: equipe escolar, pais ou responsáveis, professores e alunos dos três primeiros anos do ensino fundamental. O total de respondentes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Selva Campos foi de .Inclusive, alguns pais ou responsáveis foram visitados para realização da entrevista em suas residências Salienta-se que durante as entrevistas realizadas, todos os envolvidos colaboraram de forma satisfatória para que pudéssemos ter acesso às informações solicitadas. Estes dados, assim como a pesquisa documental tiveram como objetivoidentificar os problemas que interferem no processo ensino aprendizagem do primeiro, segundo e terceiro anos no processo ensino aprendizagem da alfabetização e do letramento. Foi realizada a análise de todos os dados coletados pelos questionários e entrevistas de forma sistematizada e os resultados obtidos foram apresentados à comunidade escolar, através de painel. (Vide Figura 1). No início do mês de janeiro de 2013, durante o período do planejamento da escola, os resultados dos estudos da equipe dos pibidianos foram apresentados à equipe escolar. Participaram da reunião, além das licenciandas-bolsistas, a professora supervisora, a coordenadora do subprojeto, a coordenadora pedagógica e as professoras dos três primeiros 6 anos do ensino fundamental. A exposição suscitou discussões que indicaram as ações a serem inclusas no plano da escola e como consequência, no do subprojeto do Pibid. Figura 1. Painel dos dados coletados na EMEFProf.Selva Campos Monteiro Autora: Regiane de Haro Ferreira Balestrini,Jan.2013 O painelproduzido pelas bolsistas e representado em forma de gráficos os dados coletados, foi exposto no mural da escola, oportunizando à comunidade escolar melhor compreensão sobre o papel do PIBID na escola,a seriedade, a transparência e os objetivos do programa. Também, percebeu-se que a própria escola teve acesso a informações que desconhecia. No que se refere aos planejamentos de longo, médio e curto prazo, como o plano de curso, plano de unidade e o plano de aula, verificamos também um alto grau de comprometimento, dedicação e empenho por parte da equipe escolar. Tanto que acontecem frequentemente reuniões pedagógicas com o intuito de se elaborar e acompanhar esses planejamentos visando a melhoria do processo ensino-aprendizagem. 7 Para dar sequência aos trabalhos no ano de 2013, durante os meses de janeiro a março foram realizados planos de ação, de acordo com os planos de curso, de unidade e de aulas, juntamente com a equipe da Secretaria Municipal da Educação, do grupo gestor da escola e dos professores. Os planos de curso são elaborados pela SME – Secretaria Municipal de Educaçãodetalham oobjetivo, referencia os conteúdos, as metodologias, os procedimentos e as técnicas a serem utilizadas no processo de ensino-aprendizagem das unidades escolares. Apesar de este procedimento ser considerado como contributivo na melhoria da qualidade da educação, provoca uma homogeneização do ensino na rede. O Plano de Unidade, baseado no plano de curso, é o planejamento das atividades docentes para o bimestre. Estabelecidos os planejamentos, os pibidianos ofereceram às professoras do 2º e 3º anos do ensino fundamental,sugestões de atividades para serem utilizados nos seus planejamentos de aula. Buscamos elaborar planos diferenciados com recursos didáticos variados, com o intuito de envolvimento e aprendizado dos alunos, tais como: jogos matemáticos, trabalhos em grupo, feira do livro, leitura com microfone, roda de leitura, peça teatral, entre outras. (Vide Figura 2). 8 Figura 2. Equipe pibidianos e supervisora: análise e elaboração dos planos Autora: Regiane de Haro Ferreira Balestrini,Fev.2013 No mês de janeiro, durante os planejamentos iniciais, antes do início das aulas, quando os professores se reúnem para elaboração dos planejamentos de unidade, acompanhamos o desenvolvimento dos mesmos, observando como são realizados e com o intuito de conhecermos todas as atividades que seriam ministradas em sala de aula. Nos primeiros dias de aula acompanhamos como ocorrem as atividades, entre elas, a acolhida dos estudantes, e participamos do diagnóstico inicial realizado pelas professoras para descobrir quais dificuldades eles apresentam, e como será o planejamento que propicie superá-los. No mês de fevereiro, as professoras regentes nos repassaram a lista dos alunos que necessitariam de reforço e quais as dificuldades que cada um apresentava, para que as bolsistas elaborassem seus planejamentos de reforço, de acordo com a necessidade de cada aluno. 9 Figura 3. Licencianda bolsista desenvolvendo trabalhos na sala de aula do 2.º ano Autora: Regiane de Haro Ferreira Balestrini, Fev. 2013. Durante os meses de janeiro a junho temos realizado, semanalmente, o acompanhamento e auxílio aos alunos, de acordo com o plano desenvolvido pela professora regente, acompanhado das sugestões elaboradas pela equipe do Pibid. Atualmente, em boa parte dos cursos de licenciatura, a aproximação do futuro professor à realidade escolar acontece após ter passado pela formação “teórica”, tanto na disciplina específica como nas disciplinas pedagógicas. O caminho deve ser outro. Desde o ingresso dos alunos no curso, é preciso integrar os conteúdos das disciplinas em situações da prática que coloquem problemas aos futuros professores e lhes possibilitem experimentar soluções (LIBÂNEO, 2001, p192). Como propõe Libâneo, somente a experiência da prática da docência possibilita compreender as teorias aprendidas na Universidade, assim como buscar as soluções aos problemas que se tem de enfrentar no cotidiano da sala de aula. Nela há a possibilidade de ajudar os alunos em suas dúvidas, em sua maioria, em relação à ortografia, leitura, produção 10 de textos, atividades do caderno e correções necessárias, no processo da aprendizagem da alfabetização e letramento dos alunos, não mais idealizados, mas reais. Considerações Finais Considerando o trabalho realizado, a participação no PIBID proporcionou conhecer de perto a escola, sua visão e cultura, suas ações, suas práticas cotidianas, tendo assim uma perspectiva mais concreta da realidade escolar. Portanto, a experiência obtida é considerada positiva, tendo em vista o aprendizado adquirido através da análise de documentos da escola, conhecimento em sala de aula, contato com a comunidade escolar, principalmente alunos e professores e o trabalho em equipe, que em nada deixou a desejar. Através da experiência no PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência aconteceu o aperfeiçoamento dos conhecimentos em relação à prática docente. Tem sido de valor significativo participar de um programa oportuniza o aprendizado de como ser professora, antes mesmo de concluir o ensino superior, tendo em vista que, na maioria das vezes, o acadêmico conclui o seu curso, apenas com o conhecimento adquirido durante o estágio obrigatório. A dedicação e o compromisso de aprender tudo o que é possível em sala de aula, e consequentemente, no ambiente escolar, para não somente fazer jus à oportunidade concedida pelo Pibid, mas também compreender a importância de uma formação necessariamente consistente no preparo da futura docência. É relevante citar o apoio recebido de toda a equipe escolar, que proporciona a cada dia, realizarmos o nosso trabalho de forma que escola e bolsistas tenham resultados satisfatórios, devido ao envolvimento de toda a equipe de bolsistas e equipe escolar. As professoras têm colaborado com o programa, atendendo às solicitações, oferecendo auxílio e dando-nos a oportunidade de termos o contato com os alunos, tanto através de seus planejamentos, como do aceite das intervenções propostas pelos Pibidianos. Por outro lado vale ressaltar, que as relações interpessoais e sócio afetivas dentro da escola se mostram harmoniosas de modo geral, isso se evidenciou na interação entre equipe diretiva, professores, alunos e os demais funcionários. Observou-se que existe uma cultura de parceria, cooperação e cuidado com o outro. Assim, podemos afirmar que, através da observação, análise da rotina da escola, o modo como convivem e como administram conflitos refletem positivamente no ambiente escolar. 11 Através do PIBID, percebe-se quão importante é o processo de alfabetização, visto que os alunos tem anseio de aprender e é uma fase em que estão abertos à construção de novos conhecimentos, sendo, portanto, um momento em que professores e bolsistas têm a chance de introduzir novos saberes de maneira prazerosa e diferenciada, auxiliando assim em seu desenvolvimento e formação. Resta-nos a certeza que, ao concluir o curso de pedagogia, com a preparação para a prática docente e, considerando os conhecimentos adquiridos na escola, juntamente com toda a equipe, por meio do PIBID, outros novos conhecimentos serão produzidos. REFERÊNCIAS LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2001. MEDEIROS, Ruy Hermann Araújo. Arquivos escolares: breve introdução a seu conhecimento. Revista HistedBR, Campinas n.14, jun.2004. PINTO, Umberto de Andrade. Pedagogia escolar: coordenação pedagógica e gestão escolar. São Paulo: Cortez, 2011.