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APRESENTAÇÃO
Prezado(a) monitor(a),
Você está recebendo o material da Oficina de Saúde e Qualidade de Vida “Construindo ações no local de trabalho”. Esse material tem como objetivo auxiliar nosso trabalho
educativo. Assim como os demais recursos que você já conhece, esse aqui também se
trata de uma orientação e não de um manual a ser seguido rigorosamente.
O Projeto VidaViva busca permanentemente criar espaços coletivos que auxiliem os
trabalhadores a refletirem seu trabalho, sua vida e sua saúde a partir de sua própria
realidade. Esperamos que este processo reflexivo possa contribuir para a construção de
propostas efetivas de intervenção nos locais de trabalho. Esta etapa terá um enfoque
menos técnico e mais reflexivo. Trata-se de uma contribuição ao que vem sendo produzido por diversos órgãos e entidades que também voltam suas atenções para questão da
saúde no local de trabalho.
Normalmente esse seria um momento formativo voltado apenas para trabalhadores
cipeiros. Porém, como esse público geralmente tem apenas um ano de mandato, é importante ampliar a participação de mais trabalhadores nessa discussão.
A inclusão de militantes, sindicalistas e trabalhadores de base nas atividades poderá
fortalecer e qualificar ainda mais a organização dos trabalhadores na luta por melhores
condições de trabalho e vida. Dessa forma, também ampliamos a possibilidade de termos
uma Cipa realmente atuante nos locais de trabalho preparando futuros cipeiros ou desenvolvendo um processo continuado de acompanhamento daqueles que já exerceram seu
mandato. Porém, a perspectiva do projeto VidaViva é a de que a luta por saúde e qualidade de vida no trabalho não fique restrita apenas aos cipeiros, mas envolva todos os
trabalhadores em ações concretas para modificar a realidade em que vivem.
Com esse material pretendemos provocar uma reflexão sobre quais fatores no trabalho estão influenciando a saúde e a vida dos trabalhadores. Quais estratégias são usadas
pelas empresas para responsabilizar os próprios trabalhadores por seu adoecimento ou
pela ocorrência de acidentes. Como e porque as empresas gerenciam os índices de acidentes, ao invés de investir efetivamente em segurança. E, finalmente, esperamos que
esse seja apenas o início de uma profunda reflexão sobre a CIPA como possibilidade de
organização no local de trabalho, para além dos limites impostos pela legislação sindical
brasileira.
Esperamos poder ajudá-los nesse processo a desenvolver seu trabalho com confiança, afinal você conhece os trabalhadores de sua categoria e a realidade em que vivem.
Ninguém melhor que você para promover essa discussão. Pretendemos que esse processo de reflexão leve à construção de propostas efetivas de ação. Leve, finalmente, a uma
ação coletiva no local de trabalho em defesa não só da saúde, mas da vida.
Coragem e bom trabalho!
MOMENTO I
Preparar uma atividade não é um
“bicho de sete cabeças”. Lembre-se de
que você conhece bem sua categoria
e a maior parte dos problemas
vivenciados por ela. Esse conhecimento do dia-dia dos trabalhadores é a
base para desenvover bem o seu trabalho. Preparamos aqui algumas dicas para auxiliar no desempenho de
sua atividade. Mas lembre-se: são apenas sugestões que poderão orientá-lo
e não um manual fechado. Use sua
criatividade e boa sorte!
Esclareça aos participantes:
Antes de iniciar a atividade é importante
situar as pessoas sobre os objetivos e propostas para o encontro. Busque esclarecer aos participantes que essa é uma atividade integrante
do Projeto VidaViva.
Como um dos públicos participantes são cipeiros, talvez muitos esperem que essa Oficina
de Saúde tenha um conteúdo mais técnico com
forte enfoque na legislação sobre condições de
trabalho e detalhamentos sobre normas regulamentadoras (NRs). Mas esse não é o objetivo
proposto para essa etapa. Por isso é importante esclarecer aos participantes:
• Que essa Oficina de Saúde e Qualidade de
Vida “Construindo ações no local de trabalho” é parte integrante do Projeto VidaViva,
projeto que pretende criar espaços de reflexão entre os trabalhadores sobre a relação
Vida, Saúde e Trabalho. Por isso, nosso enfoque será mais reflexivo e menos técnico;
• Que muitos materiais sobre essa temática foram elaborados por diversos órgãos sindicais,
governamentais e não governamentais de for-
ma bastante eficiente e satisfatória. Por isso,
o Projeto VidaViva não irá aprofundar a legislação, embora irá destacar alguns elementos imprescindíveis para uma boa atuação na
luta por melhores condições de trabalho;
• Que nossa proposta visa colaborar com as
discussões de saúde que vêm sendo desenvolvidas atualmente no meio sindical, fortalecendo a ação dos trabalhadores por mudanças efetivas nos locais de trabalho;
• Que um dos principais objetivos é possibilitar a identificação de “novos” elementos presentes nos locais de trabalho que estão afetando a saúde e vida dos trabalhadores.
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Ao iniciar uma atividade é importante preparar-se antecipadamente para garantir o melhor aproveitamento do encontro. Sugerimos algumas dicas que poderão ajudá-lo:
Sempre que possível, busque registrar a atividade
através de lista de presença ou fotos do encontro.
Para o Projeto VidaViva é fundamental que outros
conheçam a experiência desenvolvida pelo seu sindicato. Relatos ou registros da atividade podem ser
enviados à secretaria do Projeto VidaViva.
Separe com antecedência todos os materiais de apoio que serão utilizados na
atividade. Isso permite mais agilidade
na condução da atividade e evita dispersão.
Verifique se o local é apropriado
para a atividade. Locais com muito
ruído, pouca iluminação e sem ventilação podem irritar os participantes e comprometer o rendimento do
grupo.
Procure evitar locais em que as cadeiras estejam fixas. O ideal é que o local disponha de
cadeiras móveis para que se possa trabalhar
com grupos em círculos e ainda ter a opção
de montar grupos de trabalho.
MOMENTO II
Conhecendo as pessoas
Em muitos encontros é comum ver o monitor ir direto à
questão que será tratada sem se preocupar em saber informações sobre o grupo com o qual está trabalhando. Saltar essa etapa pode tornar difícil sua tarefa de promover
espaços de reflexão coletiva e você poderá perder boas oportunidades de estimular debates mais ricos com as pessoas
com quem está interagindo. Lembre-se de que a maioria
das pessoas não está habituada a falar em público e principalmente diante de estranhos. Por isso, promover uma boa
dinâmica de integração além de lhe possibilitar conhecer o
grupo com quem vai trabalhar, cria espaço de confiança e
relaxamento entre os participantes.
Dinâmica “Rolando a Bola”
O Objetivo desta dinâmica é promover a integração do grupo e inseririr sutilmente o TRABALHO
como tema da discussão.
Material necessário: uma bola.
Como desenvolver essa atividade:
• Convide os participantes para ficarem de
pé e formarem um círculo;
• Lance a bola a um dos integrantes do grupo e peça para que ele diga seu nome,
seu setor de trabalho e responda a seguinte pergunta:
O que mais gosto e o que
menos gosto no meu
trabalho?
• Quem acabou de falar deverá
lançar a bola a outro participante
até concluir esta atividade.
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MOMENTO III
Levantando os temas que afetam a saúde no trabalho
Nessa etapa o objetivo é construir um quadro dos problemas que afetam a saúde dos trabalhadores no local de
trabalho. Caso esse grupo tenha participado de alguma atividade com o mapping, procure relembrar com o grupo os
principais problemas apontados pelos trabalhadores.
Material necessário: tarjetas e pincéis atômicos, fita
adesiva e três cartazes com os seguintes dizeres: Acidentes; Riscos no trabalho; Doenças ocupacionais.
Como desenvolver essa atividade:
• Distribua uma tarjeta e um pincel atômico para cada participante.
Peça para escreverem na tarjeta as seguintes informações: Qual o tipo de
acidente, doença ocupacional ou risco mais comum no seu local de trabalho?
• Cole no painel ou na parede os três car-
tazes: Acidentes - Riscos no Trabalho Doenças ocupacionais.
Peça para cada trabalhador apresentar
sua tarjeta, colando-o junto ao cartaz
correspondente.
• Abra espaço para que o grupo possa
complementar o quadro com mais informações.
Dicas para o monitor
Caso o grupo tenha dificuldades em indicar estes problemas procure fazer novas perguntas como: se há companheiros de trabalho
que adoeceram e qual é o motivo do adoecimento; que tipo de acidentes têm ocorrido ulti-
mamente; Se os trabalhadores lidam com produtos químicos no local de trabalho e se alguém
já foi contaminado.
Busque auxiliar o grupo a fazer um levantamento o mais detalhado possível.
MOMENTO IV
Desconstruindo os discursos
Em muitos locais de trabalho é comum as empresas buscarem responsabilizar os trabalhadores pela ocorrência de acidentes de trabalho
ou transformar seu adoeciemento numa questão individual descaracterizando a sua relação com as condições de trabalho. O objetivo dessa
etapa é estimular o grupo a identificar os discursos mais comuns utilizados pelas empresas e até por trabalhadores nessas situações, para problematizar a naturalização da culpa, tão presente nos locais de trabalho.
Material necessário: uma cartilha “Saúde, construindo ações no local de trabalho” para cada participante; cópias das ilustrações sobre o
acidente de trabalho, disponíveis nas folhas 13, 14, 15 e 16; reprodução de cada balão com frases sobre o acidente e dos dois desenhos
representando os patrões e os trabalhadores em folhas separadas (páginas 17, 18 e 19); fita adesiva.
Como desenvolver essa atividade:
• Fixe na parede a cópia das quatro ilustrações que contam o acidente de
trabalho. Apresente a história ao grupo.
• Fixe na parede as cópias dos balões sobre o acidente. Veja se o grupo tem
sugestões de outras opiniões que aparecem quando alguém tem uma doença
ocupacional ou quandor sofre um acidente no trabalho. Coloque em folhas
separadas cada opinião que surgir do grupo e fixe-as junto dos demais balões.
• Fixe no lado direito e no lado esquerdo dos balões as ilustrações que representam os patrões e os trabalhadores.
• Releia em voz alta todas as opiniões e questione o grupo: De quem são
essas justificativas? Dos patrões ou dos trabalhadores?
• Peça para os participantes agruparem os balões no lado do desenho que representa os trabalhadores ou no lado do desenho que representa os patrões.
Dicas para o monitor
A maior tendência é que as falas sejam atribuídas aos patrões. Caso isso
aconteça, problematize essa questão. São só mesmo os patrões que pensam
assim? Ou os trabalhadores também julgam da mesma forma?
Analisando as causas do acidente
Como desenvolver essa atividade:
1 Divida os participantes em dois ou três grupos, de acordo com o
número de pessoas que tiver em plenário.
2 Entregue a cartilha “Saúde, construindo ações no local de trabalho”
aos participantes.
3 Peça aos participantes que leiam a cartilha da página 01 à página
16, e respondam a seguinte pergunta: que outros fatores
contribuiram para a ocorrência do acidente de trabalho?
4 Peça aos grupos para apresentarem o resultado das discussões.
5 Debata com o grupo os resultados.
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MOMENTO V
Percebendo novos elementos no trabalho
A maioria das empresas promoveu fortes mudanças nos locais de
trabalho. Nessa etapa vamos reproduzir uma situação no trabalho para
estimular os participantes a perceberem ouros elementos que contribuem para o dano à saúde, mas que geralmente não são considerados nas análises de acidentes e de adoecimento. O objetivo dessa
dinâmica é identificar as estratégias empresariais que estão mudando
o comportamento, a saúde e a vida dos trabalhadores.
Material necessário: 60 canetas para um grupo de 6 pessoas; 4 copos
descartáveis; uma caixa de papelão; três cartazes: Afastado por doença, Sofre um acidente, e Funcionário do mês.
Como desenvolver
essa atividade:
Dinâmica das canetas.
• Desmonte todas as canetas, distribuindo suas peças
nos quetro copos descartáveis: canudo, refil, tampa
e proteção, deixando apenas uma montada para
servir de modelo;
• Monte um grupo de 6 pessoas entre os participantes, enquanto os demais formam um círculo ao redor desse grupo, para observar a dinâmica.
• Coloque na frente dos três primeiros trabalhadores
os copos com canudos, refil e proteção; na frente
do quarto trabalhador folhas de papel; na do quinto,
o copo com tampas; e na frente do sexto trabalhador a caixa de papelão;
• Informe que a tarefa do grupo e montar todas as
canetas no menor tempo possível. Para isso, o primeiro trabalhador pega um canudo e passa para o
segundo trabalhador; o segundo monta o refil de
tinta e passa para o terceiro; esse coloca a proteção da caneta e passa para o quarto; o quarto testa
a caneta no papel; o quinto coloca a tampa; e o
sexto guarda a caneta na caixa.
• Dê início à atividade e conte o tempo que o grupo
leva para montar todas as canetas.
• Concluída a primeira fase, informe ao grupo o tempo gasto e a nova tarefa: desmontar as canetas num
espaço de tempo menor. Agora um trabalhador retira a caneta da caixa, outro retira a tampa, o terceiro retira o refil e o quarto a proteção.
Dicas para o monitor:
• Você poderá fazer o papel de supervisor ou preparar alguém do grupo para essa tarefa.
• O supervisor deve estimular o grupo a se empenhar. Diga ao grupo que a empresa tem metas e
precisa cumprir os prazos. Por isso, necessita do
esforço dos seus “colaboradores”.
• Informe ao grupo que eles devem estar preparados para mudanças e não devem interromper a
produção em hipótese alguma.
• Na primeira etapa da atividade (montagem das
canetas) é importante eliminar dois participantes.
Veja quem está se esforçando mais e mostre para
ele o cartaz “Funcionário do mês” e, pouco depois,
o cartaz “Afastado por doença” e retire-o do grupo. Se alguém se atrapalhar, aproveite e mostre
para ele o cartaz “Sofreu um acidente” e retire-o
do grupo.
• Na segunda etapa, se possível, diga ao grupo que
haverá um prêmio pela superação da meta. como
um bombom.
Após a atividade, todos formam um único grupo e
analisam a dinâmica. Pergunte ao grupo:
1. O que observamos nesse exercício?
2. O que foi observado está presente em nosso local
de trabalho?
3. Que relação fazemos com a lista de problemas levantados no início de nossa atividade?
MOMENTO VI
A relação do adoecimento com o trabalho:
Muitas empresas buscam apenas controlar os índices de
acidentes de trabalho e não investem em equipamentos de proteção coletiva dos trabalhadores. Nessa etapa pretendemos aprofundar a reflexão da necessidade de organização de uma luta
efetiva por proteção coletiva nos locais de trabalho. Para isso é
necessário desmascarar a visão da segurança empresarial. Além
disso, este bloco pretende discutir a CIPA como mais uma possibilidade de organização no local de trabalho.
Material necessário: cartilhas Saúde: em busca do equilíbrio,
para metade dos participantes; cartilhas Saúde: construindo
ações no local de trabalho, para outra metade dos participantes; folhas para cartazes e pincéis atômicos.
Como desenvolver essa atividade:
do grupo quais são os 5 principais pontos
que chamam atenção na cartilha. Comente
cada um deles: Comente cada um deles.
Leitura das cartilhas 1 e 2
• Divida os participantes em dois grupos
• O grupo 1 irá ler a cartilha “Saúde: em busca
do equilíbrio”, da página 20 em diante.
• Oriente ao grupo 1 para responder a seguinte
questão em relação à cartilha: Na opinião
do grupo quais são os 5 principais pontos que chamam atenção na cartilha.
Comente cada um deles.
• O grupo 2 irá ler a cartilha “Saúde: construindo ações no local de trabalho”, da página 16
em diante.
• Oriente o grupo 2 para responder a seguinte
questão em relação à cartilha: Na opinião
Após a discussão em plenário com base nas
histórias em quadrinho, pretendemos abrir o debate sobre como a organização no local de trabalho
pode enfrentar essas questões. Em muitas categorias essa é a função da CIPA, mas há categorias e
locais de trabalho nos quais não está prevista o funcionamento de uma CIPA, há sindicatos que priorizam outras formas de organização. Nas perguntas
abaixo utilizamos a CIPA como a organização responsável pela saúde e pela segurança no local de
trabalho, devendo o monitor adaptar as perguntas
à situação específica local.
Pergunte ao grupo:
1. A “CIPA” atende as questões levantadas
pelos grupos?
2. Quais críticas são feitas pelos trabalhadores sobre a atuação da “CIPA”?
3. Qual a CIPA que nós queremos?
4. Que ações devem ser desenvolvidas para
tornar a “CIPA” mais atuante?
Dicas para o monitor:
Exemplos comuns de críticas feitas sobre a atuação
das CIPAs. Procure problematizá-las:
1)
2)
3)
4)
5)
A CIPA não é combativa e não discute saúde;
A CIPA é manipuladas pelos patrões;
A CIPA só trabalha nos limites da lei;
Os cipeiros só querem saber de estabilidade;
A CIPA legitima a visão da empresa.
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MOMENTO VII
Plano de ação
Após uma discussão livre, propor ao grupo a organização das
idéias numa matriz se seja capaz
de dar VIDA a cada uma das propostas de ação:
Esse momento é decisivo na oficina. Todas as discussões desenvolvidas nos
momentos III, IV, V e VI dessa Oficina deverão convergir para a elaboração de
um Plano de Ação, simples e objetivo, que oriente as atividades que devam ser
encaminhadas,
O objetivo é organizar a discussão realizada anteriormente, definindo as
seguintes questões: PROBLEMA a ser superado; OBJETIVO a ser alcançado; AÇÃO
(ações) que precisam ser realizadas, RECURSOS materiais e financeiros necessários para realizar as ações; APOIO humano para realizar as ações; RESPONSÁVEL por garantir (gerenciar) a execução do Plano; e PRAZO para que a ação
não fique sendo adiada.
Material necessário: Tarjetas com os pontos a serem definidos: PROBLEMA;
OBJETIVO; AÇÃO; RECURSOS; APOIO; RESPONSÁVEL; PRAZO; tarjetas em branco; pincéis atômicos; cartaz com exemplo de um Plano de Ação.
Como desenvolver essa atividade:
• Distribuir as tarjetas brancas e os pincéis atômicos entre os participantes.
• Colocar as tarjetas que formam a tabela do Plano de Ação.
• Explicar cada item do Plano de Ação (Se for necessário, apresentar o cartaz com o exemplo de um
Plano de Ação).
• Fazer uma lista ou reler os cartazes com os problemas discutidos durante os vários momentos da
atividade. Pedir para os participantes definirem quais problemas são prioritários. Cada problema será
anotado em uma tarjeta diferente, e colado na coluna PROBLEMA.
• Pedir para os participantes escreverem em diferentes tarjetas sugestões para os seis itens de cada
prohlema: OBJETIVO; AÇÃO; RECURSOS; APOIO; RESPONSÁVEL; e PRAZO.
• As tarjetas são colocadas na tabela.
• O monitor verifica com o grupo cada um dos objetivos propostos e os itens correspondentes a cada
objetivo, confirmando, corrigindo ou recusando as propostas apresentadas.
PROBLEMAS
OBJETIVO
AÇÕES
RECURSOS
APOIO
RESPONSÁVEL
PRAZO
Que questão
precisamos
resolver?
Que objetivo
queremos
alcançar?
Que ações
precisamos
realizar para
viabilizar o
OBJETIVO?
Quais recursos
financeiros e
materiais são
necessários?
Com quem
podemos
contar?
Quem ficará
responsável por
coordenar as
ações
necessárias?
Qual o prazo
para atingir
esse objetivo?
Exemplos hipotéticos
PROBLEMAS
OBJETIVO
AÇÕES
RECURSOS
APOIO
RESPONSÁVEL
PRAZO
Excesso de
casos de LER/
DORT
provocados
pelo ritmo de
trabalho
Reduzir o ritmo
de trabalho
Fazer campanha
pela redução do
ritmo de trabalho
Para produzir
material da
campanha
(adesivo,
outdoor, etc.)
Agência
publicitária
para produzir
material
Beltrano
Dois meses
Local e
estrutura
para
palestras
Palestrante
Realizar
palestras
sobre a
relação “ritmo
de trabalho e
doenças
ocupacionais”
Cipeiros não
se sentem
preparados
para enfrentar
os problemas
no local de
trabalho
Apoiar cipeiros
atuais
Dois meses
Distribuir folder Para produzir o Jornalista para
com
produzir o
folder
o papel da CIPA
folder
Oferecer um
curso
Local e
estrutura
para fazer o
curso
Palestrante
para
o curso
Fulano
Um mês
Dois meses
Tanto a matriz como as propostas irão variar de acordo com o acúmulo e com a realidade de cada grupo.
O monitor deve ficar atento para buscar ações coletivas de modo que envolva os trabalhadores e não
delegar apenas tarefas ao Sindicato.
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MOMENTO VIII
Avaliação
Material Necessário:
• Rolo de barbante ou um novelo de lã
•
Objetivo:
• Avaliar a atividade e realçar a necessidade
de fortalecer os laços do grupo, dando uma
dimensão de REDE ao trabalho realizado e
ao que está para ser realizado, destacando
que cada ação, por menor que seja, se soma •
a centenas de ações desenvolvidas pelo Projeto Vida Viva.
•
Como desenvolver essa atividade:
• O grupo fica em pé, formando um círculo. O
monitor segura a ponta da linha e passa o •
novelo (barbante ou lã) para quem estiver
do lado oposto no círculo, pedindo para a
pessoa fazer uma avaliação livre sobre a ati-
vidade (estrutura, conteúdo, dinâmicas,
materiais...).
Ao terminar sua avaliação, o participante segura o fio, mantendo-o esticado, e chama
outra pessoa PELO NOME (de preferência alguém que não estiver ao seu lado), passando
para ela o novelo. Essa pessoa faz sua avaliação. E assim sucessivamente.
Quanto todos fizerem a avaliação, o novelo
deve voltar para as mãos do monitor.
Olhando para o emaranhado formado pelos
fios esticados, o monitor pede para que o grupo observe e diga o que significa aquilo num
contexto de VIDA VIDA.
Para finalizar, pedir para colocarem o
barbante no chão e dar uma salva de palmas.
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16
“ Foi ato inseguro.
Ele que enfiou a
mão na máquina”
“ Ele se preocupou
com o produto.
Não é o culpado
pelo acidente”
“ Não foi culpa do
trabalhador. Ele
estava distraído”
“ Ele se distraiu e
não prestou
atenção ao que
fazia”
“ Foi falha
humana, então é
ato inseguro”
“ Ele deveria ter
desligado a
máquina”
“ Ele não é bom
profissional. Não
prestou atenção ao
barulho da
máquina”
“ O cara é ruim
de serviço”
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