DISPONIBILIDADE E APRESENTAÇÃO DE ALIMENTOS MINIMAMENTE
PROCESSADOS NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA - BA
AVAILABILITY AND APPEARANCE OF MINIMALLY PROCESSED FOODS IN THE CITY
OF FEIRA DE SANTANA – BA
Bruna Ribeiro Rios1, Taís S. de Oliveira Brandão2, Damiana de Jesus Santana1, Helen
Souza Costa1, Mariany Azevedo dos Santos1
1
Granduanda Engenharia de Alimentos – Universidade Estadual de Feira de Santana –
UEFS
2
Professora Assistente – Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS
Palavras-chave: Processamento Mínimo de Alimentos. Aspectos. Variedade
Introdução
Produtos frescos prontos para o consumo contendo apenas ingredientes naturais têm sido
bastante procurados devido aos novos estilos de vida dos consumidores. Essa nova
tendência levou ao surgimento dos minimamente processados, uma vez que frutas e
verduras in natura são de difícil conservação enquanto os minimamente processados
oferecem mais praticidade. O processamento mínimo utiliza apenas processos brandos a
fim de assegurar a qualidade do alimento, oferecendo um produto semelhante ao fresco
com as mesmas características nutricionais (PEREIRA et al, 2003), porém com técnica que
modifica a apresentação de hortaliças para o consumo. Assim, o presente trabalho teve
como objetivo avaliar a variedade e disponibilidade desses alimentos comercializados na
cidade de Feira de Santana, bem como avaliar o conhecimento do consumidor e sua
aceitabilidade em relação a esses alimentos.
Materiais e Métodos
Foi feito um levantamento dos alimentos minimamente processados disponíveis para
comercialização em mercados de grande e médio porte e Horti-frutis localizados na cidade
de Feira de Santana – Bahia no período de julho à agosto de 2010. Para cada produto
minimamente processado encontrado foram observadas as informações contidas no rótulo
como identificação do produtor, peso do produto, data de fabricação e prazo de validade.
Também foram realizadas entrevistas com os consumidores em três supermercados da
cidade avaliando o conhecimento deles a respeito dos minimamente processados, os
fatores que os influenciam no momento da compra e o que observam nas embalagens.
Resultados e Discussão
Na pesquisa realizada só foram encontrados quatro estabelecimentos que ofereciam
minimamente processados à venda, entre eles dois mercados de grande porte e dois
estabelecimentos específicos para comercialização de frutas e hortaliças (Horti-frutis). A
quantidade mínima de estabelecimentos que comercializam estes alimentos é
provavelmente causada pelo curto tempo de vida útil desses produtos, que segundo SILVA
(2006), pode variar de 3 a 10 dias dependendo do tipo do produto e das condições
higiênico-sanitárias durante seu fluxo de produção.
Foram encontrados 26 produtos entre eles: couve-flor cortada em pedaços, brócolis
cortado em pedaços, alho poro picado, quiabo picado, vagem picada, mandioquinha
descascada, inhame descascado, macaxeira descascada, cana-de-açúcar descascada e
cortada em pedaços, abóbora descascada e cortada em pedaços, salada (cenoura,
beterraba, repolho picados), coentro, acelga, escarola, cebolinha, salsa, rúcula, agrião,
repolho-roxo, alface americana, cheiro verde, jaca (gomos), cenoura em tiras, beterraba em
tiras, batata em tiras, beterraba em rodelas. Todos informavam na embalagem que se
tratava de um produto sanitizado, exceto a jaca em gomos. Todos possuíam data de
validade, data de fabricação, denominação de venda e identificação do fabricante. As
embalagens encontradas eram com atmosfera modificada, à vácuo ou bandejas de isopor
com filme PVC.
Com relação às entrevistas, foram entrevistados 152 consumidores, dos quais 95
foram mulheres e 57 homens. Desse total apenas 18,4% afirmaram conhecer os alimentos
minimamente processados. Dos 81,6% que afirmaram não conhecer, 76,6% assumiram
conhecer depois de a definição ser dada pelo entrevistador. Dos entrevistados, 63,8%
afirmaram nunca terem comprado esse tipo de produto. Os que já consumiram, ao menos
uma vez, têm como principais motivos para não comprar um alimento minimamente
processado o alto custo (40%) e por não confiarem na higiene do produto (21,8%). O prazo
de validade foi o item considerado mais importante de informação da embalagem (89,1%).
Quanto aos fatores que influenciam na hora da compra de um minimamente processado a
facilidade, por não precisar de preparo liderou com 27,4%, em seguida vieram o motivo de
ser orgânico e a aparência, ambos com 16,4%, higiene e qualidade com 14,5%, preço e
outros com 3,6%, tamanho e evitar desperdício com 1,8%.
Conclusão
Os resultados da pesquisa mostram que Feira de Santana não é um local onde os
minimamente processados tenham se firmado definitivamente, pois observou-se que a
quantidade estabelecimentos que comercializa este produto é pequena. Percebeu-se
também quantidade não tão expressiva de consumidores entrevistados que já compraram
alguma vez esse tipo de alimento. Além disso, os que já consumiram esse tipo de alimento
afirmam que o alto custo e por não confiarem na higiene do produto podem ser fatores que
influenciam negativamente na compra. Ainda assim é um produto que promete ganhar
espaço e que está aos poucos conquistando o consumidor local.
Referências
PEREIRA, Leila Mendes et al. Vida-de-prateleira de goiabas minimamente processadas
acondicionadas em embalagens sob atmosfera modificada. Ciência e Tecnologia de
Alimentos. vol.23 no.3 Campinas Sept./Dec. 2003.
SILVA, Manoel José da; ISHIHARA, Yuri Montenegro; SANTOS, Karinna Kelly Lucena.
Alimentos Minimamente Processados: uma breve revisão. I Jornada nacional da
agroindústria – Bananeiras, 2006.
Autor a ser contactado: Bruna Ribeiro Rios, granduanda em Engenharia de Alimentos –
Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS – e-mail: [email protected]
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disponibilidade e apresentação de alimentos