ISSN: 0000-0000
ASPECTOS PSICOMOTORES DE CRIANÇAS COM ATRASO DE
DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR QUE FREQUENTAM O
PROGRAMA DE ESTIMULAÇÃO ESSENCIAL DO CAESP - CENTRO
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO EM EDUCAÇÃO
ESPECIAL
Henrique Pereira1
Jessica Angelita de Souza2
André Luiz de Oliveira Braz3
RESUMO
O desenvolvimento infantil é a união de fatores genéticos, biológicos e ambientais, fatores esse
que influenciam no desenvolvimento de uma criança desde a gestação e ao decorre dos seus anos
de vida. Partindo desse principio essa pesquisa foi realizada analise das aulas efetuadas, de
laudos médicos e relatos de profissionais que atuavam na instituição, para saber identificar os
aspectos psicomotores de cada criança, e saber o quanto a estimulação psicomotora pode
influenciar no desenvolvimento de cada criança do programa de Estimulação Essencial do
CAESP. Ao chegar ao CAESP encontramos 5 casos com atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor e nelas encontramos também fatores individuais como, Microcefalia,
Hidrocefalia, Hipotonia muscular, casos diferenciados porem com o mesmo objetivos,
intervenção precoce. Ao longo desse trabalho foi possível constatar a importância de uma
intervenção psicomotora precoce, não importando qual seja o acometimento que levou tal
criança a ter atraso em seu desenvolvimento.
Palavras-chave: Psicomotricidade. Estimulação Infantil. Atraso Neuropsicomotor. CAESP.
ABSTRACT
Child development is the union of genetic, biological and environmental factors, factors that
influencing the development of a child from pregnancy and stems from his years of life. Based on
this principle that research was conducted through an analysis of the lessons made, medical
reports and reports of professionals working in the institution, to learn the psychomotor aspects of
each child, and know how to psychomotor stimulation can influence the development of each
child stimulation of Essential CAESP program. Upon arriving at CAESP found 5 cases with
developmental delay and also find them as individual factors, microcephaly, hydrocephaly,
muscular hypotonia, differentiated cases but with the same goal early intervention. Throughout
this work, we determined the importance of early psychomotor intervention, no matter what the
involvement that took this child to have delays in their development.
1
Acadêmico do Curso de Licenciatura da Faculdade Porto das Águas – FAPAG. Email:
[email protected]
2
Acadêmica do Curso de Licenciatura da Faculdade Porto das Águas – FAPAG. Email: [email protected]
3
Docente do Curso de Licenciatura da Faculdade Porto das Águas - FAPAG
Aspectos psicomotores de crianças com atraso de desenvolvimento neuropsicomotor
que frequentam o programa de estimulação essencial do
CAESP - Centro Atendimento Educacional Especializado em Educação Especial
Key words: Psychomotor. Infant Stimulation. Delay Neuropsicomotor. CAESP.
1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa foi realizada através de visitas junto ao CAESP (Centro Atendimento
Educacional Especializado em Educação especial) de Porto Belo/SC, com crianças de faixa etária
de 0 a 3 anos e 11 meses, e 29 dias que participam do programa de estimulação essencial do
Centro Especializado. Estas visitas foram realizadas com um grupo de 5 crianças, no período
vespertino, duas vezes por semana, num período de 2 meses, totalizando 16 encontros.
Segundo Nascimento (2009), os primeiros anos de vida são considerados críticos para o
desenvolvimento infantil, já que há maior plasticidade cerebral, o que favorece o
desenvolvimento de todas as potencialidades da criança. A plasticidade neuronal é reforçada no
cérebro em desenvolvimento e a experiência apropriada neste período é fundamental para a
adequada função dos sistemas neurais.
O primeiro ano de vida da criança tem como características principais as mudanças tanto
na parte de crescimento quanto de desenvolvimento. Levando em consideração o termo
desenvolvimento quando sobreposto as evoluções da criança, demonstra que com o passar do
tempo haverá um aumento possibilidades da criança agir sobre seu próprio ambiente
(SHEPHERD,
2002 apud MADEIRA E CARVALHO, 2009).
Com esta pesquisa, tendo acesso aos relatos familiares, um dos fatores mais frequente e
semelhantes do grupo, é a parte financeira, a falta de carinho e de interesse dos pais além de
vários outros motivos que acabam prejudicando as crianças, que de acordo com Nascimento,
Madureira e Agne (2008) são inúmeros fatores que podem dificultar o Desenvolvimento
Neuropsicomotor (DNPM) das crianças em seus primeiros anos de vida. Tanto podem ser por
motivos ambientas genéticos, biológicos e psicológicos, levando em consideração os vários
fatores que podem trazer atraso no DNPM, e esse sendo de muitas vezes fatores acumulativos,
que por sua vez acaba potencializando o prejuízo psicomotor da criança.
Para Caon, Mansur e Neto (2004) na primeira infância e de suma importância a
coexistência de fatores de estimulação, para que a criança possa desenvolver ao máximo sua
potencialidade. Entre as insuficiências ou totais carências básicas das necessidades humanas,
21
estão os aspectos de moradia, cuidados de higiene, nutrição, afetividade e de psicomotricidade.
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Levando em consideração a fase de lactancia da criança, as condições sociais pode também afetar
diretamente o desenvolvimento Neuropsicomotor.
Levitt (1997) apud Mendonça e Ribeiro (200_ p. 443) afirmam:
Mesmo quando uma criança apresenta alguma limitação, alguma habilidade lhe resta.
Com isso, vem a grande motivação para estar auxiliando e/ou estimulando estas
crianças, acreditando no seu potencial e fazendo crescer de acordo com a receptividade
de cada um.
Também devemos levar em conta sobre a intervenção precoce e sua complexidade, pois
como uma metodologia de intervenção, não deve apenas se ater somente ao fato da criança, mais
também a sua família. Pois através de equipas transdisciplinares que devera se preocupar em dar
as devidas resposta a cada duvida elencada a respeito de cada caso, e situação que poderão surgir
(SÁ, 2013).
Ainda segundo o autor supracitado:
A intervenção precoce tem como sustentação o desenvolvimento de uma prática
educativa com pilares na perspectiva ecológico-sistémica e multidisciplinar. Deste modo
uma estrutura que promove o desenvolvimento da criança e facilita a intervenção junto
da família no sentido de enriquecer as práticas, ajudando e apoiando a família, para o
bem-estar e desenvolvimento da criança SÁ (2013 p. 27).
Deve ser ativa e sempre existir na família a confiança em um resultado final, mesmo por
menor que seja esse resultado, pois muito dos resultados às vezes não vem de imediato ou até
mesmo podem não ser positivos, com isto os pais colocam uma expectativa muito grande onde
acabam se frustrando, ou até mesmo a desanimar, cabe a família a ter uma boa perseverança,
levando sempre em conta a individualidade de cada criança conforme (FREITAS e ISARAEL,
2008).
Surge então o papel do professor para suprir essa real necessidade do aluno pelo
movimento. Pois, conforme Sherpherd (1996) os distúrbios se caracterizam pela ausência de
controle sobre os movimentos, isto devido a alterações adaptativas musculares, comprimento
muscular e até deformações ósseas.
22
Sobre o mesmo tema, Sá (2013, p.13) aduz:
A educação e intervenção especializada como sabem é promotora de crescimento, uma
vez que permite revelar os direitos da criança em nível do ser, do pertencer, do
crescimento em si e do ser ouvido. Ainda se acrescenta o fato de tanto o professor do
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ensino regular, o professor especializado, os técnicos de saúde e assistentes operacionais,
afigurarem ser os promotores e facilitadores da criação de oportunidades de
aprendizagens contextualizadas e de qualidade; porque inseridas nos contextos naturais
da criança e nas rotinas das mesmas. Ou seja, promotor-mediadores da articulação entre
os diferentes serviços, uma vez que planeiam a intervenção inserida nas rotinas da
criança, dando corpo a todo um trabalho de planejamento entre a equipe de intervenção,
família e diferentes técnicos. Apenas deste modo é possível proporcionar múltiplas
oportunidades de aprendizagem, que não se limitam à hora de intervenção específica de
cada técnico, mas há um tempo/dia pensado e preparado para que as diferentes
competências de funcionamento de vida diária estejam em ação e interação.
Sabendo da importância do movimento para as crianças com atraso psicomotor, formulouse como questão problema: As aulas realizadas pelos profissionais da estimulação motora do
CAESP são realizadas com intuito de aprimorar, modificar, contribuir de forma ideal e
condizente no desenvolvimento neuropsicomotor neste Centro? A partir da questão problema,
formulou-se como objetivo geral da pesquisa Investigar o desenvolvimento das crianças da
CAESP com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, com idade de 0 a 3 anos e 11 meses de
idade, que frequentam o programa de estimulação essencial do CAESP. A partir desde, formulouse como objetivos específicos: Analisar as aulas de estimulação realizadas em sala de aula;
Analisar as avaliações feitas individualmente de cada aluno realizada pela fonoaudióloga e pela
fisioterapeuta; Analisar atrasos significativos em todas as funções mentais, comportamentais,
psicológicas e emocionas de cada criança; Analisar as necessidades de apoio de cada criança;
Analisar o domínio do corpo no desempenho de atividades biopsicossociais dos indivíduos;
Relatar a evolução dos alunos; Relacionar os dados nos prontuários individuais de cada aluno.
Esta pesquisa justifica-se e tem a finalidade específica de mostrar a relação positiva entre
atividades de estimulação aplicadas em crianças de 0 a 3 anos de idade e as alterações atribuídas
a aplicação e resultados das atividades nos aspectos psicomotores e no seu desenvolvimento
Neuropsicomotor. Demonstrar os resultados em crianças nesta faixa etária da estimulação é
crucial para assim mensurar as variáveis e conseguir acompanhar com mais exatidão o
desenvolvimento das crianças com esta metodologia.
Desta forma, este tipo de pesquisa tenta elevar a importância do trabalho de estimulação
infantil para crianças com atraso tanto na parte psicomotora e neuropsicomotor. A estimulação
infantil nesta faixa etária além de benefícios individuais alcança o âmbito familiar das crianças.
Além da conotação científica da pesquisa, existe uma base legal e social, baseando no
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decreto Decreto-Lei nº 281/2009 de 6 de outubro que tem como base o Sistema Nacional de
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Intervenção Precoce na Infância (SNIPI), o qual de acordo com o número 1 do art. 1º e art. 2º p
7298, estes tem como princípios:
Art. 1º - Objeto
1 — O presente decreto -lei cria o Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância,
adiante designado por SNIPI, o qual consiste num conjunto organizado de entidades
institucionais e de natureza familiar, com vista a garantir condições de desenvolvimento
das crianças com funções ou estruturas do corpo que limitam o crescimento pessoal,
social, e a sua participação nas atividades típicas para a idade, bem como das crianças
com risco grave de atraso no desenvolvimento.
Art. 2º - Âmbito
O SNIPI abrange as crianças entre os 0 e os 6 anos, com alterações nas funções ou
estruturas do corpo que limitam a participação nas atividades típicas para a respectiva
idade e contexto social ou com risco grave de atraso de desenvolvimento, bem como as
suas famílias
Baseando-se ainda nos efeitos do presente decreto - lei, considera–se a pratica da
intervenção precoce na infância de suma importância. Ressaltando conforme se encontra no art.
3º e suas definições na alínea C:
a) Intervenção precoce na infância (IPI)» o conjunto de medidas de apoio integrado
centrado na criança e na família, incluindo ações de natureza preventiva e reabilitativa,
designadamente no âmbito da educação, da saúde e da ação social;
b) Risco de alterações ou alterações nas funções e estruturas do corpo» qualquer risco
de alteração, ou alteração, que limite o normal desenvolvimento da criança e a sua
participação, tendo em conta os referenciais de desenvolvimento próprios, consoante a
idade e o contexto social;
c) Risco grave de atraso de desenvolvimento a verificação de condições biológicas,
psicoafetivas ou ambientais, que implicam uma alta probabilidade de atraso relevante
no desenvolvimento da criança.
Tem-se então como principio fazer um levantamento de dados sobre o trabalho exercido e sua
funcionabilidade perante as crianças e suas famílias, utilizando de relatos dos profissionais que atuam na
área de estimulação, para que possamos refletir e evidenciar a importância da intervenção precoce nos
aspectos psicomotor e Neuropsicomotor, levando em considerações as ações mais eficazes que venham e
levar ao desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo das crianças.
2 METODOLOGIA
Quanto a abordagem de pesquisa, esta teve uma abordagem qualitativa, pois este tipo de
abordagem visa isolar casos, observar sequências, testemunhos, contextos, selecionar casos para
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observação, observar, entrevistar, registrar, determinar padrões, selecionar classificar, Triangular,
validar, interpretar e fazer estudos de casos e relatórios.
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Quanto ao tipo de pesquisa, este estudo caracteriza-se como sendo do tipo Exploratório.
Para Pereira (2010), este tipo de pesquisa busca desvendar a existência de um fenômeno em um
determinado contexto. O estudo exploratório visa investigar assunto com pouco conhecimento
sobre o tema.
Quanto ao método de pesquisa, nesta classifica-se como sendo de campo. Dessa forma, o
estudo de campo tende a utilizar muito mais técnicas de observação do que de interrogação. No
estudo de campo, o pesquisador realiza a maior parte do trabalho pessoalmente, pois é enfatizada
importância de o pesquisador ter tido ele mesmo uma experiência direta com a situação de
estudo.
Assim, com os alunos do CAESP foram analisados documentos pessoais e oficiais, tanto
como relados dos professores, laudos médicos disponíveis, e relatos de observações das aulas,
como métodos de pesquisa também utilizado levantamento bibliográfico, como a pesquisa
documental,
As características nesta pesquisa baseiam-se em observação das aulas teóricas e pratica e
todo contexto em que a criança está inserida no CAESP, na coleta de informações, na criação de
pressupostos, análise das fichas e acompanhamento e síntese final.
Quanto ao procedimento de coleta de dados, investigou-se um grupo de cinco alunos do
CAESP (Centro Atendimento Educacional Especializado em Educação especial) de Porto
Belo/SC, com faixa etária de 0 a 3 anos e 11 meses, e 29 dias que participam do programa de
estimulação essencial do Centro Especializado.
A coleta foi realizada com base no diagnóstico médico dos pediatras, descrever como é a
avaliação motora da criança, anamnese de cada criança, relatório do fisioterapeuta, do
fonoaudiólogo e professoras.
3 PSICOMOTRICIDADE
A palavra psicomotricidade vem do termo grego psyché, alma, e do verbo latino moto,
mover frequentemente (BARRETO, 2000).
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A psicomotricidade pode ser definida como um campo multi e transdisciplinar, que tanto
estuda como também investiga o desenvolvimento biocultural humano em suas relações e
influencias recíproca e sistêmica, entre o psiquismo e a motricidade (FERNANDES e FILHO,
2012).
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Na psicomotricidade o corpo não e visto como um instrumento simplesmente treinável e
mecânico, no qual se tem como objetivo principal educar, dominar, comandar, automatizar,
treinar ou simplesmente aperfeiçoar. A psicomotricidade vai muito além desses parâmetros, ela
tem como foco a qualidade relacional e na midiatização visando uma fluidez eutonica, visando
uma estruturação somatognosica e organização praxica do individuo. Elevando sempre a
totalidade do individuo, indo de contra com dismorfofobia e a dificuldade adaptativa de
aprendizado de cada individuo (FONSECA, 2004).
O mesmo autor afirma:
Em termos epistemológicos, a psicomotricidade não encerra só a historia dos conceitos
do exercício físico, da motricidade e do corpo, convocados para restaurar uma ordem
psíquica perturbada ou para facilitar o funcionamento do espírito, mas também o estudo
causal e a analise de condições de adaptação e de aprendizagem que tornaram possível o
comportamento humano (FONSECA, 2004, p. 17).
Dever-se-ia dar uma nova forma a psicomotricidade, saindo do paradigma da
psicomotricidade que tem como base somente o trabalho motor. Devemos trabalhar uma
psicomotricidade vivenciada, que tem como base um trabalho global do ser humano, tanto nas
relações internas como externas, o sujeito e o objeto, elevando o desenvolvimento formativo
integral do indivíduo (ACOUTURIER, 1985 apud ARRIAGADA e TORRES, 2004).
A psicomotricidade, nos seus primórdios, via o corpo nos seus aspectos
neurofisiológicos, anatômicos e locomotores, coordenando-se e sincronizando-se no
espaço e no tempo, para emitir e receber significados e significantes. Atualmente
percebemos que a Psicomotricidade é o relacionar-se através da ação, como um meio de
tomada de consciência, de unificação do Ser, que é corpo – mente –espírito – natureza sociedade. É a solidariedade original e profunda entre o pensamento e a ação, assim
como o sentimento e a personalidade de todo o sujeito BARRETO (2000, p.19).
Nesse mesmo sentido Neto (2002 p. 20) comenta:
Os primeiros contatos corporais que a criança percebe, manipula e joga são de seu
próprio corpo: satisfação e dor, choro e alegria mobilização e deslocamento, sensações
visuais e auditivas se esse corpo e o meio da ação do conhecimento e da relação. A
construção do esquema corporal, isto e a organização das sensações relativas ao seu
próprio corpo em associação fundamental no desenvolvimento da criança, já que essa
organização e o ponto de partida de suas diversas possibilidades de ação. Sendo assim,
esquema corporal e a organização das sensações relativas ao seu próprio corpo em
associação com os dados do mundo exterior.
Acriança descobre o mundo através de seu próprio corpo, ela usa como base de
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aprendizado tudo que esta ao seu redor, os objetos e outros indivíduos. Com o acolhimento das
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informações ela elabora formas de estruturar tanto na parte cognitiva como motora tudo que foi
assimilado no decorrer do tempo, então suas ações já não simplesmente sobre o ato intelectual e
racional, mas sim uma expressão mais direta de algo mais significativo (LAPIERRE, 1979 apud
ARRIAGADA e TORRES 2004).
A psicomotricidade tem seu valor desde o inicio da educação infantil, pós ela se apresenta
na vida familiar, educacional e social então se faz de suma importância para as crianças
portadoras de necessidades especiais, pois utilizam da motricidade, cognição e afetividade que
são elementos básicos da psicomotricidade (MENDONÇA e RIBEIRO 200_).
Levando sempre em conta a individualidade de cada criança conforme (FREITAS e
ISARAEL, 2008 apud MENDONÇA E RIBEIRO 200_ p. 443):
Ao trabalhar com o educando deve se respeitar o ritmo próprio de cada um e levar em
consideração o meio em que ele vive. Quando se trata de crianças com necessidades
especiais múltiplas, é preciso dar uma atenção especial a esse meio, uma vez que o ritmo
de aprendizagem está intimamente ligado ao contexto social e educacional, pois o seu
aprendizado dependerá diretamente do vínculo que o próprio educando cria com o meio
que vive.
Na psicomotricidade tem como uma de suas melhores formas de construção de
aprendizado a brincadeira. Pois ao se promover a brincadeira livre e espontânea, da à criança um
meio de satisfazer suas necessidades de proteção, de poder, de ataque e de defesa em um espaço
seguro e contentor. Com a brincadeira muitas vezes as situações emocionais difíceis, intensas ou
ate mesmo traumáticas acabam sendo retratadas pelos jogos e pelo faz de conta, o que sem
perceber a criança tente a modificar e elaborar situações com uma grande carga emocional
(GALYER e EVANS, 2001 apud FERNANDES e FILHO 2012).
Na psicomotricidade cabe ao educador fazer o total estimulo e levar a criança a obter a
total vivencia em todos os aspectos, pois conforme WALLON (1959) apud
CARVALHO (2003 p. 87):
Não há reação motora ou intelectual que não implique um objeto fabricado pelas
técnicas industriais, pelos costumes, pelos hábitos mentais do meio. A atividade
Da criança só pode efetuar-se a propósito e por intermédio de instrumentos que lhe
forneçam tanto o aparato material quanto a linguagem em uso ao seu redor.
Le Boulch (19__), apud Bagatini (2002) afirma que a educação psicomotriz e uma ação
pedagógica e psicológica que utiliza os meios da educação física com os objetivos de normalizar
ou de melhorar o comportamento da criança.
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Um bom desenvolvimento psicomotor é favorecido pelos seguintes tópicos:
expressividades, dominância lateral, orientação espaço – temporal bom ritmo, boa tonicidade, boa
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coordenação geral, boa coordenação fina e refinada, boa estruturação do esquema corporal e da
imagem corporal (BARRETO 2000, p.21).
4 NEUROPSICOMOTRICIDADE
O desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) este intimamente ligado a sua idade e as
mudanças em seu comportamento motor. É um período muito importante para o recém-nascido,
pois seu sistema nervoso central ainda não este completamente desenvolvido, por esse motivo
acaba sendo totalmente dependente das pessoas que fazem parte de seu convívio, com isso entra
o fator importante de se dar a devida estimulação tanto sensorial quanto motora, para que seu
desenvolvimento tenha uma evolução constante, que por sua vez estará auxiliando em seu
processo de aprendizagem (SILVA, SILVA, L e BARBOSA, 20__).
Moraes (2009) comenta a respeito do desenvolvimento infantil:
Tendo início desde a vida intra-uterina, podemos dizer que o desenvolvimento é um
processo dinâmico em que mudanças de caráter biológico e psicológico permitem que a
criança adquira novos comportamentos e modificando ou excluindo, comportamentos
antigos e menos eficientes ás suas necessidades. O desenvolvimento infantil é um
processo continuo, ordenado, cefalo-caudal e paralelo á mielinização do sistema nervoso
que abrange modificações no plano físico ou motor, plano intelectual, no plano
emocional e plano social Costa Júnior, (2002, p 2002-206), Miranda Ecols, (2003, p.
s33-s42); Pessoa, (2003, p72-77) apud Moraes, (2009 p. 15).
Segundo Giaretta, Becker e Fuentefria (2011) caracterizam-se o (DNPM) pelas
capacidades adquiridas pelo individuo em executar funções cada vez mais complexas ao passar
do tempo. E com isso resultam em uma interação entre características biológicas e ambientais nas
quais irão permitir o aprimoramento na conduta sensorial, motora, emocional, cognitiva, de
linguagem e de aprendizado.
Conforme Costa (1999) apud Moraes (2009) as crianças saudáveis tem como tendência
acumular conhecimento, que podem ser tanto no âmbito social, linguagem ou sua própria
autonomia. Para esses autores o desenvolvimento neuropsicomotor é constituído por etapas que
não se apresentam de forma estática, pois cada uma é preparatória para a próxima etapa.
28
Hallal, Marques e Braccialli (2008 p.28) salientam em seu estudo que:
O desenvolvimento neuropsicomotor da criança pode, no entanto, ser afetado negativa
mente por diversos fatores incidentes nos períodos pré, peri e/ou pós-natais. Estes fatores
aumentam a probabilidade da criança manifestar alterações na aquisição de habilidades
motoras, cognitivas e psicossociais. Assim, para possibilitar a intervenção precoce nos
atrasos evolutivos é imprescindível a identificação de distúrbios no desenvolvimento
neuropsicomotor no primeiro ano de vida.
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Os primeiros três anos de vida são muito importantes principalmente pelo fator de serem
nessa idade que são construídas as primeiras aquisições de conhecimento e habilidades, e seu
crescimento e desenvolvimento (BISCEGLE et al, 2007 e HALLAL, MARQUES E
BRACCIALLI 2008).
Os fatores genéticos, biológicos e ambientais constituem uma interação entre o
desenvolvimento infantil e seu resultado final no desenvolvimento da criança. O sistema
biológico pode influenciar no desenvolvimento a curto e longo prazo, pois interferem na
formação e maturação em vários sistemas desde a fase gestacional, porém as intervenções que
podem ser realizada em domicilio ou ambiente escolar iram definir diferentes aptidões por toda a
vida da criança. Em alguns estudos mostram que lacunas no desenvolvimento das crianças que
estas no ensino fundamental, futuramente iram repercutir de forma negativa o desempenho
escolar desses indivíduos (BRITO et al, 2011).
Conforme Halpers e Cols (2000) apud Guardiola, Egewarth, Rotta (2001 p.191):
HALPERS e COLS (2000) estudaram o desenvolvimento Neuropsicomotora em 1.363
crianças aos 12 meses, encontrando que 34% delas apresentaram atraso no
desenvolvimento. As crianças mais pobres, nascidas com baixo peso, com idade
gestacional menor, com mais de três irmãos, que receberam leite materno por menos de
3 meses ou que não foram amamentadas, tiveram pior desenvolvimento. Concluíram
que, na população estudada, a parcela mais desfavorecida acumula os fatores sociais,
econômicos e biológicos determinantes de maior chance de atraso no desenvolvimento
das crianças.
Identificar precocemente as alterações no desenvolvimento tem como principal objetivo
diminuir os efeitos negativos, sabendo-se que alguns fatores ambientais podem sobrepor-se aos
determinantes genéticos do desenvolvimento (OLIVEIRA 2001 apud AGUIAR et al 200_).
5 HIDROCEFALIA
A hidrocefalia é considerada uma patologia caracterizada pelo aumento do volume de
líquor intraventricular e/ou no espaço subaracnóideo (ASSIS e MACHADO, 1999).
A hidrocefalia e encontrada em indivíduos sempre que o liquido cefalorraquidiano é
produzido ou reabsorvido em condições anormais. Isso significa que qualquer aumento na
produção, a diminuição da reabsorção ou ate mesmo o impedimento da circulação do líquido
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cefalorraquidiano pode levar a hidrocefalia (BRANCO 2011).
Conforme Fobe (1999) comenda a respeito da hidrocefalia:
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A hidrocefalia é caracterizada por acúmulo anormal de líquido cérebro espinal (LCE)
dentro da cavidade craniana. Ela tem como principal causa obstrução do fluxo de LCE
em qualquer lugar ao longo de seu percurso, ventrículos, aqueduto cerebral, espaço e
vilosidade aracnoidianas. Mielomeningocele ocorre em frequência aproximada de 0,4
por 1000 nascidos vivos, existindo hidrocefalia associada em 85 a 90%, podendo causar
estiramento e lesão do corpo caloso, frequentemente levando à hipoplásica. Crianças
portadoras desta patologia apresentaram desenvolvimento prejudicado nas áreas de
cognição não verbal, quando comparadas com cognição verbal. As avaliações sobre
cognição em crianças com hidrocefalia e principalmente quando associadas a
mielomeningocele são escassas na literatura (FOBE et al 1999, p. 45).
6 MICROCEFALIA
A microcefalia apresenta o crânio anormalmente pequeno em todos os diâmetros, pode ser
por motivo hereditário, congênito, ate algumas causas desconhecidas ou por alguma doença
cerebral como a toxoplasmose congênita (PORTO 1996).
A microcefalia é uma condição neurológica caracterizada pelo tamanho da cabeça ser
menor que o tamanho típico para o feto ou criança, ela pode ser por motivo congênito, adquirida
ou desenvolver-se durante os primeiros anos de vida. Pode ter origem pela exposição à substância
nociva durante o período gestacional ou estar relacionada a síndromes ou problemas genéticos
hereditárias, tanto pode se apresentar como anomalia única ou associada a outros problemas de
saúde, consecutivamente por herança de um gene autossômico recessivo, ou em casos raros um
gene autossômico dominante (BRANCO 2011).
Considera-se que um indivíduo apresenta microcefalia quando a medida de seu
perímetro cefálico situa-se mais de três desvios-padrões (DP) abaixo da média
populacional para idade e sexo. A microcefalia é um sinal clínico encontrado em vários
distúrbios com etiologia ambiental e/ou genética, podendo estar acompanhado de outros
defeitos morfológicos (forma sindrômica) ou não (microcefalia não sindrômica).
Hipóxia perinatal, infecções congênitas (tais como rubéola, citomegalovirose,
toxoplasmose e herpes-virose tipo 2), exposição intra-uterina a radiação ionizante e a
drogas (como álcool e hidantoína), e fenilcetonúria materna são algumas das causas
ambientais de microcefalia. A microcefalia geneticamente determinada pode resultar de
alterações monogênicas, anomalias cromossômicas ou distúrbios multifatoriais. (LEAL,
200_ p. 02).
7 HIPOTONIA MUSCULAR
Hipotonia muscular e uma condição no qual o tônus muscular apresentasse baixo,
normalmente apresentam uma redução considerável de força. Ela não se apresenta como uma
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doença medica especifica, mas apresenta como uma manifestação potencial para outras doenças
ou desordens que afetam tanto o controle nervoso motor pelo cérebro ate a força muscular. O
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que frequentam o programa de estimulação essencial do
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fator que leva a criança a apresentar e muito difícil de diagnosticar de forma especifica, pois pode
ser por inúmeros fatores interno e externos. Na maioria dos tratamentos para hipotonia de causa
idiopática ou neurológica e a fisioterapia e atividades de estimulação motora, para poder
compensar a incapacidade neuromuscular (WIKIPEDIA, 2014).
No diagnóstico de hipotonia muscular de recém nascido, já levando em conta o peso da
criança. Antes de tudo e necessário determinarem com exatidão a idade gestacional, pois, de
acordo com estudo já publicado, sabe-se que crianças com nascimento prematuro apresentam
hipotonia muscular de forma variada dependendo do período gestacional que ouve o nascimento.
Desde o período da vigésima oitava semana quando o feto já se torna viável, ate a trigésima sexta
semana de idade gestacional. Sabemos então que das 28 semanas gestacional ate a 40 semanas
gestacionais, o tônus muscular da criança se inicia do sentido caudo-cranial, sendo por isso que
crianças com nascimento no período das 28 semanas apresentam a maior debilidade Tonica
muscular, apresentado uma hipotonia global intensa não apresenta nenhum grau de extensão da
cabeça e total falta de movimento nos membros inferiores e superiores. Já nas 34 semanas a
criança já apresenta atitudes de batráquio com flexão dos (MMII) em contraste com a extensão
dos membros (MMSS) já também apresenta extensão total da bacia sobre os MMII e um esboço
da extensão do tronco quando colocado em pé apoiada sobre o examinador. Somente nas 40
semanas e que o recém-nascido apresentaria uma estrutura Tonica mais completa apresentando
uma hipertonia muscular, com isso teria uma melhor capacidade de firmar a cabeça sobre o eixo
corporal, tornando também uma boa flexão da cabeça, e melhor movimentação dos membros
inferiores e superiores (LEVY 1984).
De acordo com Giaretta, Becker, Fuentefria (2011, p. 243) comentam sobre o
desenvolvimento do lactente prematuro:
O lactente prematuro possui um desenvolvimento em um ritmo mais lento, já que não
atinge o grau completo do tônus muscular flexor visto em recém-nascidos a termo,
ocorrendo um desequilíbrio entre os grupos muscular flexores e extensores. Esse
desequilíbrio pode interferir no controle da cabeça, na simetria, no equilíbrio da postura
sentada, na aquisição de habilidades e na coordenação bilateral. Os lactentes prematuros
possuem um maior risco de desenvolver doenças respiratórias, doenças da membrana
hialina, hiperbilirrubinemia, hipocalcemia, anemia e outras alterações que afetam a
saúde e consequentemente seu desenvolvimento.
Conforme Halpern et al (2000) apud Barradas (2006) comenta que crianças nascidas com
o peso inferior a 2.000 g e crianças prematuras tendem a apresentar maior atraso no
31
Desenvolvimento neuropsicomotor. O que vem a ser confirmado pelo fato da hipotonia muscular.
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8 APRESENTAÇÃO DOS DADOS
O atendimento e processo de inclusão e envolvimento com as crianças começam desde a
chegada das crianças no CAESP, onde os profissionais do centro já começam a interagir desde o
momento inicial da aula, ou seja, a chegada do aluno é muito importante para assim estimular a
afetividade e contato com profissionais. Os professores recebem os alunos na porta e já
direcionam para a sala, realizando todas as atividades elaboradas no plano de aula daquele dia.
Todas as sextas-feiras os professores se reúnem para fazer os planos de aula semanal de acordo
com as necessidades e prescrição da fonoaudióloga e a fisioterapeuta e laudos médicos.
Todas as segundas-feiras e quartas-feiras, a fonoaudióloga e a fisioterapeuta, buscam um
aluno por vez, onde são realizados estimulações e testes em uma sala separada dos demais alunos.
Cada aluno tem 35 minutos de aula com a fonoaudióloga e a fisioterapeuta individualmente
depois retorna para a sala de aula com os demais alunos.
Um dos relatos mais frequente pelos profissionais foi à baixa participação e envolvimento
dos pais com as crianças e seus trabalhos realizados em sala de aula com os demais alunos. Outra
questão negativa é quanto ao fato da tarefa enviada para casa não ser acompanhada pelos pais,
que poderiam ajudar seus filhos a realizarem e assim verificar seus avanços. Os pais relatam que
acabam não acompanhando seus filhos nas tarefas por falta de tempo.
Para melhor identificação da coleta, usamos para representar cada criança como CASO1,
CASO 02, CASO 03, CASO 04 e CASO 05, e a Professora com a letra S, E, e a monitora com a
letra T.
8.1 CASO 01 e 02
O Caso 01 e Caso 02 são de duas irmãs gêmeas, onde são relatadas juntas desde o
histórico familiar até a hora do parto. De acordo com a anamnese do CASO 01, feita pelo CAESP
de Porto Belo/SC, com a data da entrevista 16/08/2013. De acordo com a mãe das crianças do
CASO 01 e CASO 02, a gravidez não foi planejada, mais foi aceita por ambas as partes, tanto
pela mãe quanto ao do pai. A mãe relata que nunca teve abortos naturais e também nunca
provocou um aborto, soube que estava grávida com 11 semanas, e antes da descoberta tomava
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medicação para não engravidar. Na gestação enjoou e vomitou por 1 mês, e sentiu a criança
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mexer pela primeira vez aos 4 meses de gestação. A mãe trabalhou até ganhar, e relata também
que trabalhou muito em pé.
Desde 11 semanas, data onde ficou sabendo que estava grávida, fez tratamento pré- natal
e ficou em acompanhamento no 4CIAS devido à gestação gêmelar, onde fez exames de sangue e
urina, que constatou a anemia faltando 2 semanas para elas nascerem. De acordo com a entrevista
a mãe não é fumante, não fez uso de álcool durante a gestação, não utilizou substancia
psicoativas, não realizou exame durante a gestação, não sofreu nenhum traumatismo. Nasceram
no dia 19/10/2012 aos 6 meses e meio de gestação, a bolsa estourou em casa, onde chamaram o
Samu de bombinhas que levou para o hospital Ruth Cardoso e o obstetra encaminhou para o
hospital Marieta através de 5UTI móvel . No Marieta onde ficou em observação 19 horas até
entrar em trabalho de parto, o parto foi cesariana, e a criança do CASO 02, nasceu muito
machucada e a criança do CASO 01 com insuficiência respiratória. Ficaram 67 dias na UTI para
completar o peso e as semanas de gestação, porem não mamava no peito e não tomavam
mamadeira, por que permaneceu muito tempo na sonda então aprenderam a se alimentar no copo.
A criança do CASO 01 ficou 1 mês no oxigênio, e é a que tem mais atraso motor. As primeiras
reações do CASO 01 e CASO 02 não choraram logo após o nascimento, e não foi preciso de
incubadora.
8.1.1 Alta Hospitalar
Ambas apresentaram síndrome de desconforto respiratório e necessitaram de CPAP nasal
por 48 h evoluindo para tenda de 602 e ar ambiente. Apresentaram durante a internação pausas
respiratórias isoladas sendo usada cafeína para tratamento. Chamou a atenção que ambas
evoluíram desde o nascimento com hipotonia e hipoatividade e por este motivo permaneceram na
unidade de cuidados intermediários. No inicio receberam dieta via sonda e posteriormente na
mamadeira, não conseguindo mamar de forma efetiva no seio materno. Ambas apresentaram
ictérica neonatal recebendo fototerapia. Usaram ampicilino e gentamiano. Realizado transfusão
de hemoconcentrado motivo anemia. Não apresentaram em nenhum momento crises convulsivas.
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CIAS – Centro Integrado de Atendimento a Saúde.
UTI- Unidade de Terapia Intensiva
6
O2- Oxigênio.
33
5
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que frequentam o programa de estimulação essencial do
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Usaram ampicilina e gentamicina por 3 dias, suspender após 7HMC (8BAC e fungos) negativas.
As relações entre mãe/filho e pai/filho no 1º ano de vida a mãe fez exercícios de estimulação em
casa, pesquisando na internet.
8.1.2 Prontuário De Atendimento Psicológico
Nas datas 25/02/2014, 10/03/14, 24/03/14, 26/03/14, 28/03/14 e 31/03/14: não teve aula.
No dia 07/04/14: primeiro atendimento apenas conheceu o local. No14/04/14: brincou com o
fantoche, mas a criança do CASO 01 cansa muito rápida e mais apática.
8.1.3 Setor De Fonoaudiologia
PARECER TÉCNICO-REALIZADO: A paciente realiza terapia fonoaudiológica
individual uma vez por semana no CAESP, com intuito de estimular o desenvolvimento sensório
motor oral adequado. O atendimento fonoaudiológico foi baseado em técnicas de terapia
miofuncional. Priorizou-se a realização de técnicas passivas (massagens intra e extra-oral) com o
objetivo de aumentar a rigidez muscular da língua, lábios e bochechas; inibição dos reflexos
primitivos essenciais para que o controle voluntário da criança fosse assumido. A mastigação e a
sucção também foram estimuladas através de materiais adequados. A terapêutica de motricidade
oromiofacial sempre foi acompanhada de emissão de fonemas com articulação exagerada e
produção de musicas pela terapeuta, permitindo que a paciente tivesse modelos acústicos e
visuais, essenciais no processo de aquisição da linguagem. RESULTADOS: A paciente continua
com os lábios entreabertos, porém com possibilidade de vedamento em alguns momentos;
diminuição da eversão do lábio inferior e aumento a rigidez muscular labial, lingual e bochechas.
8.1.4 Avaliação Descritiva da Professora

Conteúdo: Visão - Tempo previsto para execução: 28/04/2014 a 15/05/2014
Objetivo específico: Vamos explorar a questão visual, estimulando este sentido de brincadeiras
divertidas. Avaliação da semana: Procura-os objetos com olhar, produz sons (balbucios), está
34
7
8
HMC- Hemocultura.
BAC – Fungicida.
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que frequentam o programa de estimulação essencial do
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começando sentar sozinha, dando seus primeiros impulsos com o corpo e tentando rolar para
pegar os brinquedos.

Conteúdo: Audição - Tempo previsto para execução: 19/05/2014 a 22/05/2014
Objetivo específico: Distinguir os vários sons, tanto da natureza como o próprio corpo e os que
são produzidos pelos objetos. Avaliação da semana: Neste período, começou a sentar, levantando
sozinha do colchonete. E resistente ao toque no momento da massagem. Bate palmas e balbucia
interagindo nos momentos de música.

Conteúdo: Esquema Corporal - Tempo previsto para execução: 26/05/2014 a 29/05/2014
Objetivo específico: Aprimorar os gestos e ritmos corporais, equilíbrio, fortalecimento das mãos,
braços, pernas e corpo. Avaliação da semana: Com auxilio das educadoras fez movimentos
conforme a história exigia, ficou em decúbito ventral sendo estimulada a engatinhar por meio de
um pano amarrado na cintura que levantava a aluna e soltava novamente fortalecendo seus
músculos. Não quer ser contrariada, demonstrou isso na brincadeira “quem alcança”.
8.1.5 Conclusão e Avaliação Descritiva dos Aspectos Psicomotores do Caso 01
Análise das aulas da criança CASO 01 que apresenta hipotonia muscular e atraso
neuropsicomotor. Nas determinadas datas, 05/05/2014; 12/05/2014; 14/05/2014; 19/05/2014;
21/05/2014; 28/05/2014; 02/06/2014; 04/06/2014. Nesse período que foi analisada as aulas das
13h 00min às 16h 00min todas as segundas e quartas feiras, ela tinham como objetivo trabalha a
psicomotricidade, trabalhos voltados a musica e ritmo, socialização e atividades diárias.
Na análise dos aspectos psicomotores da criança CASO 01 foi se mostrando com
dificuldades em manter a postura tanto sentada quanto em pé, era perceptível a falta de estimulo o
que foi se confirmando pelos relatos dos professores que afirmaram que a grande maioria das
atividades feitas com a criança acontecia ali no centro de estimulação no restante do dia ela só
ficava deitada. A criança CASO 01 se mostrou muito receptiva ao todos os estímulos dados,
tanto na parte motora quanto na parte cognitiva, na parte biopsicossocial a hipotonia muscular
não demostrou influenciar na parte de relacionamento com os demais colegas o único problema
seria mesmo a falta de mobilidade, mas isso não interferia na parte psicológica e social da
criança. Mostrou muito interesse em atividade cantada principalmente nas aulas de musica e
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ritmo, sempre executando as atividades com mais alegria e prazer do que com atividade que não
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havia alguma musica ou melodia. Nas atividades em que visava trabalhar o tônus muscular ela
não ficava muito à-vontade e se cansava logo, mas com o passar do tempo foi sendo trabalhada
mais essa atividade de uma forma mais atrativa o que fez com que a criança fosse tomando mais
gosto pelos trabalhos motores, com o passar das aulas podemos notar uma evolução razoável,
principalmente no fator postural e de equilíbrio, pois antes a criança só ficava escorada em
almofadas e não tinha controle do tronco e pescoço, mas ate a ultima aula já não ficava mais com
almofadas e já conseguia ficar sentada sem auxilio e pegava objetos que estavam ao seu redor.
Nas atividades de higiene e alimentação ainda necessitava de ajuda dos professores algo que com
o passar do tempo e mais estimulação poderá ser melhorado.
8.2 CASO 02
Relatório idem ao caso 1.
DIAGNÓSTICO MÉDICO: ADNPM, hipotonia muscular; LAUDO DO PEDIATRA:
Atraso do desenvolvimento global, e hipotonia muscular. Solicitação de fisioterapias e
estimulação precoce.
8.2.1 Parecer Psicológico
ADNPM: ativa, mas pouco receptivos estímulos externos não têm boa concentração, não
procura se interessar por jogos ou brincadeiras, não atende prontamente seu nome, apresenta
alterações de comportamento quando não e feito sua vontade. Devido ao atraso considerável no
desenvolvimento global da educação.
8.2.2 Prontuário de Atendimento Psicológico:
Nas datas 25/02/2014, 10/03/14, 24/03/14, 26/03/14, 28/03/14 e 31/03/14 não teve aula.
No dia 07/04/14 o primeiro atendimento apenas conheceu o local e no dia 14/04/14, a criança do
CASO 02 é mais ativa, e menos paciente, muda muito de atividade, mais se apresenta mais
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sorridente, interage melhor expressa mais suas vontades.
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8.2.3 Setor de Fonoaudiologia
PARECER TÉCNICO-REALIZADO: A paciente realiza terapia fonoaudiológica
individual uma vez por semana no CAESP, com intuito de estimular o desenvolvimento sensório
motor oral adequado. O atendimento fonoaudiológico foi baseado em técnicas de terapia
miofuncional. Priorizou-se a realização de técnicas passivas (massagens intra e extra-oral) com o
objetivo de aumentar a rigidez muscular da língua, lábios e bochechas; inibição dos reflexos
primitivos essenciais para que o controle voluntário da criança fosse assumido. A mastigação e a
sucção também foram estimuladas através de materiais adequados. A terapêutica de motricidade
oromiofacial sempre foi acompanhada de emissão de fonemas com articulação exagerada e
produção de musicas pela terapeuta, permitindo que a paciente tivesse modelos acústicos e
visuais, essenciais no processo de aquisição da linguagem. RESULTADOS: Observou-se
significativo aumento da rigidez da musculatura das bochechas e do músculo orbicular dos lábios
o que proporcionou vedamento labial mais efetivo e modificações na postura habitual da língua.
Significativo aumento nas vocalizações, principalmente balbucios monossilábicos. No último
mês a paciente teve muitas faltas no atendimento fonoaudiológico.
8.2.4 Avaliação Descritiva da Professora.

Conteúdo: Visão - Tempo previsto para execução: 28/04/2014 a 15/05/2014.
Objetivo específico: Vamos explorar a questão visual, estimulando este sentido de
brincadeiras divertidas. Avaliação da semana: Prestou atenção nas atividades olhando no espelho
e percebeu que aquela era uma imagem refletida, chegamos a esta conclusão por que a aluna
olhava pra traz procurando o verdadeiro objeto. Começou a sentar sozinha e rolar pela sala.

Conteúdo: Audição - Tempo previsto para execução: 19/05/2014 a 22/05/2014.
Objetivo específico: Distinguir os vários sons, tanto da natureza como o próprio corpo e
os que são produzidos pelos objetos. Avaliação da semana: Resistente ao toque nos momentos de
massagem bate palmas e sofri quando escuta as músicas, e nesta semana começou a balbuciar.
Conteúdo: Esquema Corporal - Tempo previsto para execução: 26/05/2014 a 29/05/2014.
37

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Aspectos psicomotores de crianças com atraso de desenvolvimento neuropsicomotor
que frequentam o programa de estimulação essencial do
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Objetivo específico: Aprimorar os gestos e ritmos corporais, equilíbrio, fortalecimento das mãos,
braços, pernas e corpo. Avaliação da semana: Se arrastou bastante pela sala na tentativa de alcançar
objeto, ficou irritada ao ser estimulada a engatinhar com um pano na cintura, explora o que é
novo sem demonstrar medo pelo contrario, se diverte, um exemplo é a história com movimentos
que foi realizada no decorrer desta semana. Melhorou a postura e o equilíbrio observou-se isso
quando brincamos de motoca e cavalinho.
8.2.5 Conclusão e Avaliação Descritiva dos Aspectos Psicomotores do Caso 02
Análise das aulas da criança CASO 02 que apresenta hipotonia muscular e atraso
neuropsicomotor. Nas determinadas datas, 05/05/2014; 12/05/2014; 14/05/2014; 19/05/2014;
21/05/2014; 28/05/2014; 02/06/2014; 04/06/2014. Nesse período que foi analisada as aulas das
13h 00min às 16h 00min todas as segundas e quartas feiras, ela tinham como objetivo trabalha a
psicomotricidade, trabalhos voltados a musica e ritmo, socialização e atividades diárias.
Na análise dos aspectos psicomotores a criança CASO O2 foi se mostrando com
dificuldades em manter a postura tanto sentada quanto em pé, porem apresentava menos atraso
motor que sua Irma gêmea. Ela também apresentava ter pouca estimulação motora, porem com o
passar das aulas foi percebido que aceitava muito bem toda e qualquer forma de estimulo seja
motor ou cognitivo. Mostrou-se muito participativa e muito ligada a Irma, pois sempre estava
olhando o que a Irma fazia e aonde era levada. Na parte biopsicossocial não apresentava
problemas tinha grande afeto por todos os colegas, apesar de ter pouco controle tônus muscular
não apresentava nenhum problema na parte afetiva e social da criança tinha facilidade em fazer
amizades e se relacionar com os demais Nas atividades que tinha como foco trabalhar o equilíbrio
ela demonstrou uma evolução muito rápida, e se apresentava sempre alegre as atividades nas
aulas de musica e ritmo, ainda apresentam dificuldade na parte de fala, pois não pronuncia
nenhuma palavra apenas balbucia algo que futuramente deve ser mais trabalhado. O fato de ter
hipotonia e principalmente a falta de estimulação foi um fator principal nos problemas motores
vistos nas aulas o que com o passar das aulas poderá ser trabalhada da melhor forma possível.
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8.3 CASO 03
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A criança do CASO 03, criança do sexo masculino, nascido em 27/ 01/ 2011, tem como
responsável os avôs, pois a mãe está afastada da criança há 3 meses por não ter condição, o pai
está acompanhando os cuidados da criança juntamente com os avôs, mais não tem a guarda da
criança, pois é dependente químico abstêmico de cocaína há aproximadamente há um ano. Já a
mãe, fez uso de álcool durante a gravidez e sofreu violência sexual aos três meses de gravidez. A
gestação não foi planejada, pois os pais ficaram sabendo da gravidez aos 19 anos de idade, mais
ao relato da avó a gestação foi aceita, mais no inicio da gestação houve a separação do casal.
8.3.1 Diagnóstico Médico:
9
CID: ADNPM, H. D. M: Microcefalia, Deficiência intelectual moderada, Dermatite
atópica e não tem nenhuma alergia a medicamento ou alimento. Seus medicamentos são
neupeptil – Cetocort ( creme dermatológico ) aplica todos os dias, 4 mg. A quantidade da
dosagem, 40 gotas à noite. Na anamnese feita pela CAESP com os responsáveis da criança do
CASO 03, desde o nascimento, os sintomas da criança são de agitação, irritação, insônia,
constipação, machucados, feridas atrás das orelhas com “pus” amarelado, pois a criança tem o
habito de mexer na orelha repetidamente. A solução esperada pelos avôs, é que a criança ganhe
peso e fique mais tranquila.
Quanto à sociabilidade da criança, seu convívio é com adultos, nas brincadeiras se
interessa por objetivos sem ter preferência, mas se desinteressa logo dos brinquedos. Em casa não
costuma a ser castigado, e a preocupação dos avôs é a sua agitação, insônia e dificuldade para
comer.
8.3.2 Prontuário de Atendimento Psicológico
24/02/14: Se apresenta cambaleando e desequilibrado ao caminhar, gosta de brincar com
animais de plástico, os colocava e retirava varias vez do balde retirou alguns livros, então a
professora pediu se ele queria que ela lesse o livro ele simplesmente se sentou então a professora
leu algumas paginas, mas logo ele se desinteiriçou. Trocava muito de brincadeiras, apontou para
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a sala mostrando que queria retornar para ela, então foi pedido para lavar as mãos ele foi
9
CID- Código Internacional de Doenças,
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prontamente e se limpou sozinho; 10/03/2014: Não sabe assoprar, mas colocou uma flauta na
boca e fingiu estar tocando. Pegou a Paquetá, e bateu forte no tambor, interagiu muito bem pediu
algumas coisas, quando foi falado em tomar lanche se levantou prontamente, foi lavar as mãos e
se secou com papel jogou no lixo, se apresentou muito mais interessado depois das férias;
17/03/2014: Se apresentou muito agitado com tantos estímulos, troca de brinquedos muito
rápidos. Esta tirando a frauda então vai muito ao banheiro; 24/03/14: Brincou na sala de
estimulação empilhando quadrados, gostou de derrubados, se divertiu muito e sorria muito, na
próxima aula será estimulado a montar; 31/03/2014: Foi ao banheiro com a professora, participou
da chamada muito bem, mas estava se apresentando muito sonolento; 07/04/2014: não foi a aula;
14/04/2014: estava muito agitado, a professora relatou que bateu na criança do CASO 02, quando
fica parado tem sono.
8.3.3 Setor De Fonoaudiologia
PARECER TÉCNICO-REALIZADO: Apresenta atraso no desenvolvimento da
linguagem, alterações no sistema sensórias motor oral e respiração predominantemente oral. No
processo terapêutico foi priorizado o desenvolvimento cognitivo, a socialização e a comunicação
do educando. O educando foi instigado de forma direcionada a ter atenção a estímulos auditivos
(fala, musicais e ambientais), estímulos visuais (objeto de interação, movimentos da terapeuta,
emissões e movimentos articulatórios), assim como imitar ações, vocalizações e sons
onomatopéicos.
RESULTADOS: Observou-se significativo aumento nas vocalizações e
habilidades não verbais do educando, pois o mesmo já aponta para objetos, pessoas ou lugares de
forma contextualizada. Através de comandos verbais de ordem simples, o mesmo acena, “joga
beijos” e realiza ações da rotina escolar.
8.3.4 Avaliação Descritiva da Professora

Conteúdo: Visão - Tempo previsto para execução: 28/04/2014 a 15/05/2014.
Objetivo específico: Vamos explorar a questão visual, estimulando este sentido de brincadeiras
40
divertidas. Avaliação da semana: Vê e acompanha com os olhos o trajeto dos objetos e tenta
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expressar suas vontades por meio de gritos e atividades diferenciadas das que haviam sido
acompanhadas até o presente momento.

Conteúdo: Audição - Tempo previsto para execução: 19/05/2014 a 22/05/2014.
Objetivo específico: Distinguir os vários sons, tanto da natureza como o próprio corpo e os que
são produzidos pelos objetos. Avaliação da semana: Participou do momento de cantigas querendo
pegar as figuras da caixa surpresa.

Conteúdo: Esquema Corporal - Tempo previsto para execução: 26/05/2014 a 29/05/2014.
Objetivo específico: Aprimorar os gestos e ritmos corporais, equilíbrio, fortalecimento
das mãos, braços, pernas e corpo. Avaliação da semana: Se equilibra na motoca, mas não pedala,
divide brinquedos quando solicitados, brincou de quem alcança tendo pouco desequilíbrio
corporal. Completou o trajeto feito no circuito da história com movimentos, e fez xixi na calça
apenas uma vez esta semana.
8.3.5 Conclusão e Avaliação Descritiva dos Aspectos Psicomotores do Caso 03
Análise das aulas da criança CASO 03 que apresenta microcefalia e atraso
neuropsicomotor. Nas determinadas datas, 05/05/2014; 12/05/2014; 14/05/2014; 19/05/2014;
21/05/2014; 28/05/2014; 02/06/2014; 04/06/2014. Nesse período que foi analisada as aulas das
13h 00min às 16h 00min todas as segundas e quartas feiras, ela tinham como objetivo trabalha a
psicomotricidade, trabalhos voltados a musica e ritmo, socialização e atividades diárias.
Nos aspectos psicomotores trabalhados com a criança CASO O3 podemos perceber que
apresenta um atraso motor leve em algumas atividades diárias sua maior dificuldade se apresenta
em caminhar em linha reta. E na parte de fala, pois já tem uma idade avançada e ainda não
pronuncia nenhuma palavra correta ou frase. Na parte cognitiva se mostrou muito bem, tem bom
entendimento em atividades passadas entende ordens de forma razoável, principalmente nas aulas
de musica e ritmo aonde demonstrava grande interesse e participação, Pelos relatos dos
professores ele é privado de fazer muita atividade, pois a responsável pela criança acaba muitas
vezes sendo super protetora o que dificulta algumas atividades a serem trabalhadas, na parte
biopsicossocial se mostrou uma criança sem problemas em se relacionar com os demais colegas e
41
professores, se adapta a ambientes com outras pessoas sem problemas, o que vem ao fato de já
estar frequentando escolas da rede publica e já tem um contato com maior numero de pessoas o
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que frequentam o programa de estimulação essencial do
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que facilita o convívio. Em atividades motoras com o passar das aulas foi apresentando grande
evolução principalmente em atividades que fossem relacionadas a se deslocar na sala, apesar de
ter problemas de equilíbrio ele se desloca rapidamente e tem bom senso de direção e espaço. Em
alguns momentos se apresentou agressivo com alguns colegas, mas era casos isolados e sem o
intuído de agredir realmente os colegas, atitudes que depois de conversar com a criança e levando
a ele o entendimento que esse ato era errado ele não realizava mais. O que nos levou a
consideração que apesar de sua deficiência nada o impedia de conviver normalmente com as
demais crianças, com o determinado estimulo desenvolver todos os aspectos psicomotores que
lhe são necessários.
8.4 CASO 04
Na anamnese feita pelo CAESP, a mãe relata que aos 27 anos, e o pai aos 26 anos, se
separaram varias vezes, mas quando engravidou nunca mais se separaram. A gestação não foi
planejada e também não foi aceita. Enjoou e vomitou ate os 5 mês de gestação. A mãe relata que
a sensação psicológica durante a gestação era de tristeza, depressão, e que queria o aborto. Fez
pré-natal, exame de sangue, não sofreu nenhum trauma. Relata também que durante a gestação
teve gastrite, tomou remédio para gestante,
10
comeprazol,
11
dramim,
12
ferro,
13
acido fólico,
durante 3 meses tomou 14rivotril.
A criança do Caso 04, nascida em 14/11/2012, do sexo masculino, tem como diagnostico
atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotora (ADNPM). Participa do SAESP (serviço de
atendimento especializado no programa de estimulação essencial). De acordo com a ficha de
matricula da criança, a descrição da sua deficiência é a 15Mielomeningocele. Tem alergia a leite e
a remédios com corante vermelho ou amarelo. Mora com a sua família onde convive com dois
adultos e duas crianças.
10
Comeprazol - prevenção de recidivas em pacientes com úlcera gástrica.
Dramim – profilaxia e tratamento de náuseas e vômitos em geral.
12
Ferro – Elemento de origem mineral presente nos vegetais leite e ovos.
13
Acido fólico - vitamina que pertence ao complexo B.
11
14
Rivotril- remédio utilizado para tratamento de crises epilépticas mioclonicas.
42
15
Mielomeningocele - defeito congênito em que a espinha dorsal e o canal espinha não se fecham antes
do nascimento.
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Aspectos psicomotores de crianças com atraso de desenvolvimento neuropsicomotor
que frequentam o programa de estimulação essencial do
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8.4.1 Prontuário de Atendimento Psicológico
24/02/14: não caminha, teve interesse por livros e brinquedo uns 20 minutos depois ficou
choroso não gosta de ficar na sala da psicóloga; 10/03/14: não queria ficar na sala, não queria
nem utilizar os brinquedos, não interagiu na brincadeira com fantoches; 17/03/14: foi atendido na
sala de estimulação, mas não queria ficar longe do amigo, tem medo de brincar com bichos de
brinquedo. Tem medo de voz grossa e olha desconfiado muitas vezes, grita quando não tem o que
deseja; 24/03/14: gosta de carinho, e demonstra algumas vezes interesse; Dia 31/03/14 e 07/04/14
a criança do CASO 04 faltou; 14/04/14: brincou fora da sala de aula, não queria entrar, interagiu
melhor se apresentou mais falante.
8.4.2 Setor de Fonoaudiologia
PARECER TÉCNICO-EVOLUTIVO: O educando apresenta alterações no sistema
estomatognático e respiração predominantemente oral. A conduta fonoaudiológica prioriza a
realização de exercícios e massagens com o intuito de melhorar o tônus e a propriocepção da
musculatura da face. A estimulação da linguagem está sempre em evidência nos atendimentos
através da emissão de fonemas com articulação exagerada e produção de músicas pela terapeuta,
permitindo que o educando tenha modelos acústicos e visuais essenciais no processo de aquisição
da linguagem. RESULTADOS: Observa-se significativo aumento no número de verbalizações e
gestos contextualizados. A postura lingual continua errônea, mas com percepção do paciente,
corrigindo-a sempre que chamado à atenção.
8.4.3 Avaliação Descritiva da Professora.

Conteúdo: Visão - Tempo previsto para execução: 28/04/2014 a 15/05/2014
Objetivo específico: Vamos explorar a questão visual, estimulando este sentido de brincadeiras
divertidas. Avaliação da semana: Acompanha a história pelo espelho e olha pra traz procurando de
onde vem o reflexo, ou seja, procurando o brinquedo, porem demonstra medo neste tipo de
atividade.
43
 Conteúdo: Audição - Tempo previsto para execução: 19/05/2014 a 22/05/2014
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Aspectos psicomotores de crianças com atraso de desenvolvimento neuropsicomotor
que frequentam o programa de estimulação essencial do
CAESP - Centro Atendimento Educacional Especializado em Educação Especial
Objetivo específico: Distinguir os vários sons, tanto da natureza como o próprio corpo e
os que são produzidos pelos objetos. Avaliação da semana: Esta pronunciando suas primeiras
palavras, e nesta semana falou “Mara” chamando a monitora, com incentivo da professora.

Conteúdo: Esquema Corporal - Tempo previsto para execução: 26/05/2014 a 29/05/2014
Objetivo específico: Aprimorar os gestos e ritmos corporais, equilíbrio, fortalecimento
das mãos, braços, pernas e corpo. Avaliação da semana: Participa das atividades dando risadas,
mas tem demonstrado medo, não em altura, mas em espaço no entrar e sair de determinados
lugares como, o túnel ou a casinha, que inclusive são brincadeiras que antes ele realizava
normalmente, tem dificuldades em dividir brinquedos.
8.4.4 Conclusão e Avaliação Descritiva dos Aspectos Psicomotores do Caso 04
Análise das aulas da criança CASO 04 que apresenta hidrocefalia e atraso
neuropsicomotor. Nas determinadas datas, 05/05/2014; 12/05/2014; 14/05/2014; 19/05/2014;
21/05/2014; 28/05/2014; 02/06/2014; 04/06/2014. Nesse período que foi analisada as aulas das
13h 00min às 16h 00min todas as segundas e quartas feiras, ela tinham como objetivo trabalhar a
psicomotricidade, trabalhos voltados à música e ritmo, socialização e atividades diárias.
Na análise dos aspectos psicomotores da criança CASO 04 foram observado que apesar
de ter todos os cuidados dos familiares e apoio nas atividades de estimulação no centro, muitas
vezes se apresentava doente ou faltava às aulas o que acaba dificultando seu desenvolvimento e
impossibilita que haja uma continuidade nos trabalhos elaborados para a criança. Nos aspectos
psicomotores a criança se apresentava de forma razoável tinha um bom entendimento das
atividades propostas sua parte motora era boa apesar de não ter os movimentos completo dos
membros inferiores devido à cirurgia que teve ao nascer, a criança se apresentava com boa
coordenação motora nas demais partes do corpo, e tinha já uma boa compreensão de sua
corporeidade o que facilitava nas atividades passadas. Na parte cognitiva também já estava
apresentando grande evolução principalmente para resolver problemas que lhes eram oferecidos
nas brincadeiras, já começava a falar, não tinha ainda um vocabulário muito extenso, mas já se
podia ter compreensão do que estava falando ou queria. Nos parâmetros biopsicossociais se
44
apresentava muito receptivo as pessoas e colegas, psicologicamente não se apresentou agressivo
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Aspectos psicomotores de crianças com atraso de desenvolvimento neuropsicomotor
que frequentam o programa de estimulação essencial do
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pelo contrario sempre amigável, acreditamos pelo fato de também frequentar escolas publicas e já
ter um maior convívio com outras pessoas facilitou sua interação com o meio ambiente e as
pessoas. Nas aulas de musica foi um dos que mais se mostrou participativo e curioso, sempre
analisando tudo que era passado e participando na medida do possível com palmas ou utilizando
instrumentos musicais que lhe eram oferecidos. Suas maiores necessidades se mostraram poder
dar uma continuidade às atividades levando em consideração os relatos dos professores que a
criança faltava muito. Mas podemos perceber uma grande evolução principalmente voltada às
atividades motoras e cognitivas.
8.5 CASO 05
A criança do CASO 05, matriculada em 12/03/2014, do sexo feminino, nascida em
14/05/2011. De acordo com a Anamnese feita no CAESP, a mãe na gestação teve pré-eclampsia,
e
16
síndrome de hellp. Acarretou parto prematuro: disfunção respiratória precoce e icterícia na
criança do CASO 05 e falta de oxigenação na placenta. A mãe relata que a criança engatinhou
com 1 ano de vida e caminhou com 1 ano e 10 meses. Tem como diagnóstico médico atraso no
desenvolvimento psicomotor (ADNPM). Prefere brincar sozinha, não gosta de aglomeração, nem
barulho, gosta da creche, gosta de música.
8.5.1 Laudo do Fisioterapeuta
17
HDA: bronquite. 18Hemiparesia à direita. Com presença de marcha do tipo 19ceifante e
desvio de
20
comissura labial.
21
HPP: período do parto apresentou pré-eclampsia e síndrome de
hellp. Parto PR cesariana, neonatal baixo peso. EXAME FÍSICO: Dificuldade em realizar o
45
16
Síndrome de hellp – Caracterizado como uma complicação gestacional atípica e grave da préeclampsia que acomete as grávidas a partir da 20º semana puérperas.
17
HDA – Histórico de doença atual.
18
Hemiparesia – Falta de um movimento de um lado do corpo.
19
Ceifante- Postura tônica em flexão do membro superior e em extensão do membro inferior
acometido.
20
Comissura labial - Ponto de união dos lábios no canto da boca.
21
HPP – Histórico pós-parto.
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que frequentam o programa de estimulação essencial do
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exame por que a paciente se apresentou muito chorosa, mas apresenta marcha ceifante.
Dificuldade na extensão e abdução, flexão do membro direito.
8.5.2 Prontuário de Atendimento Psicológico
No dia 24/02/14: não estava, e dia 10/03/14: ônibus atrasou; 24/03/14: apresenta-se
quieta, não responde a chamada, esta se soltando aos poucos, a linguagem e inteligível em
algumas palavras, mas não e possível entender todas, quando se solta tem boa integração e brinca
de forma saudável; 31/03/2014: a professora relatou que chegou triste, parecia magoada, e se
apresentava muito suja. Foi tomar banho ai se apresentou mais feliz, se lavou muito bem, estava
falante e participativa depois do banho; 14/04/14: foi atendida na sala da psicóloga, brincou com
a boneca a vestiu e limpou. Interessou-se pela fita crepe, pintou um coelho, tem dificuldade
auditiva do lado esquerdo, mostrou-se possessiva, individualista, e um pouco ciumenta;
07/04/2014: foi feito o atendimento na sala de estimulação, ela interage muito bem, porem
sempre que chega do ônibus se apresenta quieta, leva algum tempo para ela se soltar, estranhou a
chegada de duas novas colegas do CASO 01 e CASO 02, pelo fato de serem bebes e acabarem
recebendo mais atenção, apresentou algumas atitudes agressivas.
8.5.3 Setor de Fonoaudiologia
PARECER TÉCNICO-REALIZADO: Apresenta atraso na aquisição da linguagem. O
objetivo principal da terapia fonoaudiológica foi desenvolver a competência comunicativa com
ênfase no uso funcional da linguagem e na interação social. As situações comunicativas foram
promovidas por meio de atividades lúdicas e contextualizadas, tanto em atendimento individual
como em grupo na sala de aula. RESULTADOS: Pode-se observar que a educanda já realiza
imitações verbais e não verbais de forma contextualizada. Apresentou melhora na intenção
comunicativa e iniciativa de diálogo.
8.5.4 Avaliação Descritiva da Professora
46
Conteúdo: Visão - Tempo previsto para execução: 28/04/2014 a 15/05/2014.
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Aspectos psicomotores de crianças com atraso de desenvolvimento neuropsicomotor
que frequentam o programa de estimulação essencial do
CAESP - Centro Atendimento Educacional Especializado em Educação Especial
Objetivo específico: Vamos explorar a questão visual, estimulando este sentido de
brincadeiras divertidas. Avaliação da semana: Acompanha as histórias e brincadeiras realizadas
no espelho, tentando saber onde está o verdadeiro objeto.

Conteúdo: Audição. Tempo previsto para execução: 19/05/2014 a 22/05/2014.
Objetivo específico: Distinguir os vários sons, tanto da natureza como o próprio corpo e
os que são produzidos pelos objetos. Avaliação da semana: Imita os sons dos animais, deixa ser
massageada e depois massageia, contou e interagiu mais nas atividades desta semana.

Conteúdo: Esquema Corporal - Tempo previsto para execução: 26/05/2014 a 29/05/2014.
Objetivo específico: Aprimorar os gestos e ritmos corporais, equilíbrio, fortalecimento
das mãos, braços, pernas e corpo. Avaliação da semana: Desenvolve todas as atividades proposta,
subiu, desceu, entrou, saiu, enfim realizou os movimentos pedidos na história com movimento,
na atividade de quem alcança levantou os braços e caminhou tentando pegar objeto sem perder o
equilíbrio.
8.5.5 Conclusão e Avaliação Descritiva dos Aspectos Psicomotores do Caso 05
Análise das aulas da criança CASO 05 que apresenta leve hemiplegia do lado direito do
corpo e atraso neuropsicomotor. Nas determinadas datas, 05/05/2014; 12/05/2014; 14/05/2014;
19/05/2014; 21/05/2014; 28/05/2014; 02/06/2014; 04/06/2014. Nesse período que foi analisada
as aulas das 13h 00min às 16h 00min todas as segundas e quartas feiras, ela tinham como
objetivo trabalhar a psicomotricidade, trabalhos voltados a musica e ritmo, socialização e
atividades diárias.
Na análise psicomotora da criança CASO 05 ela apresentou com grandes problemas
sociais e familiares o que acabava refletindo muitas vezes em seu tratamento, pois muitas das
vezes se apresentava com fome ou ate mesmo mal vestida. Segundo relato dos professores a
criança sequer tinha agua encanada em casa para poder fazer a higiene pessoal ou se alimentar, o
que podemos verificar que mesmo sendo a que apresentava menos problemas físicos e
cognitivos, era a que mais exibia problemas para se socializar e alcançar condições para executar
as atividades a ela passada, a criança só começava a demostrar interesse e disposta pelas
47
atividades após o horário do café da tarde aonde lhe era oferecido uma refeição. Na parte
biopsicossocial ela demonstrou não ter facilidade em se relacionar com adultos do sexo
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que frequentam o programa de estimulação essencial do
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masculino principalmente, sempre que um adulto masculino se aproximava ela se escondia ou
ficava calada, o que acreditamos ser intimamente ligado a algum trauma relacionada à figura
masculina. Porem já foi apresentava um bom controle motor no decorrer das atividades que lhe
eram passadas, ainda que com algumas dificuldades voltadas ao seu lado direito devido à
hemiplegia, mas era estimulado a fazer todas as atividades com os dois lados do corpo.
Apresentou-se bem criativa e dinâmica com pessoas do sexo feminino e uma grande ligação
afetivo com sua mãe cujo sempre ela citava nas aulas. Seu desenvolvimento psicomotor no
andamento das aulas foi melhorando gradativamente em alguns momentos mais lento em outros
mais rápidos, visivelmente pelos fatores ambientais e sociais que essa criança vive.
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos relatórios das anamneses realizadas com os pais e profissionais que atuam
no centro de estimulação e os laudos médicos que foram disponibilizados, e as observações feitas
em aula, analisamos os resultados e a evolução de cada criança, junto com o programa da
estimulação do CAESP que trabalham a estimulação de crianças com atraso neuropsicomotor.
Houve a possibilidade de presenciar as aulas ministradas pelos educadores e fonoaudiólogo,
psicóloga e a fisioterapeuta. E com base em nossas observações verificou-se o quanto é
importante ter um diagnóstico preliminar e exato de cada criança e seu atraso psicomotor, e que
haja uma relação aberta entre os professores e responsáveis pelas crianças, para que se crie um
vínculo e todas as dúvidas e aflições decorrentes ao desenvolvimento da criança sejam sanadas.
Podemos afirmar assim que a evolução tanto no desenvolvimento neuropsicomotor,
quanto psicomotor foram muito significativos, e vem crescendo a cada dia. Vale ressaltar e
parabenizar o trabalho dos profissionais do CAESP, pois as aulas ministradas são planejadas
semanalmente por eles e cuidadosamente pensando nas necessidades de cada criança, assim
conseguindo um bom resultado.
Este estudo nos possibilitou o reconhecimento de possíveis fatores que podem dificultar o
desenvolvimento psicomotor das crianças tanto são esses motivos intrínsecos como extrínsecos,
pois esta não só relacionado à suas deficiências físicas como também psicológicas e familiares. E
48
também ate onde os familiares e professores estão dispostos a se doarem para que essas crianças
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possam ter o mínimo de desenvolvimento saudável e digno sabendo que sua deficiência não é
fator predominante para sua exclusão de qualquer atividade perante a sociedade.
Percebemos a dificuldades dos profissionais ao trabalhar com as crianças devido à
defasagem dos laudos médicos, por muitas vezes vagos, onde os profissionais às vezes deixam a
desejar ou até mesmo pecando no sentido em não conseguir suprir as necessidades do aluno.
Resultados esses que apontam a necessidade de novas pesquisas nessa área, resultando
novas estratégias possibilitando cada vez mais o envolvimento dos profissionais junto com as
famílias para que os resultados sejam cada vez mais eficazes sempre visando que não somente
ganha as crianças como também os familiares e a sociedade.
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