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Na verdade apenas a multicelularidade e o desenvolvimento embrionário
são características que distinguem o reino animal dos demais reinos
heterótrofos do domínio Eukaria. Tais características estavam presentes
nos ancestrais mais recente de todos os animais.
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Notem que as figuras aparecem na ordem dos filos relacionados.
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Os poríferos, como se desenvolvem a partir da blástula, não possuem
tecidos verdadeiros, já que esses se diferenciam somente a partir dos
folhetos germinativos que surgem apenas na gastrulação. Por isto, lhes
valeu a denominação Parazoários (para = ao lado; zoa = animal). Os
demais animais são chamados Eumetazoários (eu = verdadeiro;
metazoário = animal).
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Supõe-se que na condição primitiva da gastrulação, apenas dois folhetos
germinativos teriam surgido: o ectoderma, mais externo, e o endoderma,
mais interno, revestindo o arquêntero ou intestino primitivo. Os animais
nessa condição são chamados diblásticos ou diploblásticos e estão
representados pelos cnidários. O ectoderma origina, dentre outros
tecidos, a epiderme e o tecido nervoso. Surgiu, então, a epiderme,
ausente nos poríferos, com caracterísitcas típicas dos animais, com
células intimamente unidas e capazes de controlar o que entra e o que sai
do corpo. Isso possibilitou maior controle dos mecanismos internos do
corpo. O sistema nervoso, também ausente nos poríferos, está presente
nos demais animais, o que propiciou a eles mecanismos mais
especializados de recepção, transmissão e coordenação de estímulos do
meio. A partir do endoderma e do arqu~entero surgiram estruturas
especializadas para a digestão do alimento em uma cavidade digestória
ausente nos poríferos e presente nos outros animais (a ausência de
cavidade digestória em alguns eumetazoários é uma condição
secundária, relacionada a modos particulares de vida, como é o caso de
certos parasitas do intestino humano). Considera-se cavidade digestória
aquela onde ocorre a digestão extracelular do alimento.
Na evolução dos animais surgiu outra condição derivada, que está
relacionada com a gastrulação: o terceiro folheto germinativo, o
mesoderma, que fica entre o ectoderma e o endoderma. Os animais
nessa condição são chamados triblásticos ou tripoblásticos e estão
representados pelos demais animais. Entre outras implicações, o
surgimento do mesoderma trouxe o aparecimento de musculatura
verdadeira, o que possibilitou aos animais desenvolver maior diversidade
de movimentos.
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Supõe-se que na condição primitiva da gastrulação, apenas dois folhetos
germinativos teriam surgido: o ectoderma, mais externo, e o endoderma,
mais interno, revestindo o arquêntero ou intestino primitivo. Os animais
nessa condição são chamados diblásticos ou diploblásticos e estão
representados pelos cnidários. O ectoderma origina, dentre outros
tecidos, a epiderme e o tecido nervoso. Surgiu, então, a epiderme,
ausente nos poríferos, com caracterísitcas típicas dos animais, com
células intimamente unidas e capazes de controlar o que entra e o que sai
do corpo. Isso possibilitou maior controle dos mecanismos internos do
corpo. O sistema nervoso, também ausente nos poríferos, está presente
nos demais animais, o que propiciou a eles mecanismos mais
especializados de recepção, transmissão e coordenação de estímulos do
meio. A partir do endoderma e do arqu~entero surgiram estruturas
especializadas para a digestão do alimento em uma cavidade digestória
ausente nos poríferos e presente nos outros animais (a ausência de
cavidade digestória em alguns eumetazoários é uma condição
secundária, relacionada a modos particulares de vida, como é o caso de
certos parasitas do intestino humano). Considera-se cavidade digestória
aquela onde ocorre a digestão extracelular do alimento.
Na evolução dos animais surgiu outra condição derivada, que está
relacionada com a gastrulação: o terceiro folheto germinativo, o
mesoderma, que fica entre o ectoderma e o endoderma. Os animais
nessa condição são chamados triblásticos ou tripoblásticos e estão
representados pelos demais animais. Entre outras implicações, o
surgimento do mesoderma trouxe o aparecimento de musculatura
verdadeira, o que possibilitou aos animais desenvolver maior diversidade
de movimentos.
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O celoma na linhagem dos protostômios origina-se a partir do
espaçamento que surge no interior de massas mesodérmicas
(esquizoceloma: schizo = fendido). Nos deuterostômios, o celoma ocorre
no interior de bolsas mesodérmicas, que surgem por evaginações do
arquêntero (enteroceloma: enteron = intestino).
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O celoma na linhagem dos protostômios origina-se a partir do
espaçamento que surge no interior de massas mesodérmicas
(esquizoceloma: schizo = fendido). Nos deuterostômios, o celoma ocorre
no interior de bolsas mesodérmicas, que surgem por evaginações do
arquêntero (enteroceloma: enteron = intestino).
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Dentre os animais com simetria bilateral, podemos distinguir duas
grandes linhas evolutivas: a dos protostômios (proto= primeiro; stoma =
boca) e a dos deuterostômios (deutero = segundo).
Nos protostômios, a primeira abertura (denominada blastóporo) surgida
na gástrula, e que comunica o arquêntero com o exterior, diferencia-se na
boca do adulto; o ânus geralmente corresponde a uma nova abertura que
surge na região posterior do corpo. Em alguns protostômios, no entanto, o
blastóporo pode dar origem à boca e ao ânus.
Nos deuterostômios o blastóporo dá origem ao ânus no adulto, e um novo
orifício se abre na região anterior, formando a boca. O blastóporo nunca
forma a boca.
Em classificações alternativas dos animais, os platelmintos e os
nematódeos não são considerados protostômios, apesar de nesses
organismos a boca derivar do blastópro. Nesta abordagem, a definição do
termo protostômio leva em consideração não apenas o destino do
blastóporo, mas também a presença de celoma.
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Dentre os animais com simetria bilateral, podemos distinguir duas
grandes linhas evolutivas: a dos protostômios (proto= primeiro; stoma =
boca) e a dos deuterostômios (deutero = segundo).
Nos protostômios, a primeira abertura (denominada blastóporo) surgida
na gástrula, e que comunica o arquêntero com o exterior, diferencia-se na
boca do adulto; o ânus geralmente corresponde a uma nova abertura que
surge na região posterior do corpo. Em alguns protostômios, no entanto, o
blastóporo pode dar origem à boca e ao ânus.
Nos deuterostômios o blastóporo dá origem ao ânus no adulto, e um novo
orifício se abre na região anterior, formando a boca. O blastóporo nunca
forma a boca.
Em classificações alternativas dos animais, os platelmintos e os
nematódeos não são considerados protostômios, apesar de nesses
organismos a boca derivar do blastópro. Nesta abordagem, a definição do
termo protostômio leva em consideração não apenas o destino do
blastóporo, mas também a presença de celoma.
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Outra característica importante para se entender a evolução dos animais é a
simetria. A simetria é a divisão imaginária do corpo de um organismo em
metades especulares. Quanto a esse caráter, os animais podem ter simetria
radial (ou radiada) ou simetria bilateral. Entretanto, existem animais cujo corpo
não pode ser dividido em metades especulares. Nesses casos não existe
simetria, falando-se em animais assimétricos. A| maioria dos animais possui o
mesmo tipo de simetria desde a fase embrionária até a fase adulta. Alguns,
entretanto, apresentam um tipo de simetria na fase embrionária e outro tipo na
fase adulta: nesse caso, a mudança está geralmente associada a adaptações
dos adultos a modos de vida especiais. A simetria observada no embrião ou na
larva é denominada primária e a observada no adulto, secundária.
Nos casos em que, durante o desenvolvimento embrionário de um indivíduo, a
simetria do embrião ou da larva difere da simetria do adulto, quem fornece
indícios da real estrutura do corpo do animal, sob o ponto de vista taxonômicoevolutivo, é a simetria primária.
Os animais com simetria primária radial são chamados radiados e estão
representados pelos cnidários. Os poríferos ou possuem simetria radial ou são
assimétricos. Os animais com simetria primária bilateral são chamados bilatérios
e estão representados pelos demais animais.
Os animais diblásticos possuem simetria primária radial e os triblásticos,
simetria primária bilateral. Entretanto, alguns radiados e bilatérios podem ter na
fase adulta simetria diferente da primária.
O surgimento da simetria bilateral foi acompanhado de outras modificações
importantes no corpo. Nos bilatérios, o corpo apresenta uma região anterior,
uma posterior, uma ventral e outra dorsal. Nesses animais, a região anterior do
corpo é a primeira a entrar em contato com os estímulos do meio; em função
disto, verificou-se, no curso da evolução desses animais, concentração de
estruturas sensoriais e do sistema nervoso nessa região, falando-se em
cefalização.
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Outra característica importante para se entender a evolução dos animais
é a simetria. A simetria é a divisão imaginária do corpo de um organismo
em metades especulares. Quanto a esse caráter, os animais podem ter
simetria radial (ou radiada) ou simetria bilateral. Entretanto, existem
animais cujo corpo não pode ser dividido em metades especulares.
Nesses casos não existe simetria, falando-se em animais assimétricos. A|
maioria dos animais possui o mesmo tipo de simetria desde a fase
embrionária até a fase adulta. Alguns, entretanto, apresentam um tipo de
simetria na fase embrionária e outro tipo na fase adulta: nesse caso, a
mudança está geralmente associada a adaptações dos adultos a modos
de vida especiais. A simetria observada no embrião ou na larva é
denominada primária e a observada no adulto, secundária.
Nos casos em que, durante o desenvolvimento embrionário de um
indivíduo, a simetria do embrião ou da larva difere da simetria do adulto,
quem fornece indícios da real estrutura do corpo do animal, sob o ponto
de vista taxonômico-evolutivo, é a simetria primária.
Os animais com simetria primária radial são chamados radiados e estão
representados pelos cnidários. Os poríferos ou possuem simetria radial
ou são assimétricos. Os animais com simetria primária bilateral são
chamados bilatérios e estão representados pelos demais animais.
Os animais diblásticos possuem simetria primária radial e os triblásticos,
simetria primária bilateral. Entretanto, alguns radiados e bilatérios podem
ter na fase adulta simetria diferente da primária.
O surgimento da simetria bilateral foi acompanhado de outras
modificações importantes no corpo. Nos bilatérios, o corpo apresenta uma
região anterior, uma posterior, uma ventral e outra dorsal. Nesses
animais, a região anterior do corpo é a primeira a entrar em contato com
os estímulos do meio; em função disto, verificou-se, no curso da evolução
desses animais, concentração de estruturas sensoriais e do sistema
nervoso nessa região, falando-se em cefalização.
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Um organismo metamérico apresenta o corpo dividido em porções
semelhantes, ordenadas ao longo do maior eixo do corpo e separadas
umas das outras por membrana mesodérmica. Cada porção dessas é um
segmento individualizado, que recebe o nome de metâmero; fala-se,
então, em segmentação metamérica ou metameria.
A metameria surgiu independentemente em duas linhas evolutivas: na
que deu origem aos anelídeos e artrópodes, e na que deu origem aos
cordados. É um processo que se verifica durante o desenvolvimento
embrionário e está relacionado com a maneira como o mesoderma e o
celoma se organizam. O mesoderma de cada metâmero origina
estruturas que se repetem ao longo do corpo do animal, como é o caso
da musculatura. Uma das vantagens da metameria é a formação de
blocos musculares que podem se contrair de forma independente, o que
propicia maior variedade de movimentos. Além disto, com a metameria
houve a possibilidade de independência de cada compartimento,
permitindo especializações nas diferentes partes do corpo. Em alguns
casos, a metameria, uma condição de organização interna do corpo, pode
ser notada externamente, como nos anelídeos e nos artrópodes. Nesees
últimos verificam-se fusões de segmentos em regiões especializadas que
executam diferentes funções, como é o caso da cabeça, do tórax e do
abdome. Nos cordados, a metameria nos adultos é evidente apenas em
algumas estruturas internas, como certos músculos que mantêm
organização metamérica.
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Introdução aos animais