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Tábata Baker
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Primeira Edição
Editora Perse
Rio de Janeiro
2013
Copyright© Tábata Baker
Copyright© Tábata Silva
tabatabaker.wix.com/site
Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida
por qualquer forma ou meio eletrônico ou mecânico, inclusive
fotocópia, gravação ou sistema de armazenagem e recuperação
de informação, sem a permissão escrita da autora.
O conteúdo desta obra obedece às normas do
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Revisão ortográfica
Tábata Baker
Arte da capa
Tábata Baker
Talitha Trovão
Diagramação
Talitha Trovão
Agradecimentos
Para a minha família e amigos e amigos que continuaram
acreditando que eu conseguiria chegar ao fim da minha jornada
inicial, meus sinceros agradecimentos.
Minha mãe, Sílvia, que nunca entendeu muito sobre o que eu
queria escrever, mas dizia pra que eu continuasse; meu avô,
Nilton, de quem herdei um pouco do talento na escrita e minha
irmã, Giovanna, que leu o livro pela primeira vez.
Para minha avó Ilda, minha fortalezae para meu pai, Carlos, de
onde dizem que herdei a inteligência. Mesmo em outro plano,
acredito que estejam orgulhosos.
Preciso citar dois amigos especiais que acompanharam o início da
jornada e acreditaram até o fim, Rani e William.
E pra pessoa que me acompanha no dia-a-dia,
e que me ajudou incessantemente durante várias noites
revisando e editando, Talitha.
Finalmente, para meu primeiro fã-clube, meus queridos alunos
que torceram muito para a publicação do livro.
E principalmente, para minha mente que continua inventando e
reinventando. Que essa luz que rege o universo continue me
iluminando cada vez mais e mais.
À você, caro leitor, divirta-se!
Parte
1
Capítulo 1 – Uma longa noite
16 de Abril de 2024 – Denver, Colorado – 23:50
Jennifer Prescott caminha apressada pela rua deserta, à
procura do número 43. Consulta o relógio e acelera o passo
observando ao redor para ter certeza de que não está sendo
seguida. O vento frio parecia congelar cada parte de seu rosto.
- Finalmente! - suspira aliviada, ao chegar no local
desejado. Um prédio de aspecto antigo com uma porta de
madeira e aparentemente vazio.
Sobe os três degraus que levam a porta e bate duas vezes.
A porta se abre e ela entra rapidamente.
O lugar está na penumbra.
Ela passa por um pequeno corredor e chega a uma sala
onde há uma mesa com algumas cadeiras ao redor. Apenas a
luminária fraca faz com que ela finalmente veja o rosto de sua
anfitriã.
- Como foi até aqui? - pergunta Ellen, preocupada.
- Tudo bem. - responde Jennifer, sentando-se. - E você?
- Por enquanto está tudo certo.
- Tranquilo demais... - disse Jennifer, desconfiada.
- Verdade. - confirma Ellen. - Melhor você não demorar
muito por aqui.
Ela pega o envelope sobre a mesa e o entrega a Jennifer.
- Esses são os documentos para você, Edward e James. explica, enquanto a amiga pega o envelope.
- E você?
- Já está tudo certo. - tranquilizou-a. - Vocês partem agora.
Conseguirei o que precisamos através de um informante e em
seguida vou ao encontro de vocês. Não devo demorar mais de
dois dias.
Jennifer guarda os documentos de volta no envelope e se
levanta apreensiva.
- Eu odeio ter você e James nesse plano. Por mim, seria
apenas eu e Edward...
- Nós já discutimos isso, Jenny. Somos uma equipe.
Estamos nessa juntos e vamos até o final. - falou firmemente. -
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Além do mais... Rupert.
- Eu sei. - concorda ela, vencida. Abre a jaqueta e guarda o
envelope no bolso de dentro.
- Tem munição suficiente pra continuar? - pergunta Ellen,
colocando uma maleta preta sobre a mesa.
- Sim, não se preocupe com isso.
- E o aparelho? Está funcionando?
- Perfeitamente. - confirma Jennifer, retirando do bolso
um aparelho semelhante a um celular.
- Eu o programei para enviar o sinal apenas quando estiver
perto do local combinado, de modo que não possa ser captado. explicou Ellen, enquanto analisava o objeto.
Devolveu o aparelho e acompanhou-a até a porta.
Despediram-se com um abraço e Jennifer desceu os degraus,
acenando uma última vez.
Enquanto Ellen fechava a porta, ela voltou a sua
caminhada.
Tinha pouco tempo para cruzar a distância que faltava.
Verificou o relógio novamente. A cada passo sentia o frio cada
vez mais intenso. Começara a chover bem fraquinho, mas o
suficiente para incomodar. Ativou o aparelho para que emitisse
sua localização a Edward e caminhava o mais rápido que podia,
até que ouviu um barulho.
Parou imediatamente.
Atenta, andou mais alguns passos até a esquina de modo
que não fosse vista. Havia um carro parando no final da rua que
ela usaria como atalho. Assim que o veículo parou, dois homens
desceram iniciando uma discussão.
Seu coração acelerou. A próxima rua não tinha saída e de
onde estava dificilmente conseguiria passar despercebida. Já
sabia exatamente quem eram os homens. Não havia alternativa.
Precisava de um plano imediato.
***
- Mais uma vez, James! - disse Edward, nervoso. Andava de
um lado a outro, com a pequena arma em punho, enquanto
James permanecia calmo ao volante.
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- Acabei de ver, Edward... Ela ainda não está em nosso
alcance.
- Eu sei, mas eu quero que você veja novamente. Está
demorando muito! - diz impaciente.
- Ed! - exclama James, segurando-o pelo braço quando ele
passou pela décima vez pela janela do motorista. - Vai dar tudo
certo, está bem? - tentou acalmá-lo.
- Eu não sei, cara... Eu só acho que está demorando muito.
A frase foi interrompida pelo som de um bipe que
começou a soar baixinho.
James largou Edward, verificando a tela do aparelho que
estava em suas mãos. Um pequeno ponto vermelho piscava no
mapa, indicando movimentação.
- Viu? Eu disse que ia dar tudo certo. - apontou a pequena
tela. - É ela.
- Ótimo!
James ficou a observar a tela e o ponto vermelho que se
movia lentamente, cruzando as ruas conforme Jennifer
caminhava. Até que parou de se mover.
Não se moveu pelos dois minutos seguintes.
Permaneceu em silêncio, mas Edward percebeu
imediatamente que a expressão dele havia mudado.
- O que houve? - perguntou, confuso.
- Ela parou.
- Como assim, parou?
- Parando, Edward...
- Será que são eles?
- Nós discutimos essa possibilidade, Edward. - ele respirou
fundo. - Temos que esperar.
Edward tentava se controlar.
Voltou a andar de um lado a outro.
- Eu confio em você, Jenny. - murmurou consigo mesmo,
enquanto voltava a observar a avenida sem movimentação.
***
- Me dá esse celular, idiota! - exclama Tony, irritado. Você é mesmo muito burro!
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Paul deu a ele o aparelho, contrariado.
- Sim. - responde Tony, assim que coloca o aparelho no
ouvido. - Tenho certeza que é essa rua sim. A próxima é uma rua
sem saída. - disse confiante.
Observou a rua deserta. O frio era notável e extremamente
incômodo.
- Entendido. - disse. Depois de alguns minutos ouvindo
instruções, desligou o telefone.
- E então? - perguntou Paul.
- Precisamos confirmar a informação. E não vamos matála. - Paul fez uma expressão de desentendido, que Tony logo
percebeu. - Não vamos matá-la. Ouviu, Paul?
- Infelizmente, sim. - respondeu ele, indignado - Mas por
mim acabava com isso hoje mesmo.
- Considero sua opinião, mas você não dá ordens por aqui.
Paul entra no carro irritado e bate a porta do Sedan preto,
deixando Tony do lado de fora.
***
Jennifer repassa mentalmente as possibilidades de fuga.
Por dentro da manga esquerda da jaqueta de couro, está seu
pequeno punhal preso ao antebraço. Um presente especial de
casamento que Edward havia lhe dado, com a gravação “J.
Prescott”.
Ela puxa a arma principal presa a cintura e a segura na
mão direita. Respira fundo e entra na rua onde os dois homens
estão.
Tony se vira ao ouvir o barulho dos passos e caminha em
direção a ela, enquanto Paul observa de dentro do carro.
- Olá, Jennifer! - diz ele.
Sem responder ela continua caminhando devagar.
- É falta de educação não cumprimentar as pessoas, sabia
Jenny? - insiste ele, sarcástico.
- Olá Tony! Vejo que você não desiste de mim, certo? pergunta, tranquila.
Ele sorri entusiasmado.
- Pois é... Você sabe que é inesquecível. - ele se aproxima
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ainda mais e toma a arma dela, prendendo-a em sua cintura. Jenny, Jenny... - sussurra em seu ouvido.
Ainda estática, ela mantém sua estratégia. Era melhor ele
acreditar que ela só tinha aquela arma para que tivesse alguma
chance.
- Você está ótima, sabia? - diz ele, observando-a
atentamente. - Pena que hoje o seu lindo cabelo está preso.
- Obrigada, Tony! - responde ela impaciente. - Acho que
devemos ir direto ao assunto, não?
- Definitivamente. - diz, apontando a arma para a cabeça
dela. - Hoje seus belos olhos verdes não irão hipnotizar ninguém.
- Como vai o nosso amigo? - pergunta, mudando de
assunto e tentando ganhar tempo.
- Cale a boca! - ordena Tony irritado, empurrando-a na
direção do carro que está a poucos metros deles. Em seguida faz
um sinal para Paul.
Jennifer observa que ele pega o telefone e faz uma ligação.
- Onde está ele? - pergunta Tony, irritado.
- Você sabe que eu não vou dizer.
- Mesmo que eu queira te matar? - diz ele, fazendo-a
parar.
- Mesmo que você queira me matar... - responde ela,
seriamente. - Você não irá fazer.
- Como você tem tanta certeza? - pergunta, irônico.
- Rupert jamais permitiria que você continuasse vivendo se
me matasse. - Olhou-o nos olhos e sorriu. - E sem mim, não tem
Edward. Quanto a Guadalajara... Ainda não é hora do nosso
acerto de contas.
Lembrou-se do último encontro que tivera com Tony.
Agora ele parecia cansado. Ainda assim, era incrível a
recuperação dele. Ainda que o último encontro não tivesse sido
amigável, sabia que havia impressionado-o. Tony tinha uma certa
queda por ela.
- Vamos. - diz ele irritado, ainda com a arma na mão.
Era a hora certa. Se ia tentar escapar, era esse o momento.
Conseguira deixá-lo irritado e vulnerável.
Jennifer puxa o punhal rapidamente e com um golpe
certeiro atinge o braço direito de Tony e toma-lhe a arma. Ele
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urra de dor e avança em cima dela. Ela ainda segurava o punhal
quando ele veio em sua direção. Se desviou e conseguiu derrubálo. Com um baque surdo Tony caiu de costas no chão úmido,
gemendo de dor. Finalmente ela cravou o punhal em seu ombro,
correndo em seguida.
- Ela está fugindo! - grita Tony, desesperado.
Paul abre a porta do carro, mas Jennifer é mais rápida e
antes que ele consiga atirar, acerta o vidro do carro que estoura e
ele se abaixa. Dá mais um tiro na porta do carro, onde Paul tenta
se proteger.
Tony tenta se reerguer em vão. Deitado no chão ele
consegue tirar o punhal e segurando o braço, tenta novamente se
levantar. Jennifer se aproxima da porta do carro e a empurra
contra Paul, que deixa a arma cair, batendo a cabeça e
desmaiando em seguida.
Ela corre desesperadamente. Tony se levanta cambaleante,
pega a arma na cintura com a mão livre e atira sem direção.
Faltando alguns poucos centímetros para o final da rua, Jennifer
sente uma dor no braço esquerdo. Instintivamente coloca a mão
na altura do ombro e percebe que levou um tiro de raspão.
Fazendo pressão sobre o ferimento, acelera ainda mais o passo. Já
na avenida principal, caminha mais alguns metros quando de
repente ouve um barulho de carro se aproximando em alta
velocidade. Ela para de súbito, quando um Crossover preto freia
próximo a ela.
- Edward! - exclama aliviada, assim que ele desce do carro.
Eles entram e o veículo arranca em alta velocidade.
- Ainda bem. - suspira Jennifer, recostando-se no banco.
- O que houve? – pergunta ele, preocupado.
- Foi só um tiro de raspão, nada demais. – ela responde,
recuperando o fôlego.
Ele a ajuda a tirar a jaqueta e procura pelo kit de primeiros
socorros.
- Olá James! – cumprimenta ela.
- Ei! Como está esse braço? – pergunta ele.
- Acho que vou sobreviver. – responde ela sorrindo.
Edward encontra o kit sob o banco e pega um pedaço de
algodão, umedece com álcool e começa a limpar o braço dela.
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- Ai! – reclama. – Cuidado!
- Você vai ficar bem. – diz ele, pegando esparadrapo para
fazer o curativo.
O carro segue em alta velocidade, cruzando os sinais
vermelhos e deixando apenas as marcas dos pneus para trás no
chão molhado.
Repentinamente, James faz uma curva fechada e para o
carro subitamente.
- Tudo ok, James? - pergunta Edward, terminando o
curativo improvisado.
- Melhor vocês descerem aqui. - responde ele, abrindo a
porta e descendo do carro.
Ele vai até a esquina e observa a rua.
Edward desce com duas armas. Uma em punho e a outra
presa a cintura. Ele ajuda Jennifer a descer, enquanto James
caminha até eles, preocupado.
- Jenny, no seu aparelho tem as coordenadas. - diz,
mostrando o mapa em seu próprio aparelho. - Vocês seguirão por
aqui. - aponta ele. - Em linha reta, entendeu?
- James...
- Você se lembra o número do prédio? - pergunta ele,
interrompendo Edward.
- Lembro. - responde Edward, confuso. - Mas...
- Não temos tempo, Edward! - interrompe James,
novamente. - Você vai com ela e nos vemos em Cannes, certo?
- Certo. - concorda Edward, derrotado. Sabia que não
havia tempo para discussões.
- Obrigada! - diz Jennifer, ao se aproximar de James.
- Se cuida.- diz ele, dando-lhe um abraço.
Edward se aproxima pra se despedir também. Eles trocam
um aperto de mão firme.
- Nos vemos em breve. - diz ele decidido. Agora, você
precisa ir.
Jennifer segura Edward pelo braço e o puxa fazendo-o
caminhar contrariado.
James volta ao carro e arranca em alta velocidade
novamente.
Edward e Jennifer correm pelo caminho que James
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