UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM ECOLOGIA E MANEJO DE RECURSOS NATURAIS RECURSO MADEIREIRO DO ESTADO DO ACRE: QUANTO E COMO É EXPLORADO Mestranda Silvia Helena Costa Brilhante Orientador Irving Foster Brown Rio Branco – Acre 2000 Silvia Helena Costa Brilhante RECURSO MADEIREIRO DO ESTADO DO ACRE: QUANTO E COMO É EXPLORADO Dissertação apresentada à Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Ecologia e Manejo de Recursos Natuariais da Universidade Federal do Acre como parte dos requisitos para a obtenção do título de Meste em Ecologia. Orientador Irving Foster Brown, Ph.D. Rio Branco-Acre 2000 2 RECURSO MADEIREIRO DO ESTADO DO ACRE: QUANTO E COMO É EXPLORADO Brilhante. S. H. C. 2000 BRILHANTE, Silvia Helena Costa. Recurso Madeireiro do Estado do Acre: Quanto e como é explorado. Rio Branco: UFAC/PROPEG, 2000. 53p. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais) – Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal do Acre, 2000. 1. Atividade Madeireira, 2. Madeireiras – Indústrias, 3. Floresta Tropical, I. Título. Endereço: Biblioteca Central. Universidade Federal do Acre. Campus Universitário, BR – 364, km 4. CEP 69.900-515. Rio Branco, Acre – Brasil. 3 Silvia Helena Costa Brilhante RECURSO MADEIREIRO DO ESTADO DO ACRE: QUANTO E COMO É EXPLORADO Dissertação apresentada à Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais da Universidade Federal do Acre como parte dos requisitos para a obtenção do título de Meste em Ecologia. Aprovada em _________________ de 2000. BANCA EXAMINADORA Irving Foster Brown, Ph.D. Niro Higuchi, Ph.D. Gil Vieira, Ph.D. Judson Valentin, Ph.D. Paulo Kageyama, Ph.D. Fátima Bigi, Drª. Edson Carvalho, Dr. Rio Branco – Acre 2000 4 DEDICATÓRIA Dedico este traballho ao meus pais, Diomira e Silvio; filhos, Neto e João; e marido, Siqueira. 5 AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer às pessoas e as insituições que contribuíram para a realização deste trabalho: Ao meu orientador, Irving Foster Brown, pela dedicação e ensinamentos. Aos meus colegas de turma que deram importante incentivo para a finalização deste trabalho. Aos colegas do Parque Zoobotânico que colaboraram para este trabalho realizar-se. Ao Parque Zoobotânico pelos recursos financeiros e logísticos a mim confiados. À Secretaria Executiva de Florestas e Extrativismo pela disponibilização “em primeira mão” dos dados do Diagnóstico do Setor Madeireiro realizado pela SEFE. Às demais pessoas que contribuíram direta e indiretamente com este trabalho. 6 Índice LISTA DE TABELAS........................................................................................................... 8 LISTA DE FIGURAS........................................................................................................... 9 RESUMO ...........................................................................................................................10 ABSTRACT.........................................................................................................................11 I. INTRODUÇÃO................................................................................................................12 1. ATIVIDADE MADEIREIRA: CONTEXTO GLOBAL E NACIONAL ...............................................13 2. ATIVIDADE MADEIREIRA NA REGIÃO NORTE ....................................................................14 3. ATIVIDADE MADEIREIRA NO ESTADO DO ACRE.................................................................15 II. MÉTODOS...................................................................................................................166 LEVANTAMENTO DE DADOS OFICIAIS .................................................................................166 CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE MADEIREIRA...................................................................166 III. RESULTADOS E DISCUSSÕES................................................................................166 LEVANTAMENTO DE DADOS OFICIAIS .................................................................................199 CARACTERIZAÇÃO DA ATIVIDADE MADEIREIRA...................................................222 IV. RECOMENDAÇÕES ..................................................................................................256 V. CONCLUSÕES ...........................................................................................................288 VI. REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS ...........................................................................300 ANEXOS……………………………………………..…………………………………………….32 7 Lista de Tabelas Tabela 1 - Produção de madeira em tora do Brasil ...................................... 13 Tabela 2– Países produtores de madeira tropical em tora ........................... 13 Tabela 3 – Produção de madeira em tora da Região Norte ......................... 14 Tabela 4 – Valor do transporte de madeira em tora em caminhão por município ................................................................................................ 23 Tabela 5 – Classificação das serrarias por nº de empregados................... 234 Tabela 6 – Valores absolutos e relativos do consumo anual em m³ de madeira em tora e número de serrarias.................................................. 25 Tabela 7 - Valores absolutos e relativos do consumo anual em m³ de madeira em tora e número de processadoras ...................................................... 25 8 Lista de Figuras Figura 1 – Produção de madeira em tora por estado da Região Norte ........ 15 Figura 2– Quantidade de serrarias em funcionamento no Estado do Acre .. 17 Figura 3 – Localização esquemática das serrarias e processadoras de madeira do Estado do Acre, por municípios ........................................... 18 Figura 4 - Licenciamento de madeira em tora, explorada por corte raso e plano de manejo no Estado do Acre....................................................... 19 Figura 5 – Volume de madeira em tora apreendida pelo IBAMA por ano, no Estado do Acre ....................................................................................... 20 Figura 6 – Arrecadação de ICMS do Estado do Acre, correspondente à madeira em tora, em unidades de R$ 1.000,00...................................... 20 Figura 7 – Produção estimada de madeira em tora do Estado do Acre ....... 21 Figura 8 – Origem da madeira em tora no Estado do Acre ......................... 23 9 RESUMO No Estado do Acre, a explosão da atividade madeireira, se deu na década de 80 com a vinda de madeireiros de outras partes do Brasil. Esta atividade se consolidou em um contexto de expansão da frente agropecuária, recursos florestais abundante, mercado consumidor em expansão, ausência de polítias públicas e ineficiência no sistema de monitoramento e fiscalização. A ausência de dados ou a falta de confiança nos que existem dificultam a interpretação de como esta atividade vem se desenvolvendo. O objetivo deste trabalho é analisar os dados oficiais disponíveis sobre a atividade madeireira e compará-los com outros dados no intuito de fonecer uma estimativa mais confiável desta atividade no Acre. Em 1996, o IBGE divulgou que foi beneficiada no Estado do Acre aproximadamente 400 mil m³ de madeira em tora, sendo que o IBAMA/AC licenciou apenas 19 mil m³, um valor 21 vezes menor do que o do IBGE. Dependendo da fonte de dados adotada o Acre pode participar do beneficiamento de 1,43% ou de 0,07% do total processado na Amazônia Legal Brasileira. Em relação à fiscalização, as apreensões de madeira feitas pelo IBAMA, neste mesmo ano, foram de aproximadamente 4 mil m³, que pode representar 1% do total comercializado ou 21%, dependendo da fonte de dados adotada. Em 1999, a exploração madeireira teve uma participação reduzida no ICMS do Estado, arrecadou apenas 0,6% do ICMS total. O Estado do Acre tem características que favorecem a utilização do recurso madeireiro, aproximadamente 93% de sua área total (mais de 150 mil km²) tem cobertura florestal e o atual governo tem o desejo de desenvolver este setor em bases sustentáveis. A Secretaria Executiva de Florestas e Extrativismo (SEFE) realizou, em 1999, um diagnóstico do setor que consome madeira em tora, foi identificado 17 serrarias funcionando em Rio Branco e 43 indústrias que processam madeira nos outros municípios, 1 fábrica de compensados e 349 marcenarias que também consomem madeira em tora. Estas consomem aproximadamente 212.000 m³ de madeira em tora resultando em aproximadamente 69.000 m³ de madeira serrada, sendo Rio Branco responsável por 48% do total produzido, 16% do total de madeira serrada é exportado para outros estados. As doze espécies mais comercializadas no estado do Acre são Apuleia moralis, Hymenolobium spp., Cedrela odorata, Torresia acreana, Copaifera spp., Coumarouna odorata, Coumarouna ferrea, Tabebuia spo., Hymenaea courbaril, Swietenia macrophylla, Calycophyllum spruceanum, e Ceiba pentandra, de uma lista onde foram registradas 47 espécies madeireiras utilizadas pelo setor. Com base neste Diagnóstico, os dados oficiais existentes, tanto podem superestimar os volume comercializado, aumentando em um fator de 2 quando utilizamos dados do IBGE ou subestimar, registrando aproximadamente apenas 10% do que é comercializado quando usamos os dados fornecidos pelo IBAMA e SEFAZ. Concluímos portanto que os dados oficiais disponíveis, não retratam a realidade do setor e que esta atividade atuou em cerca de 90% do seu total de forma ilegal nos últimos anos. 10 ABSTRACT In the State of Acre, Brazil, logging activity exploded in the 1980s with the arrival of loggers from other regions of Brazil. This activity grew in a context of a growing agricultural frontier, abundant forest resources, expanding consumer market, absence of public policies, and inefficiency in monitoring and policing systems. The absence of data or the unreliability of those that exist makes the interpretation of the evolution of logging difficult. The objective of this study is to analyze the available official data on logging and compare them with other more recent data in order to provide a more reliable estimate of this activity in Acre. In 1996, the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) published that appoximately 400 thousand cubic meters of timber trunks were processed in Acre State, while the Brazilian Institute for the Environment and Natural Renewable Resources (IBAMA) licensed only 19 thousand cubic meters, a value 21 times smaller than that of IBGE. Depending on the official data source, Acre participates in 1.43% or 0.07% of the total logging activity in Brazilian Amazonia. for the same year, IBAMA apprehended 4 thousand cubic meters of illegal timber, 1% or 21% of the timber processed, depending on the value adopted. In 1996 logging activity had a reduced participation in the State economy, supplying only 0.6% of the State taxes (ICMS). The State of Acre has characteristics that favor the utilization of timber resources. About 93% of the total area of the State (more than 150 thousand km2) has forest cover and a goal of the present government is to develop these resources on a sustainable basis. The Executive Secretary of Forests and Extractivism (SEFE) completed in 1999 a survey of the timber sector. Seventeen sawmills in the Rio Branco municipality are operating and 43 firms in other municipalities also process wood. there is one factory for plywood and 349 woodworking shops also in operation. In 1999, approximately 212 thousand cubic meters of timber trunks were consumed, producing about 69 thousand cubic meters of sawn wood. Rio Branco is responsible for 48% of this total and 16% of the total is exported from the State. The 12 timber species most used of the 47 now being commercialized are Apuleia moralis, Hymenolobium spp., Cedrela odorata, Torresia acreana, Copaifera spp., Coumarouna odorata, Coumarouna ferrea,Tabebuia spp., Hymenaea courbaril, Swietenia macrophylla, Calycophyllum spruceanum, and Ceiba pentandra . The SEFE survey indicates that this sector employs 347 persons in Rio Branco and 445 in other municipalities for a total of nearly 800 persons. Using this survey as a base, the offical IBGE and IBAMA data could superestimate by a factor of 2 or subestimate by a factor of 10 the amount of commercialized timber, respectively. The official data, therefore, do not provide an accurate portrayal of the timber industry. The data available suggest that the timber industry has declined and that about 90% of its production was illegal in the late 1990s. 11 Recurso madeireiro do Estado do Acre: quanto e como é explorado Silvia Helena Costa Brilhante1 Irving Foster Brown2 1 Secretaria Executiva de Florestas e Extrativismo, Mestranda do Curso de Ecologia e Manejo de Florestas da UFAC; Universidade Federal do Acre/Parque Zoobotânico; Universidade Federal Fluminense; Woods Hole Research Center 2 I. INTRODUÇÃO As florestas da Amazônia Brasileira representam um terço das florestas tropicais do mundo e produzem 75% da madeira em tora do Brasil (Uhl et al., 1997a). Estas florestas possuem um volume estimado de 60 bilhões de metros cúbicos de madeira em tora, cujo valor econômico pode alcançar 4 trilhões de reais em madeira serrada, utilizando-se 350 espécies, das milhares que estas florestas possuem (Veríssimo e Barros, 1996). Estes números atraentes economicamente, não levam em consideração os danos que esta atividade acarreta para o ecossistema, nem os múltiplos serviços ambientais, de efeitos local e regional que a floresta executa, (Uhl e Kauffman, 1990; Lisboa et al., 1991; Salati, 1992; Veríssimo et al., 1992; Berardo et al., 1996; Nepstad et al., 1997; Uhl et al., 1997b; Vidal et al., 1997; Amaral et al., 1998; Brasil. Congresso. Câmara dos Deputados, 1998; Dudley et al., 1998). A escassez de madeira das florestas asiáticas, ou mesmo do sul e sudeste do Brasil, as novas políticas de globalização e a abundância de matéria-prima local, apontam a região norte do Brasil, como o futuro pólo madeireiro para suprir o mercado mundial. O Estado do Acre em particular, tem características que favorecem a utilização do recurso madeireiro, aproximadamente 93% de sua área (mais de 150 mil km²) tem cobertura florestal e o atual governo tem o desejo explícito de desenvolver este setor em bases sustentáveis. A elaboração de uma política para o setor pressupõe que se tenha um diagnóstico real e atualizado, com informações de como e quanto este recurso é explorado. Os dados oficiais desta atividade deveriam estar organizados e disponíveis. No entanto a imprecisão dos dados oficiais sobre a atividade madeireira é maior do que as classe de produção das serrarias: m3/ano, origem da matéria-prima e quantidade de empregos do setor com objetivo de caracterizar como se dá esta exploração, e; - A importância que esta atividade possui para a economia do Acre, através da sua participação no ICMS. 1. Atividade Madeireira: Contexto Global e Nacional O Relatório da Câmara dos Deputados da Comissão Externa destinada a averiguar a aquisição de madeireiras, serrarias e extensas porções de terras brasileiras por grupos asiáticos constatou que o Brasil é o único país do mundo que não tem uma política florestal definida, apesar de possuir 41% de seu território coberto por florestas (Brasil. Congresso. Câmara dos Deputados, 1998). A política florestal reduz-se à política madeireira, refletindo uma incompreensão econômica, ambiental e social do problema. Neste mesmo relatório consta que a política florestal/madeireira é uma resposta à tendência que já se prenuncia com a queda da produção madeireira asiática e de sua participação no mercado internacional. Existe a perspectivas de que a Amazônia Brasileira ocupe este espaço (Tabela 1). Ano 1988 1989 1992 1993 1994 1995 Volume em unidades de 1.000.000 m3 52 66 53 67 62 62 Tabela 1 - Produção de madeira em tora do Brasil. Fonte: IBGE, 1996 A Tabela 2 apresenta o volume comercializado pelos países produtores de madeira tropical, filiados à International Tropical Timber Organization-ITTO sendo que em 1989 a Malásia, Indonésia, Brasil e Índia produziram 79% do total mundial e em 1995, 82%. Países Malásia Indonésia Brasil Índia Outros TOTAL 1989 1.000 m3 38.900 29.500 27.200 18.300 30.400 144.300 % 27 20 19 13 21 100 1995 1.000 m3 35.000 34.000 26.000 15.000 23.600 133.600 % 26 25 20 11 18 100 Tabela 2– Países produtores de madeira tropical em tora. Fonte: Brasil. Congresso. Câmara dos Deputados, 1998 Segundo dados do ITTO, o Brasil é hoje o terceiro país exportador de madeiras tropicais, sendo também o terceiro produtor, depois da Malásia e Indonésia. O primeiro país consumidor mundial de madeiras tropicais é o Brasil, consome internamente mais de 80% do total de madeira que produz (Brasil. Congresso. Câmara dos Deputados, 1998). 13 Podemos verificar a diferença entre os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE e do ITTO sobre produção nacional de madeira em tora, 66 e 27 milhões de m³ em 1989 e 62 e 26 milhões de m³ em 1995, respectivamente, estes números diferem em um fator de 2. O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia-IMAZON, coloca a região norte responsável por 80% do total produzido no Brasil, corroborando os dados percentuais do IBGE que afirma que a contribuição da região norte (49 milhões de m³, IBGE, 1996) é de 79% do total mundial (62 milhões de m³ IBGE, 1996), no entanto o IMAZON divulgou uma produção nacional que corresponde à metade destes dados, 31 milhões de m3/ano (Veríssimo e Amaral, 1996) mais próximo dos dados do ITTO (26 milhões de m³) embora ainda haja uma diferença de 5 milhões de m³. 2. Atividade Madeireira na Região Norte Desde o início da ocupação da Amazônia, a extração de madeira foi praticada em pequena escala (Veríssimo et al., 1999). No entanto, a partir de meados dos anos 70 a atividade cresceu na Região Norte, assumindo a liderança na produção de madeira do País (Veríssimo e Amaral, 1996; Uhl et al., 1997a). No entanto este recurso vem sendo explorado sempre da mesma forma, as modificações foram melhorias tecnológicas para diminuir o esforço físico do ser humano na derrubada e transporte de madeira (Hummel, 1995). Anteriormente, a extração limitava-se às florestas inundadas, de acesso relativamente mais fácil. A construção de estradas, como a Belém-Brasília na década de 60 e a Transamazônica na década de 70, permitiu a chegada dos madeireiros às florestas de terra firme (Uhl e Vieira, 1991). Neste período esta atividade não tinha significado economicamente expressivo para a região, a exploração madeireira era considerada como um subproduto da atividade agropecuária, substituindo os extintos incentivos fiscais para o setor agropecuário (Higuchi, 1997). Segundo os dados do IBGE, para o ano de 1995 (Tabela 3), 49 milhões de metros cúbicos de madeira em tora são extraídas da Floresta Amazônica para serrarias e fábricas de laminados/compensados, totalizando mais de 3.000 indústrias na região norte. Ano 1988 1989 1992 1993 1994 1995 Volume em unidades de 1.000.000 m3 32 47 38 51 47 49 Tabela 3 – Produção de madeira em tora da Região Norte. Fonte: IBGE, 1996 Os dados de 1991 não foram publicados Smeraldi e Veríssimo (1999) estimaram a produção de madeira em tora da região norte em 28 milhões de metros cúbicos para o ano de 1997, sendo que o Pará e o Mato Grosso são responsáveis por três quartos da produção, este volume é menor do que os registrados pelo IBGE desde 1988. A Figura 1 traz a produção de madeira em tora de cada Estado da Região Norte. 14 milhões de m³ 12 8 4 0 Tocantins Amapá Roraima Acre Maranhão Amazonas Rondônia Mato Grosso Pará Figura 1 – Produção de madeira em tora por estado da Região Norte, 1997. Fonte: baseado em Smeraldi e Veríssimo, 1999 3. Atividade Madeireira no Estado do Acre O Estado do Acre localiza-se na região norte do Brasil e possui 22 municípios, tem uma área de mais de 153.000 km² e uma população de mais de 480 mil habitantes. Rio Branco, capital do Estado, concentra mais de 50% desta população (SEPLAN, 1999). No Estado do Acre, a atividade madeireira se consolidou em um contexto de ausência de políticas públicas, expansão da frente agropecuária, colonos abandonados em suas áreas, recursos florestais abundantes, mercado consumidor em expansão e ineficiência no sistema de monitoramento e fiscalização. O grande incremento desta atividade no Acre, se deu com a vinda de madeireiros de outras partes do Brasil. Estas pessoas, sem possuir serrarias mas dispondo de capital, conseguiam viabilizar todas as etapas da extração e comercialização de madeira (Raimundo F. de Souza1, comunicação pessoal, 1998). O último estudo sobre o setor madeireiro do Estado foi realizado há 10 anos atrás (FUNTAC, 1990). Até então, o setor caminha sem que nenhuma instituição governamental (federal, estadual ou municipal) tenha dados atualizados sobre o setor. 1 Raimundo Francisco de Souza é Técnico em Assuntos Educacionais e trabalha a 13 anos no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA-AC 15 II. MÉTODOS Levantamento de dados oficiais O método consistiu em entrevistas e coleta de dados junto aos órgãos envolvidos com a questão ambiental (Instituições Federais e Estaduais), madeireiros, engenheiros florestais e técnicos/fiscais; pesquisas bibliográfica em publicações especializadas; levantamento; classificação e análise das informações obtidas. Foram consultados todos os processos de infração por transporte, armazenamento e comercialização ilegal de madeira, no mesmo período (dados brutos, anexo I), todos os processos de Exploração (corte raso) (dados brutos, anexo II) e os processos de Planos de Manejo Florestal Sustentado registrados no IBAMA e IMAC no período de 1988 a 1999 (dados brutos, anexo III) e relatórios do IBGE (1996), no intuito de comparar os dados de produção. Junto à Secretaria de Estado da Fazenda-SEFAZ, foi realizado um levantamento da participação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e ServiçosICMS (SEFAZ, 1998). Este dado monetário também serviu para transformar em volume a madeira que pagou este imposto. Utilizando a Pauta de Preços Mínimos (anexo IV) para madeira em tora do Estado, o valor médio encontrado foi de R$ 25,00/m³, utilizamos este valor para transformar os dados (Equação 1). v (m³) = ICMS (R$) Equação 1 25,00 (R$/m³) v = volume de madeira em tora em m³ ICMS = imposto paga à SEFAZ rm R$ Caracterização da Atividade Madeireira Para a caracterização da atividade madeireira quanto à exploração, transporte, processamento e comercialização, foi aplicado nas 16 serrarias que estavam em funcionamento no município de Rio Branco em 1998, um questionário (anexo V) que solicitava as seguintes informações: n° de espécies extraídas, opções e o valor de transporte, maquinário utilizado, quantidade de funcionários, qualificação dos empregados, origem da matéria-prima, comercialização, classe de produção das serrarias: m3/ano e tipo de beneficiamento da madeira. Para esta caracterização também foram utilizados dados do Diagnóstico da Atividade Madeireira do Estado do Acre realizado em set/out deste ano pela SEFE (1999, dados não publicados). O valor de transporte foi calculado dividindo a média cobrada pelo transporte, pela quantidade de madeira (m³) e pela distância percorrida. A utilização destas duas fontes independentes serviu para corroborar as informações e para obter um panorama mais fiel do setor, tendo em vista que utilizar somente dados de Rio Branco não refletiria a realidade dos outros municípios. III. RESULTADOS E DISCUSSÕES Segundo dados da FUNTAC (1990) em 1988 haviam em Rio Branco aproximadamente 64 microserrarias2 em funcionamento e aproximadamente o dobro deste valor, cadastradas com licença para funcionar. No entanto este número reduziu e 2 Conforme Hummel (1994) microserrarias são aquelas que têm uma produção de até 5.000 m³ por ano. 16 em 1998, haviam apenas 16 serrarias funcionando em Rio Branco. Este aumento e posterior diminuição do número de serrarias também foi o padrão do interior do Estado. Segundo o IBAMA (1998) foram canceladas em 1993, 12 licenças de serrarias, em 1995, 39 e em 1998, 143 serrarias tiveram suas licenças canceladas. Estes cancelamentos necessariamente não implicam em serrarias sendo fechadas, mas quase na sua totalidade, referem-se a serrarias que nunca chegaram a ser instaladas e portanto tiveram suas autorizações de funcionamento canceladas. A quantidade de serrarias vem diminuindo a partir de 1990 e teve um pequeno aumento no ano de 1999 (Figura 2). No diagnóstico realizado pela SEFE (1999, dados não publicados) foram encontradas 17 serrarias funcionando em Rio Branco e 43 nos demais municípios, perfazendo um total de 60 serrarias no Estado. Mas quando comparado com os dados de 1988 e 1990 verifica-se um declínio. 80 70 Rio Branco Outros municípios n de serrarias 60 50 40 30 20 10 0 1985 1987 1988 1990 1992 1998 1999 Figura 2– Quantidade de serrarias em funcionamento no Estado do Acre, por ano. Fonte: IBAMA, SEFE (dados não publicados). Ao longo da realização do diagnóstico do setor madeireiro, foram identificadas, junto às serrarias localizadas nos outros municípios, 25 serrarias que processam somente madeira em bloco (pranchas), as toras são processadas com motosserras no local da exploração, estas processadoras são características da região ocidental do Estado. A Figura 3 mostra a localização das serrarias e processadoras ao longo do Estado. 17 Rodrigues Alves Porto Walter Bujari Marechal Thaumaturgo Jordão Santa Rosa Plácido de Castro Capixaba Assis Brasil Brasiléia Rio Branco Xapuri Epitaciolândia Senador Guiomard Levantamento de dados oficiais Junto ao IBAMA foi levantado o volume de madeira licenciado para comercialização através dos processos de Planos de Exploração (anexo II), em pequenas áreas (que não ultrapassam 5 ha) onde é feito o corte raso (derrubada total), e plantado o roçado de lavoura branca. Atualmente a legislação só permite o corte raso em áreas de até 3 ha. O volume de madeira explorado através de Manejo Florestal Sustentado também foi quantificado através da consulta dos processos protocolados no IBAMA (anexo III), no entanto este volume é muito incipiente quando comparado ao volume explorado através de corte raso (Figura 4), a diferença entre o volume de madeira que é explorado por corte raso e por manejo pode demonstrar o quanto esta atividade é conduzida de forma predatória no Estado. 180000 160000 volume (m³) 140000 120000 100000 manejo 80000 corteraso 60000 40000 20000 0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 Figura 4 - Licenciamento de madeira em tora, explorada por corte raso e por manejo no Estado do Acre, registrado pelo IBAMA. No ano de 1995, não têm dados para madeira explorada por corte raso, somente neste ano as autorizações foram concedidas através do IMAC e os dados não foram coletados neste órgão. Desde 1996 não foi explorado madeira por manejo no Estado. Fonte: IBAMA Foram levantados os dados de multas e apreensão de madeira transportada, armazenada e/ou comercializada ilegalmente em todo o Estado (anexo I) (Figura 5), sendo que dificilmente a fiscalização atua 100%, podemos afirmar que este volume está subestimado. Esta madeira apreendida somada à madeira licenciada, refletirá o volume que o IBAMA registou como produção do Estado (mesmo que uma parte seja ilegal). Com este gráfico podemos observar a tendência da atuação da fiscalização neste setor, este declínio do volume de madeira apreendida pode refletir que a atividade ilegal diminuiu, ou que a atuação da fiscalização tornou-se cada vez mais ineficiente, ou que o setor realmente encontra-se em declínio. 19 Figura 5 – Volume de madeira em tora apreendida pelo IBAMA por ano, no Estado do Acre. Esta linha reta (regressão linear) representa a tendência de redução do volume apreendido pelo IBAMA. Fonte: IBAMA Em relação a contribuição de ICMS, o setor madeireiro contribui pouco (Figura 6). 450 400 350 volume 1.000 m³ 300 250 200 150 100 50 0 1988 1989 1990 1991 vol comerc/IBGE 1992 1993 1994 vol licenc/IBAMA 1995 1996 1997 vol pagou ICMS/SEF 1998 1999 Caracterização da Atividade Madeireira3 Exploração. Segundo as entrevistas4 realizadas nas 16 serrarias de Rio Branco que estavam funcionando em 1998, as doze espécies mais comercializadas são: Amarelão (Apuleia moralis), Angelim (Hymenolobium sp), Cedro (Cedrela odorata), Cerejeira (Torressia acreana), Copaíba (Copaifera sp), Cumaru-cetim (Coumarouna odorata), Cumaru-ferro (Coumarouna ferrea), Ipê (Tabebuia sp), Jatobá (Hymenaea courbaril), Mogno (Swietenia macrophylla), Mulateiro (Calycophyllum spruceanum), e Samaúma (Ceiba pentandra). Sendo que esta lista pode chegar até um número de 47 espécies utilizadas (anexo VI). Na exploração, as árvores são identificadas e derrubadas com motosserras e arrastadas por tratores até os pátios de estocagem (esplanadas) onde são empilhadas. As toras são transportadas por caminhões até as serrarias. Na parte ocidental do estado o primeiro beneficiamento da madeira é feito no local da exploração com o auxílio de motosserras, só então é levada até a serraria/processadora. Nesta região também é comum o transporte por via fluvial. Transporte. As toras são levadas do local da exploração para as serrarias em caminhões. Estes percorrem, em Rio Branco, uma distância que variou entre 30 e 150 km, sendo a média igual a 77 km, dado que foi corroborado com o diagnóstico da SEFE, 72 km para Rio Branco. As condições das estradas são precárias, podendo aumentando o custo do transporte (Tabela 4). Segundo o diagnóstico realizado pela SEFE nos demais municípios esta distância é menor. Em Senador Guiomard é de 60 km; Mâncio Lima, 50 km; Cruzeiro do Sul, 35 km; Brasiléia, 28 km, sendo que a distância média percorrida tem relação com as condições de acesso das estradas. A cidade onde é percorrida a menor distância é Manoel Urbano com 11 km em média, mas também é o município onde o transporte é mais caro (1,50 R$/m³/km). Cidade Senador Guiomard Rio Branco Brasiléia Cruzeiro do Sul Sena Madureira Tarauacá Mâncio Lima Marechal Thaumaturgo Acrelândia Manoel Urbano Média de Preço (R$/m³/km) 0,12 0,15 0,25 0,25 0,26 0,32 0,39 0,50 0,75 1,50 Tabela 4 – Valor do transporte de madeira em tora em caminhão por município (R$/m³/km) Fonte: SEFE, 1999 (dados não publicados) Em Rio Branco, a participação das serrarias na exploração se dá da seguinte forma: 70% das serrarias fazem exploração e 30%, terceirizam a exploração. 3 A caracterização da atividade madeireira segue o formato proposto em Veríssimo et al. (1999) A caracterização do setor foi obtida através de fonte primária com aplicação de questionário (anexo V). Sempre que a fonte for secundária, será especificada. 4 22 Origem da matéria-prima. Em Rio Branco, 80% da matéria-prima é oriunda de áreas de terceiros (principalmente colonos), 7% não foi identificado e apenas 13% de áreas próprias. O diagnóstico realizado pela SEFE identificou que no estado do Acre 94% da madeira vem de áreas de terceios (Figura 8), os municípios de Xapuri, Brasiléia, Senador Guiomard, Acrelândia, Capixaba, Epitaciolândia, Porto Acre, Santa Rosa e Jordão dependem 100% de madeira oriunda de áreas de terceiros. Nos municípios de Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo e Feijó 100% da matéria-prima é oriunda de área própria e nos demais municípios, Sena Madureira, Manoel Urbano e Cruzeiro do Sul a origem de sua madeira, em média, é oriunda de 80% de área de terceiros e 20% de área própria e apenas Tarauacá tem 60% de sua matéria-prima oriunda de área própria e 40% de área de terceiros. 6% área própria terceiros 94% Figura 8 – Origem da madeira em tora no Estado do Acre Fonte: SEFE, 1999 (dados não publicados) Ocupações produtivas geradas. A equipe de exploração inclui mateiros (identificadores botânicos), motosserristas, tratoristas e motoristas de caminhão. Durante a exploração, período que vai de maio a outubro (pode estender-se até dezembro, dependendo da quantidade de chuvas), chega a empregar 440 pessoas a mais, dos seus 350 funcionários fixos, nesta atividade os empregos caracterizam-se por baixa remuneração (gira em torno de um salário mínimo); falta de registro, e por apresentar elevados riscos de acidentes de trabalho. Os 350 empregos fixos, geralmente são empregados das serrarias onde fazem o processamento da madeira. No levantamento realizado pela SEFE, constatou-se 347 funcionários fixos em Rio Branco e 445 nos demais municípios, totalizando 792 empregos diretos gerados pelo setor. Em relação à quantidade de empregados as empresas do Estados classificam-se em pequenas e médias (Tabela 5). n° de empregados(*) Pequena - até 20 Média - de 21 a 50 Grande - mais de 50 n° de serrarias demais Rio total municípios Branco 39 9 48 4 8 12 - Tabela 5 – Classificação das serrarias por nº de empregados % 80 20 - Processamento. Chamamos aqui de processadoras as empresas que processam somente madeira em prancha (blocos), estas indústrias são características dos vales do Juruá e Purus. Estes blocos são processados com motosserras no local da exploração, este procedimento facilita o transporte da matéria-prima até a processadora, no entanto, aumenta muito o desperdício de madeira. As serrarias tem uma produção bastante variável. Esta variação se dá devido ao maquinário utilizado. A maioria das serrarias localizadas em Rio Branco (81%) utilizam serras de fita para processar a madeira. Produção. O Estado do Acre processau um volume de aproximadamente 212.000 m³/ano (SEFE, 1999). O volume anual consumido por serrarias e processadoras é de 187.578 m³ de madeira em tora (Tabelas 6 e 7), 8.800 m³ é consumido pela fábrica de compensados e ainda foi detectado pelo diagnóstico realizado pela SEFE a existência 349 marcenarias que consomem madeira em tora em um total por ano de 13.000 m³. Este volume de madeira em tora somado resulta em aproximadamente 69.000 m³ de madeira processada, se utilizarmos para este cálculo o trabalho realizado por Vidal et al. (1997) onde o rendimento médio no processamento de uma tora é de 36% para a região norte. Com esta produção anual, estima-se que a área florestal afetada pela atividade madeireira é de aproximadamente 8.000 ha/ano. Considerando um volume extraído de 25 m³/ha (Veríssmo, et al., 1999) como basicamente a produção de madeira é resultado de corte raso, área florestal danificada é muito maior. Cidade Consumo Anual (m3) % Rio Branco 88.178 60 Sena Madureira 16.900 11 Acrelândia 10.747 7 Brasiléia 8.580 6 Senador Guiomard 7.165 5 Capixaba 5.720 4 Porto Acre 3.432 2 Tarauacá 3.016 2 Xapuri 2.600 2 Total 144.343 100 Serrarias Número % 17 49 4 11 3 8 2 6 2 6 1 3 1 3 4 11 1 3 35 100 Tabela 6 – Valores absolutos e relativos do consumo anual em m³ de madeira em tora e número de serrarias para o ano de 1998. As serrarias estão localizadas na parte leste do Estado. FONTE: SEFE, 1999 (dados não publicados) 24 Cidade Cruzeiro do Sul Epitaciolância Mâncio Lima Manoel Urbano Santa Rosa Tarauacá Feijó Marechal Thaumaturgo Jordão Total Consumo Anual % (m3) 12.881 29,8 10.495 24,3 7.394 17,1 4.108 9,5 3.673 8,5 2.576 6,0 1.193 2,7 716 1,6 199 0,5 43.235 100 Processadoras(*) Número % 8 32 1 4 2 8 4 16 1 4 5 20 1 4 1 4 2 8 25 100 Tabela 7 - Valores absolutos e relativos do consumo anual em m³ de madeira em tora e número de processadoras para o ano de 1998. As processadoras estão localizadas na parte oeste do Estado. FONTE: SEFE, 1999 (dados não publicados). *Empresas que processam madeira em bloco. As serrarias podem ser classificadas pela sua produção, conforme Hummel et al. (1994), uma serraria é classificada como pequena, quando sua produção anual é de até 5.000 m³, conforme esta classificação todas as indústrias de madeira do Estado, são pequenas. Quanto ao tempo de instalação, das 60 serrarias e processadoras identificadas pela SEFE, apenas 46 responderam este item, sendo que 30% destes estabelecimentos iniciaram sua produção a partir dos anos 80 e 70% tiveram sua instalação na década de 90. Preço da matéria-prima. O valor pago para a madeira em pé varia de acordo com a espécie e a distância em relação à serraria. Os valores médios encontrados foram, R$ 9 para madeira de baixo valor e R$ 39 para madeiras nobre. Em relação à madeira em tora, na serraria, o preço médio foi de R$ 52 para madeira de baixo valor e R$ 63, para a de alto valor. Comparativamente estes valores se aproximam dos que são praticados no Mato Grosso mas são 3 vezes maiores que os praticados no Estado do Amapá (Veríssimo et al., 1999). Comercialização. A madeira é comercializada diretamente nas serrarias e atende basicamente o mercado local. O Acre exporta 16% do total produzido, sendo os 84% restante (143.000 m³) consumidos internamente. Veríssmo et al. (1999) constatou que em 1997 o Acre participou de 4% do que foi consumido no mercado paulista. IV. RECOMENDAÇÕES Ao longo deste trabalho identificamos vários problemas no setor madeireiro do Acre. O primeiro que nos deparamos foi a falta de dados disponíveis ou a confiabilidade dos dados existentes. Até mesmo os órgãos responsáveis pelas informações não têm estes dados organizados, embora estas informações deveriam ser, ferramenta de trabalho de importância fundamental para estas instituições. Outro ponto de estrangulamento é a clandestinidade em que o setor atua, este fator contribui para diminuir a receptividade de pesquisas, pois as pessoas que 25 trabalham nesta atividade têm medo de uma ação fiscalizatória. Além disso, a clandestinidade também contribui para o aumento da sonegação de impostos. Outro problema que o Estado do Acre (com mais de 150.000 km2 de área) enfrenta, é o número reduzido de fiscais, o IBAMA possui apenas 7 para cobrir toda esta área. Com a adesão no ano de 1999, ao Pacto Federativo (entre o IBAMA-DF e o Instituto do Meio Ambiente do Estado do Acre-IMAC), onde fica estabelecido que o IMAC deverá dividir a responsabilidade de licenciamento, fiscalização, monitoramento e controle desta atividade, visando a descentralização da gestão ambiental, a fiscalização terá outro direcionamento. No entanto a quantidade de fiscais ainda é insuficiente, pois o IMAC conta apenas com 13, seriam portanto, aproximadamente 7.500 km²/fiscal para monitoramento, inviabilizando a eficiência desta atividade. Fica patente que a fiscalização para este setor é de extrema importância. Somar a quantidade de madeira comercializada ao volume de madeira ilegal apreendida, refletiria uma produção mais próxima da realidade, justificando o investimento de recursos em ferramentas modernas para auxiliar a execução desta atividade. Vários outros problemas para o desenvolvimeto do setor podem ser elencados: • Ausência de uma série histórica de dados deste setor; • Desorganização nas instituições que tratam das questões relacionadas ao setor madeireiro (licenciamento, monitoramento e controle); • Ferramentas e procedimentos de controle e fiscalização ineficientes; • Falta de políticas definidas para o setor madeireiro na esfera estadual; • Exploração de madeira conduzida de forma predatória; • Não existe exploração através de manejo florestal; • Pressão sobre um número reduzido de espécies; • Altos custos do transporte; • Falta de incentivos/créditos para os setor; • Mão-de-obra desqualificada. No entanto, existem várias alternativas para promover o desenvolvimento deste setor, algumas das sugestões para solucionar estes problemas figuram em vários relatórios, poderiam aqui também ser listadas. A diferença é que atualmente o Estado do Acre possui governantes que têm vontade e poder político de implementá-las. Uma destas alternativas é a certificação florestal que é um mecanismo de mercado para valorizar produtos de áreas manejadas (Viana, 1996). O Governo pode estimular, através de incentivos, empresas que queiram ter seus produtos certificados. Tornar a fiscalização da atividade madeireira efetiva é uma medida que dá segurança ambiental para o Governo investir neste setor. Identificar os estrangulamentos da fiscalização, monitorar todas as etapas da atividades e obter informações confiáveis sobre o setor, são medidas que devem ser promovidas. Uma ferramenta que poderia auxiliar nesta tarefa seriam imagens de satélite, de acesso relativamente fácil e barato e que já vêm sendo utilizadas de forma demonstrativa em alguns centros de pesquisa (Instituto Nacional de Pesquisas EspaciaisINPE, Woods Hole Research Center-WHRC e IMAZON). Divulgar tecnologias existentes para o setor, fazer estudos de mercado, investir em treinamento profissional, promover a inserção das madeiras acreanas nos mercados nacional e internacional, inclusive no âmbito governamental, conceder incentivos/créditos a empresas que utilizem espécies alternativas, promover a adoção do manejo de impacto reduzido, garantir assistência técnica florestal, agregar renda na cadeia produtiva e distribuí-la de forma mais justa em todas os segmentos sociais que este setor abrange, são medidas que contribuem para o desenvolvimento do setor. 26 Mas a elaboração de uma política para o setor pressupõe que se tenha um diagnóstico real e atualizado. Os dados oficiais desta atividade devem estar organizados e disponíveis. No entanto se a imprecisão dos dados oficiais sobre a atividade madeireira é maior do que as instituições que os fornecem percebem, estas informações não podem representar nem se aproximar suficientemente da realidade, não servindo, portanto para avaliar as implicações econômicas e ecológicas deste setor. V. CONCLUSÕES O Estado do Acre tem potencial para se destacar no uso de seus recursos naturais. A atividade madeireira é um componente economicamente importante deste recurso. Atualmente o Estado participa com 0,8% da produção amazônica de madeira em tora (28 milhões de m³) (Veríssimo et al., 1999). A grande cobertura florestal (aproximadamente 93%) do Estado e o desejo explícito do atual governo (Governo da Floresta) em desenvolver este setor em bases (política, econômica, social, ambiental e cultural) sustentáveis são itens importantes que podem alavancar esta atividade. O Governo do Estado já deu o primeiro passo para promover o desenvolvimento do setor. A criação da SEFE que tem a responsabilidade de elaborar políticas públicas do setor ambiental, já no seu primeiro ano, executou um diagnóstico do setor florestal madeireiro do Estado, caracterizando de forma social, econômica e ambiental o sistema de produção, industrialização e comercialização do setor. Estas informações comporão um Banco de Dados do Setor Madeireiro, eliminando alguns dos problemas em relação à confiabilidade dos dados oficiais que aqui foram abordados. Com base neste trabalho verificamos que os dados oficiais existentes, tanto podem superestimar o volume comercializado, aumentando em um fator de 2 quando utilizamos dados do IBGE ou subestimar, registrando aproximadamente apenas 10% do que é comercializado quando usamos os dados fornecidos pelo IBAMA e SEFAZ. Concluímos portanto que os dados oficiais disponíveis, não retratam a realidade do setor e que esta atividade atuou em cerca de 90% do seu total de forma ilegal nos últimos anos. 27 VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRANCHES, S. 1998. Entrevista: Está tudo errado. In: Veja. 19 de agosto de 1998. AMARAL, P., VERÍSSIMO, A., BARRETO, P., VIDAL, E. 1998. Floresta para sempre: um manual para a produção de madeira na Amazônia. Imazon, Belém. 255p. BERARDO, K., UHL, C., VERÍSSIMO, A. (Eds.). 1996. O Pará no Século XXI: Desenvolvimento e Manejo de Recursos Naturais. IMAZON, Ananindeua. 73p. BRASIL. Congresso. Câmara dos Deputados. 1998. Relatório da Comissão Externa da Câmara dos Deputados para Averiguar a Aquisição de Madeireiras, Serrarias e Extensas Porções de Terras Brasileiras por Grupos Asiáticos. Brasília. 233 p. (Série ação parlamentar, n. 88). DUDLEY, N., JEANRENAUD, J., SULIVAN, F. 1998. The Timber Trade and Global Forest Loss. Ambio, 27(3)May:248-250. FUNTAC. Fundação de Tecnologia do Estado do Acre. 1990. Diagnóstico das indústrias de serraria de Rio Branco. Rio Branco. 157p. HIGUCHI, N. 1997. A exploração seletiva de madeira na Amazônia Brasileira: sua relação com o desmatamento e o mercado internacional de madeira dura tropical. In: Biomassa e Nutrientes Florestais BIONTE-Relatório Final. MCT-INPA-DFID, Manaus. 345p. HUMMEL, A. C., BENEVIDES, M. R. G., SAID NETO, T., CHAGAS, V. R. das, GUITTON, T. L. (Eds.). 1994. Diagnóstico do Subsetor Madeireiro do Estado do Amazonas. SEBRAE/AM e IMA/AM. 76 p. HUMMEL, A. C. 1995. Legislação ambiental: aspectos gerais no controle da atividade madeireira na Amazônia Brasileira. Monografia. Universidade Federal do Amazonas/Faculdade de Direito, Manaus. 128p. IBAMA. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. 1998. Diretoria de Controle e Fiscalização. Listagem das serrarias canceladas. Rio Branco. 6p. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 1996. Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura: Brasil. Rio de Janeiro, v. 10. 277p. LISBOA, P. L. B., MACIEL, U. N., PRANCE, G. T. 1991. Perdendo Rondônia. Ciência Hoje, Dez. v. esp. Amazônia:74-82. NEPSTAD, D. C., KLINK, C. A., UHL, C., VIEIRA, I. C., LEFEBVRE, P., PEDLOWSKI, M., MATRICARDI, E., NEGREIROS, G., BROWN, I. F., AMARAL, E., HOMMA, A., WALKER, R. 1997. Land-use in Amazonia and the cerrado. Ciência e Cultura, 49(1/2):73-86. SALATI, E. 1992. A floresta e as águas. Ciência Hoje, Maio. v. esp. Eco-Brasil:18-24. SANTOS, J. dos e HUMMEL, A. C. 1986. Situação das exportações de madeira serrada, laminada e compensada do Estado do Amazonas. Anais do I Encontro Brasileiro de Economia Florestal: O Setor Florestal e de Exportação Brasileira. Vol. 2. Curitiba. P. 415-429. SEFAZ. Secretaria de Estado da Fazenda. 1999. Relatório Anual - Sistema Integrado de Tributação Estadual. Rio Branco. 10p. SEFE. Secretaria Executiva de Florestas e Extrativismo. 1999. Diagnóstico do Setor Madeireiro do Estado do Acre. Rio Branco, dados não publicados. 28 SEPLAN. Secretaria de Estado de Planejamento. 1999. Subsídios ao plano operativo das ações do governo do Estado do Acre: perfil sócio-econômico das regiões administrativas. Rio Branco. SMERALDI, R., VERÍSSIMO, J. A. de O. (Eds.). 1999. Acertando o alvo: Consumo de madeira no mercado interno brasileiro e promoção da certificação florestal. São Paulo: Amigos da Terra-Programa Amazônia; Piracicaba: IMAFLORA, Belém: IMAZON. 41 p. UHL, C., KAUFFMAN, J. B. 1990. Deforestation effects on fire susceptibility and the potential response of tree species to fire in the rainforest of the eastern Amazon. Ecology, 71:437-449. UHL, C., VIEIRA, I. C. G. 1991. Seleção Predatória. Ciência Hoje, Dez. v. esp. Amazônia:108115. UHL, C., BARRETO, P., VERÍSSIMO, A., BARROS, A., AMARAL, P., VIDAL, E., SOUZA Jr., C. 1997a. Uma Abordagem Integrada de Pesquisa sobre o Manejo dos Recursos Naturais na Amazônia. Série Amazônia n.7. IMAZON, Belém. 29p. UHL, C., BEZERRA, O., MARTINI, A. 1997b. Ameaça à Biodiversidade na Amazônia Oriental. Série Amazônia n.6. 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VIANA, V. 1996. A certificação sócio-ambiental e o futuro do setor florestal no Brasil. Madeira e Cia. Curitiba, Agosto/96, p 10-11. VIDAL, E., GERWING, J., BARRETO, P., AMARAL, P., JOHNS, J. 1997. Redução de desperdícios na produção de madeira na Amazônia. Série Amazônia n.5. IMAZON, Belém. 18p. 29 ANEXOS 30 ANEXO I ANEXO I.1 A I.24 - VOLUME (m³) DE MADEIRA EM TORA COMERCIALIZADA, TRANSPORTADA OU ARMAZENADA ILEGALMENTE ATRAVÉS DE PROCESSOS DE INFRAÇÃO PROTOCOLADOS NO IBAMA/AC NO PERÍODO DE 1988 A 1999 (DADOS RETIRADOS DESTES PROCESSOS). Anexo I.1 - Volume (m³) de madeira em tora comercializada, transportada ou armazenada ilegalmente através de processos de infração protocolados no IBAMA/AC em 1988 Espécie Nome Vulgar Amarelão Angelim Castanheira Cedro Cerejeira Copaíba Corrimboque Cumaru ferro Jaci Jatobá Marfim Mirindiba Mogno Mulateiro não identificado Samaúma Sucupira Total Nome Científico (*) Apuleia moralis Hymenolobium sp. Bertholletia excelsa Cedrela odorata Torresia acreana Copaifera duckei Coumarouna ferrea Hymenaea courbaril Agonandra brasiliensis Swietenia macrophylla Colicophyllum spruceanum Ceiba pentandra Diplotropis purpurea Volume (m3) 122 107 858 255 605 33 1 376 2 33 135 33 254 33 6.059 3 33 8.941 Anexo I.2 - Quantidade de processos de infração por município, IBAMA/AC, 1988 Quantidade 3 1 7 91 103 2 5 1 213 Município Brasiléia Cruzeiro do Sul Plácido de Castro Rio Branco Rio Branco Sena Madureira Senador Giomard Xapuri Total (*) Nomes científicos sujeitos à revisão 31 Anexo I.3 - Volume (m³) de madeira em tora comercializada, transportada ou armazenada ilegalmente através de processos de infração protocolados no IBAMA/AC em 1989 Espécie Nome Vulgar Amarelão Angelim Aroeira Bálsamo Castanheira Catuaba Cedro Cerejeira Copaíba Cumaru ferro Freijó Guaribeira Ipê Jacareúba Jatobá Maçaranduba Marfim Mirindiba Mogno Mulateiro não identificado Pereiro Seringueira Sucupira Timbaúba Toari Ucuuba Violeta Total Volume Nome Científico (*) (m3) 299 Apuleia moralis 121 Hymenolobium sp. 14 Astronium lecointei 22 Myriscilum balsamo 782 Bertholletia excelsa 3 Erythroxilum sp. 621 Cedrela odorata 1.062 Torresia acreana 151 Copaifera duckei 277 Coumarouna ferrea 41 Cordia goeldiana 106 Clarisia ramecosa 30 Tabebuia serratifolia 8 51 Hymenaea courbaril 9 Manilkara huberi 2 Agonandra brasiliensis 41 246 Swietenia macrophylla 10 Colicophyllum spruceanum 1.627 57 Aspidosperma macrocarpum 103 Hevea brasiliensis 20 Diplotropis purpurea 72 3 3 11 5.787 Anexo I.4 - Quantidade de processos de infração por município, IBAMA/AC, 1989 Q Anexo I.5 - Volume (m³) de madeira em tora comercializada, transportada ou armazenada ilegalmente através de processos de infração protocolados no IBAMA/AC em 1990 Espécie Nome Vulgar Amarelão Andiroba Angelim Castanheira Cedro Cerejeira Copaíba Cumaru ferro Freijó Guaribeira Jatobá Manitê Mogno Mulateiro não identificado Roxinho Samaúma Seringueira Timbaúba Violeta Total Volume (m3) 9 25 25 Hymenolobium sp. 729 Bertholletia excelsa 204 Cedrela odorata 626 Torresia acreana 1 Copaifera duckei 199 Coumarouna ferrea 11 Cordia goeldiana 6 Clarisia ramecosa 1 Hymenaea courbaril 7 Synphonia globulifera 67 Swietenia macrophylla 2 Colicophyllum spruceanum 1.330 2 Peltogyne lecointei 3 Ceiba pentandra 86 Hevea brasiliensis 8 2 3.342 Nome Científico (*) Apuleia moralis Anexo I.6 - Quantidade de processos de infração por município, IBAMA/AC, 1990 Quantidade 6 2 1 10 75 3 1 3 101 33 Município Brasiléia Cruzeiro do Sul Feijó Plácido de Castro Rio Branco Sena Madureira Senador Guiomard Xapuri Total Anexo I.7 - Volume (m³) de madeira em tora comercializada, transportada ou armazenada ilegalmente através de processos de infração protocolados no IBAMA/AC em 1991 Espécie Nome Vulgar Amarelão Angelim Castanheira Cedro Cerejeira Cumaru ferro Jatobá Jitó Mogno Muiracatiara não identificado Roxinho Seringueira Total Nome Científico (*) Apuleia moralis Hymenolobium sp. Bertholletia excelsa Cedrela odorata Torresia acreana Coumarouna ferrea Hymenaea courbaril Swietenia macrophylla Peltogyne lecointei Hevea brasiliensis Volume (m3) 14 27 206 412 445 177 100 6 1.011 5 551 8 70 3.031 Anexo I.8 - Quantidade de processos de infração por município, IBAMA/AC, 1991 Quantidade Município 3 1 12 20 2 1 1 40 34 Brasiléia Cruzeiro do Sul Plácido de Castro Rio Branco Sena Madureira Senador Guiomard Xapuri Total Anexo I.9 - Volume (m³) de madeira em tora comercializada, transportada ou armazenada ilegalmente através de processos de infração protocolados no IBAMA/AC em 1992 Espécie Nome Vulgar Angelim Breu Castanheira Cedro Cerejeira Copaíba Cumaru ferro Freijó Gameleira Guaribeiro Jatobá Manitê Mogno Mulateiro não identificado Pereiro Samaúma Seringueira Sucupira Total Volume (m3) 492 5 207 917 460 8 87 227 3 5 Clarisia ramecosa 8 Hymenaea courbaril 3 Synphonia globulifera 522 Swietenia macrophylla 107 Colicophyllum spruceanum 403 8 Aspidosperma macrocarpum 19 Ceiba pentandra 143 Hevea brasiliensis 44 Diplotropis purpurea 3.668 Nome Científico (*) Hymenolobium sp. Protium sp. Bertholletia excelsa Cedrela odorata Torresia acreana Copaifera duckei Coumarouna ferrea Cordia goeldiana Anexo I.10 - Quantidade de processos de infração por município, IBAMA/AC, 1992 Quantidade 1 9 1 1 4 14 27 5 1 9 72 35 Município Assis Brasil Brasiléia Cruzeiro do Sul Feijó Manoel Urbano Plácido de Castro Rio Branco Sena Madureira Senador Guiomard Xapuri Total Anexo I.11 - Volume (m³) de madeira em tora comercializada, transportada ou armazenada ilegalmente através de processos de infração protocolados no IBAMA/AC em 1993 Espécie Nome Vulgar Amarelão Angelim Apuí Breu Castanheira Cedro Cerejeira Cumaru ferro Guaruba Ipê Jatobá Jitó Louro Maçaranduba Manitê Mirindiba Mogno Muiracatiara Pereiro Quaruba Samaúma Seringueira Sucupira Total Volume Nome Científico (*) (m3) 14 Apuleia moralis 139 Hymenolobium sp. 3 59 Protium sp. 976 Bertholletia excelsa 2.046 Cedrela odorata 302 Torresia acreana 78 Coumarouna ferrea 3 Clarisia ramecosa 58 Tabebuia serratifolia 4 Hymenaea courbaril 81 3 Ocotea sp. 58 Manilkara huberi 5 Synphonia globulifera 4 1.027 Swietenia macrophylla 11 11 Aspidosperma macrocarpum 5 14 Ceiba pentandra 65 Hevea brasiliensis 3 Diplotropis purpurea 4.968 Anexo I.12 - Quantidade de processos de infração por município, IBAMA/AC, 1993 Quantidade 4 3 17 1 1 1 7 27 2 1 1 5 70 36 Município Acrelândia Assis Brasil Brasiléia Capixaba Epitaciolândia Marechal Thaumaturgo Plácido de /castro Rio Branco Sena Madureira Senador Guiomard Tarauacá Xapuri Total Anexo I.13 - Volume (m³) de madeira em tora comercializada, transportada ou armazenada ilegalmente através de processos de infração protocolados no IBAMA/AC em 1994 Espécie Nome Vulgar Amarelão Angelim Breu Castanheira Cedro Cerejeira Copaíba Cumaru ferro Freijó Guaruba Jatobá Mogno Mulateiro não identificado Orelhinha Pereiro Samaúma Seringueira Timbaúba Violeta Total Volume Nome Científico (*) (m3) 59 Apuleia moralis 16 Hymenolobium sp. 24 Protium sp. 201 Bertholletia excelsa 258 Cedrela odorata 251 Torresia acreana 3 Coumarouan odorata 291 Coumarouna ferrea 35 Cordia goeldiana 2 Clarisia ramecosa 5 Hymenaea courbaril 112 Swietenia macrophylla 14 Calycophyllum spruceanum 93 27 1 Aspidosperma macrocarpum 95 Ceiba pentandra 259 Hevea brasiliensis 5 2 1.754 Anexo I.14 - Quantidade de processos de infração por município, IBAMA/AC, 1994 Quantidade 3 2 1 1 3 1 6 21 7 5 3 53 37 Município Acrelândia Assis Brasil Cruzeiro do Sul Epitaciolândia Feijó Marechal Thaumatrugo Plácido de Castro Rio Branco Sena Madureira Senador Gruiomard Xapuri Total Anexo I.15 - Volume (m³) de madeira em tora comercializada, transportada ou armazenada ilegalmente através de processos de infração protocolados no IBAMA/AC em 1995 Espécie Nome Vulgar Angelim Castanheira Cedro Cerejeira Cumaru ferro Freijó Itaúba Maçaranduba Mogno não identificado Pereiro Seringueira Violeta Total Volume Nome Científico (*) (m3) 2 Hymenolobium sp. 29 Bertholletia excelsa 464 Cedrela odorata 97 Torresia acreana 250 Coumarouna ferrea 6 Cordia goeldiana 80 Mezilaurus itauba 1 Manilkara huberi 128 Swietenia macrophylla 45 7 Aspidosperma macrocarpum 38 Hevea brasiliensis 2 1.147 Anexo I.16 - Quantidade de processos de infração por município, IBAMA/AC, 1995 Quantidade 1 1 3 1 1 1 5 1 1 13 6 1 35 38 Município Acrelândia Assis Brasil Brasiléia Capixaba Cruzeiro do Sul Epitaciolândia Plácido de Castro Porto Acre Porto Walter Rio Branco Tarauacá Xapuri Total Anexo I.17 - Volume (m³) de madeira em tora comercializada, transportada ou armazenada ilegalmente através de processos de infração protocolados no IBAMA/AC em 1996 Espécie Nome Vulgar Angelim Bálsamo Breu Castanheira Cedro Cerejeira Corimboque Cumaru cetim Cumaru ferro Faveira Freijó 59 Nome Científico (*) Hymenolobium sp. Myriscilum balsamo Protium sp. Bertholletia excelsa Cedrela odorata Torresia acreana Coumarouna odorata Coumarouna ferrea Vatairea paraensis Volume (m3) 59 59 2 96 101 461 59 2 236 29 Anexo I.19 - Volume (m³) de madeira em tora comercializada, transportada ou armazenada ilegalmente através de processos de infração protocolados no IBAMA/AC em 1997 Espécie Nome Vulgar Amarelão Angelim Castanheira Cedro Cerejeira Cumaru cetim Cumaru ferro Guaribeiro Jatobá Melancieira Mogno Mulateiro não identificado Orelhinha Samaúma Toari Ucuuba Total Volume Nome Científico (*) (m3) 14 Apuleia moralis 34 Hymenolobum sp. 39 Bertholletia excelsa 88 Cedrela odorata 101 Torressia acreana 5 Coumarouan odorata 31 Coumarouna ferrea 5 Clarisia ramecosa 5 Hymenaea courbaril 11 7 Swietenia macrophylla 10 Colicophyllum spruceanum 36 3 5 Ceiba pentandra 100 2 Virola sp. 497 Anexo I.20 - Quantidade de processos de infração por município, IBAMA/AC, 1997 Quantidade 3 1 5 1 1 7 3 1 1 2 25 40 Município Brasiléia Bujari Cruzeiro do Sul Feijó Plácido de Castro Rio Branco Rodrigues Alves Senador Guiomard Tarauacá Xapuri Total Anexo I.21 - Volume (m³) de madeira em tora comercializada, transportada ou armazenada ilegalmente através de processos de infração protocolados no IBAMA/AC em 1998 Espécie Nome Vulgar Amarelão Andiroba Angelim Castanheira Cedro Cerejeira Cumaru ferro Cupiúba Faveira Guaribeira Ipê Jatobá Louro Marfim Mogno Mulateiro Samaúma Sucupira Tauari Total Nome Científico (*) Apuleia moralis Hymenolobium sp. Bertholletia excelsa Cedrela odorata Torresia acreana Coumarouna ferrea Goupia glabra Vatairea paraensis Clarisia ramecosa Tabebuia serratifolia Hymeneae courbaril Ocotea sp. Agonandra brasiliensis Swietenia macrophylla Colicophyllum spruceanum Ceiba pentandra Diplotropis purpurea Volume (m3) 3 70 56 172 216 28 72 15 2 1 3 4 16 1 11 20 53 21 38 802 Anexo I.22 - Quantidade de processos de infração por município, IBAMA/AC, 1998 Quantidade 1 3 1 1 2 2 5 9 5 8 1 25 41 Município Acrelândia Brasiléia Capixaba Cruzeiro do Sul Epitaciolândia Feijó Mâncio Lima Rio Branco Sena Madureira Senador Guiomard Tarauacá Total Anexo I.23 - Volume (m³) de madeira em tora comercializada, transportada ou armazenada ilegalmente através de processos de infração protocolados no IBAMA/AC em 1999 Espécie Nome Vulgar Angelim Cedro Cerejeira Cumaru ferro Louro Marfim Mulateiro Não identificado Sucupira Tauari Total Volume Nome Científico (*) (m3) 5 Hymenolobium sp. 51 Cedrela odorata 5 Torresia acreana 2 Coumarouna ferrea 5 Ocotea sp. 6 Agonandra brasiliensis 22 Colicophyllum spruceanum 2 10 Diplotropis purpurea 5 113 Anexo I.24 - Quantidade de processos de infração por município, IBAMA/AC, 1999 Quantidade 2 2 2 1 4 4 2 17 42 Município Brasiléia Epitaciolândia Mâncio Lima Marechal Thaumaturgo Rio Branco Sena Madureira Tarauacá Total ANEXO II ANEXO II.1 A II.9 - VOLUME (m³) DE MADEIRA EM TORA, EXTRAÍDA ATRAVÉS DE PROCESSOS DE LICENÇA PARA EXPLORAÇÃO PROTOCOLADOS NO IBAMA/AC NO PERÍODO DE 1990 A 1999 (DADOS RETIRADOS DESTES PROCESSOS). Municípios de abrangência: Sena Madureira, Rio Branco, Senador Guiomard, Feijó, Porto Acre, Bujari e Tarauacá Anexo II. 1 - Volume (m³) de madeira em tora, extraída através de Processos de Licença para exploração em 1990, IBAMA/AC ESPÉCIE ABIORANA AMARELÃO AMARELINHO ANDIROBA ANGELIM AROEIRA BÁLSAMO BREU CEDRO CEREJEIRA COPAÍBA CUMARU CUMARU DE FERRO FREIJÓ GUARIÚBA ITAÚBA ITAUBARANA JATOBÁ/JUTAÍ JITÓ LOURO MAÇARANDUBA MANITÊ MARFIM MARUPÁ MOGNO MULATEIRO PAU D'ARCO AMARELO PEROBA/PEREIRO ROXINHO SAMAÚMA SUCUPIRA UCUUBA PRETA/VIROLA TOTAL NOME CIENTÍFICO (*) Pouteria paraensis Apuleia moralis Poecilanthe effusa Carapa guianensis Hymenolobium sp Astronium leicontei Myroxilum balsamo Protium sp Cedrela odorata Torresia acreana Copaifera duckei Coumarouna odorata Coumarouna ferrea Cordia goeldiana Clarisia racemosa Mezilaurus itauba Hymenaea courbaril Guareia duckei Ocotea sp Manilkara huberi Sinphonia globulifera Agonandra brasiliensis Swietenia macrophylla Calycophyllum spruceanum Tabebuia serratifolia Aspidosperma macrocarpum Peltogyne lecointei Ceiba pentandra Diplotropis purpurea Virola melinoii (*) Nomes científicos sujeitos à revisão 43 VOLUME (m³) 1264 2054 693 101 3431 943 948 693 2224 3731 1275 1175 6507 1611 571 1933 1264 3505 1564 1264 1275 289 11 693 701 370 1640 11 934 1286 75 11 44047 Anexo II. 2 - Volume (m³) de madeira em tora, extraída através de Processos de Licença para exploração em 1991, IBAMA/AC ESPÉCIE AMARELÃO ANGELIM ANGICO AROEIRA BÁLSAMO CARAPANAÚBA CASTANHEIRA CEDRO CEREJEIRA COPAÍBA CUMARU CUMARU DE FERRO ITAÚBA JATOBÁ/JUTAÍ LOURO MAÇARANDUBA MOGNO MULATEIRO PAU D'ARCO AMARELO SAMAÚMA SERINGUEIRA SUCUPIRA TOTAL NOME CIENTÍFICO (*) Apuleia moralis Hymenolobium sp Piptadenia sp Astronium leicontei Myroxilum balsamo Licania puionosa Bertholletia excelsa Cedrela odorata Torresia acreana Copaifera duckei Coumarouna odorata Coumarouna ferrea Mezilaurus itauba Hymenaea courbaril Ocotea sp Manilkara huberi Swietenia macrophylla Calycophyllum spruceanum Tabebuia serratifolia Ceiba pentandra Hevea brasiliensis Diplotropis purpurea VOLUME (m³) 766 360 559 6 819 139 1325 1447 3931 1794 1731 2983 825 1668 953 321 1073 2041 596 4731 90 225 28383 Anexo II. 3 - Volume (m³) de madeira em tora, extraída através de Processos de Licença para exploração em 1992, IBAMA/AC ESPÉCIE AMARELÃO ANGELIM AROEIRA BÁLSAMO CARAPANAÚBA CATUABA CEDRO CEREJEIRA COPAÍBA CUMARU CUMARU DE FERRO ITAÚBA JATOBÁ/JUTAÍ JITÓ LOURO MAÇARANDUBA MANITÊ MOGNO MULATEIRO PAU D'ARCO AMARELO QUARUBA ROXINHO SAMAÚMA SUCUPIRA UCUUBA PRETA/VIROLA TOTAL 44 NOME CIENTÍFICO (*) Apuleia moralis Hymenolobium sp Astronium leicontei Myroxilum balsamo Licania puionosa Erythroxilum sp Cedrela odorata Torresia acreana Copaifera duckei Coumarouna odorata Coumarouna ferrea Mezilaurus itauba Hymenaea courbaril Guareia duckei Ocotea sp Manilkara huberi Sinphonia globulifera Swietenia macrophylla Calycophyllum spruceanum Tabebuia serratifolia Peltogyne lecointei Ceiba pentandra Diplotropis purpurea Virola melinoii VOLUME(m³) 4814 6036 4615 243 375 506 14987 7234 8244 11086 16362 1236 8491 1591 511 3234 8121 8298 4296 2863 138 1608 42402 3200 51,00 67241 Anexo II. 4 - Volume (m³) de madeira em tora, extraída através de Processos de Licença para exploração em 1993, IBAMA/AC ESPÉCIE AMARELÃO ANGELIM AROEIRA BÁLSAMO CARAPANAÚBA CATUABA CEDRO CEREJEIRA/CUMARU-CHEIRO COPAÍBA CUMARU CUMARU DE FERRO ITAÚBA JATOBÁ/JUTAÍ JITÓ LOURO MAÇARANDUBA MANITÊ MOGNO MULATEIRO PAU D'ARCO AMARELO QUARUBA ROXINHO SAMAÚMA SUCUPIRA UCUUBA PRETA/VIROLA TOTAL 45 NOME CIENTÍFICO (*) Apuleia moralis Hymenolobium sp Astronium leicontei Myroxilum balsamo Licania puionosa Erythroxilum sp Cedrela odorata Torresia acreana Copaifera duckei Coumarouna odorata Coumarouna ferrea Mezilaurus itauba Hymenaea courbaril Guareia duckei Ocotea sp Manilkara huberi Sinphonia globulifera Swietenia macrophylla Calycophyllum spruceanum Tabebuia serratifolia Peltogyne lecointei Ceiba pentandra Diplotropis purpurea Virola melinoii VOLUME (m³) 4814 6036 4615 243 375 506 14987 7234 8244 11086 16362 1236 8491 1591 511 3234 8121 8298 4296 2863 138 1608 42402 3200 51 160542 Anexo II. 5 - Volume (m³) de madeira em tora, extraída através de Processos de Licença para exploração em 1994, IBAMA/AC ESPÉCIE AMARELÃO ANGELIM ANGICO AROEIRA BÁLSAMO CATUABA CEDRO CEREJEIRA/CUMARU-CHEIRO COPAÍBA CUMARU CUMARU DE FERRO FREIJÓ GUARIÚBA ITAÚBA JATOBÁ/JUTAÍ LOURO MAÇARANDUBA MANITÊ MARFIM MOGNO MULATEIRO MUTAMBA PAU D'ARCO AMARELO PEROBA/PEREIRO SAMAÚMA SUCUPIRA TOTAL 46 NOME CIENTÍFICO (*) Apuleia moralis Hymenolobium sp Piptadenia sp Astronium leicontei Myroxilum balsamo Erythroxilum sp Cedrela odorata Torresia acreana Copaifera duckei Coumarouna odorata Coumarouna ferrea Cordia goeldiana Clarisia racemosa Mezilaurus itauba Hymenaea courbaril Ocotea sp Manilkara huberi Sinphonia globulifera Agonandra brasiliensis Swietenia macrophylla Calycophyllum spruceanum VOLUME (m³) 6243 1266 398 2456 739 1103 6972 11439 1034 13138 19477 184 3859 1167 12519 173 2937 6914 725 10442 5779 160 1774 Tabebuia serratifolia 215 Aspidosperma macrocarpum 14728 Ceiba pentandra 446 Diplotropis purpurea 126287 Anexo II. 6 - Volume (m³) de madeira em tora, extraída através de Processos de Licença para exploração em 1996, IBAMA/AC ESPÉCIE AÇACU AMARELÃO ANGELIM ANGICO APUÍ AQUARIQUARA BÁLSAMO CAJA CANAFÍSTULA CATUABA CEDRO CEREJEIRA/CUMARU-CHEIRO CUMARU CURIMBOQUE FREIJÓ GAMELEIRA JATOBÁ/JUTAÍ LOURO MAÇARANDUBA MANITÊ MARFIM MARUPÁ MOGNO MOROTOTÓ MULATEIRO PAU-SANGUE SAMAÚMA TOTAL 47 NOME CIENTÍFICO (*) Apuleia moralis Hymenolobium sp Piptadenia sp Myroxilum balsamo Erythroxilum sp Cedrela odorata Torresia acreana Coumarouna odorata Cordia goeldiana Hymenaea courbaril Ocotea sp Manilkara huberi Sinphonia globulifera Agonandra brasiliensis Swietenia macrophylla Calycophyllum spruceanum Ceiba pentandra VOLUME (m3) 129 641 115 128 242 69 95 172 1012 481 779 924 1118 431 59 559 302 127 208 366 196 125 106 118 804 105 4005 13416 Anexo II. 7 - Volume (m³) de madeira em tora, extraída através de Processos de Licença para exploração em 1997, IBAMA/AC ESPÉCIE ABIU AÇACU AMARELÃO AMARELINHO ANDIROBA ANGELIM ANGICO APUÍ AROEIRA BÁLSAMO BREU CAJA CARAPANAÚBA CATUABA CEDRO CEREJEIRA/CUMARU-CHEIRO CINZEIRO COPAÍBA CUMARU CUMARU DE FERRO CURIMBOQUE FAVEIRA FREIJÓ GONÇALO ALVES GRÃO-DE-GALO ITAÚBA JATOBÁ/JUTAÍ LOURO MAÇARANDUBA MANITÊ MARFIM MARUPÁ MATAMATÁ MOGNO MULATEIRO PAU D'ARCO AMARELO SAMAÚMA TAUARÍ TOTAL 48 NOME CIENTÍFICO (*) Apuleia moralis Poecilanthe effusa Carapa guianensis Hymenolobium sp Piptadenia sp Astronium leicontei Myroxilum balsamo Protium sp Licania puionosa Erythroxilum sp Cedrela odorata Torresia acreana Copaifera duckei Coumarouna odorata Coumarouna ferrea Cordia goeldiana Mezilaurus itauba Hymenaea courbaril Ocotea sp Manilkara huberi Sinphonia globulifera Agonandra brasiliensis Swietenia macrophylla Calycophyllum spruceanum Tabebuia serratifolia Ceiba pentandra VOLUME (m3) 362 3244 1375 389 116 2004 429 1452 1005 1909 617 169 2000 174 7306 6121 104 1035 10039 16681 856 315 2653 3189 47 431 1942 50 2261 4135 639 116 14000 3713 2530 9427 32289 90 135214 Anexo II. 8 - Volume (m³) de madeira em tora, extraída através de Processos de Licença para exploração em 1998, IBAMA/AC ESPÉCIE ABIU AÇACU AMARELÃO ANGELIM APUÍ AROEIRA BÁLSAMO BREU CAJA CATUABA CEDRINHO CEDRO CEREJEIRA/CUMARU-CHEIRO CINZEIRO COPAÍBA CUMARU CUMARU DE FERRO CURIMBOQUE FAVEIRA GARAPEIRA GUARIÚBA JATOBÁ/JUTAÍ JEQUITIBÁ JUTAÍ MAÇARANDUBA MANITÊ MARFIM MARUPÁ MIRINDIBA MOGNO MULATEIRO MURACATIARA ORELHINHA PAU D'ARCO AMARELO PEROBA/PEREIRO PIQUI ROXINHO SAMAÚMA SUCUPIRA TAQUARI TAUARÍ UCUUBA PRETA/VIROLA TOTAL 49 NOME CIENTÍFICO (*) VOLUME ( m³) 14 47 413 Apuleia moralis 890 Hymenolobium sp 10 17 Astronium leicontei 39 Myroxilum balsamo 51 Protium sp 121 170 Erythroxilum sp 12 2968 Cedrela odorata 3105 Torresia acreana 11 758 Copaifera duckei 1282 Coumarouna odorata 8349 Coumarouna ferrea 14 557 127 64 Clarisia racemosa 1140 Hymenaea courbaril 26 47 49 Manilkara huberi 164 Sinphonia globulifera 1 Agonandra brasiliensis 26 15 189 Swietenia macrophylla 132 Calycophyllum spruceanum 19 11 242 Tabebuia serratifolia 42 Aspidosperma macrocarpum 13 3 Peltogyne lecointei 2737 Ceiba pentandra 32 Diplotropis purpurea 5 30 24 Virola melinoii 23966 Anexo II. 9 - Volume (m³) de madeira em tora, extraída através de Processos de Licença para exploração em 1999, IBAMA/AC ESPÉCIE AÇACU AMARELÃO AROEIRA BÁLSAMO CAJA CATUABA CEDRINHO CUMARU CUMARU DE FERRO CURIMBOQUE FAVEIRA GARAPEIRA GUARIÚBA JATOBÁ/JUTAÍ JEQUITIBÁ MAÇARANDUBA MANITÊ MARFIM MARUPÁ MIRINDIBA MURACATIARA ORELHINHA PAU D'ARCO AMARELO PEROBA/PEREIRO ROXINHO SAMAÚMA SUCUPIRA TAQUARI TAUARÍ UCUUBA PRETA/VIROLA VIOLETA TOTAL 50 NOME CIENTÍFICO (*) Apuleia moralis Astronium leicontei Myroxilum balsamo Erythroxilum sp Coumarouna odorata Coumarouna ferrea Clarisia racemosa Hymenaea courbaril Manilkara huberi Sinphonia globulifera Agonandra brasiliensis Tabebuia serratifolia Aspidosperma macrocarpum Peltogyne lecointei Ceiba pentandra Diplotropis purpurea Virola melinoii VOLUME (m³) 252 935 16 39 121 120 12 1469 8359 14 94 127 64 565 15 49 527 1 26 15 19 11 126 42 3 2694 22 5 30 16 8 15796 ANEXO III ANEXO III.1 A III.6 - VOLUME (m³) DE MADEIRA EM TORA, LICENCIADA ATRAVÉS DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTADO, PROCESSOS PROTOCOLADOS NO IBAMA NO PERÍODO DE 1990 A 1994 (DADOS RETIRADOS DESTES PROCESSOS). Anexo III. 1 - Volume (m³) de madeira em tora, licenciada através de Manejo Florestal Sustentado, Processos protocolados no IBAMA em 1990 ESPÉCIE AMARELÃO CEDRO CEREJEIRA COPAÍBA CUMARU-FERRO FAVEIRO MANITÊ TOTAL NOME CIENTÍFICO (*) Apuleia moralis Cedrela odorata Torresia acreana Copaifera duckei Coumarouna ferrea Sinphonia globulifera VOLUME (m³) 5 3 26 8 19 4 11 76 Anexo III. 2 - Volume (m³) de madeira em tora, licenciada através de Manejo Florestal Sustentado, Processos protocolados no IBAMA em 1991 ESPÉCIE AMARELÃO ANGELIM CAMBARÁ CEDRO CEREJEIRA COPAÍBA CUMARU-FERRO FAVEIRO IPÊ JATOBÁ JITÓ MAÇARANDUBA MANITÊ MOGNO outras PEREIRO SAMAÚMA TOTAL NOME CIENTÍFICO (*) Apuleia moralis Hymenolobium sp VOLUME (m³) 1946 157 6 4290 Cedrela odorata 2322 Torresia acreana 102 Copaifera duckei 11727 Coumarouna ferrea 16 4 Tabebuia serratifolia 19 Hymenaea courbaril 19 Guareia duckei 5 Manilkara huberi 26 Sinphonia globulifera 5308 Swietenia macrophylla 8000 Aspidosperma macrocarpu 5 5 Ceiba pentandra 33957 Anexo III. 3 - Volume (m³) de madeira em tora, licenciada através de Manejo Florestal Sustentado, Processos protocolados no IBAMA em 1992 ESPÉCIE MOGNO PEREIRO TOTAL NOME CIENTÍFICO (*) VOLUME (m³) 1429 Swietenia macrophylla Aspidosperma macrocarpu 6 1435 (*) Nomes científicos sujeitos à revisão 51 Anexo III. 4 - Volume (m³) de madeira em tora, licenciada através de Manejo Florestal Sustentado, Processos protocolados no IBAMA em 1993 ESPÉCIE CEDRO CEREJEIRA MOGNO outras TOTAL NOME CIENTÍFICO (*) Cedrela odorata Torresia acreana Swietenia macrophylla VOLUME (m³) 71 170 3529 24000 27770 Anexo III. 5 - Volume (m³) de madeira em tora, licenciada através de Manejo Florestal Sustentado, Processos protocolados no IBAMA em 1994 ESPÉCIE CEDRO CEREJEIRA CUMARU-FERRO JATOBÁ MOGNO TOTAL NOME CIENTÍFICO (*) Cedrela odorata Torresia acreana Coumarouna ferrea Hymenaea courbaril Swietenia macrophylla VOLUME (m³) 659 85 557 130 470 1901 Anexo III. 6 - Volume (m³) de madeira em tora, licenciada através de Manejo Florestal Sustentado, Processos protocolados no IBAMA em 1995 ESPÉCIE CEDRO CEREJEIRA CUMARU-FERRO GARAPA JATOBÁ MOGNO TOTAL 52 NOME CIENTÍFICO (*) Cedrela odorata Torresia acreana Coumarouna ferrea Hymenaea courbaril Swietenia macrophylla VOLUME (m³) 1189 945 529 46 187 778 3674 ANEXO IV PAUTA DA MADEIRA DE PREÇOS MÍMINOS Governo do Estado do Acre Secretaria de Estado da Fazenda A portaria n° 080 de 17 de abril de 1996 traz: a Pauta de Preços Mínimos n° 001, de 12 de abril de 1996, para servir de cálculo do ICMS dos produtos que especifica. Obs.: O item 6 traz o valor de ICMS para madeira em tora … 6 - Madeira em Toras (m³) (circulação interna) 6.1 – Mogno 6.2 – Cerejeira 6.3 – Andiroba 6.4 – Angelim 6.5 – Cedro 6.6 – Itauba 6.7 – Louro 6.8 – Maçaranduba 6.9 – Samaúma 6.10 – Sucupira 6.11 – Pau Mulato 6.12 – Outras espécies … 53 (R$) 47,00 39,00 47,00 21,00 37,00 21,00 21,00 21,00 21,00 21,00 21,00 21,00 ANEXO V QUESTIONÁRIOS APLICADOS NAS SERRARIAS EM 1998 PARA CARACTERIZAÇÃO DA INDÚSTRIA MADEIREIRA 1- História da Empresa Ano de estabelecimento _______________________________________________ Origem do proprietário ________________________________________________ Atividade anterior do proprietário ________________________________________ Quantas pessoas trabalham na empresa _________________________________ Há períodos em que se contrata mais pessoal______________________________ Quando _______________________ Quantos _____________________________ Por quanto tempo geralmente as pessoas trabalham na empresa ______________ Os funcionários já fizeram algum treinamento_________ Qual ________________ 2 – Produtividade da Indústria Quantos m3 de madeira são processados por ano__________________________ Qual a porcentagem de uma tora transformada em madeira serrada____________ Qual a quantidade de madeira serrada____________________________________ Se há exportação quanto ela representa em porcentagem do total da produção___ Qual a porcentagem de resíduos produzidos_______________________________ Quais as espécies serradas ____________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ Qual o consumo de madeira de baixo custo________________________________ Qual o maquinário que a indústria possui__________________________________ Quais os tipos de produtos da empresa (pranchas, molduras, assoalhos)________ __________________________________________________________________ 54 3 – Fornecimento de matéria-prima Quem compra a madeira_______________________________________________ É proprietário da área florestal explorada__________________________________ Qual a distância da indústria e do local explorado___________________________ Que tipo de maquinário a indústria possui para executar a exploração___________ __________________________________________________________________ Como é feito o transporte da madeira em tora ______________________________ Há investimento em aquisição de terras___________________________________ Como são feitas as estradas para o transporte da madeira____________________ __________________________________________________________________ Qual a participação da empresa na exploração florestal ______________________ __________________________________________________________________ Qual a origem da matéria-prima_________________________________________ 4 – Manejo Florestal Sustentado O que sabe sobre MFS________________________________________________ __________________________________________________________________ O que acha do MFS __________________________________________________ __________________________________________________________________ Adota algum procedimento do MFS na exploração__________________________ Qual_______________________________________________________________ 5 – Futuro da atividade Qual a sua visão para esta atividade nos próximos 5 anos____________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ E para os próximos 20 anos ___________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ O que poderia ser feito para melhorar a exploração deste recurso______________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 55 ANEXO VI ESPÉCIES COMERCIALIZADAS NO ESTADO DO ACRE CITADAS NO QUESTIONÁRIOS APLICADOS NAS SERRARIAS DE RIO BRANCO (ANEXO V) N° de ordem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 ESPÉCIE ABIORANA AÇACU AMARELÃO AMARELINHO ANDIROBA ANGELIM ANGELIM RAJADO AQUARIQUARA AROEIRA/MUIRACATIARA BÁLSAMO BREU CAJA CARAPANAÚBA CASTANHEIRA CATUABA CEDRO CEREJEIRA/CUMARU CHEIRO CINZEIRO COPAÍBA CUPIÚBA CUMARU CETIM CUMARU DE FERRO CURIMBOQUE FAVEIRA FREIJÓ GUARIÚBA ITAÚBA/ITAUBARANA JATOBÁ/JUTAÍ JITÓ LOURO MAÇARANDUBA MANITÊ MARFIM MARUPÁ MATAMATÁ MIRINDIBA MOGNO MULATEIRO PAU D'ARCO AMARELO/IPÊ PEROBA/PEREIRO ROXINHO SAMAÚMA SERINGUEIRA SUCUPIRA TAUARÍ TIMBAUBA VIROLA/UCUUBA * nome científico sujeito à revisão 56 NOME CIENTÍFICO* Pouteria paraensis Vouacapoua americana Apuleia moralis Poecilanthe effusa Carapa guianensis Hymenolobium sp Pithecellobium ramecosum Minquartia guianensis Astronium leicontei Myroxilum balsamo Protium sp Spondias lutea Licania puionosa Bertholletia excelsa Erythroxilum sp Cedrela odorata Torresia acreana Terminalia dichotoma Copaifera duckei Goupia glabra Coumarouna odorata Coumarouna ferrea Enterolobium maximum Cordia goeldiana Clarisia racemosa Mezilaurus itauba Hymenaea courbaril Guareia duckei Ocotea sp Manilkara huberi Sinphonia globulifera Agonandra brasiliensis Simaruba amara Eschweilera coriaceae Buchenavia grandis Swietenia macrophylla Calycophyllum spruceanum Tabebuia serratifolia Aspidosperma macrocarpum Peltogyne lecointei Ceiba pentandra Hevea brasiliensis Diplotropis purpurea Couratari sp. Virola melinoii