Cultivo de palmito pupunha no Estado de São Paulo: Peculiaridades e Tecnologia de Produção Valéria A. Modolo Instituto Agronômico de Campinas Centro de Horticultura Cultivo de palmito pupunha no Estado de São Paulo: Peculiaridades e Tecnologia de Produção 1) Introdução 2) Áreas de produção de palmito pupunha em SP 3) Tecnologias de produção 4) Produção de sementes: florescimento 5) Desafios da pesquisa 1) Introdução Pesquisas com pupunheira no IAC 1940: - Introdução de sementes de pupunheira no Estado de SP pelo IAC 1970: - Germeck (1975) e Germeck et al. (1977) Década de 80 e 90: Marilene Bovi Escopo das pesquisas com pupunheira conduzidas pelo IAC a partir de 1978 1978-1985: comparações entre gêneros Euterpe e Bactris; 1986-1990: comparações entre gêneros Euterpe e Bactris; composição química do palmito; 1991-1995: diversidade genética (caracterização, correlações fenotípicas, banco de germoplasma); germinação, multiplicação, seleção (inermes); 1996-2000: marcadores moleculares; crescimento, relações alométricas; doenças; irrigação; tratamento químico; fungos micorrízicos; efeito do boro, alumínio; 2001-2005: efeito da deficiência hídrica/irrigação; entomofauna; fotossíntese (irradiância, assimilação CO2, efeitos do déficit hídrico do solo); adubação (lodo de esgoto, NPK); caracterização bioquímica do palmito; 2006: variabilidade de caracteres vegetativos, fenotípica, espacial – caracterização do banco de germoplasma; validação de equações e caracterização para avaliação não destrutiva das plantas; compactação do solo. Comparação entre crescimento de área de palmito e pupunha no Estado de São Paulo, 1994 a 2006. Período Crescimento (%) Área cultivada pupunha (IEA/CATI) Área plantada palmito (IBGE) Área colhida palmito (IBGE) 2002/2006 204,04 - - 2002/2005 165,73 93,87 176,57 1994/2005 - 18.166,67 26.266,67 Cerca de 98% de toda produção de palmito do Estado de São Paulo origina-se de culturas permanentes e não de extrativismo vegetal. Fonte: Anefalos et al, 2008. Distribuição geográfica de área cultivada com pupunheira - SP 2002 Fonte: IEA/CATI Distribuição geográfica de área cultivada com pupunheira - SP 2007/2008. Fonte: CATI, 2009. Fonte: CATI, 2008. 2) Áreas de produção de palmito pupunha em SP 1) Região Costeira 2) Planalto Paulista Vale do Ribeira : - 2.170 ha - 77% da área plantada Litoral Sul e Norte: - 94 ha (3%) Planalto Paulista: Total: 2.820 ha - 556 ha (20%) Condições climáticas para cultivo Clima quente e úmido: - Temperatura média anual: 22 oC - Precipitação: acima de 1.600 mm/ano, bem distribuida. BALANÇO HÍDRICO Fonte: IEA/CATI 3) Tecnologias de produção Produção de mudas Safra de sementes Dezembro a março Germinação Produção de mudas Fevereiro a maio Fevereiro a outubro Transplante para campo Outubro/Novembro Campinas, SP NORMAIS CLIMATOLÓGICAS 11 9 24 8 20 7 16 6 12 8 5 4 4 0 3 Pariquera-Açu, SP -1 Jan Feb M ar A br M ay Jun Jul A ug S ep O ct N ov D ec 11 32 M eses 10 28 T m á x im a 9 24 8 20 16 T m é d ia 7 T m ín im a 6 12 5 4 4 0 Jan Fev M ar A br 3 M ai Jun Jul M eses Ago Set O ut Nov Dez -1 8 In s o la ç ã o (h o ra s d ia ) T e m p e ra tu ra d o a r (º C ) T e m p e ra tu ra d o a r (ºC ) 10 28 In s o la ç ã o (h o ra s s o l d ia ) 32 Idade da muda para transplante????? 3) Tecnologias de produção Espaçamento 2,0 x 1,0m 2,0 x 1,0 x 1,0m (linhas duplas) 2,5 x 1,0 x 1,0m (linhas duplas) 3) Tecnologias de produção Manejo de perfilho 3) Tecnologias de produção Espaçamento e Manejo de perfilho Estande de plantas Fatores de restrição de crescimento NORMAIS CLIMATOLÓGICAS Campinas, SP 9 M ín im a 8 7 16 6 12 4 0 3 20 7 16 6 12 8 5 4 4 0 3 Jan Feb M ar A br M ay Jun Jan Fev M ar Abr M ai Jun Jul Ago Set O ut N ov D ez 250 65 200 60 150 55 100 50 50 45 40 Jan Fev M ar A br M ai Jun Jul A go S et O ut N ov D ez 6 12 8 5 4 4 3 Jan Fev M ar A br M ai Jun Jul Ago Set O ut Nov Dez B 350 80 300 250 70 200 60 150 100 50 50 40 Jan Feb M ar A br M ay Jun 280 240 200 160 120 80 40 0 Jul Ago Set O ut N ov D ez Jul 0 A ug S ep O ct N ov D ec 350 80 300 250 70 200 60 150 100 50 50 40 0 Jan Fev M ar A br M ai Jun Jul A go S et O ut N ov D ez M o n th s D é f. h íd ric o (m m ) - E x c . h íd ric o (m m ) 320 400 400 M eses M eses T m ín im a 90 0 Jan Fev M ar Abr M ai Jun 7 16 M eses 320 320 c 280 240 200 160 120 80 40 280 240 200 160 120 80 40 0 0 Jan Fev M ar Abr M ai Jun Jul Ago Set O ut N ov D ez Jan Fev M ar Abr M ai Jun Jul Ago Set O ut N ov D ez M eses M eses P re c ip ita ç ã o (m m ) 300 75 70 8 T m é d ia 20 M eses 90 R elative Air H u m id ity (% ) 350 80 9 0 A ug S ep O ct N ov D ec R ain fall (m m ) U m id a d e re la tiv a (% ) 400 85 T m á x im a 24 M eses P re c ip ita ç ã o (m m ) 90 Jul 10 28 -1 4 8 -1 8 5 24 U m id a d e re la tiv a (% ) 20 9 E x c e d e n te h íd ric o (m m ) 24 28 32 T e m p e ra tu ra d o a r (º C ) 10 T e m p e ra tu ra d o a r (ºC ) M é d ia 10 In s o la ç ã o (h o ra s d ia ) 28 11 In s o la ç ã o (h o ra s s o l d ia ) 0 11 M á x im a M eses (D é f. h íd . (m m )) - E x c . h íd ric o (m m ) Pariquera-Açu, SP 32 11 32 In s o la ç ã o (h o ra s ) T e m p e ra tu ra d o a r ( C ) Tefé, AM 3) Tecnologias de produção Irrigação Lopes et al. (2000): irrigação com 100% da ETo, que corresponde a um Kc=1,00 para as condições climáticas da região de Ilha Solteira/SP. Ramos et al. (2002); Ramos et al. (2004): irrigação com 100% da ETo na região de Piracicaba/SP e estudos sobre fertirrigação Hernandez (2003): propõem Kc entre 1 para o primeiro ano e 1,3 para os anos subseqüentes, para a região norte do Estado de São Paulo; Delgado-Rojas et al (2010): a ETo pode ser utilizada como padrão para o manejo da irrigação, desde que seja utilizado um fator de correção quando a ETo estiver nos limites extremos e que o resultado da estimativa do fluxo de seiva sugere que a equação de calibração original de Granier pode ser utilizada para estimar o consumo de água de pupunheiras. Gotejo Irrigação por microaspersão Irrigação por canhão Irrigação por pivô central 4) Produção de sementes: Florescimento Melhoramento participativo Índice de seleção – 20% 4) Produção de sementes: Florescimento 1992 – Plantio do BAG em Pariquera-Açu, Ubatuba, Pindorama e Mococa Pariquera-Açu Ubatuba 4) Florescimento e produção de sementes - Fenologia do florescimento no Estado de SP Espatas florais Cachos com frutos 100.00 Porcentagem de plantas (%) 90.00 80.00 70.00 60.00 50.00 40.00 30.00 20.00 10.00 0.00 Ago/2010 Set/2010 Out/2010 Nov/2010 Dez/2010 Jan/2011 Fev/2011 Mar/2011 Abr/2011 Mai/2011 Jun/2011 Jul/2011 Meses do ano Porcentagem de plantas com Espatas Florais e Cachos com Frutos ao longo do ano. Pariquera-Açú, SP. 2011. 4) Florescimento e produção de sementes - Produção de sementes - Ensaios de adubação para produção de sementes Potássio Boro Zinco 5) Desafios da pesquisa Tecnologia de produção em áreas com déficit hídrico; Produção de sementes: - Hábito de florescimento e frutificação em SP; - Partenocarpia, nutrição, insetos polinizadores, Continuidade do programa de melhoramento. INSTITUTO AGRONÔMICO Centro de Horticultura Caixa Postal 28 - Campinas SP Tel: (19) 3202-1715 [email protected] Número de cachos com frutos por progênies de pupunheira entre agosto de 2010 e julho de 2011. Número de cachos com frutos 25 20 15 10 5 0 Ago/ 2010 Set / 2010 Out / 2010 Nov/ 2010 Dez/ 2010 Jan/ 2011 Fev/ 2011 Meses do ano Mar/ 2011 Abr/ 2011 Mai/ 2011 Jun/ 2011 Jul/ 2011 Número de espatas florais por progênies de pupunheira entre agosto de 2010 e julho de 2011. 6 7 19 24 25 56 65 66 75 81 Número de espatas florais 12 10 8 6 4 2 0 Ago/ 2010 Set / 2010 Out / 2010 Nov/ 2010 Dez/ 2010 Jan/ 2011 Fev/ 2011 Mar/ 2011 Meses do ano Abr/ 2011 Mai/ 2011 Jun/ 2011 Jul/ 2011 A ltu ra d a h a s te (c m ) Umidade relativa do ar (UR) C a m p in a s - c o m irrig a ç ã o 350 P ira c ic a b a - c o m irrig a ç ã o U b a tu b a - s e m irrig a ç ã o 300 250 200 150 100 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 M e s e s a p ó s p la n tio Fonte: Bovi & Tucci (2001) 45