O SISTEMA FEUDAL NA EUROPA OCIDENTAL Resultou da combinação de heranças romanas e germânicas. Elementos romanos: a villae (latifúndio); o sistema de colonato e a clientela ou patrocínio, ou seja, o trabalho em troca de proteção (servidão). Elementos germânicos: a economia natural e agrária, a inexistência de um Estado centralizado e o comitatus, que representou a base das relações de vassalagem. Estrutura econômica do feudalismo Feudo: uma concessão, ou seja, um benefício doado por um nobre (suserano) a outro nobre (vassalo), geralmente em troca de serviço militar. A concessão podia ser terra, dinheiro, o direito de cobrar pedágio ou qualquer outro bem. Senhorio: território dominado por um senhor que se utiliza de meios variados para se apropriar do rendimento do trabalho realizado pelos servos. Divisão de um senhorio Manso senhorial: terras mais férteis, o castelo; a Igreja e as construções tais como o forno, moinho, estábulo, oficinas, lagar. Toda a produção é revertida para o senhor (nobre). Manso servil: lotes divididos entre os camponeses (servos). Subsistência e pagamento de tributos ao nobre e à Igreja. Manso comunal: terras utilizadas tanto pelo senhor (caçadas, torneios...) quanto pelos servos (coleta de frutos, madeira...). Correspondia aos bosques e pastagens. Estrutura social do feudalismo A sociedade era hierarquizada, dividida em estamentos ou ordens. Cada estamento possuía uma honra social e específica. O clero reza, a nobreza luta e os servos trabalham. Clero: alto clero (bispos, cardeais...) e o baixo clero (padres, monges...). Havia o clero regular, que vivia dentro dos mosteiros ou secular, que possuía funções relacionadas às “coisas do mundo”. Nobreza: alta nobreza (duques, marqueses, condes, príncipes) e a pequena nobreza (viscondes, barões e cavaleiros). Cavaleiros: defesa da sociedade; ideais de coragem e a fidelidade. Entre os membros da cavalaria havia grandes desigualdades de fortuna. Camponeses: maioria servos. Viviam miseravelmente, eram muito explorados. Trabalhavam em seus lotes de terra e obrigatoriamente nas terras do senhor. Também realizavam trabalhos artesanais nos feudos. Diversão: festas religiosas e as comemorações relacionadas às colheitas. Havia também os vilões, homens livres que prestavam serviços ao senhor. Os escravos eram muito reduzidos e, posteriormente, desapareceram. Estrutura econômica Comércio reduzido e à base de trocas. Escassez de moedas; cunhadas pelo senhor feudal. Técnicas rudimentares: baixa produtividade também devido às constantes guerras. Sistema de rodízio das terras. Os servos trabalhavam, estavam presos à terra e tinham várias obrigações: Talha: parte de sua produção anual. Banalidades: taxas pagas pelo uso das benfeitorias do senhor como o forno e o moinho. Corvéia: trabalho obrigatório nas terras do senhor pelo menos três vezes por semana. Censo: uma taxa fixa pelo uso da terra. Formariage: pagamento ao senhor na ocasião de seu casamento. Mão morta: taxa paga quando um camponês sucedia seu pai na posse do manso. Dízimo: imposto “in natura” pago à Igreja. Estrutura política do feudalismo Poder descentralizado Nobres: poder militar, legislativo, político, o direito de cunhar moedas, cobrar impostos. Caráter militar: cavaleiros. Relação de vassalagem, exclusivamente entre nobres: Cerimônia: homenagem A IGREJA CATÓLICA MEDIEVAL Recebia doações (terras...) da nobreza. Monopólio da educação/monges copistas. Pensamento teocêntrico. Controle: moral, ética, política, vida familiar, casamento, rituais fúnebres, economia (combate à usura) Fundou hospitais e asilos. Avignon (França) AS HERESIAS Ideias e/ou ações contrárias aos princípios e dogmas católicos. Exemplos: Valdenses, Albigenses, Hussitas. Séc. XIII: criação dos Tribunais da Santa Inquisição ou Santo Ofício: julgar e condenar hereges. Penalidades: excomunhão, prisão, exílio, morte na fogueira... O processo: a partir da delação. O denunciante ficava com metade dos bens do acusado e a Inquisição com a outra metade. Interrogação e tortura. Execução: auto de fé.