Processo de Avaliação dos Trabalhos nas Feiras de Matemática Flavio de Carvalho (1); Ingrid Dias Belo (2); Samira Braidi Valcanaia(3) (1) Licenciatura Plena em Matemática pela UFSM – RS, Pós Graduação em Matemática pela Superior Universidade Severino Sombra Vasouras – RJ,, Membro da CPFMat e Coordenador Regional das Feiras de Matemática; Matemática Integrador de Ensino médio dio e Profissional GERED Videira, Videira [email protected] (apresentador); (2) Formada na Faculdade de Filosofia,Ciências e Letras de Joinville em 1977-Curso 1977 de Matemática Curso de Pós - GraduaçãoSociedade de Ensino Superior de Nova Iguaçu-Rio Iguaçu de Janeiro – Concluído em 1989- Especialização em Matemática Superior Trabalho na Rede Estadual desde 1982.Ensino Fundamental e Médio, [email protected]; [email protected] (3) Pós graduada em Metadisciplinaridade em orientação e Gestão Escolar Democrática (FACISA) FACISA) atualmente sou Integradora de Ensino Médio e Educação Profissional Profissional da 35ª Gered de Timbó, [email protected]. RESUMO: Exemplificar a diferença entre orientador e avaliador de feiras de matemática, qual a necessidade e função de cada um; Deixar claro o porquê da necessidade cessidade dos dois no evento e porque a pessoa escolhida para cada função deverá ser qualificada e orientada para realizar um bom trabalho independente da função que exercer. A diferença de cada atividade e seu impacto para com o aluno e o trabalho apresentado. tado. A elaboração de cada avaliação de moto claro e imparcial, não deixando levar-se se por qualquer influência externa. Palavras-chave: orientador; avaliador; feiras de matemática. INTRODUÇÃO O presente trabalho busca exemplificar a importância das figuras do orientador de trabalhos e do avaliador de trabalhos em uma feira de matemática. Como é importante para quem irá avaliar antes de tudo se interar do que acontece e de como foi elaborado o trabalho, não apenas avaliando pelo visual e sim pelo conteúdo, se s interando das dificuldades que foram impostas, do tempo de preparação e elaboração de cada trabalho. trabalho Quandoo o orientador, entender que ele faz parte do processo de desenvolvimento de todo o trabalho, desde a ideia primitiva até a montagem da apresentação, como ele é peça fundamental para a segurança e apoio aos estudantes que iram explanar seu trabalho na feira. A importância de tudo isso para a vida acadêmica do aluno que apresenta o trabalho, vendo seu esforço reconhecido por pessoas que nunca nun vira antes e aprovação e reconhecimento de sua capacidade de aprendizado, agradecendo os elogios e entendendo as criticas, crescendo com as duas e não deixando que sejam apenas meros comentários sem importância. Vários foram às pesquisas efetuadas para a elaboração do presente artigo, sendo os livros escritos por Zermiani, Zermiani Feiras de Matemática de Santa Catarina: Relevância para a Educação e Gestão e Organização de uma Feira de Matemática direcionam o presente artigo de forma ampla e contemplativa. MATERIAL E MÉTODOS Comunicação do trabalho - clareza, adequação da linguagem e objetividade. Conteúdo matemático - domínio do conteúdo matemático desenvolvido no trabalho, de acordo com a categoria. Qualidade Científica - organização do relatório, disposição dos elementos no estande, sistematização e organização dos alunos durante a exposição. Relevância Científica Social - importância do trabalho para a comunidade escolar e para a sociedade. Considerando os critérios acima, a avaliação deverá ser vista pelos seguintes aspectos: Aspectos Positivos: Envolvimento dos alunos alu na apresentação do trabalho Estética do trabalho deverá ser criativa e relevante tanto Quanto o conteúdo desenvolvido Sugestões para estimular maior desenvolvimento do trabalho Aspectos Negativos: Excesso de Informações Descompromisso com grupo Fragmentação da apresentação Ênfase dada ao conteúdo matemático - clareza e objetividade nas definições e nos conceitos científicos essenciais, bem como, a aplicabilidade do modelo matemático e/ou nível de inter-relação relação proposto. RESULTADOS E DISCUSSÃO A professora Ingrid Dias Belo explanou a importância do ato de avaliar ava citando como referência: (SOUSA,,1993,p.30) 1993,p.30) Avaliar significa emitir um julgamento de valor ou mérito, examinar os resultados educacionais para saber se preenchem um conjunto particular de objetos educacionais. Abordou que a avaliação de trabalhos sempre gera polêmicas nas diferentes difere etapas dos eventos (Municipal, Regional, Estadual e Nacional). Enfatizou que a grande maioria dos avaliadores é também orientador de trabalho apresentado,, e estes devem ser os mediadores na construção e na avaliação dos trabalhos. Objetivando um melhor or entendimento do processo avaliativo destacou três momentos: 1) Os avanços que se obteve com relação à avaliação nos quatro Seminários de Avaliação. I Seminário realizado em 19931993 Blumenau: a) forma de avaliação dos trabalhos; b) redefinição dos critérios critério de avaliação dos trabalhos. II Seminário realizado em 20012001 Brusque: a) inclusão dos alunos na organização e avaliação de trabalhos; b) continuação da avaliação por modalidade; modal c) redefinição dos critérios de avaliação e das modalidades. III Seminário realizado em 2006 – Blumenau: a) critério avaliativo “Relevância Social” alterado para “Relevância Científico Social”; b) nota ta foi substituída por parecer; c) ficha de avaliação alterada para: Trabalho Destaque ou Menção Honrosa; d) Sugestões de melhorias dos trabalhos diretamente com o professor orientador o do trabalho avaliado; e) ficha dee avaliação sem a coluna notas; f) instituído a Coordenação do Grupo de Avaliação. IV Seminário realizado em 2009 – Blumenau: a) tempo e espaço físico adequado para reunião reunião dos coordenadores de grupo com os avaliadores dos trabalhos. 2) O processo de avaliação (papel ( do avaliador). a) identificar seu coordenador de grupo; b) ler o resumo dos trabalhos com antecedência; c) conhecer ecer os critérios de avaliação; d) a imparcialidade dade do avaliador é imprescindível, durante todo o processo da avaliação; e) ter tempo hábil; f) avaliar individualmente; g) verificar se o trabalho apresenta relatório; proporcionar tranquilidade afim de gerar mais segurança aos expositores; h) tratar os alunos lunos com respeito e dignidade; i) olhar os alunos expositores como pessoas em formação; demonstrar interesse pelo trabalho, interagindo quando é propício; j) preencher a ficha de avaliação com observações observações inerentes as melhorias; l) se perceber alguma irregularidade, regularidade, deverá se reportar diretamente diretamente ao orientador do trabalho; m) ao final da apresentação se achar a proposta da equipe válida poderá dar sugestões para que os alunos prossigam com a ideia do trabalho. Complementando a questão da imparcialidade do avaliador, ou seja, o caráter ético a professora Ingrid destacou alguns questionamentos, como: - É correto antecipar o resultado avaliativo para os alunos expositores? - É correto o orientador or desrespeitar o regulamento (horário do desmonte do Stand)? Stand) 3) O processo do coordenador nador dos grupos de avaliação (papel ( de coordenador): coordenador) a) discutir os critérios de avaliação com os avaliadores avaliadores dos trabalhos de seu grupo; b) fiscalizar izar a atuação dos avaliadores; c) auxiliar no preenchimento das fichas e discutir os resultados com om os avaliadores do seu grupo; d) preencher o relatório síntese de avaliação dos trabalhos do seu grupo; e) interagir com o grupo de avaliadores na indicação de um trabalho Destaque para a Feira Nacional (caso aso esta ocorra no ano seguinte). seguinte ORIENTADOR & AVALIADOR Orientador - Segundo o dicionário “Aurélio” (FERREIRA,, 1998, P. 1453). Orientação: Significa dar rumo, direção, dar sentido, acompanhar formação técnica específica, o desenvolvimento intelectual e a formação da personalidade integral dos estudantes. A orientação de trabalho: É um processo que caracteriza o desenvolvimento do aluno nas pesquisas e como consequência uma aprendizagem mais significativa. Orientador: É o líder da equipe, sendo peça fundamental no desenvolvimento de um trabalho, sendo sua função coordenar, nortear a pesquisa para posteriormente ser socializada. Avaliação (MICHAELS,, 2009, P.100): P.100) Ato de avaliar, determinação do preço justo de qualquer coisa que pode ser vendida; valor de bens, determinado por avaliadores. avali Avaliador (MICHAELS,, 2009, P.100): P.100) Que avalia, individuo que avalia; pessoa nomeada por autoridade judicial para avaliar bens. A avaliação de um trabalho em uma feira de matemática abrange diversos aspectos e peculiaridades que tem a necessidade de serem detalhados. Mas como avaliar um trabalho numa Feira de Matemática? Segundo LUCKESI (2005), “a atividade de avaliar é caracterizada como um meio subsidiário do crescimento da aprendizagem do educando, ou seja, da construção de um resultado positivo vo de sua apresentação de conhecimento”. conhecimento Já GAUER (2007), aduz que a prática de avaliação, é uma atividade humana das mais difíceis e incômodas a ser executada. Avaliar é difícil porque muitas vezes, o trabalho a ser avaliado é apresentado por alunos que não os de seu convívio diário, o avaliador precisa “descontar” o fato de estar assistindo a um trabalho “pronto”. Avaliar, julgar, apreciar e em seguida, valorar, são atividades subjetivas, mesmo havendo um conjunto de critérios, que são iguais a todos os avaliadores. Mesmo assim haverá pontos e vista diferentes, pois os avaliadores são pessoas diferentes e seus valores subjetivos são também diferentes. PATTON (2005, p.9) aduz: “a função da avaliação não é só produzir informação, mas deixar pessoas transformadas”. ormadas”. Alguns aspectos spectos importantes devem ser considerados: POSTURA DO AVALIADOR O avaliador deve ser claro em algumas informações: * Visão geral dos trabalhos a serem avaliados; * Imparcialidade (aspecto ético), sendo este inerente a pessoa; * Leitura das fichas de inscrição e resumo de cada trabalho a ser avaliado; * Visita geral pela Feira antes de assistir os trabalhos a serem avaliados * A avaliação deve ocorrer de forma individual; CONCLUSÃO Pode-se concluir que a avaliação é um processo nem sempre justo, mas necessário e não podendo apenas ser pontual é mais abrangente. O importante que seja realizada com responsabilidade e conhecimento, respeitando critérios estabelecidos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MARIOTTI, h. As paixões do ego: complexidade, Política e Solidariedade. São Paulo: Palas Athena, 2000. SEMINÁRIO DE AVALIAÇÃO DAS FEIRAS CATARINENSES MATEMÁTICA. (IV: 2009: Blumenau). Anais.. Blumenau: Nova Letra, 2009. DE ZERMIANI, V. J. Feiras de Matemática de Santa Catarina: Relevância para a Educação.. Blumenau: Edifurb, 2003. ZERMIANI, V. J.; BREUCKMANN, H.J. Gestão e Organização de uma Feira de Matemática. Blumenau, 2008. ZERMIANI, Vilmar José; SILVA, V. C. . Trajetória da Rede das Feiras de Matemática em SC: 25 Anos. In: X Encontro Nacional acional de Educação Matemática, 2010, Salvador – BA. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática: Educação Matemática, cultura e diversidade. Recife - PE: Sociedade Brasileira de Educação Matemática, 2010. V. 10. SILVA, Hélio dos Santos; TOMELIN, Luciane L Zickuhr. Construção, orientação e avaliação de trabalhos em feiras de matemática. Blumenau: Odorizzi, 2008.