Diagnóstico Avaliação e Ações Prioritárias para as Zonas Costeira e Marinha Região Nordeste I (PB, PE, AL, SE, BA) Setembro 1999 Coordenador Boisbaudran O. Imperiano – Advogado/ Biólogo Consultores (Sistematizador) Osvaldo Viegas – Biólogo Wyston Leahy - Biólogo Estagiários Paraíba Marcos Jeronimo Roque Barreto – Geográfo Fernando Gomes Da Silva – Geográfo Pernambuco Antonio Rogério M. Pires – Geográfo Noely Fabiana O. Moura – Bióloga Alagoas Nathally Marques Silva – Bióloga Ylde Vania Costa P. Lima – Bióloga Sergipe Everton Amancio Santos – Biólogo Luciana De Oliveira Ramos – Bióloga Bahia Erica Sena Neves – Acadêmica De Biologia Cintia Levita L. Machado – Acadêmica De Biologia SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 1. INTRODUÇÃO 2. RESULTADOS 2.1-5 - Compartimentos 1a 5 Baixo Sul Baiano e Extremo Sul Baiano 1.6 - Compartimento 6 Jaguaribe - Lauro de Freitas 1.7 - Compartimento 7 Lauro de Freitas – Cidade do Conde 1.8 - Compartimento 8 Cidade do Conde – Rio Coruripe 1.9 - Compartimento 9 Rio Coruripe – Cabo de Santo Agostinho 2.10 - Compartimento 10 Cabo de Santo Agostinho – Rio Goiana 2.11- Compartimento 11 Rio Goiana – Ponta de Lucena 2.12 – Compartimento 12 Ponta de Lucena – Rio Guajú 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS A – Tendências Sócio-Econômicas e Polítcas Públicas B – Avaliação do esforço conservacionista C – Comprometimento da diversidade biológica 4. RECOMENDAÇÕES A – Projetos prioritários B – Áreas prioritárias para inventário C – Recomendações para a conservação 5. BIBLIOGRAFIA 6. ANEXOS 6.1 - Referências dos pesquisadores 6.2 - Referências bibliográficas do CELMM 6.3 - Lista de espécies da Bahia 6.4 - Lista de espécies de Sergipe 6.5 - Lista de espécies de Alagoas 6.6 - Lista de espécies de Pernambuco 6.7 - Lista de espécies da Paraíba 6.8 - Tabelas de Tensores/Ecossistemas 6.9 - Lista das UCs da Região APRESENTAÇÃO Este trabalho se enquadra dentro do Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira, empreendida pela Comissão Coordenadora do Programa Nacional da Diversidade Biológica (PRONABIO), do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal (MMA), cujos principais objetivos são: a identificação de oportunidades, opções e ações prioritárias para a conservação da biodiversidade, utilização sustentável dos recursos biológicos e a repartição dos benefícios derivados da utilização de seus recursos genéticos. O PRONABIO envolve cinco sub-projetos, abrangendo os grandes biomas nacionais: Floresta Amazônica, Cerrado, Caatinga, Floresta Atlântica e Campos Sulinos e Zona Costeira e Marinha. Para o desenvolvimento desse último, foi formado um consórcio, coordenado pela Fundação BIO RIO, envolvendo seguintes instituições: Sociedade Nordestina de Ecologia – SNE, Instituto de Desenvolvimento Econômico do Pará – IDESP, Instituto de Planejamento e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte – IDEMA, Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo – SMA e Fundação de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul - FEPAM. O presente diagnóstico “Avaliação e Ações Prioritárias para a Zona Costeira dos Estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia” é uma parte integrante do “Diagnóstico Nacional sobre a Avaliação e Ações Prioritárias para a Zona Costeira e Marinha”, e objetivou principalmente realizar o levantamento e sistematização de informações sobre a utilização sustentável da biodiversidade da zona costeira dos Estados da Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, através da coletadas de dados junto ao pesquisadores que atuam nestes Estados, os quais contribuíram de forma valorosa para a consolidação deste documento. No documento em tela estão os levantamento de dados, referentes à flora e à fauna de uma grande diversidade de ecossistemas costeiros da região Nordeste, incluindo também fatores como o grau de “conhecimento e utilização da biodiversidade”, as “tendências sócio-econômicas, políticas públicas e pressões antrópicas”, as “políticas públicas que tenham influência na diversidade biológica”, a “avaliação da educação ambiental e conscientização pública”, além dos “fatores econômicos que influenciam o uso e a degradação da diversidade biológica”. Neste contexto, este Diagnóstico, deve ser um instrumento de planejamento e compatibilização das atividades antrópicas e de desenvolvimento com a conservação dos recursos biológicos existentes na zona costeira do Nordeste, desenvolvimento sustentável. buscando a aplicabilidade prática do Assim, este trabalho representa o somatório de esforços de diferentes profissionais que contribuíram de forma valorosa com seus conhecimentos, pesquisas e estudos sobre os diversos ecossistemas que compõem a Zona Costeira. Desta maneira, tornamos público os nossos agradecimentos aos pesquisadores, estagiários e consultores que de forma direta ou indireta contribuíram para a realização desta tarefa hercúlea. BOISBAUDRAN DE OLIVEIRA IMPERIANO Coordenador Regional Nordeste I SOCIEDADE NORDESTINA DE ECOLOGIA 1. INTRODUÇÃO A Região Nordeste I (NE I), objeto do presente diagnóstico, compreende a Zona Costeira dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba, estendendo-se desde, aproximadamente o paralelo 60 30', ao paralelo 180, numa extensão de 1.901 km, que se estende do estuário do rio Guajú, na divisa da Paraíba com o Rio Grande do Norte até a divisa da Bahia com o Espírito Santo. O levantamento de dados pertinentes a esta Região foi baseado nas informações fornecidas por um total de 94 questionários: Bahia – 15, Sergipe – 16, Alagoas – 24, Pernambuco – 28 e Paraíba – 11. O mapeamento desta Região está representado no Macrodiagnóstico da Zona Costeira do Brasil na escala de 1:1000.000, em cinco folhas: Rio Doce, Salvador, Aracajú, Recife e Natal. De acordo com este trabalho, esta região contempla doze compartimentos costeiros, quais sejam: 1 à 5. Divisa de BA/ES a Jaguaribe (BA), contendo os compartimentos (1) divisa BA/ES a Prado (BA); (2) Prado (BA) até Santa Cruz de Cabrália (BA); (3) Santa Cruz de Cabrália até Ilhéus (BA); (4) Ilhéus (BA) até Itacaré/Rio das Contas (BA); (5) Itacaré/Rio de Contas (BA) até Jaguaribe (BA); 7 estes 5 compartimentos foram trabalhados em conjunto, devido ao pequeno número de questionários disponíveis; 6. Jaguaribe (BA) até o limite norte do município de Lauro de Freitas (BA); 9 7. Lauro de Freitas (BA) até Rio Branco/Cidade de Conde (BA); 8 8. Rio Branco/Cidade de Conde (BA) até o rio Coruripe (AL); 27 9. Rio Coruripe (AL) até Cabo de Santo Agostinho (PE); 40 10. Cabo de Santo Agostinho (PE) até o rio Goiana (PE/PB); 16 11. Rio Goiana (PE/PB) até Ponta de Lucena (PB); 8 12. Ponta de Lucena (PB) até o rio Guajú (PB/RN) 9 Os números à direita de cada compartimento representam o número de questionários que forneceram as informações sobre cada um dos compartimentos. O total (124) ultrapassa o número de 94 formulários, uma vez que diversos questionários se reportam a mais de um compartimento e foram tabulados mais de uma vez. A Região NE I apresenta a totalidade dos ambientes/ecossistemas relacionados no questionário aplicado. A Tabela 1.1 identifica o número de citações de ocorrência de cada um dos ecossistemas. Os estuários apresentam o maior número de referências e constituem, por certo, um dos ambientes mais característicos da Zona Costeira, concentrando importância sócio-econômica por diversos fatores: sua alta produtividade; sua posição estratégica para instalações portuárias, industriais e das grandes metrópoles litorâneas; sua beleza paisagística, entre outros. A estes estuários, que podem apresentar-se sob a forma de deltas delta do São Francisco, baias - baía de Todos os Santos, ou lagunas Complexo Estuarino-Lagunar de Mundaú-Manguaba, invariavelmente, estão Ambientes/Compartim. NºCitaç. Estuários 84 Restingas 48 Falésias 20 Apicuns 23 Fundos inconsolidados 40 Dunas 29 Praias 70 Baías 13 Deltas 10 Manguezais 76 Recifes 54 Lagoas 28 Bancos de fanerógamas 24 Áreas úmidas costeiras 33 Tabuleiros costeiros 3 Tabela 1.1 – Número de citações de ocorrência de cada um dos ecossistemas, na Região NE I. associados os manguezais. Em muitos casos, estes manguezais apresentam grandes extensões, como na zona estuarina de Valença (BA), do estuário do Vaza-barris (SE), dos manguezais da barra de São Miguel e lagoa do Roteiro (AL), do canal de Santa Cruz (PE) e do estuário do rio Mamanguape (PB). Destaca-se, também, nessa região, a imensa franja de recifes de coral, que se aproximam da costa, constituindo barreira natural aos processos erosivos e paisagens de alto interesse para o turismo, além de constituírem importante abrigo para diversas espécies marinhas, e consequentemente, celeiro de pesca destinada à alimentação e fonte de renda da população de baixa renda da Região. Destacam-se os recifes da região de Tamandaré (PE) à Paripueira (AL), objeto de criação de uma Área de Proteção Ambiental federal - APA da Costa dos Corais, que vem sendo implantada sob metodologia participativa e integrada ao processo de gerenciamento costeiro desses dois estados. As praias dessa Região também têm destaque especial, em função da proteção recifal, que as torna extremamente atrativas do ponto de vista paisagístico, constituindo grande potencialidade para o turismo nacional e internacional, destacando-se as praias ao norte de Salvador, Norte de Alagoas e sul de Pernambuco. Sobre estes ambientes naturais, desenvolve-se um processo de cinco séculos de ocupação, degradação e desenvolvimento, que hoje se pretende sustentável. Em contraste com a intensidade de ocupação de duas regiões metropolitanas - Salvador e Recife, três capitais de estado - Aracajú, Maceió e João Pessoa, e das cidades de Ilhéus e Porto Seguro, encontramos áreas com baixa densidade de ocupação, como o litoral sul e o litoral norte baianos. Sobre este último, já existe uma forte pressão, induzida pela abertura da "linha verde" e o desenvolvimento de complexos hoteleiros e de lazer, o que se reproduz na região de Maragogi (AL) e no litoral sul de Pernambuco. Nesse sentido, o Programa de Desenvolvimento Turístico do Nordeste - PRODETUR, tem sido um fator de alavancagem da atividade, abrangendo a região como um todo, devido aos investimentos em infra-estrutura que tem viabilizado. No que pese a grande potencialidade deste "vetor" de indução econômica, poucos investimentos tem sido feitos no sentido de apoiar as populações tradicionais locais para que se fortaleça com esse processo, principalmente no que se refere à solução de sua situação fundiária, em grande parte informal e sujeita à especulação, e à capacitação de mão-de-obra, tanto para o fortalecimento da atividade tradicional, de alto interesse ao turismo (cooperativismo, novas artes de pesca, artesanato, etc.), quanto para a inserção de parcelas significativas desses segmentos na emergente atividade do turismo. Os processos de urbanização, seja pelo crescimento das áreas urbanas, seja pelo desenvolvimento de loteamentos para "segundas residências", têm, historicamente, pressionado os ecossistemas naturais, com destaque para os manguezais, apicuns, áreas úmidas costeiras e restingas, muitas vezes com o aterro desses ambientes. Por outro lado, considerando as grandes deficiências de cobertura em termos de sistemas de coleta e tratamento de esgotos - dos 317 municípios costeiros estudados no Macrodiagnóstico, 267 têm menos de 20% dos domicílios ligados a redes de coleta de esgotos, incluídos entre estes aqueles de maior população. Em nossas cidades e povoamentos, a poluição hídrica de rios, riachos, lagos, lagoas, lagunas, estuários e oceano tem sido constante, podendo este ser considerado o fator mais grave de degradação e ameaça à biodiversidade e aos ecossistemas costeiros. No aspecto da gestão dos resíduos sólidos, o problema também é grave, com a persistência de sistemas de coleta deficiente e disposição inadequada do lixo, lançado, em geral, às margens das rodovias e nos canais de drenagem, sem qualquer cuidado adicional. Assim, o processo de urbanização ameaça os diversos ecossistemas, com sua contínua supressão, ao mesmo tempo que também ameaça as comunidades aquáticas, em especial, pelo lançamento de efluentes domésticos. Aos impactos provocados pelos efluentes de origem urbana, adicionam-se aqueles derivados dos efluentes de origem industrial, com importantes pólos localizados na região, quais sejam: Grandes unidades de celulose no litoral sul da Bahia • Complexo Industrial de Aratu • Pólo Industrial de Camaçarí • Centro Industrial de Aracaju • Pólo Cloro-químico de Alagoas • Complexo Industrial de SUAPE • Concentração Industrial da Grande Recife • Centro Industrial de João Pessoa/Cabedelo • Vinculado a esta dinâmica de concentração urbano-industrial, temos as unidades e terminais portuários de Ilhéus, Aratu e Salvador, na Bahia; Aracaju, em Sergipe; Maceió (2 terminais), em Alagoas; Suape e Recife, em Pernambuco; e Cabedelo, na Paraíba. Cabe ressaltar que a grande maioria dos portos brasileiros, e menos ainda, dessa Região, não possuem estrutura adequada para a gestão ambiental desta atividade, nem no que se refere ao controle de resíduos e outros impactos ambientais no dia-a-dia da atividade, nem no que se refere aos planos de contingência para acidentes, e também no tocante aos projetos de expansão e modernização portuária. Como principais impactos destas atividades, podemos citar: (i) derramamentos de petróleo e combustíveis líquidos causados por acidentes de operação portuária ou acidentes de navegação; (ii) contaminação de águas superficiais ou marítimas provocado por despejos de efluentes químicos e cloro-químicos em áreas de complexos industriais; (iii) contaminação de lencóis d'água por agentes diversos, principalmente químicos e cloro-químicos; (iv) aterros tecnicamente mal projetados ou executados para a construção ou expansão de complexos portuários, comprometendo áreas de mangues, formações flúvio-lagunares e áreas de deposição de sedimentos; e (v) construção de "molhes" mediante projetos mal concebidos, com repercussões diversas nos fluxos de correntes marinhas e nos processos de erosãodeposição (Costa, 1995). Ainda no contexto da dinâmica das políticas de transporte, temos o eixo formado pelas rodovias federais BR-101 e 116, as quais condicionam um forte processo de ocupação em suas margens, na maioria das vezes não acompanhado por um processo de planejamento que estabeleça critérios de sustentabilidade. Associado a este vetor de fortes impactos, tem-se a tendência mais recente, por iniciativa dos governos estaduais, de abrir uma malha rodoviária paralela à BR-101, mais próxima à costa, destinada a atender e estruturar regiões de grande atratividade turística, com predominância de sistemas de vida tradicional, que começam a sofrer os impactos de uma economia emergente que não os têm considerado em seu planejamento. Acresce a isso, o despreparo dos municípios para a gestão ambiental, o que têm gerado a proliferação de empreendimentos sem a consideração de critérios econômicos, sociais e ambientais que possibilitem o retorno efetivo dos benefícios para as comunidades locais. Cabe, ainda, citar a atividade rural, cujos impactos, especialmente nessa Região, vem conformando a economia, a sociedade e a paisagem litorânea, com impactos diretos sobre a biodiversidade, capitaneados pela cultura da cana-de-açúcar, que avançou sobre os tabuleiros no recente ciclo impulsionado pelo PROALCOOL. A cultura da cana, em função do seu sistema de emprego de mão-de-obra e do preparo anual das terras sem a incorporação de tecnologias que conservem o solo, têm gerado danos consideráveis ao meio ambiente, com supressão da vegetação nativa, degradação dos solos e poluição dos recursos hídricos, além de ser uma atividade concentradora de renda na mão de pequena parcela da população. Os impactos dessa atividade são, em grande parte, responsáveis pela degradação dos recifes de coral costeiros, em função do aporte de sedimentos finos pelos estuários, derivados da erosão dos solos, que se depositam sobre os corais, provocando a sua morte. Entre a cana-de-açúcar e o mar, foram instalados extensos coqueirais, de baixa produtividade, que provocaram a supressão de grande parte da vegetação de restinga originalmente existente. Atualmente, as faixas de coqueirais têm aberto espaço para empreendimentos imobiliários, iniciando, um novo ciclo de degradação, muitas vezes incidente em áreas de patrimônio da União, cujos efeitos já se fazem sentir em termos de aceleração dos processos naturais de erosão costeira. Cabe ainda destacar, na região do litoral sul da Bahia, a veloz substituição da Mata Atlântica original pelas extensas plantações de pinus e eucaliptos destinados à indústria de papel e celulose, além da extração desordenada de madeira para uso em serrarias, ou dos próprios desmatamentos para instalação de cultivos agrícolas diversos. A isso se soma a crise causada na lavoura cacaueira, com as infestações do fungo "Vassoura de Bruxa", o que têm causado um processo de substituição dessas roças por pastagens, o que gera impactos muito maiores à biodiversidade local. Por último, é importante destacar as potencialidades de um uso mais sustentado da biodiversidade e do aproveitamento da paisagem costeira dessa região, que associada às excelentes condições climáticas e às pequenas variações anuais, possibilita o estabelecimento de uma nova dinâmica econômica e social que, se bem conduzida, pode constituir um efetivo fator de geração de ocupação e renda. O turismo, que já vem proporcionando uma nova dinâmica regional, ainda têm um vasto campo de crescimento. Como bem frisa a Profª Bertha Becker (1996), "é sob a ótica de um novo potencial de desenvolvimento que deve se encarar a política de turismo e seus efeitos sobre a Zona Costeira do Brasil. Ótica sob a qual os grandes riscos de degradação ambiental são obstáculos e desaceleradores do aproveitamento sustentável do potencial, a serem devidamente superados." Ressalta também, aquela autora, que "a vantagem competitiva de um território, em qualquer escala geográfica, tende a decorrer da velocidade em passar à nova forma de produção; na medida em que o capital e a tecnologia são seletivos, estabelece-se forte tendência à valorização da diferença e à competitividade entre os lugares. Valorização da natureza e da diferença, velocidade da informação e da circulação e articulação direta através de redes, são condicionantes do novo significado do turismo e da zona costeira". Cabe também, destacar, o potencial da pesca e da aquicultura e a grande importância social da primeira. As recentes descobertas do Programa REVIZEE1 acenam para a expansão da fronteira da pesca nordestina, com o acesso a recursos ainda não explorados, existentes na quebra do talude da plataforma continental. A largura estreita dessa plataforma e as boas condições de mar, associadas a novas artes de pesca, permitem vislumbrar a exploração desses estoques com pequenas embarcações, do calado da pesca artesanal, permitindo, também, reduzir a pressão sobre os estoques tradicionalmente explotados, com perspectivas de melhoria de renda para o pescador. A SUDENE, em parceria com o IBAMA/CEPENE e universidades locais, vem desenvolvendo projeto-piloto, envolvendo as comunidades pesqueiras de Tamandaré e Maragogi. A Aquicultura vem experimentando um crescimento de 50% ao ano na região, o que a torna uma atividade com grande potencial, ao mesmo tempo que traz grandes preocupações, em função da utilização das regiões de apicuns associadas aos manguezais para a instalação de viveiros, gerando significativos impactos ambientais e sócio-econômicos, uma vez que substitui a exploração tradicional dos recursos deste ecossistema. Há também o impacto potencial da introdução de espécies exóticas. Uma vez que ainda não estão definidos parâmetros para o licenciamento dessa atividade, cabe o desenvolvimento de estudos para esclarecer pontos obscuros referentes aos seus impactos, diretos e indiretos, que permitam estabelecer condições de sustentabilidade para o desenvolvimento dessa atividade. Cabe, ainda, ressaltar, o processo de substituição de culturas tradicionais, como a cana e, principalmente, o coco, por uma fruticultura mais moderna, com grande potencial de abastecimento dos pólos turísticos e do mercado de exportação, com a possibilidade de geração de impactos menores sobre o meio ambiente. Na região do sul da Bahia e no agreste Pernambucano, pequenas, porém, significativas experiências de implantação de policultivos agroflorestais podem se tornar alternativas promissoras à agricultura tradicional, uma vez que permitem uma colheita continuada, durante quase todo o ano, possibilitando uma efetiva melhoria da renda das populações. Estas experiências têm sido, também, desenvolvidas, nos assentamentos de reforma agrária, o que pode trazer uma alternativa real para esse importante segmento social, que na ausência de soluções, pode se constituir em fator de pressão sobre os ecossistemas naturais remanescentes. Finalmente, cabe citar experiências significativas no campo da utilização de resíduos, como é o caso da substituição da lenha por casca de coco nos processos de defumação de pescado em Piaçabuçú, na região da foz do rio São Francisco; e no uso de novas substâncias, produtos e tecnologias, como a cartilagem de tubarão em medicamentos; o aproveitamento do mel e outras substâncias das melíponas; as plantas medicinais e a disseminação das "farmácias verdes"; o uso da casca de sururu para correção de solos e ração animal; as farinhas de rocha do município de Jaramataia, em Alagoas; e o desenvolvimento de fermentados bacterianos em Sergipe, como poderosos aliados à regeneração dos solos e ecossistemas. 1 Programa de Levantamento do Potencial Sustentável dos Recursos Vivos da Zona Econômica Exclusiva do Brasil, coordenado pelo MMA. O problema não reside na ausência de soluções tecnológicas, mas na necessidade de uma vontade política voltada para o desenvolvimento sob parâmetros de sustentabilidade. 2. RESULTADOS 2.1-5 COMPARTIMENTOS 1 à 5 – BAIXO SUL BAIANO e EXTREMO SUL BAIANO A.1-5 CARACTERÍSTICAS GERAIS Os compartimentos 1, 2, 3, 4 e 5 são incorporados aqui como uma só unidade, representando o Baixo Sul e o Extremo Sul baianos, desde a divisa com o Estado do Espírito Santo, até Jaguaribe, compreendendo os municípios de Mucuri, Caravelas, Nova Viçosa, Alcobaça, Prado, Porto Seguro, Cabrália, Belmonte, Canavieiras, Una, Ilhéus, Itacaré, Maraú, Camamu, Igrapiuna, Ituberá, Nilo Peçanha, Taperoá, Cairú, Valença e Jaguaribe, ilhas de Tinharé e Boipeba e arquipélago de Abrolhos, envolvendo ambientes/ecossistemas representados na Tabela 1 com o número de citações de ocorrência no respectivo ambiente/ecossistema estudado. As informações obtidas para este conjunto de compartimentos (1 a 5) baseiam-se em 7 questionários, respondidos por 7 pesquisadores. Ambientes/Ecossist. Nºcit. Estuários 3 Restingas 3 Falésias 2 Fundos Inconsolidados 2 Dunas 1 Praias 4 Baías 1 Deltas 2 Manguezais 4 Recifes 3 Costões rochosos 1 Bancos de fanerógamas 1 Áreas úmidas costeiras 4 Tabela 1-5.1 – Ambientes/ecossistemas e número de citações para o Sul e Extremo Sul baianos As pesquisas realizadas e em andamento, demonstram o interesse no estudo da zona costeira, salientando a importância ecológica das restingas, dos estuários, dos manguezais, áreas úmidas costeiras e recifes de coral, com ênfase para o complexo de recifes de Abrolhos, um dos ecossistemas mais importantes do Brasil, possuindo alto endemismo e diversidade riquíssima. Destaca-se a importância ecológica do uso sustentável dos manguezais, manutenção das comunidades pesqueiras do seu entorno, manutenção da cadeia alimentar detrítica e relações ecológicas ligadas ao manguezal, ambiente de abrigo para reprodução e alimentação de espécies. O ambiente das ilhas de Tinharé e Boipeba é referido como possuindo grande biodiversidade e com variados tipos de ecossistemas, muitos deles ameaçados, de importância para a costa baiana como um todo. São relacionados os recifes de coral como um dos principais ecossistemas do Atlântico Sul, além da presença de grande campo de dunas. B.1-5 ESFORÇO DE ESTUDO NOS COMPARTIMENTOS A região de Abrolhos envolve mais de 25 pesquisadores, com participação de mais de 10 instituições. Em outros ambientes em estudo, esse número é variável e serão referidos separadamente. Conforme informações levantadas, as ilhas de Tinharé e Boipeba tem 6 a 10 pesquisadores em atuação, com 2 a 5 instituições de apoio. Os demais ambientes têm uma média de 25 pesquisadores desenvolvendo projetos nos diversos ecossistemas, embora haja uma redução no número de instituições de apoio para 2 a 5, conforme é discriminado a seguir: Região - Abrolhos Pesquisadores – Mais de 25 Instituições – mais de 10 Região – Ilhas de Tinharé e Boipeba Pesquisadores – 6 a 10 Instituições – 2 a 5 Região – Outros ambientes Pesquisadores – Média de 25 Instituições – 2 a 5 C.1-5 CARACTERIZAÇÃO, QUANTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO CRÍTICA DA INFORMAÇÃO DISPONÍVEL a) Informações pré-existentes Dependendo do aspecto enfocado, é pequeno, com nível de informações limitadas ou inexistentes. Em poucos aspectos os níveis de informações são abundantes, como habitat, riqueza faunística, biodiversidade, produção primária, elaboração de coleções zoológicas/herbários e atividades antrópicas sobre mamíferos aquáticos, ações antrópicas sobre a flora das ilhas Tinharé e Boipeba e estrutura de populações. Saliente-se que as informações para as ilhas são mínimas. A Tabela 1-5.2 a seguir, resume e engloba os níveis de informações obtidos em relação aos aspectos estudados anteriormente. b)Projetos em execução Em Abrolhos está sendo desenvolvido o projeto “Caracterização da sedimentação no /complexo de /recifes de Abrolhos”. Além deste, é dada a informação de que outros projetos estão em desenvolvimento: Reprodução de corais Ecologia de algas Baleias jubarte ASPECTOS ESTUDADOS NÍVEL DAS INFORMAÇÕES Inexistentes Limitadas Abundantes Reprodução 3 Alimentação 3 Produção Primária 1 Biomassa Animal 2 Biomassa Vegetal 2 Habitat 3 Variabilidade genética 1 2 Riqueza faunística 2 Riqueza florística 2 Biodiversidade 2 Espécies Endêmicas 2 Distribuição de comunidades biológicas 3 Relações ecológicas 1 2 Estrutura de populações/comunidades/ 2 ecossistemas Função de populações/comunidades/ 2 1 ecossistemas Dinâmica de populações/comunidades/ 2 1 ecossistemas Espécies ameaçadas 2 1 Espécies raras 3 Biogeografia 1 2 Espécies migratórias 1 2 Elaboração de coleções zoológicas e/ou herbários Espécies de valor econômico 3 Áreas de Risco 1 2 Atividades Antrópicas 1 Oceanografia Física 1 Oceanografia Química 1 Mapas de Ecossistemas Costeiros 1 Tabela 1-5.2 – Nível das informações pré-existentes nos compartimentos. 1 1 1 1 1 3 2 Ao longo de toda a costa da Bahia, estão em desenvolvimento os seguintes projetos: Bionomia dos crustáceos da costa da Bahia; Resgate e reabilitação de mamíferos aquáticos no litoral baiano e sergipano; Erosão costeira na região Leste/Nordeste do Brasil; . São citados como projetos em desenvolvimento na área de mamíferos aquáticos: Fotoidentificação de cetáceos; Reintrodução de lontras; Avaliação de comportamento de mamíferos aquáticos; Monitoramento de animais marcados e reintroduzidos; Monitoramento de animais reabilitados São citados como projetos de grande envergadura, em desenvolvimento: Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro; Inventário e Monitoramento dos Ecossistemas Costeiros e Programa REVIZEE. Nas ilhas de Tinharé e Boipeba são desenvolvidos: Estudos florísticos das ilhas; Projetos de Gestão Ambiental Na região dos manguezais: Manguezal Vivo – Educação Ambiental direcionada à região, envolvendo ecossistemas estuarinos e manguezais do Sul da Bahia. Em Valença e Barra dos Carvalhos, desenvolvem-se: Projeto de maricultura (BMLP); Avaliação ambiental da zona estuarina de Valença: determinação da qualidade de água e sedimento para cultivo de camarões e ostras. D.1-5 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DA BIODIVERSIDADE a) Conhecimento da biodiversidade No geral é considerado insuficiente ou restrito a algumas espécies/comunidades (Tabela 1-5.3), apesar dos avanços na última década, no caso de Abrolhos. Nível nº Totalmente inadequado 1 Restrito a algumas espécies/comunidades 2 Insuficiente para a maioria das espécies/comunidades 3 Satisfatório para a maioria das espécies/comunidades 1 Amplamente conhecida 0 Tabela 1-5.3 – Nível de conhecimento da biodiversidade b) Aplicabilidade da informação existente No que concerne à aplicabilidade da informação disponível sobre a diversidade biológica, na área em análise, visando a gestão da mesma, os pesquisadores identificaram o seguinte quadro: Aplicabilidade nº Suficiente para uma gestão ade- 1 quada(produção e conservação) Insuficiente para qualquer forma de 4 gestão Parcialmente adequada(algumas 2 informações dispersas) Tabela 1-5.4 – Adequação das informações para a gestão Segundo o comentário adicional de um dos entrevistados, o conhecimento atual seria suficiente “para iniciar o esforço de aquisição de informações para uma gestão adequada”. E.1-5 DISTRIBUIÇÃO E SITUAÇÃO DAS ESPÉCIES ENDÊMICAS, RARAS, AMEAÇADAS E EXÓTICAS Foram relacionada três espécies raras de mamíferos marinhos: Orcinus orca Ziperius cairrostris Mesoplodon sp F.1-5 INTENSIDADE DE UTILIZAÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA Questionados sobre o nível de intensidade com que a biodiversidade da região é utilizada pelo homem, os pesquisadores responderam: Intensidade de utilização nº Intensamente utilizada 3 Medianamente utilizada 3 Pouco utilizada 1 Não é utilizada 0 Tabela 1-5.5 – Nível de intensidade de utilização da biodiversidade Nas ilhas de Tinharé e Boipeba a área é utilizada tanto para a exploração turística, como para exploração madeireira de algumas espécies para a construção naval. G.1-5 VETORES DE PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE A ação impactante sobre os ecossistemas varia conforme a região enfocada e o grau de influência antrópica no ambiente. Como exemplo, a exploração sem controle de alguns recursos exploráveis dos manguezais, poderá comprometer a relação ecológica na região estudada. A grande carga de defensivos agrícolas e agrotóxicos utilizada indiscriminadamente nas monoculturas regionais, bem como a falta de saneamento básico da maioria dos municípios, poderá comprometer o sistema e inviabilizar o desenvolvimento da atividade de agricultura como alternativa de uso e de geração de emprego e renda, comprometendo igualmente a própria preservação do ecossistema manguezal. Assim, conforme as informações levantadas junto aos pesquisadores, os índices de comprometimento e vetores estão expressos na Tabela 1-5.4, em anexo, como impactado levemente (L), medianamente (M), altamente (A), Criticamente (C) e impacto inexistente (I). 2.6 COMPARTIMENTO 6 Jaguaribe (Ba) até o limite Norte de Lauro de Freitas (Ba) A.6 CARACTERÍSTICAS GERAIS O compartimento em análise estende-se de Jaguaribe, ao sul da Baía de Todos os Santos, até o limite Norte do município de Lauro de Freitas, envolvendo ecossistemas variados e diversificados, como manguezais, baías, estuários, fundos inconsolidados, recifes e áreas úmidas costeiras, compreendendo grande parte dos ecossistemas existentes, destacando-se as Baías de Todos os Santos e Aratu com a maioria das pesquisas desenvolvidas neste Compartimento. Os dados deste Compartimento foram compilados das informações obtidas de nove questionários respondidos por nove pesquisadores. Os ambientes/ecossistemas e o número de referências, estão sintetizados na Tabela 6.1 a seguir. Ambientes / Ecossistemas Estuários Restingas Falésias Apicuns Fundos inconsolidados Dunas Praias Baías Deltas Manguezais Recifes Bancos de fanerógamas Áreas úmidas costeiras Nºcit. 2 2 1 2 1 1 Tabela 6.1 – Ambientes/ecossistemas e número de referências para o Compartimento 6. B. 6 ESFORÇO DO ESTUDO NO COMPARTIMENTO Conforme a área de abrangência de atuação, as respostas indicaram três opções apresentadas no questionário, indicando um número maior de pesquisadores e instituições para aqueles que envolvem uma maior área de atuação. Nas Tabelas 6.2 e 6. 3 estão representados os números indicados. Pesquisadores atuantes De 1 e 5 pesquisadores De 6 a 10 pesquisadores De 11 a 25 pesquisadores Mais de 25 pesquisadores Nºcit. 0 3 3 3 Tabela 6.2 – Número de pesquisadores atuantes no compartimento Instituições atuantes 1 Instituição De 2 a 5 Instituições De 6 a 10 Instituições Mais de 10 Instituições Nºcit. 0 4 5 0 Tabela 6.3 – Número de instituições atuantes no compartimento 6. C. 6 CARACTERIZAÇÃO, QUANTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO CRÍTICA DA INFORMAÇÃO DISPONÍVEL a) Informações pré-existentes Para a grande maioria das respostas obtidas, o grau de informações pré existentes é limitado. Especificamente para o manguezal, um dos pesquisadores indica não existir informações anteriores para a flora na maioria dos itens propostos, e limitados para produção primária, biomassa animal e vegetal, estrutura de populações/comunidades, elaboração de coleções, áreas de risco e atividades antrópicas. Com relação aos recifes de coral, há informação de que “apesar de situados nas áreas mais populosas do Estado da Bahia, poucos estudos foram desenvolvidos até o início da década de 90. Nos últimos 6 anos houve um incremento na aquisição de dados de Oceanografia Física e Química”. Os dados levantados estão expressos na Tabela 6.4, englobando o número dos níveis de informações obtidos. b) Projetos em execução. Ao longo de toda a costa da Bahia, estão em desenvolvimento os seguintes projetos: Bionomia de crustáceos da costa da Bahia; Resgate e reabilitação de mamíferos aquáticos no litoral baiano e sergipano; Erosão costeira na região Leste /Nordeste do Brasil. São citados como projetos em desenvolvimento na área de mamíferos aquáticos: Fotointerpretação de cetáceos; Reintrodução de lontras; Avaliação de comportamento de mamíferos aquáticos; Monitoramento de animais marcados e reintroduzidos; Monitoramento de animais reabilitados. São referidos como projetos de grande envergadura, desenvolvimento: Programa REVIZEE; Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro; Inventário e Monitoramento dos Ecossistemas Costeiros. em Na Plataforma Continental: Estudo das associações de briozoários nos sedimentos da costa da Bahia. ASPECTOS ESTUDADOS NÍVEL DAS INFORMAÇÕES Inexistentes Limitadas Reprodução 2 4 Alimentação 2 4 Produção Primária 2 2 Biomassa Animal 2 3 Biomassa Vegetal 2 3 Habitat 1 2 Variabilidade genética 3 3 Riqueza faunística 1 4 Riqueza florística 1 3 Biodiversidade 2 3 Espécies Endêmicas 1 4 Distribuição de comunidades biológicas 2 2 Relações ecológicas 2 4 Estrutura de populações/comunidades/ 3 4 ecossistemas Função de populações/comunidades/ 4 3 ecossistemas Dinâmica de populações/comunidades/ 4 2 ecossistemas Espécies ameaçadas 3 Espécies raras 2 2 Biogeografia 3 3 Espécies migratórias 3 4 Elaboração de coleções zoológicas e/ou 1 3 herbários Espécies de valor econômico 2 4 Áreas de Risco 3 5 Atividades Antrópicas 2 5 Oceanografia Física 4 Oceanografia Química 2 Tabela 6.4 – Nível de informações pré existentes no Compartimento. Abundantes 1 1 1 1 1 1 2 2 Citados como projetos em desenvolvimento na área: Levantamento sobre a geologia e substrato; Estudos dos geológicos e ecológicos dos recifes; Levantamento sobre a fauna e flora bentônicas. Na Baía de Todos os Santos desenvolvem-se: Monitoramento de manguezais sob influência de atividades petroleiras; Análise da estrutura da comunidade macrobentônica marinha em relação ao sedimento, à poluição e à variação sazonal em um ambiente tropical; Mapeamento de semi- detalhe dos recifes de coral da Baía de todos os Santos e do Litoral norte da Bahia; Levantamento com informatização e organização de coleção científica dos moluscos da Baía de Todos os Santos e Litoral Norte; Projeto de mapeamento geomorfológico e de áreas contaminadas ao nível de sedimento dos manguezais. D.6 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DA BIODIVERSIDADE a) Conhecimento da Biodiversidade. Considerado insuficiente para a maioria das espécies/comunidades e em alguns aspectos, restrito a algumas espécies ou comunidades. A tabela 6.5 a seguir, representa os dados levantados para o Compartimento. Nível Totalmente inadequado Restrito a algumas espécies/comunidades. Insuficiente para a maioria das espécies/comunidades. Satisfatório para a maioria das espécies/comunidades nº 0 3 6 0 Tabela 6.5 – Grau de conhecimento da biodiversidade no Compartimento 6. b) Aplicabilidade da Informação Existente. Com respeito à aplicabilidade da informação disponível sobre a diversidade biológica visando a gestão da mesma, no Compartimento analisado, são identificadas as seguintes indicações representadas na tabela 6.6 abaixo, que indica ser parcialmente adequada para a gestão. Aplicabilidade Suficiente para uma gestão adequada. Insuficiente para qualquer forma de gestão Parcialmente adequada nº 1 2 6 Tabela 6.6 – Adequação das informações para a gestão. E.6 DISTRIBUIÇÃO E SITUAÇÃO DE ESPÉCIES ENDÊMICAS, RARAS, AMEAÇADAS E EXÓTICAS. As informações são mínimas para o Compartimento com a citação seguinte: Mussismilia brasiliensis (ameaçada) –Coral pétreo F.6 INTENSIDADE DE UTILIZAÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA As informações fornecidas pelos pesquisadores sobre a intensidade de utilização da biodiversidade pelo homem no Compartimento, estão expressas na Tabela 6.7, variando conforme a região estudada. Um dos pesquisadores informou não ter correspondentes. condições de opinar, por desconhecimento de estudos Intensidade de utilização Intensamente utilizada Medianamente utilizada Pouco utilizada nº 2 4 2 Tabela 6.7 – Nível de intensidade de utilização da biodiversidade. G.6 VETORES DE PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE Também neste Compartimento a ação impactante sobre a biodiversidade varia conforme a área enfocada e o grau de influência antrópica no ambiente. Convém salientar que três dos nove pesquisadores não responderam ao item analisado. Os dados estão apresentados na Tabela 6.8 – Grau de impacto dos diversos tensores sobre os ecossistemas, em anexo. 2.7 - COMPARTIMENTO 7 Lauro de Freitas (Ba) até Rio Branco/Cidade do Conde(Ba) A..7 CARACTERÍSTICAS GERAIS a) Ambientes/ecossistemas existentes. Compreende o Compartimento a área que se estende de Lauro de Freitas até Rio Branco/Cidade do Conde, abrangendo os municípios de Lauro de Freitas, Simões Filho, Camaçari, Candeias, Madre de Deus, Entre Rios e Mata de São João, envolvendo vários tipos de ecossistemas, como manguezais, estuários, restingas, áreas úmidas costeiras, praias, fundos inconsolidados, bancos de fanerógamas, dunas, baías e recifes, representados na Tabela 7.1 conforme as informações obtidas de oito pesquisadores em oito questionários. Ambientes/Ecossistemas Estuários Restingas Fundos inconsolidados Manguezais Praias Recifes Áreas Úmidas Costeiras Banco de Fanerógamas Baías Nºcit. 3 2 3 3 3 3 2 1 3 Tabela 7.1 – Ambientes/ecossistemas e número de referências para o Compartimento 7. b) Importância ecológica da região Recifes de coral - o litoral Norte do Estado da Bahia abrange uma grande área de recifes de coral. Estas construções são de grande importância como reprodução e manutenção da vida marinha. Fundos Inconsolidados - trata-se de área com ambientes de transição, como manguezais, fonte de nutrição e desova de organismos, além de produtores de alimento. Litoral Norte - manutenção da biodiversidade e suas relações ecológicas, incluindo a sobrevivência das comunidades pesqueiras no seu entorno. Destacam-se ainda as praias e os remanescentes de mata atlântica com grande biodiversidade. B.7 ESFORÇO DE ESTUDO NO COMPARTIMENTO As pesquisas de cunho mais abrangente, compreendendo projetos em toda a costa baiana ou brasileira, envolvem de 11 a 25 pesquisadores ou mais de 25, sendo predominante o número de 2 a 5 instituições participantes. A tabela 7.2 e 7.3 indicam o número de informações com relação à participação no esforço de estudo no Compartimento. Pesquisadores atuantes De 1 a 5 pesquisadores De 6 a 10 pesquisadores De 11 a 25 pesquisadores Mais de 25 pesquisadores Nºcit. 3 0 3 2 Tabela 7.2 – Número de pesquisadores atuantes no Compartimento 7. Instituições atuantes 1 instituição De 2 a 5 instituições De 6 a 10 instituições Mais de 10 instituições Nºcit. 0 6 2 0 Tabela 7.3 – Número de instituições atuantes no Compartimento 7. C.7 CARACTERIZAÇÃO, QUANTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO CRÍTICA DA INFORMAÇÃO DISPONÍVEL. a) Informações Pré Existentes As informações abundantes são restritas no Compartimento. Para a flora do manguezal as informações são consideradas inexistentes para a maioria dos aspectos, sendo consideradas limitadas para a produção primária, biomassa animal e vegetal, estrutura de populações/comunidades, elaboração de coleções, áreas de risco e atividades antrópicas. As informações anteriores quanto às tartarugas marinhas, são consideradas inexistentes, só ocorrendo depois da implantação do Projeto TAMAR, quando foram iniciadas pesquisas na região. A tabela 7.4 resume e engloba os níveis de informações obtidas. b) Projetos em execução Ao longo de toda a costa da Bahia e abrangendo o Compartimento, estão em desenvolvimento os seguintes projetos: Bionomia de crustáceos da costa da Bahia; Resgate e reabilitação de mamíferos aquáticos no litoral baiano; Erosão costeira na região Leste/Nordeste do Brasil. São referidos como projetos em desenvolvimento na área de mamíferos aquáticos: Fotointerpretação de cetáceos; Reintrodução de lontras; Avaliação do comportamento de mamíferos aquáticos; Monitoramento de animais marcados e reintroduzidos; Monitoramento de animais reabilitados. ASPECTOS ESTUDADOS NÍVEL DAS INFORMAÇÕES Inexistentes Limitadas Abundantes Reprodução 4 2 Alimentação 4 2 Produção Primária 3 2 Biomassa Animal 3 2 Biomassa Vegetal 3 2 Habitat 2 3 Variabilidade genética 5 1 Riqueza faunística 3 2 Riqueza florística 3 2 Biodiversidade 3 1 Espécies Endêmicas 3 3 Distribuição de comunidades biológicas 2 3 Relações ecológicas 3 2 Estrutura de populações/comunidades/ 3 3 ecossistemas Função de populações/comunidades/ 4 2 ecossistemas Dinâmica de populações/comunidades/ 4 2 ecossistemas Espécies ameaçadas 5 1 Espécies raras 3 2 Biogeografia 5 1 Espécies migratórias 5 2 Elaboração de coleções zoológicas e/ou 2 2 herbários Espécies de valor econômico 4 2 Áreas de Risco 5 2 Atividades Antrópicas 3 2 Tabela 7.4 – Nível das informações pré existentes no Compartimento 7. Citados como projetos de grande envergadura, em desenvolvimento: Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro; Inventário e Monitoramento dos Ecossistemas Costeiros; Programa REVIZEE. Ao longo do Compartimento: Projeto TAMAR; Levantamentos florísticos de remanescentes do cerrado e restinga do litoral Norte da Bahia; Estudo das associações de briozoários nos sedimentos da costa da Bahia; Mapeamento de semi- detalhe dos recifes de coral da Baía de Todos os Santos e litoral Norte da Bahia; Caracterização da bioerosão interna dos recifes de coral de Guarajuba, litoral Norte do Estado da Bahia, por macroinvertebrados perfuradores: Polychaeta, Sipunculidea e Bivalvia. 1 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 3 1 1 Avaliação da vitalidade dos recifes de coral do norte do Estado da Bahia; Os recifes de coral associados à sedimentação e à sedimentação mista(carbonatos e silicicatos) do Litoral Norte da Bahia; Levantamentos florísticos de remanescentes de mata atlântica e restinga; Levantamento da biologia pesqueira no litoral de Subaúma. c) Grau de Conhecimento Grau Muito conhecido Conhecido Pouco conhecido Desconhecido Nºcit. 1 1 6 1 Tabela 7.5 – Grau de Conhecimento do Compartimento 7. Ambientes citados: Muito – Bioerosão de recifes de corais; Conhecido – Baía de Todos os Santos; Pouco – Resgate de mamíferos, erosão costeira, mapeamento de recifes de coral, bionomia de crustáceos; Desconhecido – Litoral norte. D.7 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DA BIODIVERSIDADE. a) Conhecimento da Biodiversidade. A análise das informações transmitidas pelos pesquisadores, demonstra ser o conhecimento restrito a algumas espécies/comunidades, embora haja indicações de ser insuficiente para a maioria das espécies, dependendo da linha de pesquisa. A Tabela 7.6 demonstra os dados obtidos. Nível Totalmente Inadequado Restrito a algumas espécies/comunidades Insuficiente para a maioria das espécies/comunidades. Satisfatório para a maioria das espécies/comunidades Amplamente conhecida Nº 1 4 3 1 0 Tabela 7.6 – Grau de conhecimento da biodiversidade no Compartimento b) Aplicabilidade da informação existente. As informações existentes, segundo dados obtidos nos questionários são suficientes apenas para ações de gestão emergencial. A Tabela 7.7 expressa e resume as informações compiladas. Aplicabilidade Suficiente para uma gestão adequada Insuficiente para qualquer forma de gestão Parcialmente adequada nº 1 3 4 Tabela 7.7 – Adequação das informações para a gestão. E.7 DISTRIBUIÇÃO E SITUAÇÃO DE ESPÉCIES ENDÊMICAS, RARAS, AMEAÇADAS E EXÓTICAS. Também neste Compartimento, as informações são restritas: Mussismilia brasiliensis( ameaçada) -coral Megaptera novaeangliae (migratória) –baleia F.7 INTENSIDADE DE UTILIZAÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA. Há indicações informando o uso intenso ,mediano ou o pouco uso da diversidade, conforme a abordagem e ecossistema estudado. Conforme as informações levantadas, não existem quantificações a respeito dessa prática nos recifes de coral. Os dados obtidos estão indicados na Tabela 7.8 a seguir. Intensidade de utilização Intensamente utilizada Medianamente utilizada Pouco utilizada Não utilizada nº 3 3 2 0 Tabela 7.8 – Nível de intensidade de utilização da biodiversidade. G. 7 VETORES DE PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE. A área é, de maneira geral, considerada comprometida. Exemplos como as atividades de devastação para realizar plantios homogêneos de Pinus e Eucalypitus em extensas áreas de extração de madeira, bem como as especulações imobiliária e turística, têm sido mais rápidas do que as pesquisas realizadas sobre a biodiversidade e conservação nos remanescentes ao longo de toda a costa Norte do Estado da Bahia. Os índices de comprometimento e vetores responsáveis, estão assinalados e numerados na Tabela 7.9 – Grau de impacto dos diversos tensores sobre os ecossistemas (em Anexo), conforme as informações obtidas. 2.8 - COMPARTIMENTO 8 Rio Branco/Cidade do Conde (Ba) até o Rio Coruripe (Al) A.8 CARACTERÍSTICAS GERAIS a) Ambientes/ecossistemas existentes O compartimento 8 se estende do Rio Branco, junto à cidade do Conde, no Norte da Bahia, até o Rio Coruripe, no litoral Sul do Estado de Alagoas, compreendendo a totalidade da Zona Costeira do Estado de Sergipe. Para este compartimento foram respondidos 27 questionários, dos quais 16 de pesquisadores sergipanos, 10 de pesquisadores alagoanos e 1 de pesquisador baiano. A região apresenta, à exceção de “baías”, a totalidade dos demais ambientes relacionados para a Região Nordeste I, sendo que apenas para este compartimento, houve a referência aos “tabuleiros costeiros”. A Tabela a seguir apresenta o número de referências feitas aos ambientes/ecossistemas presentes no entorno imediato da área de estudo dos pesquisadores. Ambientes/Ecossistemas Estuários Restingas Falésias Apicuns Fundos inconsolidados Dunas Praias Baías Deltas Manguezais Recifes Lagoas Bancos de fanerógamas Áreas úmidas costeiras Tabuleiros costeiros Nºcit. 20 20 5 14 10 15 18 4 21 5 11 3 9 2 Tabela 8.1 – Ambientes/ecossistemas e número de referências para o Compartimento 8 Como podemos verificar, os manguezais, estuários, restingas e praias são os ambientes mais marcantes no compartimento. Outro conjunto destacado é formado pelas dunas, apicuns e lagoas. O ambiente de Delta, identificado na região, se refere ao delta do Rio São Francisco, na divisa entre Sergipe e Alagoas. Os apicuns são referenciados exclusivamente para o estado de Sergipe, o que denota a ausência de estudos, sobre esses ambiente, em Alagoas, ou mesmo a adoção desta denominação, por parte dos pesquisadores locais. Por outro lado, não há citações de falésias e recifes, em Sergipe. b) Importância ecológica da região Região Sul de Sergipe: - complexo marítimo-estuarino frágil, mas de alta potencialidade biológica; - aparente biodiversidade alta da região e bom estado de conservação; - ocorrência de grandes áreas de manguezais; - apresenta grande potencialidade para o uso sustentável de seus recursos biológicos e paisagísticos (turismo, veraneio,...). Estuários: - áreas de grande riqueza biológica, local de alimentação e crescimento para inúmeras espécies importantes da plataforma continental adjacente; - os manguezais garantem a produção pesqueira e protegem a região litorânea contra enchentes e erosão; - importantes para a manutenção das cadeias alimentares estuarinas e como berçário para muitas espécies animais; - fornecem peixes, crustáceos e moluscos para a alimentação e comercialização, por parte das populações ribeirinhas e circunvizinhas. Delta: - grande diversidade de unidades geomorfológicas e a beleza cênica local transporte de nutrientes; - biodiversidade - potencialidade para o manejo sustentado (preservação, aquicultura, turismo, ....). Recifes: - abriga várias espécies restritas ao seu domínio, sendo algumas delas endêmicas do Nordeste brasileiro; - berçário e banco de alimentação de várias espécies, das quais algumas aproximam-se dos recifes apenas para se alimentar ou reproduzir; - manutenção do equilíbrio, da dinâmica e biodiversidade costeira e marinha suporte de algumas espécies de valor sócio-econômico. B.8 ESFORÇO DE ESTUDO NO COMPARTIMENTO 8 As informações fornecidas pelos entrevistados permitiram a elaboração das duas tabelas apresentados a seguir. Pesquisadores atuantes De 1 a 5 pesquisadores De 6 a 10 pesquisadores De 11 a 25 pesquisadores Mais de 25 pesquisadores Nºcit. 14 7 2 1 Tabela 8.2 – Número de pesquisadores atuantes no Compartimento 8. Instituições atuantes 1 instituição De 2 a 5 instituições De 6 a 10 instituições Mais de 10 instituições Nºcit. 8 16 1 0 Tabela 8.3 – Número de instituições atuantes no Compartimento 8. Considerando que 25 pesquisadores foram entrevistados neste Compartimento, o que não representa a totalidade daqueles que vêm trabalhando com aspectos da biodiversidade, podemos assumir que o Compartimento 8 “apresenta mais de 25 pesquisadores” atuantes. As respostas apresentadas na Tabela 8.2 identificam o número de pesquisadores atuando especificamente com relação aos diversos ambientes/ecossistemas ocorrentes na região e em estudo pelos pesquisadores, os quais constituem grupos menores. Com relação ao número de instituições é importante salientar que os 25 entrevistados apresentam vínculo com as duas universidades federais – UFS e UFAL – e com os dois órgãos estaduais de meio ambiente – ADEMA e IMA -, além de um representante da Zoobotânica Sete-cores. Os próprios pesquisadores citaram algumas instituições que não foram consultadas: IBAMA-SE,USP (Museu de Zoologia...), SEMA, EMBRAPA, Projeto TAMAR-SE, Universidade Tiradentes – UNIT, SEPLANTEC/ Gerenciamento Costeiro, PETROBRÁS, IBAMA-AL, Projeto Peixe-Boi. Desta forma, o número total de instituições gerando algum tipo de informação sobre a biodiversidade no Compartimento 8 pode estar acima de 10. Afora estudos que contemplaram todo o trecho das zonas costeiras ou do estado de Sergipe, ou de Alagoas, alguns ambientes estudados merecem destaque: - estuários dos rios Piauí-Fundo-Real, Sergipe, Vaza-Barris, Japaratuba - delta do Rio São Francisco - recifes de coral e recifes de arenito. C.8 CARACTERIZAÇÃO, QUANTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO CRÍTICA DA INFORMAÇÃO DISPONÍVEL a) Informações pré-existentes A Tabela 8.4 a seguir, resume e engloba os níveis de informações obtidos em relação aos aspectos estudados anteriormente. ASPECTOS ESTUDADOS Reprodução Alimentação Produção Primária Biomassa Animal Biomassa Vegetal Habitat Variabilidade genética Riqueza faunística Riqueza florística Biodiversidade Espécies Endêmicas Distribuição de comunidades biológicas Relações ecológicas Estrutura de populações/comunidades/ ecossistemas Função de populações/comunidades/ ecossistemas NÍVEL DAS INFORMAÇÕES Inexistentes Limitadas Abundantes 5 4 5 6 6 3 8 1 1 5 5 1 3 2 6 6 4 3 3 9 1 1 15 13 11 6 12 14 15 5 7 2 2 2 1 continuação ASPECTOS ESTUDADOS NÍVEL DAS INFORMAÇÕES Inexistentes Limitadas Abundantes Dinâmica de populações/comunidades/ 5 10 1 ecossistemas Espécies ameaçadas 4 7 3 Espécies raras 6 5 Biogeografia 3 8 Espécies migratórias 5 5 1 Elaboração de coleções zoológicas e/ou 1 12 2 herbários Espécies de valor econômico 3 8 2 Áreas de Risco 3 7 2 Atividades Antrópicas 11 19 Cartografia fitoecológica 1 2 Zoneamento fitoambiental 2 Regionalização bioclimática 2 Mapeamento geomorfológico 1 Mapeamento geológico 1 Ocupação e uso do solo 1 Tabela 8.4 – Nível das informações pré-existentes no compartimento. Cabe ressaltar alguns aspectos oriundos da Tabela acima: - a existência de informações abundantes sobre as atividades antrópicas - a inexistência de informações sobre variabilidade genética - os limitados conhecimentos sobre: riqueza faunística, riqueza florística, biodiversidade, distribuição de comunidades biológicas, relações ecológicas, estrutura e dinâmica de populações, comunidades e ecossistemas e coleções zoológicas e/ou herbários. b) Projetos executados/ em execução Projetos referenciados para o Estado de Sergipe: • Levantamento da biodiversidade da costa sergipana • Diversidade dos anfíbios e répteis da mata atlântica (áreas úmidas costeiras e restingas, inclusive) e caatinga • Levantamento da flora e caracterização dos bosques de mangue do Estado de Sergipe (1980 – 1984) • Fitossociologia, fenologia e produção de litter em bosques de mangue do estuário do Rio Piauí • Estrutura espaço-temporal das comunidades macrobênticas das praias arenosas do Estado de Sergipe • Zooplâncton de regiões costeiras do Estado de Sergipe • Avaliação da potencialidade do estuário dos rios Piauí-Fundo - 1989 • Caracterização da ictiofauna do estuário do Rio Vaza-Barris em períodos chuvoso e de estiagem • Ecologia da ictiofauna do estuário do Rio Sergipe - 1989 • Avaliação da qualidade da água do Rio Sergipe na região de influência dos descartes do Campo de Produção de Riachuelo – 1995/96 • • • • • • • Condições ambientais do Rio Japaratuba na região de influência dos descartes do Campo de Carmópolis – 1990/91 e 1996/97 Distribuição de foraminíferos e tecamebas no estuário do Rio Piauí Distribuição espacial e biogeografia das diatomáceas planctônicas do estuário do rio Piauí Distribuição de poliquetos no estuário do Rio Piauí Comunidades bentônicas do estuário do Rio Sergipe Proteção ambiental e desenvolvimento sustentável no litoral sul de Sergipe. Programa Nacional de Conservação e Manejo das Tartarugas Marinhas Outros projetos em execução no trecho sergipano do Compartimento 8 são: • Coletas nas praias arenosas do estado • Monitoramento de alguns estuários, via consultorias • Estudo da importância do apicum para o ecossistema de manguezal • Zoneamento dos recursos pesqueiros do litoral de Sergipe • Biologia de Ucides cordatus. São listados como projetos em execução, no estado de Alagoas: • Vegetação dos tabuleiros costeiros alagoanos: caracterização e zoneamento geoambiental • sistema fitoambiental deltaico do São Francisco, em Alagoas • Vegetação e flora do Delta do Rio São Francisco, Piaçabuçu – AL • Diversidade florística das plantas vasculares das unidades estaduais de conservação da natureza • Conservação e uso sustentável dos recifes de coral em Alagoas • Macrobentos dos ecossistemas recifais do Estado de Alagoas • Flora marinha bentônica do Estado de Alagoas • Monitoramento limnológico e da pesca do baixo São Francisco Outros projetos em execução no trecho alagoano do Compartimento 8 são: • Projeto Peixe-Boi • Levantamento qualitativo e quantitativo das espécies predominantes. Como projeto em execução ao longo de todo o trecho, temos “Erosão Costeira na Região Leste/Nordeste do Brasil”. c) Grau de conhecimento A Tabela abaixo identifica que, de maneira geral, o Compartimento 8 é “pouco conhecido”. Os destaques são feitos para os manguezais de Sergipe, que são “muito conhecidos” e os estuários dos rios Piauí-Fundo, Sergipe, Japaratuba, Vaza-Barris, classificados como “conhecidos”. Em Alagoas, o Delta do São Francisco é classificado como “conhecido”. Grau Nºcit. Muito conhecido 2 Conhecido 7 Pouco conhecido 16 Desconhecido 0 Tabela 8.5 – Grau de Conhecimento do Compartimento 8. D.8 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DA BIODIVERSIDADE a) Conhecimento da biodiversidade Nível Totalmente Inadequado Restrito a algumas espécies/comunidades Insuficiente para a maioria das espécies/comunidades. Satisfatório para a maioria das espécies/comunidades Amplamente conhecida Nº 1 13 10 2 0 Tabela 8.6 – Grau de conhecimento da biodiversidade no Compartimento b) Aplicabilidade da informação existente No que concerne à aplicabilidade da informação disponível sobre a diversidade biológica, na Compartimento em análise, visando sua gestão, os pesquisadores identificaram o seguinte quadro: Aplicabilidade Suficiente para uma gestão adequada Insuficiente para qualquer forma de gestão Parcialmente adequada nº 5 8 12 Tabela 8.7 – Adequação das informações para a gestão. E.8 DISTRIBUIÇÃO E SITUAÇÃO DAS ESPÉCIES ENDÊMICAS, RARAS, AMEAÇADAS E EXÓTICAS Foram relacionadas como espécies da flora, ameaçadas de extinção: Apeiba tibourbon – pau-de-jangada Attalea funifera – piaçava Andira sp – angelim Manilkara salzmanii - maçaranduba Mouriria guianensis – cruiri, cruili Protium heptappphyllum – amesca Tabebuia avellanadae – pau-d’arco-roxo Eugenia sp – cambuim Chrysobalanus icaco – guajiru, gajuru Schinus terebenthifolium – aroeira-da-praia Foram relacionadas como espécies da flora, exóticas: Cocus lucifera – coco-da-praia Artocarpus integrifolia – jaqueira Mangifera indica – mangueira Oryza sativa – arroz Saccharum sp, Saccharum affinarum – cana-de-açúcar Foram relacionadas como espécies de peixes exóticos: Cichla ocellaris – tucunaré Oreochromis niloticus – tilápia Colossoma macropomus - tambaqui F.8 INTENSIDADE DE UTILIZAÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA Questionados sobre o nível de intensidade com que a biodiversidade da região é utilizada pelo homem, os pesquisadores responderam: Intensidade de utilização Intensamente utilizada Medianamente utilizada Pouco utilizada Não utilizada nº 13 8 4 0 Tabela 8.8 – Nível de intensidade de utilização da biodiversidade. G.8 VETORES DE PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE Conforme as informações levantadas junto aos pesquisadores, os índices de comprometimento da biodiversidade, em função dos vetores (tensores) de pressão, estão expressos na Tabela 8.9, constante do Anexo. 2.9 - COMPARTIMENTO 9 Rio Coruripe (AL) até Cabo de Santo Agostinho (PE) A.9 CARACTERÍSTICAS GERAIS a) Ambientes/ecossistemas existentes O compartimento 9 se estende do Rio Coruripe, no litoral sul de Alagoas, até o município de Cabo de Santo Agostinho, próximo à Recife, em Pernambuco. As informações obtidas para este compartimento foram oriundas de 41 questionários, 22 dos quais respondidos por pesquisadores alagoanos, 18 por pesquisadores pernambucanos e 1 de pesquisador baiano, que estuda os processos erosivos ao longo de toda a costa nordestina. Neste compartimento são citados todos os ambientes/ecossistemas ocorrentes na Região. Dois registros, no entanto, são questionáveis: baías, que devem ter sido relacionadas como a ocorrência de praias fechadas; e deltas, onde pelo menos uma das citações vem do questionário que contempla toda a costa nordestina e certamente deve se referir ao delta do Rio São Francisco. Quanto aos demais ambientes, o destaque, mais uma vez, fica por conta dos estuários, dos manguezais, das praias e dos recifes. As lagoas, que em outros compartimentos não são citadas, aqui têm várias referências, ligadas à ocorrência das lagoas entre o Rio Coruripe e Maceió, em especial o Complexo Lagunar MundaúManguaba - CELMM. Ambientes/Ecossistemas Nºcit. Estuários 29 Restingas 13 Falésias 7 Apicuns 7 Fundos inconsolidados 11 Dunas 8 Praias 25 Baías 5 Deltas 2 Manguezais 21 Recifes 21 Lagoas 15 Bancos de fanerógamas 10 Áreas úmidas costeiras 8 Tabuleiros costeiros 1 Tabela 9.1 – Ambientes/ecossistemas e número de citações para o Compartimento 9. b) Importância ecológica do compartimento Recifes: - funciona como berçário e banco de alimentação de várias espécies; - abriga várias espécies restritas ao seu domínio, sendo algumas delas endêmicas do nordeste brasileiro; manutenção do equilíbrio da dinâmica e biodiversidade costeira e marinha; suporte de algumas espécies de valor econômico área de desenvolvimento de várias espécies de grande importância ecológica; formação recifal próxima à costa, única no Brasil com essa característica e que dão suporte à biodiversidade, atividade turística e pesqueira; Tamandaré é a região de maior biodiversidade de fauna coralínea de Pernambuco. Estuários e lagoas: - ambiente utilizado pelas espécies de peixes e outros animais para procriação; - fonte de renda e alimentos para a população ribeirinha (pescados, turismo e recreação); - a região Mundaú-Manguaba (CELMM) é berçário de espécies marinhas; - ecossistema costeiro típico de laguna (CELMM), com salinidade decrescente da foz para o interior dos rios contribuintes e com rica flora macrofítica, que ancora uma fauna de invertebrados diversificada; esta vegetação atua como abrigo e ambiente de postura e nidificação no processo de reprodução de crustáceos e peixes marinhos, que adentram o sistema, além dos de água doce, que aí residem ou descem dos rios contribuintes; - riqueza de manguezais; - importante pela biodiversidade e, sobretudo, pelos aspectos sócioeconômicos; - áreas de proteção, refúgio e moradia de muitas espécies; - ecologicamente propícias ao desenvolvimento de moluscos, ocorrendo muitos bancos de bivalves; de “input” de - os estuários associados funcionam como elementos nutrientes para a Baía de Tamandaré e plataforma interna; - fertilizante de áreas costeiras. Bancos de fanerógamas: - este ecossistema colabora com a manutenção de estoques, com a diminuição dos impactos (erosão) sobre a costa e serve de habitat e viveiro para inúmeras espécies, inclusive o peixe-boi marinho. B.9 ESFORÇO DE ESTUDO NOS COMPARTIMENTOS As informações fornecidas pelos entrevistados permitiram a elaboração das duas tabelas apresentadas a seguir. Pesquisadores atuantes De 1 a 5 pesquisadores De 6 a 10 pesquisadores De 11 a 25 pesquisadores Mais de 25 pesquisadores Nºcit. 19 11 7 1 Tabela 9.2 – Número de pesquisadores atuantes no Compartimento 9. Instituições atuantes 1 instituição De 2 a 5 instituições De 6 a 10 instituições Mais de 10 instituições Nºcit. 10 27 0 0 Tabela 9.3 – Número de instituições atuantes no Compartimento 9. Mais uma vez, aqui se tem a visão compartimentada do pesquisador que estava respondendo ao formulário. Em se tratando da atuação em área específica, a tendência é de se ter grupos pequenos, de 1 a 5 pesquisadores e, menos frquentemente, de 1 a 10. A citação para mais de 25 pesquisadores corresponde ao formulário preenchido pelo professor que realiza pesquisa em todo o Nordeste, o que lhe confere uma visão regional, de conjunto. Esta visão também deveria ter registrado o envolvimento de quase 10 instituições, considerados os 2 estados. Isto porque em Alagoas houve o preenchimento do pessoas atuantes em 4 instituições: UFAL, IMA, Projeto APA dos Corais e Zoobotânica Sete-cores. Em Pernambuco participaram do preenchimento a UFPE, UFRPE e Projeto Peixe-boi. Consideradas outras instituições, não contactadas, como é o caso do CEPENE/IBAMA e da FFPNM-UPE, teríamos, no mínimo, 9 instituições atuantes no compartimento. C.1-5 CARACTERIZAÇÃO, QUANTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO CRÍTICA DA INFORMAÇÃO DISPONÍVEL a) Informações pré-existentes A Tabela 9.4, a seguir, resume e engloba os níveis de informações obtidos em relação aos aspectos estudados anteriormente. A maioria das citações caracterizam as informações disponíveis como “inexistentes” ou “limitadas”. A existência de informações “abundantes” são mais citadas para o caso de “espécies de valor econômico” e “atividades antrópicas”. Novamente a “variabilidade genética” é caracterizada pela inexistência de informações. ASPECTOS ESTUDADOS NÍVEL DAS INFORMAÇÕES Inexistentes Limitadas Abundantes Reprodução 14 15 Alimentação 10 17 2 Produção Primária 11 9 2 Biomassa Animal 13 9 4 Biomassa Vegetal 13 10 3 Habitat 6 16 7 Variabilidade genética 21 2 Riqueza faunística 2 20 9 Riqueza florística 3 19 6 Biodiversidade 4 19 9 Espécies Endêmicas 7 15 2 Distribuição de comunidades biológicas 2 24 4 Relações ecológicas 7 23 3 Estrutura de populações/comunidades/ 7 21 3 ecossistemas Função de populações/comunidades/ 10 12 1 ecossistemas Dinâmica de populações/comunidades/ 10 16 ecossistemas Espécies ameaçadas 12 15 3 Espécies raras 13 11 1 Biogeografia 12 12 4 Espécies migratórias 11 8 2 Elaboração de coleções zoológicas e/ou 5 18 6 herbários Espécies de valor econômico 4 15 10 Áreas de Risco 6 13 4 Atividades Antrópicas 5 10 12 Cartografia Fitoecológica 1 Zoneamento Fitoambiental 1 Regionalização Bioclimática 1 Toxicidade Aquática 1 1 Biomassa Microbiana 1 Zooplâncton 1 Química da água 1 Manejo 1 Sócio-economia 1 Tabela 9.4 – Nível das informações pré-existentes nos compartimentos. b) Projetos executados/em execução A seguir são relacionados os projetos desenvolvidos pelos pesquisadores Entrevistados. Diversos estudos dizem respeito ao Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba – CELMM: - Estudo da toxicidade de cianobactérias do CELMM - Taxonomia e ecologia dos Crustacea Decapoda do CELMM - Esponjas de água doce do CELMM e dos seus rios formadores - Estudos hidrodinâmicos e biológicos do CELMM Pesca e alguns aspectos da estrutura populacional das “picirica” (Crustacea Decapoda) da Lagoa Manguaba, Marechal Deodoro – Alagoas - Caracterização microbiológica de pescados capturados na lagoa Mundaú - Ecologia do fitoplâncton do CELMM - Plano de Gestão do CELMM. O Banco de Dados do CELMM, constituído no escopo do Projeto SEPLANDES/GTZ relaciona mais de 150 trabalhos relativos a esse ambiente (ver listagem em Anexo). - - - Estudos de outros ambientes estuarinos: Macrofauna bentônica de fundos inconsolidados de ambientes estuarinolagunares de Alagoas Produção e biomassa fitoplanctônica do estuário do Rio Maracaípe (IpojucaPE) Avaliação de impactos ambientais da área de SUAPE. Projeto de Educação Ambiental em Ecossistemas de Manguezal (PEAEM) Síntese dos conhecimentos sobre os manguezais do Brasil: Pernambuco Em praias: Interações biogeológicas da Baía de Tamandaré, Litoral Sul de Pernambuco Estudo das características ecológicas dos prados de fanerógamas marinhas no litoral do Estado de Pernambuco Produção e biomassa fitoplanctônica da Praia de Porto de Galinhas (Ipojuca/PE) Produção, biomassa e densidade do microfitobentos da Praia de Porto de Galinhas (Ipojuca/PE) Os recifes tem sido objeto de estudos: Projeto Iniciativa ao Manejo Integrado do Sistema Recifal entre Tamandaré (PE) e Paripueira (AL) – APA dos Corais Sistemática clássica e sistemática molecular de algumas espécies de corais (Cnidaria, Scleractinia) de Pernambuco Macroalgas bentônicas ocorrentes num trecho recifal da Praia do Cupe, Litoral Sul de Pernambuco. Avaliação de dois ambientes recifais do litoral Permanbucano, através das suas faunas incrustantes e sedentárias Família Rhodomelaceae (Ceramiales – Rhodophyta) na Praia de Serrambi Conservação e uso sustentável dos recifes de coral em Alagoas Macrobentos dos ecossistemas recifais do estado de Alagoas. Taxonomia de moluscos recentes dos recifes costeiros e de sedimentos móveis intertidais de Pernambuco - Outros estudos em desenvolvimento: Distribuição ecológica de molusco (Bivalvia e Gastropoda) no litoral de Alagoas Opisthobranchia (Mollusca-Gastropoda) coletados no litoral alagoano Flora marinha bentônica do estado de Alagoas Dinâmica da comunidade zooplanctônica de estuários e da Represa de Xingó, no Baixo São Francisco Levantamento dos insetos fitófagos e seus inimigos naturais em Alagoas - - Diversidade florística das plantas vasculares das Unidades Estaduais de Conservação da Natureza Vegetação dos tabuleiros costeiros alagoanos: caracterização e zoneamento geoambiental Zoneamento do Litoral Norte de Alagoas. A família Pyramidellidae Gray, 1840 (Gastropoda, Prosobranchia, Heterogastropoda) na costa do Brasil – Pernambuco Estudos dos componentes bióticos da margem continental brasileira. II. Sobre os Turridae Swainson, 1840 (Gastropoda, Neogastropoda) em depósito no Museu de Malacologia da UFRPE Diatomáceas epífitas em fanerógamas marinhas do litoral de Pernambuco Projeto Peixe-boi Marinho Rede Nordestina de encalhes de mamíferos aquáticos Erosão costeira na Região Leste/Nordeste do Brasil. Outros projetos são relacionados pelos entrevistados: Gerenciamento Costeiro (nos estados de Alagoas e Pernambuco) Projetos para estudos em bioincrustantes (PE) Levantamento da meiofauna (PE) Avaliação dos impactos da poluição biológica e química sobre os pescados capturados na Lagoa Mundaú – AL Projeto de proteção ambiental UFPE-WRPE c) Grau de conhecimento Grau Muito conhecido Conhecido Pouco conhecido Desconhecido Nºcit. 8 14 19 0 Tabela 9.5 – Grau de Conhecimento do Compartimento 9. A Tabela 9.5 sintetiza a visão dos pesquisadores acerca do conhecimento dos ambientes que conformam o compartimento. Cabe salientar que 6 dos oito pesquisadores que assinalaram “muito conhecido” estão se referindo ao CELMM, em Alagoas. Outra citação de mesmo grau de conhecimento se refere à SUAPE e a última ao conhecimento das plantas vasculares da zona costeira. Daqueles que assinalaram o grau “conhecido”, 3 trabalham com recifes e 5 com outros ambientes estuarinos. Os demais consideram o compartimento “pouco conhecido”. D.9 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DA BIODIVERSIDADE a) Conhecimento da biodiversidade Nível Totalmente Inadequado Restrito a algumas espécies/comunidades Insuficiente para a maioria das espécies/comunidades. Satisfatório para a maioria das espécies/comunidades Amplamente conhecida Nº 1 27 9 5 0 Tabela 9.6 – Grau de conhecimento da biodiversidade no Compartimento Mais de 65% dos entrevistados consideram o conhecimento da biodiversidade “restrito a algumas espécies/comunidades”. b) Aplicabilidade da informação existente No que concerne à aplicabilidade da informação disponível sobre a diversidade biológica, na Compartimento em análise, os pesquisadores consideraram, em sua maioria, as informações “parcialmente adequadas“ para a gestão. Aplicabilidade Suficiente para uma gestão adequada Insuficiente para qualquer forma de gestão Parcialmente adequada nº 7 8 26 Tabela 9.7 – Adequação das informações para a gestão. c) Diversidade/riqueza de espécies Foram relacionadas para a Lagoa Manguaba (CELMM, AL) as seguintes espécies de crustáceos: Macrobrachium acanthurus Macrobrachium olfersii Palaemon paudaliformis Potimirim potimirim Penaeus shmitti Callinectes danae Callinectes bocourti No Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba foi determinado o índice de diversidade (Margalef) da ictiofauna: 3,12. Verificou-se que 9 espécies totalizam 84,2% dos indivíduos coletados, sendo que as demais 33 espécies representam 15,8%. As 42 espécies ocorrentes estão listadas em Anexo. E.9 DISTRIBUIÇÃO E SITUAÇÃO DAS ESPÉCIES ENDÊMICAS, RARAS, AMEAÇADAS E EXÓTICAS Foram relacionadas como espécies endêmicas para o Brasil de corais ou hidrocorais: Millipora brazilienses (hidrocoral; muitas colônias encontram-se mortas) Siderastrea stellata Favia gravida Mussismilia hartti M. hispida Espécie de coral encontrada em pequena quantidade (rara?): Parites branneri Foram relacionadas como espécies da fauna, ameaçadas de extinção: Trichechus manatus – peixe-boi marinho Foram relacionadas como espécies da flora, ameaçadas de extinção: Apeiba tibourbon – pau-de-jangada Attalea funifera – piaçava Andira sp – angelim Manilkara salzmanii - maçaranduba Mouriria guianensis – cruiri, cruili Protium heptappphyllum – amesca Tabebuia avellanadae – pau-d’arco-roxo Eugenia sp – cambuim Chrysobalanus icaco – guajiru, gajuru Schinus terebenthifolium – aroeira-da-praia Foram relacionadas como espécies da flora, exóticas: Cocus lucifera – coco-da-praia Artocarpus integrifolia – jaqueira Mangifera indica – mangueira Oryza sativa – arroz Saccharum sp, Saccharum affinarum – cana-de-açúcar Como espécie exótica da fauna, foi citada a tilápia (no CELLMM): Oreochromis niloticus F.9 INTENSIDADE DE UTILIZAÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA Questionados sobre o nível de intensidade com que a biodiversidade da região é utilizada pelo homem, os pesquisadores responderam: Intensidade de utilização Intensamente utilizada Medianamente utilizada Pouco utilizada Não utilizada nº 19 10 11 0 Tabela 9.8 – Nível de intensidade de utilização da biodiversidade. G.9 VETORES DE PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE Conforme as informações levantadas junto aos pesquisadores, os índices de comprometimento da biodiversidade, em função dos vetores (tensores) de pressão, estão expressos na Tabela 9.9, constante do Anexo. 2.10 - COMPARTIMENTO 10 Cabo de Santo Agostinho (PE) até o Rio Goiana (PE/PB) A.10 CARACTERÍSTICAS GERAIS a)Ambientes/ecossistemas existentes Este Compartimento estende-se do médio litoral de Pernambuco ao rio Goiana, divisa deste Estado com o da Paraíba. Os projetos referenciados nos questionários abrangem os municípios de Jaboatão dos Guararapes, Igarassu, Itamaracá, Itapissuma, Olinda, Ilha de Fernando de Noronha, Tamandaré. Foram analisados, também, os questionários referentes a projetos abrangentes - todo o litoral pernambucano e todo o litoral nordestino. Neste Compartimento, vários ecossistemas e ambientes são relacionados, sendo objeto de pesquisas desenvolvidas na região, como praias, banco de fanerógamas marinhas, estuários e manguezais, recifes, fundos inconsolidados e baías, relacionados na Tabela 10.1, onde são informados os números de referências para cada ambiente. Os dados relacionados no Compartimento estão baseados nas informações obtidas em 18 questionários respondidos por 17 pesquisadores, representando quatro instituições. Ambientes/Ecossistemas Nºcit. Estuários 14 Restingas 4 Falésias 1 Apicuns 2 Fundos inconsolidados 8 Dunas 1 Praias 13 Baías 3 Deltas 1 Manguezais 14 Recifes 13 Lagoas Bancos de fanerógamas 9 Áreas úmidas costeiras 2 Tabuleiros costeiros Tabela 10.1 – Ambientes/ecossistemas e número de referências para o Compartimento. b) Importância Ecológica da Região Banco de Fanerógamas Área de grande produção primária, propiciando a existência de muitas espécies da fauna e flora. Berçário para formas jovens de peixes e crustáceos de importância ecológica e comercial. Estuários e Manguezais Uma das regiões mais importantes do litoral de Pernambuco. Berçário de inúmeras espécies costeiras, alta produtividade, enriquecendo a área costeira adjacente. Grande biodiversidade e importante centro pesqueiro. Recifes, Praias e Fundos inconsolidados A costa leste do Brasil constitui-se em uma das áreas mais desconhecidas do ponto de vista sistemático e ecológico, mesmo sendo reconhecida a grande biodiversidade, sendo de grande relevância o levantamento da ecobiocenologia, uma vez que ampliará os conhecimentos. São regiões muito importantes por sua posição na cadeia trófica. B.10 ESFORÇO DE ESTUDO NO COMPARTIMENTO O desenvolvimento de estudos no Compartimento envolve desde 1 a 5 pesquisadores, a mais de 25, dependendo da abrangência do projeto desenvolvido ou em desenvolvimento, embora com poucas instituições envolvidas. Os dados estão expressos nas Tabelas 10.2 e 10.3 a seguir. Pesquisadores atuantes De 1 a 5 pesquisadores De 6 a 10 pesquisadores De 11 a 25 pesquisadores Mais de 25 pesquisadores Nºcit. 8 4 0 6 Tabela 10.2 – Número de pesquisadores atuantes no Compartimento 10. Instituições atuantes 1 instituição De 2 a 5 instituições De 6 a 10 instituições Mais de 10 instituições Nºcit. 7 10 1 0 Tabela 10.3 – Número de instituições atuantes no Compartimento 10. C.10 CARACTERIZAÇÃO, QUANTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO CRÍTICA DA INFORMAÇÃO DISPONÍVEL a) Informações pré- existentes Há uma predominância, nos dados obtidos dos questionários, da carência de informações relacionadas às áreas de estudo, sendo, dependendo do ecossistema, inexistentes ou limitadas, com algumas informações abundantes para aspectos específicos estudados. A Tabela 10.4 traz a representação numérica pesquisadores para os aspectos relacionados. das indicações dos ASPECTOS ESTUDADOS NÍVEL DAS INFORMAÇÕES Inexistentes Limitadas Abundantes Reprodução 3 10 Alimentação 3 10 Produção Primária 2 2 Biomassa Animal 3 9 Biomassa Vegetal 5 5 Habitat 1 7 Variabilidade genética 11 Riqueza faunística 1 6 Riqueza florística 2 7 Biodiversidade 7 Espécies Endêmicas 2 6 Distribuição de comunidades biológicas 2 5 Relações ecológicas 3 9 Estrutura de populações/comunidades/ 4 11 ecossistemas Função de populações/comunidades/ 4 10 ecossistemas Dinâmica de populações/comunidades/ 4 8 ecossistemas Espécies ameaçadas 8 4 Espécies raras 7 1 Biogeografia 3 5 Espécies migratórias 2 7 Elaboração de coleções zoológicas e/ou 2 5 herbários Espécies de valor econômico 2 7 Áreas de Risco 3 5 Atividades Antrópicas 4 8 Ecologia de Zooplâncton Tabela 10.4 – Nível das informações pré- existentes no Compartimento.. 1 2 8 3 4 7 8 5 9 3 6 5 2 1 1 5 1 3 3 2 1 b) Projetos em execução • Meiofauna associada a macroalgas na região metropolitana do Recife; • Macrofauna vágil associada a Halodule wrightii na ilha de Itamaracá; • População de Penaeidae (Crustacea Decapoda) do fital de Halodule wrightii Aschers (Angiospermae) da coroa do Ramalho – Nova Cruz – Igarassu, PE; • Estudo da Produção Primária; • Estudo da diversidade biológica com ênfase nos moluscos e crustáceos anfípodos; • Gerenciamento ambiental participativo: aplicação ao caso dos manguezais do Canal de Santa Cruz, PE; • Meiofauna do Canal de Santa Cruz, PE; • Manejo ambiental participativo: Caso aplicado ao Canal de Santa CruzItamaracá, PE; • • • • • • • • • • • • • Produção e biomassa do fitoplâncton do estuário do rio JaguaribeItamaracá, PE; Produção e biomassa de fitoplâncton do estuário do rio Congo - Itapissuna, PE; Biologia e ecologia de crustáceos; Estudos dos componentes bióticos da margem Continental Brasileira II : sobre os Tirridae Swainson,1840 (Gastrópoda, Neogastrópoda) em depósito no Museu de Malacologia da UFRPE; Moluscos recentes de recifes costeiros e sedimentos móveis intertidais de Poesnambuco; Projeto de Educação Ambiental em ecossistemas de manguezal; Síntese dos conhecimentos sobre os manguezais do Brasil: Pernambuco; A família Pyramidellidae Gray,1940 (Gastropoda, Prosobranchia, Heterogastropoda) na costa do Brasil : Pernambuco; Diatomáceas epífitas em fanerógamas marinhas do litoral de Pernambuco; Projeto Peixe – Boi marinho; Recifes costeiros na APA Costa dos Corais; Rede Nordestina de encalhes de Mamíferos Aquáticos; Erosão costeira na região Leste/Nordeste do Brasil. c) Grau de conhecimento do compartimento O Compartimento é considerado conhecido pela maioria dos pesquisadores, embora, dependendo da linha de pesquisa desenvolvida, seja considerado pouco conhecido. Somente dois pesquisadores consideraram como muito conhecido. Na Tabela 10.5 estão expressos os números de indicações obtidas para as probabilidades expostas. Grau Muito conhecido Conhecido Pouco conhecido Desconhecido Nºcit. 2 11 6 0 Tabela 10.5 – Grau de Conhecimento do Compartimento 10. D.10 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DA BIODIVERSIDADE a) Conhecimento da biodiversidade Constata-se pelas informações que o conhecimento é insuficiente ou restrito a algumas espécies/comunidades. Somente cinco dos pesquisadores consideram satisfatório o conhecimento da biodiversidade para a maioria das espécies, conforme está demonstrado na Tabela 10.6 abaixo. Nível Totalmente Inadequado Restrito a algumas espécies/comunidades Insuficiente para a maioria das espécies/comunidades. Satisfatório para a maioria das espécies/comunidades Amplamente conhecida Nº 1 6 6 6 0 Tabela 10.6 – Grau de conhecimento da biodiversidade no Compartimento b) Aplicabilidade da informação existente A informação disponível sobre a diversidade biológica e sua aplicabilidade é considerada parcialmente adequada, com informações dispersas. Quatro informações indicaram ser suficiente para uma gestão adequada. A Tabela 10.7 expressa os dados obtidos e o número de indicações. Aplicabilidade Suficiente para uma gestão adequada Insuficiente para qualquer forma de gestão Parcialmente adequada nº 4 0 15 Tabela 10.7 – Adequação das informações para a gestão. E.10 DISTRIBUIÇÃO E SITUAÇÃO DAS ESPÉCIES ENDÊMICAS, RARAS, AMEAÇADAS E EXÓTICAS Sem informações para o Compartimento. . F.10 INTENSIDADE DE UTILIZAÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA As indicações são variadas, conforme a área de pesquisa e ecossistema estudado, havendo informações tanto para utilização intensa , seguidas de pouca utilização e utilização mediana, comprovando a necessidade do desenvolvimento de pesquisas em ambientes/ecossistemas específicos para o conhecimento adequado e necessário. As informações estão relacionadas na Tabela 10.8 a seguir. Intensidade de utilização Intensamente utilizada Medianamente utilizada Pouco utilizada Não utilizada nº 8 4 6 0 Tabela 10.8 – Nível de intensidade de utilização da biodiversidade. G.10 VETORES DE PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE As indicações são reduzidas para o item proposto. Absorve-se alguns vetores de pressão específicos para certos ecossistemas. Assim, conforme as informações levantadas junto aos pesquisadores, os índices de comprometimento da biodiversidade, em função dos vetores (tensores) de pressão, estão expressos na Tabela 10.9, em Anexo. 2.11 - COMPARTIMENTO 11 Rio Goiana (PE/PB) até Ponta de Lucena (PB) A. 11 CARACTERÍSTICAS GERAIS a) Ambientes/ecossistemas existentes. O Compartimento abrange a área do Estado da Paraíba compreendida do rio Goiana, divisa com o Estado de Pernambuco, até Ponta de Lucena, incluindo os municípios de Cabedelo, João Pessoa, Conde, Pitimbu e Lucena. Os ambientes/ecossistemas existentes e estudados incluem recifes, praias, restingas, áreas úmidas costeiras, dunas, manguezais, falésias, estuários, lagunas costeiras e fundos inconsolidados que estão representados na Tabela 11.1 a seguir. As informações constantes neste Compartimento estão baseadas em 8 questionários preenchidos por 8 pesquisadores. Ambientes / Ecossistemas Estuários Restingas Falésias Fundos Inconsolidados Dunas Praias Baías Deltas Manguezais Recifes Lagoas Áreas úmidas costeiras Nºcit. 4 2 2 1 1 2 1 3 3 1 3 Tabela 11.1 – Ambientes/ecossistemas e número de referências para o Compartimento 11 b) Importância ecológica da região. Recifes Formam ecossistemas importantes para a preservação de espécies vegetais e animais não só de interesse econômico, mas principalmente para a manutenção do equilíbrio ecológico das comunidades envolvidas. Banco de macroalgas representativo da área, hoje bastante degradada pelo homem. Manguezais e Estuários Altamente relevante , apresentando grande biodiversidade e por situarem-se contíguos a centros populosos, estão sob constante pressão antrópica. Participam na fertilização da zona costeira e como refúgio de espécies marinhas e continentais, além de reprodução de espécies. Áreas Úmidas Costeiras Áreas impactadas pelo avanço de atividades humanas (agroindústria, urbanização, turismo), com importância ecológica e biológica e cuja biodiversidade não foi ainda levantada . B.11 ESFORÇO DE ESTUDO NO COMPARTIMENTO Os dois questionários que envolvem projetos mais abrangentes – um em toda a costa do Brasil e outro em toda costa da Paraíba - indicam que mais de 25 pesquisadores trabalham na região, atuando em 6 a 10 instituições (2 a 5 no segundo). Os demais indicam 1 a 5 pesquisadores na grande maioria, com participação de 1 instituição. As tabelas 11.2 e 11.3 expressam as informações obtidas. Pesquisadores atuantes De 1 a 5 pesquisadores De 6 a 10 pesquisadores De 11 a 25 pesquisadores Mais de 25 pesquisadores Nºcit. 5 1 2 0 Tabela11.2 – Número de pesquisadores atuantes no Compartimento 11. Instituições atuantes 1 instituição De 2 a 5 instituições De 6 a 10 instituições Mais de 10 instituições Nºcit. 5 2 1 0 Tabela 11.3 – Número de instituições atuantes no Compartimento 11. C.1-11 - CARACTERIZAÇÃO, QUANTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO CRÍTICA DA INFORMAÇÃO DISPONÍVEL. a) Informações pré–existentes Pelos dados levantados, observa-se a grande carência de informações anteriores para a maioria dos tópicos questionados, não só a inexistência como também a limitação das informações existentes para a área do Compartimento. A tabela 11.4 resume e informa o número de indicações para os tópicos. ASPECTOS ESTUDADOS Reprodução Alimentação Produção Primária Biomassa Animal Biomassa Vegetal Habitat Variabilidade genética NÍVEL DAS INFORMAÇÕES Inexistentes Limitadas 5 4 2 5 6 1 2 1 Abundantes 2 3 2 1 ASPECTOS ESTUDADOS NÍVEL DAS INFORMAÇÕES Inexistentes Limitadas Abundantes Riqueza faunística 5 Riqueza florística 6 Biodiversidade 2 6 Espécies Endêmicas 5 2 Distribuição de comunidades biológicas 2 5 Relações ecológicas 4 3 Estrutura de populações/comunidades/ 5 3 ecossistemas Função de populações/comunidades/ 4 2 ecossistemas Dinâmica de populações/comunidades/ 4 1 ecossistemas Espécies ameaçadas 5 1 Espécies raras 5 2 Biogeografia 3 2 Espécies migratórias 2 2 Elaboração de coleções zoológicas e/ou 5 herbários Espécies de valor econômico 3 1 Áreas de Risco 3 3 1 Atividades Antrópicas 1 3 1 Tabela 11.4 – Nível de informações pré–existentes no Compartimento 11 b) Projetos em execução Ao longo da Costa do Brasil e envolvendo o Compartimento, estão em desenvolvimento os projetos: • Erosão costeira na região Leste/Nordeste do Brasil; • Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro; • Inventário e Monitoramento dos Ecossistemas Costeiros; • Programa REVIZEE. • • • • • • • • Compreendendo os Compartimentos 11 e 12 estão relacionados: Estudos integrados das lagunas costeiras situadas na porção Centro-Sul do Estado da Paraíba; Catadores de moluscos do litoral da Paraíba: estratégias de subsistência e formas de interpretação da natureza; Educação Ambiental – Mangue Vivo em áreas de manguezal; Levantamento da ictiofauna das bacias costeiras do Estado da Paraíba; Levantamento de macroalgas marinhas do Estado da Paraíba; No compartimento 11: Avaliação do Impacto da exploração de macroalgas sobre a estrutura recifal no litoral paraibano; Camarões marinhos comerciais do Estado da Paraíba: subsídios para uma exploração racional; Ecologia de peixes recifais do Nordeste brasileiro: hábitos alimentares. c) Grau de Conhecimento. As informações estão representadas na tabela 11.5 Grau Nºcit. Muito conhecido 0 Conhecido 1 Pouco conhecido 7 Desconhecido 0 Tabela 11.5 – Grau de Conhecimento do Compartimento 11. D. 11 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DA BIODIVERSIDADE. a) Conhecimento da Biodiversidade. Os dados levantados indicam que o conhecimento da biodiversidade do ambiente/ecossistema para a região é insuficiente ou restrito, como está representado na tabela 11.6 a seguir. Segundo um dos pesquisadores, “há carência de recursos por parte das instituições envolvidas, para a coleta de dados”. Nível Nº Totalmente Inadequado 0 Restrito a algumas espécies/comunidades 3 Insuficiente para a maioria das 5 espécies/comunidades. Satisfatório para a maioria das 0 espécies/comunidades Amplamente conhecida 0 Tabela 11.6 – Grau de conhecimento da biodiversidade no Compartimento b) Aplicabilidade da informação existente. A avaliação levantada indica serem parcialmente adequadas ou insuficientes as informações existentes para uma aplicação efetiva, conforme está expresso na tabela 11.7 . Aplicabilidade Suficiente para uma gestão adequada Insuficiente para qualquer forma de gestão Parcialmente adequada Tabela 11.7 – Adequação das informações para a gestão. nº 0 3 5 E.11 DISTRIBUIÇÃO E SITUAÇÃO DAS ESPÉCIES ENDÊMICAS RARAS, AMEAÇADAS E EXÓTICAS. Espécies ameaçadas: (peixes) Epinephelus itajara (mero) Espécies exóticas (peixes) Cyprinus carpio (carpa) Poecilia reticulata (lebistes) Tilapia randalli (tilápia) F.1-11 - INTENSIDADE DE UTILIZAÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA Há utilização intensiva e mediana pelo homem, conforme as indicações dos pesquisadores, sendo intensa principalmente para peixes, crustáceos e moluscos, além de alga do gênero Glacilaria ,em certas épocas do ano para extração do AGAR. A área é pouco utilizada nos riachos costeiros por carência de espécies de interesse econômico no ecossistema. A utilização desses recursos não está regulamentada em virtude da necessidade de estudos que subsidiem tal medida. Há necessidade de disciplinar o uso da áreas envolvidas, conforme sugerem os pesquisadores consultados. Os resultados estão demonstrados na tabela 11.8. Intensidade de utilização nº Intensamente utilizada 3 Medianamente utilizada 4 Pouco utilizada 1 Não utilizada 0 Tabela 11.8 – Nível de intensidade de utilização da biodiversidade. G.1-11 - VETORES DE PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE. Os índices de comprometimento da biodiversidade, levantados junto aos pesquisadores, em função dos tensores de pressão, estão relacionados na tabela 11.9 (Anexo), com os números de indicações para o Compartimento. 2.12 - COMPARTIMENTO 12 De Ponta de Lucena (PB) até o Rio Guajú (PB/RN) A.12 CARACTERÍSTICAS GERAIS a) Ambientes/ecossistemas existentes. Este Compartimento que limita ao Norte a Região NE 1 de acordo com o mapa do Macrodiagnóstico da União, se estende de Ponta de Lucena, no Estado da Paraíba, até o Rio Guajú, limite estadual da Paraíba e Rio Grande do Norte, abrangendo os municípios de Lucena, Rio Tinto, Marcação, Mamanguape e Mataraca. Vários ambientes/ecossistemas ocorrem na região estudada, incluindo recifes, praias, estuários, manguezais e áreas úmidas, representados na Tabela 12.1. As informações relacionadas no Compartimento foram baseadas em 9 questionários envolvendo 9 pesquisadores, todos vinculados à Universidade Federal da Paraíba, dos quais quatro também realizam pesquisa no Compartimento 11 e um em toda a costa brasileira até o Maranhão. Ambientes / Ecossistemas Estuários Restingas Falésias Fundos Inconsolidados Dunas Praias Baías Deltas Manguezais Recifes Lagoas Bancos de fanerógamas Áreas úmidas costeiras Nºcit 9 4 3 3 3 5 8 5 1 4 Tabela 12.1 – Ambientes/ecossistemas e número de referências para o Compartimento 12. b) Importância ecológica da região Estuários e Manguezais Grande produtividade e berçário para várias espécies de peixes e crustáceos . Área de migração do Peixe–boi marinho. Importante região de retenção da linha da costa. Como área preservada, o conhecimento da estrutura e funcionamenro do ecossistema pode servir de base para estudos comparativos de impactos e manejo de áreas similares. Áreas Úmidas Costeiras. Áreas impactadas pelo avanço de atividades humanas(agroindústria, urbanização turismo), com importância ecológica e biológica e cuja biodiversidade não foi ainda levantada. Recifes. Formam ecossistemas importantes para a preservação de espécies, não só de interesse econômico, mas principalmente, para a manutenção do equilíbrio ecológico das comunidades envolvidas. B.12 ESFORÇO DE ESTUDO NO COMPARTIMENTO. Compreende desde mais de 25 pesquisadores e 6 a 10 instituições, até 1 a 5, dependendo do ecossistema estudado e projeto desenvolvido. Os dados estão relacionados nas tabelas 12.2 e 12.3, com os números respectivos de indicações. Pesquisadores atuantes De 1 a 5 pesquisadores De 6 a 10 pesquisadores De 11 a 25 pesquisadores Mais de 25 pesquisadores Nºcit. 3 2 1 2 Tabela 12.2 – Número de pesquisadores atuantes no Compartimento 12. Instituições atuantes 1 instituição De 2 a 5 instituições De 6 a 10 instituições Mais de 10 instituições Nºcit. 2 5 1 0 Tabela 12.3 – Número de instituições atuantes no Compartimento 12. C.12 CARACTERIZAÇÃO, QUANTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO CRÍTICA DA INFORMAÇÃO DISPONÍVEL. a) Informações Pré – Existentes As indicações demonstram a carência de informações anteriores para os ecossistemas estudados. Os dados obtidos correspondem a informações limitadas ou inexistentes, indicando a necessidade e importância das pesquisas em desenvolvimento. A tabela 12.4 expressa numericamente os dados obtidos. ASPECTOS ESTUDADOS NÍVEL DAS INFORMAÇÕES Inexistentes Limitadas Abundantes Reprodução 2 2 Alimentação 2 3 Produção Primária 3 2 Biomassa Animal 4 Biomassa Vegetal 5 1 Habitat 1 2 Variabilidade genética 2 3 Riqueza faunística 6 Riqueza florística 5 Biodiversidade 7 Espécies Endêmicas 2 3 Distribuição de comunidades biológicas 5 Relações ecológicas 1 4 Estrutura de populações/comunidades/ 2 3 ecossistemas Função de populações/comunidades/ 3 2 ecossistemas Dinâmica de populações/comunidades/ 3 1 ecossistemas Espécies ameaçadas 3 1 Espécies raras 2 3 Biogeografia 1 2 Espécies migratórias 2 1 Elaboração de coleções zoológicas e/ou 4 herbários Espécies de valor econômico 3 Áreas de Risco 4 1 Atividades Antrópicas 4 Tabela 12.4 – Nível de informações pré – existentes no Compartimento 12. b) Projetos em execução. Citados como projetos de grande envergadura, em desenvolvimento: • Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro; • Inventário e Monitoramento dos ecossistemas costeiros; • Programa REVIZEE; • Erosão costeira na região Leste/Nordeste do Brasil. • • • • Ao longo dos Compartimentos 11 e 12: Estudos integrados das lagunas costeiras situadas na porção Centro-Sul do Estado da Paraíba; Levantamento da ictiofauna das bacias costeiras do Estado da Paraíba; Catadores de moluscos do litoral da Paraíba: estratégias de subsistência e formas de interpretação da natureza. Levantamento de macroalgas marinhas do Estado da Paraíba. • • • • • Ao longo do Compartimento: Cultivo de camarões marinhos em módulos flutuantes; Estudo do ciclo reprodutivo de Teredinideos (Mollusca, Bivalvia) do Rio Mamanguape; Macrofauna bentônica em bancos no estuário do Rio Mamanguape, Paraíba; Estudos sobre populações de peixes – bois; Biodiversidade das macroalgas bentônicos da APA da Barra do Rio Mamanguape. c) Grau de Conhecimento. O ecossistema do Compartimento 12 é considerado pouco conhecido pelos pesquisadores. A tabela 12.5 indica as opiniões emitidas. Grau Muito conhecido Conhecido Pouco conhecido Desconhecido Nºcit. 0 1 6 0 Tabela 12.5 – Grau de Conhecimento do Compartimento 12. D.12 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DA BIODIVERSIDADE. a) Conhecimento da Biodiversidade. As indicações levantadas demonstram ser o conhecimento da biodiversidade insuficiente para a maioria das espécies/comunidades ou restrito a algumas espécies. A tabela 12.6 demonstra numericamente os dados obtidos. Nível Nº Totalmente Inadequado 0 Restrito a algumas espécies/comunidades 3 Insuficiente para a maioria das 5 espécies/comunidades. Satisfatório para a maioria das 0 espécies/comunidades Amplamente conhecida 0 Tabela 12.6 – Grau de conhecimento da biodiversidade no Compartimento b) Aplicabilidade da informação existente. A informação é considerada insuficiente para qualquer forma de gestão. A APA existente na foz do Rio Mamanguape, segundo um dos pesquisadores, não tem sequer um plano de manejo elaborado a partir do conhecimento da área. Aplicabilidade Suficiente para uma gestão adequada Insuficiente para qualquer forma de gestão Parcialmente adequada nº 0 6 3 Tabela 12.7 – Adequação das informações para a gestão. E.12 DISTRIBUIÇÃO E SITUAÇÃO DE ESPÉCIES ENDÊMICAS RARAS, AMEAÇADAS E EXÓTICAS. Raras, endêmicas e migratórias – Desconhecido Ameaçadas de extinção: Epinephelus itajara (mero) Espécies exóticas: Cyprinus carpio(carpa) Poecilia reticulata(lebistes) Tilapia randalli (tilápia) F.12 INTENSIDADE DE UTILIZAÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA. Há uma divisão de opiniões quanto à intensidade de utilização da diversidade dependendo do ecossistema abordado. Predomina ser medianamente utilizada no Compartimento, conforme expressa a tabela 12.8 . Intensidade de utilização Intensamente utilizada Medianamente utilizada Pouco utilizada Não utilizada nº 1 5 3 0 Tabela 12.8 – Nível de intensidade de utilização da biodiversidade. G. 12 VETORES DE PRESSÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE. Embora considerado impactado, o compartimento teve indicações abaixo do esperado nos nove questionários analisados. A Tabela 12.9 (Anexo) demonstra o número das indicações levantadas. 3 – ANÁLISE DOS RESULTADOS A – TENDÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E POLÍTICAS PÚBLICAS a) Tendências sócio-econômicas A Introdução (item 1) do presente texto já se deteve sobre estes aspectos, ao discorrer sobre o processo de ocupação da zona costeira, citando o turismo, a urbanização, a industrialização, a atividade portuária e de transportes, a agricultura e a pesca. Por outro lado foram citadas potencialidades em fase de desenvolvimento, como a aquicultura e a fruticultura. Cabe neste momento apresentar o quadro identificado pelos pesquisadores entrevistados. A Tabela 3.1 apresenta a consolidação dos dados para a Região. ATUAL POTENCIAL Alto Médio Baixo Nenhum Alto Médio Baixo Nenhum Grau Pesca 31 32 14 0 24 25 11 1 Mineração 1 2 11 27 2 0 7 24 Agricultura 11 11 8 13 11 16 7 5 Pecuária 1 9 11 16 0 5 12 9 Indústria 10 14 9 11 6 14 8 8 Aquicultura 6 6 33 16 28 22 7 5 Lazer 26 31 18 1 50 12 1 0 Salinas 3 4 14 16 4 3 8 14 Turismo 27 29 20 0 52 11 4 0 Caça 1 4 12 18 0 3 7 18 Caça Submarina 6 9 18 12 4 20 5 12 Extrativismo 6 12 9 10 5 10 14 8 vegetal Urbanização 21 18 14 4 19 13 13 3 Reflorestamento 5 2 7 24 11 12 1 7 Exploração/Petró5 4 8 19 4 7 4 12 leo Portos/Terminais 10 12 9 13 9 11 9 8 Apicultura 0 3 9 18 9 8 1 8 Tabela 3.1 – Atividades sócio-econômicas em desenvolvimento, ou com potencialidade para desenvolvimento na Região NE-I. Conforme se depreende da tabela acima, as atividades de pesca, turismo, lazer e urbanização apresentam o maior desenvolvimento na zona costeira, secundadas pela agricultura, indústria e implantação/operação de portos e terminais. Para as atividades de turismo e lazer é identificado um uso aquém de sua potencialidade, uma vez que as duas atividades receberam uma maior pontuação na segunda coluna. Esta potencialidade vem sendo aproveitada, como bem atestam os diversos investimentos realizados, não só com infraestrutura de hospedagem (hotéis e pousadas), como também com o aumento da oferta de serviços, dentro dos diversos segmentos turísticos: turismo rural, turismo ecológico e turismo náutico, dentre outros. A preocupação, que é bem exposta no quadro de tensores, é com relação ao impacto causado por estas atividades, caso não sejam adotados critérios adequados de implantação e operação, observada a capacidade de carga dos ambientes/ecossistemas. A pesca apresenta uma valoração maior no quadro “atual” e tem uma pontuação menor dentro da perspectiva de “potencialidade”. Isto por certo reflete uma visão de conjunto para o desenvolvimento desta atividade, que tem, via de regra se desenvolvido acima da capacidade de sustentabilidade dos estoques, com a adoção de práticas inadequadas, que caracterizam a pesca predatória. Desta forma, o excessivo esforço de pesca, a pesca de juvenis e de fêmeas ovadas têm levado à queda dos volumes capturados. Os números da Tabela 3.1 podem ser entendidos, desta forma, que a atividade, atualmente, se dá acima da potencialidade que ela representa. Por outro lado, fica bem caracterizado, pela discrepância dos números, que a potencialidade da aquicultura não está sendo adequadamente explorada. O desenvolvimento desta atividade poderia, também, suprir a exploração excessiva que se dá com a pesca, desde que haja um processo de indução da atividade e reorientação de investimentos. De qualquer forma, para uma e outra atividade há a necessidade de orientação para o uso adequado dos recursos ambientais. As atividades agrícola, pecuária, industrial, o extrativismo vegetal, a urbanização, a exploração de petróleo, bem como portos e terminais, de acordo com os números apresentados deveriam se caracterizar pelos índices atuais de desenvolvimento, uma vez que os entrevistados não estabelecem diferenças entre o “atual” e o “potencial”. As atividades agrícola e pecuária poderiam receber uma ênfase em se tratando do apoio ao pequeno e médio produtor e na viabilização de novos assentamentos, considerando a ampliação do processo de reforma agrária, uma vez que as capitais do Nordeste vêm passando por um processo de crescimento acelerado causado pelo êxodo rural. Este processo reverteria a pressão de um acentuado processo de urbanização, via de regra carente de toda infra-estrutura de saneamento básico e, consequentemente, gerador de fortes impactos ambientais negativos. Duas situações que devem ser acompanhadas, apoiadas e orientadas, são os assentamentos rurais no litoral sul de Pernambuco (cerca de seis na APA de Gudadalupe) e no litoral norte de Alagoas (12 assentamentos no município de Maragogi). Consideradas as devidas medidas de proteção ambiental, estas unidades constituem importantes pólos de mão-de-obra local que pode ser vinculada ao desenvolvimento do turismo, podendo gerar hortifrutigranjeiros para consumo nos hotéis da região, doces e demais produtos artesanais, com mercado local em expansão. Com relação ao extrativismo vegetal há uma correlação muito grande com populações tradicionais da zona costeira e o uso dos recursos para a confecção de artesanato e/ou apetrechos de pesca. Seria muito importante dispor-se de um cadastro dos recursos explorados e de sua disponibilidade, o que possibilitaria a delimitação de reservas extrativistas e da adequação da exploração e o desenvolvimento de novas tecnologias de aproveitamento e/ou identificação de insumos alternativos. A urbanização pode também suscitar amplas discussões. Pelo menos o modelo de ocupação linear da zona costeira, que tem sido promovida pelos loteamentos voltados para a 2ª residência têm sido alvo de severas críticas, uma vez que estabelece forte pressão sobre os mais variados tipos de ambientes (restingas, dunas, manguezais,...), ao tempo em que exige pesados investimentos em infra-estrutura urbana, de forma não concentrada. Soluções alternativas tem sido discutidas, como é o caso de modelos de condomínios e “time-share”. No caso da exploração de petróleo as diretrizes adotadas pelo país colocam a Região em uma situação de aproveitamento total da potencialidade existente, como forma redução dos custos de importação do produto. Uma vez que a região é grande produtora de petróleo, a tendência é de ampliação da exploração – considerada também a quebra do monopólio – ao contrário do cenário desenhado pelos entrevistados. A mineração estaria com uma atividade atual acima de sua potencialidade. Talvez aqui fosse interessante descer a uma discussão mais detalhada, uma vez que a exploração da areia do leito dos rios poderia, se bem orientada, contribuir para o desassoreamento desses cursos d’água. Por outro lado, a exploração de dunas tem sido degradadora de ambientes de restinga, já bastante reduzidos, na região. Possivelmente esse tipo de consideração ambivalente venha a se repetir, considerando os diferentes minerais que estão sendo explorados ao longo da zona costeira da Região Nordeste I. Quanto à caça há o registro de sua ocorrência na situação “atual” e alguns números ainda registram esta atividade como uma potencialidade para a Região. Seria interessante que essas potencialidades fossem especificadas, caso efetivamente existam, uma vez que dificilmente algum dos recursos cinegéticos da Região teriam a base de dados necessária para que se estabelecesse algum programa criterioso de caça, a exemplo daquele adotado para o perdiz no Rio Grande do Sul. Quanto à caça submarina há a identificação de um pequeno potencial a maior do que o atualmente explorado. Na realidade este potencial está vinculado a um adequado conhecimento da dinâmica e disponibilidade dos recursos vivos dos ambientes dos ambientes recifais da Região. Neste sentido, o Projeto APA dos Corais, poderá, a médio prazo, fornecer elementos importantes para a gestão adequada desses ambientes. Por certo que a caça submarina é um item importante para a sobrevivência de parcela reduzida das populações litorâneas. Outro ponto a considerar, vinculado a este, ou que estaria incluso no turismo e/ou lazer, é a grande potencialidade da “observação sub-aquática” que tem adquirido um número cada vez mais crescente de adeptos e que tem movimentado uma grande quantidade de serviços e profissionais especializados, caracterizando-se como um segmento emergente. O reflorestamento recebeu uma grande ênfase como potencialidade, por certo vinculado à necessidade efetiva de recuperação das matas ciliares na Região, mas também pela deficiência de florestas econômicas, voltadas para a produção de lenha, carvão, madeira e papel. Neste último item o Sul da Bahia apresenta atualmente grandes investimentos no setor, inclusive com a incriminação de derrubada de matas nativas, para a implantação de florestas homogêneas. Por último, dentre as alternativas sócio-econômicas elencadas, a apicultura surge como um nova potencialidade para a Região, considerada aí, inclusive, a meliponicultura que se dedica ao cultivo de abelhas nativas. Esta atividade se caracteriza por uma demanda não atendida, possibilidade de exportação e alto valor agregado de seus produtos. b) Políticas Públicas Questionados sobre quais as políticas públicas que influem na diversidade biológica da região, os pesquisadores entrevistados deram origem, em seu conjunto, aos dados constantes da Tabela 3.2, abaixo. Políticas \ Nível de Influência Política urbana Política ambiental Política educacional Política industrial Política tecnológica Política energética P. agrícola/pesqueira P. turismo/lazer Política de transporte Alto 42 36 26 32 10 9 31 2 2 Médio 17 28 15 12 15 6 34 3 Baixo 28 35 49 29 32 38 16 188 199 157 149 92 77 177 12 6 Tabela 3.2 – Nível de influência das diversas políticas públicas sobre a diversidade biológica na Região. Adotada uma ponderação para os diferentes níveis de influência (alto – 3; médio – 2 e baixo –1) foi possível obter um valor totalizado para a influência das diversas políticas pública sobre a biodiversidade. Devemos, de imediato, desconsiderar os valores anotados para as políticas de turismo/lazer e de transporte, propostas por poucos entrevistados e que, assim, não estavam colocadas, inicialmente, para a avaliação dos demais. O pequeno número de registros não as torna representativas, no quadro acima, apesar de haver um reconhecimento, em outros quadros, da importância que essas atividades apresentam na zona costeira. Isto pode ser verificado no item anterior e quando apresentamos os tensores e seus impactos sobre os ecossistemas. Segundo a tabela acima, a política ambiental apresenta papel preponderante, o que é lógico, uma vez que aí estão contemplados, por um lado os instrumentos de controle e ordenamento das diversas atividades impactantes e, por outro lado as ferramentas de preservação da biodiversidade, como as unidades de conservação. Em seqüência são citadas as políticas urbana, agrícola e pesqueira e educacional. As primeiras devido à grande intensidade das atividades de urbanização e agrícola na região e a última por conta do entendimento de que a efetiva conservação da biodiversidade está na dependência direta do entendimento, pela população, da importância que a mesma representa para o futuro da humanidade, enquanto fonte de recursos genéticos e de recursos ambientais, de maneira geral. B – AVALIAÇÃO CONSERVACIONISTA DA REPRESENTATIVIDADE DO ESFORÇO a) Esforço conservacionista Questionados sobre a existência de algum esforço conservacionista, os pesquisadores registraram, em maior número, a “legislação reguladora do uso”, bem como a organização de “movimentos de defesa”. Os registros de inexistência de esforço conservacionistas parecem não ser pertinentes para os compartimentso 8,9 e 10, nos quais há um número razoável de registros positivos. No compartimento 11 parece haver uma real deficiência, uma vez que de 6 registros, 4 confirmam a inexistência de qualquer esforço conservacionista. Compartimento 1-5 Legislação reguladora do uso Movimento de defesa da área Não existe nenhum Outros 6 7 4 3 1 8 14 9 10 11 12 TOTAL 23 10 1 7 63 5 6 3 6 14 6 1 1 42 1 0 0 0 0 0 6 0 6 4 5 2 4 0 1 0 23 6 Tabela 3.3 – Caracterização do esforço conservacionista na Região. A pergunta 3.10.1, do questionário, solicita que o pesquisador relacione o dispositivo legal que promove a proteção ambiental na região. As respostas, no entanto, em sua maioria, foram bastante genéricas: “legislação federal e estadual de proteção” e similares. Dessa forma, a legislação aplicável, em especial as de nível estadual e municipal, abaixo relacionadas, devem estar bastante incompletas. A consulta aos órgãos estaduais e municipais de meio ambiente possibilitaria obter um quadro mais completo. Quanto à legislação federal aplicável, publicações como a Coletânea de legislação organizada pelo IBAMA e o documento “Avaliação das normas legais aplicáveis ao gerenciamento costeiro” (MMA: SIP; PNMA, 1998), constituem referências adequadas. Dentre a legislação ambiental, foram relacionados os seguintes dispositivos: Constituição Federal Lei Federal 4.771/65 Lei Federal 5.197/67 – Proteção à fauna Decreto-lei nº221/67 sobre proteção à pesca Lei Federal 6.902/81 Lei Federal 6.938/81 Lei Federal 7.643/87 – Proíbe a pesca de cetáceos nas águas jurisdicionais brasileiras Lei Federal 9.605/98 – Crimes ambientais Criação do PARNAM de Abrolhos (BA) Criação da APA de Piaçabuçu (AL) Decreto Federal de criação da APA Costa dos Corais Decreto Federal de criação da APA de Mamanguape Resolução CONAMA Nº20 Portaria IBAMA nº1.552, de 19/12/89 – Lista oficial de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção Portaria IBAMA nº10 de 30/01/95 Portaria IBAMA nº11, de 30/01/95 Portaria IBAMA Nº5, de 12/02/97 Portaria IBAMA nº143-N, de 22/10/98 – Institui o Centro Mamíferos Aquáticos Constituições Estaduais Lei Estadual (BA) 7.034, de 13/02/97 Lei Estadual (SE) 3.117, de 19/12/91 Lei Estadual (AL) Proteção dos Manguezais Lei Estadual (AL) 4.607, de 19/12/84 Lei Estadual (AL) 4.682, de 17/06/85 Decretos Estaduais (AL) 6.274, de 05/06//85; 6.200, de 01/03/85; 4.631, de 06/04/81; 5.536, de 03/10/83. Ato de criação de APA no Litoral Sul (BA) Ato de criação da APA do Litoral Norte (BA) Decreto Estadual 13.468 – cria a APA do litoral Sul (SE) Ato de criação da APA de Marituba do Peixe (AL) Ato de criação da APA de Guadalupe (PE) Resolução CEPRAM/AL Nº04/96 – Disciplina o tráfego de embarcações a motor para proteção de recifes e peixe-boi marinho (AL) APA do Recife das Pinaúnas – Prefeit. de Vera Cruz, Itaparica (BA) Parque Municipal Marinho de Paripueira (AL) Complementarmente, foi solicitado aos entrevistados, um posicionamento quanto a representatividade desse esforço conservacionista, e o resultado está retratado na Tabela 3.4. Compartimento 1-5 Adequada Inadequada Parcial Com perspectivas otimistas para o futuro próximo 8 9 1 3 2 6 1 3 3 7 2 1 0 1 15 4 2 13 16 0 1 0 3 4 10 11 12 TOTAL 3 0 1 11 2 7 5 49 5 0 1 31 4 0 1 13 Tabela 3.4 – Representatividade do esforço conservacionista para a Região. Na Tabela acima fica evidente que as iniciativas conservacionistas ainda precisam ser bastante melhoradas, uma vez que apenas 11 registros, de um total de 104, ou seja aproximadamente 10%, consideram que as medidas “adequadas”. Merecem um registro especial os projetos vinculados à preservação de espécies ameaçadas, que tem sido realizados contemplando não só ações de estudos e pesquisas das espécies e de seu ambiente, mas promovendo, também, a educação ambiental e a mobilização da população: Projeto TAMAR, de tartarugas marinhas; Projeto Baleia Jubarte; e Projeto Peixe-boi. b) Dispositivos legais de conservação Conforme levantamento realizado para a elaboração do Mapa 1, a Região NE-I apresenta um total de 130 unidades de conservação (ver Anexo), as quais estão distribuídas, por estado e por categorias, conforme relaciona a Tabela 3.5, abaixo Categoria \ PB PE AL SE BA TOTAL Estado Parque (Nacional, 2 1 1 11 15 Estadual, Municipal) Reserva Biológica 1 4 1 2 8 Estação Ecológica 1 1 1 1 4 4 23 51 10 22 Área de Proteção Ambiental Reserva Ecológica 2 18 5 1 9 2 Área de Relevante Interesse Ecológico Reserva Extrativista 1 Reserva Particular do Patrimônio Nacional Área sob Proteção Especial Refúgio da Vida Silvestre 1 1 1 2 1 7 1 8 3 Reserva Indígena 2 7 13 Monumento natural 1 1 Jardim Botânico 1 1 Cinturão de proteção 1 1 64 130 TOTAIS 4 10 34 14 8 Tabela 3.5 – Distribuição das Unidades de Conservação da Zona Costeira da Região Nordeste I, segundo os estados e suas categorias c) Educação ambiental As informações acerca da existência de programas de educação ambiental e/ou informação pública relativos à Região revelam, a princípio, uma razoável desinformação sobre essas iniciativas. Há pelo menos um registro, para cada compartimento, no entanto, um grande número dos pesquisadores que se manifestaram revelam “não ter conhecimento” (38, num total de 108, ou seja 35%). Compartimentos Sim Não Não tem conhecimento 1-5 4 0 3 6 7 2 0 6 2 1 3 8 12 4 7 9 10 11 12 TOTAL 15 10 1 3 49 7 3 3 3 21 8 6 3 2 38 Tabela 3.6 – Existência de programa de educação ambiental e/ou informação pública na Região. No tocante à avaliação dos programas de educação ambiental e de informação pública acerca da questão da biodiversidade, na Região, a grande maioria dos registros caracterizam a “insuficiência” dos mesmos (64, em 101, mais de 60%) e o fato dos mesmos serem “desordenados” (cerca de 20% dos registros), o que identifica a necessidade de grandes melhorias nessas iniciativas. Compartimentos 1-5 Adequados Inadequados Insuficientes Desordenados 0 0 6 2 6 7 0 2 4 1 1 1 5 1 8 9 2 2 15 8 1 0 21 5 10 11 12 TOTAL 2 0 1 7 0 2 2 9 7 3 3 64 4 0 0 21 Tabela 3.7 – Avaliação dos programas de educação ambiental e de informação pública acerca da questão da biodiversidade na Região. A seguir são apresentados os registros, identificados nos questionários, de ações de educação ambiental, em desenvolvimento na Região: - Programa Manguezal Vivo, em estuários e manguezais da região Sul e Extremo Sul – Ba - Há um projeto de educação ambiental desenvolvido pela EMBRAPA/UFS/IBAMA – PE - A UFS desenvolve projeto de educação ambiental no povoado Crasto, localizado no estuário do rio Piauí - SE Núcleo de Educação Ambiental do IBAMA para a população da APA de Piaçabuçu – AL Existem programas de educação desenvolvidos pelo IMA/AL, em parceria com os municípios costeiros - AL Ações, em fase inicial, do Projeto Recifes Costeiros, na área da APA Costa dos Corais - AL e PE Existe programa de educação ambiental do Projeto Peixe-boi - AL, PE e PB Existência de Programa de Educação Ambiental em Fernando de Noronha - PE Existência de programa em Itamaracá – PE Existem trilhas ecológicas e um curso de formação de guias de litoral – PE Educação ambiental/ Museu-vivo em áreas de manguezal, para alunos de 1º e 2º graus – PB A seguir são apresentadas críticas e sugestões às ações de educação ambiental: - Falta divulgação dos programas de educação ambiental - Grande parte da população da zona costeira desconhece a existência desses programas - Uma programação consolidada e constante seria de primordial importância para a modificação do uso e do desrespeito para com o ambiente, não só nas comunidades, como nas escolas e com a população em geral - Criar e implementar programas de educação ambiental partindo dos problemas concretos das comunidades, visando a mudança de atitudes, valores e comportamento, objetivando a utilização sustentável da biodiversidade da zona costeira. - A comunidade precisa ser informada através de exemplos concretos e palpáveis da necessidade de se proteger a biodiversidade - Deveria haver uma política conservacionista que motivasse a implantação de programas de educação ambiental na grade curricular das Secretarias de Educação para o ensino de 1º e 2º graus - Desconheço qualquer programa de educação ambiental acerca da questão da biodiversidade - O assunto biodiversidade só tem sido visto no meio universtiário e mais especificamente nas instituições que possuem curso de Biologia. Alguns vídeos e artigos mostram a diversidade do ambiente marinho de forma fragmentária, como por exemplo as viagens de Jacques Costeau - Sugestão de valorização da cultura local através do apoio direto e indireto a grupos folclóricos e grupos de bordado; criação e implementação de alternativas pesqueiras em diversas comunidades litorâneas. C – COMPROMETIMENTO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA Consolidando as respostas dadas à questão 3.4 do questionário, verificamos que os entrevistados entendem que a biodiversidade na região encontra-se ameaçada, uma vez que 87,7% das respostas consideram-na “medianamente comprometida” (50,9%), ou “muito comprometida” (36,8%). Compartimentos Pouco comprometida Medianamente comprometida Muito comprometida 1-5 0 7 0 6 7 8 9 1 1 4 3 1 2 3 8 10 10 11 12 TOTAL 3 2 0 3 14 17 20 14 4 4 2 3 2 58 42 Tabela 3.8 – Grau de comprometimento da biodiversidade na Região NE-I. As informações fornecidas, com relação a espécies raras ou ameaçadas, no entanto, não permitem obter um quadro mais detalhado dessa ameaça. A relação obtida é muito restrita e está a seguir consolidada: - três espécies raras de mamíferos marinhos – Compartimentos 1 a 5 Orcinus orca Ziperius cairrostris Mesoplodon sp - uma espécie de coral ameaçada – Compartimentos 6 e 7 Mussismilia brasiliensis – coral pétreo - dez espécies da flora, ameaçadas de extinção – Compartimento 8 e 9 Apeiba tibourbon – pau-de-jangada Attalea funifera – piaçava Andira sp – angelim Manilkara salzmanii - maçaranduba Mouriria guianensis – cruiri, cruili Protium heptappphyllum – amesca Tabebuia avellanadae – pau-d’arco-roxo Eugenia sp – cambuim Chrysobalanus icaco – guajiru, gajuru Schinus terebenthifolium – aroeira-da-praia - uma espécie de coral rara – Compartimento 9 Parites branneri - um mamífero aquático ameaçado de extinção: Trichechus manatus – peixe-boi marinho - uma espécie de peixe ameaçada – Compartimentos 11 e 12 Epinephelus itajara (mero) Estas informações sinalizam que a percepção do comprometimento da biodiversidade é avaliado mais pelo impacto dos diversos tensores sobre os ecossistemas, de uma maneira geral, do que através de estudos que identifiquem a ameaça às diversas espécies que os compõem. Analisando o quadro consolidado dos tensores e ecossistemas (Tabela 3.9), verificamos que quatro fatores de degradação contribuem de forma acentuada e/ou crítica, para o comprometimento de quase todos os ecossistemas ocorrentes na Região: - especulação imobiliária turismo esgotos expansão urbana lixo. Esta avaliação está de acordo com o posisiconamento de diversos grupos de trabalho, que elaboraram os Planos de Gestão da Zona Costeira, no âmbito do GERCO, uma vez que os mesmos identificavam, invariavelmente, a solução dos problemas de infraestrutura urbana como o aspecto mais premente a ser resolvido. Vários outros tensores apresentam grande potencial de degradação, porém não de maneira tão ampla, mas sim vinculados a um ou poucos ecossistemas: - petróleo e derivados – praias e estuários - âncoras e embarcações – recifes e bancos de fanerógamas - erosão e turbidez – recifes e fundos inconsolidados - pesca predatória – manguezais e estuários - coleta de “souvenir” – recifes - portos e terminais – baías - tráfego terrestre – dunas - tráfego fluvial/marinho – recifes e bancos de fanerógamas - estradas – restingas e áreas úmidas - remoção de areia – praias, restingas e dunas - desmatamento – manguezais e restingas - marinas – baías - aterro – manguezais, estuários, lagoas e apicuns - drenagem – áreas úmidas - pólos industriais – baías e estuários - metais pesados – baías. As citações referentes a tabuleiros não foram consideradas, uma vez que apenas dois questionários se reportavam a esse ambiente. Como pode ser verificado no sub-item anterior, a Região dispõe de 130 unidades de conservação, o que poderia, a princípio, contemplar os diversos ecossistemas ocorrentes na região. A realidade, no entanto, é que os diferentes níveis de governo encontram grandes dificuldades para realizar uma efetiva administração dessas unidades, concorrendo para isso a deficiência generalizada de recursos. Caberia, por outro lado, uma verificação se as espécies raras, ou ameaçadas, acima relacionadas encontram-se protegidas e, por último, deveria ser avaliada a pertinência de estabelecimento de novas UCs, na conformidade das propostas apresentadas no item 4, a seguir. Tabela 3.9 – Grau de impacto nos ecossistemas: I – inexistente; L – leve; M – médio; A – alto; C – crítico. (1/5) Tensores \ Ecossistemas MANGUEZAIS Grau de Impacto I L L I L 16 20 15 9 4 13 12 25 7 2 13 11 24 8 4 Especulação Imobiliária 5 5 15 42 10 1 7 17 37 8 7 5 25 25 7 Turismo 9 29 23 20 2 1 6 21 44 5 5 19 29 19 4 Âncoras/Embarcações 21 30 8 2 3 12 10 22 13 6 3 12 21 12 2 Erosão/Turbidez 18 11 10 18 1 6 15 21 17 4 3 19 15 23 1 Esgotos 4 5 18 36 11 1 7 13 39 12 3 4 14 42 13 Pesca Predatória 7 2 23 24 12 9 6 19 15 11 5 3 24 25 14 Caça Submarina 31 8 0 0 0 15 13 8 3 0 22 10 3 2 1 Coleta de “Souvenir” 22 10 2 11 0 9 12 2 19 4 18 10 0 11 4 Caça 15 9 3 4 0 24 2 0 3 0 22 3 2 3 0 Portos/Terminais 23 6 8 12 2 15 5 13 3 5 18 9 13 9 5 Tráfego Terrestre 13 10 18 8 1 2 16 10 10 6 13 7 11 4 1 Tráfego Fluvial/Marinho 18 19 11 6 1 8 7 14 13 2 9 11 28 7 4 Estradas 12 12 18 19 2 6 7 16 10 0 15 5 17 6 1 Remoção de Areia 23 2 11 3 1 8 7 8 23 4 19 1 18 11 3 7 5 15 41 12 17 6 4 16 2 10 4 8 27 5 29 1 0 6 2 21 2 1 8 2 28 2 1 7 4 6 7 9 40 13 3 6 9 43 8 6 6 12 30 9 13 5 12 15 2 7 5 7 10 3 8 5 12 16 5 Lixo 1 12 11 35 15 2 3 12 36 13 3 7 9 40 10 Aterro 5 6 11 28 25 6 8 10 16 4 4 6 12 22 11 Privatização de Áreas 6 5 18 24 1 5 6 12 16 6 4 12 9 17 2 11 5 7 15 5 16 6 3 5 7 8 16 7 16 4 Canalizações 9 13 8 5 3 12 3 5 6 2 13 5 6 6 1 Drenagem 6 10 9 12 0 17 0 3 5 1 12 3 7 10 0 14 2 15 9 12 9 16 13 4 9 7 5 20 11 14 8 6 16 17 9 20 8 4 1 7 7 7 13 16 9 20 11 15 5 0 27 7 5 0 2 18 5 13 7 2 Pecuária 34 7 7 2 0 30 8 2 1 0 23 7 12 1 0 Aquicultura 18 6 18 2 4 24 8 4 0 0 14 15 14 1 1 Represas/Barragens 25 5 8 3 0 25 3 6 1 0 21 9 9 2 0 Salinas 29 0 4 7 1 28 5 1 1 0 24 5 8 0 0 Desmatamento Mineração Expansão Urbana Marinas Dragagem Pólos Industriais Metais Pesados Agricultura A C M ESTUÁRIOS I Petróleo e Derivados M PRAIAS A C M A A Tabela 3.9 – Grau de impacto nos ecossistemas: I – inexistente; L – leve; M – médio; A – alto; C – crítico. (2/5) Tensores \ Ecossistemas BAÍAS Grau de Impacto I L M LAGOAS A C I L M RECIFES A C I L M A A Petróleo e Derivados 6 7 9 7 1 6 12 2 6 2 19 10 6 7 1 Especulação Imobiliária 4 1 17 11 1 2 3 4 19 2 17 4 21 5 0 Turismo 0 12 11 7 3 1 10 11 12 2 1 9 15 25 5 Âncoras/Embarcações 1 5 17 2 4 10 6 7 7 1 3 3 12 21 10 Erosão/Turbidez 0 7 11 9 2 6 12 1 12 0 2 7 16 15 2 Esgotos 0 1 8 15 7 1 2 10 17 9 2 8 18 8 2 Pesca Predatória 0 1 12 5 10 3 4 7 14 9 1 3 15 21 7 Caça Submarina 1 8 2 3 2 17 7 0 0 1 7 12 11 15 1 Coleta de “Souvenir” 7 5 0 4 0 14 7 3 4 0 2 4 7 21 14 Caça 4 1 0 4 0 9 3 3 1 0 17 1 0 1 0 Portos/Terminais 3 1 2 11 3 12 3 5 1 0 11 3 5 7 3 Tráfego Terrestre 4 4 2 3 2 6 1 9 3 0 17 3 1 1 0 Tráfego Fluvial/Marinho 1 2 12 2 3 2 9 7 6 0 6 5 16 10 2 Estradas 4 1 7 1 2 3 3 12 3 1 19 0 2 1 0 Remoção de Areia 8 2 5 4 0 3 4 9 6 1 21 3 3 2 0 Desmatamento 5 1 2 9 1 3 2 3 17 2 15 0 1 9 4 Mineração 7 1 0 6 2 11 4 0 1 0 12 5 2 5 2 Expansão Urbana 2 1 0 7 5 3 2 7 17 5 7 4 4 10 6 Marinas 2 3 3 10 3 6 4 6 5 0 14 5 10 1 3 Lixo 0 1 5 9 7 4 1 9 19 4 3 5 12 14 4 Aterro 5 5 3 9 3 0 4 7 16 3 12 1 2 6 3 Privatização de Áreas 3 2 4 3 0 0 6 6 13 0 17 1 0 2 3 Dragagem 3 3 9 4 2 7 0 4 8 2 13 3 4 2 2 Canalizações 5 3 0 0 1 3 2 5 7 0 15 2 0 0 0 Drenagem 6 0 0 2 0 4 1 3 11 5 15 1 0 1 0 Pólos Industriais Metais Pesados 0 3 9 2 9 4 2 5 11 1 9 6 13 2 5 3 4 2 10 3 5 3 12 1 0 11 5 9 0 1 10 2 1 1 0 9 3 5 5 0 18 1 9 0 1 Pecuária 8 3 5 2 0 9 7 5 2 0 21 4 6 0 0 Aquicultura 8 5 5 2 0 12 1 7 1 1 21 4 2 0 0 12 0 7 1 0 12 2 4 1 1 20 9 1 0 0 8 3 6 2 0 15 1 0 1 0 24 3 0 0 0 Agricultura Represas/Barragens Salinas Tabela 3.9 – Grau de impacto nos ecossistemas: I – inexistente; L – leve; M – médio; A – alto; C – crítico. (3/5) Tensores \ Ecossistemas RESTINGAS Grau de Impacto Petróleo e Derivados I L M DUNAS A C I L M B. FANERÓGAMAS A C I L M A A 18 6 11 3 0 10 7 1 0 0 6 1 2 2 0 Especulação Imobiliária 0 4 3 26 10 0 1 4 13 6 3 6 2 0 0 Turismo 4 3 18 20 0 2 3 14 9 0 0 0 7 6 0 Âncoras/Embarcações 21 4 1 2 0 10 0 0 0 0 1 1 6 3 2 Erosão/Turbidez 14 12 0 11 2 9 0 4 1 2 2 2 2 6 0 5 5 17 5 2 3 3 7 1 0 0 3 5 3 2 Pesca Predatória 13 3 14 0 0 10 0 0 0 0 0 1 6 3 2 Caça Submarina 19 3 0 0 1 10 0 0 0 0 1 2 1 2 0 Coleta de “Souvenir” 17 3 6 2 0 9 1 6 0 0 3 3 1 4 0 7 5 12 9 0 7 2 2 2 0 4 0 2 0 0 Portos/Terminais 18 1 2 2 0 14 1 0 0 0 6 0 3 0 0 Tráfego Terrestre 3 2 11 17 3 0 5 10 12 1 8 1 0 0 0 10 2 4 2 0 10 0 1 0 0 1 2 4 4 2 Estradas 2 3 6 27 3 1 8 11 6 1 8 0 0 0 0 Remoção de Areia 1 4 5 23 10 0 3 7 12 2 6 0 2 0 0 Desmatamento 1 1 6 28 28 1 4 3 8 2 7 0 2 0 0 12 2 2 9 2 6 5 4 0 0 7 0 0 0 0 1 3 3 24 11 1 0 10 13 1 6 1 1 0 0 11 0 2 4 2 8 1 2 0 0 2 1 3 3 0 Lixo 2 2 8 24 4 2 2 7 12 3 1 1 5 4 2 Aterro 5 5 3 12 5 6 1 1 3 3 5 2 1 3 0 Privatização de Áreas 2 4 2 17 2 3 1 4 9 2 8 0 0 0 1 Dragagem 9 1 3 2 0 8 1 0 1 0 4 2 3 1 0 Canalizações 12 6 1 4 1 10 5 0 0 0 7 1 0 0 0 Drenagem 13 5 2 4 2 13 2 0 0 0 8 0 0 0 0 8 7 8 11 1 8 3 0 4 0 8 1 0 0 0 17 3 2 2 0 6 6 0 2 0 2 4 0 0 0 9 3 6 7 2 9 3 8 0 0 7 1 0 0 0 Pecuária 13 6 6 3 0 2 3 8 2 0 8 1 0 0 0 Aquicultura 17 2 7 0 1 11 2 0 0 0 6 2 0 0 0 Represas/Barragens 23 2 0 0 0 11 2 0 0 0 8 0 0 0 0 Salinas 22 1 0 0 0 13 0 0 0 0 7 0 0 0 0 Esgotos Caça Tráfego Fluvial/Marinho Mineração Expansão Urbana Marinas Pólos Industriais Metais Pesados Agricultura Tabela 3.9 – Grau de impacto nos ecossistemas: I – inexistente; L – leve; M – médio; A – alto; C – crítico. (4/5) Tensores \ Ecossistemas APICUNS Grau de Impacto I L M DELTAS A C I L M FALÉSIAS A C I L M A A Petróleo e Derivados 3 3 1 0 1 6 3 2 0 0 12 1 0 2 0 Especulação Imobiliária 0 1 6 1 5 0 4 5 2 0 5 2 1 4 2 Turismo 4 5 3 1 0 0 2 4 1 2 5 2 1 4 2 Âncoras/Embarcações 8 0 0 0 0 2 1 1 3 0 11 0 0 0 0 Erosão/Turbidez 5 2 1 0 0 0 2 6 4 0 6 1 6 2 0 Esgotos 0 4 1 4 1 0 0 4 5 0 6 0 5 0 0 Pesca Predatória 8 1 0 0 0 4 0 0 5 0 8 0 0 0 0 Caça Submarina 8 0 0 0 0 1 0 5 0 0 8 0 0 0 0 Coleta de “Souvenir” 8 1 0 0 0 1 1 4 0 0 8 2 1 2 0 Caça 2 1 2 2 0 0 1 5 4 0 7 1 2 2 0 Portos/Terminais 8 0 0 0 0 7 0 0 0 0 12 0 0 0 0 Tráfego Terrestre 0 4 5 2 1 2 4 0 4 0 3 3 4 3 0 Tráfego Fluvial/Marinho 6 0 0 0 0 3 0 3 4 0 8 0 0 0 0 Estradas 3 0 3 2 1 0 5 2 0 0 1 2 7 3 0 Remoção de Areia 2 0 2 2 1 3 0 0 2 0 2 1 0 7 0 Desmatamento 2 1 3 6 0 1 3 0 7 0 1 0 0 13 0 Mineração 3 2 2 0 0 2 2 2 0 0 6 0 3 2 0 Expansão Urbana 1 1 3 5 3 4 2 3 0 3 3 4 3 5 0 Marinas 6 0 2 0 0 0 0 3 2 2 10 0 0 0 0 Lixo 0 2 2 5 3 3 0 2 4 2 2 0 3 6 2 Aterro 1 2 3 4 2 6 0 3 0 2 10 0 2 0 0 Privatização de Áreas 0 2 3 4 3 4 0 3 0 2 2 0 2 5 2 Dragagem 7 1 0 0 0 2 0 2 3 2 11 0 0 0 0 Canalizações 3 4 0 1 0 1 0 2 3 0 9 0 3 0 0 Drenagem 3 3 0 2 0 5 4 0 5 0 9 1 1 2 0 Pólos Industriais Metais Pesados 6 2 0 0 0 8 1 0 2 0 6 0 0 7 0 3 5 0 0 0 5 3 2 0 0 9 0 1 0 0 3 2 2 2 0 1 4 6 2 0 6 0 3 3 0 Pecuária 4 2 1 2 0 1 2 5 2 0 5 0 5 3 0 Aquicultura 7 1 0 0 1 6 2 0 0 0 12 0 0 0 0 Represas/Barragens 6 0 2 0 0 10 0 0 0 1 12 0 0 0 0 Salinas 8 1 0 0 0 7 0 0 0 0 12 0 0 0 0 Agricultura Tabela 3.9 – Grau de impacto nos ecossistemas: I – inexistente; L – leve; M – médio; A – alto; C – crítico. (5/5) Tensores \ Ecossistemas ÁREAS ÚMIDAS Grau de Impacto I L M A F. INCONSOLIDADOS C I L M A TABULEIROS C I L M A A Petróleo e Derivados 8 2 2 5 2 5 4 3 2 0 1 0 0 0 0 Especulação Imobiliária 1 1 6 13 6 9 3 5 1 0 1 0 0 0 0 Turismo 2 1 4 13 4 0 8 6 2 2 1 0 0 0 0 12 3 1 0 4 2 5 3 3 2 1 0 0 0 0 Erosão/Turbidez 9 4 7 1 4 3 5 2 5 2 1 0 0 0 0 Esgotos 1 5 7 10 4 1 1 6 6 4 1 0 0 0 0 Pesca Predatória 11 2 1 4 0 2 6 4 3 2 1 0 0 0 0 Caça Submarina 12 0 2 0 0 5 6 2 1 0 0 0 0 0 0 Coleta de “Souvenir” 7 2 7 1 0 4 2 3 4 0 0 0 0 0 0 Caça 3 1 7 10 0 7 1 0 2 0 0 0 0 0 0 Portos/Terminais 8 0 7 6 0 5 1 6 0 4 0 0 0 0 0 Tráfego Terrestre 3 1 14 5 0 11 2 1 0 0 0 1 0 0 0 10 0 5 4 0 4 1 4 4 0 1 0 0 0 0 Estradas 2 0 10 12 2 10 0 2 0 0 0 0 1 0 0 Remoção de Areia 4 2 3 9 2 11 0 3 0 0 0 0 1 0 0 Desmatamento 2 0 4 11 6 11 0 1 4 0 0 0 1 0 0 Mineração 9 2 2 2 0 8 2 3 0 0 0 0 0 1 0 Expansão Urbana 0 1 4 16 2 6 3 2 5 2 1 0 0 0 0 10 2 2 2 1 1 7 1 6 0 1 0 0 0 0 Lixo 0 1 6 12 2 0 2 2 6 4 0 1 0 0 0 Aterro 1 2 6 11 2 4 2 2 4 6 1 0 0 0 0 Privatização de Áreas 2 1 4 9 2 1 4 1 5 4 1 0 0 0 0 Dragagem 4 0 7 7 2 3 4 1 1 4 1 0 0 0 0 Canalizações 1 3 9 6 0 5 1 1 1 0 1 0 0 0 0 Drenagem 1 2 7 7 2 4 0 1 2 0 2 0 0 0 0 Pólos Industriais Metais Pesados 7 5 2 5 2 4 3 3 3 2 1 1 0 0 0 9 2 5 0 0 2 1 5 2 2 1 0 0 0 0 1 2 8 10 0 8 3 1 2 0 1 1 0 0 0 Pecuária 1 5 7 6 2 6 3 2 2 0 1 1 1 0 0 Aquicultura 9 4 0 6 0 16 1 2 1 0 2 0 0 0 0 Represas/Barragens 6 4 5 4 0 8 4 1 1 0 2 0 0 0 0 14 0 0 3 0 15 0 1 1 0 2 0 0 0 0 Âncoras/Embarcações Tráfego Fluvial/Marinho Marinas Agricultura Salinas 4. RECOMENDAÇÕES A – RECOMENDAÇÕES DE PROJETOS PRIORITÁRIOS A relação apresentada a seguir reproduz as sugestões apresentadas pelos entrevistados, por compartimentos, distribuindo-as nas áreas de pesquisa, conservação e uso sustentável. As referências feitas à “planos/projetos de gestão ambiental” e “planos de manejo” foram listadas duplamente, na área de conservação e de uso sustentável, por serem pertinentes a ambas. Compartimentos 1 a 5 Pesquisa - Transporte de sedimentos/hidrodinâmica; - Avaliação hidrodinâmica do potencial estuarino para o desenvolvimento da ostreicultura, mitilicultura e outros cultivos sustentáveis nos estuários. - Levantamento da biodiversidade; - Avaliação de espécies chave dos ecossistemas; - Estatística e prospecção da pesca; Conservação - Projetos de Manejo; - Projetos de Educação Ambiental; Uso sustentável - Projetos de Manejo; - Projetos de cultivo artesanal de organismos marinhos; - Desenvolvimento da ostreicultura, mitilicultura e outros cultivos sustentáveis nos estuários. - Projetos de cultivo consorciado para garantia da preservação ambiental; Compartimento 6 Pesquisa - Inventário de ecossistemas costeiros; - Levantamento da biodiversidade; - Caracterização das comunidades bentônicas, nectônicas e planctônicas; - Detecção de espécies com potencial de exploração comercial; - Produtividade econômica do ecossistema; - Estudos da capacidade de suporte de exploração para espécies com potencial comercial; - Estudo de Etnobiologia sobre as formas de utilização do meio pela população; Conservação - Projeto de Gestão Ambiental; - Desenvolvimento de um plano de manejo para cada uma das áreas de estudo; - Monitoramento de ecossistemas costeiros; - Bioacumulação de hidrocarbonetos e recuperação de manguezais aterrados, desmatados e impactados; - Projetos de Educação e Conservação de uso do ecossistema; - Projeto de Saúde Pública; Uso sustentável - Projeto de Gestão Ambiental; - Desenvolvimento de um plano de manejo para cada uma das áreas de estudo; - Busca de alternativas sustentáveis para exploração dos recursos da região. Compartimento 7 Pesquisa - Levantamento da biodiversidade; - Detecção de espécies com potencial de exploração comercial; - Estudo da Capacidade de Suporte de Exploração de Espécies de uso econômico; - Alternativas sustentáveis para exploração dos recursos da região. - Produtividade econômica do ecossistema; - Estudo das formas de utilização do meio pela população – Antropologia Cultural; Conservação - Projetos de Gestão Ambiental; - Desenvolvimento de um plano de manejo para cada área de estudo; - Programa de monitoramento ambiental; - Monitoramento de Ecossistemas Costeiros; - Programa de conscientização da população (Educação Ambiental); - Projeto de recuperação de áreas degradadas por desmatamentos e queimadas; Uso sustentável - Projetos de Gestão Ambiental; - Exploração dos recursos da região. . Compartimento 8 Pesquisa - Melhoria do conhecimento sobre os ecossistemas - Pesquisa sobre conhecimento geral dos ecossistemas costeiros - Diagnóstico com cartografia em escala de planejamento - Estudo dos processos geomorfológicos atuais nas praias - Transporte de sedimentos - Erosão da Zona Costeira na foz do rio São Francisco - Estudos da biodiversidade - Estudos da biodiversidade - Levantamento da biodiversidade - Estudos faunísticos e florísticos - Projetos de levantamento da fauna - Fisiologia estuarina - Papel dos manguezais para a manutenção das cadeias alimentares estuarinas e costeira - Levantamento das restingas - Pesquisa sobre espécies economicamente importantes - Dinâmica de populações de espécies com interesse econômico - Avaliação de estoques de espécies com interesse econômico Abundância e capacidade máxima de coleta de espécies de interesse econômico - Identificação de espécies economicamente viáveis Conservação - Plano de gestão ambiental - Elaboração de planos de gestão - Plano de Manejo - Planos de manejo - Erosão da Zona Costeira na foz do rio São Francisco - Programas de Educação Ambiental com informações reais - Educação ambiental não formal, em todos os níveis (crianças, adolescentes e adultos) - Educação ambiental nas escolas de maneira organizada e formativa - Divulgação científica e integração das comunidades locais na conservação da zona costeira - Monitoramento dos ambientes costeiros - Monitoramento das restingas - Elaboração de carta de risco de exploração de petróleo - Monitoramento geomorfológico/processuais das dunas - Mapeamento periódico e controle do uso do solo - Monitoramento da qualidade das águas – lagoas e rios - Monitoramento limnológico e da pesca - Programa de tratamento de efluentes domésticos e industriais - Uso adequado para resíduos sólidos - Controle da ocupação das margens dos corpos d’água - Efetivação administrativa das unidades de conservação - Educação ambiental - Recuperação de áreas desmatadas - Informação da população sobre conservação - Reciclagem de lixo - Fiscalização mais intensa - Recuperação de áreas degradadas ou impactadas - Integração com as comunidades - Recuperação das matas ciliares - Incentivo, valorização e apoio às manifestações folclóricas e grupos de bordados e artesanatos, - Gerenciamento eficiente das atividades de turismo e lazer Uso sustentável - Plano de gestão ambiental - Elaboração de planos de gestão - Plano de Manejo - Planos de manejo - Gerenciamento eficiente das atividades de turismo e lazer - Cultivos de espécies que as comunidades litorâneas exploram no ambiente natural - Incentivo, valorização e apoio às manifestações folclóricas e grupos de bordados e artesanatos, - Fortalecimento do ecoturismo, envolvendo os membros das comunidades no processo - Definição da época de defeso para as diversas espécies Compartimento 9 Pesquisa - Estudos da biodiversidade - Diagnóstico com cartografia em escala de planejamento - Levantamentos florísticos e faunísticos - Levantamento faunístico - Levantamento da macro e micromalacofauna de sedimentos móveis e recifes costeiros de médio e infralitoral - Ampliação dos inventários de grupos zoológicos - Conhecimento aprofundado da biodiversidade - Elaboração de catálogos da biodiversidade - Pesquisa aplicada:agricultura, piscicultura, pecuária, florestamento, turismo - Biologia pesqueira e dinâmica populacional dos organismos que sofrem exploração - Estudos ecológicos objetivando o manejo - Distribuição de espécies - Relações tróficas - Estudos genéticos (taxonomia) - Estudos ecológicos - Estudos integrados físico-químicos e biológicos, para diagnóstico e monitoramento do CELMM - Projetos integrados dos aspectos ambientais - Estudos integrados de ecossistemas Conservação - Planos de manejo - Elaboração de planos de manejo integrados - Plano de gestão para o Litoral Norte de Alagoas - Plano de manejo marinho por meio de estudos do projeto Recifes Costeiros - Projetos na área de conservação e uso sustentável - Efetivação administrativa das unidades de conservação - Educação ambiental - Programa de educação ambiental - Programa permanente de educação ambiental - Projetos na área educacional - Integração com as comunidades - Informação da população sobre conservação - Gerenciamento eficiente das atividades de turismo e lazer - Proteção da cobertura vegetal das margens e encostas - Recuperação de áreas degradadas ou impactadas - Recuperação de áreas desmatadas - Recuperação/replantio de manguezais - Recuperação das matas ciliares - Definição da época de defeso para as diversas espécies - Ordenamento do uso do solo - Saneamento básico - Tratamento de esgotos - Reciclagem de lixo - Contaminação industrial - Controle da emissão das indústrias - Impacto ambiental - Controle do uso de agrotóxicos - Monitoramento ambiental - Projeto de monitoramento permanente - Fiscalização mais intensa Uso sustentável - Elaboração de planos de manejo integrados - Projetos com espécies de valor econômico, envolvendo a população local - Aproveitamento tecnológico dos recursos pesqueiros - Implantar aquicultura extensiva para pescadores - Aquicultura de bivalves estuarinos - Manejo dos bancos naturais de moluscos - Ecoturismo Compartimento 10 Conservação - Programa de conservação - Projetos de Gerenciamento ambiental - Programa de Educação Ambiental - Saneamento básico - Recolonização das pradarias de fanerógamas - Monitoramento da pesca - Monitoramento e controle do turismo Uso sustentável - Projetos de Gerenciamento ambiental - Educação ambiental aos pescadores - Aquicultura extensiva - Programa de apoio à pesca artesanal - Projetos de ecoturismo e apicultura Compartimento 11 Pesquisa - Parâmetros físico-químicos - Sistemática de alguns grupos - Ecologia, de maneira geral - Estrutura de comunidade e fatores que a regulam - Estrutura das comunidades bentônicas - Estrutura das populações carnívoras de topo; - Recrutamento - Produtividade de macroalgas bentônicas - Projeto de avaliação do potencial pesqueiro de camarão na região de Lucena Conservação - Educação ambiental - Educação ambiental - Preservação da biodiversidade - Controle de desmatamento - Controle da poluição - Reflorestamento de matas ciliares; Uso sustentável - Incentivo a projetos de cultivo de espécies marinhas/estuarinas de interesse econômico - Implementar política de uso racional do camarão na região de Lucena - Turismo sustentável Compartimentos 11 e 12 Pesquisa - Mapeamento temático - Levantamentos básicos de biodiversidade - Estudos de ecologia do ecossistema; Conservação - Impactos antrópicos na região, como subsídios à programas de manejo integrado das lagunas costeiras - Saneamento das cidades do entorno do Complexo EstuarinoManguezal e daquelas ao longo das bacias e microbacias hidrográficas; Usos sustentável - Impactos antrópicos na região, como subsídios à programas de manejo integrado das lagunas costeiras - Projetos de cultivo de espécies marinhas/estuarinas de interesse econômico. Compartimento 12 Pesquisa - Dinâmica dos fatores abióticos da área; - Levantamentos básicos de biodiversidade - Levantamento da fauna e flora; - Estudos de ecologia do ecossistema; - Levantamento sócio-cultural; Conservação - Elaboração do plano de manejo da APA; - Levantamento da ocorrência de agrotóxicos na água e de processos erosivos Uso sustentável - Elaboração do plano de manejo da APA; - Utilização dos recursos de forma sustentável. - Uso sustentável: Fruticultura/apicultura; Compartimentos de 9 a 12 Pesquisa - Status populacional das comunidades de cetáceos - Registros de encalhes Conservação - Campanhas de conscientização para a conservação dos cetáceos Como pode ser verificado as citações repetidas foram mantidas, para registrar aquelas ações que merecem maior atenção dos pesquisadores. A demanda de “educação ambiental” é uma constante em todos os compartimentos. Outro ponto a destacar é a preocupação dos entrevistados com a “gestão ambiental”, “gerenciamento” e/ou o uso de “planos de manejo”, instrumentos que são citados praticamente para toda a Região. A citação de diversas potencialidades de uso dos recursos ambientais da Região (aquicultura, apicultura, turismo, ...) caracteriza a preocupação dos pesquisadores em identificar oportunidades para o desenvolvimento, dentro de uma visão de sustentabilidade, o que descaracteriza uma concepção ambientalista centrada na preservação. Outro aspecto interessante a salientar é que, apesar da formação dos pesquisadores preferencialmente na área biológica, várias são as menções à necessidade de pesquisas na área sócio-cultural. B - RECOMENDAÇÕES DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA INVENTÁRIO BIOLÓGICO As recomendações de áreas e de inventários específicos, nas sugestões apresentadas, foram reduzidas. Como pode ser verificado no item anterior, a orientação para o conhecimento da biodiversidade foram sinalizadas, em todos os compartimentos, no entanto de maneira genérica. As sugestões a seguir apresentadas foram especificamente pontuadas e são apresentadas segundo os compartimentos. Compartimento 6 Baía de Todos os Santos - Melhor conhecimento de sua biodiversidade; “apesar de ser a maior baía do Brasil, é com certeza a menos estudada e conhecida”. Compartimento 8 Delta do São Francisco - Inventário da ictiofauna Compartimentos 8 e 9 Praias e estuários - Ampliação do inventário de moluscos Compartimento 9 Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú-Manguaba – CELMM - Elaboração de catálogo da biodiversidade, reunindo o conhecimento hoje disperso Compartimento 9 e 10 Recifes costeiros e sedimentos móveis - Inventário da macro e micromalacofauna Além desses registros específicos, a visão de conjunto, da compilação dos dados dos questionários permite algumas considerações, que serão relacionadas segundo os ambientes ocorrentes na Região NE-I. Estuários e Manguezais – Por certo constituem os ambientes mais estudados na região. Devem ser salientados o grande número de estudos realizados em Sergipe, em diversos estuários; os estudos realizados no Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú-Manguaba, em Alagoas; os estudos de regiões estuarinas em Pernambuco, como SUAPE e Canal de Santa Cruz; além do estuário de Mamanguape, na Paraíba. Para esses ambientes já há inventários razoáveis do plancton, bentos e necton. Uma consolidação consistente dos dados disponíveis poderia caracterizar, com maior precisão, algum refinamento necessário, no conhecimento da diversidade de grupos específicos. Restingas - este ecossistema deveria receber uma atenção especial, principalmente devido à grande pressão de ocupação que vem sofrendo. Áreas de ocupação intensiva mais recente, como o Sul e o Norte da Bahia deveriam ser priorizadas, possibilitando uma atuação paralela de inventário acurado da biodiversidade e identificação de áreas prioritárias para a preservação. Atenção também deveria ser dada a áreas residuais, nos demais estados. Baías – neste caso vale o registro feito acima, da necessidade de maiores estudos para a Baía de Todos os Santos. Deltas – assim como a Baía de Todos os Santos caracteriza aquele tipo de ambiente em nossa Região, o Delta do São Francisco configura o ambiente deltaico típico. Também neste caso os estudos são escassos, havendo um registro específico para um maior conhecimento da ictiofauna, no entanto os registros de outros grupos também são deficientes na área. Recifes – Um considerável esforço de pesquisa tem sido dispendido nesses ambientes ultimamente. Uma concentração em áreas prédeterminadas, como é o caso da APA dos Corais (AL/PE)onde se obteria um aprofundamento induzido do conhecimento, seria recomendável. C – RECOMENDAÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DOS AMBIENTES / ECOSSISTEMAS A contabilização das recomendações formuladas através do item 3.10.2 do questionário permitiu identificar 109 sugestões, a maioria das quais aponta a Área de Proteção Ambiental como a categoria de unidade de conservação mais aplicável. Os números estão retratados na Tabela 4.1. Categoria UC/ Compartimentos Parque (Nacional, Estadual, Municipal) Reserva Biológica Estação Ecológica Área de Proteção Ambiental 1-5 6 7 8 9 10 1 1 1 1 1 1 2 2 1 3 1 1 1 3 4 10 14 11 8 12 TOTAL 2 1 11 5 3 3 3 46 Categoria UC/ Compartimentos Reserva Ecológica Área de Relevante Interesse Ecológico Reserva Extrativista Reserva Particular do Patrimônio Nacional Área sob Proteção Especial Refúgio da Vida Silvestre Outros 1-5 6 7 8 9 10 11 12 TOTAL 1 2 2 2 1 1 3 1 4 1 2 1 1 1 1 2 2 1 6 1 1 3 1 16 5 1 2 1 1 16 3 2 Tabela 4.1 - Categorias de unidades de conservação propostas para a Região NE-I. A relação das áreas sugeridas é apresentada a seguir, juntamente com a reprodução da(s) justificativa(s), quando estas foram apresentadas. As justificativas se caracterizam mais pela prevenção à destruição de ecossistemas ameaçados pelo crescente uso, como é o caso dos recifes e dos estuários, sujeitos a diversos tipos de pressões antrópicas. Ou ainda a importância “funcional” dos ecossistemas, como é o caso dos manguezais, como áreas de reprodução. No caso dos recifes em Areia Vermelha (compartimento 11) há uma referência a espécies ameaçadas de extinção. Não há referências mais explícitas às mesmas. O que se verifica é a deficiência do mapeamento de espécies endêmicas e da identificação de espécies raras ou ameaçadas. O apelo cênico é muito invocado e, em diversos casos, a argumentação deve ser reforçada. Um outro aspecto a considerar é a divergência de categorias da unidade de conservação proposta para uma mesma região. Em certos momentos o mesmo pesquisador sugeriu mais de uma categoria (possivelmente por dúvida, no melhor enquadramento) e, em outros, há divergências no enquadramento dos diversos entrevistados. Compartimentos 1 a 5 Manguezais da Região Sul e Extremo Sul da Bahia (de Valença até Mucuri, BA) - Parque - Área de Proteção Ambiental - Reserva extrativista (outra citação para o Baixo Sul baiano) “no caso das reservas extrativistas, mantê-las sob condição de uso por parte da verdadeira comunidade estuarina”. Compartimento 6 Baía de Todos os Santos (Salvador e demais municípios do Recôncavo Baiano, BA) - Área sob Proteção Especial - Área de Relevante Interesse Especial - Área de Proteção Ambiental “até que se tenha um conhecimento adequado do ecossistema BTS, acho que deveria ser uma área de proteção”. Manguezais da Baía de Aratu (Simões Filho, Candeias e Salvador, BA) - Área de Proteção Permanente “o manguezal é um ecossistema considerado legalmente como área de preservação permanente devido as suas características de berçário da fauna marinha e fonte de nutrientes para a maioria das espécies da base da cadeia trófica”. Compartimentos 6 e 7 Plataforma continental (Salvador, Camaçari e Mata de São João, BA) - Área de Proteção Ambiental “toda a área costeira como a da plataforma continental é reservatório para produtos de consumo da população (pesca, caça submarina, aquicultura) e lazer.” Recifes da Baía de Todos os Santos e do Litoral Norte da Bahia (Vera Cruz, Camaçari, Mata de São João e Salvador, BA) - Área de Proteção Ambiental “pela Constituição da Bahia, os recifes são áreas de proteção permanente. Contudo é necessária a efetiva criação de ações de gestão, institucionalizadas. No Litoral Norte os recifes ocorrem em 2 municípios e são áreas impactadas, próximas de aglomerados urbanos e intensamente visitados. Essa descrição cabe principalmente aos recifes (bancos) adjacentes à costa e às franjas recifais. Os recifes que se encontram mais distantes da costa, em profundidades que variam de 15 a 3 m poderiam ser englobados em uma zona mais restritiva de uma APA. Alguns desses recifes poderiam ser mantidos como áreas intangíveis à pesca (“no take zones”)”. Compartimento 7 Recifes de corais – praia de Guarajuba, Litoral Norte da Bahia (Camaçari, BA)Área Sob Proteção Especial “por se tratar de uma área de pesca e de lazer, os recifes poderiam ser utilizados de maneira adequada, por exemplo permitindo a pesca controlada, uso adequado das embarcações e permissão de mergulho aos turistas, sem retirada de nenhum organismo”. Compartimento 8 Áreas úmidas costeiras e restingas (Litoral de SE) - Áreas de Proteção Ambiental Complexo estuarino dos rios Piauí-Fundo-Real (Estância, Santa Luzia do Itanhi e Indiaroba, SE) - Área de Proteção Ambiental Estuário do Rio Piauí (Itaporanga, Estância, Santa Luzia do Itanhi, Indiaroba e Jandaíra, SE) - Área de Proteção Ambiental - Reserva Ecológica - Área de Relevante Interesse Ecológico (2 citações) “considerando ser esta uma área com manguezal muito frondoso, é importante a sua preservação como forma de garantir o desenvolvimento da fauna estuarina”; “a alta biodiversidade estuarina, além da existência de manguezais de grande porte, de remanescentes de mata atlântica e de dunas”. Estuário do Rio Vaza-Barris (São Cristóvão e Itaporanga, SE) - Área de Proteção Ambiental Estuário do Rio Sergipe (Aracaju, Barra dos Coqueiros, Riachuelo, Maruim e Santo Amaro das Brotas, SE) - Área de Proteção Ambiental (2 citações) - Área de Relevante Interesse Ecológico Estuário do Rio Japaratuba Área de Proteção Ambiental Compartimentos 8 e 9 Áreas de repouso e alimentação de aves migratórias (Litoral de Alagoas) - Parques - Áreas de Proteção Ambiental Recifes do Litoral de Alagoas (Coruripe à Maragogi, AL) - Área de Proteção Ambiental “no litoral norte de Alagoas existe a APA dos Corais sendo o ideal transformar todo o litoral em APA”. Compartimento 9 Delta do São Francisco (Propriá e Ilha das Flores, SE; Penedo e Piaçabucu, AL) - Área de Proteção Ambiental “para que haja preservação/continuidade dos ecossistemas”. Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú-Manguaba (Maceió, Marechal Deodoro, Pilar, Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco, Satuba e Rio Largo, AL) - Área de Relevante Interesse Ecológico - Reserva extrativista - Área Sob Proteção Especial (2 citações) “uso por pescadores/comunidade ribeirinhas sob orientação educacional; proteção das regiões de manguezais e estuarinas e matas ciliares; proibição de carreamento de substâncias industriais”. Baía de Tamandaré (Tamandaré, PE) - Área de Proteção Ambiental (2 citações) “na Baía de Tamandaré existem recifes de corais, fato pouco comum na região; os recifes que existem em abundância são os de arenito”. Praia de Porto de Galinhas (Ipojuca, PE) - Área de Proteção Ambiental “área com possível manejo que permita o uso pelos turistas sem haver degradação”. Praia de Serrambi (Ipojuca, PE) - Área de Proteção Ambiental “pela importância dos recifes”. Estuários dos rios Ipojuca, Massangana e Tatuoca e Baía de Suape (Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, PE) - Área de Relevante Interesse Ecológico “a área já foi fortemente impactada sendo praticamente impossível criar uma APA em uma área de intenso fluxo de navios, indústrias, etc..” Recifes costeiros em Porto de Galinhas e Suape (Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, PE) - Parque - Área de Proteção Ambiental Cabo de Santo Agostinho (Cabo de Santo Agostinho, PE) - Reserva Particular do Patrimônio Nacional Compartimento 10 Canal de Santa Cruz (Itapissuma, Igarassu e Itamaracá, PE) - Área de Proteção Ambiental (2 citações) - Área de Relevante Interesse Ecológico “particularmente para o zooplancton seria fundamental que esta área fosse de proteção ambiental e relevante interesse ecológico”. Canal de Santa Cruz e estuários dos rios Botafogo e Igarassu (Itapissuma e Itamaracá, PE) - Área de Relevante Interesse Ecológico - Reserva Extrativista “área de grande potencial pesqueiro e que abriga comunidade de pescadores que estão sendo orientados a uma pesca sustentável; área que apresenta vários ecossistemas produtivos (manguezal, recifes, prados de fanerógamas)”. Canal de Santa Cruz e estuário do rio Paripe (Itamaracá, PE) - Área de Proteção Ambiental (2 citações) “as áreas de manguezais abrangem espécies únicas desses ambiente e precisam ser preservadas”. Estuário do rio Jaguaribe (Itamaracá, PE) - Área Sob Proteção Especial “trata-se de um rio de pequeno porte com uma área bastante urbanizada mas que poderia ser preservado”. Estuário do rio Congo (Itapissuma, PE) - Área Sob Proteção Especial “o estuário além de servir como berçário de muitas espécies, enriquece as águas do Canal de Santa Cruz”. Recifes costeiros em Barra de Jangadas e Candeias (Jaboatão dos Guararapes, PE) - Área de Proteção Ambiental “é uma região de arrecifes costeiros, cujo acesso poderia ser restrito”. Coroa do Ramalho (Igarassu, PE) - Área de Proteção Ambiental “por ser considerada uma área de berçário para vários grupos faunísticos” – as pradarias de fanerógamas marinhas. Compartimento 11 Recifes em Areia Vermelha e adjacências (Cabedelo, PB) - Parque - Área de Relevante Interesse Ecológico “nossas pesquisas ainda que preliminares, revelaram a presença de espécies (de peixes) globalmente ameaçadas de extinção”. Recifes costeiros em Praia Formosa e Ponta de Mato (Cabedelo, PB) - Área de Proteção Ambiental Compartimentos 11 e 12 Lagunas costeiras (Litoral centro-sul, PB) - Área de Relevante Interesse Ecológico - Área Sob Proteção Especial “as bacias hidrográficas formadoras dos sistemas lagunares costeiros do Estado da Paraíba, pela sua importância e beleza cênica, deveriam receber um tratamento especial Planície costeira (Conde, João Pessoa, Cabedelo, Lucena e Rio Tinto, PB) - Parque - Área de Proteção Ambiental “dada a carência de parques no Estado e a beleza cênica encontrada em áreas mais conservadas do ecossistema, os parques são adequados” Recifes costeiros (toda a costa, PB) - Área de Proteção Ambiental “criação de mais uma APA, com controle sobre a visitação e utilização dos recursos existentes nas principais formações recifais”. 5. BIBLIOGRAFIA AGRA FILHO, Severino Soares e VIÉGAS, Osvaldo. Planos de gestão e programas de monitoramento costeiro: diretrizes de elaboração. 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