Arte Física Língua Portuguesa Física PROVA DISCURSIVA Terceirão Professores: Sostag Regis Moita Questões 01 - 05 01 - 05 01 - 05 Arte Professora: Consuelo 01 - 08 ALUNO: Língua Portuguesa Professores: Fagner 01 - 08 DATA:30/04/15 LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES 1. 2. Este caderno de avaliação contém as questões discursivas conforme enumerado acima. Verifique se o caderno está completo ou se há alguma imperfeição gráfica que possa gerar dúvidas. Se necessário, peça sua substituição antes de iniciar a avaliação. 3. Leia cuidadosamente cada questão da avaliação e utilize, quando houver, o espaço indicado na avaliação como rascunho. 4. Durante a realização das respectivas avaliações serão colhidas as assinaturas dos alunos. 5 . O tempo de duração da avaliação será de 3 horas e 30 minutos e o aluno só poderá entregá-la após 1 hora e 30 minutos do seu início. 6 . Preencha o caderno de resoluções corretamente com o seu nome, série, nome do professor e disciplina. 7 . Apenas serão corrigidas questões totalmente respondida a caneta azul ou preta. OS FISCAIS NÃO ESTÃO AUTORIZADOS A FORNECER INFORMAÇÕES ACERCA DESTA AVALIAÇÃO PROVA DE FÍSICA – Professor Sostag Questão 01) A figura abaixo mostra o salto de um atleta de ginástica olímpica, que após uma breve corrida, projeta seu quadril com uma velocidade inicial V0 = 10 m/s, sob um ângulo Θ = 300 com a horizontal. Desprezando toda as forças de resistência do ar, considere |g|=10 m/s2, sen300 = 0,5 e cos300 = 0,85, e determine: A) A componente vertical da velocidade inicial do salto. a ) Vy V sen a ) Vy V sen a ) Vy V sen V 10 0,5 5m / s Vyy 10 0,5 5m / s V O10 V0de,5sen do5salto. m / s bb))VVyy VV0 y0 y a at t tempo voo a )yB)V y bV)V V00y ,5 a 5tm / s 00 551010t t y 10 y tsubida ,5,s5s subida00 0b)V5 10 t V0 y a t y T 00,5,50,0 5,51s 1s voo T voo tsubida 0,5s 0 Questão 5 10 02) t A figura mostra um jogo onde um pássaro é arremessado com uma velocidade inicial de 22 m/s formando um ângulo Tvoode 60 0,5 da horizontal 0,5 1emsum lançamento oblíquo. tsubida acima 0,5s 0 Tvoo 0,5 0,5 1s Sabendo que o pássaro atinge o alvo percorrendo uma trajetória parabólica durante um tempo de voo de 1,65 s, despreze todas as forças de atrito, use |g| = 10 m/s2, sen600 = √3/2 e cos600 = 1/2 e calcule: A) A componente horizontal da velocidade inicial do pássaro. a)Vx 22 1 11 m / s 22 1 11m / s a ) Vx 21 2 ab))Vx 11m / s D Oalcance V22 B) x t horizontal D. 2 b) D Vx t D 11 1,65 18,15m b) D Vx t D 11 1,65 18,15m D 11 1,65 18,15m Questão 03) Em uma cobrança de falta, um jogador de futebol chuta uma bola, imprimindo a ela, uma velocidade inicial V0 = 144 km/h, sob um ângulo de 450 com a horizontal, conforme mostra a figura abaixo. Sendo o módulo da aceleração gravitacional local aproximadamente 10 m/s2, use √2 = 1,4 e determine a altura máxima atingida pela bola. Dado: sen450 = cos450 = √2/2 v0 144 20m / s 3,6 2 10 2 2 Vy 10 1,4 14m / s Vy 20 Vy V0 y 2 a S 2 2 0 142 2 (10) S S 9,8m Questão 04) O canhão da figura abaixo lança um projétil com velocidade inicial V 0 = 200 m/s formando um ângulo de 300 com a horizontal. A) Sabendo que cos300 = √3/2 e sen300 = 1/2, determine a componente vertical Vy da velocidade inicial da bala que saiu do canhão. 1 1 a )Vy 200 100m / s 100m / s 2 2 2 a tdo2 ar, e considerando o módulo da aceleração gravitacional ag =t 10 m/s , calcule a altura B) Desprezando a resistência b) S y S0 y V0 y t b) S y desta S0bala V0relação y em y t ao solo após 2 s de voo. 2 2 1 2 (10 ) 22 100m / s S 0 100 2 (10) 2 a )Vy 200 S y 0 100 2 y 2 2 2 2 a t S y 200 20 S y 200 20 b) S y S0 y V0 y t S y 180m 2 S 180m a )Vy 200 2 y S y 0 100 2 (10) 22 Questão 05) Num circo, um homem-bala, é disparado por um canhão com a velocidade de 40 m/s, sob um ângulo de 370 com a horizontal, passando por uma torre no ponto mais alto da sua trajetória. A) Sabendo que sen370 = 0,8 e cos370 = 0,6 determine a componente vertical da velocidade inicial do homem bala. a)Vy 40 0,8 32m / s do ar e considerando o módulo da aceleração gravitacional g = 10 m/s calcule a altura da torre. b)0B) 2Desprezando 32 2 aresistência 2 ( 10) S a)aVy )Vy 4040 0 ,08,832 32mm/ /ss 0 1024 20 S 10)) SS b)b0)20 2 32322 222 ( (10 20 S 1024 102420 20 SS 0 0 1024 1024 2020 S S1024 S 51,2m 2 S 51,2m altura 51,2 1 52,2Saltura m 51,2m51,2 1 52,2m altura 51,2 1 52,2m PROVA DE FÍSICA – Professor Regis Questão 01) Um corpo de massa 500 g e calor específico sensível c = 0,4 cal/g°C recebe uma quantidade de calor de 1.000 calorias. Determine: A) A capacidade térmica do corpo. 𝑪 = 𝒎. 𝒄 → 𝑪 = 𝟓𝟎𝟎. 𝟎, 𝟒 B) → 𝑪 = 𝟐𝟎𝟎 𝒄𝒂𝒍/°𝑪 A variação de temperatura experimentada pelo corpo. 𝑸𝑻 = 𝒎. 𝒄. ∆𝜽 → 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 = 𝟓𝟎𝟎. 𝟎, 𝟒. ∆𝜽 → ∆𝜽 = 𝟏. 𝟎𝟎𝟎 → ∆𝜽 = 𝟓 °𝑪 𝟐𝟎𝟎 Questão 02) Um bloco de cobre de massa 1 kg e calor específico sensível de 0,5 cal/g encontra-se à temperatura de 80 °C, ao ser colocado em um calorímetro adiabático e de capacidade térmica desprezível, contendo 600 g de água, cujo calor específico sensível vale 1 cal /g°C, que está em temperatura ambiente de 20 °C. Qual a temperatura dos corpos após atingido o equilíbrio térmico? Usando o princípio das trocas de calor, teremos: 𝑸𝑪𝑶𝑩𝑹𝑬 + 𝑸Á𝑮𝑼𝑨 = 𝟎 𝒎. 𝒄. ∆𝜽 𝑪𝑶𝑩𝑹𝑬 + 𝒎. 𝒄. ∆𝜽 Á𝑮𝑼𝑨 = 𝟎 𝟏𝟎𝟎𝟎. 𝟎, 𝟓. (𝒕 − 𝟖𝟎) + 𝟔𝟎𝟎. 𝟏. (𝒕 − 𝟐𝟎) = 𝟎 𝟓𝟎𝟎. (𝒕 − 𝟖𝟎) + 𝟔𝟎𝟎. (𝒕 − 𝟐𝟎) = 𝟎 𝟓𝟎𝟎. 𝒕 − 𝟒𝟎. 𝟎𝟎𝟎 + 𝟔𝟎𝟎. 𝒕 − 𝟏𝟐. 𝟎𝟎𝟎 = 𝟎 𝟏. 𝟏𝟎𝟎. 𝒕 = 𝟓𝟐. 𝟎𝟎𝟎 𝒕 = 𝟒𝟕, 𝟐𝟕°𝑪 Questão 03) Uma fonte térmica é utilizada, por imersão, para aquecer 200 g de água, durante um intervalo de tempo de 5 min, variando a temperatura da água em 30 oC. Se o calor específico da água é de 1 cal/g oC e 1 cal = 4,2 J, determine: A) A quantidade de calor cedida à água. 𝑸𝑻 = 𝒎. 𝒄. ∆𝜽 → 𝑸 = 𝟐𝟎𝟎. 𝟏. 𝟑𝟎 → 𝑸 = 𝟔. 𝟎𝟎𝟎 𝒄𝒂𝒍 𝒐𝒖 𝟐𝟓. 𝟐𝟎𝟎 𝑱 B) A potência dessa fonte em W. 𝑷𝒐𝒕 = 𝑸 𝟐𝟓. 𝟐𝟎𝟎 → 𝑷𝒐𝒕 = → 𝑷𝒐𝒕 = 𝟖𝟒 𝑾 ∆𝒕 𝟓. 𝟔𝟎 Questão 04) Experimentalmente, um aluno do Terceirão Planeta observou um bloco cuja massa é 200 g, inicialmente sólido à temperatura de -10 ºC, passando pelas transformações de fase mostradas no gráfico abaixo. Em relação a esse bloco determine: A) A temperatura de fusão do material, justificando sua resposta. De acordo com o gráfico, a temperatura de fusão do material é de 5 °C. A justificativa é a formação do patamar nesta temperatura, o que indica uma mudança de fase do estado sólido para o estado líquido. B) O calor específico latente de fusão do material. 𝑸𝑳𝑨𝑻 = 𝒎. 𝑳 → 𝟐. 𝟎𝟎𝟎 = 𝟐𝟎𝟎. 𝑳 → 𝑳 = 𝟏𝟎 𝒄𝒂𝒍/𝒈 C) O calor específico sensível do material no estado líquido. 𝑸𝑺𝑬𝑵𝑺−𝑳Í𝑸 = 𝒎. 𝒄. ∆𝜽 → 𝟏. 𝟓𝟎𝟎 = 𝟐𝟎𝟎. 𝒄. 𝟑𝟎 → 𝒄= 𝟏𝟓 → 𝒄 = 𝟎, 𝟐𝟓 𝒄𝒂𝒍 /°𝑪 𝟔𝟎 Questão 05) Qual a quantidade de calor absorvida para que um bloco de 200 g de gelo à -20 °C vaporize e chegue à temperatura de 130 °C? Considere a pressão atmosférica como sendo constante e com valor de 1 atm. Dados: Calor específico sensível do gelo: c = 0,5 cal/g.°C Calor específico latente de fusão do gelo: L = 80 cal/g Calor específico sensível da água: c = 1 cal/g.°C Calor específico latente de vaporização da água: L = 540 cal/g Calor específico do vapor de água: c = 0,5 cal/g.°C 𝑸𝑻 = 𝑸𝑺𝑬𝑵𝑺. 𝑮𝑬𝑳𝑶 + 𝑸𝑳𝑨𝑻 𝑭𝑼𝑺Ã𝑶 + 𝑸𝑺𝑬𝑵𝑺 Á𝑮𝑼𝑨 + 𝑸𝑳𝑨𝑻 𝑽𝑨𝑷. + 𝑸𝑺𝑬𝑵𝑺.𝑽𝑨𝑷𝑶𝑹 𝑸𝑻 = 𝒎. 𝒄. ∆𝜽 𝑮𝑬𝑳𝑶 + 𝒎. 𝑳 𝑭𝑼𝑺Ã𝑶 + 𝒎. 𝒄. ∆𝜽 Á𝑮𝑼𝑨 + 𝒎. 𝑳 𝑽𝑨𝑷. + 𝒎. 𝒄. ∆𝜽𝑽𝑨𝑷𝑶𝑹 𝑸𝑻 = 𝟐𝟎𝟎. 𝟎, 𝟓. 𝟐𝟎 + 𝟐𝟎𝟎. 𝟖𝟎 + 𝟐𝟎𝟎. 𝟏. 𝟏𝟎𝟎 + 𝟐𝟎𝟎. 𝟓𝟒𝟎 + 𝟐𝟎𝟎. 𝟎, 𝟓. 𝟑𝟎 𝑸𝑻 = 𝟐. 𝟎𝟎𝟎 + 𝟏𝟔. 𝟎𝟎𝟎 + 𝟐𝟎. 𝟎𝟎𝟎 + 𝟏𝟎𝟖. 𝟎𝟎𝟎 + 𝟑. 𝟎𝟎𝟎 𝑸𝑻 = 𝟏𝟒𝟗. 𝟎𝟎𝟎 𝒄𝒂𝒍 𝒐𝒖 𝟏𝟒𝟗 𝒌𝒄𝒂𝒍 PROVA DE FÍSICA – Professor Moita Questão 01) Cite três características de um condutor em equilíbrio eletrostático. Cargas em excesso na superfície externa; campo elétrico nulo no interior; não há diferença de potencial na parte interna do condutor; a força elétrica não atua na parte interna; o potencial elétrico é constante no condutor; etc... Questão 02) Segundo definições de eletrostática, responda qual fenômeno explica o experimento ilustrado a seguir. Blindagem Eletrostática. Questão 03) Em dias chuvosos é comum a ocorrência de “raios”. Cite dois efeitos dessas descargas elétricas e uma forma de proteção contra as mesmas. Relâmpago e trovão; Para-raios. Questão 04) Considere um condutor esférico de raio 9 cm, em equilíbrio eletrostático, eletrizado com carga 2 mC e imerso no ar. Determine o campo elétrico em pontos situados a 3 cm, 9 cm e 20 cm, respectivamente, do centro da esfera. A) 3 cm. B) 9 cm. C) 20 cm. A) A 3 cm: E = 0 N/C. B) A 9 cm: E = K.Q/2R2 = 9.109 . 2.10-3 / 2.(9.10-2)2 = (1/9).1010 N/C. C) A 20 cm: E = K.Q/d2 = 9.109 . 2.10-3 / (20.10-2)2 = (9/4).108 N/C. Questão 05) Segundo definições de Eletrodinâmica, escreva o nome do efeito associado à passagem de corrente elétrica, em cada ilustração a seguir: A) C) B) A) Magnético. B) Fisiológico. C) Químico. PROVA DE ARTE – Professora Consuelo Questão 01) Em muitas pessoas já é um descaramento T.W. Adorno Não há sempre sujeito, ou sujeitos. (...) Digamos que o sujeito é raro, tão raro quanto as verdades. A. Badiou Todos são livres para dançar e para se divertir, do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa. T.W.Adorno Após a análise dos excertos acima e da obra de Andy Warhol “Marylin”, responda por que Andy Warhol repetiu a imagem de Marylin? Como relacionar essa característica serial com as afirmações de Adorno e de Badiou? A repetição fabril de Marylin a retrata como celebridade ao mesmo tempo, que pelo processo fabril, a imagem dela é desgastada pela repetição transformando-se num produto. Questão 02) Explique o que é a Pop Art e como ela se relaciona à obra Marylin. A Pop art propunha que se admitisse a crise da arte que assolava o século XX desta maneira pretendia demonstrar com suas obras a massificação da cultura popular capitalista. Procurava a estética das massas, tentando achar a definição do que seria a cultura pop, aproximando-se do que costuma chamar de kitsch. Diz-se que a Pop art é o marco de passagem da modernidadepara a pós-modernidade na cultura ocidental. Texto para responder às questões 03 e 04. A traição das imagens René Magritte A tradução para o português do texto presente no quadro é: “Isto não é um cachimbo”. Acerca do quadro de Magritte, o filósofo Michel Foucault teceu as seguintes considerações: “Ora, o que produz a estranheza dessa figura não é a ‘contradição’ entre a imagem e o texto. Por uma boa razão: não poderia haver contradição a não ser entre dois enunciados, ou no interior de um único e mesmo enunciado. Ora, vejo bem aqui que há apenas um, e que ele não poderia ser contraditório, pois o sujeito da proposição é um simples demonstrativo. Falso, então, porque seu ‘referente’ – muito visivelmente um cachimbo – não o verifica? Mas quem me dirá seriamente que este conjunto de traços entrecruzados, sobre o texto, é um cachimbo? Será preciso dizer: meu Deus, como tudo isto é bobo e simples; este enunciado é perfeitamente verdadeiro, pois é bem evidente que o desenho representando um cachimbo não é, ele próprio, um cachimbo? E, entretanto, existe um hábito de linguagem: o que é este desenho? É um bezerro, é um quadrado, é uma flor. Velho hábito que não é desprovido de fundamento: pois toda função de um desenho tão esquemático, tão escolar quanto este é a de se fazer reconhecer, de deixar aparecer sem equívoco nem hesitação aquilo que ele representa”. (FOUCAULT, Michel. Isto não é um cachimbo. Trad. de Jorge Coli, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988, p.19-20) Com base no texto de Foucault, apresente uma razão que justifique: Questão 03) Que o texto presente no quadro de Magritte é um enunciado verdadeiro. “Ora, o que produz a estranheza dessa figura não é a ‘contradição’ entre a imagem e o texto. Por uma boa razão: não poderia haver contradição a não ser entre dois enunciados, ou no interior de um único e mesmo enunciado. Ora, vejo bem aqui que há apenas um, e que ele não poderia ser contraditório, pois o sujeito da proposição é um simples demonstrativo. Falso, então, porque seu ‘referente’ – muito visivelmente um cachimbo – não o verifica? Questão 04) Que o texto presente no quadro de Magritte é um enunciado falso. Mas quem me dirá seriamente que este conjunto de traços entrecruzados, sobre o texto, é um cachimbo? Será preciso dizer: meu Deus, como tudo isto é bobo e simples; este enunciado é perfeitamente verdadeiro, pois é bem evidente que o desenho representando um cachimbo não é, ele próprio, um cachimbo? E, entretanto, existe um hábito de linguagem: o que é este desenho? É um bezerro, é um quadrado, é uma flor. Velho hábito que não é desprovido de fundamento: pois toda função de um desenho tão esquemático, tão escolar quanto esta é a de se fazer reconhecer, de deixar aparecer sem equívoco nem hesitação aquilo que ele representa”. Compare a reprodução do quadro de Salvador Dalí com o poema de Carlos Drummond de Andrade e responda às questões 05 e 06. O RELÓGIO Carlos Drummond de Andrade Nenhum igual àquele. A hora no bolso do colete é furtiva, a hora na parede da sala é calma, a hora na incidência da luz é silenciosa. Mas a hora no relógio da Matriz é grave como a consciência. E repete. Repete. Impossível dormir, se não a escuto. Ficar acordado, sem sua batida. Existir, se ela emudece. Cada hora é fixada no ar, na alma, continua soando na surdez. Onde não há mais ninguém, ela chega e avisa varando o pedregal da noite. Som para ser ouvido no longilonge do tempo da vida. Imenso no pulso este relógio vai comigo. DALÍ, Salvador. A persistência da memória (Os relógios ou As horas derretidas). 1931. Óleo sobre tela. The Museum of Modern Art, NY. Antologia poética. 51.ed. Rio de Janeiro: Record, 2002. p. 344. Questão 05) A figura do relógio é um núcleo de convergência temática tanto no quadro como no poema. Tendo em vista essa relação, explique o que o relógio simboliza no quadro de Dali e no poema de Drummond. Ele mostra o tempo e a memória, através dos relógios, moles e dependurados. Querendo dizer que o tempo é maleável, não é rígido e sim mutável, o tempo é relativo, passado e presente se fundem. Um homem sem memória é como um relógio que se derrete... A memória é a mente. Por isso, os desmemoriados são denominados sem mente. Quando o conhecimento existe, é mente. Quando recorda, é memória. Questão 06) Aponte um elemento de composição e técnica que torne a obra de Dali surrealista. As características deste estilo: uma combinação do representativo, do abstrato, do irreal e do inconsciente. Entre muitas das suas metodologias estão a colagem e a escrita automática. Segundo os surrealistas, a arte deve libertar-se das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência cotidiana, procurando expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos. Questão 07) Leia o excerto abaixo. Dadá nasce em Zurique, em 1916, [...] a partir da fundação, por parte dos seus membros, do Cabaret Voltaire, círculo literário e artístico destituído de programa, mas decidido a ironizar e desmistificar todos os valores constituídos da cultura passada, presente e futura. O nome Dadá também e casual, escolhido abrindo-se um dicionário ao acaso. As manifestações do grupo dadaísta são deliberadamente desordenadas, desconcertantes, escandalosas[...] (Adaptado: ARGAN, G. C. Arte Moderna. São Paulo: Cia das Letras, 1992. p. 355.) O que é um ready-made? O ready made nomeia a principal estratégia de fazer artístico de Marcel Duchamp e é uma forma ainda mais radical da arte encontrada (ou objet trouvé, no original francês). Essa estratégia refere-se ao uso de objetos industrializados âmbito da arte, desprezando noções comuns à arte histórica como estilo ou manufatura do objeto de arte, e referindo sua produção primariamente à ideia. Questão 08) Relacione o excerto apresentado à obra “A Fonte” de Marcel Duchamp. Argumente citando as relações da estética dadaísta com a obra apresentada abaixo. Por volta de 1915 o dadaísmo ganhava um amplo destaque no cenário artístico, causando certo desconforto nos observadores e fazendo todos se questionarem sobre o real conceito da palavra arte. Neste período, o artista Marcel Duchamp assume uma atitude antiarte e se apropria de objetos já feitos. Em 1917, ele expõe sua obra intitulada A Fonte, no qual se tratava de um simples e comum urinol branco invertido. Com esta atitude provocativa, Duchamp acabou estabelecendo um debate entre Arte e Conceito, onde dizia que para ser um artista não era necessário ter um dom ou habilidade para produzir belíssimas pinturas ou esculturas, e sim apresentar a todos algo totalmente diferente, novo e inesperado. PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA – Professor Fagner Questão 01) O texto abaixo foi escrito numa linguagem coloquial. A) Balão 1: Como é que a gente faz isso hein, Girianildo? Balão 2: É moleza meu chapa! A turma vai te ajudar! Balão 3: Legal! Para mim, fazer um relatório, é mais fácil do que para o Fittipaldi dar uma voltinha de fusca! Vamos lá! Reescreva o diálogo do primeiro quadro, utilizando o registro culto da língua. Como nós faremos isso, Girianildo? É fácil, meu amigo! Todos irão ajudá-lo! Fazer um relatório é mais fácil para mim do que dar uma voltinha de Fusca para o Fitipaldi. B) Escreva uma outra versão do texto apresentado, no segundo quadro, desfazendo-se o hipérbato. Meu amigo, é fácil! Todos irão ajudá-lo. Textos para responder às questões 02 a 04. No dia 10/11 passado, os jornais divulgaram a carta mediante a qual o médico Adib Jatene solicitava ao Presidente da República sua demissão do cargo de Ministro da Saúde, e a carta do Presidente da República, aceitando a demissão. Dessas cartas foram extraídos, respectivamente, os dois trechos abaixo. A SUA EXCELÊNCIA, O SENHOR DOUTOR FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Repito a frase aprendida de Vossa Excelência: “A política não é a arte do possível. É a arte de tornar o possível necessário. ” Estou tranquilo porque dei minha contribuição com lealdade e no limite de minha capacidade, sem trair os ideais dos que lutam no setor saúde pela equidade e pela garantia de acesso às camadas mais sofridas da população. Outros complementarão o trabalho, sob a liderança de Vossa Excelência, para que seja possível atender ao necessário que detectamos. Aproveito para manifestar-lhe o meu melhor apreço. Cordialmente, Adib Jatene, Ministro da Saúde MEU CARO JATENE Exatamente porque acredito que é preciso tornar possível o necessário, apoiei a CPMF e fiz, junto consigo, os esforços para aumentar a dotação do Ministério da Saúde. Só assim foi possível quase dobrar, em dois anos, os recursos do SUS. Ainda sim, eles são insuficientes. O que fazer? Continuar lutando, como continuarei: pena que sem você, embora com sua inspiração. Resta agradecer, muito sinceramente, sua colaboração, sua coragem para diagnosticar os problemas do ministério e enfrentar as soluções, e o ânimo que você infundiu em todos nós. Tenho a certeza de que suas declarações mostrando a disposição de continuar a luta pela saúde não ficarão nas palavras. O Brasil precisa de gente como você. Com afetuoso abraço. Fernando Henrique Cardoso Questão 02) Os autores das duas cartas utilizam registros linguísticos diferentes, no interior da variedade culta do português escrito. Aponte nos textos essas diferenças de registros e explique o efeito que cada um deles produz. Dentro da variante culta do português escrito, Adib Jatene optou pelo registro mais formal, enquanto FHC fez opção por um registro menos formal, próximo do coloquial. O registro pelo qual optou Jatene transparece: no tom formal do cabeçalho e do fecho, em que os nomes completos são seguidos da expressão do cargo ocupado por um e por outro; no tratamento de “Excelência”dado ao presidente, referido como “Senhor Doutor”. O efeito produzido por esse registro é marcar a postura de reverência e certo ressentimento do ministro em relação ao presidente. O registro pelo qual optou FHC tranparece: no uso do nome sem o prenome, precedido da fórmula carinhosa e familiar “meu caro”; o tratamento por “você”; a ausência da menção ao cargo de cada um. O efeito produzido por esse registro é sugerir a permanência dos laços de amizade e o desejo de cooptar o ministro para manter sua colaboração com o presidente, embora fora do ministério. Questão 03) O uso culto de consigo é o que as gramáticas exemplificam por meio de frases como: O vento traz consigo a tempestade. Compare esse uso com o que foi feito pelo presidente no primeiro parágrafo de sua carta e explique as diferenças. No uso culto, que se verifica na frase “O vento traz consigo a tempestade”, o pronome consigo é essencialmente reflexivo, ou seja, sempre deve referir-se ao sujeito da oração. Condena-se, portanto, seu uso para se referir ao interlocutor, como em “eu quero falar consigo”. Ao tratar o ministro por você, FHC faz uso de consigo numa oração em que o sujeito é eu (“apoiei”). O uso culto exigiria aí “com você”. Questão 04) Pelo que se lê no primeiro parágrafo das duas cartas, Jatene teria aprendido com Fernando Henrique o conceito de política que procurou aplicar enquanto ministro, mas uma leitura atenta desses parágrafos aponta uma grande diferença. Explique essa diferença. “Tornar possível o necessário” (Fernando Henrique) significa que se deve empreender todo o esforço capaz de tornar realidade aquilo que é necessário, isto é, aquilo cuja existência faz falta. “Tornar o possível necessário” (Jatene) significa simular como obrigatória uma ocorrência puramente possível. Questão 05) TEXTO I Lugar sertão se divulga: é onde os pastos carecem de fechos; onde um pode torar dez, quinze léguas, sem topar com casa de morador; e onde criminoso vive seu cristo-jesus, arredado do arrocho de autoridade. O Urucuia vem dos montões oestes. Mas, hoje, na beira dele tudo dá – fazendões de fazendas, almargem de vargens de bom render, as vazantes; culturas que vão de mata em mata, madeiras de grossura, até ainda virgens dessas lá há. O gerais corre em volta. Esses gerais são sem tamanho. Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães é questão de opiniães... O sertão está em toda parte. ROSA, João Guimarães. Grande sertão: veredas. TEXTO II Sertão é palavra nossa, não tem em língua estrangeira. Sertão é sertão. Há quem diga que venha de “dessertão”: miolo de nação onde o mato é grande e a população é pouca. O reverso da cidade, o avesso da civilização. “Nosso mar interior”, para o antropólogo Darcy Ribeiro, área vasta e seca que se estende pelas beiradas do Rio São Francisco, mas nunca encontra o oceano. O sertão de Minas é chamado de Campos Gerais – os gerais. Começam acima das cidades de Corinto e Curvelo e se alargam pelo Noroeste até se molhar nas águas escuras do rio Carinhanha, até esbarrar nas serras de Goiás, até se debruçar sobre as terras da Bahia. Revista Terra, 09/05, p. 34. Os textos I e II focalizam o sertão valendo-se de gêneros textuais diferentes. Apresente uma diferença de linguagem que caracteriza os gêneros dos textos V e VI, exemplificandoa com, pelo menos, uma passagem de cada texto. Enquanto o primeiro texto emprega um vocabulário e uma estilização de linguagem que o aproximam da literatura regionalista e das liberdades linguísticas modernistas, o segundo mantém-se dentro da norma culta escrita padrão, centrado na informação. Exemplos: Texto I: Os gerais corre em volta. Esses gerais são sem tamanho. Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães é questão de opiniões... O sertão está em toda parte. Texto II: O sertão de Minas é chamado de Campos Gerais – os gerais. Começam acima das cidades de Corinto e Curvelo e se alargam pelo Noroeste até se molhar nas águas escuras do rio Carinhanha, até esbarrar nas serras de Goiás, até se debruçar sobre as terras da Bahia. Observação: outras passagens dos textos V e VI também identificam a diferença de linguagem (por exemplo, em relação à pontuação; ao emprego de conotação e denotação; sintaxe de colocação etc). Questão 06) Contrata-se mulheres de 20 a 35 anos, para confecção de roupas. Apresentar-se a Seção de Pessoal, trazendo documentos e prova de habilidade em costura, entre os dias 10 e 20 deste mês, período da manhã, exceto sábado e domingo. Há, no cartaz, duas transgressões à norma culta. Identifique os deslizes e reescreva corretamente cada um dos segmentos em que ocorrem. Contratam-se mulheres (concordância). À Seção de Pessoal - crase. Questão 07) O ‘POBREMA’ É NOSSO Segundo Eliana Marquez Fonseca Fernandes, professora de Língua Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás, em se tratando de linguagem, não se pode falar em erro ou acerto, mas desvios à norma padrão. “O importante é estabelecer a comunicação. Para isso, usamos a língua em vários níveis, desde o super cuidado ou formal até o não-cuidado ou não-formal.” “A gramática tradicional diz que, quando se fala ‘nóis vai, nóis foi’, isso não é português. Mas é sim. Em outro nível. Estudos mais recentes na área dizem que tais formas de expressão são corretas. Censurar ou debochar de quem faz uso delas é discriminação linguística.” Para a professora, o domínio da norma culta não deve ser exigido da população de modo geral, principalmente de pessoas que têm baixo grau de escolaridade. “Quem tem obrigação de saber o português formal, falar e escrever de acordo com as regras são os professores, os jornalistas, os acadêmicos”, diz. (Diário da Manhã, Goiânia, 05.05.04. Adaptado.) O texto discute a questão da língua em sua função comunicativa, contrapondo usos mais informais a usos formais. A) A gente sabe que tem gente que escorrega no português. Indique em que nível de linguagem está a frase acima e justifique a sua resposta. A frase foi redigida sem preocupações formais, utilizando “a gente” e “escorrega no português”. Observase o emprego de coloquialismo, gírias, repetições, etc. B) Reescreva a frase em duas versões: uma informal e outra formal. A frase já está redigida de modo informal. Porém uma outra opção seria: “A gente sabemos que tem gente que escorrega no português”. Em linguagem formal: “Nós sabemos que há (ou existem) pessoas que cometem erros de português”. (Há outras possibilidades). Questão 08) Leia atentamente os dois textos abaixo e responda. “Assistir – na língua moderna o verbo assistir é transitivo direto no sentido de ver e de prestar assistência. ” (FOLHA DE S. PAULO. Manual geral da redação. 2 ed. São Paulo: Folha de S. Paulo, 1987. p. 132) “Assistir – no sentido de estar presente, comparecer, ver pode ser transitivo direto (uso coloquial) ou indireto (norma culta)...” (FOLHA DE S. PAULO. Novo manual da redação. São Paulo: Folha de S. Paulo, 1992. p. 56) A) Qual a diferença de orientação entre os dois manuais? O 1o manual, datado de 1987, considera o verbo assistir, no sentido de ajudar, como transitivo direto; já o 2o , datado de1992, considera – o, tanto no sentido de ajudar como no de “ver”, transitivo direto, sendo este último apenas na língua coloquial. B) Qual a importância de se distinguir o “uso coloquial” da “norma culta”? A importância de se distinguir o “uso coloquial” da “norma culta” dá – se pela necessidade do jornalista, ao redigir a matéria, usar os termos corretos. Ao redigir uma matéria importante usa – se a norma culta e ao escrever uma crônica ou outro tipo de artigo, se necessário, utilizar “linguagem coloquial”.