aos milagres» (Hom. in Matthaeum 25, 1: PG 57, 328). Jesus chegou a Cafarnaum e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar, todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas. Encontravase na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar: «Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus». Jesus repreendeu-o, dizendo: «Calate e sai desse homem». O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele. Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!». E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia. Mc 1, 21-28 O Evangelho deste domingo (cf. Mc 1, 21-28) apresenta-nos Jesus que, no dia de sábado, prega na sinagoga de Cafarnaum, a pequena cidade à margem do lago da Galileia, onde moravam Pedro e o seu irmão André. Ao seu ensinamento, que suscita a admiração das pessoas, segue-se a libertação de «um homem possuído por um espírito impuro» (v. 23), que reconhece em Jesus o «santo de Deus», ou seja o Messias. Em pouco tempo, a sua fama difunde-se em toda a região, que Ele percorre anunciando o Reino de Deus e curando os doentes de todos os tipos: palavra e obra. São João Crisóstomo observa como o Senhor «alterna o discurso em benefício dos ouvintes, procedendo dos prodígios às palavras e passando de novo do ensinamento da sua doutrina A palavra que Jesus dirige aos homens abre imediatamente o acesso à vontade do Pai e à verdade de si mesmos. No entanto, não acontecia assim com os escribas, que deviam esforçar-se por interpretar as Sagradas Escrituras com inúmeras reflexões. Além disso, à eficácia da palavra Jesus acrescentava a dos sinais de libertação do mal. Santo Atanásio observa que «comandar os demónios e expulsá-los não é obra humana, mas divina»; com efeito, o Senhor «afastava dos homens todas as doenças e todas as enfermidades. Quem, vendo o seu poder... ainda duvidaria que Ele é o Filho, a Sabedoria e o Poder de Deus?» (Oratio de Incarnatione Verbi 18.19: PG 25, 128 bc.129 b). A autoridade divina não é uma força da natureza. É o poder do amor de Deus que cria o universo e, encarnando -se no Filho Unigénito, descendo à nossa humanidade, purifica o mundo corrompido pelo pecado. Romano Guardini escreve: «Toda a existência de Jesus é tradução do poder em humildade... é a soberania que se abaixa à forma de servo» (Il Potere, Brescia 1999, 141.142). Muitas vezes, para o homem a autoridade significa posse, poder, domínio e sucesso. Para Deus, ao contrário, a autoridade significa serviço, humildade e amor; significa entrar na lógica de Jesus, que se inclina para lavar os pés aos discípulos (cf. Jo 13, 5), que procura o verdadeiro bem do homem, que cura as feridas, que é capaz de um amor tão grande que O leva a dar a sua vida, porque é Amor. Numa das suas Cartas, santa Catarina de Sena escreve: «É necessário que nós vejamos e conheçamos, na verdade, com a luz da fé, que Deus é o Amor supremo e eterno, e não pode desejar outra coisa, a não ser o nosso bem» (Ep. 13 in:Le Lettere, vol. 3, Bologna 1999, 206). PAPA BENTO XVI, Angelus, 29 de Janeiro de 2012. O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de muitos. Eis como o Senhor Se fez servo, eis como nos ensinou a servir. Deu a vida pela redenção de muitos: redimiu-nos. Qual de nós pode redimir alguém? Foi pelo seu sangue que fomos redimidos, foi pela sua morte que fomos resgatados da morte; estávamos caídos, e pela sua humildade fomos levantados da nossa prostração. Mas também nós devemos contribuir com a nossa pequena parte para ajudar os seus membros, porque nos tornámos membros d’Ele: Ele é a cabeça, nós o corpo. Também o apóstolo João nos exorta na sua carta a que sigamos o exemplo do Senhor, que disse: Aquele que quiser ser grande no meio de vós será vosso servo, do mesmo modo que o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de muitos; por isso o Apóstolo nos exorta a imitar o seu exemplo, com estas palavras: Cristo deu a sua vida por nós; assim também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos. O próprio Senhor, falando depois da ressurreição, perguntou: Pedro, amas-Me? Ele respondeu: Amo-Te. Por três vezes o Senhor lhe fez a pergunta, três vezes ele Lhe respondeu; e todas três o Senhor disse: Apascenta as minhas ovelhas. Como podes mostrar que Me amas, senão apascentando as minhas ovelhas? Que é que Me podes dar com o teu amor, se tudo recebes de Mim? Se Me amas, o que hás-de fazer é isto: Apascenta as minhas ovelhas. Uma, duas e três vezes: Amas-me? Amo. Apascenta as minhas ovelhas. Três vezes O negara por medo; três vezes O confessou por amor. E depois, tendo recomendado pela terceira vez as suas ovelhas a Pedro, que respondia confessando o seu amor e ao mesmo tempo dominava e repudiava o medo antigo, o Senhor acrescentou em seguida: Quando eras novo, tu mesmo te cingias e andavas por onde querias; mas quando fores velho, outro te cingirá e te levará para onde não queres. Disse estas palavras para indicar com que morte havia de glorificar a Deus. Anunciou a Pedro a sua cruz, predisse-lhe a sua paixão. E a terminar, o Senhor disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas, isto é, sacrifica-te pelas minhas ovelhas. (Sermão Guelferbitano 32, De ordinatione episcopi: PLS 2, 639-640) (Sec. V) DOMINGO IV DO TEMPO COMUM, 01 de Fevereiro 11h30, Missa com a Irmandade do Santíssimo, na Igreja de São Nicolau; 18h30, Vésperas cantadas em São Nicolau Caridade: Peditório para apoio às famílias acompanhadas pela Conferência São Vicente de Paulo Recolha de alimentos não perecíveis, junto da comunidade cristã Segunda-feira, 02 de Fevereiro 19h45, Reunião Direcção da Irmandade Santíssimo da Igreja da Conceição Velha 21h, Distribuição "refeição quente" a pessoas em situação de sem abrigo, no Largo das Cebolas. Festa Litúrgica da Apresentação do Senhor Terça-feira, 03 de Fevereiro Memória Litúrgica de São Brás Quarta-feira, 04 de Fevereiro 13h-13h45, Reunião da Conferência São Vicente de Paulo Distribuição do cabaz de São Nicolau, em ritmo semanal, a famílias necessitadas. Acompanhamento no Banco Solidário de Roupa. Porta aberta: apoio social e jurídico. Memória Litúrgica de São João de Brito Primeira Quinta-feira do mês, 05 de Fevereiro 19h-20h15 e 21h15-22h30, reuniões abertas a quem deseje participar na preparação do Sínodo de Lisboa, na Biblioteca 24h para o Senhor em adoração pedindo pelos bons frutos do sínodo: 21h30, Ofício das Completas; 22h00, Eucaristia; 23h, Terço e Meditação 23h-4h, Confissões; 24h-7h, Adoração em silêncio; 7h30, Ofício de Laudes Memória Litúrgica de Santa Águeda Primeira Sexta-feira do mês, 06 de Fevereiro 10h-20h30, Confissões 12h30, Missa, encontro e almoço com os Juristas Católicos 20h, Encontro com as pessoas “em situação de sem abrigo” na Igreja da Conceição Velha e distribuição de refeição quente no Largo das Cebolas. Memória Litúrgica de São Paulo Miki e companheiros Primeiro Sábado do mês, 07 de Fevereiro 10h-12h30, Itinerários de fé, visita cultural às Igrejas da Baixa Celebração dos cinco primeiros sábados em São Nicolau Festa Litúrgica das Cinco Chagas do Senhor