CICLOS BIOGEOQUÍMICOS Alunos: Wellington e Crislaine 3° BIM - BIOLOGIA CICLOS BIOGEOQUÍMICOS Ciclos: representam a troca e a circulação de matéria entre os componentes vivos e físico-químicos da biosfera. Bio: os organismos interagem processo de síntese orgânica e decomposição dos elementos. Geo: o meio terrestre reservatório dos elementos. (solo) no na é o Químico: ciclo dos elementos e processos químicos de síntese e decomposição. Ciclo em escala global, de elementos ou substâncias químicas que necessariamente contam com a participação de seres vivos. Principais ciclos: – Água – Carbono – Nitrogênio – Oxigênio – Fósforo - Trajeto cíclico que a água faz na natureza, passando ora pelo meio abiótico, ora pelas estruturas dos seres vivos. CICLO HIDROLÓGICO Mais abundante componente da matéria viva, a água precisa ser necessariamente reciclada para a garantia de vida no planeta. A superfície terrestre é recoberta por cerca de 75% de água. De toda a água que recobre a Terra, cerca de 97% pertencem ao talassociclo (do grego thalassos = mar), isto é, ao conjunto que abrange todos os ecossistemas marinhos. O restante pertence ao limnociclo (do grego limne = lago), ou seja, o conjunto de todos os ecossistemas dulcícolas. Aspectos quantitativos: evaporação; infiltração; escoamento superficial. Aspectos qualitativos: parâmetros de qualidade: - físico-químicos; - biológicos. CICLO HIDROLÓGICO A água é o principal componente dos organismos vivos e o grande regulador do ambiente. A presença de água é fundamental para a existência de vida no planeta, uma vez que ela atua como regulador térmico do ambiente, fazendo com que as diferenças de temperatura entre a noite e o dia sejam minimizadas graças a seu alto calor específico. A maior parte da água doce encontra-se em locais de difícil extração (calota polar e subsolo). A água na atmosfera mostra-se em porcentagem ínfima. Porém, ao longo de um ano, muita água circula pela ecosfera. DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NA BIOSFERA 99,34% 97,2% água salgada 2,14% calotas e geleiras polares 0,633% águas subterrâneas 0,66% evaporação 0,022% águas superficiais 0,005% águas do solo + CICLO HIDROLÓGICO O ciclo hidrológico pode ser resumido por meio dos seguintes processos: DETENÇÃO: parte da precipitação fica retida na vegetação, depressões do terreno e construções. Essa massa de água retorna à atmosfera pela ação da evaporação ou penetra no solo pela infiltração. ESCOAMENTO SUPERFICIAL: constituído pela água que escoa sobre o solo, fluindo para locais de altitudes inferiores, até atingir um corpo d’água como um rio, lago ou oceano. A água que compõe escoamento superficial pode também sofrer infiltração para as camadas superiores do solo, ficar retida ou sofrer evaporação. CICLO HIDROLÓGICO INFILTRAÇÃO: a água infiltrada pode sofrer evaporação, ser utilizada pela vegetação, escoar ao longo da camada superior do solo ou alimentar o lençol de água subterrâneo. ESCOAMENTO SUBTERRÂNEO: constituído por parte da água infiltrada na camada superior do solo, sendo bem mais lento que o escoamento superficial. Parte desse escoamento alimenta os rios e os lagos, além de ser responsável pela manutenção desses corpos durante épocas de estiagem. CICLO HIDROLÓGICO EVAPOTRANSPIRAÇÃO: parte da água existente no solo que é utilizada pela vegetação e eliminada pelas folhas na forma de vapor. EVAPORAÇÃO: em qualquer das fases descritas anteriormente, a água pode voltar à atmosfera na forma de vapor, reiniciando o ciclo hidrológico. PRECIPITAÇÃO: água que cai sobre o solo ou sobre um corpo d’água. * Nos oceanos, a evaporação excede a precipitação, e nos continentes ocorre o oposto. CICLO HIDROLÓGICO: - Mecanismo: Evaporação da água dos rios, lagos e mares. Formação de nuvens. Condensação do vapor de água ao nível das altas montanhas. Chuvas. Retorno da água aos mares pelos rios. Seres vivos ingerem a água pura ou integrando alimentos. Eliminam-na pela transpiração, pela respiração e pelas excreções. Essa água também se evapora e retorna ao meio abiótico. CICLO HIDROLÓGICO Nesse ciclo, a presença do homem pode ser notada por meio do desmatamento e da impermeabilização via pavimentação do solo. Isso acelera a evaporação e reduz a recarga dos aqüíferos subterrâneos, gerando, assim, maiores enchentes nos cursos de água que cortam centros urbanos, causando uma série de danos físicos, econômicos e transtornos aos habitantes da cidade. Nas regiões de clima frio, deve-se considerar, ainda, a água armazenada na formas de geleiras, formadas pela precipitação de neve, e o fluxo correspondente ao degelo dessas geleiras. INTERVENÇÕES DO HOMEM 1. Desmatamento. 2. Pavimentação = taxa de impermeabilização. 3. Utilização de defensivos agrícolas. 4. Despejos de esgotos e efluentes industriais. 5. Eutrofização (causada pelo excesso de nutrientes num corpo d’água, que leva a proliferação excessiva de algas). 6. Diminuição do teor de oxigênio dissolvido nos rios. 7. Lançamento de substâncias tóxicas perigosas. 8. Poluição atmosférica. 9. Resíduos sólidos. 10.Represamento das águas. - Circulação dos átomos de carbono, ora pelo meio abiótico, na composição de substâncias inorgânicas do meio, notadamente o CO2, ora pelas estruturas celulares dos seres vivos, como matéria orgânica. CICLO DO CARBONO O reservatório de carbono é a atmosfera, onde o nutriente das plantas encontra-se na forma de dióxido de carbono (CO2), um gás que, nas condições naturais de temperatura e pressão é inodoro e incolor. O carbono é o principal constituinte da matéria orgânica (49% do peso seco). O ciclo do carbono é perfeito, pois o elemento é devolvido ao meio à mesma taxa a que é sintetizado pelos produtores. As plantas utilizam o CO2 e o vapor de água da atmosfera para, na presença de luz solar, sintetizar compostos orgânicos de carbono, hidrogênio e oxigênio, tais como a glicose (C6H12O6). Reação da fotossíntese: 6CO2 + 6 H2O + energia solar = C6H12O6 + 6O2 CICLO DO CARBONO A fixação do carbono em sua forma orgânica indica que a fotossíntese é a base da vida na Terra. A energia solar é armazenada como energia química nas moléculas orgânicas da glicose. A energia armazenada nas moléculas orgânicas é liberada no processo inverso ao da fotossíntese: a respiração. Nesta, ocorre a quebra das moléculas com a conseqüente liberação de energia para a realização das atividades vitais dos organismos. Reação da respiração: C6H12O6 + 6O2 = 6CO2 + 6 H2O + 640 kcal / molde glicose Continuação: - Mecanismo: Pela respiração dos seres vivos e pelas combustões, o carbono é lançado na atmosfera como CO2; Assim, ele é recolhido pelas plantas, que o reprocessam no mecanismo da fotossíntese, restaurando as cadeias de carbono dos componentes orgânicos. CICLO DO CARBONO Os decompositores atuam sobre os detritos orgânicos liberando CO2, que retorna à atmosfera, reintegrando-se a seu reservatório natural. Detritos orgânicos ainda podem originar os combustíveis fósseis que, através da combustão, eliminarão CO2 de volta para a atmosfera. Obs.: Fotossíntese: CO2 + H2O = > C6H12O6 + H20 + O2 Respiração: C6H12O6 + O2 = > CO2 + H2O + energia Combustão: combustível + energia + O2 = > CO2 + ...(detritos) CICLO DO CARBONO CICLO DO CARBONO Aspectos relevantes: 1. O ciclo do carbono e o ciclo hidrológico são, provavelmente, os dois ciclos biogeoquímicos mais importantes com relação à humanidade. 1. Durante os últimos anos, o conteúdo de CO2 tem-se elevado por causa de novas entradas antropogênicas. A queima de combustível fóssil parece ser a principal fonte de novas entradas, mas a agricultura e o desmatamento também contribuem. CICLO DO CARBONO 4. Perda líquida de CO2 na agricultura, ou seja, um acréscimo de CO2 na atmosfera maior do que sua retirada, pois suas culturas são ativas durante apenas uma parte do ano, não compensando o CO2 liberado do solo (lavouras freqüentes) . 5. O desmatamento poderá liberar carbono armazenado na madeira, principalmente se a madeira for queimada imediatamente e o uso se segue à oxidação do húmus, se a terra for usada para agricultura ou para desenvolvimento urbano (rápida oxidação do húmus e liberação de CO2 gasoso que está retido no solo). CICLO DO CARBONO Desmatamento: 1. Aumento do CO2 emitido em função da emissão no momento da queima. 2. Redução da taxa fotossintética. 3. Queimadas de florestas. 4. Efeito estufa – intervenções antropogênicas no ciclo do carbono. CICLO DO CARBONO Efeito estufa: 1. Utilização excessiva de combustíveis fósseis (falta de incentivos para a geração de energia alternativa). 2. Desmatamento. 3. Poluição ambiental. 4. Intensificação do efeito estufa. 5. Mudanças climáticas. 6. Aquecimento global. 7. Mudança nos níveis dos oceanos. Circulação dos átomos de oxigênio pelos meios abióticos e bióticos. Mecanismo: O oxigênio do ar é recolhido pelos seres vivos. Ao final da respiração, os organismos lançam na atmosfera o CO2, que é assimilado pelas plantas. Estas, ao final da fotossíntese, descarregam oxigênio novamente no ar. CICLO DO OXIGÊNIO O oxigênio molecular (O2), indispensável à respiração aeróbica, é o segundo componente mais abundante da atmosfera, onde existe na proporção de cerca de 21%. O oxigênio teria desaparecido da atmosfera, não fosse o contínuo reabastecimento promovido pela fotossíntese, principalmente do fitoplâncton marinho, considerado o verdadeiro "pulmão" do mundo. CICLO DO OXIGÊNIO O oxigênio pode ser consumido da atmosfera através das seguintes vias: atividade respiratória de plantas e animais; combustão; degradação, principalmente pela ação de raios ultravioleta, com formação de ozônio (O3); combinação com metais do solo (principalmente o ferro), formando óxidos metálicos. CICLO DO OXIGÊNIO IMPORTÂNCIA - ácidos nucléicos: DNA e RNA - proteínas - vitaminas CICLO DO NITROGÊNIO O aumento acentuado da população humana e, principalmente, da taxa de crescimento populacional após a Revolução Industrial, na segunda metade do século XIX, implicou um aumento da produtividade agrícola para fazer frente à demanda crescente de alimentos. O nitrogênio, assim como o fósforo, são fatores limitantes do crescimento dos vegetais e tornaram-se, por isso, alguns dos principais fertilizantes utilizados hoje na agricultura. O nitrogênio desempenha um importante papel na constituição das moléculas de proteínas, ácidos nucléicos, vitaminas, enzimas e hormônios, elementos vitais aos seres vivos. CICLO DO NITROGÊNIO O ciclo do nitrogênio, assim como o do carbono, é um ciclo gasoso. Apesar dessa similaridade, existem algumas diferenças notáveis entre os dois ciclos: a atmosfera é rica em nitrogênio (78%) e pobre em Carbono (0,032%); apesar da abundância de nitrogênio na atmosfera, somente um grupo seleto de organismos consegue utilizar o nitrogênio gasoso; o envolvimento biológico no ciclo do nitrogênio é muito mais extenso do que no ciclo do carbono. CICLO DO NITROGÊNIO A fixação do nitrogênio ocorre por meio dos organismos simbióticos fixadores de nitrogênio, dentre os quais destaca-se o Rhizobium, que vive em associação simbiótica (mutualismo) com raízes vegetais leguminosas (ervilha, soja, feijão, etc.). A fixação do nitrato por via biológica é a mais importante. O nitrogênio fixado é rapidamente dissolvido na água do solo e fica disponível para as plantas na forma de nitrato. Essas plantas transformam os nitratos em grande moléculas que contêm nitrogênio e outras moléculas orgânicas nitrogenadas, necessárias à vida. Inicia-se, assim, o processo de amonificação. CICLO DO NITROGÊNIO Quando o nitrogênio orgânico entra na cadeia alimentar, passa a constituir moléculas orgânicas dos consumidores primários, secundários, etc ... Atuando sobre os produtos de eliminação desses consumidores e do protoplasma de organismos mortos, as bactérias mineralizam o nitrogênio produzindo gás amônia (NH3) e sais de amônio (NH4+), completando a fase de amonificação do ciclo. NH4+ e NH3 são convertidos em nitritos (NO2-) e, posteriormente, no processo de nitrificação, de nitritos em nitratos (NO3-) por um grupo de bactérias quimiossintetizantes. CICLO DO NITROGÊNIO A síntese industrial da amônia (NH3) a partir do nitrogênio atmosférico (N2), desenvolvida durante a Primeira Guerra Mundial, possibilitou o aparecimento dos fertilizantes sintéticos, com um conseqüente aumento da eficiência da agricultura. Entretanto, o ciclo equilibrado do nitrogênio depende de um conjunto de fatores bióticos e abióticos determinados e, portanto, nem sempre está apto a assimilar o excesso sintetizado artificialmente. Esse excesso, carregado para os rios, lagos e lençóis de água subterrâneos tem provocado o fenômeno da eutrofização, comprometendo a qualidade das águas. CICLO DO NITROGÊNIO O Nitrogênio (N2) é um elemento químico que participa da constituição de ácidos nucléicos, proteínas e clorofilas. Compreende-se, portanto, a importância do estudo do ciclo desse elemento na natureza, cujo reservatório natural é a atmosfera, onde perfaz cerca de 78% do ar. Entretanto, o N2 é uma molécula que não constitui fonte adequada do elemento para a grande maioria dos seres vivos. De fato, com raras exceções, os seres vivos não conseguem fixar e, portanto, incorporar à matéria viva o N2 atmosférico. CICLO DO NITROGÊNIO 1. Ciclo gasoso do tipo complexo. 2. Interação dinâmica entre os fluxos e diferentes grupos de microorganismos. 3. Ciclo importante, pois limita abundância dos organismos. ou controla a 4. A atmosfera contém 80% do nitrogênio disponível na biosfera sendo, dessa forma, o maior reservatório do composto e a válvula de escape do sistema. CICLO DO NITROGÊNIO 5. O nitrogênio entra constantemente na atmosfera pela ação das bactérias desnitrificantes, e continuamente retorna ao ciclo pela ação das bactérias ou algas fixadoras de nitrogênio (biofixação). 6. A degradação do nitrogênio presente na célula (formas orgânicas ou inorgânicas) acontece pelas ação de espécies bacterianas especializadas presentes no solo, as quais disponibilizam amônia e nitrato. Essas duas formas de nitrogênio são os compostos facilmente utilizáveis pelas plantas verdes. Devolvem N2 à atmosfera 1 Bactérias que vivem diretamente no solo: Azobacter e Clostridium. Incorporam diretamente N2 Atmosférico 78% atmosfera Bactérias –Raízes leguminosas: Rhizobium 6 Vegetais morrem Animais excretam Devolvem amônia para atmosfera São incorporados por Bactérias desnitrificantes Vegetais: aa.proteínas, clorofila 5 Bactérias Nitrificantes Pseudomonas convertem NO2 em NO3 (Nitrato) Bactéria Nitrobacter Nitratação Amonização Animais se alimentam das plantas Solo e Plantas aproveitam 5 2 Algas azuis: Cianofíceas e Nostoc 4 H2 se combina com N2 e forma: NH3 Se a amonização ocorrer pela presença de leguminosas, a amônia é incorporada diretamente pelas plantas. Bactérias Nitrificantes transformam NH3 em Nitrito (NO2) – Bactérias Nitrossomonas e Nitrossococus Nitrozação 3 CICLO DO NITROGÊNIO Resumindo: Nitrosação: conversão de íons amônio (ou amônia) em nitritos. Nitratação: conversão de nitritos em nitratos. Nitrificação: conversão de íons amônio em nitratos. Bactérias nitrificantes: compreendem as bactérias nitrosas (Nitrosomonas e Nitrosococcus) e nítricas (Nitrobacter). No solo existem muitas bactérias (Pseudomonas, por exemplo) que, em condições anaeróbicas, utilizam nitratos em vez de oxigênio no processo respiratório. Ocorre, então, a conversão de nitrato em N2, que retorna à atmosfera, fechando o ciclo. À transformação dos nitratos em N2 dá-se o nome de desnitrificação, e as bactérias que realizam essa transformação são chamadas de desnitrificantes. Resumo dos processos no ciclo do Nitrogênio: Nome do Processo Agente Bactéria Rhizobium e Fixação Nostoc (alga cianofícea) Amonização Bactérias decompositoras Bactéria Nitrosomonas Nitrosação e Nitrosococcus Nitratação Bactéria Nitrobacter Bactérias Desnitrificantes Desnitrificação (Pseudomonas) Equação N2 => sais nitrogenados N orgânico => NH4 NH4 => NO2 NO2 => NO3 NO3 => N2 CICLO DO NITROGÊNIO PROCESSO DE EUTROFIZAÇÃO Enriquecimento das águas com nutrientes essenciais, como o nitrogênio e o fósforo, e desenvolvimento excessivo do fitoplâncton, provocando problemas de consumo de oxigênio e baixa diversidade. Consumo de biodegradação. oxigênio pelos Processos de biodegradação liberação de H2S e CH4. processos sem oxigênio de – NÓDULOS DE BACTÉRIAS EM LEGUMINOSAS CICLO DO ENXOFRE (S) O enxofre apresenta um ciclo basicamente sedimentar, embora possua uma fase gasosa, de pouca importância. A principal forma de assimilação do enxofre pelos seres produtores é como sulfato inorgânico. O processo biológico envolvido nesse ciclo compreende uma série de microorganismos com funções específicas de redução e oxidação. A maior parte do enxofre que é assimilado é mineralizado em processos de decomposição. Sob condições anaeróbias, ele é reduzido a sulfetos, entre os quais o sulfeto de hidrogênio (H2S), composto letal à maioria dos seres vivos, principalmente aos ecossistemas aquáticos em grandes profundidades. Esse gás, tanto no solo como na água, sobe a camadas mais aeradas, onde então é oxidado, passando à forma de enxofre elementar, quando mais oxidado ele se transforma em sulfato. CICLO DO ENXOFRE Sob condições anaeróbias e na presença de ferro, o enxofre precipita-se, formando sulfetos férricos e ferrosos. Esses compostos, por sua vez, permitem que o fósforo converta-se de insolúvel a solúvel, tornando-se, assim, utilizável. Esse exemplo mostra a inter-relação que ocorre em um ecossistema entre diferentes ciclos de minerais. As ação do homem também interfere nesse ciclo por meio de grandes quantidades de dióxido de enxofre liberados nos processos de queima de carvão e óleo combustível em indústrias e usinas termoelétricas. O dióxido de enxofre tem potenciais efeitos danosos ao organismo, além de provocar, em certas situações, a chuva ácida e o smog industrial. CICLO DO ENXOFRE 1. O grande reservatório de enxofre é no solo e nos sedimentos. 2. É um ciclo que caracteriza-se pela participação efetiva e rápida dos microorganismos. 3. Recuperação de compostos de enxofre a partir da ação microbiana sobre o sedimentos profundos. 4. Interação nos processos geoquímicos, meteorológicos e biológicos. 5. Interdependência do ar, da água e do solo na regulação do ciclo global. 6. A principal forma disponível é o sulfato (SO4), que será reduzido pelos seres autótrofos e incorporado às proteínas. 7. É um ciclo menos limitante do que o do nitrogênio e o do fósforo. CICLO DO ENXOFRE INTERVENÇÕES ANTRÓPICAS 1. O dióxido de enxofre (SO2) é liberado na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis. 2. O SO2 interage com o vapor d’água produzindo gotículas de ácido sulfúrico (H2SO4) diluído, o que acarretará a precipitação de chuva ácida. 3. O excremento animal representa um fonte de sulfato reciclado. 4. A produção primária é responsável incorporação do sulfato à matéria orgânica. pela CICLO DO FÓSFORO (P) O fósforo é o material genético constituinte das moléculas de DNA e RNA e componente dos ossos e dentes. É, portanto, elemento fundamental na transferência de caracteres no processo de reprodução dos seres humanos. O fósforo aparece nos organismos em proporção muito superior aos outros elementos, quando comparado com sua participação nas fontes primárias. Esse fato justifica a importância ecológica do fósforo, sugerindo ser o fator mais limitante à produtividade primária. O fósforo é um elemento de ciclo fundamentalmente sedimentar; seu principal reservatório é a litosfera, mais precisamente as rochas fosfatadas e alguns depósitos formados ao longo de milênios. CICLO DO FÓSFORO Por meio de processos erosivos, ocorre a liberação do fósforo na forma de fosfatos (PO4), que serão utilizados pelos produtores. Entretanto, parte desses fosfatos liberados é carreada para os oceanos, onde se perde em depósitos a grande profundidades, ou é consumida pelo fitoplâncton. Os meio de retorno do fósforo para os ecossistemas a partir do oceanos são insuficientes para compensar a parcela que se perde. Ao mesmo tempo em que reduzem a taxa de retorno, os seres humanos, agindo sobre a natureza com a exploração da mineração, ocupação desordenada do solo, desmatamentos e agricultura, entre outras atividades, aceleram o processo de perda de fósforo do ciclo. CICLO DO FÓSFORO O ciclo do fósforo é lento, passando litosfera para a hidrosfera por meio da erosão. da Parte do fósforo é perdida para os depósitos de sedimentos profundos no oceano. Devido a movimentos tectônicos, existe a possibilidade de levantamentos geológicos que tragam de volta o fósforo perdido. Por meio da reciclagem, o fósforo, em compostos orgânicos, é quebrado pelos decompositores e transformado em fosfatos, sendo novamente utilizado pelos produtores. Nesse processo também há perdas, uma vez que os ossos, ricos em fósforo, oferecem resistência aos decompositores e à erosão. CICLO DO FÓSFORO 1. Rochas sedimentares são o reservatório natural do fósforo. 2. O fósforo é um elemento essencial para a constituição de ATP, DNA e RNA. 3. A forma mais comum para a absorção dos vegetais é o PO4. 4. Assim como o nitrogênio, é um elemento limitante, controlando organismos. a abundância dos CICLO DO FÓSFORO INTERVENÇÕES ANTRÓPICAS - EUTROFIZAÇÃO - 1. Despejos de efluentes ricos em fosfatos. Ex.: detergentes. 2. Utilização de fertilizantes químicos, ricos em fosfatos.