Dinâmica dos corpos rígidos Movimento em 2D Métodos de resolução Num instante particular: Equações de movimento Movimento finito: Princípio da conservação de energia mecânica (forças conservativas) Problemas de impacto etc.: Princípio do impulso das forças e da quantidade de movimento Equações de movimento Em cada instante: cada corpo rígido e também o conjunto de corpos rígidos está em equilíbrio Além das forças externas e, caso necessário, das forças internas é necessário considerar as forças de inércia que actuam no sentido contrário à aceleração Equação de equilíbrio é equação vectorial para a resultante de forças, ou seja corresponde em 2D a 3 equações escalares (por exemplo 2 de forças em 2 direcções e uma de momentos) Sistemas de corpos: analogia com a estática, existem equações globais ou relacionadas com cada corpo separadamente, 3 destas equações são linearmente dependentes com as outras. Forças de inércia Para a sua expressão serão precisos os momentos de inércia de massas estudados no cap. 1 Massa uniformemente distribuída: centróide coincide com o centro de massa Separação do movimento em translação ~ G e rotação em torno de G Translação ~ G y aG G Actuação contra a aceleração mia G ri m i Força de inércia de translação x a G dm m a G Rotação em torno de G mv Quantidade de movimento d HG dt Força de inércia de rotação onde HG é a quantidade do movimento angular H G ri m i v i ri m i ri y i ri G Vector, Unidade [kgm/s] i m i v i m i 2 H G r dm I G x IG Momento polar de inércia Força de inércia de rotação Actuação contra a aceleração angular IG As forças de inércia actuam no cento de massa: a de translação tem intensidade igual ao produto de massa e da intensidade de aceleração absoluta e actua na direcção da aceleração, no sentido oposto a de rotação é um momento que roda no sentido oposto da aceleração angular e tem intensidade igual ao produto do momento de inércia baricéntrico de massa e da aceleração angular Para a determinação das forças de inércia torna-se indispensável determinar as acelerações no centro de gravidade de cada corpo Quando a trajectória não é conhecida, não se podem distinguir as componentes das acelerações em componente normal e tangencial Nos pontos de contacto de dois corpos rígidos as componentes tangenciais de aceleração são iguais Quando o movimento inicia-se do repouso, as velocidades inicias são nulas e consequentemente as componentes de aceleração normal são nulas Para determinar aceleração de qualquer ponto (B) do corpo rígido é preciso saber a aceleração absoluta de um ponto qualquer (A), a velocidade angular e a aceleração angular A é o ponto de referência a A Rotação em torno de A Translação com A B a A a 2 AB A B a Aceleração absoluta em B é a resultante de todas componentes 2 AB B AB B AB Translação Derrubamento A linha de acção da força resultante tem que atravessar a base para evitar a rotação (derrubamento) Rotação Forças de atrito Teoria de Coulomb Coeficiente de atrito estático e dinâmico (cinemático) G G mg F Sem movimento mg F Fa e N Fa N Em movimento Fa c N e c Princípio da conservação da energia mecânica (forças conservativas) Movimento finito, a diferença entre os estados é dada na forma de distância percorrida Desvantagem: 1 equação escalar (1 incógnita) Mais sobre a energia potencial V mgh m Trabalho do peso mg y fin yini mgh y h Nível zero V mgh Energia cinética A energia cinética tem duas partes: a de translação tem valor igual a metade do produto de massa e da intensidade de velocidade ao quadrado a de rotação tem valor igual a metade do produto do momento de inércia baricéntrico de massa e da velocidade angular ao quadrado Para a determinação da energia cinética torna-se indispensável determinar as velocidades no centro de gravidade G 1 TT mv 2 2 v 1 TR I G 2 2 Forças de atrito Forças não-conservativas: O trabalho depende do caminho percorrido, Causam perca de energia mecânica irrecuperável (térmica, acústica, etc.) ► Não se deveria usar o princípio da conservação da energia mecânica quando actuam as forças de atrito em escorregamento. ► Pode-se usar quando se introduz a perca de energia. ► A perca de energia corresponde ao trabalho executado pelas forças de atrito. Forças de atrito em rolamento não fazem trabalho, em cada instante cria-se uma força no ponto de contacto, assim ela não faz trabalho porque não se desloca (a velocidade do ponto de contacto é nula, assim ds=vdt=0) Princípio da conservação da energia mecânica: a energia mecânica mantém o seu valor em cada instante num sistema conservativo; É possível utilizar este princípio num sistema não-conservativo, desde que se contabilize a perca de energia mecânica causada pelas forças não-conservativas Para a energia cinética pode-se usar o CIR em vez do centro de gravidade. G v T 1 1 2 T I CIR I G md 2 2 2 2 1 1 1 1 2 I G 2 m d I G 2 mv 2 2 2 2 2 CIR d 1 1 mv 2 I G 2 2 2 v G Não existe nenhuma simplificação semelhante para as forças de inércia!!! Rolamento com deslizamento Para contabilizar correctamente a perca de energia pelas forças de atrito, tem que se separar a distância percorrida em parte correspondente ao escorregamento e ao rolamento Lança-se uma esfera com a velocidade indicada na figura abaixo v0 0 0 a s Rolamento com deslizamento (uniformemente desacelerado) Esfera 2 2 I G mr 5 v1 IG a r mg ma Fa c N N v1 1 r Fa c mg a cg 5 c g 2r Tempo necessário para terminar o deslizamento 1r v1 5 c g v1 v 0 at v 0 c gt 1 0 t 0 t 2r 2v 0 5v 0 5v 0 t , v1 , 1 7 c g 7 7r Distância percorrida 2 2v0 1 2 2v0 1 12 v 02 s s 0 v 0 t at 0 v 0 c g 2 7 c g 2 49 c g 7 c g Parte de rolamento 2 1 2 1 5 c g 2 v 0 5v 02 r r 0 0 t t r 0 0 2 2 2 r 7 c g 49 c g Parte de escorregamento 12 v 02 5v 02 v 02 d 49 c g 49 c g 7 c g Verificação energética 2 2 1 1 1 1 5v 0 1 2 2 5v 0 v 02 2 2 2 mv 0 mv1 I G 1 Fa d m mr c mg 2 2 2 2 7 25 7 c g 7r