Tema 1
Introdução a Linux
Pablo Gamallo Otero
http://gramatica.usc.es/~gamallo/
PLANO
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Software livre
Alguns comandos do shell de
GNU/LINUX
Bibliografia
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Jordi Mas i Hernández (2007), Software
Libre, Biblos, A Coruña.
http://aurelio.net/shell/
Software livre
código fonte = receita de cozinha
- Sem acesso ao código fonte, só podemos usar o software,
não podemos ver como está feito ou introduzir melhoras.
- O software livre permite o acesso ao código fonte (receita)
- A filosofia do software livre provém da ética hacker:
partilhar os resultados com o resto da comunidade
Software livre
- Aparece a microinformática (princípios
dos 80)
- Aparecem as primeiras companhias de
software
- Aparece o código fechado ou privativo
(o software se vende sem o código fonte)
Software livre
- Em 1985, Richard Stallman funda a Free Software
Foundation, com o objectivo de construir um sistema
operativo Unix livre: GNU.
- Stallman promulga a liberdade de melhorar o software e
fazer públicas as melhoras aos demais de modo que toda a
comunidade se poda beneficiar.
- Stallman utiliza os termos “privativo” e “proprietário” para
refererir-se aos programas que não são livres (Adobe
Acrobat, Windows, ...)
Software livre
software livre NÃO É software gratuito
Gratuito
Comercial
Código aberto
Sofware livre
Ex. navegador Firefox
Sofware comercial
Ex. Linux Mandriva
Código privativo
Software privativo
Ex. Internet Explorer
Software privativo comercial
Ex. Microsoft Office
- free software / open source (código aberto)
- “free” significa livre e gratuito (as empresas não gostam)
- Open Software Iniciative: uso do termo “código aberto”
Software livre
- Em 1991, o estudante finlandês Linus Torvalds construi o
núcleo do sistema operativo inspirado em Unix: Linux
- Aparecem as primeiras distribuições GNU/Linux que
inserem no núcleo Linux as ferramenta do projecto GNU
- Stallman utiliza os termos “privativo” e “proprietário” para
refererir-se aos programas que não são livres (Adobe Acrobat,
Windows, ...)
Software livre
Outro software livre conhecido
- Escritórios gráficos do sistema Linux:
- KDE (liberou o código no 2000)
- GNOME (sempre usou código aberto)
- Netscape / Mozilla / Firefox
em 1998, Netscape libera o seu navegador.
- OpenOffice.org
em 1999, Star Office é liberado e começa o projecto
OpenOffice.
- Apache
o 70% dos servidores web em 2005 usavam este software
Software livre
Tipos de licenças:
- GPL (General Public License): regula software com código
aberto, de uso e distribuição gratuitos, mas impede que se
redistribua numa versão comercial e/ou com código
proprietário
- freeware: uso e distribuição gratuitos, mas o código não se
pode modificar (não é código aberto)
- shareware: permite-se que o usuário use e avalie o software
durante um período de tempo determinado antes de pedir ao
usuário que se registre e pague.
Sistema operativo
GNU/LINUX
3 componentes:
- kernel: o núcleo do sistema operativo (o Linux de Linus
Tovald)
- shell: interface entre o usuário e o kernel
- aplicações: As diferentes distribuições de GNU/Linux
diferenciam-se polo tipo de aplicações que incorporam ao
sistema.
GNU/LINUX
Características
- multitarefa
- multiusuário: vários usuários podem utilizar o sistema ao
mesmo tempo
- multiplataforma
- maior estabilidade em relação a Windows
- não precisa ser reiniciado devido à instalação de programas
ou configuração de periféricos
- não existem vírus
- permite o acesso a discos formatados por outros sistemas
operativos
GNU/LINUX
Alguns comandos do shell
- ls (lista os ficheiros e subdirectórios do directório actual)
- pwd (rota actual)
- mkdir (criar um subdirectório)
- cd (câmbio de directório)
- echo “olá” > prova.txt (criar um ficheiro de texto)
- cp, mv (copiar, mover e renomear ficheiros)
- rm (borrar ficheiros)
- cat (ler o conteúdo de um ou vários ficheiros de entrada)
- wc (conta linhas, palavras e caracteres dos ficheiros de entrada)
GNU/LINUX
Primeira práctica
- cria o directório “meu_nome”
- coloca-te no directório meu_nome
- cria nesse directório dous subdirectorios: “scripts” e “corpus”
- cria dentro de corpus o ficheiro “prova.txt” com o texto “isto é
uma prova”
- lê o conteúdo do ficheiro prova.txt
- conta as linhas, palavras e caracteres de “prova.txt”
- borra o ficheiro “prova.txt”
GNU/LINUX
Primeira práctica
Fai o mesmo utilizando ferramentas do
sistema gráfico e editores de texto como
gedit e OpenOffice
- Para listar, mover-te na hierarquia de directórios e criar novos
subdirectórios, utiliza KONKEROR
- Para criar novos ficheiros, utiliza o editor gedit
- Para contar palavras e caracteres, utiliza OpenOffice
GNU/LINUX
Segunda práctica
Objectivo:
Procurade “El Quijote” por Internet,
guardade o ficheiro no directório “corpus”
visualizade o ficheiro na consola
e contade as palavras e caracteres do texto
- busca com Firefox no site http://www.gutenberg.org/
- borra o metatexto que não pertence ao livro de Cervantes
- fai a contagem com OpenOffice e com o comando wc
- fazede o mesmo com cat usando a técnica dos pipes “|”
- provade também o comando more
GNU/LINUX
Segunda práctica
- visualizade o ficheiro:
cat ElQuijote.txt
- visualizade o ficheiro pantalha a pantalha:
more ElQuijote.txt
- Contade as linhas, palavras e bytes dum ficheiro:
wc ElQuijote.txt
GNU/LINUX
Segunda práctica
O shell permite a construção de comandos complexos
através da combinação de vários comandos simples.
O operador "|", conhecido como pipe, ou tubo, permite
conectar a saída de um comando à entrada de outro.
cat ElQuijote.txt | more
cat ElQuijote.txt | wc
GNU/LINUX
Segunda práctica
Como está codificado o ficheiro ElQuijote.txt ?
- Comprova a codificação com o camando file :
file ElQuijote.txt
Que devolve esta informação:
“UTF-8 Unicode English text with CRLF line terminators”
- Isto significa que a codificação é Unicode UTF-8, mas tem
saltos de linha CR e LF
GNU/LINUX
Segunda práctica
Eliminar saltos de linha CR:
Dos2Unix.x ElQuijote.txt
Tira fora os saltos de linha CR, próprios de sistemas alheos a linux,
e fica com LF
GNU/LINUX
Segunda práctica
Unicode -> Latin
- lê o ficheiro com o comando cat
- a codificação do ficheiro é Unicode (UTF-8).
- como vamos usar ferramentas que precissam ter texto codificado em
Latin (ISO-8859-1), então, devemos aprender a mudar a codificação:
cat ElQuijote.txt | iconv -f UTF-8 -t
ISO-8859-1
Na seguinte práctica, simplificaremos o procedimento
GNU/LINUX
Terceira práctica
Objectivo:
Cria 2 ficheiros executáveis:
- de Unicode a Latin 1
- de Latin 1 a Unicode
1. Cria um ficheiro UnicodeToLatin.x contendo o seguinte comando:
iconv -f UTF-8 -t ISO-8859-1
2. Cria um ficheiro LatinToUnicode.x contendo o seguinte comando:
iconv -f ISO-8859-1 -t UTF-8
GNU/LINUX
Terceira práctica
Podemos dar três tipos de permissões aos ficheiros:
- Podem ser lidos,
- Podem ser escritos
- Podem ter código executável
chmod +r ficheiro (permite a leitura)
chmod +w ficheiro (permite a escrita)
chmod +x ficheiro (permite a execução)
GNU/LINUX
Terceira práctica
Já podemos convertir o ficheiro codificado
em Unicode a Latin:
cat ElQuijote.txt | ./UnicodeToLatin.x > ElQuijote_latin.txt
GNU/LINUX
Quarta práctica
Objectivo:
Conta o número de ocorrências das expressões:
“Quijote”, “Don Quijote”, “Sancho”, “Sancho Panza”,
“Dulcinea”, “Dulcinea del Toboso”, ...
Comando “grep”:
selecciona as linhas do texto que contenham uma
sequência de caracteres (ou string) específica
cat ElQuijote.txt | grep “Quijote” | wc
GNU/LINUX
Outros comandos de interesse
head -5 (escreve as primeiras 5 linhas do texto)
tail -11 (escreve as últimas 11 linhas do texto)
head -12 | tail -1 (escreve a linha 12)
head -N (escreve as primeiras N linhas do texto)
tail -N (escreve as últimas N linhas do texto)
head -N | tail -1 (escreve a N linha)
GNU/LINUX
Quinta práctica
Objectivo:
Criar um ficheiro executável, chamado “linha.x”, que escreva
a linha do texto que lhe digamos.
cat ElQuijote.txt | ./linha.x 5
(escreve a linha 5 do texto)
Solução:
head -$1 | tail -1
GNU/LINUX
Sexta práctica
Objectivo:
Criar um ficheiro executável, chamado “linhas.x”, que escreva
as linhas do texto que lhe digamos.
cat ElQuijote.txt | ./linhas.x 10 3
escreve as 3 últimas linhas até chegar à linha 10 (de 8 a 10)
cat ElQuijote.txt | ./linhas.x 33 10
escreve as 10 últimas linhas até chegar à linha 33 (de 24 a 33)
Solução:
head -$1 | tail -$2
GNU/LINUX
Séptima práctica
Objectivo:
melhorar o “linhas.x” para criar linhas2.x
cat ElQuijote.txt | ./linhas2.x 3 10
escreve da linha 3 à linha 10
cat ElQuijote.txt | ./linhas2.x 10 33
escreve da linha 10 à linha 33
Solução:
((N = $2 - $1 + 1))
head -$2 | tail -$N
GNU/LINUX
Séptima práctica
Outra maneira de fazer linhas2.x
((N = $2 - $1 + 1))
linhas.x $2 $N
Colocade “linhas.x” num directório /bin
GNU/LINUX
Mais práticas
Podedes praticar mais em:
http://aurelio.net/shell/apostilha-introducao-shell.pdf
http://es.tldp.org/Manuales-LuCAS/AA_Linux_colegio1.1/AA_Linux_colegio-1.1-html/x3772.htm
http://www.ppgia.pucpr.br/~maziero/ensino/sei/shell-bash-basico.html
http://www.openslack.org/~piterpk/artigos/aposhell.ps
GNU/LINUX
Comandos mais interessantes
para processamento de texto
cat
tac
more
tr
head
tail
wc
sort
uniq
sed
grep
cut
rev
: concatena diversos arquivos.
: idem, mas inverte a ordem das linhas.
: permite a paginação.
: troca de caracteres entre dois conjuntos.
: seleciona as "n" linhas iniciais.
: seleciona as "n" linhas finais.
: conta o número de linhas, palavras e bytes.
: ordena as linhas segundo critérios ajustáveis.
: elimina linhas repetidas, deixando uma soa linha.
: para operações complexas de strings (trocas, etc).
: selecciona linhas contendo uma determinada expressão.
: selecciona colunas do fluxo de entrada.
: reverte a ordem dos caracteres de cada linha.
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GNU/Linux